PT93887B

PT93887B - Isco para pesca

Info

Publication number: PT93887B
Application number: PT93887A
Authority: PT
Inventors: Peter Morton
Original assignee: Peter Morton
Priority date: 1989-04-27
Filing date: 1990-04-26
Publication date: 1996-07-31
Also published as: JP2852123B2; RU2038013C1; US5216829A; WO1990012500A1; AR241986A1; NO914205D0; DK0474660T3; PT93887A; DE69005631D1; NZ233419A; FI914974A0; DE69005631T2; EP0474660A1; FI92637C; IE64238B1; ES2047931T3; CA2051389C; NO177372C; BR9007323A; DD293951A5

Description

INPI MOO 113 R F 16732 70 933 80/3243/47 PATENTE No 93 887 "Isco para pesca" para que PETER NORTON, pretende obter privilégio de invenção em Portugal.

RESUMO

0 presente invento refere-se a um isco para pesca, que se destina principalmente para utilização na pesca à linha, compreendendo um material de isco natural (3) tal como peixe, lula, molusco de concha, restos de peixe, farinha de peixe desidratada ou seca por congelação e/ou óleo de peixe, metido num invólucro poroso (1, 2). 0 invólucro envolve todo o isco e é feito a partir de uma camada de membrana semipermeável (1) e de uma camada de reforço de malha (2). A membrana semipermeável (1) é, de preferência, um material à base de colagénio que permite ao óleo de peixe e constituintes de aroma do isco natural (3), passarem para a água envolvente para atrairem o peixe. A malha de reforço (2) é feita, de preferência, de um material em banda tubular de malha de algodão e proporciona estabilidade à embalagem do isco e assegura que a embalagem de isco é retida num anzol (5). -2- 70 933 80/3243/47 A pesca com linha longa é um processo de pesca comercial em que linhas longas tendo vários milhares de linhas cada uma com um anzol iscado fixado são deixadas suspensas no mar. As linhas longas são depois enroladas juntamente com algum peixe que tenha sido apanhado. Uma das coisas que tem grande influência no êxito deste tipo de pesca é a qualidade do isco, tanto no sentido de atrair o peixe, como no sentido de permanecer no anzol e continuar a atrair o peixe ao longo do periodo de pesca durante o qual a linha está desdobrada. Tradicionalmente o isco é constitufdo por porções de ou por peixe, lula ou moluscos de concha completos. Este tipo de pesca depende da existência de um fornecimemto continuo de isco e, pelo menos, em certa medida, este é sazonal. A congelação do isco tem ajudado a minorar o problema do fornecimento sazonal, mas o peixe, quando congelado e subsequentemente descongelado, tem tendência para deteriorar a sua textura tornando a sua fixação ao anzol dificil e falivel.

Inúmeras propostas têm sido feitas até agora, para produzir iscos artificiais e ultrapassar as limitações da utilização de iscos naturais, tais como, peixe, lula e moluscos de concha. US-A-3835572, US-A-3969840 e US4133134 descrevem todas o uso de recipientes de metal foraminosos recarregáveis, os quais são cheios com uma mistura de isco natural picado que pode ser misturado com chamarizes adicionais de peixe. As patentes US-A-2555088; US-A-27 8002 1 ·, US-A-2869279; US-A-3047975; US-A-3958357 ; GB-A-2124864 ; CA-A-1 1 52745 e WO-A-86/0625 1 descrevem todas uma embalagem de isco consistindo num saco feito de algodão tecido, papel poroso impermeável ou material plástico não poroso mas com orifícios, o qual é cheio com uma mistura de isco natural picado que pode ser misturado com chamarizes adicionais de peixe. Finalmente, a patente CA-A-1149665 de a utilização de um isco artificial químico totalmente isento de óleo incluindo iões de amónio, o qual está contido num recipiente de metal com orifícios recarregável ou numa embalagem perdida na sua maioria não porosa, mas que inclui uma abertura -3- 70 933 80/3243/47 coberta com uma malha plástica e forrada interiormente com uma membrana permeável à agua através da qual os iões penetram para atrair o peixe.

De acordo com o presente invento um isco de peixe, compreendendo um material de isco natural contido num invólucro poroso, é caracterizado por o invólucro que envolve todo o isco ser constitufdo por uma camada de membrana semipermeável e por uma camada de um reforço de malha. 0 material de isco natural pode ser inteiramente de peixe, lulas, moluscos de concha, restos de peixe ou farinha de peixe seca por congelação ou desidratada ou, mais frequentemente, por uma mistura destes. 0 isco pode ser cortado em pedaços ou picado, sendo de preferência homogeneizado e incluindo extractos de peixe, tais como óleo de ffgado concentrado ou uma fórmula sintetizada com caracter isticas idênticas. 0 isco homogeneizado inclui também, de preferência, sal o qual actua com a substância protefnica para formar um gel. Um tal isco é contido por um invólucro numa forma estável e, a combinação da malha reforçadora proporcionando resistência estrutural à embalagem de isco e assegurando a retenção do isco pelo anzol, juntamente com a membrana semipermeável que protege o material de isco natural, permitindo, ao mesmo tempo, que os óleos sintéticos ou naturais e o aroma do isco penetrem através dela no mar, para atrair o peixe para o isco, constitui um invólucro particularmente eficaz para isco de peixe.

Pode ser adicionado ao isco ou ao invólucro material corante, reflector ou fluorescente que actua como mais um enriquecimento do isco. 0 material corante, reflector ou fluorescente pode revestir a forma de uma fita de papel ou de plástico, estampada ou pintada fixada na parte exterior do isco ou contida no isco de preferência entre a membrana semipermeável e a malha de reforço. Alternativamente, a parte exterior do invólucro pode ser pintada ou tinta com tal material para proporcionar, pelo menos uma área de contraste com o resto da -4- 70 933 80/3243/47 embalagem de isco, actuando para atrair o peixe para o isco. 0 isco pode também incluir um chamariz adicional. 0 anzol pode ser incluido como parte do isco durante a sua formação ou o isco pode ser aplicado no anzol da maneira normal á mão ou por meio de mecanismo automático de iscar. A malha de reforço pode ser integralmente formada com a membrana semi permeável, por exemplo, quando a membrana é formada por um processo de extrusão, pode ser extrudida à volta da malha de reforço ou, alternativamente, a malha de reforço e a membrana semi permeável podem ser formadas separadamente e ambas simplesmente enroladas à volta do isco. De preferência, a membrana semipermeável é enrolada à volta da parte exterior da malha de reforço envolvendo-a.

De preferência, o invólucro é conformado como um tubo cilindrico continuo, o qual é cheio com o material de isco de uma maneira geralmente idêntica àquela em que em que são feitas as salsichas. Neste caso, o produto extrusado em forma de salsicha é dividido em porções discretas através de vedação por torção, amarração ou calor. 0 produto pode ser conformado em porções discretas atando um par de fios apertadamente à volta do invólucro exterior e cortando depois o invólucro exterior entre o par de fios atados. Alternativamente, os invólucros podem ser conformados como um envelope ou bolsa, juntando, tipicamente, folhas lisas para formar um número de bolsas discretas separadas com o material de isco dentro de cada bolsa. As folhas podem ser unidas por vedação a calor, colagem, costura ou agrafos . A membrana semipermeável pode ser formada por um material plástico sintético microporoso. De preferência, contudo, é formada de material convencional de que são feitas as peles comestíveis das salsichas ou de um material de tripa natural. 0 material convencional de que são feitas as peles comestíveis das salsichas é o colagénio um material proteico derivado do tecido conjuntivo animal. Quando o material de isco tiver sido homogeneizado e conformado em gel, é especialmente, preferida a -5- 70 933 80/3243/47 formação da membrana semipermeável a partir do colagénio, visto que este é proteico e liga ao gel. Isto permite formar uma embalagem de isco estável, simplesmente através da torção do envólucro entre embalagens de isco adjacentes e cortando subsequentemente no ponto de união torcido para separar o isco em embalagens individuais. A malha de reforço é, de preferência, de fio sintético ou natural em malha ou tecido frouxo ou de um material de rede moldado ou tecido. Pode ter uma contextura grosseira, pois não tem de conter o material de isco homogeneizado e actua meramente como um reforço da embalagem de isco e proporciona uma matriz na qual pode ser fixado o anzol . Um material em banda tubular de malha de algodão demonstrou ser particularmente adequado.

Além de ser utilizado como isco de anzóis de linha longa, o isco, de acordo com o presente invento, pode ser utilizado como isco em qualquer tipo de pesca, quer no mar, quer em água dôce, tanto pelo utente comercial como pelo utente de lazer, e pode também ser utilizado como isco nos aparelhos de apanha de caranguejo e lagosta ou em qualquer outro tipo de arte de pesca usada para apanhar peixe, enguias, crustáceos, moluscos de concha ou mamiferos que vivem na água. 0 isco de acordo com o invento permanece firmemente no anzol, em consequência da malha de reforço e mantem-se eficaz durante um espaço de tempo longo, pois os óleos de peixe e outros agentes produtores de cheiros contidos no isco passam lentamente através da membrana semipermeável. 0 isco é muito mais limpo e fácil de utilizar do que pedaços de peixe cru, por exemplo, e, porque pode ser feito para um desenvolvimento de linha de vários anzóis de medida estandarde uniforme, usando especialmente uma máquina automática de iscar, é muito mais eficaz com menos tendência para se emaranhar e sujar. Com o anzol enterrado no isco,de acordo com o presente invento, ocorre um agarramento mais positivo do peixe visto que o anzol tende a ser completamente engolido com o isco e depois agarra as -6- 70 933 80/3243/47 entranhas do peixe, tornando impossível que ele o rejeite. 0 isco de acordo com o invento não é tão sensivel à mudança de temperatura durante a armazenagem e pode ser prontamente congelado para se manter fresco, descongelado antes de ser usado e mesmo congelado outra vez. Independentemente da textura do isco dentro da embalagem, o reforço de malha proporciona estabilidade estrutural que mantém o isco no anzol e, portanto, as suas propriedades de fixação do anzol não são prejudicadas por uma fase de congelação e uma fase subsequente de descongelação além disso a membrana semipermeável protege o isco e tende a retardar a sua decomposição.

Exemplos específicos do isco de acordo com o presente invento serão agora descritos, com referência aos desenhos anexos em que:- a Figura 1A é uma vista em perspectiva do invólucro tubular de um primeiro exemplo; a Figura 16 é uma vista em perspectiva do invólucro tubular de um segundo exemplo com reforço interno; a Figura 2 é uma vista em perspectiva parcial do primeiro exemplo de isco acabado; a Figura 3 é uma vista em perspectiva de uma modificação do primeiro exemplo de isco acabado; a Figura 4 é um diagrama do invólucro antes do enchimento; a Figura 5 é uma vista em perspectiva explodida de um terceiro exemplo do invólucro em forma de folha; e a Figura 6 é uma vista em perspectiva explodida de um quarto exemplo do invólucro em forma de folha com reforço integral .

Um primeiro exemplo do isco de acordo com o presente invento é geralmente cilíndrico e compreende uma membrana semipermeável exterior 1, formada a partir de um material à base do colagénio usado para as peles comestíveis de salsichas e -7- 70 933 80/3243/47 vendido sob a denominação comercial COLOGEN (marca de Devro Limited) envolvendo uma malha de reforço interior em malha de algodão como a que é vendida sob a denominação comercial de material de banda tubular TUBIGAUZE (marca registada). 0 invólucro formado pela membrana 1 e a malha de reforço 2 é cheio com um material de isco natural homogeneizado, preparado e deitado para dentro do invólucro, utilizando uma máquina convencional de fazer salsichas. 0 material de isco 3 é, tipicamente, feito de uma mistura de peixe fresco, desidratado ou congelado, como sardinhas, farinha de peixe e óleo de sardinha, misturados e moidos numa cortadora de taça com sal até ter a forma de um gel homogéneo. 0 sal juntamente com um material proteico na mistura dão esta estrutura de gel. A mistura homogénea é depois extrudida através de um bocal convencional de enchimento de invólucros de salsicha para dentro da malha de reforço 2. 0 gel tende a ligar-se à membrana de colagéneo 1 visto que esta é também de natureza protefnica intercalando assim, a malha de reforço de algodão 2 entre o enchimento 3 e a membrana 1, o que aumenta a estabilidade da embalagem acabada. Tipicamente, é produzido um comprimento continuo de isco "salsicha" de dez metros ou mais, que é depois dividido em porções separadas de isco, torcendo a salsicha numa quantidade de articulações separadas, de maneira semelhante à forma, em que as salsichas convencionais são produzidas, cortando depois através das junções torcidas. De novo, a ligação que se realiza entre a membrana exterior 1 e o enchimento 3 proporciona, tipicamente, um fechamento suficiente para que cada porção de isco retenha o enchimento 3 dentro do invólucro 1 e 2. Contudo, se necessário, a "salsicha" de isco continua pode ser dividida em porções individuais, atando pares de cordões ou grampos à volta da parte exterior do invólucro em intervalos predeterminados, cortando, depois, o invólucro entre os pares adjacentes de cordão 4 para fornecer embalagens de isco individuais apertadas em ambas as extremidades como se vê na Figura 3 . 70 933 80/3243/47 -ΘΑ Figura 2 mostra a embalagem de isco comp1eta,fixada ao e suspensa do anzol 5. Uma fita 6 de papel, plástico ou folha de metal é, de preferência, incorporada em cada embalagem de isco. A fita é, de preferência, marcada com marcas 7 para fornecer um contraste em relação ao resto da embalagem de isco, a qual serve para atrair o peixe. As marcações podem ser constituidas por marcas de material corante, reflexivas ou fluorescentes. Como alternativa, as marcas de material corante, reflexivas ou fluorescentes podem ser aplicadas directamente na membrana e sendo os corantes vegetais, em especial, convenientes para este fim. A fita 6 pode ser intercalada entre a membrana 1 e a malha de reforço 2 desde que a membrana 1 seja suficientemente transparente ou translúcida para que as marcas na fita sejam visíveis da parte de fora da embalagem de isco. AI ternativamente, especialmente quando a embalagem de isco inclui os cordões 4 em ambas as extremidades, a fita 6, pode ser mantida por baixo de um ou ambos os cordões 4, como se vê na Figura 3. A Figura 4 ilustra um conjunto de invólucro tfpico com a membrana 1 e a malha de reforço 2 acondicionadas num conformador 8, consistindo, num comprimento de malha de reforço em acordeon 2 com uma porção de membrana 1 na sua extremidade principal. Ouando a fita 6 é incorporada entre a membrana 1 e a malha de reforço 2 é, de preferência, plicada formando um ziguezague e fechando-se em acordeon com a malha de reforço 2 no conformador 8. Em uso, o arranjo em acordeon da malha de reforço 2 juntamente com a porção 9 de membrana 1 é feito deslizar do conformador 8 para o bocal de uma máquina de enchimento de salsicha convencional e depois, como o material de isco 3 é extrudido para o meio da malha de reforço 2, a membrana 1 é esticada para o exterior da malha de reforço 2 enquanto esta é cheia e estendida. A Figura 1b representa um segundo exemplo de invólucro de acordo com o presente invento, em que a malha de reforço 2 é 70 933 80/3243/47 -9- formada integralmente com a membrana 1 num processo de extrusão.

Num arranjo alternativo representado nas Figuras 5 e 6 o invólucro tem a forma de uma bolsa geralmente rectangular. Neste exemplo, o material de isco 3 é intercalado entre camadas opostas 10 de malha de reforço, as quais por sua vez, estão envolvidas por folhas opostas 11 do material da membrana semi permeável . As folhas 6 e 7 são reunidas para formarem um laminado e vedadas a quente ou cosidas nas extremidades para encerrar o material de isco 3. As camadas 10 e 11 podem ser feitas dos mesmos materiais que as camadas de invólucro 1 e 2 descritas com referência aos primeiro e segundo exemplos ou, alternativamente, podem ser feitas de material plástico para facilitar a vedação a quente das extremidades. A Figura 6 mostra uma modificação do arranjo representado na Figura 5 em que a malha de reforço 2 é formada integra 1 mente com a membrana semi permeável 11 numa forma análoga à representada na Figura 1b.

Claims

-10- β.. / 7 0 933 80/3243/47 R ΕI V.......I......Ν.......Ο........I Ç.......Α......Ç.......Õ.....Ε......S......
13. - Isco para pesca, compreendendo um material de isco natural (3) metido num invólucro poroso (1, 2), caracterizado por o invólucro envolver todo o isco e ser feito a partir de uma camada de membrana semipermeável (1) e de uma camada de reforço de malha (2). 2â. - Isco para pesca, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser adicionado ao isco (3) ou ao invólucro (1, 2) material corante, reflector ou fluorescente. 3ã. - Isco para pesca, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o material corante, reflector ou fluorescente ser fornecido numa fita (6) dentro, ou fixada no exterior do invólucro (1, 2). com qualquer uma das por incluir também um com qualquer uma das por incluir também um 4â. - Isco para pesca, de acordo reivindicações anteriores, caracterizado chamariz (6) . 5â. - Isco para pesca, de acordo reivindicações anteriores, caracterizado anzol (5). 6â. - Isco para pesca, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o invólucro (1, 2) ser formado a partir de um tubo cilindrico continuo de membrana semipermeável (1) e de reforço de malha (2). 7s*. - Isco para pesca, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o isco ser conformado em porções discretas através de vedação por torção, amarração ou calor do invólucro ci 1 indrico. 8â. - Isco para pesca, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o material de isco natural (3) se apresentar na forma de um gel homogeneizado que se liga à membrana semipermeável (1). 80/3243/47 -11- Li sboa, 26. A6R. 1990 Por PETER MORTON O AGENTE OFICIAL