PT938576E - Composicoes e metodos para eliminar a toxicidade da beauvericina - Google Patents
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Description
1 1
Descrição “Composições e métodos para eliminar a toxicidade da beauvericina”
Domínio técnico A presente invenção diz respeito genericamente à detecção e ao isolamento de microrganismos que degradam a beauvericina e às composições e métodos para eliminar a toxicidade ou para degradar a beauvericina em cereais e em plantas. Este método tem uma ampla aplicação na biotecnologia agrícola, na agricultura de searas e na melhoria da qualidade dos cereais alimentares e da segurança dos alimentos.
Antecedentes da invenção
As doenças fúngicas são problemas vulgares na agricultura de searas. Foram dados passos largos no combate fitopatológico, conforme exemplificado pela utilização de plantas híbridas, pesticidas e práticas agrícolas empíricas. No entanto, conforme qualquer agricultor ou jardineiro pode atestar, os problemas das doenças fúngicas das plantas continuam a criar dificuldades na cultura de plantas. Assim, continua a ser necessário que haja novos métodos e materiais para a resolução dos problemas provocados pelas doenças fúngicas das plantas. Estes problemas podem ser resolvidos por diversas vias. Por exemplo, os organismos infecciosos podem ser combatidos mediante a utilização de agentes que sejam selectivamente biocidas para os organismos patogénicos. Outro método é a interferência com o mecanismo segundo o qual o agente patogénico invade as plantas produtivas hospedeiras. Um outro método, no caso dos agentes patogénicos que provocam perdas de colheitas, é a interferência com o mecanismo segundo o qual o agente patogénico provoca lesões à planta produtiva hospedeira. Há ainda um outro método, no caso dos agentes patogénicos que produzem toxinas que são indesejáveis para os mamíferos ou para os outros animais que se alimentam das plantas das culturas, que é a interferência com a produção, a armazenagem ou a actividade das toxinas.
Entre as espécies de Fusarium sp. há vários agentes patogénicos importantes que afectam o milho e outros cereais em vários países. No caso do milho sabe-se que os microrganismos Fusarium provocam o apodrecimento das raízes, dos caules e das espigas, daí resultando uma grave redução das colheitas. A etiologia do bolor Fusarium nas espigas ainda está mal compreendida, sabendo-se no entanto que as lesões físicas das espigas e determinadas condições ambientais podem contribuir para a sua ocorrência (Nelson PE (1992) “Taxonomy and Biology of Fusarium monUiformé\ Mycopathologia 117:29-36). O Fusarium pode ser isolado na maior parte das plantas de milho dos milheirais, quando ainda não é visível nenhum bolor. A relação entre a infecção das sementeiras e as doenças dos caules e das espigas provocadas por Fusarium não é óbvia. Foi já identificada resistência genética ao bolor visível nos grãos de cereais (Gendloff E., Rossman E., Casale W., Isleib T., Hart P., 1986, “Components of resistance to Fusarium ear rot in field com”, Phytopathology 76:684-688; Holley RN, Hamilton PB, Goodman MM, 1989, “Evaluation of tropical maize germplasm for resistance to kemel colonization by Fusarium moniliforme” Plant Dis 73:578--580). As micotoxinas produzidas pelas espécies de Fusarium que infectam as plantas podem acumular-se nas plantas infectadas ou nos cereais armazenados, o que representa consequências graves para a saúde do gado, seres humanos e outros consumidores de carne ou de outros produtos alimentares produzidos por esse gado. A infecção com Fusarium tem sido associada a mícotoxicoses crónicas ou agudas em animais de criação pecuária e nos seres humanos (Botallico et al.). Descobriu-se que a beauvericina, que é uma micotoxina importante, é produzida por determinadas espécies de Fusarium sp., tendo sido já identificada em colheitas infectadas com Fusarium. A beauvericina é uma toxina fúngica produzida por diversas espécies de Fusarium e também pelo fungo Beauveria bassiana. A beauvericina é um péptido cíclico com efeitos tóxicos sobre os insectos e também sobre linhagens de células de seres humanos e murinos. A actividade da beauvericina deve-se às propriedades ionofóricas do composto. A beauvericina é capaz de formar complexos com catiões de metais alcalinos e afecta o transporte de iões através das membranas das células. Além disso, foi já confirmado que a beauvericina é um dos inibidores mais poderosos da acetil-transferase do colesterol. Também se comprovou que a beauvericina induz um tipo de morte celular muito semelhante ao da apoptose. Provas circunstanciais permitem concluir também que a beauvericina actua concertadamente com outras toxinas de Fusarium para provocar efeitos tóxicos suplementares (1). Há informação sobre a existência de beauvericina em níveis significativos nas searas de Itália, Peru e Polónia (1, 2, 3). A medida que forem sendo completados outros estudos, é provável que a beauvericina também seja encontrada noutras zonas. As espécies de Fusarium existem virtualmente em todos os cereais saudáveis ou atacados pelo fungo. A segurança alimentar é uma questão importante para os produtores de cereais. A Comunidade Europeia está a pensar em impor limites a diversos níveis de micotoxinas de cereais importados.
Continua a ser necessário na especialidade que haja novos métodos que permitam eliminar a beauvericina nas plantas ou nos cereais colhidos. Os especialistas na matéria consideram importante que se continue na senda inventiva com a finalidade de se proteger o consumidor final de uma planta ou dos cereais colhidos. A presente invenção proporciona os reagentes e as metodologias necessários para melhorar plantas e os cereais colhidos, face à beauvericina.
Descrição abreviada da invenção
De acordo com uma variante, a presente invenção proporciona uma bactéria com capacidade para degradar ou eliminar a toxicidade da beauvericina. A presente invenção também pode compreender um mutante da bactéria, de tipo natural genuíno, com capacidade para degradar ou eliminar a toxicidade da beauvericina. A presente invenção proporciona ainda um método para eliminar a toxicidade de plantas antes ou após a sua colheita, utilizando uma bactéria da invenção. A invenção proporciona também um método para identificar um microrganismo com capacidade para degradar a beauvericina, o qual compreende os passos seguintes: isolar um microrganismo a partir de um material que seja a sua fonte; criar em cultura o referido microrganismo num meio de cultura que contenha beauvericina como única fonte de carbono; observar o referido meio de cultura para se pesquisar o desaparecimento dos cristais de beauvericina, indicando o desaparecimento dos cristais de beauvericina do referido meio de cultura que o referido microrganismo tem capacidade para degradar a beauvericina; e preparar uma cultura do referido microrganismo.
Descrição da invenção A presente invenção tem por base a descoberta de bactérias com capacidade para degradarem a micotoxina beauvericina. A presente invenção é o resultado de uma pesquisa à procura de um sistema biológico para eliminar a toxicidade da beauvericina e compreende várias espécies bacterianas, isoladas a partir de trigo atacado pelos fungos e a partir de composto residencial, capazes de se desenvolverem em beauvericina enquanto única fonte de carbono, degradando-a parcial ou totalmente no processo.
Na prática da presente invenção irão ser utilizadas, salvo quando especificado de outro modo, técnicas convencionais de botânica, microbiologia, química e bioquímica perfeitamente conhecidas pelos especialistas na matéria. Tais técnicas estão minuciosamente descritas na literatura. Ver, v.g., J.H. Langenheim e K.V. Thimann, ‘Botany: Plant Biology and Its Relation to Human AfFairs’ (1982) John Wiley; ‘Cell Culture and Somatic Cell Genetics of Plants’, Vol. 1 (I.K. Vasil, ed., 1984); R.V. Stanier, J.L. Ingraham, M.L. Wheelis e P.R. painter, ‘The Microbial World’, (1986) 5a ed., Prentice-Hall; O.D. Dhringra e J.B. Sinclair, ‘Basic Plant Pathology Methods’, (1985) CRC Press; Maniatis, Fritsch & Sambrook, ‘Molecular Cloning: A Laboratoiy Manual’ (1982); DNA Cloning, Vols. I e II (D.N. Glover ed, 1985); Oligonucleotide Synthesis’ (M.J. Gait ed., 1984); ‘Nucleic Acid Hybridization’ (B.D. Hames & S.J. Higgins eds. 1984); o conjunto de artigos publicados em ‘Methods in Enzhnology’ (S. Colowick e N. Kaplan, eds., Academic Press, Inc.) e ‘Current Protocols in Molecular Biology’ (John Wiley & Sons, Inc., 1996).
Na descrição da presente invenção irão ser utilizados os termos adiante indicados com as significações correspondentes. O termo ‘micróbio’ designa qualquer microrganismo (incluindo os organismos euca-rióticos e procarióticos), por exemplo, fungos, leveduras, bactérias, actinomicetes, algas e protozoários e bem assim quaisquer outras estruturas unicelulares capazes de se desenvolverem em cultura. A expressão ‘micróbio produtor de beauvericina’ designa qualquer micróbio capaz de produzir a micotoxina beauvericina e os seus análogos. Tais micróbios são geralmente membros do género fúngico Fusarium e também os organismos obtidos por via recombinante que tenham sido alterados geneticamente para lhes permitir produzir beauvericina ou os seus análogos.
As expressões ‘que degrada a beauvericina\ com ‘capacidade para degradar a beauvericina’, designam quaisquer modificações ou a capacidade de realizar qualquer modificação na molécula de beauvericina ou numa molécula estruturalmente afim, que determine uma diminuição ou a perda da sua actividade tóxica. Uma tal modificação pode ser uma clivagem de qualquer das ligações, oxidação, redução, a adição ou supressão de um radical químico ou ainda qualquer outra modificação que afecte a actividade da molécula. Além disso, a beauvericina alterada quimicamente pode ser isolada a partir de culturas de micróbios que produzam uma enzima da presente invenção, por exemplo, criando em cultura os organismos em meios que contenham beauvericina marcada radioactivamente, acompanhando o rasto do marcador e isolando a toxina degradada para estudos subsequentes. A beauvericina degradada pode ser comparada com o composto activo para pesquisa da sua fitotoxicidade ou da sua toxicidade nos mamíferos, em espécies sensíveis conhecidas, por exemplo, os porcinos. A expressão ‘micotoxim estruturalmente afim’ designa qualquer micotoxina que possua uma estrutura química relacionada com a beauvericina ou com a de um análogo de beauvericina e também designa outras micotoxinas que possuam estruturas químicas semelhantes e para as quais se anteveja que a sua toxicidade possa ser suprimida pela actividade das enzimas degradativas da beauvericina. A expressão ‘cereal colhido’ designa qualquer forma de cereal que tenha sido retirada do ambiente onde se desenvolveu. Por exemplo, um cereal colhido pode ser, por exemplo, o milho nas espigas ou os grãos de milho. Os cereais colhidos também podem ser aqueles que se encontram armazenados ou os que venham a ser transformados industrialmente. Os cereais transformados industrialmente são aqueles que experimentaram alguma forma de transformação industrial e que irão ser utilizados para a produção de alimentos para o consumo humano ou que irão ser utilizados como alimentos para animais (“cereais alimentares”). 7
No âmbito da presente memória descritiva, o termo ‘planta’ designa um organismo fotossintético, incluindo, sem que isso constitua qualquer limitação, algas, musgos, fetos, gimnospérmicas ou angiospérmicas. De preferência, a referida planta pertence ao conjunto daquelas a partir das quais é possível obter cereais (“cereais colhidos”), de preferência para o consumo humano ou animal. Mais preferencialmente, as referidas plantas compreendem todas as variedades de milho, trigo, sorgo, arroz e cevada. A expressão ‘planta madura’ (ou plenamente desenvolvida) designa uma planta onde ocorreu já o desenvolvimento normal de todos os órgãos vegetativos e reprodutivos. A expressão "célula vegetal’ designa todas as células obtidas a partir de uma planta, incluindo as células de callus, os protoplastos e as células embriónicas e gaméticas. A presente invenção proporciona um método para a identificação de um microrganismo com capacidade para degradar a beauvericina, uma bactéria que possui a capacidade para degradar a beauvericina, e proporciona uma metodologia para a degradação da beauvericina sobre uma planta no campo ou sobre cereais colhidos, mediante a aplicação tópica de uma bactéria da invenção à referida planta ou a esses cereais. Para se identificar microrganismos com capacidade para degradarem a beauvericina ou uma micotoxina estruturalmente afim, engendrou-se um ensaio em que se isola inicialmente um microrganismo a partir de um material que é a sua fonte. O referido material, que é a sua fonte, pode ser qualquer material de uma planta ou associado a uma planta, incluindo, sem que isso constitua qualquer limitação, todos os tecidos verdes, tais como talos, folhas, espigas ou grãos. O material associado à planta pode ser, sem que isso constitua qualquer limitação, o solo das proximidades mais chegadas da planta. O referido microrganismo é depois criado num meio que contenha beauvericina como única fonte de carbono. Pesquisa-se o meio à procura do desaparecimento dos cristais de beauvericina que estavam inicialmente presentes nesse meio, antes de se fazer a cultura do referido microrganismo nesse meio. O desaparecimento desses cristais é um sinal que significa que o referido microrganismo nessa cultura tem capacidade para degradar a beauvericina. Esta experiência designa-se por ensaio de “desaparecimento dos cristais”.
Para se testar a capacidade do referido microrganismo, isolado em conformidade com a metodologia descrita supra, para degradar ou eliminar a toxicidade da beauvericina ou de uma micotoxina estruturalmente afim sobre uma planta, inocula-se uma planta madura com um organismo produtor de beauvericina e depois trata-se com uma quantidade adequada da bactéria com capacidade para degradar ou eliminar a toxicidade da beauvericina ou dos seus derivados ou análogos. O tratamento pode consistir em aplicar à referida planta uma composição que incorpore uma quantidade eficaz de um organismo com capacidade para degradar a beauvericina, pelo que a beauvericina presente irá ser degradada. De preferencia, a referida aplicação consiste em administrar por via tópica a referida composição sobre os tecidos dessa planta, de modo a que a beauvericina que se encontre sobre esses tecidos seja degradada.
Em alternativa é possível tratar a referida planta com esse organismo a seguir à colheita (tratamento de cereais colhidos). Uma utilidade importante para a presente invenção é a eliminação da toxicidade da beauvericina presente nos cereais a seguir à colheita. Inocula-se um material alimentar adequado ou “amostra” com uma quantidade conhecida de micotoxina administrada num solvente adequado, de preferência o etanol, numa concentração conveniente, de preferência 1 mL de solvente por cada grama, seguindo-se uma operação de mistura suficiente para distribuir a referida micotoxina uniformemente pelo referido material. A amostra de contraprova recebe preferencialmente apenas o solvente. A concentração final da referida micotoxina está compreendida entre 0,1 mg e 1,0 mg por cada grama de material alimentar. A amostra pode ser então seca ao ar para se lhe remover o excesso de solvente. A seguir inocula-se a amostra com 103 - 107 unidades formadoras de colónias (u.f.c.)/g de ~7< !/ células em fase logarítmica pertencentes a um microrganismo com capacidade para degradar a referida micotoxina, com uma concentração suficiente, de preferência 1 mL de células por cada grama, seguindo-se uma operação de mistura suficiente para distribuir as referidas células uniformemente por essa amostra. Uma amostra de contraprova pode compreender células que tenham sido aniquiladas por acção térmica, de preferência por aquecimento até à temperatura aproximada de 80°C. Uma amostra de contraprova também pode compreender células de um microrganismo que não seja capaz de degradar a referida micotoxina. Essas amostras são depois colocadas num recipiente, sendo esse recipiente fechado e mantido a incubar durante um intervalo de tempo suficiente a uma temperatura adequada. O referido intervalo de tempo varia preferencialmente entre 1 dia e 2 semanas e a referida temperatura é preferencialmente a temperatura ambiente ou cerca de 28°C. A seguir à incubação extrai-se o conteúdo do referido recipiente utilizando para tal um solvente orgânico adequado (ou uma mistura aquosa orgânica) para a recuperação da referida micotoxina. A seguir concentra-se o extracto resultante e submete-se a análises de tipo qualitativo e quantitativo para se pesquisar a presença da referida micotoxina. Depois efectua-se a comparação da quantidade da referida micotoxina detectada no referido extracto com a quantidade da referida micotoxina detectada na referida amostra de contraprova e exprime-se a eficácia da remoção da referida micotoxina em termos da redução percentual do nível da referida micotoxina nesse extracto experimental, comparativamente com o nível da referida micotoxina nessa amostra de contraprova. Estas metodologias propiciam a degradação da beauvericina sobre a referida planta ou dentro dela ou nos cereais colhidos, proporcionando pois uma melhor qualidade dos cereais alimentares e uma melhor segurança alimentar. A invenção pode ser melhor compreendida tomando como referência os exemplos subsequentes.
EXEMPLO L ISOLAMENTO DE BACTÉRIAS QUE DEGRADAM A BEAUVER1CINA
Recolheu-se como material da fonte pesquisada diversas partes de material vegetativo onde certamente e de forma natural havia beauvericina. Os grãos de trigo infestados com Fusarium graminearum (F. graminearum; 140 amostras independentes) foram obtidos numa seara de trigo de Indiana pertencente a ‘Pioneer Hi-Bred International, Inc.’ (“Pioneer”). As amostras de ensilagem foram obtidas na divisão ‘Microbial Genetics’ da “Pioneer” e as amostras de adubo foram obtidas em residências locais (um total de 126 amostras independentes).
Mediu-se o metabolismo da beauvericina utilizando um ensaio de ‘desaparecimento dos cristais’. Os micróbios foram obtidos por lavagem de um material que é a sua fonte colocando uma pequena quantidade desse material num tubo ‘Falcon’ de 7 mL e juntando 1 rriL ou 2 mL de água estéril destilada (que produz o “fluído de lavagem”). Os grãos de milho foram divididos com uma lâmina de barbear, tendo sido utilizados 1 ou 2 grãos. Os tubos foram tapados e agitados durante 1 a 3 horas à temperatura ambiente. Preparou-se a beauvericina (Sigma, n° de catalisador. B7510) sob a forma de uma suspensão num meio com sais minerais, tendo sido utilizada como única fonte de carbono. A concentração de beauvericina utilizada, sem que isso constitua qualquer limitação, estava compreendida entre 0,75 e 1,0 mg/mL de meio de sais minerais. Preparou-se o meio com sais minerais combinando os reagentes entre os quais havia, sem que isso constitua qualquer limitação, sulfato de amónio na concentração de 1,0 g/L, cloreto de sódio na concentração de 1,0 g/L, fosfato de potássio dibásico na concentração de 1,0 g/L e sulfato de magnésio na concentração de 0,2 g/L. Efectuou-se a esterilização da solução por filtração através de um filtro de 0,2 μιη, embora haja outros métodos de esterilização que podem ser utilizados pelos especialistas na matéria. Acrescentou-se a cada cavidade de uma placa de microtitulação (placa de 96 cavidades) uma quantidade de 100 pL de meio constituído pela suspensão de beauvericina/sais minerais. Introduziu-se em cada cavidade 1 pL de fluído de lavagem recente. As cavidades de contraprova receberam 1 pL de água. Decorridas 2 semanas transferiu-se 1 pL de cada cavidade para uma nova placa de microtitulação que continha 100 pL de meio constituído por beauvericina/sais minerais. Repetiu-se esta transferência 4 semanas mais tarde. Ao fim de 6 semanas efectuou-se uma avaliação das cavidades para as classificar em função do desaparecimento parcial dos cristais de beauvericina. De forma típica, o cristais pequenos haviam sido solubilizados e metabolizados e apenas restavam ainda os cristais muito grandes de beauvericina. Este efeito foi visualizado utilizando um microscópio invertido ou examinando a placa visualmente pela parte de baixo. A presente invenção compreende uma cultura biologicamente pura de um microrganismo responsável pela degradação da beauvericina. Isolou-se esse microrganismo em conformidade com o procedimento a seguir descrito. Das cavidades positivas retirou-se 1 pL e acrescentou-se a 1 mL de água estéril. Foram efectuadas diversas diluições à razão de 1 para 10 em água estéril e distribuiu-se pelas placas 100 pL de cada diluição, tendo sido espalhadas por placas de gelose de tipo ‘YDP’. As placas de gelose de tipo ‘YDP’ foram preparadas combinando 10 g de extracto de levedura (Difco), 20 g de peptona da ‘Bacto’, 0,5 g de dextrose, 15 g de gelose da ‘Bacto’ em água, seguindo-se a esterilização por tratamento em autoclave. A partir destas placas onde se espalhou a mistura de cultura, foram espalhadas faixas de colónias individuais para isolamento em novas placas de tipo ‘YDP’. Fez-se um esforço para se escolher pelo menos uma de cada um dos tipos de bactérias representadas nas placas recobertas. Utilizou-se cada bactéria para se fazer uma suspensão diluída em água estéril e utilizou-se 1 pL desta suspensão para inocular cavidades de microtitulação que continham beauvericina e os sais minerais, conforme descrito antes. A caracterização inicial das bactérias baseou-se nas amostras contrastadas pelo processo de Gram. Efectuou-se uma identificação mais definitiva utilizando uma combinação de técnicas. As placas onde haviam sido espalhadas as faixas de colónias bacterianas individuais foram enviadas para a instituição “Microbe Inotech Laboratories, Inc.” (St Louis, MLO) para identificação experimental. A análise incluiu uma comparação dos ésteres metílicos dos ácidos gordos bacterianos com os dados obtidos nos bancos de dados ‘Aerobe’ e ‘Clinicai Aerobe’ e a utilização dos substrato ‘Biolog™’ por comparação com os dados de um banco de dados de bactérias Gram-positivas. Os resultados de tais experiências permitiram identificar três espécies de bactérias Gram-negativas ou Gram-variáveis Nocardia globulera, Rhodococcus fascians e Bacillus sphaerieus, conforme consta do quadro 1 subsequente. Estas culturas foram depositadas na Colecção Americana de Culturas Tipo (ATCC; 12301 Parklawn Drive, Rockville, MD 20852 E.U.A.) em 15 de Outubro de 1996 ao abrigo do Tratado de Budapeste sobre o Reconhecimento Internacional de Depósito de Microrganismos para Efeitos de Procedimentos de Patentes de Invenção. QUADRO 1. Isolados microbianos com capacidade para degradar a beauvericina N° ATCC Nome Identificação experimental Fonte 55850 BEA(2)2904.G4 Nocardia globulera ou Rhodococcus faseiam Grãos de trigo infestados com F. graminearum 55849 BEA(1)2904. A12 Nocardia globulera ou Rhodococcus faseiam Grãos de trigo infestados com F. graminearum 55848 BEA(1)2905.D1 Nocardia globulera ou Bacillus sphaerieus Grãos de trigo infestados com F. graminearum 55847 BEA(1)2904.B11 Nocardia globulera ou Rhodococcus erythropolis Grãos de trigo infestados com F. graminearum
EXEMPLO II. TRATAMENTO DE MII HO CONTAM1NAPO COM BEAUVERIC1NA A. Tratamento de milho contaminado no campo
Para se testar a capacidade das bactérias isoladas pela metodologia anteriormente descrita para degradarem ou para eliminarem a toxicidade da beauvericina no caso do milho, efectuou-se a inoculação de plantas maduras com Fusarium sp. produtor de beauvericina e depois efectuou-se o tratamento das plantas com uma quantidade adequada de bactérias com capacidade para degradarem ou para eliminarem a toxicidade da beauvericina O tratamento consiste numa aplicação de uma composição que incorpora uma quantidade eficaz de bactérias sobre os tecidos da planta do milho, de tal modo que a beauvericina seja parcial ou totalmente degradada ou a sua toxicidade eliminada. B. Tratamento de milho contaminado depois da colheita
Combinou-se ou “polvilhou-se” uma amostra de 1 a 10 g de milho fragmentado com uma quantidade conhecida de beauvericina em etanol, segundo uma concentração de 1 g de beauvericina por cada mL de etanol, seguindo-se uma operação de mistura para distribuir a beauvericina homogeneamente por toda a mistura. Misturou-se apenas com solvente uma ou várias amostras de contraprova Depois secou-se a amostra ao ar para se remover o excesso de solvente. A seguir inoculou-se as amostras com 106 u.f.c./g de células em fase logarítmica de um microrganismo com capacidade para degradar a beauvericina, designado por BEA(2)2904.G4 (depositado na instituição ATCC com o n° de admissão ATCC 55850) à razão de 1 mL de células por cada grama e misturou-se tudo muito bem para que as referidas células ficassem distribuídas no interior dessa amostra. Misturou-se as amostras de contraprova quer com células do referido organismo [designado por BEA(2)2904.G4, depositado na instituição ATCC com o n° de admissão ATCC 55850] que havia sido previamente aquecido a 80°C, de 14 tal modo que as referidas células passaram a ser não viáveis, quer com células de um microrganismo sem capacidade para degradar a beauvericina. Colocou-se a referida mistura num recipiente que depois se fechou e ficou a incubar durante 2 semanas à temperatura ambiente.
No final do período de incubação abriu-se o recipiente e extraiu-se todo o seu conteúdo com um solvente orgânico adequado para se recuperar a beauvericina. Concentrou-se o extracto e submeteu-se a análises de tipo qualitativo e quantitativo para a detecção da beauvericina. Determinou-se a quantidade de beauvericina e comparou-se com as contraprovas. Determinou--se a eficácia da remoção da beauvericina por comparação com a redução percentual (havendo alguma) da quantidade de beauvericina na amostra que continha o microrganismo com capacidade para degradar a beauvericina e a redução da quantidade da beauvericina presente na referida amostra de contraprova. Os microrganismos designados por BEA(1)2904.A12 (n° de admissão ATCC 55849), BEA(1)2905.D1 (n° de admissão ATCC 55848) ou BEA(1)2904.B11 (n° de admissão ATCC 55847) também são capazes de degradar a beauvericina e podem ser utilizados para o efeito anteriormente descrito.
Lisboa, 6 de Julho de 2001
A.O.P.l.
Rua do Salitre, 195, r/c-Dr<.
1269-063 LISBOA
Claims (5)
1 ('V Reivindicações >A o 1. Método para identificar um microrganismo com capacidade para degradar a beauvericina, o qual compreende os passos seguintes: isolar um microrganismo a partir de um material que é a sua fonte; criar em cultura o referido microrganismo num meio de cultura que contenha beauvericina como única fonte de carbono; observar o referido meio de cultura para pesquisar o desaparecimento dos cristais de beauvericina, em que o desaparecimento dos cristais de beauvericina a partir do referido meio de cultura é um sinal indicativo de que o referido microrganismo é capaz de degradar a beauvericina; e preparar uma cultura do referido microrganismo.
2. Bactéria com capacidade para degradar a beauvericina.
3. Bactéria de acordo com a reivindicação 2 pertencente às espécies Nocardia, Rhodococcus ou Bacillus.
4. Bactéria de acordo com a reivindicação 2, pertencente às espécies bacterianas Nocardia globerula, Rhodococcus fàscians, Rhodococcus erythropolis ou Bacillus sphaericus.
5. Bactéria de acordo com a reivindicação 2, a qual foi depositada na instituição ATCC com o n° de admissão ATCC 55850, com o n° de admissão ATCC 55849, com o n° de admissão ATCC 55848 ou com o n° de admissão ATCC 55847. 2 Método para degradar a beauvericina sobre uma planta, o qual consiste em aplicar a essa planta por via tópica uma composição que incorpore uma bactéria de acordo com uma qualquer das reivindicações 2 a 5. 7. Método de acordo com a reivindicação 6, em que a referida planta é o milho. 8. Método para degradar a beauvericina em cereais colhidos, o qual consiste em aplicar a esses cereais colhidos uma bactéria de acordo com uma qualquer das reivindicações 2 a 5. Método de acordo com a reivindicação 8, em que o referido cereal colhido é o milho. sboa, 6 de Julho de 2001
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