PT921884E

PT921884E - Lamina de serra

Info

Publication number: PT921884E
Application number: PT97920586T
Authority: PT
Inventors: Herbert Handschuh; Albert Schweizer; Hilmar Gehrmann
Original assignee: Handschuh & Scheider Gmbh
Priority date: 1997-04-04
Filing date: 1997-04-04
Publication date: 2000-09-29
Also published as: EP0921884A1; DE59701336D1; ATE190883T1; US6276249B1; ES2146996T3; EP0921884B1; WO1998045076A1

Description

85 148 ΕΡ Ο 921 884/ΡΤ

Descrição “Lâmina de serra” O invento refere-se a uma lâmina de serra com um corpo base, no qual estão ordenados dentes não cruzados afiados, que estão reunidos em grupos repetitivos de, pelo menos, três dentes e configurados de modo simétrico em relação ao plano longitudinal central do corpo base.

Ao serrar materiais sólidos, especialmente metálicos, verificam-se elevadas cargas de atrito e de choques. Devido a estas cargas elevadas, os dentes de serra são produzidos em material extremamente duro. Para reduzir as cargas nos dentes de serra, é normal, na indústria de serras circulares e de fita, utilizar dentes não cruzados em combinação com diferentes pontas de dentes, tal como a geometria de corte primário e corte final. Este princípio inclui grupos de dentes sucessivos, cada um com dois dentes, dos quais o primeiro dente - designado como dente de corte primário - fortemente faseado na lateral e ligeiramente mais comprido que o dente seguinte, o segundo dente apenas ligeiramente faseado - designado como dente de corte final. É conhecida uma lâmina de serra do tipo referido no início (ver DE 43 00 622 C2). Na conhecida lâmina de serra estão ordenados de modo interligado, pelo menos, dois grupos de dentes. O primeiro de ambos os grupos é formado, pelo menos, por dois dentes, que apresentam, de dente para dente, uma altura a reduzir mas, em contrapartida uma largura a aumentar. O segundo grupo de dentes é constituído, pelo menos, por dois dentes que são constituídos de forma idêntica e apresentam os dentes com a maior largura e a menor altura. A conhecida lâmina de serra apresenta a desvantagem de, devido ao primeiro dente, simultaneamente, o dente mais alto do primeiro grupo de dentes ser relativamente sensível a choques, estando sujeito, por isso, a um forte desgaste. É aqui que o invento pretende ser útil. A tarefa do invento é conseguir obter uma lâmina de serra que apresente uma sensibilidade mais reduzida a choques e que fique sujeita a um menor desgaste mas que, simultaneamente, produza um grau de curso estável no canal de corte bem como um bom acabamento da superfície.

De acordo com o invento, esta tarefa é resolvida se os dentes de um grupo

85 148 ΕΡ Ο 921 884/ΡΤ 2 apresentarem, de dente para dente, uma altura a aumentar e uma largura a reduzir.

Com o invento foi conseguida uma lâmina de serra a qual é insensível a choques e tem grande duração. Para além disso, são reduzidas as vibrações que surgem durante a operação de serrar. A duração é ampliada com a simultânea melhoria do resultado do corte.

Nas reivindicações secundárias são descritos aperfeiçoamentos e melhorias do invento. No desenho é apresentado um exemplo de execução do invento sendo, seguidamente, esclarecido em pormenor.

Os mesmos mostram: na Fig. 1 uma vista lateral de um corte de uma lâmina de serra com quatro dentes com passo constante entre os dentes; na Fig. 2 a vista de topo da lâmina de serra representada na Fig. 1; na Fig. 3 a vista do lado esquerdo da lâmina de serra representada na Fig. 1; na Fig. 4 uma vista lateral de um corte de uma lâmina de serra com dois grupos de dentes com diferentes passos; na Fig. 5 uma vista correspondente à Fig. 3 de um grupo de dentes com diferentes ângulos de fase; na Fig. 6a uma vista lateral de um dente com separador de aparas; na Fig. 6b a vista de topo do dente apresentado na Fig. 6a; na Fig. 7a uma vista lateral de um dente com dente de cobertura; na Fig. 7b a vista de topo do dente representado na Fig. 7a; na Fig. 8a uma vista lateral de um dente com ressalto de encaminhamento de aparas;

85 148 ΕΡ Ο 921 884/ΡΤ 3 na Fig. 8b a vista de topo do dente representado na Fig. 8a. A lâmina de serra seleccionada como exemplo de concretização apresenta um corpo base 1. No corpo base 1 estão ordenados dentes 2 não cruzados. Os dentes 2 estão reunidos em grupos de, pelo menos, três dentes.

Cada dente 2 apresenta, no seu terminal afastado do corpo base 1, uma face posterior de dente 21. No lado próximo da direcção de corte X (Figs. 1 e 2), cada dente 2 apresenta um lado frontal de dente 22. O lado frontal de dente 22 está disposto segundo um ângulo de corte α em relação à vertical. O ângulo de corte pode variar dentro de um grupo de dentes. O mesmo está localizado num domínio que parte da vertical no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. A face posterior de dente 21 de cada um dos dentes 2 está disposta segundo um ângulo livre β em relação à horizontal da lâmina de serra. O ângulo livre β é sempre superior a 0o. A face posterior de dente 21 e o lado frontal de dente 22 de cada um dos dentes 2 estão dispostos entre si segundo um ângulo de cunha γ que, de qualquer modo é menor que 90°.

Os dentes 2 apresentam um ângulo de fase δ - Fig. 3 -. O ângulo de fase δ pode ser seleccionado numa amplitude entre 5o e 60°. Também o ângulo de fase δ pode variar de dente para dente num grupo de dentes, conforme está representado no exemplo de concretização na Fig. 5, em que o ângulo de fase δ varia entre 30° e 60°.

Os dentes 2 reunidos num grupo de dentes, apresentam uma altura h que vai aumentando de dente para dente. Simultaneamente vai diminuindo a largura b dos dentes 2 reunidos num grupo de dentes. Daqui resulta que o dente mais baixo de um grupo é, simultaneamente, o dente mais largo, mais alto, mais estreito. O aumento de altura de dente para dente é, no mínimo, 1/1000 de mm, no máximo, 5/100 de mm. A redução da largura existe para separar, lateralmente, um dente seguinte, no canal de corte, do dente de corte prévio.

Os dentes 2 estão reunidos em grupos de, pelo menos, três dentes. Os grupos de dentes repetem-se ciclicamente na cinta de serrar. Assim, é possível que respectivos grupos de dentes idênticos entrem em actuação sucessivamente. Além disso, existe a possibilidade de os grupos de dentes sucessivos apresentarem uma quantidade diferente de dentes - Fig. 4 -. Neste caso, a um grupo G1 de quatro 4 85 148 ΕΡ Ο 921 884/ΡΤ dentes, segue um grupo G2 de três dentes. A seguir ao grupo G2, aparece de novo um grupo G1. Os grupos de dentes G1 e G2 não estão inseridos conjuntamente. Todos os grupos de dentes da cinta de serrar apresentam uma altura que aumenta de dente para dente e uma largura que reduz de dente para dente. O passo entre os dentes da lâmina de serra, portanto, a distância dos dentes entre si, pode ser seleccionado de modo constante ou variável.

No dente apresentado na Fig. 6, a face posterior de dente 21 do dente 2 apresenta um recorte de um separador de aparas 3 com uma pequena fase. O separador de aparas 3 volta a dividir a apara, ou estreita-a mais. A largura e a profundidade do separador de aparas 3 é de 0,01 mm a 0,04 mm.

No dente 2, de acordo com a Fig. 7, foi aplicado um dente de cobertura 4 no lado frontal de dente 22. O dente de cobertura 4 é formado pelo desbaste do lado frontal de dente 22 segundo um ângulo ε. O ângulo ε localiza-se, preferencialmente, numa zona entre 1 e 15°. Através do dente de cobertura 4 no dente 2 reduz-se ainda mais a carga de choque do dente sobre o material que se pretende trabalhar. Apenas a ponta do dente de cobertura 4 ataca o material a serrar, pelo que a apara rola sobre a ponta do dente. É proporcionado no dente representado na Fig. 8 um ressalto de encaminhamento de aparas 5. O ressalto de encaminhamento de aparas 5 é formado por um raio no terminal do lado frontal de dente 22 afastado do corpo base 1 da lâmina de serra. Preferencialmente, o raio situa-se entre 0,1 e 1 mm. O ressalto de encaminhamento de aparas 5 entra em acção em materiais como p. ex. austenita. Estes materiais têm tendência para um forte aquecimento quando são trabalhados. A apara muito quente rola para o vão do dente, acabando por soldar na peça durante o arrefecimento e, na saída do dente do canal de corte, fica “colada” nos intervalos dos dentes. Com a reentrada no canal de corte, a próxima apara não encontra espaço suficiente. O espaço para aparas fica completamente cheio delas, o que obriga o dente a sair da linha de corte. O ressalto de encaminhamento de aparas 5 remove a apara quente num raio de pequena amplitude, afastando-a assim da superfície destinada à apara. A apara não tem então qualquer contacto com a lâmina de serra durante a fase de arrefecimento e cai sem problemas ao sair do canal de corte. As diferentes geometrias descritas são compatíveis entre si. A combinação destas geometrias possibilita que cada dente, dentro de um grupo, execute um trabalho diferente dentro do canal de corte. Através das diferentes forças que se formam em cada dente, individualmente, 5 85 148 ΕΡ Ο 921 884/ΡΤ durante ο serrar, através da divisão de uma apara em várias aparas muito finas e através da centragem da banda de serra, em consequência das pontas dos dentes conseguidas com um faseado mais saliente, as vibrações que surgem normalmente durante o serrar são fortemente reduzidas, ou até mesmo suprimidas.

Lisboa, 14. Ji!N. 2000

ENG.' ANTÓNIO JOÃ0 DA CUNHA FERREIRA Ag. Of. Pr. Ind. Rua das Flores* 74-4.* 1SOO LISBOA

Por HANDSCHUH & SCHEIDER GmbH - O AGENT,

O AI

Claims

85 148 ΕΡ Ο 921 884/ΡΤ 1/2 REIVINDICAÇÕES 1. Lâmina de serra com um corpo base (1), no qual estão ordenados dentes não cruzados (2) afiados, que estão reunidos em grupos repetitivos de, pelo menos, três dentes e estão configurados de modo simétrico em relação ao plano central longitudinal do corpo base (1), caracterizada por os dentes (2) de um grupo, apresentarem, de dente para dente, um aumento na altura e uma redução na largura. 2. Lâmina de serra de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por as distâncias entre os dentes sucessivos (2) serem variáveis. 3. Lâmina de serra de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada por os grupos de dentes (2) apresentarem um número diferente de dentes (2). 4. Lâmina de serra de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por cada um dos dentes (2) apresentar um ângulo de corte (α), o qual está previsto num domínio que parte da vertical no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. 5. Lâmina de serra de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por os ângulos de corte (a) variarem dentro de um grupo de dentes. 6. Lâmina de serra de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada por os dentes (2) apresentarem ângulos de fase (δ) que se localizam numa área entre 5o e 60°. 7. Lâmina de serra de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por os ângulos de fase (δ) variarem dentro de um grupo de dentes. 8. Lâmina de serra de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada por os dentes (2) apresentarem, na sua face posterior (21), um separador de aparas (3). 9. Lâmina de serra de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada por os dentes (2) apresentarem na sua face anterior (22) um dente de cobertura (4). 85 148 ΕΡ Ο 921 884/ΡΤ 2/2 10. Lâmina de serra de acordo com uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada por ser proporcionado nos dentes (2) um ressalto de encaminhamento de aparas (5). Lisboa, JUN. 2000

Por HANDSCHUH & SCHEIDER GmbH - O AGENTE OFICIAL -O AI ENG.· ANTÓNIO JOÃO U CUNHA FERREIRA Ag. O/. Pr. Ind. Rua das Flores, 74 - 4.· 1£GO LISBOA