PT91437B - Processo para o tratamento de material organico destinado a producao de fertilizantes - Google Patents

Processo para o tratamento de material organico destinado a producao de fertilizantes Download PDF

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Description

DESCRIÇÃO
DA
PATENTE DE INVENÇÃO
N.° 91437
REQUERENTE: TOM HOLDINGS LIMITED, das Ilhas do Canal, sociedade de controlo, com sede em 5 New Street, St. Helier, Jersey, Channel Islands.
EPÍGRAFE:
“PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE MATERIAL
ORGÂNICO DESTINADO À PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES”
INVENTORES
Jan Abraham Du Plessis
Reivindicação do direito de prioridade ao abrigo do artigo 4.° da Convenção de Paris de 20 de Março de 1883.
República de África do Sul em 11 de Agosto de 1988, sob o N°. 88/5934.
INPI. MOO. 113 B F 18732
ção de TOM HOLDINGS LIMITED, das Ilhas do Canal, sociedade de controlo, com sede em 5 New Street, St. Helier, Jersey, Channel Islands, (inventor: Jan Abraham Du Plessis, residente na República da África do Sul), para PROCESSO PARA 0 TRATAMENTO DE MATERIAL ORGÂNICO DESTINADO A PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES .
Descrição
A PRESENTE INVENÇÃO refere-se a um processo para o tratamento de material orgânico.
De acordo com a invenção proporciona-se um processo para o tratamento de material orgânico, caracterizado por se introduzir amónia a uma substância à base de amónia num material orgânico líquido, aumentando desse modo o pH do material pelo menos para 10, para proporcionar um material orgânico intermediário;
se permitir que a amónia ou a substância à base de amónia reaja com o material orgânico intermediário durante pelo menos 5 minutos; e se adicionar uma quantidade suficiente de um ácido susceptível de provocar uma reacção exotérmica com a amónia ou com a substância à base de amónia e/ou com um complexo de amónio/ intermediário formado no material orgânico, para neutralizar a amónia ou a substância à base de amónia e para aumentar a temperatura do material orgânico pelo menos para 50°C, proporcionando material orgânico tratado.
O material orgânico líquido pode ser constituído por uma pasta de sólidos orgânicos num líquido à base de água. Essa
ANA
pasta pode ser compreendida por 2 a 50% de massa sólida, por exemplo entre 10-30% de massa sólida, tipicamente cerca de 15% de massa sólida, tomando como base a massa total da pasta em água. Essa pasta pode ser um desperdício de material fluido, por exemplo sedimentos de água residuais. Deste modo pode ser constituída por sedimentos primários activados ou digeridos, sendo o material orgânico tratado pósteriormente desactivado, esterilizado e/ou enriquecido, conforme o grau de tratamento, o modo como a temperatura aumentou, etc. O material final pode ser por isso adequado para utilização como fertilizante.
O processo pode implicar a passagem do material orgânico ao longo de um percurso, por exemplo ao longo de um reactor tubular, fazendo-se subir o valor de pH numa primeira zona desse percurso e adicionando-se o ácido a uma segunda zona do percurso, estando as zonas afastadas uma distância suficiente para permitir que a amónia ou a substância à base de amónia possam reagir com o material orgânico durante pelo menos 5 minutos antes de ocorrer a adição do ácido. Num dos aspectos da presente invenção, o referido percurso pode assumir uma forma geralmente alongada. Noutro aspecto da presente invenção pode assumir uma forma enrolada.
É necessário aumentar o pH pelo menos para 10, uma vez que um pH elevado é parcialmente responsável pela esterilização conseguida com o processo de acordo com a presente invenção, e também porque para um valor de pH de pelo menos 10 consegue-se um tempo de reacção aceitável, isto é, evita-se um tempo de reacção excessivamente longo.
Consequentemente, para aumentar o valor do pH do material orgânico utiliza-se amónia, por exemplo amónia gasosa ou amónia anidra, ou uma substância à base de amónia, por exemplo um sal de amónio. O inventor admite que se se utilizar sal de amónio, dever-se-á utilizar o sal de amónio que forma o intermediário NH^OH sob as condições de reacção, admitindo-se que sejam as moléculas NH^OH que reagem com o material orgânico. Também se admite que no caso de se utilizar amónia esta proporciona também a formação de NH^OH como intermediário. Por razões
de facilidade de manuseamento e de rapidez de utilização prefere-se a amónia, particularmente a amónia gasosa, resultando nes se caso um valor de pH do material orgânico líquido compreendido entre 11 e 12, por exemplo cerca de 11,6. A amónia pode ser injectada no material orgânico líquido. Preferencialmente efec tua-se a injecção de amónia de tal forma que se consiga a sua mistura íntima com o material orgânico. Por exemplo, esta operação pode efectuar-se injectando-se a amónia através de uma agulheta, apresentando-se num estado turbulento o material orgânico que flui pelo percurso. Em vez disso, ou adicionamente, o método pode implicar a agitação do material orgânico à medida que se injecta a amónia, no sentido de se conseguir a mistura íntima. O inventor admite que um reactor tubular constitui uma forma particularmente adequada de reactor no caso de se utilizar amónia gasosa uma vez que é fácil pressurizá-la para propor cionar o contacto eficaz da amónia com o material orgânico, sen do a sua construção e modo de funcionamento relativamente pouco dispendiosas.
Tipicamente, a quantidade de amónia adicionada pode estar compreendida entre 0,2% e 20% (em massa) de amónia, toman do como base a massa total do material orgânico líquido ou da pasta. Consequentemente é importante que todo o material orgânico seja tratado com a amónia uma vez que pelo menos uma parte da esterilização conseguida com este processo é devida à amo niação do material orgânico.
Deixa-se o material orgânico reagir com a amónia durante 5 a 20 minutos, por exemplo, cerca de 10 minutos, antes de se efectar a adição de ácido.
ácido pode ser um ácido inorgânico. O ácido inorgânico pode ser ácido fosfórico/ou ácido nítrico, cuja utilização origina também nutrientes, isto é, fósforo ou azoto, ao serem adicionados ao material orgânico. A introdução do ácido que se pode fazer também por um processo de injecção, executa-se preferencialmente de tal modo que se consiga a sua mistura íntima com o material orgânico. Também se pode efectuar injectando o ácido através de uma agulheta e/ou agitando o material orgânico enquanto decorre o processo de adição.
ácido pode encontrar-se na forma de uma solução diluída, por exemplo, uma solução 21% P (em massa).
Portanto, injecta-se uma quantidade suficiente de áci do para neutralizar a amónia e para conferir à pasta resultante uma temperatura superior a 50°C. Depois, se necessário, pode-se aumentar a temperatura dessa pasta introduzindo mais amónia de tal modo que é então necessário mais ácido para reagir exotermicamente com a amónia no sentido de a neutralizar, originan do uma temperatura superior para a pasta, mas é conveniente que a temperatura dessa pasta não exceda os 130°C, para valores de pressão compreendidos entre 1-3 bar (g) (10^-3xl0^Pa), uma vez que isto originará a libertação de gás ou a formação de vapor.
A proporção em massa entre a amónia e a solução ácida (21% P) pode estar compreendida no intervalo entre 15:100 e 25:100, tipicamente cerca de 20:100. Todavia, se desejado, a proporção amónia/ácido pode variar consoante a utilização final pretendida para o material tratado, por exemplo, obtenção de um produto final esterilizado, pasteurizado, enriquecido e/ou desinfectado, dependendo também do grau de tratamento que se pretende para esse produto, por exemplo, o grau de enriquecimento.
processo pode implicar também a secagem, por exemplo a evaporação da pasta e/ou a adição de pelo menos outro adi tivo, por exemplo um nitrato, dependendo da utilização final pretendida para o material tratado.
Num dos aspectos da presente invenção, o processo pode ser contínuo. Noutro aspecto da presente invenção, o proces so pode ser por lotes.
Seguidamente descrever-se-á a invenção através de um exemplo, tomando como referência os desenhos anexos. Relativamente aos desenhos temos:
A FIGURA 1 representa um fluxograma simplificado de um processo para o tratamento de material orgânico, de acordo com a presente invenção.
A FIGURA 2 representa uma secção longitudinal de parte de um reactor tubular para utilização no processo da figura
1; e
A FIGURA 3 mostra em diagrama uma secção longitudinal de outro reactor tubular para utilização no processo da Figura
1.
Nos desenhos anexos o número 10 de referência significa genericamente um processo contínuo para o tratamento de sedimentos e água residuais, de acordo com a presente invenção.
O processo implica um compartimento 12 de espessamento inicial, ao qual chega a conduta 14. O compartimento de espessamento pode conter meios convencionais de espessamento, por exemplo, meios mecânicos de espessamento, tais como equipamento de centrifugação ou meios de decantação. O compartimento 12 de espessamento apenas é necessário se os resíduos que ali chegam necessitarem realmente de espessamento e, se desejado, pode também ser omitido. Tipicamente, as águas residuais não tratadas podem possuir uma concentração em sólidos variável entre 0,01-5%, tipicamente entre 3-5% em massa, fazendo-se depois o espessamento no compartimento 12 para se conseguir um teror em sólidos de aproximadamente 15% em massa.
A pasta espessa passa conduta 16 dotada com uma bomba 18, para um reactor tubular 20 ou 60, a uma temperatura próxima da temperatura ambiente, ou à temperatura de saída do compartimento 12, isto é, a corrente não é aquecida antes de entrar no reactor tubular. De um modo geral o reactor tubular pode assumir uma forma alongada ou enrolada, funcionando a uma pres5 5 sao compreendida entre 1-3 bar (g) (10 -3x10 Pa). O reactor tubular está dimensionado de modo que os resíduos fluam através dele por um processo turbulento. Deste modo as dimensões do reactor tubular são determinadas por simples tentativas e experimentação, até se conseguir um grau de tratamento desejado para um débito particular de resíduos. Admite-se que a velocidade através do reactor não deva exceder 1 m/segundo para se manter o fluxo turbulento necessário para proporcionar uma boa mistura e uma boa permuta de calor, conforme adiante descrito com maior pormenor tomando como referência o reactor 60. Por razões idênticas é preferível que o diâmetro do tubo que constitui o reactor tubular não exceda 15 cm.
Tomando como referência particular a Figura 2, o reactor tubular 20 define o percurso de circulação 24 ao longo do qual fluem os sedimentos das água residuais 26 na direcçâo da seta 28. Numa primeira zona 30 do percurso de circulação 24, injecta-se amónia gasosa na pasta 26 através de uma agulheta 34 adaptada à conduta 32 ligada à origem ou à fonte de amónia sob pressão (não representada). A amónia não é aquecida antes de ser injectada na pasta, com a excessão do calor necessário para gasificar a amónia líquida quando esta é fornecida no estado líquido, . Isto pode ser conseguido fazendo passar uma corrente de ar sobre uma serpentina através da qual passa amónia. A agulheta 34 está concebida de tal modo que proporciona a mistura íntima da amónia com a pasta. Se desejado, é possível adaptar ao reactor tubular na proximidade da zona 30 um dispositivo que propicie agitação adicional, por exemplo, um dispositivo de agitação mecânica (não representado). Na zona 30 adiciona-se amónia suficiente para elevar o valor do pH da pasta intermédia formada nessa zona, pelo menos para 10 e tipicamente para cerca de 11,6. Desenvolvem-se também algumas reacções exotérmicas entre a amónia e os constituintes da pasta de modo que há também alguma libertação de calor que aquece a pasta nessa zona 30. Além disso, é possível aquecer a pasta utilizando o calor da reacção adiante descrita, tomando como referência o reactor 60. Todavia não há aquecimento externo na zona 30, sendo o grau de aquecimento tal que normalmente a temperatura da pasta fica compreendida entre 5 e 60°C, por exemplo, cerca de 40°C.
Existe outra zona 40 localizada a jusante da zona 30 de modo que a amónia possa reagir com o material orgânico durante cerca de 10 minutos antes de penetrar a zona 40. Normalmente permite-se que a amónia reaja com o material orgânico na zona compreendida entre as zonas 30 e 40 sem adição de quaisquer outros reagentes. Todavia, se desejado, pode-se adicionar entre as zonas 30 e 40 um aditivo tal como um agente esterilizador, por exemplo o peróxido de hidrogénio ou o azono.
Na zona 40 injecta-se ácido fosfórico na pasta intermédia através de uma agulheta 38 adaptada à conduta 36 ligada a origem ou à fonte de ácido fosfórico. O ácido fosfórico pode
- 6 encontrar-se numa forma concentrada ou diluída, por exemplo, uma solução diluída de ácido fosfórico contendo cerca de 21% P (em massa). Do mesmo modo, a agulheta 38 é tal que proporciona uma mistura íntima do ácido fosfórico com a pasta. Se desejado pode efectuar-se a agitação por meio de um dispositivo de agitação mecânica (representado) na vizinhança da zona 40.
Na zona 40 adiciona-se uma quantidade de ácido suficiente para neutralizar a amónia da pasta, de modo que o pH da pasta tratada que sai da zona 40 esteja próximo de 7. Na zona 40 ocorre uma reacção exotérmica entre a amónia e o ácido, originando o aquecimento dos sedimentos. Não é necessário qualquer aquecimento exterior dos sedimentos. A pasta deve ser aquecida a uma temperatura compreendida entre 65-70°C. Portanto, se a temperatura for muito baixa, pode introduzir-se mais amónia na zona 30, de modo a que seja necessário adicionar mais ácido na zona 40, conduzindo a um acréscimo da temperatura da pasta tratada .
Com particular referência à figura 3, o reactor tubular 60, incorpora duas extensões paralelas de tubo ou de conduta 62 e 64.
Uma das extremidades do tubo 62 é fechada por uma antepara ou por uma cobertura 66, sendo a outra extremidade fechada por uma antepara ou cobertura 68. Um feixe tubular 70 estende-se pelo tubo 62 de modo que a parte interior da antepara 66 está em comunicação com a parte interior da antepara 68 pelo interior dos tubos do feixe tubular. A conduta 44 sai da antepara 66 ao passo que a conduta 16 entra no tubo 62 próximo da sua extremidade à qual está ajustada a antepara 66.
Uma extremidade de tubo 64 está vedada por uma antepara ou cobertura 72, ao passo que a outra extremidade está vedada com uma antepara ou cobertura 74. 0 feixe tubular 76 estende-se através do tubo 64 de modo que a parte interior da antepara 72 está em comunicação com a parte interior da antepara 74 através dos tubos do feixe tubular.
Uma conduta 78 faz a interligação de um par de extremidades dos tubos 62 e 64, permitindo a conduta 32 de injecção
de amónia a sua entrada na conduta 78.
Uma conduta 80 da outra extremidade do tubo 64 sai uma conduta 80, penetrando nessa conduta 80 a conduta 36 de injecção de ácido. A conduta 80 penetra na antepara 72. A conduta 82 faz a interligação das anteparas 74 e 68.
Deste modo, os sedimentos de água residuais penetram numa extremidade do tubo 62 através da conduta 16, tipicamente a uma temperatura próxima de 15°C. Faz-se o aquecimento dos sedimentos do tubo 62, por permuta de calor em contra-corrente com o material que passa pelos tubos do feixe tubular 70. Os sedimentos aquecidos, tipicamente a uma temperatura próxima de 20°C, penetram na conduta 78. A conduta 78, na qual se injecta a amónia sobre os sedimentos, constitui portanto a zona 30. No ponto em que os sedimentos penetram no tubo 64, encontram-se tipicamente a uma temperatura entre 50-60°C, sendo o acréscimo de temperatura devido às reacçoes exotérmicas da amónia com o material orgânico dos sedimentos. Os sedimentos ainda aquecem mais ao passarem pelo tubo 64, por permuta de calor em contra-corrente com o material que passa pelos tubos do feixe tubular 76. Estes sedimentos possuem um valor de pH elevado, próximo de 11,6.
Os sedimentos saem do tubo 64 pela conduta 80 injectan do-se-lhe ácido fosfórico 21% P atrávés da conduta 36. Em consequência a conduta 80 constitui a zona 40. A temperatura dos sedimentos aumenta até 65-70°C na conduta 80 ao mesmo tempo que o seu pH diminui para um valor próximo de 7.
Os sedimentos neutralizados passam através do fecho tubular 76 para o interior da zona próxima da antepara 74, atravessam a conduta 82 para a zona próxima da antepara 68, atravessam o feixe tubular 70 para a zona próxima da antepara 66, saindo depois pela conduta 44. Simultaneamente vai aquecendo os sedimentos de água residuais que passam através do reactor, ao mesmo tempo que vão arrefecendo, tipicamente para uma temperatura próxima de 40°C. Deste modo, o calor gerado pelas reacçoes exotérmicas que ocorrem é utilizado para aquecer os sedimentos que entram no sistema.
processo pode ser controlado através da observação da temperatura da pasta que sai da zona 40. Porém, em vez disso, é possível controlar esse processo de qualquer outra forma adequada. Em vez de ácido fosfórico pode-se utilizar ácido nítrico .
O inventor admite que o ácido, ao neutralizar a amónia sirva para evitar que se evapore o azoto fornecido pela amónia. A amónia proporciona essencialmente esterilização, pasteurização, e desinfecção e também um certo enriquecimento.
Tipicamente, na zona 30 adiciona-se uma quantidade de amónia compreendida entre 0,2 e 20% em massa, tomando como base a massa de pasta bruta, sendo aproximadamente 100:19 a proporção em massa entre a solução ácida 21% P e a amónia. Isto representa menos do que a quantidade estequiométrica de solução ácida 21 P necessária para reagir com a amónia (aproximadamente 100:8), uma vez que a amónia, conforme anteriormente referido reage com o próprio material orgânico.
A pasta tratada resultante será esterilizada, pasteurizada, desinfectada e enriquecida, sendo o desejado grau dessa esterilização, pasteurização, desinfecção e enriquecimento controlado através da variação da temperatura da pasta que sai da zona 40, conforme anteriormente descrito.
O inventor admite também que a pasta tratada seja adequada para utilização como fertilizante pelo que, se desejado, pode depois secar-se, por exemplo, por evaporação (não ilustrado). Todavia, também se pode utilizar a pasta tratada como fertilizante líquido podendo portanto passar directamente para um recipiente de armazenamento 42, através da conduta 44.
Se desejado pode adicionar-se à pasta outro nutriente, por exemplo um nitrato, antes ou após a secagem. Além disso, os sedimentos podem ser misturados com uma substância absorvente tal como a vermiculite, num compartimento de secagem 46 (indicado por uma linha a traço interrompido na Figura 1) onde se obtem material seco, antes da passagem para o compartimento 48 através da conduta 50.
O inventor admite que o processo da presente invenção
proporcionará, entre outras, as vantagens seguintes:
enriquecimento ou acréscimo do valor nutriente, isto é, P e/ou N, do material orgânico, o qual pode consequentemente, conforme anteriormente referido, ser utilizado como fertilizante ;
o material é esterilizado;
o material é desactivado, por exemplo, apresenta-se virtualmente inodoro, mesmo quando utilizado como fertilizante; pode tratar uma diversidade de sedimentos, por exemplo sedimentos de água residuais primários, activados ou digeridos ;
- o processo implica menor investimento em capital do que os processos conhecidos para tratamento de sedimentos de água residuais, por exemplo, não é necessário que exista uma fase digestora;
o processo implica um funcionamento menos dispendioso do que os processos conhecidos, por exemplo, não há custos de funcionamento normalmente associados ao funcionamento de um digestor, o B.O.D. é diminuído, e os sedimentos são convertidos directamente em fertilizante líquido;
- o processo proporciona meios relativamente poucos dispendiosos mas eficazes para enriquecer sedimentos de água residuais ;
uma vez que os sedimentos resultantes possuem elevados valores de P e/ou N, ao serem utilizados como fertilizantes podem ser aplicados com proporções de aplicação por hectare muito menores (para se obter o mesmo grau de fertilização) do que com produtos de baixos valores de P e/ou N obtidos por processos conhecidos, originando que os elementos tóxicos potenciais, por exemplo metais pesados, que se encontram nos sedimentos, sejam aplicados em proporções muito menores do que com os produtos obtidos por processos convencionais , de tal forma que levará muito mais tempo a formar-se a deposição das quantidades máximas permitidas desses elementos;
- N e/ou P são adicionados quimicamente, isto é, proporcionados numa forma de libertação rápida quando o produto resul- 10 ti jf- · —tr-mrç—
tante for utilizado como fertilizante, de tal modo que esse produto pode ser aplicado em proporções de aplicação menores do que no caso de produtos que possuam apenas N e/ou P de origem orgânica.
efeito do tratamento de sedimentos de águas residuais de acordo com o processo da presente invenção pode ser observado no Quadro 1, tendo sido utilizado para as Amostras A e B a mesma matéria prima inicial à base de sedimentos de água residuais. No caso da Amostra A os sedimentos foram tratados de acordo com o processo da presente invenção, procedeu-se à sua secagem e análise, ao passo que no caso da Amostra B os sedimentos apenas foram secos e analisados sem qualquer tratamento (todas as percentagens estão calculadas tomando por base a massa):
Quadro 1
A B
Azoto (% N) 11,80 3,18
Fósforo (% P) 21,44 1,23
Potássio (% K) 0,06 0,31
Cálcio (% Ca) 0,20 2,00
Magnésio (% Mg) 1,27 0,27
Sódio (% Na) 0,06 0,27
Cloreto (Cl) 0,03 0,15
Enxofre (% S) 0,94 0,75
Ferro (ppm Fe) 6600 11925
Manganês (ppm Mn) 394 306
Cobre 64 325
Zinco (ppm Zn) 163 975
Alumínio (ppm Al) - -
Boro (ppm B) - 28,75
Molibdenio (ppm Mo) - 20,00
Humidade (%) 85,12 99,04
Substâncias secas (%) 14,88 0,96
Estes resultados indicam o grau de enriquecimento que é possível obter com o processo da presente invenção e também o
grau de 'diluição' que é possível obter relativamente aos elementos tóxicos potenciais tais como o ferro, cobre e zinco.
Também foi determinado o grau de esterilização que se obtem com o processo da presente invenção. Efectuou-se esta determinação tomando amostras dos sedimentos de águas residuais tratados e não tratados e testando-os para verificação dos ovos dos nematóides intestinais Ascaris lumbricoides que são estremamente duradouros e resistentes. Se estes ovos estiverem presentes nos sedimentos das águas residuais e forem extreminados pelo processo do tratamento, conclui-se que outros agentes patogénicos humanos que sejam menos resistentes e que também possam estar presentes, tais como parasitas, virus e bactérias serão também inactivados. Deste modo pode considerar-se os Ascaris como um organismo 'indicador'.
Fez-se o isolamento de ovos de Ascaris utilizando o filtro Helmíntico (South African Medicai Journal, 1972, 46:1344 -1346), e os métodos modificados de concentração formaldeído/éter e de sulfato de zinco (Journal of Clinicai Pathology, 1970 23:345-546; Laboratory Methods em 'Colour Atlas of Intestinal Parasites', pp 9-21, publicado em 1971 por Charles C Thomas, Illinois, USA; Water Research, 1974, 8:851-853). De um modo essencial, os ovos de amostras de sedimentos tratados de acordo com o processo da presente invenção, isto é, ovos tratados por pasteurização dos designados sedimentos activados ('ovos ASP') e ovos de controlo obtidos em amostras não tratadas dos mesmos sedimentos ('ovos não tratados') foram incubados em formalina a 1% (para inibir a multiplicação bacteriana) à temperatura de 30°C durante 18 dias ou mais. Os ovos foram depois exa minados para se verificar se tinha havido desenvolvimento larvar no seu interior, e se fosse caso disso, para se verificar se as larvas eram ou não viáveis. Para se determinar se o ovo de Ascaris pode substir, fez-se o seu exame para se determinar se no seu interior existia ou não uma larva móvel. Isto implicou um exame prolongado utilizando um microscópio e com aplicação de estilulação se necessário. Todavia, conforme se pode verificar no Quadro 2 a seguir apresentado, não houve desenvolvimento de larvas nos ovos ASP expostos às condições de proces12
sarnento do processo da presente invenção, fazendo-se a comparação com os ovos não tratados.
Quadro 2
Amostra % de sólidos
Ovos em lg peso húmido
Viabilidade percentual Notas
Al
9.1
BI
9.3
0* % obtidos em 2 experiências de testes de viabilidade .
0* % obtidos em 2 experiências de testes de viabilidade .
Cl (Controlo) 2.8
Dl (Controlo) 3.5
E (Controlo) 3.3
2 experiências proporcionaram 85% e 90%
2 experiências proporcionaram 85% e 90%
Contagem de viabilidade feita em 200 ovos
9.8
Contagem de viabilidade feita em 300 ovos
Hl(Controlo)
H2
H3
H4(l)
H4(2)
9.5
2.6
18.0
19.6
7.0
8.0
Contagem de viabilidade feita em 300 ovos **Utilizados 213 ovos para determinação da viabilidade **Utilizados 203 ovos para determinação da viabilidade
0*** Utilizados 400 ovos para determinação da viabilidade
0*** Utilizados 322 ovos para determinação da viabilidade
0*** Utilizados 100 ovos cara determinação da viabilidade
- 13 LEGENDA
(i) Determinou-se a % de sólidos utilizando 100 g de amostra a 100°C durante 24 horas, no sentido de a secar. Para os estudos de viabilidade, fez-se a lavagem de aproximadamente entre 100 e 150 g de exem piares utilizando o filtro Helmíntico que foi preparado localmente. O material obtido deste modo foi incubado em formalina a 1% (para inibir a multiplicação bacteriana) à temperatura de 30°C durante 18 dias. Após a incubação fez-se a recuperação dos ovos de Ascaris por flutuação centrífuga. Depois fez-se o exame dos ovos para se verificar se tinha havido desenvolvimento larvar no seu interior; a seguir determinou-se a viabilidade percentual.
(ii) * 95-98% dos ovos observados nas amostras Al e Bl apresentaram evidente danificação mecânica antes da incubação; não ocorreu desenvolvimento nos ovos restantes após incubação para os estudos de viabilidade .
(iii) ** Foram observadas larvas móveis.
(iv) Não houve qualquer desenvolvimento em todos os ovos examinados.
A partir do Quadro 2 pode concluir-se consequentemente que todos os ovos de Ascaris foram aniquilados pelo processo da presente invenção.
Deste modo, o inventor admite que com o processo da presente invenção, são ultrapassadas as desvantagens associadas aos processos conhecidos para o tratamento de sedimentos de água residuais, tais como os problemas de produzir economicamente sedimentos totalmente esterilizados adequados para utilização directa como fertilizantes, em particular um fertilizante com o qual não sejam facilmente excedidas as quantidades permitidas de elementos tóxicos potenciais.

Claims (1)

  1. REIVINDICAÇÕES
    - lã Processo para o tratamento de material orgânico caracterizado por:
    se introduzir amónia ou uma substância à base de amónia num material orgânico líquido, aumentando desse modo o valor de pH do material pelo menos para 10, para formar um material orgânico intermédio;
    se permitir que a amónia ou a substância à base de amónia reaja com o material orgânico intermédio durante pelo menos 5 minutos; e se adicionar uma quantidade suficiente de um ácido susceptível de reagir exotermicamente com a amónia ou com a subs tância à base de amónia e/ou com um complexo de amónio/intermediário formado no material orgânico, para neutralizar a amónia ou a substância à base de amónia e para aumentar a temperatura do material orgânico pelo menos para 50°C, para proporcionar um material orgânico tratado.
    - 2a Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se fazer passar o material orgânico ao longo de um percurso efectuando-se o aumento de pH numa primeira zona desse percurso e adicionando-se o ácido numa segunda zona do percurso, estando a primeira e segunda zonas distanciadas o suficiente para permitir que a amónia ou a substância à base de amónia possam reagir com o material orgânico pelo menos durante 5 minutos antes de ocorrer a adição do ácido.
    - 3â Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por se injectar a amónia na primeira zona do percurso, estando a quantidade de amónia injectada compreendida entre
    - 15 0,2% e 20% (em massa) de amónia, tomando como base a massa total do material orgânico líquido ou a pasta.
    - 4â Processo de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo facto de o ácido ser inorgânico, injectando-se menos ácido do que o necessário para reagir estequiometricamente ou para neutralizar toda a amónia adicionada, subindo a temperatura para um valor próximo de 70°C.
    - 5â Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo facto de o ácido ser o ácido fosfórico e por o período durante o qual o ácido fosfórico -:6.176 com a amónia antes de se efectuar a injecção de ácido ser de aproximadamente 10 minutos.
    - 6â Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto de o material líquido ser constituído por sedimentos de água residuais contendo entre 2% e 50% em massa de materiais de desperdícios sólidos, sendo o outro componente de equilíbrio a água.
    A requerente reivindica a prioridade do pedido sul-africano apresentado em 11 de Agosto de 1988, sob o n°.
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