PT904614E - Dispositivo de engaste em serie de terminais metalicos e caixa de ferramentas - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO

DISPOSITIVO DE ENGASTE EM SÉRIE DE TERMINAIS METÁLICOS E CAIXA DE FERRAMENTAS A presente invenção diz respeito a um dispositivo de engaste de terminais metálicos em fios eléctricos de bainha isolante da qual uma das extremidades foi previamente desnudada de acordo com a definição dada no preâmbulo da reivindicação 1. Já são conhecidos dispositivos de engaste do tipo deste (FR-A-2 643 514), geralmente denominados “mini-aplicadores’’ que são montados nas prensas de engaste convencionais com o apoio fixado à banca também ela fixa da prensa e o porta ferramenta fixado à corrediça ou à dianteira da prensa. Estes mini-aplicadores permitem o fabrico em série de terminais metálicos de forma semi-automática, tendo de estar um operário a colocar os fios um a um na bigorna antes de accionar a prensa. Por questões de qualidade de fabrico e a fim de evitar a necessidade de efectuar regulações delicadas, o conjunto do dispositivo “mini-aplicador” é mudado a cada mudança de fabrico. Deste modo, para cada modelo de terminal ou para cada modelo ou diâmetro de fio, é necessário desmontar o conjunto do mini-aplicador precedente e voltar a montar na prensa um novo mini-aplicador cujos cunhos de engaste correspondam aos modelos de terminal e de fio a engastar.

As referidas operações de desmontagem e de montagem do mini-aplicador na prensa são em si mesmas morosas e delicadas. Em particular, as operações não podem ser automatizadas e devem ser efectuadas manualmente por um operário mecânico de manutenção especializada. Veja-se a este propósito o documento EP-A- 0 583 223. É preciso dispor-se de um mini-aplicador completo, dispendioso, para cada modelo de terminal e de fio. Igualmente, o conjunto de todos os mini-aplicadores de engaste representa um estorvo ou impedimento importante, já que necessita de superfícies de armazenamento específicas na proximidade da oficina de engaste. A manutenção dos mini--aplicadores, que são relativamente pesados e incómodos, coloca, pois, problemas e deve ser efectuada com grandes precauções, tendo em conta a sua fragilidade e o preço de cada mini-aplicador; 1 A presente invenção tem como objectivo evitar estes inconvenientes ao propor um mesmo dispositivo de engaste capaz de efectuar o fabrico - nomeadamente em séries- de diferentes modelos de terminais metálicos. Deste modo, a presente invenção tem como objectivo propor um dispositivo de engaste que não se destina a um único modelo de terminal nem a um único modelo de fio e que por essa razão não precisa de ser desmontado a cada mudança de fabrico, nomeadamente a cada modelo de fio. A presente invenção pretende igualmente propor um dispositivo de engaste com o qual a mudança de modelo de fio pode ser automatizada, isto é, realizada automaticamente por um robot, ou efectuada pelo operador da prensa, sem que seja necessária a intervenção de um mecânico de manutenção especializada. A presente invenção pretende igualmente diminuir o custo de investimento necessário para o engaste de um modelo de terminal em fios de diferentes diâmetros e modelos, quer no que diz respeito ao custo da ferramenta em si mesma, quer no que diz respeito ao custo necessário ao seu armazenamento e à sua manutenção. A presente invenção pretende igualmente evitar as manutenções delicadas e as perdas provocadas por erros de manutenção.

Para este efeito, a presente invenção diz respeito a um dispositivo de engaste tal como é mencionado acima, e que é caracterizado na parte caracterizadora da reivindicação 1.

Assim, graças a esta invenção, é possível mudar a ferramenta (matriz(es) e/ou bigoma(s)), em função do modelo do fio, sem que para isso seja necessário desmontar o conjunto do dispositivo de engaste da prensa.

De acordo com esta invenção, pelo menos um bloco de suporte da(s) matriz(es) e pelo menos um bloco de suporte da(s) bigoma(s) - e de preferência cada um destes blocos-formando um jogo de ferramentas de engaste para o engaste de um determinado modelo de terminal, estão associados um ao outro numa união autónoma, a chamada caixa, adaptada para que estes blocos possam ser montados e desmontados em conjunto em relação ao porta 2 ferramenta e ao apoio.

Em particular, e de acordo com a presente invenção, o bloco de suporte da(s) matriz(es) e o bloco de suporte da(s) bigornas estão associadas uma à outra através de duas colunas de união, adaptadas para permitir os seus movimentos relativos de translação no sentido de possibilitar a aproximação aos cunhos de engaste, mas limitando os seus movimentos relativos de translação no sentido de um afastamento para um valor superior ou igual ao do afastamento máximo quando eles estão fixos ao porta-ferramenta e ao apoio.

Assim, a mudança das ferramentas de engaste é extremamente simples, podendo ser efectuada pelo operador da prensa, ou mesmo automaticamente através de um robot.

De forma vantajosa e de acordo com a invenção, os meios de fixação rígida amovível de cada bigorna ao apoio compreendem uma união do tipo cauda de andorinha ou equivalente, cujo eixo se estende paralelamente ao eixo de engaste. Por outro lado, os meios de fixação rígida amovível de cada matriz ao porta-ferramenta compreendem um parafuso de união de cada matriz, e de preferência do bloco de suporte da(s) matriz(es) ao porta-ferramenta, nomeadamente um parafuso que se estende paralelamente ao eixo de engaste e que coopera com uma abertura de roscas de parafusos correspondente colocado no porta-ferramenta.

De forma vantajosa e de acordo com a invenção, o bloco de suporte de matriz(es) e/ou o bloco de suporte de bigoma(s) possui meios de regulação contínua da posição de um primeiro e/ou de um segundo cunho de engaste de acordo com a direcção de translação do porta-ferramenta.

Por outro lado, de forma vantajosa e de acordo com a invenção, os meios automáticos de alimentação e de corte estão colocados de modo a deslocar a banda em cada ciclo de terminais, perpendicularmente ao eixo de engaste, e comportam: um macaco que compreende um corpo de macaco trazido pelo apoio e uma haste de accionamento colocada perpendicularmente ao eixo de engaste, uma lingueta trazida pela haste de accionamento e adaptada para arrastar a banda aquando dos seus movimentos em direcção ao eixo de engaste e para não a arrastar em sentido inverso, e um parafuso de 3 ressalto no final de percurso da haste de accionamento, sendo este parafuso de ressalto trazido por um macho de abrir e de fechar parafusos de eixo perpendicular ao eixo de engaste, colocado numa peça trazida pela haste de accionamento, vindo a extremidade deste parafiíso de ressalto em ressalto contra uma porção solidária do corpo do macaco e que limita o percurso de deslocação da haste de accionamento em direcção ao eixo de engaste. O parafuso de ressalto é colocado em frente de um lado do corpo do macaco e à frente do dispositivo, e constitui os meios de regulação da amplitude do avanço da banda, e por isso, do comprimento de porção de banda (correspondente a um terminal ) alimentada perpendicularmente ao eixo de engaste em cada ciclo.

Igualmente, com vantagem e de acordo com a invenção, os meios automáticos de alimentação compreendem meios de regulação da posição da banda e ,por isso, dos terminais, de acordo com o eixo de engaste.

Com vantagem e de acordo com a invenção, o dispositivo compreende também meios de regulação contínua da posição do porta-ferramenta em relação a uma corrediça de prensa de acordo com a direcção de translação em relação ao apoio. A invenção diz respeito também a uma caixa de ferramentas para um dispositivo de engaste de acordo com a invenção. Uma caixa de ferramentas de acordo com a invenção é caracterizada pelo facto de ela compreender um bloco de suporte de matriz(es) e um bloco de suporte de bigoma(s) associados um ao outro numa união autónoma e adaptados para poderem ser montados e desmontados em conjunto em relação ao dispositivo. Além disso, uma caixa de acordo com a invenção é caracterizada pelo facto de ela compreender, em combinação, a totalidade ou parte das características descritas acima em relação ao dispositivo de engaste. A invenção diz respeito a um dispositivo de engaste e uma caixa de ferramentas compreendendo em combinação total ou parte das características mencionadas atrás ou à frente.

Outras características, objectivos e vantagens da presente invenção surgirão no decurso da 4 leitura da descrição que se segue de um dos modos de realização preferenciais, e que se referem às figuras anexas, nas quais: . a figura 1 é uma vista esquemática em perspectiva que representa um dispositivo de acordo com a invenção com a caixa de ferramentas representada fora do dispositivo, . a figura 2 é uma vista esquemática em elevação com pormenores em corte parcial de um dispositivo de engaste de acordo com a invenção, . a figura 3 é uma vista esquemática que representa um dispositivo de engaste de acordo com a invenção com o porta-ferramenta em corte axial e os meios autónomos de alimentação, o apoio e o bloco de suporte de bigoma(s) em elevação, . a figura 4 é uma vista em corte de acordo com a linha IV-IV da figura 2, . a figura 5 é uma vista em corte de acordo com a linha V-V da figura 3, . a figura 6 é uma vista em corte de acordo com a linha VI-VI da figura 5, . a figura 7 é uma vista esquemática em elevação de uma caixa de ferramentas de acordo com a invenção, . a figura 8 é uma vista esquemática em corte vertical da caixa da figura 7, A presente invenção diz respeito a um dispositivo de engaste em séries de terminais metálicos em fios eléctricos (não representados nas figuras) de bainha isolante cuja extremidade foi previamente desnudada. Este dispositivo de engaste, do tipo chamado mini-aplicador compreende um apoio 1 adaptado para ser fixado a uma banca fixa de uma prensa (não representada); um porta-ferramenta 2 de engaste adaptado para poder ser montado solidário em translação com uma corrediça (não representada) de prensa; meios (3) automáticos de alimentação e de corte dos terminais sucessivamente um a um a partir de uma banda de terminais metálicos preformados idênticos 4. A banda 4 é por isso formada 5 por uma enfiada de terminais ligados entre si e que confinam uns com os outros. Cada terminal está destinado a ser comprimido entre, pelo menos, um primeiro cunho 5 de engaste definido por pelo menos uma bigorna de engaste 6 mantida fixa pelo apoio 1, e por pelo menos, um segundo cunho de engaste 7 definido por pelo menos uma matriz de engaste 8 mantida fixa pelo porta-ferramenta 2. O(s) primeiro(s) 5 e segundo(s) 7 cunhos de engaste apresentam formas conjugadas entre si e adaptadas para engastar um terminal num fio a partir de um terminal preformado da banda 4. Cada tenninal é apertado entre estes cunhos e em volta da referida extremidade do fio de acordo com um eixo 9, o chamado eixo 9 de engaste, que corresponde à direcção do fio colocado entre os cunhos. O porta-ferramenta 2 está unido solidariamente em translação em relação à corrediça, graças à existência de meios de união 10 convencionais, mas que compreendem meios de regulação 11 contínuos da posição do porta-ferramenta 2 em relação à corrediça de acordo com a direcção de translação do porta-ferramenta 2 e da corrediça em relação ao apoio 1 e à banca da prensa. Estes meios 11 de regulação compreendem por exemplo dois calços com saliências inclinadas em contacto, deslocados um em relação ao outro perpendicularmente ao eixo de translação do porta-ferramenta 2, graças a um parafuso de cabeça moletada e cuja roscagem coopera com um macho de abertura da rosca do parafuso de um dos calços que se apoiam um no outro cunho ou numa peça solidária do porta-ferramenta 2 (figura 4).

Estes meios 11 de regulação permitem uma regulação continua da posição vertical do porta-ferramenta 2 em relação à corrediça da prensa, e permitem, por isso, adaptar e regular esta posição em função do andamento da corrediça da prensa, do ponto morto baixo da prensa, e das posições relativas entre os cunhos 5, 7, isto é, entre cada matriz 8 e a bigorna 6 correspondentes. O porta-ferramenta 2 é guiado no seu movimento em translação vertical de acordo com o eixo da prensa em relação ao apoio 1 graças a uns gatos de ferro laterais 12 montados de forma fixa sobre o apoio 1, contornando e orientando o porta-ferramenta 2. Desta maneira, o porta-ferramenta 2 é orientado em translação em relação ao apoio 1 de modo a ser deslocado com os movimentos da corrediça de acordo com os movimentos alternados de aproximação e de afastamento em relação ao apoio 1. 6

Os meios 3 automáticos de alimentação e de corte alimentam um terminal 4 a cada ciclo entre os cunho 5,7 e o lugar com vista ao seu engaste de acordo com o eixo 9 de engaste. Estes meios 3 estão sincronizados em relação aos movimentos do porta-ferramenta 2 em relação ao apoio 1, de maneira que uma porção da banda 4 correspondente a um terminal é alimentada entre os cunhos no momento do afastamento, com vista ao corte e ao engaste do terminal no momento da aproximação subsequente dos referidos cunhos 5,7.

Para que tal aconteça, o porta-ferramenta 2 possui um dedo 13 de comando, adaptado para apoiar e deslocar em translação uma haste 14 de um distribuidor de comando de um macaco 15 dos meios 3 automáticos de alimentação. De preferência, o dedo 13 acciona a haste 14 de comando no momento em que o porta-ferramenta 2 está em posição afastada, isto é, em posição alta, comandando assim a alimentação de uma porção de banda 4.

Cada matriz 8 é formada por uma placa vertical associada e trazida pelo mesmo bloco 16 de suporte de matriz(es), e o porta-ferramenta 2 comporta um alojamento 17 de recepção de um bloco 16 de suporte de matriz(es). O bloco 16 de suporte de matriz(es) globalmente paralelepipédico , tal como o alojamento de recepção 17. Um parafuso 18 está associado ao bloco 16 de suporte de matriz(es) de maneira a apresentar uma abertura de roscas de saída que pode ser colocada na abertura de roscas de uma peça solidária em translação do porta-ferramenta 2, por exemplo, o dedo 13 de comando no modo de realização representado na figura 4.

Cada bigorna 6 é transportada por um mesmo bloco 19 de suporte de bigoma(s) e o apoio 1 define um assento 20 de recepção de um bloco 19 de suporte de bigoma(s) . O bloco 16 de suporte de matriz(s) e o bloco 19 de suporte de bigoma(s), que formam um mesmo jogo de ferramentas de engaste para o engaste de um modelo de terminal, isto é, que trazem os primeiros cunhos 5 e os segundos cunhos 7 de engaste de formas conjugadas, estão associados um ao outro numa união autónoma 21, a chamada caixa de ferramentas 21, adaptada para que estes blocos 16,19 possam ser montados e desmontados em conjunto em relação ao dispositivo, isto é, respectivamente, em relação ao porta-ferramenta 2 e em relação ao apoio 1. Para este fim, o bloco 16 de suporte de matriz(es) e o bloco 19 de 7 suporte de bigoma(s) estão associados um ao outro através de duas colunas de união 22 que se estendem paralelamente à direcção de translação do porta-ferramenta 2, isto é, verticalmente. As colunas 22 de união estão colocadas em furos correspondentes que são arranjados no bloco 19 de suporte de bigoma(s), de maneira a ficar fixadas de modo rígido a este bloco 19, pelo menos quando este está em posição fixa e montada na banca 20 do apoio 1. Para este fim, a extremidade inferior de cada coluna 22 está colocada num furo do bloco 19 e fixada através de um parafuso 23 de cabeça cuja extremidade está aparafusada numa abertura de rosca da coluna 22, sendo este parafuso 23 engendrado pela extremidade inferior do furo do bloco 19 de suporte de bigoma(s). O bloco 16 de suporte de matriz(es) compreende um furo que atravessa na vertical com vista à orientação do bloco de suporte da matriz em relação a cada coluna 22. Este furo é feito num esquadro 24 que se estende na horizontal em direcção à parte de trás. A extremidade superior de cada coluna 22 está dotada de uma cabeça 25 que limita o movimento relativo de translação no sentido do afastamento em direcção à parte superior do bloco 16 de suporte de matriz(es), em relação ao bloco 19 de suporte de bigoma(s), até um valor superior ou igual ao do seu afastamento máximo definido entre o porta -ferramenta 2 e o apoio 1, quando estes dois blocos 16,19 estão fixos. Deste modo, quando a caixa de engaste 21 que transporta as ferramentas de engaste é desmontada do dispositivo ( figuras 1, 7 e 8), as duas colunas 22 mantêm os dois blocos 16, 19 juntos, impedindo assim a sua desmontagem relativa. Pelo contrário, quando a caixa de engaste é montada e fixada no dispositivo, estando o bloco 16 fixado ao porta-ferramenta 2 e estando o bloco 19 fixado ao apoio 1, os movimentos de translação e a orientação relativa do bloco 16 de suporte de matriz(es) em relação ao bloco 19 de suporte de bigoma(s) é essencialmente assegurada pela orientação do porta-ferramenta 23 em relação ao apoio 1, isto é, pelos gatos de ferro 12, assim como pelos movimentos da corrediça da prensa. Em consequência disto, podemos compreender que a união relativa dos blocos 16,19 e das colunas 22 apresenta um certo jogo tanto no sentido da translação como nas direcções transversais e não precisa de ser realizado de maneira precisa. Estes jogos devem ser em todo o caso suficientes para evitar que as colunas 22 impeçam a orientação em translação vertical do porta-ferramenta 2 e das matrizes 8 em relação ao apoio 1 e às bigornas 6. 8 0 bloco 19 de suporte de bigoma(s) é simplesmente unido e fixado de forma amovível à banca 20 do apoio 1 através de uma união de tipo cauda de andorinha, de eixo paralelo ao eixo de engaste 9. Por exemplo, o bloco 19 de suporte de bigorna compreende uma cauda de andorinha macho 26 e a banca 20 compreende uma cauda de andorinha fêmea 27. Esta união 26, 27 de cauda de andorinha permite colocar cada bigorna 6 e cada matriz 8 no plano vertical que contém o eixo de engaste 9 e o eixo vertical de translação 28 do porta -ferramenta 2 em relação ao apoio 1. Pode ser previsto um parafuso transversal de bloqueio axial da união de cauda de andorinha. A posição em translação da união da caixa 21 de engaste de acordo com o eixo 9 de engaste é determinado pelas faces traseiras 29 do bloco 16 de suporte de matriz(es) e 30 do bloco 19 de suporte de bigoma(s) que vêm em ressalto e em apoio sobre as faces verticais do porta-ferramenta 2, respectivamente de um suporte 31 dos gatos de ferro 12 solidário com o apoio 1. Igualmente, o bloco 16 de suporte de matriz(es) apresenta uma face superior horizontal 52 que vem em ressalto e em apoio sobre a face horizontal do alojamento 17 do porta-ferramenta 2. O bloco 19 de suporte de bigoma(s) repousa sobre o apoio 1. O parafuso 18 de fixação amovível do bloco 16 de suporte de matriz estende-se paralelamente ao eixo de engaste 9 e permite bloquear o conjunto da caixa 21 de engaste em posição subida em relação ao dispositivo. O bloco 16 de suporte de matriz(es) comporta, por outro lado, meios 32, 33 de regulação contínua da posição de pelo menos uma matriz 8 de engaste e por isso de um primeiro cunho de engaste, de acordo com a direcção vertical de translação do porta-ferramenta 2.

Estes meios 32, 33 comportam um calço 32 com saliências inclinadas que entram em contacto com a extremidade superior da matriz 8, e um parafuso 33 de cabeça moletada cuja rosca de parafuso é colocada numa abertura de roscas que atravessa o calço para determinar a sua posição em relação à matriz 8. Assim, ao rodar o parafuso 33, modifica-se a posição do calço 32 em relação à matriz 8 o que provoca a deslocação vertical em translação desta matriz 8 em relação ao bloco 16 de suporte de matriz. Por outro lado, a matriz 8 compreende pelo menos uma abertura oblonga 34 atravessada por parafusos de fixação 35 das matrizes 8 em relação ao bloco 16 de suporte de matrizes. Esta abertura 9 vertical 34 está adaptada para permitir a regulação vertical em translação da matriz 8 em relação ao bloco 16 de suporte de matriz(es).

Cada caixa de ferramentas 21 pode compreender uma ou várias matrizes 8, por exemplo uma primeira matriz de engaste do terminal à volta da alma condutora do fio, e uma segunda matriz adjacente para o engaste do terminal à volta da extremidade da bainha isolante do fio. Do mesmo modo, cada bloco 19 de suporte de bigorna pode possuir uma ou várias bigornas 6, a saber por exemplo, uma bigorna para o engaste do terminal à volta da alma descamada do fio eléctrico e uma segunda bigorna para o engaste do terminal à volta da extremidade da bainha do fio.

Por outro lado, são possíveis duas variantes de realização. Na variante representada, a caixa 21 compreende igualmente um dispositivo 36 que permite cortar a banda de terminais, após a sua deslocação transversal, com vista à separação de cada terminal colocado de acordo com o eixo de engaste. Numa outra variante, este dispositivo de corte da banda pode ser montado de modo solidário com os meios 3 de alimentação e, por isso, trazido pelo conjunto do dispositivo e pelo apoio 1 (e não pela caixa 21).

As matrizes 8 são unidas no bioco 16 por um ou vários parafusos 35 de aperto. Como variante, as matrizes 8 e os cunhos 7 podem ser formados pelo bloco 16 ele próprio numa peça única conformada para este efeito. As bigornas 6 podem ser unidas no bloco 19. No modo de realização apresentado, as bigornas 6 e os cunhos 5 são formados pelo próprio bloco 19 numa peça única conformada para este efeito. A caixa 21 de engaste constitui, pois, um conjunto de ferramentas de engaste que podem ser previamente reguladas (graças nomeadamente aos meios 32, 33 de regulação) e que é montada e desmontada no dispositivo de engaste apenas com a ajuda de um único parafuso 18. A montagem e a desmontagem de cada caixa 21 de engaste é por esta razão extremamente simples e rápida. Deste modo, é possível dispor de tantas caixas 21 de engaste quantos os modelos de fios a engastar num mesmo tipo de terminal, e isto com um único dispositivo mini-aplicador de engaste. Sendo as caixas previamente reguladas, a mudança de fabrico pode ser efectuada sem regulação suplementar sendo garantida uma 10 qualidade constante. Evita-se a desmontagem do dispositivo em relação à própria prensa, e esta mudança de caixas 21 pode ser automatizada se o dispositivo for integrado numa cadeia automática. Não é necessária qualquer regulação na montagem dos blocos 16, 19 graças às superfícies de apoio arranjadas no alojamento 17, a banca 20 e o suporte 31. Estas superfícies de apoio são assim, superfícies de referência para o posicionamento dos blocos 16,19.

Cada caixa 21 de engaste é, com vantagem , dotada de um local 37 que permita inscrever ou afixar uma placa de identificação do modelo de fio e/ou de terminal a engastar. O alojamento 17 de recepção do bloco 16 de suporte de matriz(es) no porta-ferramenta 2 e este bloco 16 de suporte de matriz(es), estão preparados para definir entre si um espaço 38 acima do esquadro 24 para a passagem das partes superiores das colunas 22 aquando dos movimentos de descida (aproximação dos cunhos) do porta-ferramenta 2. Como se pode ver nas figuras apresentadas, este espaço 38 é arranjado na parte de trás do bloco 16 de suporte de matriz(es) e acima do esquadro 24, de maneira tal que mesmo em posição inferior completamente aproximada dos dois blocos 16, 19, as extremidades superiores das colunas 22 não ultrapassam a face superior do bloco 16 de suporte de matriz(es). A altura de cada um dos blocos 16 de suporte de matriz(es), qualquer que seja o modelo de terminal correspondente, está de preferência adaptada para que a altura do espaço 38 corresponda à movimentação máxima possível dos diferentes modelos dos blocos 16 de suporte de matriz(es). O macaco 15 dos meios 3 automáticos de alimentação e de corte compreende um corpo de macaco 39 suportado pelo apoio 1 e uma haste de accionamento 40 colocada perpendicularmente ao eixo 9 de engaste. Uma lingueta 41 está colocada na haste de accionamento 40 e está adaptada para conduzir a banda 4 nos seus movimentos na direcção do eixo de engaste 9 e para não o conduzir em sentido inverso, isto é, quando a extremidade da haste de accionamento 40 se afasta do eixo de engaste 9. Por exemplo, a lingueta 41 é constituída simplesmente por uma peça em forma de lingueta de fechadura de meia volta que vem ancorar-se sob a banda 4 (em cada uma das perfurações previstas para este efeito na banda 4 ou em cada terminal) quando ela se aproxima do eixo de engaste 9 e pode 11 deslizar por baixo da banda 4 em sentido inverso. A haste de accionamento 40 tem igualmente uma peça 42 que se estende paralelamente ao corpo 39 do macaco do lado da frente do dispositivo de engaste e tem na sua extremidade livre um parafuso 43 de ressalto de fim de percurso da haste de accionamento 40. Este parafuso 43 de ressalto é transportado por uma abertura de roscas de eixo perpendicular ao eixo de engaste 9 colocado na peça 42, e a extremidade deste parafuso 43 de ressalto vem em ressalto contra uma saliência 44 solidária do corpo do macaco 39. Assim, este parafuso 43 limita o percurso de deslocação da haste 40 de accionamento em direcção ao eixo de engaste 9. Aparafusando ou desaparafusando o parafuso 43 em relação à peça 42, pode-se regular a posição deste ressalto de fim de percurso, e por isso, a amplitude do avanço da banda 4, isto é, o comprimento da porção de banda alimentada perpendicularmente ao eixo de engaste 9, em cada ciclo, quando o porta-ferramenta volta à posição alta para que este comprimento corresponda exactamente a um terminal. É de salientar que o parafuso 43 de ressalto está colocado em frente de um lado do corpo 39 de macaco e em direcção à frente do dispositivo de maneira a que ele esteja facilmente acessível. Por outro lado, o incómodo transversal do dispositivo é minimizado. A peça 44 que forma uma saliência contra a qual o parafuso 43 vem em ressalto está montado, tal como o corpo do macaco 39, sobre um suporte 45 que está também ele unido ao apoio 1 através de parafusos. A posição do suporte 45 que sustém o conjunto dos meios 3 de alimentação automática é determinada em relação ao apoio 1 graças a uma nervura 47 do suporte 45 arranjada numa ranhura 48 do apoio 1, colocada paralelamente ao eixo de engaste e à união de cauda de andorinha da caixa 21. A nervura 47 e a ranhura 48 formam os meios de regulação da posição da banda de acordo com o eixo de engaste 9. Uma placa de orientação da banda 49 está prevista acima da banda a fim de impedir a sua elevação no momento da deslocação da lingueta 41, e a fim de assegurar a sua orientação entre os cunhos 5, 7. Um botão rotativo 46 permite elevar ligeiramente a placa 49 para proceder à introdução da banda 4.

Cada caixa 21 está equipada, com vantagem, igualmente com uma placa 50 que forma um ressalto de apoio vertical em posição aproximada de engaste e com um elemento preparado para descamar 51 (representado unicamente na figura 2). 12 A invenção pode ser posta em prática seguindo diversas variantes em relação ao modo de realização descrito e representado. Por exemplo, os meios automáticos de alimentação 3 da banda podem ser pneumáticos e/ou mecânicos e/ou electromecânicos, podem ser dispostos à esquerda ou à direita ou do lado de trás do porta-ferramenta 2. Outros meios de fixação amovíveis das matrizes 8 e/ou das bigornas 6 e/ou de cada caixa 21 de engaste podem ser previstos. O dispositivo de engaste de acordo com a invenção pode ser do tipo semi-automático, isto é, manobrado por um operador que coloca manualmente a extremidade de fio destinada a receber o terminal entre os cunhos antes de accionar a prensa. Como variante, o dispositivo pode ser totalmente automatizado, sendo neste caso a extremidade colocada entre os cunhos através de um mecanismo do tipo de um robot.

Lisboa, 31 de Março de 2000

Pela requerente

ABVOGADA Cont. Μ.» 193 691 124

Largo de S. Domingos, 1 Tel. 255 228 685-Fas 255 228 637 2910-092 SETÚBAL - PORTUGAL 13

Claims (8)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo de engaste de terminais metálicos em fios eléctricos de bainha isolante aos quais foi previamente descamada uma das extremidades, do tipo que compreende: - um apoio (1) adaptado para ser fixado a uma banca fixa de uma prensa, - pelo menos uma bigorna (6) de engaste, colocada de forma fixa através do apoio (l), e que define pelo menos um primeiro cunho (5) de engaste, - uma porta-ferramenta (2) de engaste que possui pelo menos uma matriz (8) de engaste que define pelo menos um segundo cunho (7) de engaste cuja forma está conjugada com a do primeiro cunho (5) e adaptada para engastar um terminal apertado entre os cunhos e em volta da referida extremidade do fio de acordo com um eixo (9), o chamado eixo de engaste, que corresponde à direcção do fio, estando este porta-ferramenta adaptado para poder ser montado de modo solidário em translação com uma corrediça de prensa e guiada em translação em relação ao apoio (1), de forma a ser deslocado, por e com os movimentos da corrediça de acordo com os movimentos alternados de aproximação e de afastamento em relação ao apoio (1) com vista ao engaste, - meios (3) automáticos de alimentação e de corte entre os referidos cunhos (5, 7) dos terminais sucessivamente a partir de pelo menos uma banda (4) de terminais pré-formados metálicos, sincronizados em relação aos referidos movimentos do porta-ferramenta (2) em relação ao apoio (1), de maneira a que um terminal seja alimentado e colocado no momento de afastamento com vista ao seu corte e ao seu engaste no fio no momento da aproximação subsequente dos referidos cunhos (5, 7), caracterizado pelo facto de que: - cada bigorna (6) de engaste é transportada por um mesmo bloco (19) de suporte de bigoma(s), o apoio (1) define uma base (20) de recepção de um bloco (19) de suporte de bigoma(s), e o bloco (19) de suporte de bigoma(s) está fixado ao apoio (1) através de meios (26, 27) de fixação rígida amovível que permitem uma desmontagem do bloco (19) de suporte de bigoma(s) em relação ao apoio (1) sem que seja necessária a desmontagem do 1 apoio (1) em relação à banca da prensa, cada matriz (8) de engaste é transportada por um mesmo bloco (16) de suporte de matriz(es), o porta-ferramenta (2) comporta um alojamento (17) de recepção de um bloco (16) de suporte de matriz(es), e o bloco (16) de suporte de matriz(es) está fixado ao porta-ferramenta (2) através de meios (18) de fixação rígida amovível que permitem uma desmontagem do bloco (16) de suporte de matriz(es) em relação ao porta-ferramenta (2) sem que haja necessidade de proceder à desmontagem do porta-ferramenta (2) em relação à corrediça da prensa, - os referidos blocos (16, 19) e os meios (18, 26, 27) de fixação rígida amovível estão adaptados para permitir a fixação de bigoma(s) (6) e de matriz(es) (8) de diversas formas e /ou dimensões.
2. 2- Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de um bloco (16) de suporte de matriz(es) e um bloco (19) de suporte de bigoma(s), que formam um jogo de ferramentas de engaste com vista ao engaste de um modelo de terminal, estarem associados um ao outro numa união (21) autónoma, a chamada caixa de ferramentas (21), adaptado para que estes blocos (16,19) possam ser montados e desmontados em conjunto em relação ao porta-ferramenta (2) e ao apoio (1).
3. 3- Dispositivo de acordo coma reivindicação 2, caracterizado pelo facto de o bloco (16) de suporte de matriz(es) e o bloco (19) de suporte de bigoma(s) estarem associados um ao outro através de duas colunas (22) de união adaptadas para permitir os seus movimentos relativos de translação no sentido da aproximação dos cunhos (5, 7) de engaste, mas que limitam os seus movimentos relativos de translação no sentido do afastamento para um valor superior ou igual ao do seu afastamento máximo quando eles estão fixados ao porta -ferramenta (2) e ao apoio (1).
4. 4- Dispositivo de acordo com uma das reivindicações l a 3, caracterizado pelo facto de o bloco (16) de suporte de matriz(es) e/ou o bloco (19) de suporte de bigoma(s) comportar meios (32, 33) de regulação contínua da posição de um primeiro (5) e/ou de um segundo (7) cunho de engaste de acordo com a direcção de translação do porta-ferramenta (2). 2
5. 5- Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo facto de os meios (26, 27) de fixação rígida amovível do bioco (19) de suporte de bigoma(s) ao apoio compreenderem uma união (26,27) do tipo de cauda de andorinha.
6. 6- Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo facto de os meios (3) automáticos de alimentação e de corte estarem colocados de modo a deslocar a banda (49) em cada ciclo perpendicularmente ao eixo de engaste (9), e comportarem: . um macaco (15) que compreende um corpo (39) de macaco trazido pelo apoio e uma haste (40) de accionamento colocada perpendicularmente ao eixo de engaste (9), . uma lingueta (41) que pertence à haste de accionamento (40) e que está adaptada para arrastar a banda (4) aquando dos seus movimentos em direcção ao eixo de engaste (9) e para não a arrastar em sentido inverso, . e um parafuso de ressalto (43) de fim de percurso da haste de accionamento (40), sendo este parafuso (43) de ressalto transportado por uma abertura de roscas de eixo perpendicular ao eixo de engaste colocado numa peça (42) transportada pela haste de accionamento (42), vindo a extremidade deste parafuso de ressalto em ressalto contra uma saliência (44) solidária do corpo (39) do macaco (15) e que limita a movimentação da haste de accionamento (40) em direcção ao eixo de engaste, , e pelo facto de que o parafuso de ressalto (43) está colocado em frente de um dos lados do corpo (39) do macaco (15) e à frente do dispositivo, e constitui os meios (43) de regulação da amplitude do avanço da banda (4), e por isso o comprimento de porção de banda alimentada perpendicularmente ao eixo de engaste (9) em cada ciclo.
7. 7- Dispositivo de acordo com uma das reivindicações de 1 a 6, caracterizado pelo facto de que ele compreende meios (11) de regulação contínua da posição de porta-ferramenta (2) em relação a uma corrediça de prensa de acordo com a direcção de translação em relação ao apoio (1). 3
8. 8- Caixa de ferramentas destinada a um dispositivo de engaste de acordo com uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizada pelo facto de ela compreender um bloco (16) de suporte de matriz(es) e um bloco (19) de suporte de bigoma(s) associados um ao outro numa união autónoma e adaptados para poder ser montados e desmontados em conjunto em relação ao dispositivo. Lisboa, 31 de Março de 2000 Pela Requerente O Mandatário

   MARIA MANUEL RAMOS LUCAS advogada Cont. N.® 193 691 124 Largo de S. Domingos, 1 Tel. 265 228 685-Fax 265 226 637 2910-092 SETÚBAL - PORTUGAL 4