PT805706E - Dispositivo de ionoforense para a administracao transcutanea de um principip activo de tipo oligossacarido anionico - Google Patents

Dispositivo de ionoforense para a administracao transcutanea de um principip activo de tipo oligossacarido anionico Download PDF

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Description

ZOS^Oé ι
DESCRIÇÃO
“DISPOSITIVO DE IONOEORESE PARA A ADMINISTRAÇÃO TRANSCUTÂNEA DE UM PRINCÍPIO ACTIVO DE TIPO OLIGOSSACÁRIDO ANIÓNICO” A invenção diz respeito a um dispositivo de ionoforese para a administração transcutânea de um princípio activo de medicamento de tipo oligossacárido aniónico e em particular de um oligossacárido aniónico de síntese tendo, entre outras, actividades antitrombóticas e/ou anticoagulantes. A coagulação sanguínea é um fenómeno fisiológico reputado por ser complexo. Alguns estímulos, tais como a activação de contacto e os factores tecidulares, desencandeiam a activação sucessiva de uma série de factores de coagulação presentes no plasma sanguíneo.
Qualquer que seja a natureza do estímulo, as etapas finais são idênticas : o factor X activado (Xa) activa o factor II (igualmente denominado protrombina), o qual sob a sua forma activada (factor Da, igualmente denominado trombina) provoca a proteólise parcial do fíbrinogénio solúvel com libertação da fibrina insolúvel, constituinte principal do coágulo sanguíneo.
Nas condições fisiológicas normais, a actividade dos factores de coagulação é regulada por proteínas tais como a antitrombina III (AT III) e o cofactor Π da heparina (HC II), que se encontram igualmente presentes no plasma. A AT III exerce uma actividade inibidora sobre um certo número de factores de coagulação e em especial sobre os factores Xa e lia. A inibição do factor Xa ou do factor lia constitui portanto um meio privilegiado para se obter uma actividade anticoagulante e antitrombótica uma vez que esses dois factores intervêm nas duas últimas etapas da coagulação, as quais são independentes do estímulo iniciador. O pentassacárido de fórmula geral (I)
na qual o símbolo R representa um grupo de fórmula -COCH3 ou -SO3' apresenta uma estrutura apropriada para a ligação à AT ΙΠ. Este composto (R = -S03') foi obtido há já uma dezena de anos aproximadamente por síntese química total (P. Sinay et al, Carbohydrate Research (1984), 132 C5).
Posteriormente, um certo número de oligossacáridos aniónicos de síntese, obtidos por síntese química total e tendo actividades antitrombóticas e anticoagulantes, foram descritos na literatura (cf, por exemplo, EP-A-0084999, EP-A-0113599, EP-A-0165134, EP-A-0301618, EP-A-0454220 e EP-A-0529715).
As actividades anticoagulantes e antitrombóticas, que podem possuir tais oligossacáridos, fazem destes últimos princípios activos úteis em terapêutica humana.
Infelizmente, devido à sua massa molecular bastante elevada, à sua forte carga aniónica e à sua hidrofília, eles não podem ser administrados por via oral, pois não passam a barreira gastrointestinal e são essencialmente administráveis por via parentérica, por exemplo, via subcutânea ou via intravenosa.
Sabe-se em casos semelhantes que uma alternativa à via parentérica seria a via transdérmica uma vez que os compostos não têm de atravessar o tracto gastrointestinal. No entanto, foi possível constatar que os oligossacáridos do tipo citado anteriormente não penetram na pele com uma velocidade suficiente para que as concentrações sistémicas atinjam valores terapêuticos eficazes.
Sabe-se que a ionoforese pode permitir administrar a um paciente, por via transcutânea, determinados princípios activos, que consistem geralmente em compostos de baixos pesos moleculares com carácter iónico.
Para isso, opera-se a partir de uma solução aquosa ou de um gel aquoso que contém o princípio activo sob uma forma pelo menos parcialmente ionizada, aplicando um sinal eléctrico entre, por um lado, um primeiro eléctrodo, dito eléctrodo activo, tendo a mesma polaridade que os iões do princípio activo a administrar e que se encontram em contacto com um elemento reservatório, que contém o princípio activo e se encontra colocado em contacto com uma primeira zona da pele do paciente, e, por outro lado, um segundo eléctrodo dito contra-eléctrodo ou eléctrodo passivo, com polaridade oposta à associada ao princípio activo, que se encontra colocado, directamente ou por intermédio de um electrólito indiferente, em contacto com uma segunda zona da pele do paciente distinta da primeira zona. Quando da passagem da corrente, gerada por aplicação do sinal eléctrico entre os eléctrodos, no circuito assim realizado, os iões do princípio activo migram, em oposição ao eléctrodo com a mesma polaridade (eléctrodo activo), através da pele e dos tecidos do paciente, para o eléctrodo de polaridade
oposta (contra-eléctrodo) e encontram-se assim a passar no sistema circulatório do paciente.
Ao estudar a possibilidade de uma passagem transcutânea de derivados do tipo dos oligossacáridos com carácter aniónico pela técnica de ionoforese, recorrendo a eléctrodos reutilizáveis habitualmente utilizados em ionoforese tais como os eléctrodos de carbono, platina ou titânio, as requerentes observaram que os fluxos transcutâneos obtidos para os referidos derivados eram muito inferiores aos fluxos que seria conveniente atingir para corresponder a uma administração terapêutica. A citação EP-A-0556112 diz respeito a um dispositivo de ionoforese para a administração transcutânea de um princípio activo de medicamento, em especial de tipo aniónico, que comporta um conjunto de eléctrodo negativo constituído por um eléctrodo negativo, dito eléctrodo activo, em contacto com um elemento reservatório que contém um electrólito que engloba o princípio activo sob uma forma pelo menos parcialmente ionizada, encontrando-se o referido elemento reservatório disposto de modo a assegurar, quando se encontra colocado em contacto com uma zona da pele de um paciente, um condutor iónico contínuo entre o referido eléctrodo negativo e a referida zona, um conjunto de eléctrodo positivo constituído ou (i) por um eléctrodo positivo sozinho ou então, de preferência, (ii) por um segundo eléctrodo positivo em contacto com um elemento receptáculo que contém pelo menos um electrólito, encontrando-se o referido elemento receptáculo disposto por forma a assegurar, quando se encontra em contacto com uma porção da pele do paciente, um condutor iónico contínuo entre o eléctrodo positivo e a referida porção,
e um gerador de sinais eléctricos ligável aos dois eléctrodos, encontrando-se o eléctrodo negativo em contacto com o elemento reservatório formado, pelo menos em parte, por um composto metálico ionizável, cujos iões metálicos são susceptíveis de ser reduzidos electroquimicamente no metal correspondente e formar com o referido metal um sistema reversível electroquimicamente, de maneira a constituir, pelo menos no decurso do funcionamento do dispositivo, um eléctrodo negativo reversível e encontrando-se o gerador disposto de modo a aplicar entre os eléctrodos sinais eléctricos de tensão média tal que a densidade de corrente média gerada entre os eléctrodos fique compreendida entre 0,03 e 0,5 mA/cm2. A realização do dispositivo de ionoforese da citação EP-A-0556112 com princípios activos de tipo aniónico é ilustrada essencialmente pela utilização de um produto de massa molecular pouco elevada, a saber o valproato de sódio, com concentração compreendida entre 5 % e 15 % em peso, ou seja 0,3 molar a 0,9 molar, o que representa mais de 50 mg por cm2 de eléctrodo e por mAh de corrente que passa por cm2 de eléctrodo.
Sabe-se que, quando a massa molecular do princípio activo aumenta, a difusão e o número de transporte dos iões do princípio activo diminuem em relação à difusão e ao número de transporte dos iões concorrentes, em especial iões Cl' que se criaram no eléctrodo negativo (cátodo) à base de AgCl. Se se pretender obter uma passagem significativa do princípio activo por unidade de superfície de eléctrodo com densidades de corrente toleráveis pela pele, é preciso aumentar as concentrações de princípio activo e, portanto, a quantidade total de princípio activo no reservatório do eléctrodo com, como inconveniente, deixar no referido reservatório uma quantidade não consumida do princípio activo que pode ir até mais de 99 % da quantidade inicial. Além disso, o fenómeno de electroosmose, que se produz quando de qualquer processo de ionoforese, gera uma corrente de água na pele que circula do eléctrodo positivo para o eléctrodo negativo e opõe-se tanto mais fortemente ao deslocamento dos iões de princípio activo aniónico quanto o tamanho dos referidos iões é maior, ou seja quanto mais elevada for a massa molecular do princípio activo. Não era pois evidente poder realizar uma administração transcutânea de um princípio activo aniónico de massa molecular substancialmente mais elevada que a dos produtos de tipo valproato por intermédio de um dispositivo de ionoforese tal como descrito na citação EP-A-0556112, que conciliaria fluxos transcutâneos ionoforéticos aceitáveis de princípio activo aniónico e uma taxa de utilização significativa do princípio activo inicialmente presente no reservatório associado ao eléctrodo negativo.
As requerentes puseram em evidência que se podia recorrer a um dispositivo de ionoforese com eléctrodo negativo reversível de um tipo compatível com o descrito na citação EP-A-0556112, para realizar uma administração transcutânea dos derivados do tipo dos oligossacáridos aniónicos, com obtenção de fluxos transcutâneos ionoforéticos atingindo concentrações plasmáticas com valores compatíveis com um valor terapêutico e simultaneamente utilização significativa do princípio activo, se se aplicasse entre os eléctrodos sinais eléctricos de tensão média tal que a tensão da corrente média gerada entre os referidos eléctrodos tivesse um valor compreendido entre 0,05 e 0,25 mA/cm2 e se o princípio activo /5* 7 oligossacarídico estivesse presente inicialmente no elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo em quantidade substancialmente inferior à indicada pela citação EP-A-0556112 para os princípios activos aniónicos de tipo valproato. O dispositivo de ionoforese de acordo com a invenção comporta um conjunto de eléctrodo negativo constituído por um eléctrodo negativo, dito eléctrodo activo, em contacto com um elemento reservatório que contém um electrólito que comporta o princípio activo sob uma forma pelo menos parcialmente ionizada, encontrando-se o referido elemento reservatório disposto de modo a assegurar, quando ele se encontra em contacto com uma zona da pele de um paciente, um condutor iónico contínuo entre o referido eléctrodo negativo e a referida zona, um conjunto de eléctrodo positivo constituído ou (i) por um eléctrodo positivo sozinho ou então, de preferência, (ii) por um eléctrodo positivo em contacto com um elemento receptáculo que contém pelo menos um electrólito, encontrando-se o referido elemento receptáculo disposto de modo a assegurar, quando se encontra colocado em contacto com a porção da pele do paciente, um condutor iónico contínuo entre o eléctrodo positivo e a referida porção, e um gerador de sinais eléctricos ligável aos dois eléctrodos, sendo o eléctrodo negativo em contacto com o elemento reservatório formado, pelo menos em parte, por um composto metálico ionizável, cujos iões metálicos são susceptíveis de ser reduzidos electroquimicamente no metal correspondente e formar com o referido metal um sistema reversível electroquimicamente, de maneira a constituir, pelo menos no decurso do funcionamento do dispositivo, um eléctrodo negativo reversível e encontrando-se o gerador disposto de modo a aplicar entre os eléctrodos, sinais
eléctricos de tensão média tal que a densidade da corrente média gerada entre os referidos eléctrodos se encontra compreendida entre 0,03 e 0,5 mA/cm2, sendo o referido dispositivo caracterizado pelo facto de o princípio activo presente no elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo ser escolhido entre os oligossacáridos aniónicos representados pelos sais alcalinos ou alcalino-terrosos de oligossacáridos que são constituídos por dois a doze motivos sacarídicos, dos quais alguns motivos ou todos eles têm os seus agrupamentos OH substituídos, pelo menos em parte, por grupos funcionais escolhidos entre -OSO3·, -COO', -NHSO3', -NH-acilo, -OPO3' e -OT, representando o símbolo T um radical hidrocarbonado, e que apresenta um carácter iónico apropriado para uma administração ionoforética, de a referida densidade de corrente possuir valores compreendidos entre 0,05 mA/cm2 e 0,25 mA/cm2 e de a quantidade de princípio activo presente inicialmente no elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo representar entre 0,5 e 12 mg por cm2 de eléctrodo e por mAh de corrente que passa por cm2 de eléctrodo.
Entre os compostos metálicos susceptíveis de constituir pelo menos em parte o eléctrodo negativo, pode-se citar, a título não limitativo, os compostos AgCl e CuCl.
Em particular, pode-se constituir o eléctrodo negativo mediante associação do composto metálico ao metal que lhe corresponde. A matéria do eléctrodo negativo pode ser depositada sobre um suporte, suporte esse que pode consistir num material isolante e em especial num material plástico isolante tal como polipropileno, polietileno, PVC, poliéster ou então num
material condutor electrónico metálico ou não metálico que resiste à corrosão pelo electrólito que contém o princípio activo na ausência de corrente como, por exemplo, prata, titânio, platina, aço moxidável, carbono, grafite, polímero condutor. O eléctrodo positivo que se utiliza no processo da invenção pode ser de um metal ou de liga metálica tal como titânio, platina, aço inoxidável ou ainda de um material condutor electrónico não metálico tal como carbono, grafite, polímero condutor. Pode-se ainda constituir o eléctrodo positivo, pelo menos em parte, por um metal susceptível de ser consumido por oxidação electroquímica e, por exemplo, por um metal tal como Al, Cu, Mg, Zn e Ag. Neste caso, pode-se em particular escolher o referido metal consumível por oxidação electroquímica de entre aqueles tais como a prata, susceptíveis de formar um sistema reversível electroquimicamente com os iões metálicos que resultam da oxidação electroquímica, de maneira a constituir um eléctrodo positivo reversível no decurso do funcionamento do dispositivo. O material do eléctrodo positivo consumível por oxidação electroquímica pode ser depositado sobre um suporte que consiste num material isolante e em especial num material plástico isolante tal como polipropileno, polietileno, PVC, poliéster ou então ainda de um material condutor electrónico metálico ou não metálico, tal como, por exemplo, titânio, platina, aço inoxidável, carbono, grafite, polímero condutor. O eléctrodo negativo ou/e o eléctrodo positivo podem encontrar-se dispostos de modo a constituir eléctrodos compósitos formados por uma composição à base de um ligante polimérico, por uma carga condutora pulverulenta ou fibrosa, em especial negro-de-fiimo ou fibras curtas de grafite, e por material activo do
eléctrodo sobre forma dividida, a saber, no caso do eléctrodo negativo, composto metálico electroquimicamente redutível sozinho ou associado ao metal correspondente, e, no caso do eléctrodo positivo, metal ou liga metálica escolhidos para constituir o referido eléctrodo. O ligante polimérico é de preferência um polímero à base de epoxi-l,2-propano e/ou de epoxi-l,2-butano tal como descrito no pedido de patente de invenção francesa N° 94 09231 depositado em 26 de Julho de 1994 por ELF AQUITAINE e SANOFI.
De acordo com uma forma de realização do dispositivo de ionoforese segundo a invenção, que permite realizar a administração transcutânea de uma quantidade total dada do princípio activo do tipo oligossacárido aniónico a um paciente, um ou o outro dos eléctrodos negativo e positivo encontra-se disposto de modo a constituir um eléctrodo, dito eléctrodo limitante, formado por uma quantidade limitada de uma matéria consumível electroquimicamente associada quer a um suporte condutor electrónico ou a um suporte isolante, sendo a referida matéria consumível electroquimicamente quer o composto metálico electroquimicamente redutível quando o eléctrodo limitante é o eléctrodo negativo ou então um metal consumível por oxidação electroquímica, em especial um metal tal como Al, Mg, Zn e Ag, quando o eléctrodo limitante é o eléctrodo positivo, e sendo o referido suporte condutor electrónico realizado num material que resiste à corrosão pelo electrólito associado ao eléctrodo limitante na ausência de corrente e que apresenta, quando o eléctrodo limitante é o eléctrodo negativo, uma sobre-tensão de hidrogénio na presença do referido electrólito pelo menos igual à do alumínio ou então que não é consumível por oxidação electroquímica quando o eléctrodo limitante é o eléctrodo positivo, enquanto que a quantidade limitada referida de matéria consumível electroquimicamente é escolhida de modo que a quantidade de electricidade necessária para o seu consumo electroquímico corresponda à quantidade de electricidade necessária para administrar a quantidade total dada de princípio activo ao paciente, de tal modo que a circulação de corrente entre os eléctrodos seja praticamente interrompida quando a matéria consumível do eléctrodo limitante foi consumida, e o princípio activo de tipo oligossacárido aniónico encontra-se presente inicialmente no elemento reservatório em contacto com o eléctrodo negativo, em quantidade superior à quantidade total dada a administrar ao paciente. E conveniente, em particular como suporte isolante do eléctrodo limitante, um suporte de um material plástico isolante tal como polipropileno, PVC, polietileno, poliéster.
Como suporte condutor electrónico do eléctrodo negativo limitante, pode-se escolher com vantagem um suporte de um material escolhido entre alumínio, prata, titânio, tântalo, vanádio, aço inoxidável, zinco, carbono, grafite e polímero condutor. É conveniente, por exemplo, como suporte do eléctrodo positivo limitante um suporte de um material escolhido entre platina, titânio, aço inoxidável, ou, carbono, grafite e polímero condutor.
Os suportes condutores metálicos dos eléctrodos negativo ou positivo podem ser maciços ou consistirem em depósitos metálicos de espessura muito pequena sobre películas plásticas isolantes. Esses depósitos metálicos podem ser realizados por qualquer técnica conhecida tal como, por exemplo, metalização sob vazio ou pulverização catódica.
A título de exemplos não limitativos de eléctrodos utilizáveis como eléctrodos negativos não limitantes ou limitantes no dispositivo de acordo com a invenção, podem-se citar eléctrodos à base de AgCl ou de CuCl sobre um suporte de prata, de cobre, de aço inoxidável, de carbono, de polipropileno, de polietileno ou de um polímero condutor. Como exemplos de eléctrodos positivos consumiveis não limitantes ou limitantes utilizáveis no dispositivo de acordo com a invenção, pode-se mencionar, a título não limitativo, os eléctrodos não limitantes à base de um metal consumível por oxidação electroquímica escolhido de entre Al, Ag, Cu, Mg e Zn e os eléctrodos limitantes à base de um tal metal depositado sobre um suporte isolante tal como polipropileno ou poliéster ou sobre um suporte escolhido entre titânio, aço inoxidável, platina, carbono, grafite e polímero condutor.
Conforme indicado anteriormente, a matéria consumível electroquimicamente do eléctrodo limitante encontra-se presente no referido eléctrodo em quantidade tal que a quantidade de electricidade necessária para o seu consumo electroquímico corresponde à quantidade de electricidade a utilizar para administrar a quantidade total dada do princípio activo de tipo oligossacárido aniónico ao paciente. Esta última quantidade de electricidade, que depende do sistema ionoforético utilizado, ou seja dos meios reaccionais em contacto com o eléctrodo negativo reversível e o eléctrodo positivo, do sinal eléctrico aplicado aos eléctrodos e da natureza dos referidos eléctrodos, é determinada por intermédio de ensaios prévios para cada tipo de sistema ionoforético utilizado. O gerador eléctrico aplica, entre o eléctrodo negativo (eléctrodo activo) e o eléctrodo positivo (contra-eléctrodo) um sinal eléctrico que pode ser ou um sinal
intensiométrico, ou seja um sinal de intensidade média imposta, por exemplo constante (sinal intensiostático), ou, de preferência, um sinal potenciométrico, ou seja um sinal de tensão média imposta, por exemplo constante (sinal potenciostático). 0 sinal eléctrico de tipo intensiométrico ou de tipo potenciométrico pode ser contínuo ou pulsado e permanente ou intermitente, com ou sem inversão temporária de polaridade. A sua frequência pode ir de 0 a 500 kHz e mais particularmente de 0 a 100 kHz. Quando o sinal eléctrico é de um tipo pulsado, ele pode ter uma razão cíclica, ou seja uma razão entre a duração da impulsão elementar, cuja repetição forma o sinal pulsado, e o intervalo de tempo que separa duas aparições consecutivas desta impulsão, variando entre 0,05 e 0,95 e mais particularmente entre 0,1 e 0,8.
Vantajosamente, a tensão média do sinal aplicado pelo gerador entre o eléctrodo negativo e o eléctrodo positivo é escolhida entre 0,1 e 50 volts e mais especialmente entre 0,3 e 20 volts de tal modo que a densidade da corrente média gerada entre os referidos eléctrodos tenha um valor compreendido entre 0,05 e 0,25 mA/cm2 e de preferência entre 0,05 e 0,2 mA/cm2. O gerador de sinais eléctricos do dispositivo de acordo com a presente invenção pode ser de qualquer tipo conhecido que permita gerar sinais eléctricos com intensidade média imposta ou de tensão média imposta, que são contínuos os pulsados e permanentes ou intermitentes, com ou sem inversão temporária de polaridade, e que apresentam as características definidas anteriormente. O electrólito, que se encontra presente no elemento reservatório em contacto com o eléctrodo negativo, contém vantajosamente uma solução aquosa ou 14 um gel aquoso, adesivo ou não, que comporta o princípio activo de tipo oligossacárido aniónico a administrar sob a forma de um sal pelo menos parcialmente ionizado de um metal alcalino tal como, por exemplo, sódio ou potássio, ou sal de um metal alcalino-terroso tal como, por exemplo, cálcio. De igual modo, o electrólito que se encontra eventualmente em contacto com o eléctrodo positivo, apresenta-se, pelo menos em parte, sob a forma de uma solução aquosa ou de um gel aquoso adesivo ou não. Essas soluções ou geles aquosos podem constituir a totalidade do electrólito presente no elemento reservatório considerado ou então podem formar uma parte somente dos referidos electrólitos e ser então dispersos num meio não aquoso que forma o resto do electrólito e escolhido de modo a não interromper o condutor iónico contínuo entre o eléctrodo e a pele e para aumentar a qualidade da adesão entre o eléctrodo e a pele. Essas soluções aquosas ou geles aquosos podem ser obtidos como é bem conhecido nas técnicas de ionoforese. Exemplos de geles aquosos ou de soluções aquosas espessas encontram-se descritos em especial respectivamente nas citações US-A-4766164 e US-A-3163166. O meio aquoso que contém o princípio activo do tipo oligossacárido aniónico, do mesmo modo que o meio aquoso que constitui o electrólito associado ao eléctrodo positivo, quando se utiliza o referido electrólito, podem conter, se for necessário, agentes susceptíveis de favorecer a passagem transcutânea do princípio activo como, por exemplo, agentes vaso-dilatadores e/ou agentes anfifílicos entre os quais se pode citar, a título não limitativo, compostos do tipo álcool ou do tipo éster. Esses agentes são utilizados em concentrações que permitem uma boa solubilidade do princípio activo no meio.
Tal como indicado anteriormente, a quantidade de princípio activo de tipo oligossacárido aniónico presente inicialmente no elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo representa 0,5 mg a 12 mg e, de preferência, 1 mg a 8 mg por cm2 do refordo eléctrodo e por mAh de commte que passa por cm2 desse eléctrodo.
Pode-se introduzir o princípio activo a administrar não somente no elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo, mas igualmente no elemento receptáculo associado ao eléctrodo positivo e nesse caso o eléctrodo negativo e o eléctrodo positivo do dispositivo de ionoforese consistem num eléctrodo reversível à base do composto metálico ionizável redutível e do metal que lhe corresponde, por exemplo um eléctrodo reversível à base do par Ag/AgCl. Isso permite, por inversão da polaridade dos sinais eléctricos aplicados aos eléctrodos, administrar o princípio activo alternadamente a partir do elemento reservatório e do elemento receptáculo.
Nesse caso, a quantidade de princípio activo de oligossacárido aniónico presente inicialmente no elemento reservatório associado a cada um dos eléctrodos representa 0,5 mg a 6 mg e de preferência 0,5 mg a 4 mg por cm2 de eléctrodo e por mAh de corrente que passa por cm2 de eléctrodo.
Os oligossacáridos aniónicos referidos pela invenção, consistem em sais alcalinos ou alcalino-terrosos, em especial sais de sódio, potássio ou cálcio, de compostos que são constituídos por 2 a 12 motivos, e mais particularmente por 3 a 8 motivos sacarídicos, dos quais alguns motivos ou todos têm os seus grupos OH pelo menos em parte substituídos por grupos funcionais tais como, por exemplo, -0S03', -COO', -NHSO3', -NH-acilo, -OPO3', -OT em que o símbolo T representa um radical hidrocarbonado e em especial um radical hidrocarbonado alifático ou aromático,
sendo -OT em particular um grupo funcional alcoxi, e que apresentam um carácter iónico apropriado para uma administração ionoforética. Os referidos oligossacáridos são mais particularmente oligossacáridos aniónicos obtidos por síntese química total.
Em particular, os referidos oligossacáridos podem ser escolhidos de entre : os oligossacáridos de síntese descritos na citação EP-A-0084999, que são constituídos por 2 a 12 motivos monossacáridos alternados ácidos urónicos (glucurónico ou idurónico) e glucosamina que contêm, além dos grupos OH, grupos funcionais, -OSO3', -NHSO3' e -N-acilo, em especial -N-acetilo e, em alguns casos, grupos alcoxi, em especial metoxi, por substituição dos grupos anoméricos OH. Exemplos de tais oligossacáridos são pentassacáridos com propriedades antitrombóticas e/ou anticoagulantes, entre os quais se encontram os compostos representados pela fórmula geral (I) dada anteriormente; os oligossacáridos de síntese com actividade antitrombótica descritos na citação EP-A-0165134, que são constituídos por motivos monossacarídicos ácidos urónicos e glucosamina e contêm grupos funcionais -OSO3' e -O-PO3'; os pentassacáridos com propriedades antitrombóticas e/ou anticoagulantes descritos na citação EP-A-0301618, que são constituídos por motivos ácidos urónicos e por motivos glucosamina e que comportam um grupo -OSO3' em posição 3 da unidade glucosamina; os oligossacáridos de síntese com propriedades antitrombóticas e/ou anticoagulantes descritos na citação EP-A-0454220, que são descrivados de ácidos urónicos e de glicose que possuem um encadeamento trissacarídico
especifico e que comportam grupos funcionais O-alquilo ou -0-S03‘; os derivados glicosaminoglicanóides sulfatados de síntese, com propriedades antitrombóticas e com actividade inibidora da proliferação das células musculares lisas, descritos na citação EP-A-0529715, para os quais os grupos funcionais -NHS03', N-acetato ou OH foram substituídos por alcoxi, ariloxi, aralquiloxi ou -0-S03'; os heparinóides de síntese derivados 3-desoxi com actividade antitrombótica descritos no pedido de patente de invenção francesa N° 93 04769 depositado em 22 de Abril de 1993 por ELF SANOFI e AKZO, que são constituídos por motivos ácidos urónicos e por motivos glucosamina e para os quais os grupos funcionais -NHSO3', N-acetato do motivo glucosamina e eventualmente os grupos OH dos motivos ácidos urónicos e glucosamina foram substituídos por grupos alcoxi ou -0-S03'; os oligossacáridos de síntese descritos na citação EP-A-0113599, que são constituídos por motivos monossacarídicos ácidos urónicos (glucurónico ou idurónico) e D-galactosamina.
Os oligossacáridos aniónicos utilizados de acordo com a invenção são em particular tri-, tetra-, penta- ou hexassacáridos e muito especialmente pentassacáridos, em especial pentassacáridos de fórmula geral (II) seguinte :
na qual o símbolo R representa um grupo -S03' ou acilo, em especial acetilo, os símbolos Ry e R2, iguais ou diferentes, representam, cada um, um átomo de hidrogénio ou um grupo -S03 e o símbolo R3 representa um átomo de hidrogénio ou um radical alquilo inferior, em especial -CH3. O dispositivo de acordo com a invenção pode ser realizado a partir de qualquer dispositivo de ionoforese conhecido, que foi modificado para que (i) o seu eléctrodo negativo seja um eléctrodo negativo reversível, sendo o eléctrodo positivo ou um eléctrodo positivo convencional ou então um eléctrodo positivo consumível não reversível ou reversível e o elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo contém o princípio activo de tipo oligossacárido aniónico sob uma forma pelo menos parcialmente ionizada, que (ii) o seu gerador de sinais eléctricos se encontre disposto de modo a aplicar entre os eléctrodos sinais eléctricos de tensão média tal que a densidade de corrente média gerada entre os eléctrodos fique compreendida entre 0,05 e 0,25 mA/cm2 e de preferência entre 0,05 e 0,2 mA/cm2 e que (iii) a quantidade de princípio activo de tipo oligossacárido aniónico presente inicialmente no elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo ou no elemento reservatório ou receptáculo associado ao eléctrodo negativo ou positivo tenha um valor tal como indicado anteriormente.
Neste último caso, o eléctrodo negativo ou então o eléctrodo positivo pode encontrar-se disposto conforme indicado anteriormente para constituir um eléctrodo limitante.
Em particular, o dispositivo de acordo com a presente invenção pode ser um dispositivo autónomo portátil, a fixar por bracelete ou eventualmente a colar sobre a pele, que comporta eléctrodos tendo, cada um, uma área inferior a 50 cm2 e mais particularmente compreendida entre 1 e 30 cm2 e um gerador de sinais eléctricos miniaturizado. Assim, um dispositivo portátil autónomo de acordo com a invenção pode ter uma estrutura análoga à dos dispositivos de ionoforese portáteis autónomos descritos, por exemplo, nas citações US-A-4325367, EP-A-0060452 e FR-A-2509182 com a condição de o eléctrodo negativo do referido dispositivo ser um eléctrodo negativo reversível e de o gerador de sinais eléctricos e o elemento reservatório associado a cada eléctrodo se encontrarem dispostos conforme indicado anteriormente. O eléctrodo negativo pode ser por exemplo um eléctrodo à base de AgCl ou de CuCl sobre um suporte de prata, de cobre, de carbono, de polipropileno, de polietileno ou de um polímero condutor. O eléctrodo positivo pode ser um eléctrodo positivo convencional, por exemplo um eléctrodo de um metal ou de uma liga metálica tal como titânio, platina, aço inoxidável ou ainda um material condutor electrónico não metálico tal como carbono ou grafite, ou então ainda um eléctrodo positivo consumível não reversível ou reversível, por exemplo um eléctrodo de um metal tal como Al, Cu, Mg, Zn e Ag eventualmente depositado sobre um suporte isolante tal como polipropileno ou poliéster ou sobre um suporte escolhido de entre titânio, aço inoxidável, platina, carbono, grafite e polímero condutor. Os referidos eléctrodos negativo e positivo, dos quais um e/ou o outro podem encontrar-se dispostos conforme indicado anteriormente para constituir um eléctrodo limitante, têm, cada um, uma área inferior a 50 cm2 e mais particularmente compreendida entre
Quando o conjunto eléctrodo negativo e o conjunto eléctrodo positivo são fixados na pele por meio de um adesivo, este pode ser realizado munindo-o de uma camada de um adesivo que conduz os iões, a face, destinada a entrar em contacto com a pele, do elemento reservatório de cada conjunto eléctrodo ou uma zona que rodeia a referida face. O dispositivo de ionoforese de acordo com a presente invenção, quando se encontra equipado com pelo menos um eléctrodo negativo à base do par Ag/AgCl e, de preferência, comporta um eléctrodo negativo e um eléctrodo positivo à base do referido par Ag/AgCl, pode incluir anda um conjunto de controlo do estado de avanço da administração transcutânea do princípio activo tal como descrito no pedido de patente de invenção francesa N° 94 10541 depositado em 2 de Setembro de 1994 por ELF AQUITAINE et SANOFI. A invenção é ilustrada pelos exemplos seguintes dados a título não limitativo.
Exemplo 1 :
Estudo da passagem transdérmica de um sal de sódio de pentassacárido por ionoforese com tensão constante O pentassacárido utilizado correspondia ao que tem a fórmula geral (I) dada anteriormente na qual o símbolo R representa um grupo -SO3'.
Opera-se em células de ionoforese com estrutura idêntica. Cada célula de ionoforese era constituída por três compartimentos cilíndricos adjacentes coaxiais com 2 cm2 de secção recta, a saber, por essa ordem, um compartimento doador, um compartimento receptor e um compartimento de contra-eléctrodo, encontrando-se
esses três compartimentos separados, cada um do seguinte e de maneira estanque, por um pedaço de pele de rato nu (OFA/hr/hr) que serve de membrana para o estudo da difusão transcutânea. O compartimento doador, com um volume de 0,5 ml contém uma solução aquosa a 2 % em peso do sal de sódio do pentassacárido citado anteriormente tendo uma actividade antifactor Xa de 0,65 unidade “Golden Standard” por micrograma, representando a quantidade de pentassacárido 10 mg para 2 cm2 de superfície activa de eléctrodo. O compartimento receptor, com um volume de 10 ml, continha soro fisiológico a que se adicionou 500 ppm de NaN3 e era agitado por meio de uma barra magnética. O compartimento de contra-eléctrodo, idêntico ao compartimento doador, continha 0,5 ml de uma solução aquosa a 2 % em peso de cloreto de sódio assim como 500 ppm em peso de NaN3. Na sua extremidade oposta ao compartimento receptor o compartimento doador encontrava-se equipado com um eléctrodo negativo. De maneira idêntica ao compartimento doador, o compartimento contra-eléctrodo encontrava-se equipado com um eléctrodo positivo (contra-eléctrodo).
As amostras de pele de rato tinham sido desembaraçadas dos tecidos subcutâneos e conservadas por congelação à temperatura de -40°C até à sua montagem na célula de ionoforese, com as faces dérmicas voltadas para o compartimento receptor, após uma passagem de 15 minutos em soro fisiológico a que se adicionou 500 ppm de NaN3.
Para cada um dos ensaios realizados, utilizaram-se 4 células de ionoforese idênticas simultaneamente. A superfície activa de permuta era de 2 cm2 para cada pele. 22
Um gerador de corrente pulsada permitia estabelecer entre os eléctrodos das quatro células, montadas em paralelo, um sinal eléctrico de tipo potenciostático de tensão cristã igual a 2,2 volts com uma razão cíclica de 50 % (ou seja uma tensão média de 1,1 volts) e uma frequência de 25 kHz. A corrente pulsada produzida pelo gerador era aplicada durante 6 horas, encontrando-se o eléctrodo do compartimento doador de cada célula ligada ao polo negativo do referido gerador e os contra-eléctrodos ao polo positivo.
Ao cabo do referido intervalo de tempo, recolheu-se uma parte alíquota do meio contido no compartimento receptor e determinou-se por doseamento a quantidade de pentassacárido que atravessou a pele que separa os compartimentos doador e receptor de cada célula. Realizou-se uma segunda recolha 24 horas após o início de cada experiência ou seja 18 horas após a interrupção do sinal eléctrico.
Realizaram-se cinco ensaios la a le como segue : • Ensaio la : O eléctrodo negativo e o eléctrodo positivo eram constituídos por uma película de titânio tendo uma espessura igual a 10 pm. Não se aplicou qualquer tensão aos eléctrodos com o objectivo de determinar a difusão transcutânea passiva. • Ensaio 1b : O eléctrodo negativo e o eléctrodo positivo eram constituídos por uma folha de grafite com uma espessura de 60 pm. • Ensaio lc : O eléctrodo negativo e o eléctrodo positivo eram constituídos por uma película de titânio tendo uma espessura igual a 10 pm. • Ensaios Id e le : O eléctrodo negativo era constituído por uma película de prata com 15 pm de espessura previamente clorada sobre uma face para 7% 23 conter uma camada de cloreto de prata que corresponde a 1,8 mAh/cm2 enquanto que o eléctrodo positivo era constituído por uma película de prata com uma espessura de 15 pm muito ligeiramente clorada sobre uma face (quantidade de cloreto de prata que corresponde a 0,1 mAh/cm2), encontrando-se a face clorada de cada eléctrodo virada para o lado da membrana de pele de rato.
Realizou-se a cloração das películas de prata electroquimicamente por passagem de uma corrente contínua de 5 mA/cm2 enquanto que cada película de prata, da qual uma das faces era protegida por uma película plástica adesiva e isolante, era mergulhada num banho de ácido clorídrico 0,1N e constituía o polo positivo em relação a um eléctrodo de grafite mergulhado no mesmo banho de HC1, sendo a quantidade de corrente controlada por uma coulómetro montado em série no circuito, para formar a quantidade desejada de cloreto de prata sobre a película de prata.
Nos ensaios la a 1 d, os compartimentos doador e receptor de cada célula continham uma composição tampão 0,06 molar à base de mono-hidrogenofosfato e de di-hidrogenofosfato de sódio em quantidades equimolares, de maneira a manter o pH nos referidos compartimentos a um valor de aproximadamente 7. No ensaio le, não se utilizou qualquer tampão. Nos ensaios ld e le, a densidade de corrente média gerada entre os eléctrodos era igual a cerca de 0,20 mA/cm2.
Para cada um dos ensaios, determinou-se sobre partes alíquotas recolhidas dos compartimentos receptores das quatro células, a actividade média antifactor Xa por ml de meio representativo da quantidade de pentassacárido que foi difundido nesses compartimentos após 6 horas de aplicação de corrente e 24 horas
após o início de cada experiência, ou seja 18 horas após a interrupção da referida corrente. A dosagem do pentassacárido no compartimento receptor baseava-se na investigação da sua actividade antifactor Xa. Realizou-se a dosagem, quer directamente sobre o meio recolhido no compartimento receptor, ou após diluição, por meio de um estojo de dosagem ROTACHROM HEPARIN 8®, de tampão complementar para o aparelho de dosagem e de antitrombina III bovina, sendo esses diversos elementos fornecidos pela sociedade STAGO, recorrendo a um aparelho de dosagem HITACHI 717. Realizou-se o estabelecimento da curva de amostragem por meio de uma solução padrão de pentassacárido dito padrão “Golden Standard” à qual se atribuiu uma actividade antifactor Xa igual a 13 unidades por ml.
Os resultados obtidos encontram-se reunidos no quadro I
QUADRO I ENSAIO la lb 1c ld le Tensão média (volts) 0 1,1 1,1 1,1 1,1 Natureza do eléctrodo negativo Titânio Grafite Títâmo AgAgQ Ag/AgCl Actividade antifactor Xa/ml a 6 horas <0,1 0,70 0,50 9,1 18,1 % de variação em relação à média 38 54 41 46 Taxa de utilização do princípio adivo (%) ~ nula 0,1 0,08 1,4 2,8 Actividade antifactor Xa/ml a 24 horas 0,25 U3 0,95 9,7 21,4 % de variação em relação à média 60 45 51 43 39 Taxa de utilização do princípio activo (%) -nula 0,2 0,15 1,5 3,3
Como o nível da actividade antifactor Xa é o reflexo da concentração do pentassacárido no compartimento receptor, o exame do quadro I mostra claramente que as quantidades de pentassacátrido que se difundiram no compartimento receptor por ionoforese são muito reduzidas e próximas do transporte passivo quando se utilizam eléctrodos não reversíveis como a grafite ou o titânio, enquanto que as referidas quantidades aumentam muito fortemente quando se recorre a eléctrodos negativos Ag/Cl (eléctrodos reversíveis) mesmo na presença de um tampão. Esses eléctrodos reversíveis, contrariamente aos eléctrodos não consumíveis como o titânio ou a grafite, permitem evitar a hidrólise da água e portanto modificações importantes do pH no decurso do tratamento tanto ao nível dos eléctrodos negativos como positivos. A presença de substâncias com efeito tampão nos compartimentos doadores deixa de ser portanto necessária, o que constitui uma vantagem suplementar dos eléctrodos reversíveis. Tal como se pôde constatar através da leitura do ensaio 1 e, os fluxos transdérmicos sob ionoforese obtidos na ausência do tampão são ainda aumentados em relação a todos os outros ensaios. (137 pg/cm2 por mAh).
Exemplo 2 :
Estudo da passagem transdérmica de um sal de sódio de pentassacárido por ionoforese com intensidade imposta
Procedeu-se conforme descrito no exemplo 1 com, no entanto, as modificações seguintes : • utilização da ionoforese mediante imposição de uma intensidade 26 constante através de cada célula © utilização de uma corrente contínua em vez de corrente pulsada ® ausência de tampão nos compartimentos doadores e de contra-eléctrodo do ensaio 2d uma vez que estes últimos são equipados com eléctrodos de tipo Ag/AgCl que evitam a hidrólise da água. A utilização teve lugar mediante imposição aos eléctrodos de cada uma das quatro células de ionoforese, durante um intervalo de tempo igual a 6 horas, de uma corrente contínua constante de 0,4 mA, ou seja 0,2 mA/cm2, por intermédio de um gerador que permite impor uma intensidade constante quaisquer que sejam as tensões geradas nos terminais de cada célula. A corrente contínua com intensidade constante igual a 0,4 mA produzida pelo gerador foi aplicada durante 6 horas, encontrando-se o comportamento doador de cada célula ligada ao polo negativo do referido gerador e os contra-eléctrodos ao polo positivo.
Para cada um dos ensaios 2a a 2d determinaram-se em partes alíquotas, recolhidas nos compartimentos receptores, a actividade média antifactor Xa por ml do meio receptor, represnetativa da quantidade de pentassacárido que se difundiu no final de 6 horas de aplicação da corrente e 24 horas após o início de cada experiência, ou seja 18 horas após a interrupção da referida corrente.
Os resultados obtidos encontram-se reunidos no quadro II.
QUADRO II ENSAIO 2a 2b 2c 2d Densidade média de corrente (mA/cm2) 0 0,2 0,2 0,2 Natureza do eléctrodo negativo Titânio Grafite Titânio Ag/AgCl Actividade antifactor Xa/ml a 6 horas 0,12 6 3,2 18,1 % de variação em relação à média 35 42 22 Taxa de utilização do princípio activo (%) -nula 0,09 0,49 2,8 Actividade antifactor Xa/ml a 24 horas 0,6 5,8 4,9 24 % de variação em relação à média 60 45 51 18 Taxa de utilização do prindpio activo (%) 0,09 0,9 0,75 3,7
As quantidades totais difundidas, expressas em pg por cm2 para cada um dos ensaios, são respectivamente iguais a 4,64 (ensaio 2a), 45 (ensaio 2b), 38 (ensaio 2c) e 185 (ensaio 2d), ou seja 154 pg/cm2 para os eléctrodos Ag/AgCl.
Muito embora, em relação aos ensaios anteriores conduzidos com tensão constante, a difusão sob ionoforese se tenha tomado mais significativa em relação à difusão passiva para os eléctrodos de grafite e de titânio, os comportamentos dos eléctrodos de prata clorada mantêm-se muito nitidamente superiores.
Exemplo 3
Administração ao microporco do sal de sódio de um pentassacárido por ionoforese com densidade de corrente imposta O microporco da espécie YUCATAN é considerado pelos especialistas como um excelente modelo animal para o estudo da administração ao homem de
medicamentos por ionoforese. Com efeito, a estrutura da pele deste animal é muito próxima da da pele humana.
Conduziram-se os ensaios seguintes no microporco citado anteriormente com o objectivo de comparar a administração do sal de sódio do pentassacárido utilizado nos exemplos anteriores por ionoforese com uma administração por injecção subcutânea ou intravenosa.
Para esses ensaios, constituíram-se pares de conjuntos de eléctrodos adesivos, comportando cada par um conjunto de eléctrodo doador formado por um eléctrodo negativo reversível (eléctrodo activo) em contacto com um primeiro elemento reservatório que contém o pentassacárido a administrar e um conjunto de eléctrodo passivo formado por um eléctrodo positivo (contra-eléctrodo) em contacto com um segundo elemento reservatório (elemento receptáculo) que contém um electrólito indiferente.
Cada conjunto de eléctrodo tinha uma estrutura análoga à que se encontra esquematizada, a título de exemplo não limitativo, na figura.
Com referência à figura, cada conjunto de eléctrodo comportava um disco 1 de espuma de polietileno que apresenta uma cavidade cilíndrica axial 2, comportando o referido disco uma face 3 adesiva e uma face 4 não adesiva, tendo cada uma das referidas faces a forma de uma zona anular com 2 cm2 de largura. A extremidade 5 da cavidade do disco, lado face não adesiva, era obturada por um eléctrodo 6 com a forma de um disco de prata clorada sobre uma das suas faces, tendo o referido disco uma secção de 20 cm2. A face clorada 7 do disco eléctrodo estava virada para o interior da cavidade. A face não clorada do referido disco tinha
uma tomada de contacto 8 do tipo botão-pressão, soldada na referida face por meio de um adesivo condutor electrónico, e apoiava-se contra um disco de suporte 9 de espuma de polietileno coaxial com o disco 1 e que apresenta uma cavidade axial 10 para permitir o acesso à tomada de contacto 8. O referido disco de suporte, com diâmetro compreendido entre o do eléctrodo 6 e do disco 1, era colado na face não adesiva deste último disco. A cavidade 2 do disco 1 encontrava-se cheia com um hidrogel condutor 11 que forma o elemento reservatório. A face adesiva 3 do disco 1 encontrava-se revestida com um adesivo sensível à pressão apropriado para ser aplicado na pele, sendo a referida face 3 e a face 12 adjacente do elemento reservatório 11 inicialmente revestidas por uma película protectora pelável anti-aderente de poliéster, que se retirou antes da aplicação à pele.
No conjunto eléctrodo doador, o eléctrodo negativo (eléctrodo activo) de prata clorada continha uma quantidade de cloreto de prata equivalente a 1,8 mAh/cm2, permitindo assim ao eléctrodo suportar a quantidade de corrente que atravessa os eléctrodos durante um intervalo de tempo do tratamento ionoforético, a saber 1,2 mAh/cm2. O elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo era cheio segundo uma espessura de 2 mm, ou seja uma quantidade de 4 g para os 20 cm2 de eléctrodo, com um hidrogel à base de xântano e de extracto de alfarroba a 3 % de extracto seco e contendo 2 % em peso do sal de sódio do pentassacárido de fórmula geral (I) dada anteriormente. O conjunto eléctrodo doador continha portanto 80 mg de pentassacárido à razão de 4 mg por cm2 para cada um dos animais tratados.
No conjunto eléctrodo passivo, o eléctrodo positivo (contra-eléctrodo) de
prata clorada continha uma quantidade de cloreto de prata equivalente a 0,1 mAh/cm2 e o elemento reservatório associado a este eléctrodo era constituído pelo mesmo hidrogel que o que se encontra presente no conjunto eléctrodo doador isento no entanto de pentassacárido, mas contendo, pelo contrário, 4 % em peso de NaCl.
Um gerador de sinais eléctricos, ligável aos eléctrodos de cada par de conjuntos eléctrodos permitia fornecer entre os referidos eléctrodos um sinal eléctrico pulsado com intensidade regulada tendo uma frequência de 25 kHz e uma razão cíclica igual a 50 %.
Cinco dias antes de cada ensaio, cataterizaram-se os animais ao nível das duas jugulares, como é bem conhecido para qualquer experimentação de administração de medicamentos, de modo a permitir recolhas regulares de sangue destinadas a dosear as actividades antifactor Xa e, a partir daí, avaliar as quantidades de princípio activo que atravessaram a pele para penetrar no sistema circulatório e, portanto, verificar a eficácia do tratamento ionoforético.
Os animais, em jejum desde a véspera das experimentações, foram colocados em macas especializadas. Colocou-se por simples pressão no dorso de cada animal previamente limpo por meio de um tecido húmido, de um lado e do outro da coluna vertebral, um par de conjuntos de eléctrodos previamente desembaraçados da sua película protectora pelável e ligou-se, por intermédio de cabos munidos de pinças adaptadas às tomadas de contacto instaladas para esse efeito, o eléctrodo negativo do conjunto eléctrodo doador ao polo negativo do gerador e o contra-eléctrodo do conjunto eléctrodo passivo ao polo positivo do referido gerador. ?% 31
Entre os eléctrodos positivo e negativo de cada par de conjuntos de eléctrodos colados no animal, estabeleceu-se, graças ao gerador, uma corrente de 4,8 mA (ou seja uma densidade de corrente de 0,20 mA/cm2) durante um intervalo de tempo igual a 6 horas e realizaram-se diversas recolhas de sangue no diatubo H STAGO® no decurso do tempo e isto até 30 horas após o início de cada experiência ou seja 25 horas após o fim do tratamento ionoforérico. Reproduziu-se o ensaio ionoforético em 5 microporcos machos com um peso igual a 11,4 kg em média.
Além dos ensaios de administração do princípio activo por ionoforese realizados conforme descrito anteriormente (ensaio 3b), efectuaram-se igualmente ensaios comparativos 3 a, 3 c e 3 d como segue, sendo cada ensaio reproduzido em 2 a 4 microporcos, tal como no caso da administração ionoforética : • ensaio 3 a : colocação no lugar dos conjuntos eléctrodos tal como no ensaio de ionoforese 3b, mas sem aplicação de corrente, • ensaio 3 c : injecção intravenosa em “bolus” de 0,240 mg/kg de pentassacárido em solução injectável, • ensaio 3d : injecção subcutânea de 0,200 mg/kg de pentassacárido em solução injectável.
Nestes ensaios 3 a, 3 c e 3 d, realizou-se um certo número de recolhas sanguíneas no decurso do tempo e até 30 horas após o início de cada experiência tal como no caso de tratamento ionoforérico do ensaio 3b.
Os teores plasmáticos das diferentes recolhas sanguíneas, expressos em unidades “Golden Standard” de antifactor Xa, encontram-se indicados no quadro ΙΠ para fins de comparação das taxas plasmáticas médias obtidas em animais da mesma
espécie com o mesmo peso tratados com o mesmo princípio activo nas condições dos ensaios de acordo com a invenção (ensaio 3b) e comparativos (ensaios 3 a, 3c e 3d).
QUADRO III ENSAIO 3a 3b 3c 3d Natureza do tratamento Passivo Ionoforese Injecção Injecção sub- I.V. cutânea Número de microporcos tratados 2 5 4 4 Densidade de comaite (mA/cm2) 0 0,20 Taxa plasmática a 0 minuto 0 0 0 0 Taxa plasmática a 5 minutos 0 não doseada 1,04 ±0,12 não doseada Taxa plasmática a 15 minutos 0 0,06 ± 0,04 0,91 ±0,13 0,11 ±0,04 Taxa plasmática a 30 minutos 0 0,15 ±0,12 0,65 ±0,11 não doseada Taxa plasmática a 1 hora 0 0,31 ±0,15 0,53 ±0,10 0,17 ±0,01 Taxa plasmática a 2 horas 0 0,45 ± 0,2 0,30 ± 0,09 0,22 ± 0,04 Taxa plasmática a 4 horas 0 0,64 ±0,18 0,29 ± 0,08 0,26 ± 0,06 Taxa plasmática a 6 horas 0 0,74 ±0,16 0,22 ± 0,09 0,24 ±0,01 Taxa plasmática a 8 horas 0 0,52 ±0,13 0,17 ±0,06 0,15 ±0,07 Taxa plasmática a 12 horas 0 0,4 ± 0,08 0,07 ± 0,05 0,08 ± 0,03 Taxa plasmática a 24 horas 0 0,11 ±0,03 0 0 Taxa plasmática a 30 horas 0 0 0 0 A comparação dos resultados do quadro III faz salientar que o tratamento por via ionoforética praticado de acordo com a invenção conduz a taxas plasmáticas, expressas como factor Xa, superiores às que se podem obter com injecções intravenosas ou subcutâneas. As taxas plasmáticas elevam-se bastante rapidamente e regularmente no decurso do tratamento e diminuem lentamente após a interrupção da corrente. A administração deste tipo de princípio activo por via ionoforética, sobretudo se ela se encontra distribuída ao longo de um intervalo de tempo diário um pouco mais longo e com densidades de corrente ainda mais reduzidas, permite obter uma concentração plasmática de princípio activo que conduz a uma boa cobertura antitrombótica, expressa em termos de antifactor Xa, ao longo de um
intervalo de tempo relativamente importante evitando uma passagem por taxas plasmáticas de ponta elevadas. A comparação das áreas por baixo das curvas que representam a evolução das taxas plasmáticas no decurso do tempo, quando dos diferentes tratamentos, permite ao fármaco-cinético calcular, em função do peso dos animais, as quantidades de pentassacárido que foram realmente administradas por ionoforese. Essa quantidade foi estimada no caso do ensaio 3b em 7 ± 1,3 mg para os 20 cm2, ou seja 350 pg/cm2 para 1,2 mA/cm2, ou seja ainda 292 pg/cm2 para 1 mAh/cm2 A biodisponibilidade, ou seja a taxa de princípio activo realmente administrada em relação às quantidades de princípio activo presentes nos eléctrodos, é, portanto, de cerca de 9 %, o que é superior às taxas de utilização que foram observadas para os ensaios in vitro.
Exemplo 4
Administração ao microporco do sal de sódio de um pentassacárido por ionoforese com densidade de corrente imposta com inversão periódica do sentido da corrente.
Conduziram-se os ensaios seguintes de administração ionoforética em quatro microporcos utilizando o mesmo gerador de corrente e o mesmo tipo de eléctrodos que no exemplo 3 e aplicando as condições seguintes :
Os eléctrodos com a mesma estrutura que no exemplo 3 tinham uma superfície activa de 20 cm2. Os eléctrodos propriamente ditos eram constituídos por películas de prata, com 15 pm de espessura, cloradas por oxidação electrolítica à razão de 0,5 mAh de cloreto de prata por cm2. Os reservatórios, igualmente com 20
cm2, eram constituídos por uma folha de papel mata-borrão em fibras de celulose a que foram adicionadas fibrilas de polipropileno, embebida à razão de 50 mg/cm2 com uma solução aquosa que contém 2 % em peso de pentassacárido e 0,2 % em peso de NaCl. Cada eléctrodo, ânodo e cátodo, continha ao todo 1 g de solução, ou seja 20 mg de pentassacárido (1 mg/cm2) para 20 cm2 de superfície activa. Utilizaram-se portanto 40 mg de pentassacárido ao todo por animal. O gerador de corrente forneceu uma intensidade constante de 2,5 mA, ou seja 125 μΑ/cm2 de corrente contínua com inversões regulares do sentido da corrente de 30 em 30 minutos durante um intervalo de tempo total de 8 horas que corresponde à passagem de 1 mA/cm2 de corrente contínua.
Cada um dos eléctrodos, com estrutura e com composição idênticas, encontrava-se portanto a funcionar alternadamente como cátodo e depois como ânodo, garantindo a presença de cloreto de sódio em cada um dos reservatórios o seu funcionamento permanente como eléctrodo reversível, evitando assim qualquer reacção parasita de hidrólise (com mudança do pH) ou de óxido-redução do princípio activo.
No ensaio 4a, que põe em jogo 3 animais com peso médio igual a 11,8 kg, colocaram-se os eléctrodos no lugar mas não se ligaram ao gerador de corrente enquanto que para o conjunto dos ensaios 4b, que dizem respeito a 4 animais com peso médio de 12,3 kg, se aplicou a corrente de 2,5 mA durante 8 horas com uma inversão automatizada do sentido da corrente todas as meias horas.
Praticou-se, nos ensaios 4a e 4b, um certo número de recolhas sanguíneas no decurso do tempo até 30 horas após o início de cada experiência, tal como no exemplo 3.
Os teores plasmáticos das diferentes recolhas encontram-se indicados no quadro IV para fins de comparação dos ensaios 4a e 4b entre si e com os resultados dos ensaios realizados no exemplo 3, em particular os ensaios 3c e 3d que correspondem às injecções - intravenosas e subcutâneas. A comparação da área por baixo da curva que representa a evolução das taxas plasmáticas no decurso do tempo para o ensaio 4b com a dos ensaios 3 c e 3 d permite ao fármaco - cinético avaliar com uma boa precisão a quantidade média de pentassacárido administrada no decurso do tratamento. Esta quantidade é nula para o ensaio passivo 4a e de 45 ± 1,5 mg de pentassacárido para o ensao 4b.
QUADRO IV ENSAIO 4a 4b Natureza do tratamento passiva ionoforese Número de animais tratados 2 4 Densidade de corrente (mA/cm2) 0 0,125 Taxa plasmática inicial 0 0 Taxa plasmática a 0,5 hora 0 0,11 ±0,05 Taxa plasmática a 1 hora 0 0,16 ±0,05 Taxa plasmática a 2 horas 0 0,28 ±0,1 Taxa plasmática a 4 horas 0 0,64 ± 0,2 Taxa plasmática a 6 horas 0 0,57 ±0,18 Taxa plasmática a 8 horas 0 0,59 ±0,15 Taxa plasmática a 10 horas 0 0,61 ±0,16 Taxa plasmática a 12 horas 0 0,58 ± 0,05 Taxa plasmática a 16 horas 0 0,2 ± 0,05 Taxa plasmática a 26 horas 0 0,14 ±0,02 Taxa plasmática a 30 horas 0 0,05 ± 0,02
Em relação ao ensaio anterior, para o qual se utilizaram 80 mg de pentassacárido, observa-se uma melhor biodisponibilidade, ou seja cerca de 21 % para o ensaio 4b contra cerca de 9 % para o ensaio 3b. Observa-se igualmente um 36 •5 melhor rendimento eléctrido, uma vez que a quantidade de pentassacárido administrado em mAh era de 292 pg/cm2 para o ensaio 3b enquanto que era de 372 pg/cm2 para o ensaio 4b.
Esta aproximação por inversão periódica e equilibrada da corrente, que permite consumir em cada reservatório uma parte dos iões cloretos gerados pela redução do cloreto de prata quando da fase anterior, diminui a competição dos iões cloretos em relação aos iões terapêuticos e autoriza a diminuição das quantidades de princípio activo por unidade de superfície. Ela mostrou, além disso, o interesse de utilizar eléctrodos reversíveis que impedem as reacções de oxido-redução que poderiam afectar o princípio activo que se encontra alternadamente num compartimento anódico e depois catódico.
Como os aparelhos de ionoforese podem, futuramente, ser miniaturizados e com um tamanho absolutamente compatível com uma via quotidiana normal, a ionoforese praticada de acordo com a invenção constitui uma via galémca particularmente interessante para a administração de pentassacáridos do tipo citado anteriormente e mais largamente oligossacáridos aniónicos análogos ou vizinhos.
Lisboa, 27 de Julhol de 2000
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Claims (18)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo de ionoforese para a administração transcutânea de um princípio activo de medicamento de tipo aniónico, que comporta um conjunto eléctrodo negativo constituído por um eléctrodo negativo, dito eléctrodo activo, em contacto com um elemento reservatório que contém um electrólito que comporta o princípio activo sob uma forma pelo menos parcialmente ionizada, encontrando-se o referido elemento reservatório disposto de modo a garantir, quando se encontra colocado em contacto com uma zona da pele de um paciente, um condutor iónico contínuo entre o referido eléctrodo negativo e a referida zona, um conjunto de eléctrodo positivo constituído quer por (i) por um eléctrodo positivo sozinho ou então, de preferência (ii) por um eléctrodo positivo em contacto com um elemento receptáculo que contém pelo menos um electrólito, encontrando-se o referido elemento receptáculo disposto de modo a garantir, quando se encontra colocado em contacto com uma parte da pele do paciente, um condutor iónico contínuo entre o eléctrodo positivo e a referida porção, e um gerador de sinais eléctricos ligável aos dois eléctrodos, sendo o eléctrodo negativo em contacto com o elemento reservatório, formado, pelo menos em parte, por um composto metálico ionozável, cujos iões metálicos são susceptíveis de serem reduzidos electroquimicamente no metal correspondente e formar com o referido metal um sistema reversível electroquimicamente, de maneira a constituir, pelo menos no decurso do funcionamento do dispositivo, um eléctrodo negativo reversível e encontrando-se o gerador disposto de modo a aplicar, entre os eléctrodos, sinais eléctricos de tensão
    média tal que a densidade de corrente média gerada entre os referidos eléctrodos se encontre compreendida entre 0,03 e 0,5 mA/cm2, sendo o referido dispositivo caracterizado pelo facto de o princípio activo presente no elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo ser escolhido de entre os oligossacáridos aniónicos representados por sais alcalinos ou alcalino-terrosos de oligossacáridos que são constituídos por 2 a 12 motivos sacarídicos, dos quais alguns motivos ou todos têm os seus grupos OH substituídos, pelo menos em parte, por grupos funcionais escolhidos de entre -0S03', -COO', -NHS03', -NH-acilo, -0P03" e -OT, representando o símbolo T um radical hidrocarbonado, e que apresenta um carácter iónico apropriado para uma administração ionoforética, por a referida densidade de corrente possuir valores compreendidos entre 0,05 mA/cm2 e 0,25 mA/cm2 e por a quantidade de princípio activo presente inicialmente no elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo representar entre 0,5 e 12 mg por cm2 de eléctrodo e por mAh de corrente que passa por cm2 de eléctrodo.
  2. 2. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se obterem os referidos oligossacáridos aniónicos por síntese química total.
  3. 3. Dispositivo de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo facto de se escolher o composto metálico susceptível de constituir pelo menos em parte o eléctrodo negativo entre os compostos AgCl e CuCl.
  4. 4. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo facto de se depositar a matéria do eléctrodo negativo sobre um suporte, suporte esse que consiste num material isolante e em especial num material plástico isolante tal como polipropileno, polietileno, PVC, poliéster ou então num material condutor
    electrónico metálico ou não metálico resistente à corrosão pelo electrólito que contém o princípio activo na ausência de corrente, tal como por exemplo, prata, titânio, platina, aço inoxidável, carbono, grafite, polímero condutor.
  5. 5. Dispositivo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo facto de o eléctrodo negativo ser à base do par Ag/AgCl.
  6. 6. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo facto de o eléctrodo positivo ser de um metal ou liga metálica tal como titânio, platina, aço inoxidável ou ainda de um material condutor electrónico não metálico tal como carbono ou grafite, ou então consistir pelo menos em parte num metal susceptível de ser consumido por oxidação electroquímica, por exemplo um metal tal como Al, Cu, Mg, Zn e Ag, sendo o referido metal consumível por oxidação electroquímica em particular escolhido de entre os que são susceptíveis de formar um sistema reversível electroquimicamente com os iões metálicos que resultam da oxidação electroquímica, de maneira a constituir um eléctrodo positivo reversível.
  7. 7. Dispositivo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo facto de o eléctrodo positivo ser à base do par Ag/AgCl.
  8. 8. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, que permite administrar uma quantidade total dada do princípio activo de tipo oligossacárido aniónico ao paciente, caracterizado pelo facto de um ou o outro dos eléctrodos negativo e positivo se encontrar disposto de modo a constituir um eléctrodo, dito eléctrodo limitante, formado por uma quantidade limitada de uma matéria consumível electroquimicamente associada quer a um suporte condutor electrónico, ou a um suporte isolante, sendo a referida matéria consumida electroquimicamente
    ou o composto metálico electroquimicamente redutível quando o eléctrodo limitante é o eléctrodo negativo ou então um metal consumível por oxidação electroquímica, em especial um metal tal como Al, Mg, Zn e Ag, quando o eléctrodo limitante é o eléctrodo positivo, e sendo o referido suporte condutor electrónico realizado num material que resiste à corrosão pelo electrólito associado ao eléctrodo limitante na ausência de corrente e que apresenta, quando o eléctrodo limitante é o eléctrodo negativo, uma sobre-tensão de hidrogénio na presença do referido electrólito pelo menos igual à do alumínio ou então que não é consumível por oxidação electroquímica quando o eléctrodo limitante é o eléctrodo positivo, enquanto que a referida quantidade limitada de matéria consumível electroquimicamente é escolhida de modo que a quantidade de electricidade necessária ao seu consumo electroquímico corresponde à quantidade de electricidade necessária para administrar ao paciente a quantidade total dada de princípio activo, de tal modo que a circulação da corrente entre os eléctrodos seja praticamente interrompida quando a matéria consumível do eléctrodo limitante for consumida, e pelo facto de o princípio activo de tipo oligossacárido aniónico se encontrar presente, no início da operação, no elemento reservatório em contacto com o eléctrodo negativo numa quantidade superior à quantidade total dada a administrar ao paciente.
  9. 9. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo facto de o gerador de sinais eléctricos aplicar entre o eléctrodo negativo e o eléctrodo positivo um sinal intensiométrico, ou seja um sinal com intensidade média imposta, um sinal potenciométrico, ou seja um sinal de tensão média imposta, sendo o referido sinal eléctrico contínuo ou pulsado e permanente ou intermitente, com ou
    sem inversão temporária de polaridade, e possuindo uma frequência compreendida entre 0 e 500 kHz e mais particularmente entre 0 e 100 kHz.
  10. 10. Dispositivo de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo facto de o sinal eléctrico ser um sinal pulsado que apresenta uma razão cíclica, ou seja uma razão entre a duração da impulsão elementar, cuja repetição forma o sinal pulsado, encontrando-se o intervalo de tempo que separa as duas aparições consecutivas desta impulsão compreendida entre 0,05 e 0,95 e mais particularmente entre 0,1 e 0,8.
  11. 11. Dispositivo de acordo com a reivindicação 9 ou 10, caracterizado pelo facto de o sinal aplicado entre o eléctrodo negativo e o eléctrodo positivo apresentar uma tensão média escolhida entre 0,1 e 50 volts e mais especialmente entre 0,5 e 20 volts de tal modo que a densidade da corrente média gerada entre os referidos eléctrodos tenha um valor compreendido entre 0,05 e 0,25 mA/cm2 e mais particularmente entre 0,05 e 0,2 mA/cm2.
  12. 12. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo facto de o meio aquoso que contém o princípio activo de tipo oligossacárido aniónico ou/e o meio aquoso que constitui o outro electrólito conterem agentes susceptíveis de favorecer a passagem transcutânea do princípio activo, como, por exemplo, agentes vasodilatadores ou/e agentes anfifílicos tais como, em particular, compostos de tipo álcool ou de tipo éster.
  13. 13. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo facto de se escolher o princípio activo de tipo oligossacárido aniónico presente no elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo entre os 7ii 6 sais alcalinos ou alcalino-terrosos, em especial sais de sódio, potássio ou cálcio, oligossacáridos que são constituídos por 3 a 8 motivos sacarídicos, dos quais alguns motivos ou todos têm os seus grupos OH pelo menos em parte substituídos por grupos funcionais tais como, por exemplo, -0S03', -COO', -NHS03', -NH-acilo, -OPO3” e -OT, na qual o símbolo T representa um radical hidrocarbonado e em especial um radical hidrocarbonado alifático ou aromático, sendo -OT em particular um grupo alcoxi, e que apresenta um carácter iónico apropriado para uma administração ionoforética, sendo os referidos oligossacáridos mais especialmente oligossacáridos aniónicos obtidos por síntese química total.
  14. 14. Dispositivo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo facto de os oligossacátridos aniónicos serem tri-, tetra-, penta- ou hexassacáridos, e muito particularmente pentassacáridos.
  15. 15. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo facto de os oligossacáridos aniónicos serem constituídos por motivos alternados ácidos urónicos e glucosamina ou por motivos alternados ácidos urónicos e glicose ou ainda por motivos alternados ácidos urónicos e galactosamina.
  16. 16. Dispositivo de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo facto de o oligossacárido aniónico ser um pentassacárido de fórmula geral (II)
    na qual o símbolo R representa um grupo -S03' ou acilo, em especial acetilo, os símbolos Ri e R2, iguais ou diferentes, representam, cada um, um átomo de 7 hidrogénio ou um grupo -S03' e o símbolo R3 representa um átomo de hidrogénio ou um radical alquilo inferior, em especial -CH3.
  17. 17. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado pelo facto de a quantidade de princípio activo presente inicialmente no elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo representar 1 mg a 8 mg por cm2 de eléctrodo e por mAh de corrente que passa por cm2 de eléctrodo.
  18. 18. Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado pelo facto de o eléctrodo positivo ser um eléctrodo reversível com a mesma natureza que o eléctrodo negativo reversível, pelo facto de o elemento reservatório associado ao eléctrodo negativo e o elemento receptáculo associado ao eléctrodo positivo conterem, cada um, uma quantidade de princípio activo oligossacárido aniónico que representa inicialmente 0,5 mg a 6 mg e de preferência 0,5 mg a 4 mg por cm2 de eléctrodo e por mAh de corrente que passa por cm2 de eléctrodo e por o gerador de sinais eléctricos se encontrar disposto de modo a inverter a polaridade dos sinais eléctricos que ele aplica aos eléctrodos para administrar o princípio activo alternadamente a partir do elemento reservatório e do elemento receptáculo. Lisboa, 27 de JulhO/|de 2000 W ® Agôntô Oficial da Propriedade Indusrricu
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