PT2313574E - Meios de dobragem de perfil para quadro a embolsar - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "MEIOS DE DOBRAGEM DE PERFIL PARA QUADRO A EMBOLSAR" A invenção refere-se ao dominio técnico dos tetos falsos suspensos e das paredes falsas. A invenção refere mais particularmente lajes de tetos falsos ou de paredes falsas que compreendem uma tela esticada e um quadro.

Conhecem-se já no estado da técnica, conceções diferentes de tais lajes de tetos falsos.

De acordo com a técnica convencional a tela é de policloreto de vinilo e é em primeiro lugar colocada sob tensão antes de ser fixada sobre um quadro, sendo esse mesmo quadro obtido previamente por montagem de perfis de aluminio.

Uma dificuldade importante na realização dessas lajes é que o quadro se deforma, devido à fixação sob tensão da tela sobre esse quadro. Várias soluções foram propostas no estado da técnica para resolver esse problema.

Propôs-se fornecer meios que exerçam um pré-esforço dirigido do interior para o exterior do quadro. Pode referir-se, por exemplo ao documento FR 2 712 325 da requerente, ou aos documentos FR 2 751 682, FR 2 814 482.

Propuseram-se também perfis de quadro equipados com asas de reforço. Podem referir-se em particular aos 2 documentos FR 2 793 504, FR 2 793 506, FR 2 789 101. Esses três documentos anteriores, provenientes do mesmo depositante Scherrer, e partindo do mesmo problema técnico, descrevem três realizações contraditórias e opostas.

Numa primeira realização, descrita pelo documento FR 2 793 504, o elemento de perfil de alumínio inclui duas asas, a saber uma asa externa vertical na qual é fixada a tela de policloreto de vinilo, e uma asa interna vertical cuja base está situada em retração da base da asa externa de modo a não entrar em contacto com a tela.

Numa segunda realização, descrita pelo documento FR 2 793 506, o elemento de perfil de alumínio inclui duas asas, a saber uma asa externa vertical na qual é fixada a tela de policloreto de vinilo, e uma asa interna inclinada ou vertical cuja base está situada abaixo da base da asa externa de modo a entrar em contacto com a tela.

Numa terceira realização, descrita pelo documento FR 2 789 101, o elemento de perfil de alumínio inclui uma parede superior horizontal, uma parede lateral vertical e uma parede de endurecimento oblíqua, o perfil formando uma caixa.

Em cada uma das três montagens descritas pelos documentos FR 2 793 504, FR 2 793 506, FR 2 789 101, a tela é fixada ao bordo transversal de uma asa do perfil, em particular por colagem, e esse bordo de fixação é apresentado com uma pequena largura. Nenhum valor numérico é dado, mesmo a título de exemplo, para essa largura do bordo de fixação de tela. A vantagem suposta para essa «pequena largura» de fita de montagem é a seguinte: quando se dispõe a laje sobre um 3 elemento transportador em forma de T invertido fixado a um teto por tirantes, a área de colagem da tela sobre o quadro é completamente escondida dos olhos de um observador que olha o teto falso, visto que a largura da tira transversal do perfil em T é superior à largura da área de colagem da tela no seu quadro.

As lajes descritas nos documentos FR 2 793 504, FR 2 793 506 ou FR 2 789 101 têm numerosos inconvenientes.

Em primeiro lugar, quando as lajes são de grandes superfícies, por exemplo da ordem do metro quadrado, uma grande tensão da tela pode sempre causar uma deformação do quadro em que a tela está colada.

Em segundo lugar, os elementos em forma de T que suportam as lajes devem ser, de preferência, os mais discretos possível, devendo a largura do seu ramo transversal ser a mais pequena possível para que o teto falso suspenso tenha uma aparência tão próximo quanto possível da de um verdadeiro teto. As montagens descritas nos documentos FR 2 793 504, FR 2 793 506 ou FR 2 789 101 não permitem reduzir significativamente a largura dos elementos de suportes em forma de T, em particular quando as lajes são de grande superfície, exceto se área de colagem da tela for aparente. Quanto mais importante é a superfície da laje, mais a área de colagem da tela sobre o quadro deve ser larga, já não podendo essa área de colagem ser escondida pelo suporte em T, exceto se se aumentar a largura desse perfil em T. A laje descrita no documento FR 2 793 506 tem a seguinte desvantagem adicional: a tela de cada laje não é esticada plana sobre o seu quadro, não podendo o acabamento do teto falso estar perto do de um teto convencional. 4

Pode referir-se também ao documento WO 9950512.

Para resolver os problemas mencionados mais acima a requerente desenvolveu um perfil para quadro a embolsar, estando esse perfil descrito especialmente no documento WO 2007051927. A requerente constatou, no entanto, que mesmo utilizando perfis tais como descritos no documento WO 2007051927, um defeito muito ligeiro de aspeto continuava a ser possivel, em particular quando as lajes são de grande superfície. A requerente empenhou-se em resolver este problema de modo simples, rápido e pouco dispendioso, e isso sem modificar a estrutura do quadro de laje nem o processo para o embolsar.

Para esses fins, a invenção diz respeito de acordo com um primeiro aspeto, a um quadro de laje de teto falso, pelo menos um lado desse quadro compreendendo, quando visto em corte, uma parede superior e uma parede lateral, estando a parede superior equipada com um plano aplicado, esse plano incluindo pelo menos dois furos de passagem de passagens de meios de montagem tais como parafusos, sendo um dos furos de passagem oval ou oblongo. O quadro tem, em diversas realizações, as caracteristicas seguintes, combinadas se for caso disso: -o quadro que é de esboço sensivelmente retangular, quadrado ou poligonal, compreende pelo menos dois planos sensivelmente dispostos paralelamente a um dos lados do esboço de quadro; 5 -a largura de plano é sensivelmente inferior à largura da parede superior; - cada plano está equipado com três furos de passagem sensivelmente alinhados sendo um dos furos de passagem oval ou oblongo; - o furo de passagem oval ou oblongo está disposto lateral ou sensivelmente a meio comprimento do plano; a parede lateral compreende uma parte superior sensivelmente vertical e uma parte inferior, as partes inferior e superior definindo um ângulo obtuso, na face externa do quadro de laje; - pelo menos um lado do quadro compreende, quando visto em corte, além das referidas paredes superior e lateral, pelo menos uma parede de endurecimento; o quadro compreende uma primeira parede de endurecimento, essa primeira parede de endurecimento formando uma caixa com a parede superior, a parede lateral e uma asa interna; o quadro compreende uma segunda parede de endurecimento, essa segunda parede formando uma caixa com a primeira parede de endurecimento e a parede lateral; - o referido lado de quadro compreende, quando visto em corte, uma parede superior sensivelmente horizontal, estando o referido ângulo obtuso compreendido entre 1 grau e 60 graus, e mais particularmente entre 5 e 20 graus. A invenção diz respeito, de acordo com um segundo aspeto, a uma laje de teto falso que compreende um quadro tal como apresentada mais acima, e uma tela em que o quadro está inserido, que define assim uma tira de tela inferior esticada e uma tira de tela superior esticada. A invenção diz respeito, de acordo com um terceiro aspeto, a um teto falso que compreende uma laje tal como 6 apresentada mais acima, estando essa laje montada num suporte em forma de T invertido.

Outros objetivos e vantagens da invenção aparecerão, durante a descrição seguinte de formas de realização, descrição que vai ser efetuada à luz dos desenhos anexados, nos quais: -as figuras 1 e 2 são vistas em corte de lajes que compreendem um quadro, estando esse quadro inserido numa tela, um suporte de montagem ocupando lugar na variante da figura 2; -a figura 3 é uma variante vista de cima das lajes representadas nas figuras 1 e 2. 0 quadro de laje 1 representado na figura 1 é por exemplo realizado em liga de alumínio, por extrusão.

Esse quadro 1 compreende uma parede superior 2 sensivelmente horizontal, e uma parede lateral que compreende uma parte superior 3 sensivelmente vertical e uma parte inferior 4 inclinada. A parte superior 3 e a parte inferior 4 definem um ângulo α (alfa) da ordem de 10 a 20 graus, sendo esse ângulo alfa obtuso quando medido na face externa do quadro. Por outras palavras, a parte inferior 4 vai-se afastando do interior 5 do quadro 1. O quadro compreende além disso uma asa interna 6 sensivelmente vertical e paralela à parede superior 3 da parede lateral. Sobre essa asa interna 6 são conduzidas duas ranhuras 7, 8 de abertura virada para o interior 5 do quadro 1. Essas ranhuras 7, 8 servem se for caso disso, 7 para a montagem de um ângulo 9 de apoio para uma inserção, tal como por exemplo uma inserção de isolamento fónico e/ou térmico, ou ainda um dispositivo de iluminação. 0 quadro 1 compreende também uma superfície de apoio horizontal 10 de pequena largura, na parte inferior da parede lateral. Nas realizações representadas, a parte inferior 4 da parede lateral, o ângulo alfa e a largura da superfície de apoio horizontal 10 são escolhidos tais como essa superfície de apoio 10 que se estende sensível e totalmente, para o exterior do quadro, em relação a um plano vertical P correspondente à parte superior 3 da parede lateral.

Essa realização permite juntar da melhor maneira a forma dos suportes 11 de barras em T invertido 12. O quadro 1 compreende além disso uma primeira parede de endurecimento 13 sensivelmente horizontal. Essa primeira parede de endurecimento forma uma caixa 14 com a parede superior 2, a parte superior 3 da parede lateral e a asa interna 6.

Sobre essa primeira parede de endurecimento, como aparece na figura 2, uma ranhura em C pode ser colocada para alojar uma tala ou suporte 15 de montagem de duas secções de quadro contíguas.

Na realização representada na figura 3, três ranhuras em C estendem-se na caixa 14. Essas três ranhuras 21, 22, 23 estendem-se sobre a parede superior 2, a parte superior 3 da parede lateral e a primeira parede de endurecimento. Cada uma dessas ranhuras permite a colocação de talas ou suportes de montagem de secções de quadro contíguas. 8 0 quadro 1 inclui além disso uma segunda parede de endurecimento 16 que liga a superfície de apoio 10 e a asa interna 6. Essa segunda parede de endurecimento forma uma caixa 17 com a parede lateral, a superfície de apoio 10 e a primeira parede de endurecimento 13. O quadro é inserido numa tela 18, de modo a definir uma tira de tela inferior 19 e uma tira de tela superior 20. Por exemplo, a tela é vantajosamente encolhida pelo calor sobre o quadro.

Na realização representada, essas duas tiras de tela são sensivelmente paralelas. Entre essas duas tiras 19, 20 inserções fónicas e/ou térmicas (não representadas) podem ser montadas, sobre ângulos 9 ou qualquer outro suporte had hoc, montado no quadro 1 pelas ranhuras 7, 8. A presença de duas ranhuras 7, 8 (ou mais) permite regular a altura de montagem dos ângulos 9. A titulo indicativo, o ângulo entre a horizontal e a parede de endurecimento 16 é da ordem de 40 graus, o ângulo entre a horizontal e a parte inferior 4 da parede lateral é de 70 graus, sendo a altura total do quadro de 50 a 100 milímetros.

Os materiais utilizados para a tela são vantajosamente materiais poliméricos resistentes ao fogo, estanques ao ar como ao pó ou à humidade, de fácil manutenção. nos

Translúcidos ou opacos pintados ou não na massa, mates, laçados, marmoreados, camurças ou acetinados, esses materiais poderão assim ser usados tanto no meio industrial como no meio hospitalar, para equipamentos coletivos, laboratórios ou habitações. O acabamento laçado permite um efeito espelho muitas vezes aplicado nos centros 9 comerciais, um acabamento mate bastante próximo de um aspeto gesso que é mais habitual para as decorações tradicionais. 0 quadro de laje concebido deste modo tem uma grande resistência à deformação, devido à presença do ângulo obtuso α (alfa) e da presença de paredes de endurecimento que formam caixas.

No entanto a requerente constatou que os ligeiros defeitos de aspeto podiam sobrevir, em particular quando as lajes são de grande superficie.

Para resolver esse problema, uma vez que o quadro 1 está encaixado, dois planos 30 são fixados no quadro 1. Mais precisamente, os planos são fixados sobre a parede superior 2 do quadro 1.

Os planos são vantajosamente de largura inferior à da parede superior 2. Assim não são visiveis para um observador colocado diante da face inferior da tela 19.

Na forma de realização representada na figura 3, o quadro é sensivelmente retangular e os planos 30 estão dispostos paralelamente aos lados grandes da laje.

Numa outra forma de realização, a laje é sensivelmente retangular ou ainda quadrada, e está equipada com mais de dois planos, por exemplo quatro, dispostos cada um paralelamente num lado da laje.

Numa outra forma de realização, a laje é sensivelmente poligonal, e está equipada com pelo menos um plano dispostos sensivel e paralelamente num dos seus lados. 10

Os planos 30 são de metal, numa aplicação. Vantajosamente, os planos 30 são de liga de alumínio.

Cada plano está equipado com três furos de passagem 31, 32, 33. Esses furos de passagem estão sensivelmente alinhados.

Dois dos três furos são de abertura circular. Um parafuso é colocado em cada um desses furos circulares, sendo o aparafusamento completado sem aperto. O terceiro parafuso 33 é ligeiramente oval até mesmo oblongo. Um parafuso é montado através desse terceiro furo 33.

Na forma de realização representada, o furo oval ou oblongo 33 está disposto na parte lateral do plano.

Noutras formas de realização, o furo oval ou oblongo está disposto na parte central do plano, por exemplo a meia distância.

Para garantir uma dobragem controlada do quadro (seta B, figura 3) , é exercida uma pressão sobre os planos 30 (seta A, figura 3). Depois, o parafuso que passa através do terceiro furo 33 oblongo é apertado. A dobragem controlada permite restabelecer a forma desejada para a laje, depois do seu envasamento, e isso sem reforços internos nem placas de reforço (por exemplo de plexiglass ®) . A laje não é deste modo excessivamente pesada. 11 0 ajuste pode ser efetuado para a fabricação, ou no momento da instalação no local. 0 instalador pode assim garantir uma perfeita linearidade dos bordos de lajes retangulares ou quadradas. A colocação dos planos não tem nenhum impacto estético sobre os planos, esses planos, levados pela parede superior 2, não sendo visiveis a partir do lado inferior da laje.

Embora os modos de ajuste da curva tenham sido descritos em referência a um perfil para quadro a embolsar tal como apresentado no documento WO 2007051927, entende-se que esses meios podem ser colocados em toda a laje de teto falso que inclua um quadro equipado com uma parede superior 2.

Lisboa, 26 de Agosto de 2013

Claims (12)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Quadro de laje de teto falso, pelo menos um lado desse quadro compreendendo, quando visto em corte, uma parede superior (2) e uma parede lateral, caracterizado por a parede superior (2) estar equipada com um plano (30) aplicado, esse plano incluindo pelo menos dois furos de passaqem (31,32,33) de passagens de meios de montagem tais como parafusos, sendo um dos furos de passagem oval ou oblongo.

2. Quadro de laje para teto falso de acordo com a reivindicação 1, sendo esse quadro de esboço sensivelmente retangular, quadrado ou poligonal, e compreendendo pelo menos dois planos sensivelmente dispostos paralelamente a um dos lados do esboço de quadro.

3. Quadro de laje para teto falso de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por a largura de plano ser sensivelmente inferior à largura da parede superior (2).

4. Quadro de laje para teto falso de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado por cada plano estar equipado com três furos de passagem sensivelmente alinhados (31,32,33), sendo um dos furos de passagem oval ou oblongo.

5. Quadro de laje para teto falso de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o furo de passagem oval ou oblongo estar disposto lateral ou sensivelmente a meio comprimento de plano. 2

6. Quadro de laje para teto falso de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizado por a parede lateral compreender uma parte superior (3) sensivelmente vertical e uma parte inferior (4), as partes inferior (4) e superior (3) definindo um ângulo obtuso, na face externa do quadro (1) de laje.

7. Quadro de laje de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 6, caracterizado por pelo menos um lado do quadro compreender, quando visto em corte, além das referidas paredes superior (2) e lateral, pelo menos uma parede de endurecimento.

8. Quadro de laje de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por compreender uma primeira parede de endurecimento (13), essa primeira parede de endurecimento (13) formando uma caixa (14) com a parede superior (2), a parede lateral e uma asa interna (6).

9. Quadro de laje de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 ou 8, caracterizado por compreender uma segunda parede de endurecimento (16), essa segunda parede (16) formando uma caixa (17) com a primeira parede de endurecimento (13) e a parede lateral.

10. Quadro de laje de acordo com qualquer uma das reivindicações de 6 a 9, caracterizado por o referido lado de quadro compreender, quando visto em corte uma parede superior (2) sensivelmente horizontal, estando o referido ângulo obtuso compreendido entre 1 grau e 60 graus, e mais particularmente entre 5 e 20 graus. 3

11. Laje de falso teto que inclui um quadro (1) tal como apresentado em qualquer uma das reivindicações precedentes, e uma tela na qual está inserido o quadro (1), definindo assim uma tira de tela esticada inferior (19) e uma tira de tela esticada superior (20) .

12. Falso teto que inclui uma laje tal como apresentada na reivindicação 11, estando essa laje montada num suporte em forma de T invertido (12) . Lisboa, 26 de Agosto de 2013