PT2036451E - Fecho de retorno de correia não projectável, para um cinto de segurança com três pontos de veículo automóvel - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "FECHO DE RETORNO DE CORREIA NÃO PROJECTÁVEL, PARA UM CINTO DE SEGURANÇA COM TRÊS PONTOS DE VEÍCULO AUTOMÓVEL" A invenção refere-se aos cintos de segurança com três pontos, e mais precisamente aos fechos ditos de "retorno de correia" que são por vezes utilizados em certos cintos deste tipo.

Um fecho de acordo com o preâmbulo da reivindicação que está descrita na patente EP1680971.

Numerosos veiculos automóveis estão equipados com cintos de segurança com três pontos. Entre esses cintos de segurança, alguns equipam um assento ou uma parte de banco que está implantado na posição central (e logo enquadrado por dois outros assentos ou partes de banco), ou mesmo em posição lateral. 0 cinto que equipa um tal assento central deve pois constituir o que o especialista chama "uma fivela do cinto da direita" (ou primeira fivela) e "uma fivela do cinto da esquerda" (ou segunda fivela) colocadas de um e de outro lado do assento central. Isto é igualmente válido no caso de um assento lateral onde há dois cabos com fivela de um lado e de outro da base. Uma dessas fivelas (por exemplo a primeira) serve de ponto de tracção fixa a que o especialista chama "um fecho de retorno de correia" enquanto que a outra fivela (por exemplo a segunda) serve de ponto de tracção temporária com "um fecho extraível". 0 fecho extraível é a componente do cinto de segurança na qual desliza a correia do cinto e que é introduzida por um passageiro na segunda fivela (que constitui um mecanismo de 2 bloqueio amovível) a fim de se prender temporariamente sobre o seu assento. 0 fecho de retorno da correia é a componente do cinto de segurança que é referida pela invenção. Compreende por um lado, uma alma constituindo uma primeira porção destinada a ser unida fixamente à primeira fivela e uma segunda porção destinada a ser unida a uma das duas extremidades da correia do cinto (a outra estando unida para enrolamento automático), e por outro lado, um cárter compreendendo as primeira e segunda partes separadas destinadas, uma vez juntas uma à outra de modo reversível, a prender conjuntamente a segunda porção de alma e logo a tapar a extremidade (ou retorno) da correia. A primeira parte do cárter constitui uma abertura destinada a permitir a passagem da extremidade da correia.

Quando o veículo automóvel é sujeito a um choque, a tensão da correia pode levar à separação (ou quebra) das primeira e segunda partes do cárter. A primeira parte do cárter permanece então acoplada à correia de maneira que esta última atravessa a sua abertura. Não constitui pois problema. Pelo contrário, a segunda parte do cárter já não estando presa, pode ser projectada no habitáculo e pode então ferir um passageiro. A invenção tem pois como finalidade remediar este inconveniente.

Propõe para esse efeito um fecho de retorno de correia, para uma extremidade de fecho de cinto de segurança de três pontos, compreendendo uma alma constituindo uma porção destinada a ser unida na extremidade da correia e um cárter 3 compreendendo as primeira e segunda partes destinadas a prender conjuntamente a porção de alma, a primeira parte constituindo uma abertura destinada a permitir a passagem da extremidade da correia.

Este fecho de retorno de correia caracteriza-se pelo facto de o seu cárter compreender além disso meios de ligação flexíveis (ou maleáveis) que ligam entre elas, de modo permanente, as primeira e segunda partes de forma que permanecem ligadas uma à outra enquanto estão acopladas à correia em caso de choque. 0 fecho de acordo com a invenção pode constituir outras características que podem ser tomadas separadamente ou em combinação, e especialmente: os meios de ligação podem ser ordenados de modo a serem colocados integralmente no interior do cárter quando este ultimo prende a porção de alma; os meios de ligação podem compreender pelo menos uma charneira, e por exemplo duas; ^ cada charneira pode compreender duas extremidades unidas respectivamente nas partes da extremidade das primeira e segunda partes do cárter; > cada extremidade de charneira pode ser unida numa face interna da parte da extremidade da primeira ou segunda parte do cárter; o cárter pode ser um elemento monobloco feito em matéria plástica; em caso de choque é de preferência a primeira parte que está acoplada à correia passando pela sua abertura. 4 A invenção propõe igualmente um cinto de segurança com três pontos compreendendo uma correia munida de uma extremidade unida a um fecho do tipo daquele apresentado atrás.

Outras caracteristicas e vantagens da invenção aparecerão no exame da descrição detalhada mais adiante, e os desenhos anexos, sobre os quais: - a figura 1 ilustra de maneira esquemática um assento equipado com um cinto de segurança com três pontos, a figura 2 é uma primeira fotografia ilustrando um exemplo de realização de um fecho de retorno de correia de acordo com a invenção, imobilizado relativamente a uma fivela fixa e com o seu cárter fechado, a figura 3 é uma segunda fotografia ilustrando sob um primeiro ângulo um exemplo de realização de um fecho de retorno de correia de acordo com a invenção, imobilizado relativamente a uma fivela fixa e com o seu cárter aberto, e a figura 4 é uma terceira fotografia ilustrando sob um segundo ângulo uma parte do fecho de retorno de correia da figura 3 com o seu cárter aberto.

Os desenhos em anexo poderão não só servir para completar a invenção, mas também contribuir para a sua definição se for caso disso.

Representou-se sistematicamente na figura 1 um exemplo de cinto de segurança com três pontos CS equipando um assento (ou uma parte de banco) SI de um veiculo automóvel. 0 assento SI compreende classicamente uma base AS sobre a qual um passageiro pode sentar-se e um encosto DS sobre o qual o dito passageiro pode encostar-se. Esse assento SI está por exemplo implantado numa posição central (mediana 5 ou traseira) do habitáculo do veículo, e logo enquadrada por pelo menos um outro assento (ou uma outra parte de banco). Mas, poderia igualmente estar situado na posição lateral. 0 cinto de segurança CS compreende classicamente: - um enrolador automático EA destinado a estar fixo à estrutura do veículo e ao qual está unida uma primeira extremidade de uma correia SC de cinto, - um elemento de fixação EF destinado a estar fixo à estrutura do veículo, assegurando o reenvio e o deslizamento da correia SC, - um fecho de retorno de correia PR (objecto da invenção), destinado a ser unido fixamente a uma primeira fivela Bl destinada a estar fixa à estrutura do veículo ou então ao assento SI e à qual está unida a segunda extremidade (ES) da correia SC e, - um fecho extraível PE no qual desliza a correia SC e destinado a ser introduzido por um passageiro numa segunda fivela B2 destinada a estar fixa na estrutura do veículo ou então no assento SI e constituindo um mecanismo de bloqueio amovível.

Tal como ilustrado nas figuras 2 a 4, o fecho de retorno de correia PR, de acordo com a invenção, compreende uma alma AM, geralmente em metal e de forma achatada (como uma lâmina), e um cárter CP, geralmente em matéria plástica (ou análoga). A alma AM constitui, como ilustrado na figura 3, duas porções PAI e PA2. A primeira porção de alma PAI está destinada a ser unida fixamente à primeira fivela Bl, por exemplo por encravamento. A segunda porção de alma PA2 está 6 destinada a ser unida a uma das duas extremidades ES da correia SC. Para esse efeito, compreende por exemplo duas aberturas pelas quais passa a extremidade ES da correia SC, permitindo assim mantê-la apertadamente e tornar a dobrá-la para formar uma fivela fechada por pontos de costura. O cárter CP compreende em primeiro lugar as primeira Pl e segunda P2 partes destinadas, uma vez colocadas uma em frente da outra (ver figura 2), a prender conjuntamente a segunda porção de alma PA2 a fim de tapar a extremidade ES da correia SC. Estas primeira Pl e segunda P2 partes constituem pois, de algum modo, dois meios-cascos definindo, uma vez reunidos, um alojamento interno no qual a segunda porção de alma PA2 está colocada estreitamente. A primeira parte Pl do cárter CP constitui uma abertura OV destinada a permitir a passagem da extremidade ES da correia SC. A fim de poderem ser reunidas uma à outra para definir a cavidade interna colocando a segunda porção de alma PA2, as primeira Pl e segunda P2 partes do cárter CP compreendem por exemplo meios de engate e/ou pernos ou mais geralmente meios de cooperação de forma MCF (como ilustrado na figura 4) . 0 cárter CP compreende igualmente meios de ligação CHi flexíveis (ou maleáveis) que unem entre eles as suas primeira Pl e segunda P2 partes de modo permanente, aí compreendidos antes que elas definam conjuntamente o alojamento interno da segunda porção de alma PA2.

Por exemplo, os meios de ligação CHi estão ordenados sob a forma de pelo menos uma charneira. No exemplo de realização 7 ilustrado nas figuras 3 e 4, os meios de ligação CHi compreendem duas charneiras CHI e CH2 (i=l ou 2), mas eles poderiam constituir só uma.

Como ilustrado, cada charneira CHi compreende uma primeira extremidade que está por exemplo unida a uma parte da extremidade da primeira parte do cárter Pl, situada do lado oposto à primeira porção de alma PAI, e uma segunda extremidade que está por exemplo unida a uma parte da extremidade da segunda parte do cárter P2, situada igualmente do lado oposto à primeira porção de alma PAI. É importante notar que cada charneira CHi poderia ser unida às primeira Pl e segunda P2 partes do cárter CP noutros pontos além daqueles ocupados pelas suas partes da extremidade, como por exemplo as partes laterais (sensivelmente perpendiculares às ditas partes da extremidade). É igualmente importante notar que os meios de ligação CHi não estão obrigatoriamente ordenados sob a forma de charneira (s) CHi. Com efeito, todo o meio conhecido pelo especialista e permitindo juntar (ou ligar) de modo permanente as primeira Pl e segunda P2 partes do cárter CP pode ser considerado. Deste modo, eles poderiam por exemplo apresentar-se sob a forma de cordões ou atilhos (semi-)flexíveis ou (semi-)maleáveis.

Por outro lado, e como ilustrado nas figuras 3 e 4, cada charneira CHi (ou meio de ligação análogo) está de preferência colocada integralmente no interior da cavidade interna que é delimitada pelas primeira Pl e segunda P2 partes do cárter CP quando prendem a segunda porção de alma 8 ΡΑ2. Isso permite tornar os meios de ligação CHi invisíveis do exterior. Para o fazer, cada charneira CHi está por exemplo instalada de modo dito invertido no interior da cavidade interna (como ilustrado), as suas duas extremidades opostas estando unidas na face interna das partes da extremidade respectivas das primeira PI e segunda P2 partes do cárter CP.

Quando os meios de ligação CHi estão ordenados sob a forma de charneira(s), esta(s) pode(m) fazer parte integrante das primeira Pl e segunda P2 partes do cárter CP. Nesse caso, o cárter CP pode ser vantajosamente realizado sob a forma de um monobloco de matéria plástica (como no exemplo não limitativo ilustrado). Cada charneira CHi constitui pois uma espécie de ponto de matéria plástica, (semi-)flexível ou (semi-)maleável e em forma de V ou de U. Um tal cárter monobloco CP pode por exemplo ser realizado por meio de uma ferramenta de injecção.

Graças à invenção, quando o veículo sofre um choque que induz uma tensão da correia SC susceptível de separar uma da outra as primeira Pl e segunda P2 partes do cárter CP, a segunda parte P2 já não pode ser projectada no habitáculo e logo já não pode ferir um passageiro visto que fica presa via os meios de ligação CHi à primeira parte Pl que está acoplada à correia SC via a sua abertura OV. A invenção não se limita aos modos de realização do fecho de retorno de correia e do cinto de segurança com três pontos descritos atrás, somente a título de exemplo, mas engloba todas as variantes que poderá considerar o especialista no quadro das reivindicações mais adiante. Lisboa, 28 de Janeiro de 2010

Claims (9)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Fecho (PR) para uma extremidade (ES) de correia (SC) de cinto de segurança com três pontos, o dito fecho (PE) compreendendo uma alma (AM) constituindo uma porção (PA2) própria para ser unida à dita extremidade de correia (ES) e um cárter (CP) compreendendo primeira (Pl) e segunda (P2) partes destinadas a prender conjuntamente a dita porção de alma (PA), a dita primeira parte (Pl) constituindo uma abertura (OV) própria para permitir a passagem da dita extremidade da correia (ES), caracterizada por o dito cárter (CP) compreender além disso meios de ligação (CHi) flexíveis pegando entre elas, de modo permanente, as ditas primeira (Pl) e segunda (P2) partes de forma que permanecem ligadas uma à outra enquanto estão acopladas à dita correia (SC) em caso de choque.

2. Fecho de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os ditos meios de ligação (CHi) estarem ordenados para serem colocados integralmente no interior do dito cárter (CP) quando este último prende a dita porção de alma (PA2).

3. Fecho de acordo com uma das reivindicações 1 e 2, caracterizado por os ditos meios de ligação (CHi) compreenderem pelo menos uma charneira.

4. Fecho de acordo com a reivindicação 3 caracterizado por os ditos meios de ligação (CHi) compreenderem duas charneiras (CH1,CH2).

5. Fecho de acordo com uma das reivindicações 3 e 4, caracterizado por cada charneira (CHi) compreender duas extremidades unidas respectivamente às partes da 2 extremidade das ditas primeira (Pl) e segunda (P2) partes.

6. Fecho de acordo com a combinação das reivindicações 2 e 5, caracterizado por cada extremidade da charneira (CHi) estar unida a uma face interna da parte da extremidade da primeira (Pl) ou segunda (P2) partes.

7. Fecho de acordo com uma das reivindicações 3 a 6, caracterizado por o dito cárter (CP) ser um elemento monobloco realizado em matéria plástica.

8. Fecho de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por em caso de choque a dita primeira parte (Pl) estar acoplada à dita correia (SC) via a sua abertura (OV).

9. Cinto de segurança com três pontos (SC) caracterizado por compreender uma correia (SC) munida de uma extremidade (ES) unida a um fecho (PR) de acordo com as reivindicações precedentes. Lisboa, 28 de Janeiro de 2010