PT1542543E - Ácidos de lúpulo como um substituto de antibióticos em alimentos para animais - Google Patents

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Description

DESCRIÇÃO
"ÁCIDOS DE LÚPULO COMO UM SUBSTITUTO DE ANTIBIÓTICOS EM ALIMENTOS PARA ANIMAIS"
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO A presente invenção é dirigida a um suplemento alimentar orgânico e a uma ração para animais. Em particular, a invenção é dirigida à substituição de antibióticos em alimentos para animais com ácidos de lúpulo.
Os animais de criação, tais como bovinos, galinhas e porcos, são alimentados com alguns dos alimentos mais baratos que os agricultores podem comprar. Os animais que pastam e comem ração de baixa qualidade estão sujeitos a uma dieta contaminada com bactérias e protozoários. 0 rúmen de animais de criação é um sistema complexo composto por uma variedade de bactérias e protozoários. A maior parte das bactérias gram-negativas são vantajosas para a absorção de alimentos e energia, vulgarmente referidas como bactérias e protozoários "bons", enquanto as bactérias gram-positivas e protozoários reduzem a absorção de alimentos e energia, geralmente referidas como bactérias e protozoários "maus". Os antibióticos nos alimentos para animais podem matar bactérias e protozoários que têm impacto negativo no crescimento do animal. No entanto, os níveis elevados de antibióticos podem esterilizar o rúmen fazendo com que o animal fique doente e, em alguns casos, morra. Portanto, são utilizados níveis muito baixos de antibióticos para controlar as bactérias 1 nocivas no rumen.
Altos níveis de microrganismos no seio do tracto digestivo do animal podem reduzir a eficiência da ingestão de alimentos e fazer com que o animal fique doente e até que morra. A utilização ineficiente de alimentos também afecta de forma adversa o ambiente por aumento da produção de detritos de origem animal contendo altos níveis de nitratos e aumento de emissões de metano animal. Os cavalos e animais de colecções zoológicas também experimentam distúrbios digestivos devido a infecção por bactérias e protozoários.
Os ionóforos são uma classe de antibióticos vulgarmente utilizados em alimentos para animais. Os ionóforos são antibióticos de poliéter que transportam iões através de membranas biológicas. Os ionóforos são moléculas que têm vários átomos de oxigénio espaçados ao longo da molécula. As posições dos átomos de oxigénio criam uma cavidade que pode aprisionar catiões. Os ionóforos têm regiões polares e não polares que aumentam o aprisionamento de catiões e interactuam com membranas celulares de bactérias. Os ionóforos são eficazes contra bactérias gram-positivas e protozoários, mas não bactérias gram-negativas. Por morte ou controlo do crescimento destes microrganismos, a eficiência dos alimentos para animais e a saúde e bem-estar dos animais podem ser melhoradas.
Muitas pessoas desejam a capacidade de comprar e consumir carne e produtos aviários orgânicos. Por exemplo, a Europa regula fortemente a venda, utilização e importação de carnes e produtos aviários não orgânicos. A carne e produtos aviários contendo antibióticos não são considerados produtos orgânicos. A utilização de ionóforos na alimentação animal faz com que a carne desses animais seja considerada como não orgânica. Há um desejo forte de encontrar alternativas aos antibióticos que possam ser utilizadas em alimentação animal. PATENT ABSTRACTS OF JAPAN, vol. 013, n° 447 (C-642) & JP 01-172341 divulga um agente de prevenção e tratamento para a doença infecciosa por Clostridium perfringens em animais de criação e aves domésticas, compreendendo lúpulo. É especificado que o lúpulo compreende humulona e lupulona. O referido fármaco pode ser misturado em alimentos para animais, tal como alimentos para porcos. Foi demonstrado um decréscimo da mortalidade dos porcos. PATENT ABSTRACTS OF JAPAN, vol. 013, n° 447 (C-642) & JP 01-172340 ensina um agente de prevenção e tratamento para a infecção por Staphylococcus aureus em frangos, compreendendo lúpulo. É especificado que o lúpulo compreende humulona e lupulona. O referido fármaco pode ser misturado em alimentos para frangos. Foi demonstrado um decréscimo da mortalidade dos frangos. BEUCHAT L. R. et al. : "ANTIMICROBIALS OCCURRING NATURALLY IN FOODS", FOOD TECHNOLOGY, INSTITUTE OF FOOD TECHNOLOGISTS. CHICAGO, US, vol. 43, n° 1, 1989, páginas 134-142, XP000025938, ISSN: 0015-6639 divulga agentes antimicrobianos que ocorrem naturalmente em alimentos. Podem ser utilizados como conservantes sem afectar os alimentos de forma adversa. As humulonas e lupulonas apresentam actividade antimicrobiana. As bactérias gram-negativas e fungos são menos sensíveis aos efeitos de humulonas e lupulonas do que as bactérias gram-positivas. Foram observados efeitos inibidores na gama de 1-100 pg/mL. 3 0 documento WO 01/76614 A divulga uma ração para aumentar a produção de factor de crescimento compreendendo um extracto de Humulus lupulus. O aumento da produção de factor do crescimento de nervos (NGF) ou de factor de crescimento de hepatócitos (HGF) pode ser realizado de forma especialmente adequada. Este documento divulga ainda a acção antibacteriana, acção antitumoral e acção sedativa de Humulus lupulus. Está indicado que é preferido que o extracto de Humulus lupulus esteja contido numa quantidade de 0,001-15% em peso ou mais na ração. A ração pode ser dada a animais de companhia, gado, cavalos, porcos. DATABASE WPI Section Ch, Week 199743 Thomson Scientific, Londres, GB: Classe D13, AN 1997-468881 XP002268355, & RU 2075298 C divulga uma ração para animais de criação compreendendo lúpulo e fermento para cerveja bem como cevada. 0 documento GB 120166 A divulga um produto alimentar compreendendo farinha de cevada, polpa de vegetais e resíduos de lúpulo. O produto alimentar compreende, pelo menos, 15% de resíduos de lúpulo ou farinha de lúpulo.
BREVE SUMÁRIO DA INVENÇÃO É apresentado e descrito um método de utilização de ácidos de lúpulo como um suplemento alimentar orgânico.
Descreve-se um método de utilização de ácidos de lúpulo como descrito na reivindicação 1 como um suplemento alimentar orgânico para animais de criação incluindo a administração dos 4 ácidos de lúpulo para ingestão oral por mistura dos ácidos com ração para animais de criação. Os ácidos são misturados com a ração numa quantidade para inibir certos tipos de bactérias indesejáveis no aparelho digestivo dos animais de criação. Num aspecto, a quantidade de ácido de lúpulo para inibir certos tipos de bactérias indesejáveis no aparelho digestivo do animal é de cerca de 1 ppm a cerca de 30 ppm. A composição e o método descrito permitem a produção de animais de criação isentos de antibióticos. A invenção será melhor compreendida por referência à seguinte descrição pormenorizada da forma de realização preferida. A discussão a seguir é descritiva, ilustrativa e exemplif icativa e não é para ser tomada como limitativa do âmbito definido por quaisquer reivindicações anexas.
DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DA MELHOR FORMA DE REALIZAÇÃO A planta do lúpulo, Humulus lupulus, produz ácidos orgânicos conhecidos como ácidos alfa (humulona) e ácidos beta (lupulona). Estes ácidos de lúpulo incluem, mas não estão limitados a, ácidos alfa e ácidos beta, mas também as suas formas isomerizadas, formas reduzidas e sais. Os ácidos beta incluem lupulona, colupulona, adlupulona bem como outros análogos. Os ácidos alfa incluem humulona, co-humulona, ad-humulona, post-humulona e pre-humulona, bem como outros análogos. Consistem numa molécula hexagonal complexa com várias cadeias laterais, com grupos cetona e álcool. Cada humulona diferente difere quanto à composição da cadeia lateral. Sabe-se que os ácidos alfa isomerizam quando expostos ao calor para formar ácidos iso-alfa. Os ácidos iso-alfa e as suas formas 5 reduzidas, nomeadamente os ácido ro-iso-alfa, os ácidos tetra-hidro-iso-alfa e os ácidos hexa-hidroiso-alfa são ácidos de lúpulo utilizados vulgarmente para aromatizar a cerveja.
Os antibióticos ionóforos são eficazes a matar e inibir o crescimento de muitas bactérias gram-positivas e protozoários, mas não bactérias gram-negativas. Como os antibióticos ionóforos, sabe-se também que os ácidos de lúpulo são eficazes para matar e inibir o crescimento de bactérias gram-positivas e protozoários, mas não bactérias gram-negativas. A patente U.S. N° 6379720 divulga que os ácidos beta são conhecidos por matarem e inibirem o crescimento de algas. A patente U.S. N° 6352756 e a patente U.S. N° 6423317 divulgam que se sabe que alguns ácidos de lúpulo, como os ácidos alfa, ácidos beta, ácidos isoalfa e ácidos tetra-hidroisoalfa matam protozoários vulgarmente encontrados em rios e lagos. As algas e os protozoários estão no mesmo reino, Prototista, e ambos são organismos unicelulares. Os ionóforos e os ácidos de lúpulo actuam perturbando os níveis de pH numa célula bacteriana, eventualmente fazendo-a parar de crescer ou morrer. Sabe-se também que os ácidos de lúpulo têm uma região polar e não polar e são muito bons a reter catiões. O principal gás excretado pelos animais de criação é o dióxido de carbono (CO2) , que é uma fonte de carbono totalmente oxidado. O metano (CH4) , uma fonte de carbono não oxidado, é considerado energia perdida para o animal de criação e é um poluente ambiental. Estima-se que cerca de 2-12% da energia dos animais de criação é perdida devido a excreção de gás metano. Como resultado desta energia perdida, o custo de alimentar animais é aumentado. Crê-se que os animais de criação são responsáveis por cerca de 15-20% do metano encontrado na atmosfera. Este aumento de metano é responsável, em parte, pelo 6 aquecimento global que afecta negativamente o ambiente. A introdução de baixos níveis de ácido beta, ácidos alfa isomerizados num rúmen artificial apresenta efeitos positivos na fermentação de cevada e milho (amido) e na fermentação de alfafa (fibra) . Ácidos beta tão baixos como 2 ppm aumentaram os níveis de propionato na fermentação de cevada em 97% e 56% na fermentação de alfafa. Um aumento da concentração de propionato é significativa uma vez que o propionato perfaz cerca de 50% da fonte de carbono utilizada pelos animais para o crescimento.
Além disso, uma concentração de ácido beta de 2 ppm no rúmen artificial causou uma redução dos níveis de butirato em 84% na cevada e 35% na alfafa. O butirato é um intermediário para a produção de metano. A redução de butirato significa uma redução de metano. A redução do metano proporciona a vantagem adicional de ajudar o ambiente por redução das emissões de gases de estufa. O ensaio de purina bacteriana mostra uma redução de 60% do teor de bactérias na fermentação de cevada. Globalmente, os ácidos beta aumentaram significativamente a acumulação da fonte de carbono via propionato e aumentaram a absorção de energia pelo animal por redução da produção de butirato.
Noutra forma de realização, os ácidos de lúpulo tal como reivindicados podem ser adicionados a suplementos nutricionais para animais de criação. Os seguintes procedimentos de ensaio foram utilizados em cada um dos exemplos in vitro aqui apresentados. Rações à base de cevada e alfafa foram fermentadas num intestino artificial utilizando fluido ruminai contendo uma mistura de bactérias vulgarmente encontrada em gado bovino. O rúmen é constituído por uma mistura complexa de bactérias e protozoários. As bactérias Gram-negativas são geralmente 7 considerados benéficas, uma vez que contribuem para a degradação da celulose em compostos vantajosos para o crescimento e energia do animal. As bactérias Gram-positivas e os protozoários geralmente não são vantajosos uma vez que os seus produtos secundários digestivos não são benéficos para o animal. Os organismos gram positivos que precisam de ser controlados incluem Ruminococcus albus, R. flavefaciens e Butyrivibrio fibrisolvens. 0 controlo destes microrganismos tem o efeito vantajoso de diminuir a fermentação, permitindo assim que mais nutrientes energéticos vão para o animal, o controlo da bactéria Methanobacterium ruminatium reduz a conversão de H2 a gás metano. 0 controlo das várias espécies de Streptococci e Lactobacilli também reduz a utilização indesejável de H2 e permite que mais seja utilizado na formação desejável de propionato. 0 propionato é em grande parte responsável pelo crescimento dos animais. Isotrichia e Entodinia são dois protozoários que vulgarmente infectam o rúmen. Mais uma vez retiram energia e nutrientes do animal de criação. Durante a fermentação, "boas" e "más" bactérias foram autorizados a competir por amido e fibra no seio destas duas rações. As fermentações com baixos níveis de ácidos alfa, ácidos beta, ácidos isoalfa, ácidos ro-isoalfa, ácidos tetra-hidroisoalfa e ácidos hexa-hidroisoalfa foram testadas, bem como um controlo que não continha os ácidos de lúpulo. Depois de completada a fermentação ruminai, os produtos finais foram ensaiados para determinar os efeitos destes ácidos de lúpulo.
Exemplo 1 A Tabela 1 mostra que tão pouco como 1,25 ppm de ácido beta reduz a produção de gás em cerca de 40% em cevada e 30% em alfafa. Velocidades de produção de gás lentas geralmente significam que o rúmen está a converter mais dos alimentos valiosos em energia e carbono para crescimento do animal. Velocidades de produção de gás elevadas normalmente significam níveis mais elevados de metano no gás, por isso baixa absorção de alimentos e de energia. Na Tabela 1, SE significa erro padrão.
Tabela 1: Produção de gás in vitro Nível de ácidos beta, ppm
Item 0 1,25 2,5 3, 75 SE Cevada Velocidade de produção %/h 9,1 9,1 CO 00 i—1 O Gás total, mL/72 h 404,3 242,3 273,0 265, 2 CO o Alfafa Velocidade de produção %/h 9, 1 co CO co CO CO o o Gás total, mL/72 h 431,3 312, 7 303,0 308,3 5,2
Exemplo 2 A Tabela 2 mostra a quantidade de fibra na ração de cevada e de alfafa. Este método de ensaio é utilizado para determinar a fibra na ração. A fibra é geralmente celulose, hemicelulose e lenhina. 9
Tabela 2: Desaparecimento do substrato in vitro Nível de ácidos beta, ppm
Item 0 1,25 2,5 3, 75 SE
Cevada
Desaparecimento, %
Matéria seca 68,2 60,3 64, 8 59, 8 0,9 Amido 87, 8 75, 0 82,4 77,6 0,7 Alfafa Matéria seca 51,9 47,2 44,6 42,8 0,6 NDF 32,0 28,4 40,0 25,6 0,9 NDF = Fibra detergente neutra.
Exemplo 3
No exemplo 3, demonstrou-se que o lactato é um produto final da fermentação in vitro de cevada e alfafa com ácidos beta. A Tabela 3 mostra um aumento da concentração de lactato no rúmen artificial. 0 lactato é um intermediário na formação de propionato. Uma preocupação com os níveis de lactato crescentes é uma queda do pH. 0 lactato é um ácido muito forte e pH baixos no rúmen reduzem a absorção de alimentos e energia. Neste exemplo, o facto de o pH não ter caído foi uma vantagem inesperada. Os ácidos beta são capazes de controlar as bactérias prejudiciais, permitindo assim a formação de mais de lactato, um intermediário para a produção de propionato. 10
Tabela 3: Produtos finais da fermentação in vitro Nível de ácidos beta, ppm
Item 0 1,25 2,5 3, 75 SE Cevada PH 5,1 4, 9 4, 9 4, 9 0,0 Lactato pg/mL 82,9 317 319 257 19,1 Alfafa pH 5,6 6,0 5,9 5, 8 0,0 Lactato pg/mL 22,8 26,1 27, 7 30,6 3,2
Exemplo 4
No Exemplo 4, a cevada foi deixada a fermentar num intestino artificial ao qual foram adicionados 1,25 ppm, 2,5 ppm ou 3,75 ppm de ácidos beta e os produtos finais ácidos gordos voláteis da fermentação in vitro de cevada foram medidos. Os ácidos beta são eficazes a matar e inibir o crescimento de bactérias gram-positivas e protozoários, mas não bactérias gram-negativas. Uma vez que o acetato é formado pelas bactérias gram-negativas, B. ruminicola, não é esperado que os ácidos beta fossem controlar a formação de acetato. No entanto, é esperada uma ligeira redução dos níveis de acetato se aumentarem os níveis de propionato. A Tabela 4 mostra claramente que os ácidos beta auxiliam a formação de propionato. À medida que aumenta a quantidade de ácido beta no intestino sintético, aumenta a quantidade de propionato. Um aumento de 97% da concentração de propionato é um aumento muito significativo e positivo uma vez que o propionato leva ao crescimento animal. Uma redução de 84% de butirato também é muito boa uma vez que o butirato é 11 eventualmente degradado pelas bactérias gram-positivas, Methanobacterium ruminantim, a metano, que é energia perdida. Assim, parece que os ácidos beta estão a controlar as bactérias gram-positivas Rumifaococcus albus, R. Flavefaciens, Butyrivirio fibrisolvens, que são responsáveis pela produção de butirato. Os resultados da Tabela 4 mostram um aumento de propionato (fonte de carbono) e uma diminuição de butirato, que resulta em perda de energia para o animal de criação.
Tabela 4: Produtos finais da fermentação in vitro de cevada Nível de ácidos beta, ppm Item 0 1,25 2,5 3, 75 SE VFA totais (pmol/mL) 213,8 146, 0 195,5 188,8 3,8 Acetato 36,3 53,4 44,3 40,2 0,7 Propionato 25, 9 36,3 50, 7 51,2 0,5 Butirato 35, 0 8,3 5, 6 5,7 0,6 moles/100 moles Exemplo 5
No Exemplo 5, alfafa foi deixada a fermentar num intestino artificial a que foram adicionados 1,25 ppm, 2,5 ppm ou 3,75 ppm de ácidos e foram determinados os produtos finais dos ácidos gordos voláteis da fermentação in vitro de alfafa. Como no Exemplo 4, não é esperado que os ácidos beta controlassem a formação de acetato, que é formado por bactérias gram-negativas. No entanto, à medida que os níveis de acetato diminuem, a tabela 5 mostra que 1,25-2,5 ppm de ácidos beta é responsável por um aumento de 56% da produção de propionato. Os níveis de butirato também são reduzidos em 35%. Como consequência, a emissão de 12 metano é reduzida, a eficiência energética é aumentada e o crescimento dos animais é aumentado. Na Tabela 1 adiante, SE significa erro padrão.
Tabela 5. Produtos finais da fermentação in vitro de alfafa
Nivel de ácidos beta, ppm Item 0 1,25 2,5 3, 75 SE VFA totais (pmol/mL) 232,5 206,9 198,2 204, 7 6, 7 Acetato 36,3 53,4 44, 3 40,2 0, 7 Propionato 25, 9 36,3 50, 7 51,2 0, 5 Butirato 35, 0 8,3 5, 6 5, 7 0, 6 moles/100 moles Exemplo 6
Como ilustrado na Tabela 6, os ácidos beta diminuem significativamente protozoários, tal como Isotrichia em 86% e Entodiniomorph em cerca de 25% na fermentação de cevada. A purina bacteriana, que é uma medida das bactérias totais, mostra um decréscimo significativo de 60% na fermentação de cevada. Não parece haver qualquer efeito nos protozoários da alfafa e na purina bacteriana da alfafa pelos ácidos beta. Mais uma vez, a redução dos niveis de protozoários e de bactérias significa mais alimento e energia para o crescimento dos animais. 13
Tabela 6: Determinação de microrganismos in vitro Nível de ácidos beta, ppm
Item 0 1,25 LO CM 3, 75 SE Cevada Protozoários x 103 Isotrichia, n°/mL 14, 0 9, 7 2, 0 1, 7 3,4 Entodiniomorph spp n°/mL 10,0 11, 7 7, 7 4, 7 2, 7 Purina bacteriana, mg/tubo 63,3 28,5 25, 9 23, 7 5, 7
Alfafa
Protozoários x 103
Isotrichia, n°/mL 1,0 O 1—1 4,0 2, 7 0,7 Entodiniomorph spp n°/mL 1,7 1, 7 3,3 1, 7 0, 9 Purina bacteriana, mg/tubo 49,8 44, 1 33,1 38, 1 5,7
Exemplo 7
Como ilustrado na Tabela 7, o efeito dos ácidos de lúpulo na produção de gás, produção do produto final e crescimento microbiano na fermentação in vitro foi demonstrada em alfafa. Os ensaios incluíram um grupo C de controlo tratado sem ácidos alfa ou ácidos beta, o grupo A que recebeu 2 ppm de ácidos alfa, o grupo B que recebeu 2 ppm de ácidos beta, o grupo H que recebeu 2 ppm de ácidos hexa-hidroisoalfa, o grupo I que recebeu 2 ppm de ácidos isoalfa, o grupo R que recebeu 2 ppm de ácidos ro-isoalfa, o grupo T que recebeu 2 ppm de ácidos tetra-hidroisoalfa e o grupo M que recebeu 6 ppm do antibiótico monensina disponível da Eli Lilly de Indianapolis, Indiana. 0 rúmen é o sítio principal de acção da monensina na vaca. A monensina está disponível em várias formas para utilização em 14 bovinos e está disponível para utilização em bovinos para carne e novilhos desde há cerca de 20 anos. Pode ser incorporada em alimentos como um pó ou ser administrada como um bolus ruminai pela utilização de um dispositivo de geometria variável, também chamado uma cápsula de libertação controlada. A cápsula consiste num cilindro de plástico com asas dobráveis numa extremidade, que permitem que a cápsula fique retida no rúmen. Estas cápsulas, que contêm 32 g de monensina libertada durante 100 dias, têm-se revelado um meio útil para a realização de grandes ensaios controlados aleatórios. Uma taxa de inclusão típica para a monensina na ração é de 10 a 30 mg por kg de ração acabada. A monensina actua diminuindo selectivamente as populações de certas bactérias do rúmen. Faz isso por modificação do movimento de iões através das membranas celulares. As bactérias Gram positivas do rúmen produzem hidrogénio, amoníaco, lactato, acetato e metano e são mais sensíveis à monensina, enquanto as bactérias gram-negativas que produzem propionato e succinato são menos susceptíveis. As diferenças na estrutura da membrana celular entre as bactérias gram-positivas e gram-negativas são principalmente responsáveis pelas sensibilidades diferentes das bactérias à monensina. Algumas espécies de bactérias gram-positivas, no entanto, adaptam-se ao longo do tempo à presença de monensina e algumas espécies de bactérias gram-negativas são sensíveis a concentrações elevadas de monensina. As bactérias gram-positivas produzem menos metano quando a monensina é adicionada à dieta.
Como ilustrado na Tabela 7, praticamente todos os seis ácidos de lúpulo testados mostraram efeitos positivos sobre a fermentação no rúmen. Embora os ácidos alfa e os ácidos ro-isoalfa não reduzissem a taxa de produção de gás total, os 15 ácidos beta (grupo B), os ácidos hexa-hidroisoalfa (grupo H), os ácidos isoalfa (grupo I) e os ácidos tetra hidroisoalfa (grupo T) sofreram uma redução da taxa de produção de gás, produção de gás total e fermentação. A monensina não reduziu a produção de gás, a produção total de gás e a fermentação.
Em relação aos produtos finais produzidos, o pH foi mais básico com a introdução de ácidos isoalfa no grupo I e manteve-se constante com a introdução de ácidos alfa mistos. Não se observou queda do pH em qualquer dos grupos. A produção de lactato, um intermediário para propionato, aumentou quando a fermentação de alfafa foi tratada com ácidos beta (grupo B), ácidos hexa-hidroisoalfa (grupo H), ácidos isoalfa (grupo I) e ácidos tetra-hidroisoalfa (grupo T). A produção de ácidos gordos voláteis (VFA) diminuiu em todos os grupos e mais acentuadamente no grupo I. No entanto, a produção de ácidos gordos específicos para acetato aumentou para os ácidos alfa e e os ácidos ro-isoalfa, o propionato aumentou em todos os grupos, excepto para ácidos alfa. 0 butirato aumentou apenas com ácido ro-isoalfa, e a produção de valerato não aumentou em qualquer dos grupos. Os níveis de propionato foram significativamente aumentados com ácidos beta, ácidos isoalfa, ácidos tetra-hidroisolalfa e monensina. Isto pode ser uma função do aumento de lactato, um intermediário na produção de propionato. No que diz respeito às medições microbianas, verificou-se que a monensina eliminou mais eficazmente protozoários e purinas bacterianas do rúmen artificial. Com a exclusão de monensina, só o grupo A apresentou qualquer redução das purinas bacterianas. 16
Tabela 7. Efeitos dos ácidos de lúpulo na fermentação in vitro - alfafa
Tratamento
Grupo C A B H I R T M SE Desaparecimento DM, i 03 a 62ab 53c 46' 36f 53c 41e 60b 1,0 NDF, % 59a 40b 27bc 17cd 2d 31bc 9d 32bc 5,6 Produção de gás Taxa, %/h 9,2a 9,2a 9,0° 9,0C 9, lb 9,0C 9, lb 9,2a 0,0 Total, mL/72 h 304a 328a 262b 242b 150d 307a 202c 320a 12,6 mg/g de fermentado 238b 265a 246b 261ab 207b 287a 247b 263ab 14,6 Produtos finais PH 5,7a 5,7C 6,0° 6,2C 6,6a 6,ld 6,4b 5,8£ 0,0 Lactato, g/mL 52d 48d 63d 83b 168a 46d 68c 38d 5,3 VFA, mol/mL 269a 257a 184c 173c 132d 184c 146d 215b 4,9 Acetato, 1 molar 63b 65a 54c 61c 57d 64ab 56d 60c 0,4 Propionato, ! molar 20f 20b 38a 27d 37b 22c 39a 31c 0,2 Butirato, 1 molar 10b 10b 6C 10b 5d 13a 4e 6C 0,2 Valerato, % molar 2a 2a lb lb 0C lb 0C 2a 0,1 Medições microbianas Protozoários x 103 Isotrichia, n°/mL 2a 2a 0,3b 0,3b 0C 0,3b 0,7b 0C 0,5 Entodínía, n°/mL 20a 22a 14ab 13ab 22a 9b 21a 6C 2,7 Purinas bacterianas (mg/tubo) 3,2bc 3,lbc 3,4abc 5,0a 4,7ab 3,2bc 4,0abc 2,6C 0,4 (C) Controlo; (A), ácidos alfa (2 ppm); (B) ácidos beta (2 ppm); (H) ácidos hexa-hidroisoalfa (2 ppm); (I) ácidos isoalfa (2 ppm); (R) ácidos ro-isoalfa (2 ppm), (T) ácidos tetra-hidroisoalfa (2 ppm) e (M) antibiótico monensina (6 ppm), abc Médias com diferentes índices superiores diferem (P <0,01)
Exemplo 8
Como ilustrado na Tabela 8, o efeito de ácidos de lúpulo na produção de gás, na produção de produtos finais e no crescimento microbiano na fermentação in vitro foi demonstrado em cevada. Os ensaios incluíram um grupo de controlo C tratado sem ácidos alfa ou ácidos beta, o grupo A que recebeu 2 ppm de ácidos alfa, o grupo B que recebeu 2 ppm de ácidos beta, o grupo H que recebeu 2 ppm de ácidos hexa-hidroisoalfa, o grupo I que recebeu 2 ppm de ácidos isoalfa, o grupo R que recebeu 2 ppm de ácidos ro-isoalfa, o grupo T que recebeu 2 ppm de ácidos tetra-hidroisoalfa e o grupo M que recebeu 6 ppm do antibiótico monensina. A Tabela 8 mostra os efeitos dos ácidos amargos de lúpulo sobre produção de gás, a produção de produtos finais e o crescimento microbiano na fermentação in vitro de cevada. Como ilustrado na Tabela 8, a introdução de ácidos alfa não reduziu a taxa de produção total de gás. Os ácidos isoalfa e os ácidos tetra-hidroisoalfa sofreram uma redução na taxa de produção de gás e todos os grupos sofreram uma redução da quantidade total de gás produzido num período de 72 horas.
No que diz respeito aos produtos finais produzidos, como acontece com a alfafa, o pH era sobretudo básico com a introdução de ácidos isoalfa. 0 pH permaneceu constante com a introdução dos ácidos tetra-hidroisoalfa. Todos os outros grupos tornaram-se mais ácidos. A produção de lactato aumentou em todos os grupos, excepto no da monensina. 0 aumento mais acentuado ocorreu no grupo I, que também era o grupo mais básico. A produção de ácidos gordos 18 voláteis (VFA) diminuiu nos grupos B e T e, como no caso da alfafa, mais acentuadamente no grupo I. 0 propionato só aumentou nos grupos B, I e T. 0 butirato diminuiu em todos os grupos em relação ao controlo. Parece que o ácido específico que é mais afectado pela introdução de ácidos alfa ácidos e beta dentro do rúmen artificial contendo cevada é o butirato.
No que diz respeito às medições microbianas, não se observou qualquer efeito no decréscimo de purinas bacterianas com a introdução de qualquer dos ácidos alfa ou ácidos beta. 19
Tabela 8. Efeitos dos ácidos de lúpulo na fementação in vitro - cevada
Tratamento 2 Ο
Grupo C A B H I R T M SE Desaparecimento DM, % 85a 78c 74d 72e 69f 70c 72dc 83b ou Amido, % 98ab 100a 97bc 98ab 89b 92d 94ci 99a 0,0 Produção de gás Taxa, %/h 9,0bc 9,1a 9,2 a 9,0bc 8,9d 9,f 8,9d 9, lb 0,0 Total, mL/72 h 345a 278d 246e 295ci 316b 297bcd 303bc 336a 6,5 mg/g de fermentado 208° 187d 171e 213bc 238a 222b 218bc 212b 4,0 Produtos finais PH 5,lb 4,8e 4,7£ 4,9d 5,2a 4,9d 5,lb 5,0° 0,0 Lactato, g/mL 50b 58ci 78abc 62cd 95ab 108a 78abc 36d 9,1 VFA, mol/mL 257b 277a 227c 261b 201d 257b 211d 263b 3,8 Acetato, \ molar 32d 43b 37c 39c 25e 46a 24e 32d 0,9 Propionato, ! molar 24c 20d 37a 20d 29b 16e 30b 24c 0,9 Butirato, \ molar 33 a 24c 14e 28b 23d 29b 22d 28b 0,5 Valerato, % molar 8d 12c llc 12c 23a 8d 24a 14b 0,5 Medições microbianas Protozoários x 103 Isotrichia, n°/mL OU 0,3 0 0,3 0,3 0,3 0 0 0,3 Entodinia, n°/mL 82a 41b 43b 33b 50b 35b 37b 38b 6,0 Purinas bacterianas (mg/tubo) 1,3C 1,8b 2,0ab 2,lab l,7b 2,0ab 1,3b l,5b 0,1 (C) Controlo; (A), ácidos alfa (2 ppm); (B) ácidos beta (2 ppm); (H) ácidos hexa hidroisoalfa (2 ppm); (I) ácidos isoalfa (2 ppm); (R) ácidos ro-isoalfa (2 ppm), (I) ácidos tetra-hidroisoalfa (2 ppm) e (M) antibiótico monensina (6 ppm). abc Médias com diferentes índices superiores diferem (P <0,01)
Exemplo 9
Como ilustrado na Tabela 9, o efeito dos ácidos de lúpulo da produção de gás, produção de produtos finais e crescimento microbiano na fermentação in vitro foi demonstrado em cevada. Os ensaios incluíram um grupo C de controlo tratado sem ácidos alfa ou ácidos beta, o grupo A que recebeu 2 ppm de ácidos alfa, o grupo B que recebeu 2 ppm de ácidos beta, o grupo H que recebeu 2 ppm de ácidos hexa-hidroisoalfa, o grupo I que recebeu 2 ppm de ácidos isoalfa, o grupo R que recebeu 2 ppm de ácidos ro-isoalfa, o grupo T que recebeu 2 ppm de ácidos tetra-hidroisoalfa e o grupo M que recebeu 6 ppm do antibiótico monensina.
Como ilustrado na Tabela 9, a taxa e a produção total de gás diminuiu em todos os grupos, excepto no controlo e na monensina.
No que diz respeito aos produtos finais produzidos, como com alfafa e cevada, o pH foi mais básico com a introdução de ácidos isoalfa. Todos os outros grupos se tornaram mais ácidos. A produção de lactato aumentou em todos os grupos. 0 aumento mais acentuado foi no grupo R. Em comparação com cevada e alfafa, observou-se maior número de grupos que apresentaram redução da produção de ácidos voláteis (VFA). A produção de VFA diminuiu nos grupos B, Η, I e T. 0 propionato aumentou só nos grupos B, I e T. Só o valerato aumentou em todos os compostos testados. 21
No que diz respeito às medições microbianas, só em em comparação com cevada e alfafa houve apresentação de alguma diminuição das purinas bacterianas para todos os grupos excepto o da monensina. Além disso, demonstrou-se que a Entodinia diminuiu em todos os grupos excepto no da monensina. 22
Tabela 9. Efeitos dos ácidos de lúpulo na fementação in vitro - milho
Tratamento
Grupo C A B H I R T M SE Desaparecimento DM, % 90a 85b 80c 76d 62 73a 73a 91a 0,7 Amido, % 91ab 89ab 80bc 79bc 54e 65da 68ci 95a 0,4 Produção de gás Taxa, %/h 9,1a 9,0a 9,0a 9,0a 8,9b 9,0a 8,9b 8,9b 0,0 Total, mL/72 h 368b 309c 283de 288d 275c 293d 313a 398a 3,8 mg/g de fermentado 212c 187d 187d 196d 235a 210c 224b 233ab 3,3 Produtos finais PH 5,lb 4,7g 4,8f 4,9a 5,2 a 4,9d 5,0a 5,0C 0,0 Lactato, g/mL 22c 87b 73b 64b 86b 152a 66b 58bc 13,2 VFA, mol/mL 241bc 284a 231cd 240bc 188e 245bc 221d 258b 6,0 Acetato, \ molar 35c 41a 32d 35cd 29a 38b 25£ 26£ 0,8 Propionato, 1 molar 28a 17£ 39a 20ie 37b 22d 36b 20a 0,7 Butirato, \ molar 27a 30b 16a 30b 18d 29b 18d 35 a 0,5 Valerato, % molar 6f 12d 12d 15c 16bc 10a 20a 17b 0,5 Medições microbianas Protozoários x 103 Isotríchía, n°/mL 0,3 0 0 0U 0,7 0 0 0,7 0,4 Entodinia, n°/mL nd 27bad 22ci 40a 37ab 37ab 37ab 28bc 3,5 Purinas bacterianas (mg/tubo) l,2ab l,labc 0,9abc 0,8b l,0abc 0,6C 0,9abc 1,4a 0,1 (C) Controlo; (A), ácidos alfa (2 ppm); (B) ácidos beta (2 ppm); i )H) ácidos hexa hidroisoalfa (2 ppm); (I) ácidos isoalfa (2 ppm); (R) ácidos ro-isoalfa (2 ppm), (I) ácidos tetra-hidroisoalfa (2 ppm) e (M) antibiótico monensina (6 ppm). abc Médias com diferentes índices superiores diferem (P <0,01)
Os ácidos de lúpulo podem ser utilizados para aumentar a absorção de alimentos e a absorção de energia de rações por aves de capoeira, tais como galinhas e perús, por administração dos ácidos de lúpulo para ingestão oral aos animais por mistura dos ácidos de lúpulo com a ração. Os ácidos são misturados com a ração numa quantidade suficiente para inibir certos tipos de bactérias indesejáveis no sistema digestivo. Misturar os ácidos de lúpulo com ração para aves de capoeira também pode evitar que as aves apresentem susceptibilidade a várias doenças bacterianas e causadas por protozoários. Uma quantidade eficaz de ácidos de lúpulo variando de cerca de 1 ppm a cerca de 30 ppm em ração para aves pode aumentar a absorção de energia e inibir certos tipos de bactérias e protozoários. Além disso, uma gama de cerca de 1 ppm a cerca de 2 0 ppm, ou de cerca de 1 ppm a cerca de 10 ppm, ou de cerca de 1 ppm a cerca de 5 ppm, ou cerca de 2 ppm de ácidos de lúpulo em ração para aves pode aumentar a absorção de energia e inibir certos tipos de bactérias e protozoários.
Como um exemplo de aves de capoeira, a galinha tem um sistema digestivo simples, com poucos ou nenhuns microrganismos que vivem no sistema digestivo para ajudar a digerir alimentos como nos ruminantes, tal como gado bovino. As galinhas dependem de enzimas para ajudar na digestão dos alimentos de modo a que possam ser absorvidos, de modo muito semelhante aos humanos. O papo é uma bolsa formada a partir do esófago para servir como uma área de armazenagem para os alimentos até poder ser passado para digestão na moela e intestinos. O proventrículo é o verdadeiro estômago da ave a partir do qual 24 é segregado ácido clorídrico e pepsina para ajudar na digestão. Os músculos da moela são extremamente fortes e são utilizados para moer ou triturar as partículas dos alimentos. Este processo é facilitado pela presença de grãos de areia e cascalho apanhados pela ave. A digestão e absorção dos alimentos ocorre principalmente no intestino delgado. 0 intestino delgado é semelhante para os mamíferos, há duas bolsas cegas ou ceco, de cerca de 3-4 polegadas de comprimento na junção do intestino delgado e do intestino grosso. 0 intestino grosso é curto, consistindo sobretudo no recto com cerca de 3-4 polegadas de comprimento. 0 recto esvazia para a cloaca e as fezes são excretadas através do orifício anal. Normalmente leva cerca de 2,5 horas para os alimentos passarem através do tracto digestivo desde o bico até à cloaca.
Como o gado, os frangos sofrem de uma dieta contaminada com bactérias e protozoários. Por exemplo, a coccidiose é uma doença comum encontrada nos frangos. Ocorre quando um frango consome protozoários coccidia. A coccidiose causa lesões no tracto digestivo dos frangos que mais tarde são infectados pelas bactérias gram-positivas Clostridium perfringens. Esta combinação faz com que muitos frangos fiquem muito doentes e até que morram. São utilizados baixos níveis de antibióticos na alimentação dos frangos para matar os protozoários coccidia e as bactérias gram-positivas clostridia. Dado que os ácidos de lúpulo também são eficazes no controlo do crescimento de bactérias gram-positivas e protozoários, é provável que os frangos possam beneficiar de uma dieta contendo ácidos de lúpulo. 25
Exemplo 10
Sete amostras de ácidos de lúpulo foram testadas quanto à concentração inibidora mínima (MIC) em ensaios contra uma estirpe de Clostridium perfringens. A estirpe de C. perfringens (CP-6) foi obtida de Colorado Quality Research, Inc. A cultura bacteriana e todos os ácidos de lúpulo foram refrigerados até à utilização. Os sete ácidos de lúpulo foram analisados (identificado adiante pela marca comercial). Todos tinham aproximadamente a concentração de 1%:
Isohop™; 1,0%
Betastab™ 10A; 0,96%
Alphahop™; 0,93%
Tetrahop™; 1,0%
Hexahop™; 0,97% HHBA™; 1,0%
Redihop™; 1,0% C. perfringens CP-β foi propagado anaerobicamente em BHI (pH 7,2). O crescimento foi feito durante 24 h a 35-37 °C.
Após 2 4 h, a população da cultura mãe era aproximadamente 108 ufc/mL.
Os ácidos de lúpulo foram adicionados a tubos de 10 mL de BHI para concentrações finais de 80 pg/mL. Adicionou-se cloranfenicol a um tubo de 10 mL numa concentração final de 80 pg/mL como controlo positivo. Os tubos foram inoculados com 100 pL da cultura mãe e incubados anaerobicamente a 35-37 °C durante 24 h. 26
Para o estudo da MIC, diluições de duas vezes de cada ácido de lúpulo foram adicionadas a tubos de 10 mL de BHI, partindo de uma concentração alta de 80 pg/mL e uma concentração baixa de 2,5 pg/mL. Utilizou-se cloranfenicol a 80 pg/mL como o controlo positivo. A cultura foi inoculada para uma concentração final de 3,0 x 106 ufc/mL e os tubos foram incubados como acima. Às 24 h, foram lidas as densidades ópticas a 405 nm e determinadas as populações celulares.
Para ácidos de lúpulo que apresentam inibição completa de 2,5 pg/mL, foram realizados esquemas de diluição adicionais a 1,25, 0,625, 0,312 e 0,156 pg/mL.
Todos os ácidos de lúpulo apresentaram inibição completa de C. perfringens CP-6 a 80 pg/mL. A tabela seguinte mostra a MIC para todos os ácidos de lúpulo testados.
Ácido MIC Isohop™ 63,0 pg/mL Betastab™ 5, 7 pg/mL Alphahop™ 56,0 pg/mL Tetrahop™ 14, 0 pg/mL Hexahop™ 7,5 pg/mL HHBA™ 0,39 pg/mL Redihop™ 53,0 pg/mL
Para a propagação de C. perfringens CP-6, BHI (pH 7,2) foi considerado adequado. A população da cultura atingiu 108 ufc/mL em 24 horas quando incubadas anaerobicamente a 35-37 °C. Para assegurar que o ensaio estava a funcionar correctamente, a cultura foi desafiada com 80 pg/mL de cada um 27 dos ácidos de lúpulo em BHI. Nesta concentração, todos os ácidos de lúpulo apresentaram inibição completa da cultura.
Os ensaios da MIC mostraram que HHBA™ (MIC 0,39 pg/mL) foi superior a todos os outros ácidos de lúpulo na inibição de C. perfringens CP-6 a pH 7,2. Apresentou uma MIC praticamente 15 vezes maior do que a do ácido de lúpulo mais eficaz seguinte, Betastab™. O Betastab™ (MIC 5,7 pg/mL) e Hexahop™ (MIC 7,5 pg/mL) foram os dois ácidos de lúpulo mais eficazes seguintes. O Tetrahop™ apresentou um nivel médio de inibição (MIC 14,0 pg/mL), enquanto o Isohop™ (MIC 63,0 pg/mL), o Alphahop™ (MIC 56,0 pg/mL) e o Redihop™ (MIC 53,0 pg/mL) foram os menos inibidores. É evidente deste estudo especifico que o ácido de lúpulo mais eficaz na inibição de C. perfringens CP-6 a pH 7,2 é HHBA™. O Betastab™ e o Hexahop™ também foram fortemente inibidores nas condições do estudo.
Com base nos resultados do Exemplo 10 acima, crê-se que os ácidos de lúpulo podem ser adicionado à ração de aves de capoeira para proteger as aves de capoeira de uma variedade de doenças bacterianas que podem ser adquiridas através da alimentação infectada. Frangos, perús e outras aves são susceptiveis às seguintes doenças bacterianas: 1. Infecções por coliformes. Problemas atribuídos a infecções por coliformes são frequentemente causadas por estirpes do organismo Escherichia coli. As principais vias de invasão do organismo são o aparelho respiratório e o tracto gastrointestinal. Os problemas podem resultar de uma infecção por coliformes individuais como numa infecção primária ou em 28 combinação com outros agentes de doenças como uma infecção complicada ou secundária. As infecções secundárias vulgarmente ocorrem como parte da sindrome da doença do saco de ar clássica como uma complicação com infecções por Mycoplasma gallisepticum. Há muitas estirpes ou tipos serológicos diferentes dentro do grupo de bactérias E. coli. Muitas são habitantes normais do trato intestinal de frangos e perús e consequentemente são organismos comuns no ambiente das aves. Existe uma variação acentuada entre as diferentes estirpes quanto à sua capacidade de causar doença. Algumas são graves e por si só podem causar a doença, enquanto outras são supostamente inofensivas. Existem todos os graus de patogenicidade entre os dois extremos. 2. Cólera aviária. 0 organismo causador da cólera aviária é Pasteurella multocida. As principais fontes de infecção incluem a água e rações contaminadas. No passado, as bacterinas administradas adequadamente são úteis na prevenção de cólera aviária, particularmente em perús. A sua utilização deve ser combinada com um programa de saneamento rígido. Embora os fármacos normalmente alterem o curso de um surto de cólera aviária, as aves afectadas permanecem portadoras e a doença tem uma tendência a recorrer quando o tratamento é interrompido. Isto pode necessitar de tratamento prolongado com fármacos adicionados à ração e à água. Os fármacos sulfa e os antibióticos de espectro largo (penicilina) geralmente controlam as perdas. 3. Enterite necrótica. A enterite necrótica é uma doença aguda que produz uma destruição acentuada da mucosa intestinal 29 do tracto digestivo. Nomes comuns, tais como intestino podre e intestino couve-flor descrevem com precisão o estado. A causa da doença é Clostridium perfringens, uma bactéria em forma de bastonete formadora de esporos. Os organismos bacterianos e as suas toxinas são a principal causa, mas a coccidiose pode ser um factor contributivo. A maior parte das lesões da mucosa intestinal é aparentemente devida a toxinas produzidas pelos organismos bacterianos.
No passado, a bacitracina ou a virginiamicina eram tratamentos eficazes administrados na ração. A bacitracina também pode ser administrada na água de beber. 0 tratamento de suporte com vitaminas pode aumentar a eficácia dos tratamentos. 4. Enterite ulcerosa. A enterite ulcerosa é uma infecção aguda ou crónica de aves de caça, frangos, perús e outras aves domésticas. A causa da doença é Clostridium colinum, um bastonete bacteriano formador de esporos. A infecção espalha-se para as aves saudáveis pelas fezes de aves doentes ou portadoras.
No passado, a bacitracina e a penicilina são os fármacos mais eficazes no tratamento e prevenção desta doença. Se fosse utilizada bacitracina, era recomendada a incorporação na ração a níveis de até 200 gramas por tonelada de ração. A adição de bacitracina à água, à taxa de uma colher de chá por galão foi recomendada para controlar um surto da doença. A penicilina também é utilizada para tratar a doença se bacitracina não for eficaz. 30 5. Pulorose. A pulorose é uma doença bacteriana infecciosa, aguda ou crónica que afecta principalmente frangos e perús, mas a maioria das aves domésticas e selvagens podem ser infectadas. A causa é uma bactéria chamada Salmonella pullorum. Os organismos causadores da doença podem entrar na ave através dos sistemas respiratório (como na incubadora) ou digestivo. 6. Tifose aviária. A tifose aviária é uma doença bacteriana infecciosa, contagiosa que geralmente é aguda, mas por vezes crónica. Afecta a maioria das aves domésticos e selvagens incluindo frangos, perús, patos, pombos, faisões e outras aves de caça. A causa é a bactéria Salmonella gallinarum. Os organismos causadores da doença podem entrar na ave através dos sistemas respiratório ou digestivo. A prevenção e o controlo dependem fortemente das práticas básicas de prevenção de doenças, incluindo os pintos para incubação provenientes de bandos isentos da doença, prática rigorosa de saneamento na quinta, fornecimento de alimentação e água limpos, e eliminação adequada de todas as aves mortas. 0 organismo causador pode viver fora do corpo da ave durante, pelo menos, seis meses, exigindo por isso cuidados de gestão adicionais para quebrar o ciclo da doença. Não se pode depender dos fármacos como um meio de prevenção da tifose e não são recomendados para o efeito. As aves infectadas podem ser salvas utilizando os mesmos fármacos que os utilizados como salvar aves infectadas com pulorose. 7. Botulismo. 0 botulismo é uma doença causada pela ingestão de uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Todas as aves domésticas e a maioria das aves 31 selvagens são susceptíveis aos efeitos da toxina. Muitas mortes de humanos também foram atribuídos ao consumo de alimentos ou de água contendo a toxina. 0 botulismo não é uma infecção bacteriana, mas um estado produzidao por um subproduto do crescimento bacteriano. 0 organismo é comum na natureza e está amplamente disperso em solos. A ingestão de o organismo não é prejudicial. Torna-se perigosa apenas guando as condições são favoráveis para o seu crescimento e subsequente formação da toxina. 0 organismo cresce melhor com humidade elevada e temperatura relativamente elevada e num ambiente contendo matéria orgânica (vegetal ou animal) em decomposição. 0 organismo requer um ambiente em que todo o oxigénio atmosférico esteja eliminado. 0 organismo não se pode multiplicar na presença de ar. 0 botulismo resulta depois de ser consumido o material animal ou vegetal em decomposição contendo a toxina. A toxina é uma das mais potentes descobertas pelos cientistas. A toxina é relativamente termicamente estável, mas pode ser destruída por fervura. Existem diferentes tipos de toxina; os tipos A e C causam a doença em aves enquanto o tipo B produz frequentemente a doença no homem.
Os ácidos de lúpulo podem ser adicionados à alimentação de aves de capoeira para proteger as aves de capoeira de uma variedade doenças causadas por protozoários que podem ser adquiridas através de alimentação contaminada. Frangos, perús e outras aves são susceptíveis às seguintes doenças causadas por protozoários. 32 1. Coccidiose. Como discutido acima, a coccidiose é uma doença das aves causada por um animal microscópico ou protozoário causada por animais microscópicos chamados coccidios. Existem muitas espécies de coccidios que podem infectar aves, animais domésticos e humanos. Cada espécie de coccidio é especifica do hospedeiro e não infecta uma grande variedade de animais. Os frangos são susceptíveis a qualquer das nove espécies de coccidios, os perús são susceptíveis a sete espécies e as codornízes são sensíveis a, pelo menos, quatro espécies diferentes de coccidios. A coccidiose é transmitida por contacto directo ou indirecto com fezes de aves infectadas. Quando uma ave ingere coccidios, os organismos invadem o revestimento do intestino e produzem lesões nos tecidos à medida que sofrem reprodução. 0 número de coccidios infecciosos consumidos pelo hospedeiro é um factor primário quanto à gravidade da infecção resultante. Uma infecção pode ser suficientemente leve para passar despercebida, enquanto uma dose infecciosa grande de coccidios pode produzir lesões graves que podem causar a morte. Os coccídeos são facilmente transmitidos de uma casa para outra em botas, roupas, pássaros soltos, equipamentos, sacos de ração, insectos e roedores infectados.
No passado, era melhor prevenida por adição de um fármaco, como um coccidiostático, à ração que controla o crescimento de coccidios no tracto digestivo. Mas os coccidiostáticos não devem ser utilizados indiscriminadamente e as recomendações devem ser seguidas de forma precisa. 2. Cabeça preta (histomonose, entero-hepatite). A cabeça preta é uma doença aguda ou crónica das aves causada por 33 protozoários, que afecta sobretudo o ceco e o fígado. A cabeça presta é causada por um protozoário parasita chamado Histomonas meleagridis. 0 organismo é passado no material fecal de aves infectadas. Organismos da cabeça preta que vivem livres não sobrevivem durante muito tempo na natureza, mas os dos ovos de vermes do ceco podem sobreviver durante anos. Portanto, a maior parte da transmissão de cabeça preta é considerada como devida à ingestão de ovos de vermes cecais infectados. Os frangos são frequentemente infectados sem evidenciar sinais da doença.
Os ácidos de lúpulo podem prevenir o crescimento ou diminuir o crescimento das bactérias e protozoários acima referidos, ajudando assim a prevenir, na prevenção ou no tratamento de aves susceptíveis às doenças acima referidas. A discussão apresentada acima é descritiva, ilustrativa e exemplificativa e não deve ser tomada como limitativa do âmbito definido por quaisquer reivindicações anexas.
Lisboa, 22 de Novembro de 2013 34

Claims (4)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Método para diminuir a produção de fontes de carbono não oxidadas num fluido do sistema digestivo dos animais de criação compreendendo: adição de ácidos de lúpulo à referida ração de animais de criação, administração aos animais de criação da referida ração para animais de criação misturada com ácidos de lúpulo em que os ácidos de lúpulo são seleccionados de pelo menos um do grupo que consiste em ácidos beta, ácidos isoalfa e ácidos tetra-hidroisoalfa.
  2. 2. Método da reivindicação 1, em que os ácidos beta são seleccionados de, pelo menos, um do grupo consistindo em lupulona, colupulona e adlupulona.
  3. 3. Método da reivindicação 1, em que a quantidade de ácidos de lúpulo é de cerca de 1 ppm a cerca de 30 ppm do fluido do sistema digestivo.
  4. 4. Método da reivindicação 1, em que os animais de criação são seleccionados do grupo consistindo em gado bovino, aves de capoeira, cavalos, porcos e animais de colecções zoológicas. Lisboa, 22 de Novembro de 2013 1
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