PT1404514E

PT1404514E - Processo para o fabrico de elementos decorativos de superfície

Info

Publication number: PT1404514E
Application number: PT02741585T
Authority: PT
Inventors: Christina Eriksson; Roland Larsson
Original assignee: Pergo Europ Ab
Priority date: 2001-06-28
Filing date: 2002-06-20
Publication date: 2007-08-21
Also published as: SE520783C2; EP1404514A1; DE60221531T2; US20040142107A1; EP1404514B1; ATE368566T1; DE60221531D1; DK1404514T3; SE0102306D0; US7622154B2; SE0102306L; ES2289115T3; WO2003002338A1

Description

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DESCRIÇÃO

"PROCESSO PARA O FABRICO DE ELEMENTOS DECORATIVOS DE SUPERFÍCIE" A presente invenção refere-se a um processo para o fabrico de elementos decorativos de superfície a partir de um núcleo fibroso.

Produtos revestidos com versões simuladas de materiais, como sejam madeira e mármore, são hoje em dia frequentes. São principalmente utilizados onde se desejem materiais mais baratos, mas também onde a resistência à abrasão, amolgadelas e diferentes agentes químicos e humidade, seja necessária. Como exemplo de tais produtos podem ser mencionados artigos para chão, rodapés, tampos de mesa, tampos de bancada e painéis de parede.

Como exemplo de um produto existente pode referir-se o laminado termoendurecido, que é constituído, na sua maior parte, por um determinado número de folhas de base, com uma folha decorada colocada mais perto da superfície. A folha decorada pode estar munida de uma decoração ou desenho desejados. Os padrões frequentemente usados representam geralmente a imagem de diferentes tipos de madeira ou de minerais, como sejam mármore ou granito. Existe uma necessidade constante de novos desenhos e até hoje tem sido muito caro e extremamente difícil conseguirem-se decorações, que mudem com o ângulo de visão, como o efeito iridescente, que se pode encontrar, por exemplo, nas opalas, na madrepérola e em determinadas madeiras, como a bétula polida. 2

De acordo com a presente invenção foi tornado possível o fabrico de elementos decorativos de superfície, em que a aparência da decoração se modificará com o ângulo de visão. 0 processo pode ser usado quando se fabricam elementos de superfície como sejam pranchas de soalho, painéis de parede e painéis de tecto. Consequentemente, a invenção refere-se a um processo para o fabrico de um elemento decorativo de superfície. 0 elemento compreende um núcleo de material fibroso, uma superfície decorativa superior e uma camada superior de verniz protector do desgaste. A invenção é caracterizada pelo facto de o processo compreender os passos de; a) Orientar a fibra o mais próxima possível da superfície superior, de acordo com um determinado padrão, b) Aplicar uma pigmentação à superfície superior e c) Aplicar uma camada de verniz protectora do desgaste à superfície superior.

Os pigmentos podem, de acordo com uma forma de realização da invenção, ser misturados com o verniz da camada de protecção contra o desgaste.

De acordo com a invenção a orientação das fibras é conseguida por meio da aplicação de um solvente líquido sobre a superfície superior. 0 solvente líquido é para isso aplicado segundo um padrão predeterminado. 0 solvente irá fazer com que as fibras se levantem no ponto em que é aplicado. 0 solvente líquido é adequadamente aplicado por meio de pelo menos um bico. Esse bico pode ser controlado de uma forma semelhante à de uma cabeça de impressão de uma impressora de jacto de tinta. 3

De acordo com uma forma de realização alternativa, o solvente líquido é aplicado por meio de um rolo de calandra com a superfície estruturada.

De acordo com uma segunda forma de realização alternativa, o solvente líquido é aplicado uniformemente sobre a superfície, após o que a superfície é comprimida por intermédio de um rolo de calandra com uma estrutura de superfície.

De preferência o solvente líquido é água ou álcool. 0 padrão pode simular o grão da madeira ou qualquer tipo de padrões baseados na fantasia. 0 tratamento prévio acima descrito resultará numa superfície constituída por superfícies densas e superfícies lanosas, as quais irão absorver e receber um verniz com diferentes resultados.

No passo seguinte do processo é aplicado à superfície superior um verniz, que contém pigmentos. 0 verniz pigmentado é adequadamente aplicado por meio de atomização pneumática ("airbrushing"), onde a pistola de aspersão é disposta com um ângulo de 5 - 80° em relação à superfície superior. O efeito visual pode ser tornado mais dramático por meio da aplicação do verniz pigmentado em dois ou mais passos, utilizando duas ou mais cores. Neste último caso o verniz pigmentado é aplicado a partir de uma direcção desviada da direcção em que a outra cor ou cores foram aplicadas. Será assim possível conseguir-se uma decoração, na qual a superfície com fibras, tratada conforme descrito acima, será por exemplo vermelha, quando seja vista a partir de uma primeira direcção e verde, quando vista a partir de uma direcção oposta, desde que essas duas cores 4 tenham sido aplicadas a partir de direcções diferentes. A porção mais densa da superfície terá tendência para apresentar a cor aplicada em último lugar.

Uma camada de protecção contra o desgaste é aplicada à superfície superior logo que a decoração fica pronta. A camada de protecção contra o desgaste é adequadamente constituída por um verniz curado por meio de um feixe de UV ou de electrões, como seja um verniz acrílico, epoxi ou de maleimida. A camada de protecção contra o desgaste é adequadamente aplicada em diversos passos, com cura intermédia, em que pelo menos a última é uma cura completa, enquanto que as primeiras são apenas parciais. Desse modo será possível conseguirem-se camadas espessas e planas. A camada de protecção contra o desgaste inclui, adequadamente, partículas duras, com um tamanho médio de partícula situado entre os limites de 50 nm - 150 pm. Partículas maiores, dentro dos limites de 10 pm - 150 pm, de preferência entre os limites de 30 pm - 150 pm, são utilizadas principalmente para se conseguir resistência à abrasão, enquanto que partículas de menores dimensões, situadas entre os limites de 50 nm - 30 pm, de preferência de 50 nm - 10 pm são usadas para se conseguir resistência aos arranhões. As partículas menores são aqui usadas mais próximas da superfície, enquanto que as maiores são distribuídas pela camada de protecção contra o desgaste. As partículas duras são adequadamente constituídas por carboneto de silício, óxido de silício, óxido de a-alumínio e semelhantes. A resistência à abrasão é desse modo substancialmente aumentada. Partículas situadas dentro dos limites dos 30 mm - 150 mm podem, por exemplo, ser pulverizadas sobre verniz ainda húmido de modo que fiquem 5 embebidas, pelo menos parcialmente, na camada de protecção contra o desgaste terminada. É por isso adequada a aplicação da camada de protecção contra o desgaste em diversos passos, com estações de pulverização intermédias, onde são adicionadas partículas à superfície. A camada de protecção contra o desgaste pode ser posteriormente curada. É também possível misturarem-se partículas mais pequenas, normalmente partículas com tamanhos inferiores a 30 μπι com um verniz Standard. Podem ser adicionadas partículas maiores se se encontrar presente um agente gelificante ou semelhante. Um verniz com partículas mais pequenas é adequadamente usado como revestimento das camadas superiores, mais próximas da superfície externa. A resistência aos arranhões pode ser melhorada por meio da pulverização com partículas muito pequenas, dentro dos limites de 50 nm - 1000 nm, da camada de verniz colocada mais acima. Também estas, as chamadas nano-partículas, podem ser misturadas com o verniz, o qual é aplicado numa camada fina com um elevado teor de partículas. Essas nano-partículas podem, além de carboneto de silício, óxido de silício e óxido de α-alumínio, ser constituídas por diamante.

Os elementos de superfície fabricados conforme descrito acima são adequadamente utilizados como material de cobertura de chão, onde a necessidade de estabilidade e de resistência aos arranhões e à abrasão seja grande. É possível também, de acordo com a presente invenção, utilizarem-se os elementos de superfície como material de decoração de paredes e tectos. Não será no entanto necessário aplicar, nestes últimos casos, revestimentos com uma espessa camada de resistência ao desgaste, com elevadas 6 quantidades de partículas duras, uma vez que a abrasão directa raramente ocorre em tais superfícies.

De acordo com uma forma de realização da invenção a camada de protecção contra o desgaste pode ser munida de uma superfície embutida. Isso é conseguido de modo adequado por meio da compressão de um ou mais rolos de calandra com superfícies estruturadas na direcção da camada de protecção contra o desgaste, antes de completada a fase de cura. Adequadamente é aplicada uma camada fina sobre a camada de protecção contra o desgaste estruturada. 0 revestimento superior é adequadamente constituído por verniz acrílico, epoxi ou de maleimida e possivelmente um aditivo sob a forma de partículas duras, com um tamanho médio de partícula situado entre os limites de 50 nm - 30 μτη. As partículas duras consistem preferivelmente de, por exemplo, óxido de silício, óxido de α-alumínio ou carboneto de silício.

De acordo com outra forma de realização da invenção, a camada de protecção contra o desgaste é constituída por pelo menos uma camada do chamado papel de cobertura impregnado com resina de formaldeído de melamina. Esse papel impregnado de cobertura ou os papéis superiores de cobertura, incluem adequadamente partículas duras com um tamanho médio de partícula situada entre os limites de 50 nm - 150 pm a fim de aumentar a resistência ao desgaste. As partículas duras são de preferência constituídas de, por exemplo, óxido de silício, óxido de alumínio ou carboneto de silício. A decoração pode, de acordo com uma forma de realização especial, ser melhorada por meio da aplicação de uma segunda decoração sobre a decoração de base. Isso 7 criará uma decoração tridimensional. Tal pode ser conseguido por meio da aplicação de uma camada de protecção contra o desgaste, a qual compreende uma pigmentação semi-translucida. A camada de protecção contra o desgaste pode também compreender uma decoração impressa. Essa decoração impressa pode portanto ser semi-translucida ou opaca, cobrindo apenas partes da superfície da camada de protecção contra o desgaste. Uma camada de protecção contra o desgaste de papel impregnado com melamina pode, evidentemente, incluir também o entalhe, conforme descrito acima. A camada de protecção contra o desgaste de papel impregnado de melamina é curada por meio de calor e pressão. Este processo de cura é adequadamente feito enquanto se junta a camada de protecção contra o desgaste à camada de base. A camada de base é de preferência constituída por uma placa de partículas ou uma placa de fibras, mas pode ser constituída, em alternativa, por um polímero, como seja poliuretano revestido com pasta de papel. É também possível utilizar-se uma camada de base constituída principalmente por um polímero, como seja o poliuretano e pasta de papel.

Lisboa, 7 de Agosto de 2007

Claims

1 REIVINDICAÇÕES 1. Processo para o fabrico de um elemento decorativo de superfície, elemento esse que compreende um núcleo de um material fibroso, uma superfície decorativa externa e uma camada superior de verniz de protecção contra o desgaste, caracterizado pelo facto de compreender os passos de; a) orientar a fibra mais próxima da superfície superior segundo um padrão predeterminado por meio da aplicação de um solvente líquido à superfície superior, b) aplicar pigmentação à superfície superior, c) aplicar verniz de protecção à superfície superior.

2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o solvente líquido ser aplicado segundo um padrão predeterminado.

3. Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de o solvente líquido ser aplicado por meio de pelo menos um bico.

4. Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo facto de o solvente líquido ser aplicado por meio de um rolo de calandra com a superfície estruturada.

5. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o solvente líquido ser aplicado de forma uniforme a toda a superfície, para o que a superfície é pressionada por intermédio de um rolo de calandra com uma estrutura de superfície. 2

6. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-5, caracterizado pelo facto de o solvente liquido ser água.

7. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-6, caracterizado pelo facto de ser aplicado à superfície superior um verniz, que contém pigmentos.

8. Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo facto de o verniz pigmentado ser aplicado por meio de aspersão pneumática.

9. Processo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo facto de o verniz pigmentado ser aplicado com um ângulo de 5 - 80° em relação à superfície superior.

10. Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo facto de o verniz pigmentado ser aplicado em dois ou mais passos e por serem utilizadas duas ou mais cores.

11. Processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo facto de o verniz pigmentado ser aplicado por meio de aspersão pneumática e por ser aplicada pelo menos uma cor, a partir de uma direcção desviada da direcção, da qual a outra cor ou cores foram aplicadas.

12. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 - 11, caracterizado pelo facto de a camada de protecção contra o desgaste ser constituída por um 3 verniz acrílico, epoxi ou de maleimida curável por meio de radiação.

13. Processo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo facto de a camada de protecção contra o desgaste ser aplicada em diversos passos, intermediados por curas parciais.

14. Processo de acordo com a a reivindicação 12 ou 13, caracterizado pelo facto de a camada de protecção contra o desgaste incluir partículas duras com um tamanho médio de partícula situado entre 50 nm - 150 μιη.

15. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 - 14, caracterizado pelo facto de um ou mais rolos de calandra com uma estrutura de superfície serem pressionados na direcção da superfície da camada de protecção contra o desgaste, antes de se completar o passo de cura.

16. Processo de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo facto de uma fina camada de cobertura ser aplicada por cima da camada de protecção contra o desgaste estruturada.

17. Processo de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo facto de o revestimento de topo ser constituído por verniz acrílico, epoxi ou de maleimida e possivelmente um aditivo, sob a forma de partículas duras com um tamanho médio de partícula dentro dos limites de 50 nm - 30 μιη. 4

18. Processo de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo facto de as partículas duras serem constituídas, por exemplo, por óxido de silício, óxido de α-alumínio ou carboneto de silício.

19. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 - 11, caracterizado pelo facto de a camada de protecção contra o desgaste ser constituída por pelo menos uma camada do chamado papel de cobertura impregnado com resina de formaldeído de melamina.

20. Processo de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo facto de a camada de protecção contra o desgaste incluir partículas duras com um tamanho médio de partícula situado dentro dos limites de 50 nm - 150 μιη.

21. Processo de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo facto de as partículas duras serem constituídas, por exemplo, por óxido de silício, óxido de alumínio ou carboneto de silício.

22. Processo de acordo com a reivindicação 19 ou 20, caracterizado pelo facto de a camada de protecção contra o desgaste compreender uma pigmentação semi-translucida.

23. Processo de acordo com a reivindicação 19 ou 20, caracterizado pelo facto de a camada de protecção contra o desgaste compreender uma decoração impressa. 5

24. Processo de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo facto de a decoração impressa ser semi-translucida.

25. Processo de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo facto de a decoração impressa ser opaca, cobrindo apenas partes da superfície da camada de protecção contra o desgaste.

26. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a camada de base ser constituída por uma placa de partículas ou uma placa de fibras.

27. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a camada de base ser constituída principalmente por um polímero, como seja poliuretano revestido com pasta de papel.

28. Processo de acordo coma reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a camada de base ser principalmente constituída por um polímero, como seja o poliuretano e pasta de papel. Lisboa, 7 de Agosto de 2007