PT103983B - Composições constituídas por polissacarídeos com actividade anti-viral e anti-adesão bacteriana, respectivas formulações, processo de elaboração das mesmas e suas utilizações - Google Patents
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Abstract
A PRESENTE INVENÇÃO REFERE-SE A COMPOSIÇÕES CONTENDO UM OU, PREFENCIALMENTE, DOIS POLISSACARÍDEOS COM ACTIVIDADE ANTI-VIRAL E ANTI-ADESÃO BACTERIANA, AS QUAIS SÃO ÚTEIS NA PROFILAXIA E/OU NO TRATAMENTO DE VIROSES E BACTERIOSES, QUANDO UTILIZADAS EM QUANTIDADES TERAPEUTICAMENTE EFICAZES. OS POLISSACARÍDEOS SULFATADOS SÃO COMPOSTOS NATURAIS COM BAIXA TOXICIDADE PARA OS MAMÍFEROS E QUE APRESENTAM UMA ACTIVIDADE ANTI-VIRAL E ANTI-ADESÃO BACTERIANA ELEVADA, COMPREENDIDA ENTRE 1 MICROGRAMA/ML E 100 MICROGRAMAS/ML. AS REFERIDAS COMPOSIÇÕES TÊM COMO CARACTERÍSTICA ÚNICA A UTILIZAÇÃO DE DIVERSOS POLISSACARÍDEOS DE ORIGEM VEGETAL, OU OUTRA, ENTRE OS QUAIS SE DESTACA O POLISSACARÍDEO DE PHORPHYRIDIUM SP., COM UM INCORPORAÇÃO ENTRE 20 MICROGRAMAS/ML A 100 MICROGRAMAS/ML, O QUE PERMITE A REDUÇÃO DA ACTIVIDADE ANTI-VIRAL ENTRE 40-80% E, DA ADESÃO BACTERIANA, ENTRE 50%-70%, DEPENDENDO DAS SINERGIAS OBTIDAS PELAS DIFERENTES COMBINAÇÕES ENTRE OS DIFERENTES POLISSACARÍDEOS.AS REFERIDAS COMPOSIÇÕES, OBJECTO DA PRESENTE INVENÇÃO, PODEM SER UTILIZADAS NAS INDÚSTRIAS FARMACÊUTICA, COSMÉTICA, ALIMENTAR E DE RAÇÕES.
Description
DESCRIÇÃO
COMPOSIÇÕES CONSTITUÍDAS POR POLISSACARÍDEOS
ACTIVIDADE A^TI-VIRAL E ΑΝΤΙ-ADESÃO BACTERIANA, RESPECTIVAS FORMULAÇÕES, PROCESSO DE ELABORAÇÃO DAS MESMAS E SUAS UTILIZAÇÕES.
Domínio técnico da invenção
A presente invenção diz respeito à obtenção de polissacarídeos, a partir de extractos de diferentes origens, os quais possuem actividades anti-viral e antiadesão bacteriana específicas, assim como aos seus processos de obtenção sob diferentes formulações e, respectivas utilizações.
As referidas composições podem ser utilizadas na produção de formulações das indústrias farmacêutica, cosmética, alimentar e de rações.
Antecedentes da Invenção
Existem, à data da presente invenção, muitos compostos que exibem uma potente actividade anti-viral in vitro e in vivo se bem que, na sua maioria, estes revelem ser demasiado tóxicos para poderem ser utilizados na pratica clínica. Por um outro lado, o alarmante aumento do número de bactérias resistentes a antibióticos torna a procura de novos meios de combate às infecções bacterianas numa estratégia imperativa. Geralmente as infecções víricas predispõem às infecções bacterianas, podendo estas ocorrer simultaneamente.
Inicialmente, pensava-se que os vírus estariam de tal forma associados às células que seria difícil, senão mesmo impossível, destruir os primeiros sem danificar as segundas. No entanto, com a descoberta dos primeiros medicamentos anti-virais em 1950, e com o seu primeiro uso clínico em 1962, tornou-se claro que a terapia anti-viral seria possível. Em finais dos anos 80, surgiu a descoberta do agar (um polissacarídeo sulfatado extraído de uma alga marinha vermelha) como um agente anti-viral. Mais tarde, vários estudos vieram suportar a hipótese de que estas moléculas podem inibir infecções virais por DNA ou RNA, podendo operar tanto na inibição da adesão do vírus a células não infectadas como na inibição da actividade virai em células já infectadas.
Assim, para além de aplicações ao nível de produtos dietéticos e de redução do colesterol, as algas marinhas vermelhas apresentam-se também como fonte viável de novos produtos farmacêuticos com actividade anti-viral, não só no tratamento de patologias dos seres humanos como também na indústria fitofarmacêutica.
Os retrovírus - vírus que possuem transcriptase inversa, e uma DNA polimerase dirigida por RNA - têm sido implicados em várias doenças humanas e animais. Embora existam muitos compostos que exibem uma potente actividade anti-viral in vitro ou em experiências animais, a maioria deles revelou-se demasiado tóxica para que fossem utilizados na prática clínica.
As doenças virais, incluindo as emergentes, constituem uma preocupação viroses crónicas e crescente em termos de saúde global. Como consequência, a descoberta de novos agentes anti-virais assume um carácter mais urgente do que no passado. Actualmente, só um número muito reduzido de algas foi avaliado quanto ás suas propriedades antivirais ou imunomodeladoras.
para uma
Uma classe mamíferos promissora polissacarídeos bactérias, interesse, produzidos de compostos naturais com baixa e, actualmente considerada como actividade anti-viral, é a toxicidade possuindo de alguns isolados a partir de leveduras, algas, plantas superiores e fungos. Com especial neste contexto, inserem-se os polissacarídeos por algumas espécies de algas vermelhas. Estes compostos mostraram uma actividade promissora contra vários vírus animais. Em geral, os polissacárideos que possuem potente actividade anti-viral são altamente sulfatados. 0 dextrano sulfatado e polissacarídeos de algas marinhas, por exemplo, demonstraram ser potentes inibidores in vitro do vírus HIV tipos 1 e 2. Estes polissacarídeos sulfatados inibem a actividade da transcriptase inversa purificada e da Rnase H, as quais são essenciais para a replicação dos vírus. Alguns estudos preliminares mostraram que os polissacarídeos algais exercem a sua acção inibidora num estádio muito precoce do ciclo de infecção vírica, enquanto que outros mostraram que estes polissacarídeos não interferem com a adesão do vírus ou com a sua capacidade de penetração, mas preveniram a síntese de proteínas virais.
Em 1991
Geresh e Malis verificaram uma potente actividade anti-viral num polis sacarídeo altamente sulfatado , extraído de uma alga vermelha. 0 polissacárideo, que consistia principalmente em xilose, glucose e galactose, exibia uma actividade anti-viral contra vários membros da família do vírus do herpes.
A actividade dos polissacarídeos sulfatados tem vindo a evidenciar a sua eficácia anti-viral, com resultados que suportam inclusivamente a existência de uma inibição selectiva da replicação do Hiv-1, e de uma acção em sinergia com fármacos anti-HIV (como o AZT).
Por outro lado, alguns tratamentos levados a cabo em pacientes com herpes dos tipos I e II mostraram também que, tanto em casos anteriores como posteriores a infecção com herpes, os sintomas associados foram aliviados.
O tratamento químico do herpes actua não só por bloqueio da replicação do DNA virai, mas interfere também com o DNA celular, o que pode conduzir a efeitos secundários negativos. Paralelamente, estudos reportam que vários vírus, entre os quais o vírus do herpes, desenvolveram já resistência a estes tratamentos.
Pelo contrário, quando aplicada uma medicação com base nos polissacarídeos de microalgas, esta mostrou ser menos tóxica, mais eficaz e com uma negligenciável probabilidade de desenvolver espécies virais resistentes, ou de provocar efeitos secundários adversos, com o seu uso prolongado.
A microalga vermelha unicelular Porphyridium cruentum, encapsulada por um envelope de polissacarideo composto por polissacarídeos sulfatados, altera o seu conteúdo nestes compostos sob diferentes condições do meio e dos parâmetros de cultura. Para além disso, há fortes evidências de que a eficácia dos exo-polissacarídeos desta microalga é superior na inibição de vários vírus, relativamente a outras espécies. Por outro lado, a extracelularidade dos polissacarídeos, sendo excretados, permite valorizar totalmente a produção destas microalgas, já que se pode recolher também a biomassa cujo interesse comercial, e valor acrescentado, são reconhecidos a nível de mercado.
investigação realizada por Fabregas et al., 1999 permitiu concluir que o exopolissacarídeo de P. cruentum foi um dos que apresentou uma maior inibição da taxa de replicação in vitro de diversos vírus. Esta mesma observação foi corroborada por estudos realizados por Talyshinsky et al., 2002, que verificaram que o polissacarídeo obtido de espécies de Porphyridium era mais eficaz na inibição da replicação e na transformação celular por retrovírus, e apresentava uma muito menor toxicidade celular, relativamente a polissacarídeos de outras origens. Por outro lado, os polissacarídeos sulfatados, nomeadamente, de Porphyridium possuem actividade anti-adesão bacteriana.
A formulação da presente invenção pode ser sólida ou líquida. Por exemplo, o polissacarídeo seco ou liofilizado pode ser formulado em pasta de dentes, pastilha elástica, cápsulas ou comprimidos. Os métodos de produção são conhecidos dos técnicos especialistas. Os métodos podem incluir o uso de excipientes farmacêuticos aceitáveis tais como: - ligantes, de volume, desagregantes, ou agentes molhantes, incluindo amido de milho pré-gelatinizado, hidroxipropil metilcelulose; agentes de volume: - lactose, celulose microcristalina, hidrogenofosfato de Cálcio; lubrificantes: - estearato de magnésio, talco, sílica, amido de batata ou amido glicolato de sódio, de lauril sulfato de sódio, manitol, lactose e amido.
Sumário da invenção
É objectivo da presente invenção produzir composições com actividade anti-viral e anti-adesão bacteriana as quais contenham:
• um polissacarídeo com actividade anti-viral, numa quantidade terapeuticamente eficaz, seleccionado de um grupo de polissacarídeos sulfatados, isolados de macroalgas (Fucus v e s i c u l o s i s ), ou de microalgas (Phorphyridium sp,
Porphyridium cruentum, aerugineum, Rho delia
Porphyridium purpureum, Porphyridium maculata, Rho delia reticulata,
Chlorella autotrophica,
Chlorella stigmatophora,
Chlorella capsulata
Achnanthes b r ev ip e s and
Achnanthe s e/ou de cianobactérias sp) ; ou de
Echinacea purpúrea;
• um polissacarídeo com actividade anti-adesão microbiana em quantidade terapeuticamente eficaz, compreendida entre 1 jxg/ml e 100 μς/ιπΐ, isolado e seleccionado de um grupo proveniente de um extracto aquoso de plantas (Mentha, Rosmarinus, Salvia, Thymus, Vitis vinífera) ou de macroalgas (Fucus vesiculosis), ou de microalgas (Phorphyridium sp, Porphyridium cruentum, Porphyridium purpureum, Porphyridium aerugineum, Rho delia maculata, Rhodella reticulata, Chlorella autotrophica, Chlorella stigmatophora, Chlorella capsulata, Achnanth e s brevipes and Achnanthes longipes, e/ou de cianobactérias (Spírulína sp) , e em quantidades de excipientes adequados para que se obtenham formulações tópicas.
Um dos referidos polissacarídeos é purificado a partir de um extracto aquoso de Phorphyridium sp., exibe uma absorção a 480 nm, após reacção com uma mistura de ácido sulfúrico fenol (1 parte de fenol a 5% (p/v) e 5 partes de · , concentrado), e possui um peso molecular entre 25 000 a 5.000. 000 Daltons.
A Tabela 1 mostra a actividade anti-viral do polissacarídeo (por nós isolado no laboratório), de Phorphyridium cruentum em comparação com dois fármacos antivíricos usados presentemente.
Tabela 1 | Actividade | anti-viral | comparativa, | do |
polissacarídeo diferentes vírus | obtido de | P orphyridium | cruentum, | com |
H. simplex vírus - 1 | H. simplex vírus-2 | ||||
V a c c i n i a vírus | Vesicular stomatitis vírus | H. simplex vírus - 1 KOS ACV* | |||
Phorphyridium cruentum | 67 | 11 | 16 | 33 | 78 |
Brivudin | ··' x <· | 175 | 10 | >250 | >250 |
Ribavirin | 182 | 151 | 88 | 112 | >250 |
* Vírus do Herpes simplex de tipo 1 resistente ao Acyclovir
A Tabela 1 mostra a actividade anti-viral comparativa com diferentes vírus, entre o polissacarídeo obtido de Porphyridium cruentum e dois fármacos antivirais utilizados presentemente observar, antiviral, antivirais testados,
H. Simplex de tipo 1. No entanto, acção do polissacarídeo é superior a esta última substância, contra o vírus do Herpes simplex de tipo 1 resistente ao Acyclovir.
na terapêutica clínica.
o polissacarídeo apresenta quando comparado com as comerciais, contra todos os exceptuando a acção do Brivudin
Como maior duas tipos de vírus contra o vírus do é possível actividade substâncias : de papel da placa dentária na formação de cáries, assim como, em doenças peridontais, está bem documentado. Neste particular, a interacção de três factores resulta em cárie dentária: superfície dentária susceptível, flora apropriada e um substrato adequado para a microflora. Evidência laboratorial e clínica apontam o Streptococcus mutans como o agente patogénico primário cariogénicas;
a sua virulência advém da sua capacidade para sintetizar um polissacarídeo extracelular. 0 ácido láctico, um produto secundário da síntese, contribui para desmineralização do esmalte dentário. Os mono dissacarídeos servem como principal substrato para processo. A placa dentária uma combinação destes polissacarídeos com microrganismos e glicoproteínas da saliva, e ainda de células de descamação da mucosa dentária serve como local de produção deste ácido (Merck Manual,
16th
Uma forma atractiva que constitui uma alternativa ás substâncias bactericidas é a utilização de agentes que interferem com a capacidade das bactérias aderirem aos tecidos do hospedeiro, dado que essa adesão é uma das fases iniciais do processo infeccioso. A validade desta abordaqem foi inequivocamente demonstrada em experiências realizadas numa grande variedade de animais, desde ratos a macacos, e recentemente também em humanos.
Dado os agentes anti-adesão não serem bactericidas, a propagação e o alastramento de estirpes resistentes é muito menos provável que ocorra, do que em resultado da exposição a agentes bactericidas, tais como antibióticos. Os fármacos anti-adesão, podem, deste modo, servir como um novo meio de combater doenças infecciosas.
Embora existam muitos compostos que exibem uma potente actividade anti-viral in vitro e in vivo em animais de maioria deles revelaram-se demasiado experiências, a tóxicos para serem utilizados na prática clínica.
Relativamente aos polissacarídeos provenientes de Porphyridium sp não foi encontrada qualquer referência na literatura científica à sua toxicidade.
Descrição geral da invenção
A presente invenção descreve um polissacarídeo com actividade anti-adesão microbiana em quantidade terapeuticamente eficaz, compreendida entre 1 μς/ιτιΐ e 100 μς/πύ, seleccionado de um grupo constituído por: extracto aquoso de plantas (Mentha, Rosmarinus, Salvia, Thymus, Vitis vinífera) ou macroalgas (Fucus vesiculosis), microalgas (Phorphyridium sp, Porphyridium cruentum, Porphyridium purpureum, Porphy ridium aerugineum, Rhodella maculata, Rhodella reticulata , Chlorella autotrophic a, Chlorella stigmatophora, Chlorella capsulata, Achnant h e s brevípes and Achnanthes longipes, e/ou cianobactérias (Spirulina sp) e quantidades efectivas de excipientes para construir uma formulação tópica.
As microalgas vermelhas são consideradas especialmente interessantes, já que dão origem a uma grande variedade de compostos bioquímicos. Os polissacarídeos sulfatados, presentes na parede celular destas algas, são usados como agentes floculantes, estabilizadores, espessantes e emulsificantes, nas indústrias química, alimentar, farmacêutica e cosmética. De entre várias vertentes no âmbito da Investigação e Desenvolvimento (I&D) actualmente decorrentes, contam-se nomeadamente aplicações em cores naturais (carotenóides e ficoeritrina), preparações antivirais para humanos e plantas e métodos de libertação controlada utilizando agar-agar e carragenina.
efeito anti-viral destes polissacarídeos é actualmente um dos mais promissores tópicos em áreas como a cosmética e a farmacêutica, em que o controlo da situação epidémica do vírus HIV e a erradicação dos efeitos debilitadores das infecções com herpes se apresentam como objectivos fundamentais.
Os virús contra os quais a presente invenção é potencialmente eficaz incluem o vírus do Herpes simplex, citomegalovírus humano, vírus do sarampo e vírus influenza.
Deste modo, pretende-se produzir um stick labial e um gel eficaz contra a infecção de Herpes simplex, desde o desenvolvimento de metodologias para obtenção dos compostos de origem biológica com actividade anti-viral, até s formulação galénica do produto final
Por outro lado, o alarmante aumento do número de bactérias resistentes a antibióticos torna a procura de novos os meios de combate ás infecções bacterianas, um imperativo. Uma forma atractiva é utilizar agentes que interferem com a capacidade das bactérias aderirem aos tecidos do hospedeiro, dado que essa adesão é uma das fases iniciais do processo infeccioso. A validade desta abordagem foi inequivocamente demonstrada em experiências realizadas numa grande variedade de animais, desde ratos a macacos, e recentemente também em humanos. Como os agentes anti-adesão não são bactericidas, a propagação e o alastramento de estirpes resistentes é muito menos provável que ocorra, do que em resultado da exposição a agentes bactericidas, tais como antibióticos. Os fármacos anti-adesão, podem, deste modo, servir como um novo meio de combater doenças infecciosas. Os polissacarídeos sulfatados, entre os quais se conta 0 polissacarídeo de Porphyrídí urn cruentum, exibem actividade anti-adesão bacteriana. Esta actividade parece dever-se à interacção entre o polissacarídeo e moléculas na superfície das células bacterianas, nomeadamente, as adesinas presentes à superfície da célula bacteriana.
As bactérias alvo da acção anti-aderente da presente invenção incluem: E. Coli, Helycobacter pylori, Streptococcus mutans e Staphylococcus aureus.
As infecções víricas são, em muitos casos, complicadas por infecções bacterianas e o inverso também é verdadeiro. Por este motivo as formulações contendo estes polissacarídeos, serão úteis na profilaxia e tratamento destas infecções, por si só ou em combinação com os fármacos utilizados, presentemente, no combate a este tipo de infecções. Isto porque apresentam uma acção sinérgica com estes tipos de fármacos antivirais e bacterianos. Por outro lado, a criteriosa escolha e formulação dos polissacarídeo permite uma acção potenciar a acção sinérgica dos contituintes da formulação, por si só.
As formulações, compreendendo polissacarídeos e extractos celulares totais, são fornecidos para aplicação tópica ou administração não sistémica. 0 polissacarídeo pode ser um ou mais dos polissacarídeos listados, incluindo os de origem microalgal produzidos por uma espécie ou uma combinação de espécies.
Descrição Detalhada da Invenção
Obtenção do polis sacarideo
Os polissacarídeos são obtidos a partir de culturas celulares densas de Porphyridium sp e Phorphyridum cruentum. Após centrifugação da suspensão das células a 10000 rpm durante 20 minutos (Sorvall Instruments Dupont RC 5C) recuperou-se o sobrenadante. Filtrou-se o exopolissacarídeo obtido com bomba de vácuo e precipitou-se o exopolissacarídeo, adicionando o dobro do volume de etanol ao filtrado. Armazenou-se o EXOPOLISSACÁRIDEO obtido a -20°C e liofilizou-se para ser usado em estudos posteriores.
Posteriormente, foi realizada a purificação do EXOPOLISSACARÍDEO, dissolvendo-o em água bidestilada, por diálise, utilizando uma membrana de diálise de celulose com 27 mm de diâmetro e que retém a maioria das proteínas com peso molecular igual ou superior a 12000 Da. A diálise foi feita contra água bidestilada.
Exemplos de aplicação
Exemplo 1 - Stick Labial
Segundo um modo preferencial de concretização do invento, a composição de uma formulação com actividade anti-viral e anti-adesão bacteriana poderá ser apresentada na forma de um stick labial com a seguinte composição • Monoestearato de sorbitano 32% • a-tocoferol
0,3 % • Óleo de amêndoas doces q.b.p.100 % • Polissacarídeo
0 mg Α.Α'ί ml.
• Glicerina
Exemplo 2 - Gel de aplicação tópica
Segundo um modo preferencial de concretização do invento, a composição de uma formulação com actividade anti-viral e anti-adesão bacteriana poderá ser apresentada na forma de um gel de aplicação tópica com a seguinte composição • Carbopol 940 0,8 g • Trolamina
q.b pH 7 • Metilparabeno 0,15 g • Água • Glicerina
• Polissacarídeo 30 mg /100ml.
Exemplo 3 - Pasta dentlfrica
Segundo um modo preferencial de concretização do invento, a composição de uma formulação com actividade anti-viral e anti-adesão bacteriana poderá ser apresentada na forma de pasta dentlfrica com a seguinte composição • >30% • ZrSiO 4 10% • Glicerina 10% • Sorbitol 20% • NaCl 1% • Sacarina-Na 12% • Polietileno glicol 400 2% • Sulfonato de monoglicerol 0.8% • Polissacarídeo 30 mg /lOOml.
• Aromatizante q.b.
• Corante q.b.
• Água q.b.
Exempl ο 4 - Pastilha Elástica
Segundo um modo preferencial de concretização do invento, a composição de uma formulação com actividade anti-viral e anti-adesão bacteriana poderá ser apresentada na forma de pastilha elástica com a seguinte composição:
• goma base, por exemplo, goma de carnaúba;
• agente de granulometria (sacarose; sorbitol, mannitol, maltitol, xilitol) também pode funcionar como agente edulcorante • auxiliar tecnológico; e, opcionalmente,
um agente edulcorante sacarose, glucose, sorbitol, mannitol, maltitol, xilitol, isomaltose aspartame, sacarina ou ciclamatos) • Polissacarídeo mg /lOOml • Aromatizante q.b.
• Corante q.b.
• Água q.b.
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Lisboa, 31 de Março de 2008
Claims (11)
- REIVINDICAÇÕES1. Composições constituídas por . . . : Digitally signed byMaria Maria Silvina Ferreira— .. . í Ordem dos AdvogadosSllvina 1 l)N:CN Maria Silvina 1 Ferreira - Ordem dosΓθΓΓΘira - Advogados. C = PT, O s - MULI ICLIil-CA. OUOrdem dos :?dem/os OA Advogados-RAAdvogados ÍXX00'·20 polissacarídeos, caracterizadas por os referidos polissacarídeos terem uma actividade anti-viral e anti-bacteriana simultâneas e:a) Serem purificados a partir de extractos preparados à base de células de algas, plantas ou de cianobactérias e com água;b) possuírem ramnose, fucose, glucose, frutose, ribose, galactose, xilose, mannose e ácidos glucurónicos e galacturónicos;c) exibirem coloração a 480 nm após reacção com fenol-ácido sulfúrico;d) possuírem um peso molecular compreendido entre25.000 e 5.000.000 Daltons, conforme determinado por filtração por gel; ee) possuírem entre 5 e 10% de grupos sulfato.
- 2. Composições constituídas por um ou mais polissacarídeos, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizadas por conterem quantidades de polissacarídeos terapeuticamente eficazes, compreendidas entre 1 pg/ml e 100 pg/ml.
- 3. Composições constituídas por um ou mais polissacarídeos, de acordo com as reivindicações 1-2 caracterizadas por serem obtidas preferencialmente a partir de extractos de células de Porphyridium com água, encontrando-se o polissacarídeo anti-viral livre de proteína.
- 4. Processo de obtenção das composições descritas nas reivindicações 1 a 3, caracterizado por a extracção ser realizada entre 70 °C e 95 °C.
- 5. Processo de obtenção das composições de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo facto de um dos polissacarídeos ser obtido a partir de extractos de células de Porphyridium sp.
- 6. Processo de obtenção das composições de acordo com as reivindicações 4 -5, caracterizada pelo facto de um dos polissacarídeos ser obtido a partir de extractos de células de Porphyridium cruentum.
- 7. Utilização das composições descritas nas reivindicações1 a 3 e obtidas pelo processo descrito nas reivindicações 4 a 6, caracterizada por estas serem empregues na preparação de formulações farmacêuticas, destinadas ao tratamento e profilaxia simultâneos de infecções bacterianas e virais em seres humanos e/ou em animais.
- 8. Utilização das composições descritas nas reivindicações1 a 3 e obtidas pelo processo descrito nas reivindicações 4 a 6, caracterizada por serem empregues na preparação de formulações farmacêuticas, destinadas a tratar vírus seleccionados de entre um grupo consistindo no vírus herpes simplex, citomegalovírus humano, vírus do sarampo, vírus influenza e HIV.
- 9. Utilização das composições descritas nas reivindicações1 a 3 e obtidas pelo processo descrito nas reivindicações 4 a 6, caracterizada por estas serem utilizadas na preparação de formulações galénicas com excipientes e diluentes galénicos apropriados.
- 10. Utilização das composições descritas nas reivindicações1 a 3 e obtidas pelo processo descrito nas reivindicações 4 a 6, caracterizada por estas serem utilizadas na preparação de géneros alimentícios ou seus ingredientes.
- 11. Utilização das composições descritas nas reivindicações 1 a 3 e obtidas pelo processo descrito nas reivindicações 4 a 6, caracterizada por estas serem utilizadas na preparação de rações ou seus ingredientes.
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