PT103856B - Máquina transformadora de óleo alimentar usado em velas - Google Patents

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Joao Pedro Mortagua Sa Bordalo
Mario Rui Rodrigues Lourenco Da Silva
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Abstract

MÁQUINA DE DIMENSÕES REDUZIDAS E SIMPLES MANEJAMENTO, PARA UTILIZAÇÃO DOMÉSTICA, DESTINADA À RECICLAGEM DE ÓLEOS ALIMENTARES USADOS ATRAVÉS DO SEU ARMAZENAMENTO E TRANSFORMAÇÃO EM VELAS, CUJO FUNCIONAMENTO SE BASEIA NO APROVEITAMENTO DA GRAVIDADE E TRATAMENTO TÉRMICO E MECÂNICO DO ÓLEO USADO. ATRAVÉS DESTE TRATAMENTO, E CONJUNTAMENTE COM A FÓRMULA QUÍMICA SOLIDIFICANTE OBTIDA PELA MISTURA DE 70-100% DE PARAFINA, 30-0% DE ESTEARINA E 15-0% DE CERA MICROCRISTALINA, ESSÊNCIAS E CORANTES É CRIADA UMA VELA LÍQUIDA QUE ESCORRE, ATRAVÉS DE UM PAVIO MANTIDO NA VERTICAL POR FORÇA MAGNÉTICA(7), PARA UM MOLDE MANTIDO NA SUA POSIÇÃO CORRECTA TAMBÉM POR FORÇA MAGNÉTICA(18), ONDE SECARÁ E SE FORMARÁ A VELA COM O SEU ASPECTO FINAL. A FÓRMULA QUÍMICA, MOLDES E PAVIOS MAGNETIZADOS SÃO FORNECIDOS EM SEPARADO COMO CONSUMÍVEIS E PODEM SER ENCOMENDADAS DIRECTAMENTE NA MÁQUINA(13) ATRAVÉS DE UMA SIMPLES OPERAÇÃO PREDEFINIDA PELO CONSUMIDOR NUM SERVIDOR INTERNET AO QUAL A MÁQUINA SE CONECTA POR LIGAÇÃO WI-FI(14).

Description

DESCRIÇÃO
Máquina Transformadora de óleo alimentar usado em velas presente invento refere-se a uma máquina de dimensões reduzidas e simplicidade de manejamento, para uso doméstico, que permite o armazenamento e transformação de óleos e azeites alimentares usados em velas com aromas, cores e formas diversas, cujo funcionamento se baseia no aproveitamento da gravidade e no tratamento térmico e mecânico do óleo usado. Através deste tratamento, em conjunto com a fórmula química solidificante obtida pela mistura de 70-100% de parafina, 30-0% de estearina e 15-0% de cera microcristalina, essências e corantes, fornecida em separado como consumivel na forma de cápsulas, é criada uma vela líquida que escorre, através de um pavio mantido na vertical por força magnética, para um molde que é também mantido na sua posição correcta por força magnética, onde secará e formará a vela com o seu aspecto final.
Os óleos e azeites vegetais são ingredientes comuns nas várias culturas gastronómicas a nível mundial e, quando não consumidos juntamente com os alimentos, tornam-se resíduos difíceis e desagradáveis de manejar pelo seu estado líquido, pela sua textura gordurosa e pelo seu cheiro. Regra geral, os consumidores de óleos alimentares tendem a despejá-los directamente para o esgoto ou a colocá-los dentro de um frasco ou saco de plástico juntamente com o restante lixo orgânico, sendo muito raramente depositados em pontos de recolha públicos próprios para uma posterior reciclagem (não só pela
1/14 escassez deste tipo de infra-estruturas, como pela inconveniência de manuseamento destes resíduos).
Ora, um litro de óleo alimentar polui o equivalente a um milhão de litros de água, pelo que o impacto ambiental de verter óleos usados para a rede de esgotos ou colocá-los no lixo orgânico sem o devido acondicionamento é considerável, já que aqueles impedem a oxigenação e regeneração do solo e da água, com os naturais inconvenientes.
Contudo, devido às suas propriedades naturais, os óleos alimentares usados podem ser reciclados em vários tipos de produtos, normalmente combustíveis ou cosméticos, dos quais o mais comum é o biodiesel. No entanto, a transformação caseira de óleos alimentares em biodiesel, ainda que útil, torna-se impraticável desde logo pela quantidade mínima de óleo usado para tanto necessário que supera vastamente o produzido em média numa habitação. Acresce que a complexidade do processo e a utilização de quantidades significativas de componentes tóxicos e inflamáveis torna difícil e perigosa a produção de biodiesel em casa.
Sucede que esta característica combustível do óleo alimentar permite a sua transformação em velas, um produto doméstico com um leque de utilizações muito amplo e regularmente usado para efeitos decorativos, terapêuticos ou religiosos. Aliás, a quantidade de óleo necessária e a toxicidade nula dos componentes utilizados na produção de velas caseiras faz destas um fim atractivo para a reciclagem do óleo usado, com o inerente valor económico e emocional.
2/14
No entanto, e apesar de possível, até agora os processos existentes para transformação artesanal de óleo alimentar usado em velas mostram-se difíceis, morosos, complexos e pouco práticos, o que os inviabilizam como processos de reciclagem práticos, recorrentes e acessíveis à generalidade da população.
0 presente invento é, impraticabilidade. pois, uma solução para esta
Com efeito, o presente armazenamento de óleos invento usados permite, por à medida que um lado, o vão sendo
produzidos e sem qualquer acumulação de impurezas nem dissipação de cheiros para o exterior, através de uma câmara hermeticamente selada com uma tampa que contem um filtro reutilizável de aromas e de partículas, permitindo guardar óleo usado com toda a segurança e sem a obrigatoriedade de transformação imediata em velas.
Além disso, o invento recorre à utilização de um composto químico solidificante obtido pela mistura de 70-100% de parafina, 30-0% de estearina e 15-0% de cera microcristalina, essências e corantes contido em cápsulas, o que igualmente anula os cheiros e as cores desagradáveis dos óleos usados, satisfazendo simultaneamente diversos tipos de necessidades de velas, através da diversidade de escolha de cores, aromas, dimensões, texturas, densidades e formas.
Ao contrário das técnicas existentes e utilizadas até à presente data, este invento não recorre à tradicional
3/14 utilização dos sistemas de bombas e elevadores para fazer circular o óleo no interior de uma máquina, o que, tendo em conta a densidade e viscosidade superior dos óleos alimentares, representa uma importante vantagem dos pontos de vista energético, económico e operacional para a satisfação da proposta de eficiência global da máquina. Por outro lado, a utilização de óleos para a elaboração de velas foi abordada na patente US 2003/0091949 Al, mas tal invenção foi limitada à utilização de óleos vegetais hidrogenados que não foram usados em frituras de alimentos e consequentemente não sofreram alterações oxidativas e hidrolíticas.
O presente invento utiliza uma técnica simples que se consubstancia na adição ao óleo usado, tal como o azeite, de girassol, de soja ou de milho, da mistura solidificante composta por hidrocarbonetos, i.e., compostos de carbono e oxigénio, derivados do petróleo - parafina, estearina e cera microcristalina - que, sujeita a processos de agitação e aquecimento permite, forma uma vela em estado líquido que, ao secar, constitui o produto final.
presente invento recorre também a um sistema inovador de pavios e moldes magnetizados para, de forma prática e fácil, permitir a colocação do molde no sítio correcto e manter o pavio na vertical sobre o qual escorre o liquido quente da vela.
Além disso, o presente invento caracteriza-se pela sua simplicidade já que utiliza sistemas de controlo térmico e temporal para automatizar o fluxo de operações, o que permite minimizar a dois o número de botões de
4/14 manuseamento (POWER e PLAY/PAUSE), maximizando-se, assim, a simplicidade da utilização.
O presente invento recorre a um sistema inovador de encomenda de consumíveis na própria máquina que permite ao utilizador, pressionando apenas um só botão, satisfazer a necessidade de consumíveis onde e quando ela se origina. Este procedimento opera através de uma ligação sem fios que a máquina estabelece com um ponto de acesso WI-FI e que utiliza para se conectar com um servidor Internet onde a configuração da compra foi predefinida pelo utilizador.
DESCRIÇÃO DO PROCESSO
Caracterização sumária da máquina presente invento é seguidamente descrito em pormenor, sem carácter limitativo e a título exemplificativo, por meio de uma sua forma de realização preferida, representada no desenho anexo - a Fig. 1 - que é uma representação em perspectiva esquemática e simplificada de uma concretização da máquina de acordo com o invento.
A máquina, de acordo com o presente invento, compreende uma tampa (1) de um depósito (2) para armazenamento dos óleos usados, ligado através de uma válvula electromagnética (3) a uma câmara de mistura (4) que contém um parafuso sem-fim (5) , uma resistência eléctrica (6) , uma torneira de escape da mistura (7) , um sensor de volume (8) , um sensor de temperatura (8 9) , um cronómetro (10) , uma entrada de cápsulas (11) , um ecrã LCD (12) , um botão COMPRA FÁCIL para compra automática de novas
5/14 cápsulas (13), que podem ser armazenadas na respectiva
câmara de armazenamento (19), um chip WI-FI (14), uma
porta USB (15) para configuração do sistema, um botão
POWER (16) para ligar e desligar a máquina e um botão
PLAY/PAUSE (17) para iniciar o derrame da mistura de óleo e cera para os moldes colocados automaticamente centrados de forma magnética sobre a base para moldes (18), por escorrimento pelo pavio fixado magneticamente à torneira de escape (7) (cfr. fig. 1).
Assim, a máquina objecto do presente invento caracterizase por ser um equipamento termo-electro-mecânico, concebido especialmente para reciclar óleos alimentares usados, transformando-os em velas individuais com cores, aromas, texturas e formatos que variam.
presente invento prende-se igualmente com uma composição de substâncias, armazenada em cápsulas, que será utilizada como composto solidificante numa fase do processo de reciclagem, em máquinas onde é depositado óleo usado utilizado em frituras, com o qual se mistura através de um processo térmico e mecânico.
Descrição da concretização preferida
Da Máquina
A estrutura de suporte serve para o alojamento e montagem no seu interior dos diferentes componentes da máquina. Esta estrutura inclui uma área situada na parte superior para alojamento do reservatório (2) onde é armazenado o óleo até ao momento da sua utilização; uma área intermédia
6/14 , onde estão os mecanismos de controlo electromecânicos e a câmara de mistura (4) ; e uma área situada na parte inferior onde se encontra a base do molde e os sistemas magnéticos de suporte.
Na parte superior, o reservatório sela-se para o exterior através de uma tampa (1) que contém um filtro de partículas e cheiros amovível e lavável. É através desta tampa (1) que é feita a inserção do óleo usado na máquina, ficando no reservatório a aguardar a sua reciclagem. A capacidade de armazenamento deste depósito (2) é de 2.5 litros, a capacidade média duma fritadeira doméstica. 0 reservatório tem uma forma cónica na sua base para permitir a total evacuação do óleo para a câmara de mistura que se encontra por baixo, ligada através de uma válvula electromecânica (3) cuja abertura e encerramento são controlados centralmente.
A abertura da válvula (3) é accionada premindo botão POWER (16) - que também liga a máquina - que provocará o encerramento pelo sensor de volume (8) sempre e quando a quantidade de óleo existente na câmara de mistura atingir os 20 centilitros. O sensor de volume (8) tem precedência sobre o botão POWER (16) , pelo que, se quando a máquina for ligada, a câmara de mistura (4) estiver cheia, a válvula (3) não poderá abrir. Durante este processo, o botão de PLAY/PAUSE (17) estará desligado.
Com o encerramento da válvula (3), ou seja, no momento em que a câmara de mistura (4) se encontra repleta de óleo usado, a máquina deixa automaticamente cair a cápsula que se encontra na respectiva câmara (4) para dentro da câmara
7/14 de mistura. Esta cápsula contém um composto químico solidificante, que adiante melhor se descreve, constituído por parafina, estearina e cera microcristalina.
Subsequentemente, a máquina liga a resistência (6) de forma a aquecer o óleo à temperatura de 70-80 graus centígrados. Atingida esta temperatura, controlada pelo e através do sensor de temperatura (9) , a máquina inicia automaticamente o parafuso sem-fim (5), dando início ao processo da mistura homogenea do óleo com o composto químico solidificante. Este processo de mistura decorre durante 10 minutos, que são controlados pelo cronómetro (10) . Durante este processo, o botão de PLAY/PAUSE (17) estará aceso em modo intermitente.
Passado o tempo de mistura, a máquina conterá dentro da câmara de mistura (4) uma mistura homogénea do óleo usado aquecido a 70-80 graus centígrados com o composto solidificante, que terá uma consistência pastosa. Nesta altura, o botão PLAY/PAUSE (17) ficará aceso e fixo, indicando assim ao utilizador que a máquina está pronta para vazar o conteúdo da câmara de mistura (4) para o molde.
Nesta altura, o utilizador deverá colocar um molde para velas no suporte para moldes (18) , existente na parte inferior da máquina. Este suporte para moldes (18) tem uma forma cónica invertida, existindo no seu vértice material magnético. Os moldes em si poderão ter várias formas, mas sempre serão sempre caracterizados pela existência de uma abertura na sua parte superior, como se de um copo se tratasse. Os moldes terão sempre material magnético na sua
8/14 base, de forma a que a colocação dos mesmos no local correcto da base para moldes (18) seja facilitada. Com efeito, os materiais magnéticos ajudam a centrar correctamente o molde em relação à torneira de exaustão da mistura (7) existente na câmara de mistura (4).
Após a colocação do molde, o utilizador colocará um pavio, que ligará na parte superior à torneira (7) e na parte inferior à base do molde. Ambas as ligações serão facilitadas pela existência de material magnético, tanto na torneira (7), na base do molde (18), e nas extremidades do pavio. 0 pavio deverá ficar numa posição vertical, perpendicular ao centro da base para os moldes (18) , dentro do molde e ligado à torneira de exaustão (7).
Feito isto, o utilizador accionará o botão PLAY/PAUSE (17) , que irá abrir a torneira (7) , provocando o escoamento da mistura existente na câmara de mistura (4) para o molde, que escorrerá pelo pavio. Se o utilizador accionar novamente o botão de PLAY/PAUSE (17), a máquina fechará a torneira (7). Accionando outra vez o botão de PLAY/PAUSE (17), a máquina abrirá novamente a torneira. Durante todo este processo, o botão de PLAY/PAUSE (17) deverá estar aceso e fixo.
Quando não sobrar mistura na câmara de mistura (4) - o que é controlado pelo sensor de volume (8) - a máquina fechará automaticamente a torneira (7), desligará o botão de PLAY/PAUSE (17) e re-iniciará o processo.
Da Compra Fácil
9/14
Sempre que máquina esteja ligada, será possível accionar o botão de COMPRA FÁCIL (13) , sem que isso afecte o normal funcionamento da máquina no processo de reciclagem do óleo usado. Para que esta funcionalidade esteja activa, é necessário que o utilizador proceda previamente à execução de várias tarefas, nomeadamente o registo do produto na respectiva página da Internet e a configuração inicial da máquina.
presente invento terá um sítio na Internet onde poderá ser feito o registo do produto adquirido, caso os utilizadores o pretendam fazer. Além dos dados pessoais e de pagamento, o utilizador deverá indicar o número de máquinas de que é proprietário e o respectivo número de série. Após a inscrição on-line, a página na Internet irá gerar automaticamente um identificador único para cada máquina. Ainda na página de Internet do produto, o utilizador poderá configurar o seu cabaz de compras por máquina, ou seja, elaborar uma lista de cápsulas, moldes e pavios que pretende adquirir directamente através do processo de compra fácil a executar na máquina.
Para tanto, o utilizador deverá ligar a máquina a um computador através da porta USB (15). Através dum interface de configuração, o utilizador colocará o identificador único da máquina que lhe foi transmitido pela página da Internet do produto. Desta forma, a cada máquina ficará associado um cabaz de compras.
Ainda através deste interface de configuração, o utilizador configurará directamente na máquina os dados necessários para que esta possa utilizar a rede wiFi existente no local, configurando-se o SID da rede e
10/14 respectiva password. Desta forma, a máquina estará habilitada a aceder à Internet através da rede WiFi existente no local.
Sempre que o utilizador pretenda adquirir o seu cabaz de compras predefinido, accionará o botão de COMPRA FÁCIL (13) . Nesta altura, e de forma a evitar compras acidentais, aparecerá no ecrã de LCD (12) um pedido ao utilizador para inserir o código de pulsações do botão de COMPRA FÁCIL (14) predefinido, ou seja, o ecrã de LCD (12) pedirá ao utilizador que insira um código tipo Morse já predefinido na inscrição anteriormente efectuada na página Internet do produto, utilizando para o efeito o botão de COMPRA FÁCIL (13).
Após a concretização deste passo, a máquina acederá a uma área reservada da página da Internet e procederá à encomenda automática do cabaz de compras predefinido pelo utilizador, que será posteriormente entregue na morada inserida aquando do processo de inscrição na pagina de Internet do produto. 0 ecrã de LCD (12) informará, então, o utilizador do sucesso ou insucesso da operação. Caso a operação não sido bem sucedida, o ecrã de LCD (12) indicará a possível causa de erro.
Do Composto Químico Solidificante
Os óleos abrangidos por este invento são os de origem vegetal, em estado líquido à temperatura ambiente (20°C), como por exemplo o azeite, de girassol, de soja ou de milho. Os óleos vegetais são essencialmente constituídos por triglicéridos (triésteres) resultantes da
11/14 esterificação (reacção de álcoois com ácidos orgânicos ou inorgânicos) de ácidos gordos pelo glicerol (tri-alcool).
Durante a sua utilização dos óleos nos processos de fritura, dependendo do tipo de ácidos que contêm, vão ocorrendo alterações químicas na sua estrutura que levam à sua degradação. As temperaturas de degradação são para os óleos monoinsaturados, como é o caso do óleo de amendoim ou o azeite, 220°C e 210°C, respectivamente, enquanto os óleos polinsaturados se degradam abaixo dos 180°C. A degradação dos óleos durante o processo de fritura deve-se a alterações termoxidativas e hidrolíticas, resultantes de três tipos de reacções: (i) hidrólise, (ii) oxidação e (iii) polimerização. A hidrólise resulta da reacção do óleo com a água, normalmente proveniente da humidade presente nos alimentos, levando à formação de ácidos gordos livres; a oxidação, decorre da reacção entre o óleo e o oxigénio do ar, dando origem a ácidos e outros produtos; e as reacções de polimerização ocorrem a temperaturas superiores a 180°C de onde resulta a formação de moléculas de grandes dimensões, denominadas polímeros.
Neste invento é utilizada uma mistura solidificante composta de hidrocarbonetos (compostos de carbono e oxigénio) derivados do petróleo - parafina, estearina e cera microcristalina - contida numa cápsula, que ao ser adicionada ao óleo usado e sujeita a processos de agitação e aquecimento, permite a obtenção de velas.
A mistura solidificante básica utilizada é obtida pela mistura de três componentes nas seguintes proporções: 70100% de parafina, 30-0% de estearina e 15-0% de cera
12/14 microcristalina, podendo englobar ainda essências, anilinas (composto orgânico utilizado como corante) e outros estabilizadores e ainda outros componentes químicos nas mesmas ou noutras proporções de forma a permitir o fabrico de velas com diferentes cores, tonalidades, aromas, texturas e densidades.
A parafina é constituída por hidrocarbonetos saturados e apresenta-se maioritariamente no estado sólido, tendo um ponto de fusão entre 58°C e 62 °C. Ê insolúvel em água, mas solúvel em dietil-èter, benzeno e certos ésteres, sendo por isso possível a sua mistura com óleos vegetais. A sua adição a óleo vegetal usado a uma temperatura que ronda os 70-80°C e subsequente arrefecimento permite-nos obter uma mistura sólida à temperatura ambiente (25°C) que, devido ao facto de ser bastante inflamável, permite a sua utilização como vela. Para além de todas as caracteristicas favoráveis deste composto para a produção de velas reutilizando o óleo usado, o facto de não ser tóxico é sem dúvida um aspecto decisivo na sua utilização.
A estearina, é adicionada de modo a fornecer uma maior rigidez à vela, facilitando a desmoldagem. A sua presença favorece também a dissolução da anilina (corante), permitindo uma maior uniformidade da coloração das velas.
A adição da cera microcristalina permite que a vela se queime mais lentamente e tenha uma menor transparência, conferindo-lhe um aspecto mais leitoso e compacto.
O composto químico acima referido é adicionado ao óleo que foi previamente filtrado de modo a retirar partículas em suspensão que este possa eventualmente conter provenientes
13/14 dos alimentos. Esta adição é feita nas proporções 60-90% de óleo vegetal usado com 40-10% de mistura solidificante.
O óleo e a mistura solidificante são aquecidos a cerca de 70-80°C e agitados de modo a obter uma boa homogeneização, após a qual o produto é vertido para um molde que contém um pavio e arrefecido suspenso magneticamente até solidificar, obtendo-se assim a vela.
Exemplo:
80%(M/M) de óleo de girassol usado foi filtrado e adicionado a 20%(M/M) da mistura solidificante e sujeito a um aquecimento (70-80°C) com agitação durante 10 minutos por forma a obter uma boa homogeneização. Esta mistura é depois vertida para um molde que contém o pavio, arrefecida (à temperatura ambiente ou colocando no frigorifico, diminuindo o tempo de solidificação) e por fim desmoldada.
A mistura solidificante foi efectuada misturando parafina, estearina e cera microcristalina nas proporções 85%:10%:5%, contendo também essência e anilina (corante).

Claims (13)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Máquina para transformação de óleos alimentares usados em velas, caracterizada por compreender uma tampa (1) de um depósito (2) para armazenamento dos óleos usados, ligado através de uma válvula electromagnética (3) a uma câmara de mistura (4) que contém um parafuso sem-fim (5) , uma resistência eléctrica (6) , uma torneira de escape da mistura (7), um sensor de volume (8), um sensor de temperatura (9), um cronómetro (10), uma entrada de cápsulas (11), um ecrã LCD (12), um botão COMPRA FÁCIL (13) para compra automática de novas cápsulas que poderão ser armazenadas na respectiva câmara de armazenamento (19) , um chip WI-FI (14) , uma porta USB (15) para configuração do sistema, um botão POWER (16) para ligar e desligar a máquina e um botão PLAY/PAUSE (17) para iniciar o derrame da mistura de óleo e cera para os moldes colocados automaticamente centrados de forma magnética sobre a base para moldes (17), por escorrimento pelo pavio fixado magneticamente à torneira de escape (7).
  2. 2. Máquina de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pela passagem do óleo usado guardado no reservatório (2) para a câmara de mistura (4) através duma válvula electromagnética (3) pelo aproveitamento da força da gravidade.
  3. 3. Máquina de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizada pela utilização da resistência eléctrica (6) para aquecer o óleo existente na câmara de mistura (4) à
    1/4 temperatura de 60 graus centígrados, temperatura esta controlada pelo sensor de temperatura (9) existente na câmara de mistura (4).
  4. 4. Máquina de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizada pela existência duma câmara de cápsula (11) com abertura ao exterior que permite a introdução de cápsulas cilíndricas com as medidas de 6 centímetros de diâmetro e 2 centímetros de altura e que contém os ingredientes necessários para misturar com o óleo usado existente na câmara de mistura (4).
    5. Máquina de acordo com as reivindicações 1 a 4, caracterizada pela utilização duma torneira electromagnética (7) para derramar o conteúdo da câmara de mistura (4) nos moldes colocados sobre a base de moldes (18) . 6. Máquina de acordo com as reivindicações 1 a 5,
    caracterizada pela utilização de metais magnetizados na ponta da torneira (7) , de forma a ser possível o contacto magnético entre a ponta da torneira (7) e a ponta dos pavios a ser utilizados.
  5. 7. Máquina de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizada pela utilização de uma base para os moldes (18) com forma de cone invertido, e que utiliza metais magnetizados no vértice do cone, de forma a ser mais fácil
    2/4 o processo de centralização do molde relativamente à ponta da torneira (7).
  6. 8. Máquina de acordo com as reivindicações 1 a 7, caracterizada pela utilização de um chip WI-FI (14) com a consequente capacidade de configuração de uma rede sem fios (SID e password) e ligação Internet.
  7. 9. Máquina de acordo com as reivindicações 1 a 8, caracterizada pela capacidade de aceder ao site do produto na Internet, e associar o código único da máquina com a conta de cliente do detentor da máquina.
  8. 10. Máquina de acordo com as reivindicações 1 a 9, caracterizada pela existência dum botão COMPRA FÁCIL (13) que permite a encomenda dum novo cabaz de cápsulas, previamente configurado no site do produto.
  9. 11. Máquina de acordo com as reivindicações 1 a 10, caracterizada por ter o botão COMPRA FÁCIL (13) luminoso, com 3 estados possíveis: apagado, a piscar ou aceso fixo, encontrando-se este botão a piscar quando a máquina se encontrar a efectuar a ligação à Internet e aceso fixo quando a máquina se encontrar ligada à Internet.
  10. 12. Máquina de acordo com a reivindicação 1 a 11, caracterizada pelo processo de compra de novo cabaz de consumíveis através do botão COMPRA FÁCIL (13) implicar a
    3/4 inserção dum código de confirmação constituído por uma sequência de cliques rápidos e/ou lentos no botão COMPRA FÁCIL (13), previamente programados pelo utilizador para autenticar a compra automática.
  11. 13. Máquina de acordo com as reivindicações 1 a 12, caracterizada pela simplicidade da sua utilização através de apenas dois botões - POWER (16) e PLAY/PAUSE (17) - que têm 3 estados luminosos possíveis: desligado, aceso e fixo ou aceso e intermitente.
  12. 14. Composição solidificante para velas caracterizada por conter 70-100% de parafina, 30-0% de estearina e 15-0% de cera microcristalina, essências, anilinas e outros estabilizadores.
  13. 15. Composição para velas de acordo com a reivindicação 14 caracterizada por ser adicionada em 40-10% (M/M) a 6090%(M/M) de óleo vegetal usado.
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