PT103553B

PT103553B - Método de redução e controlo ds tensões envolvidas na colapsibilidade de uma embalagem totalmente colapsável

Info

Publication number: PT103553B
Application number: PT10355306A
Authority: PT
Inventors: Luis Vargas; Ana Espada; Leonardo Rosado
Original assignee: Luis Vargas; Ana Espada; Leonardo Rosado
Priority date: 2006-08-17
Filing date: 2006-08-17
Publication date: 2007-08-09
Also published as: PT103553A; WO2008020776A1

Abstract

O ESTADO DA TÉCNICA EM MATÉRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS QUE SEJAM TOTALMENTE COLAPSÁVEIS APRESENTA UMA SOLUÇÃO TECNICAMENTE VIÁVEL PARA QUE UMA EMBALAGEM SEJA CAPAZ DE ESPALMAR UMA ÚNICA VEZ. CONTUDO, QUANDO A EMBALAGEM É RECONFIGURADA NA SUA FORMA INICIAL, SURGEM DEFORMAÇÕES E RUPTURAS NO MATERIAL QUE COMPROMETEM A SUA CAPACIDADE DE CONTER O PRODUTO, BEM COMO OUTROS REQUISITOS INTRÍNSECOS À SUA FUNÇÃO. AS REFERIDAS ROTURAS E DEFORMAÇÕES SÃO PROVOCADAS PELO EXCESSO DE MATERIAL QUE OCORRE QUANDO UMA EMBALAGEM TOTALMENTE COLAPSÁVEL PASSA DE UM ESTADO INSUFLADO PARA UM ESTADO ESPALMADO, E VICE-VERSA. A PRESENTE INVENÇÃO APRESENTA UMA EMBALAGEM COLAPSÁVEL CONTENDO PERTURBAÇÕES NA SUA SUPERFÍCIE (1), (4), (7) OU (10), CAPAZES DE REDUZIR E CONTROLAR AS TENSÕES ENVOLVIDAS NA SUA COLAPSIBILIDADE. AO VIABILIZAR A SUA RE-OPERACIONALIDADE, POSSIBILITA A OPTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS NO TRANSPORTE E NO ARMAZENAMENTO, AO LONGO DE TODO O CICLO DE VIDA DA EMBALAGEM.

Description

A presente invenção apresenta uma embalagem colapsável capaz de resolver o problema identificado no estado da técnica, nomeadamente em relação à patente nacional n° 102805 de L. Vargas. A presente invenção permite minimizar o impacto do excesso de material gue ocorre quando uma embalagem assente no sistema de fole da referida patente passa de um estado insuflado para um estado espalmado, e vice-versa. Esta invenção permitirá controlar as deformações sofridas pela embalagem e viabilizar a sua re-operacionalidade, possibilitando a optimização dos processos logísticos no transporte e no armazenamento, ao longo de todo o ciclo de vida da embalagem.

O estado da técnica em matéria de embalagens plásticas gue sejam totalmente colapsáveis, concretamente a patente nacional n° 102805 de L. Vargas, sob a epígrafe Embalagem Colapsável, apresenta uma solução tecnicamente viável para gue uma embalagem seja capaz de espalmar uma única vez. Contudo, guando a embalagem é reconfigurada na sua forma inicial, ocorrem deformações e rupturas no material gue comprometem a sua capacidade de conter o produto, bem como outros reguisitos intrínsecos à sua função. A solução para este problema permitirá, nomeadamente, gue uma embalagem seja capaz de colapsar na fase de pré enchimento, isto é, gue seja produzida num local, espalmada até uma fracção muito reduzida do seu volume, e transportada até às instalações do embalador.

A referida patente nacional n° 102805 de L. Vargas assenta num sistema de fole composto por superfícies exclusivamente planares ou planificáveis. Numa embalagem assente no referido sistema de fole, as superfícies de extrusão horizontal que a compõem encontram-se em repouso quando esta se encontra totalmente insuflada (Fig. 4 da patente nacional n° 102805) ou totalmente espalmada (Fig. 3 da patente nacional n° 102805). No estágio intermédio (Fig. 1) , as referidas superfícies acumulam tensões que contribuem para a estabilidade dimensional da embalagem (quer insuflada ou espalmada). No entanto, a sua intensidade provoca deformações plásticas e eventuais rupturas no material, inviabilizando a funcionalidade da própria embalagem.

As Fig. 2 e 4 da patente nacional n° 102805 ilustram uma embalagem assente no referido sistema de fole na sua configuração insuflada. Considerando o segmento 1-3, que apresenta uma dimensão c, constata-se que mantém essa dimensão quando a embalagem se encontra colapsada (Fig. 3 da patente nacional n° 102805) .

A Fig. 1 ilustra o sistema de fole no instante em que sofre maior tensão, ou seja, a meio do processo de colapsar. O referido segmento 1-3, é, nesse momento, confinado a um espaço inferior ao seu comprimento: / ( (b+(c-b)/2) ^A2+(X2) X) < c. Este excesso de material e as suas consequências ao nível das deformações plásticas sofridas pelas superfícies que compõem a embalagem é um problema que não foi devidamente contemplado na patente nacional n” 102805 de L. Vargas.

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Fig. 1: Perspectiva geral de uma embalagem assente num sistema de fole totalmente colapsável.

Fig. 2: Perspectiva de uma embalagem assente num sistema de fole totalmente colapsável, na sua configuração insuflada.

Fig. 3: Vista frontal da embalagem ilustrada na figura 2, na sua configuração insuflada.

Fig. 4: Vista frontal da embalagem ilustrada na figura 2, na sua configuração colapsada.

Fig. 5: Vista frontal da embalagem ilustrada na figura 2, a meio do processo de colapsibilidade.

Fig. 6: Embalagem A - Perspectiva geral

Fig. 7: Embalagem A - Vista de topo.

Fig. 8: Embalagem A - Corte com embalagem na sua configuração insuflada.

Fig. 9: Embalagem A - Corte com embalagem a meio do processo de colapsibilidade.

Fig. 10: Embalagem A - Corte com embalagem na sua configuração colapsada.

Fig. 11: Embalagem B - Perspectiva geral.

Fig. 12: Embalagem B - Vista lateral.

Fig. 13: Embalagem B configuração insuflada.

Corte com embalagem na sua

Fig. 14: Embalagem B - Corte com embalagem a meio do processo de colapsibilidade.

Fig.	15: Embalagem	B	Corte com	embalagem	na	sua
configuração colapsada	•
Fig.	16: Embalagem C -	Perspectiva Geral.
Fig.	17: Embalagem C -	Vista	lateral.
Fig.	18: Embalagem	C -	Corte com	embalagem	na	sua
conf	iguração insuflada.
Fig.	19: Embalagem C -	Corte	com embalagem	a meio do	processo
de colapsibilidade.
Fig.	20: Embalagem	C -	Corte com	embalagem	na	sua
configuração colapsada.

Fig. 21: Embalagem D - Perspectiva Geral.

Fig. 22: Embalagem D - Vista lateral.

Fig. 23: Embalagem D - Corte com embalagem na sua configuração insuflada.

Fig. 24: Embalagem D - Corte com embalagem a meio do processo de colapsibilidade.

Fig. 25: Embalagem D - Corte com embalagem na sua configuração colapsada.

TERMINOLOGIA

Superfícies de extrusão vertical: superfícies que na vista de topo (Fig. 3), aparecem contidas no contorno exterior do desenho. São, como o nome indica, parte de uma imaginária extrusão numa direcção vertical.

Superfícies de Extrusão Horizontal: superfícies que na vista frontal (Fig. 4), aparecem contidas no contorno exterior do desenho. São, como o nome indica, parte de uma imaginária extrusão numa direcção horizontal.

Configuração Insuflada: configuração em que a embalagem se encontra cheia de ar - oposta à configuração colapsada, em que a embalagem se encontra completamente espalmada e sem ar no seu interior.

Linha de flexão central: linha fechada, orientada pela largura da embalagem (dividindo-a em duas metades simétricas) que, na vista frontal (Fig. 4), aparece contida no contorno exterior do desenho.

Linhas de flexão p e rif é ri c a s: linhas que formam as arestas da embalagem. Na vista frontal (Fig. 12) aparecem contidas em rectas com inclinação de 45°.

Embalagem A:

A embalagem A assenta num conjunto de arestas (1) de geometria parabólica, que visam complementar o sistema de fole compreendido na patente nacional n° 102805 (Fig. 2). A Fig. 3 ilustra uma vista de topo de uma das superfícies de extrusão horizontal, para uma embalagem assente no referido sistema de fole (na sua configuração insuflada), em que foram aplicadas as referidas arestas. Nas Fig. 4 e 5, que ilustram cortes na referida superfície (nas configurações insuflada e a meio do processo de colapsibilidade, respectivamente), constata-se que os pontos 2 e 3 aproximam-se. Essa ocorrência reduz as tensões envolvidas pois a área em questão ajusta-se melhor ao espaço a que é confinado nesse instante. Além de reduzir as tensões impostas ao material, esta solução canaliza de forma controlada as forças envolvidas para locais predeterminados (zonas a tracejado na Fig. 3), prevenindo deformações e rupturas plásticas, aquando da operação do sistema de fole.

Embalagem B

A embalagem B assenta num conjunto de depressões pontuais (4), patentes em zonas específicas da superfície da embalagem, que visam complementar o sistema de fole compreendido na patente nacional n° 102805 (Fig. 7). A Fig 8 ilustra uma vista lateral de uma embalagem assente no referido sistema de fole, na sua configuração insuflada, em que foram aplicadas as referidas depressões. Nas Fig. 9 e 10, que ilustram cortes no desenho da embalagem (nas configurações insuflada e a meio do processo de colapsibilidade, respectivamente), constata-se que os pontos 5 e 6 aproximam-se. Essa ocorrência reduz as tensões envolvidas pois a área em questão ajusta-se melhor ao espaço a que é confinado nesse instante. Além de reduzir as tensões impostas ao material, esta solução canaliza de forma controlada as forças envolvidas para locais predeterminados, prevenindo deformações e rupturas plásticas, aquando da operaçao do sistema de fole. A colapsibilidade desta embalagem só poderá funcionar correctamente quando as referidas depressões (4) estiverem localizadas sobre um segmento recto da linha de flexão central, a fim de nao comprometerem a colapsibilidade do sistema de fole.

Embalagem C:

A embalagem C diverge do conceito geométrico do sistema de fole compreendido na patente nacional n° 102805 ao transformar as linhas de flexão periféricas (7) em sulcos de profundidade variável. A Fig 12 ilustra uma embalagem assente no referido sistema de fole, na sua configuração insuflada, em que foram aplicados os referidos sulcos, e que, no corte ilustrado na Fig. 13, apresentam um ângulo α de 45°. Nas Fig. 14 e 15, que ilustram cortes no desenho da embalagem, (nas configurações insuflada e a meio do processo de colapsibilidade, respectivamente), constata-se que os pontos 8 e 9 se afastam. Essa ocorrência reduz as tensões envolvidas pois a área em questão ajusta-se melhor ao espaço a que é confinado nesse instante. Além de reduzir as tensões impostas ao material, esta solução canaliza de forma controlada as forças envolvidas para os referidos sulcos, prevenindo

deformações e rupturas	plásticas	aquando da	operaçao	do
sistema de fole.
Embalagem D:
A embalagem D diverge do	conceito	geométrico	do sistema	de
fole compreendido na	patente	nacional n'	³ 102805	ao

transformar as linhas de flexão periféricas (7) em abas de perfil constante. A Fig 17 ilustra uma embalagem assente no referido sistema de fole, na sua configuração insuflada, em que foram aplicados as referidas abas, e cujo ânqulo β é de 90° no corte do desenho da embalaqem ilustrado na Fiq. 18. Nas Fig. 19 e 20, que ilustram cortes no desenho da embalagem(nas confiqurações insuflada e a meio do processo de colapsibilidade, respectivamente), constata-se que os pontos 10 e 11 se afastam. Essa ocorrência reduz as tensões envolvidas pois a área em questão ajusta-se melhor ao espaço a que é confinado nesse instante. Além de reduzir as tensões impostas ao material, esta solução canaliza de forma controlada as forças envolvidas para as referidas abas, prevenindo deformações e rupturas plásticas aquando da operação do sistema de fole.

As quatro soluções apresentadas visam complementar o referido sistema de fole, quando aplicado a uma embalagem em plástico ou noutros materiais, produzida por insuflação ou por outros quaisquer processos.

Claims

1. Embalagem colapsável caracterizada por conter perturbações na sua superfície (1), (4), (7) ou (10), capazes de reduzir e controlar as tensões envolvidas na sua colapsibilidade.

2 . Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ser composta por um conjunto de arestas de geometria parabólica (1) .

3. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por ser composta por uma ou mais das referidas parábolas (1) .

3. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por as referidas parábolas (1) serem pares convergentes ou divergentes.

4. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por as referidas arestas (1) serem de geometria curva não parabólica ou segmentos de recta.

5. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ser composta por um conjunto de depressões pontuais (4) dispostas ao longo da linha de flexão central.

6. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por ser composta por uma ou mais das referidas depressões (4).

7. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por as referidas perturbações (4) serem saliências em relação ao corpo da embalagem.

8. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ser composta por um conjunto de sulcos de profundidade variável (7), dispostos ao longo das linhas de flexão periféricas, e cujo ângulo é de 45°.

9. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por a profundidade dos referidos sulcos (7) se manter constante.

10. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 9, caracterizada por o ângulo dos referidos sulcos (7) ser diferente de a.

11. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ser composta por um conjunto de abas de perfil constante (10), dispostas ao longo das linhas de flexão periféricas, e cujo ângulo β é de 90°.

12. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 11, caracterizada por a profundidade das referidas abas (10) ser variável.

13. Embalagem colapsável de acordo com a reivindicação 12, caracterizada por o ângulo das referidas abas (10) ser diferente de β.

14. Embalagem colapsável de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por ser produzida em plástico ou noutros materiais.

15. Embalagem colapsável de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por ser produzida por insuflação ou por outros quaisquer processos.