PT101515B

PT101515B - Processo simplificado para a extraccao continua de oleo de primeira e segunda espressao de azeitona ou frutos semalhantes

Info

Publication number: PT101515B
Application number: PT10151594A
Authority: PT
Inventors: Gennaro Pieralisi
Original assignee: Nuova M A I P Macchine Agr Ind
Priority date: 1993-07-28
Filing date: 1994-05-06
Publication date: 1999-11-30
Also published as: ES2112125A1; IT1264823B1; ITMI931692A1; ES2112125B1; PT101515A; ITMI931692A0; GR940100253A

Description

DESCRIÇÃO

PROCESSO SIMPLIFICADO PARA A EXTRACÇÃO CONTÍNUA

DE ÓLEO DE PRIMEIRA E SEGUNDA ESPRESSÃO

DE AZEITONA OU FRUTOS SEMELHANTES

O objecto da presente invenção é um processo simplificado para obtenção de óleo de primeira e segunda espressão de massa de azeitona ou frutos semelhantes.

A produção de azeite é feita normalmente por um processo continuo em que se empregam moinhos de alta velocidade e batedeiras com tempo de residência da azeitona, regulável, capazes de produzir, com rendimentos elevados, óleo designado de primeira escolha ou de primeira espressão (azeite virgem no caso da azeitona), que se obtem separado dos resíduos sólidos e aquosos, por meio de centrifugações sucessivas.

Nestes processos, dos referidos resíduos sólidos, ou bagaço, não é possível fazer uma extracção posterior de óleo por meios físicos e são portanto submetidos à extracção do conteúdo oleoso remanescente em instalações de extracção com solventes químicos.

Importa, assim, aumentar tanto quanto possível o rendimento da primeira moagem, que fornece um óleo de elevada aceitação e reduzir ao mínimo o conteúdo em óleo do bagaço, o qual, depois da recuperação com solvente, constitui um produto de menor aceitação e valor.

Quando se trate de certas variedades de azeitona, esta laboração pode dar lugar a uma perda de qualidade do azeite virgem que poderá tomar, por exemplo, um gosto amargo.

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São também conhecidos processos descontínuos, que empregam prensas, em que uma primeira espressão permite obter azeite de primeira espressão e um bagaço residual, o qual, submetido a uma segunda prensagem, feita a uma pressão mais elevada que a precedente, fornece um azeite de segunda espressão, de côr intensa e com bastante aceitação como azeite de loteamento, para melhorar as características de alguns azeites de pouco sabor, côr ou outras propriedades; um exemplo típico destes azeites é conhecido pelo nome de Verdolino di Andria.

A requerente é também titular de una patente IT-1.176.649 referente a um processo contínuo de extracção de azeite que prevê uma primeira fase de laboração que inclui pelo menos uma operação de moagem e batedura da azeitona e uma ou mais operações de extracção e separação centrífugas, produzindo-se na primeira fase de laboração, azeite virgem, bagaço e água de vegetação. 0 bagaço e a água de vegetação são portanto extraídos separadamente e conduzidos, separadamente, a uma segunda fase de laboração que compreende pelo menos uma operação de moagem e batedura do referido bagaço e uma ou mais operações de extracção e separação centrífuga, das quais se obtem azeite de segunda espressão, água de vegetação, a descarregar como efluente e bagaço, do qual é ainda possível extrair o óleo residual, por meio de solvente.

Este processo torna-se, no entanto oneroso e complicado dada a necessidade de separar e depois reunir as fases aquosas das primeira e segunda expressões com os resíduos sólidos da primeira espressão.

Põe-se portanto o problema técnico de conseguir um processo simplificado de extracção contínua de azeite de primeira espressão de características elevadas e de um azeite de segunda espressão que permita um rendimento global mais elevado, quando comparado com os processos tradicionais

Os resultados que se pretende atingir são obtidos, de acordo com a presente invenção, por um processo simplificado de extracção 2

contínua de azeite, ou de óleos semelhantes que compreende uma primeira fase de laboração que inclui pelo menos uma operação de moagem e batedura da azeitona, pelo menos uma operação de extracção e separação centrífuga e pelo menos uma operação de separação centrífuga, produzindo-se na primeira fase de laboração um azeite virgem e uma massa de azeitona com baixo teor de óleo, contendo o bagaço e a água de vegetação, que é passada para uma segunda fase de laboração, que compreende, pelo menos, uma operação de separação centrífuga da referida massa de baixo teor de óleo, da qual se recupera uma nova fase oleosa e uma nova mistura estável de água de vegetação e bagaço, sendo a segunda fase oleosa levada a uma separação centrífuga posterior, para se obter azeite de segunda espressão e a mistura estável, levada para a instalação de extracção, para posterior laboração.

De acordo com uma forma de realização preferida da invenção, a referida primeira fase compreende uma primeira moagem a baixa velocidade e uma batedura com um tempo de residência regulável, sendo o referido bagaço e a água de vegetação extraídos conjuntamente do primeiro extractor centrífugo horizontal, sob a forma de uma mistura estável e passados conjuntamente para a segunda fase de laboração que inclui, por sua vez, um extractor centrífugo horizontal, no qual são directamente e conjuntamente alimentados a primeira fase aquosa e o bagaço extraídos do referido primeiro separador centrífugo horizontal, sob a forma de mistura estável.

A referida segunda fase de laboração compreende uma segunda extracção centrífuga capaz de produzir respectivamente, uma fase oleosa, uma fase aquosa e bagaço, sendo a fase oleosa passada para uma segunda separação centrífuga, que produz azeite de segunda espressão e uma fase aquosa.

Prevê-se ainda, que entre a primeira e a segunda fase de laboração esteja interposta uma cuba de acumulação da mistura estável produzida na primeira fase de laboração, na qual se introduz água quente e/ou água recuperada das primeira e segunda separações centrífugas.

Pormenores importantes podem ser dpreendidos da descrição seguinte, feita em correlação com o desenho anexo que mostra um diagrama de fluxo do processo.

Como se mostra na figura, o processo de acordo com a invenção prevê a alimentação de azeitona 1 a um primeiro aparelho de moagem-batedura 2 que compreende um moinho 2a de baixa velocidade e uma batedeira 2b, que produz uma massa de azeitona 3 que é conduzida a uma primeira fase de extracção 4 0 que ; compreende um extractor centrífugo 41, no interior do qual a /:&·. massa de azeitona 3 é submetida, com o auxilio de uma adição eventual de água 4, a uma primeira centrifugação que separa uma fase oleosa 42 e uma fase constituída pela massa de azeitona com baixo conteúdo de azeite, formada por uma mistura estável que compreende uma fase de água de vegetação 46 e uma fase sólida, ou bagaço 47.

A fase oleosa 42 é então enviada para o separador centrífugo de eixo vertical 43, no qual fica liberta de eventuais resíduos de água de vegetação e de sedimentos sólidos, produzindo se azeite virgem 44 e uma fase aquosa 45.

A fase aquosa 46, separada no centrifugador 41, em vez de ser i extractada separadamente, é enviada conjuntamente com o residuo sólido 47 para uma cuba de acumulação 60 provida de meios de aquecimento e de pás de movimentação; dessa cuba de acumulação a massa de baixo conteúdo de azeite é enviada a uma segunda fase de extracção 50 que compreende um segundo extractor centrífugo de eixo horizontal 51, no qual se separa uma fase oleosa 52, uma fase aquosa 56 e bagaço 57. -- - - A fase oleosa 52 é enviada para um segundo separador centrífugo de eixo vertical 53, para obtenção de uma fase oleosa 54 constituída pelo azeite de segunda espressão e por uma fase aquosa 55.

Do segundo extractor centrífugo 51 extrai-se também a massa de azeitona de baixo teor de azeite, formada por uma mistura 4

estável que compreende a referida fase aquosa 56 e o resíduo sólido 57 que são enviados, em conjunto, para a instalação de extacção de bagaço para posterior extracção do azeite remanescente, por meio das técnicas de laboração com solvente já conhecidas.

Quando a composição e/ou a qualidade particular da azeitona o torne necessário, pode-se efectuar uma adição preliminar de água quente ou de água de recirculação 105, na cuba de acumulação 60, antes de introduzir as fases sólida 47 e aquosa 46, no centrifugador horizontal 51. A referida adição de água pode também ser feita por recuperação dos caudais de água extraída nos separadores verticais 43, 45.

O processo de acordo com a invenção permite trabalhar com um moinho 2a de baixa velocidade e regular o grau de moagem da azeitona, assim como odébito de alimentação do centrifugador, de modo a obter-se a melhor qualidade possível do azeite virgem, com uma perda ligeira do rendimento parcial em azeite (em relação à extracção de primeira laboração) em comparação com a laboração contínua convencional.

Esta perda de rendimento é no entanto conpensada pela possibilidade de produzir, por um processo contínuo, um azeite de segunda espressão que tem grande aplicação na industria oleícula, por exemplo como azeite de loteamento, para adicionar a azeites de aceitação reduzida, para melhorar as suas características de côr, sabor e outras.

Globalmente o rendimento em azeite virgem e azeite de segunda espressão é portanto' superior ao da laboração contínua tradicional.

A fim de obter as melhores características possíveis do azeite virgem, o moinho de baixa velocidade 2a pode ser, convenientemente, um moinho de rolos que rolam em sentidos contrários e a velocidades diferentes. Podem introduzir-se neste processo múltiplas variantes, sem que se saia do âmbito da presente invenção, no que toca às suas caracteristicas gerais.

Claims

1. Processo para a extracção contínua de azeite virgem (44) e de azeite de segunda espressão (54) caracterizado por i compreender uma primeira fase de laboração (40) incluindo, pelo menos, uma operação de moagem (2a) e

V ' ' batedura (2b) da azeitona, pelo menos uma operação de extracção e separação centrífuga (41) e pelo menos uma operação de separação centrífuga (43), produzindo-se na referida primeira fase de laboração, azeite virgem (44) e uma massa de azeitona de baixo teor de azeite, contendo bagaço (47) e água de vegetação (46) que é passada para uma segunda fase de laboração que compreende, pelo menos, uma operação de separação centrífuga (51) da referida massa de baixo teor de azeite (47,46) da qual se obtem uma fase oleosa (52), uma mistura estável de água de vegetação (56) e bagaço (57), sendo a referida fase oleosa enviada a uma ( separação centrífuga posterior (53), para obtenção de azeite de segunda espressão (54) e a referida segunda mistura estável enviada para a instalação de extracção de bagaço, para posterior laboração.

2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a referida primeira fase compreender uma primeira moagem (2a) a baixa velocidade e uma batedura (2b) com tempo de residência regulável.

Processo de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado por o referido bagaço (4 6) e a água de vegetação serem extraídas conjuntamente do primeiro

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extractor centrífugo horizontal· (41) sob a forma de uma mistura estável e passarem conjuntamente à segunda fase de laboração (50) .

4. Processo de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por a referida segunda fase compreender um extractor centrífugo horizontal (51) no qual são introduzidos directamente e em conjunto a primeira fase aquosa (46) e o bagaço (47) extraídos no primeiro separador centrífugo horizontal sob a forma de uma mistura estável.

Processo de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por a segunda fase de laboração compreender uma segunda extracção centrífuga (51) capaz de produzir respectivamente uma fase oleosa (52), uma fase aquosa (56) e bagaço (57), sendo a referida fase oleosa (52) passada para uma segunda separação centrífuga (53), a qual produz azeite de segunda espressão (54) e uma fase aquosa (55).

6. Processo de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por entre as referidas primeira fase (40) e segunda fase (50) de laboração estar interposta uma cuba de acumulação (60) da mistura estável (46, 47) produzida na primeira fase de laboração, estando prevista a adição de água quente (105) e/ou de água (45, 55) recuperada das primeira e segunda separações centrífugas (43) e (53) respectivamente.

Processo de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado por na referida primeira operação de moagem e batedura se empregar um moinho de baixa

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velocidade com rolos que rodam em sentidos contrários e a velocidades periféricas diferentes.