BRPI1011103B1 - Composição para tratar infertilidade masculina e usos de ácido d-aspártico e de ácido l- aspártico - Google Patents

Composição para tratar infertilidade masculina e usos de ácido d-aspártico e de ácido l- aspártico Download PDF

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Abstract

composição para tratar infertilidade masculina e uso. a presente invenção refere-se ao uso de uma combinação que consiste nos ácidos d-aspártico e l-aspático ou l-aspático isolado para estimular a atividade procriativa no homem aumentando o número e a motilidade dos espermatozoides.

Description

[0001] A presente invenção refere-se ao uso de uma combinação de ácidos D-aspártico e L-aspártico ou sais dos mesmos para o tratamento de infertilidade masculina. Em particular, a invenção refere-se ao uso de uma mistura consistindo em uma mistura de ácidos D- aspártico e L-aspártico ou sais dos mesmos, de preferência em uma proporção de pelo menos 1:1 a fim de estimular a atividade procriativa do homem por meio de um incremento no número e na motilidade dos espermatozoides.
[0002] A infertilidade masculina pode ser causada por distúrbios relacionados com a produção, emissão ou funcionalidade dos esper- matozoides e representa aproximadamente 35% das causas de infertilidade entre casais. Ela pode ser causada por possíveis infecções ge- nitourinárias passadas ou presentes; doenças como a varicela, sarampo ou caxumba, doenças virais que no homem podem resultar em or- quite (infecção nos testículos); doenças sexualmente transmissíveis; cirurgias antigas ou traumas no nível genital. Além disso, o estilo de vida, tal como o uso de álcool, fumo, fármacos e trabalhos de risco e fatores ambientais podem desempenhar um papel importante. A varicocele pode resultar em deficiência de gerar espermatozoides ativos. Também, níveis alterados de FSH (folitropina), LH (luteotropina), PRL (prolactina) e T (testosterona) podem afetar o processo de produção de espermatozoides.
[0003] Os tratamentos usados atualmente para a infertilidade masculina envolvem o uso de fármacos injetados ou administradas por via oral. Entre os fármacos injetados, a menotropina, princípio ativo no menogon frascos, compreendendo uma preparação de gonadotropinas (FSH e LH, em quantidades iguais) extraída da urina de mulher na pós-menopausa, e por isso denominada hormônio humano da menopausa (HMG), é usada. O HMG age diretamente nos ovários e testículos, estimulando o processo de ovulação, a espermatogênese e a es- teroidogênese. Nos testículos, o FSH está essencialmente envolvido na estimulação da maturação das células de Sertoli e, além disso, afeta a maturação dos túbulos seminíferos e o desenvolvimento dos es- permatozoides. Como é necessária uma alta concentração de andro- gênio nos testículos, esta pode ser obtida com um pré-tratamento com HCG ou de acordo com o esquema terapêutico que envolve a combinação com HCG 5000 UI uma vez por semana durante 3 meses. Entretanto, esta terapia apresenta algumas desvantagens, por exemplo, o HCG não é eficaz se administrado por via oral e deve ser administrado por via intramuscular. Em alguns casos a formação de anticorpos anti-HCG pode ocorrer como resultado de uma administração repetida cíclica do produto, resultando assim em uma terapia ineficaz. Uma desvantagem desta terapia é seu alto custo, uma vez que a maior parte do esquema terapêutico envolve a administração intramuscular três vezes por semana durante um ciclo de três meses e a pouca aceitação do paciente devido às várias injeções intramusculares semanalmente.
[0004] Uma terapia alternativa envolve o tratamento com o hormô nio liberador de gonadotropina (GnRH). Esta terapia envolve uma ad-ministração pulsada usando uma bomba portátil (intravenosa ou sub-cutânea) em intervalos de 90-120 minutos. Embora tal tratamento em três meses restaure as concentrações de testosterona e gonadotropi- nas e estimule a espermatogênese, por outro lado ela implica que o paciente deverá carregar uma bomba portátil equipada com cateter urinário e isto pode causar desconforto para esses pacientes.
[0005] Quanto às terapias orais, as mesmas podem compreender antiestrogênios. Estes compostos (citrato de clomifeno e tamoxifeno) vêm sendo amplamente usados para o tratamento de infertilidade masculina, na ausência de patologias endócrinas. Os antiestrogênios mantêm sua capacidade de se ligarem de forma competitiva aos receptores de estrogênios, tanto no nível hipotalâmico quanto no periférico, induzindo assim um aumento nos níveis plasmáticos de gonado- tropina e secundariamente de testosterona intratesticular. O efeito farmacológico na espermatogênese teria que ser exercido através do aumento da concentração desses hormônios agindo diretamente na espermatogênese. Em particular o citrato de clomifeno administrado a dosagens baixas (25-50 mg) por um período de 3-5 meses é adequado para melhorar as características do sêmen, ao passo que concentrações mais altas (200-400 mg) induzem a supressão de espermato- gênese e a redução da concentração de espermas.
[0006] Vários estudos não controlados reportaram incrementos variáveis da concentração de espermas e um índice de gravidez variando de 0 a 80% e onde a resposta ao tratamento foi observada quase que exclusivamente para pacientes com oligozo-ospermia baixa a moderada (10-20 milhões/ml). Tendo em vista os referidos dados, a Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou um estudo multicentral dupl-cego, placebo versus citrato de clomifeno, para pacientes sofrendo de oligozo-ospermia idiopática, estudo este que não detectou nenhum aumento no índice de gravidez em pacientes tratados com esse fármaco (WHO, Special Programme of Research, Development and Research Training in Human Reproduction Annual Technical Report 1990. Geneva: WHO 1991: 146-7).
[0007] Mais uma vez com relação à terapia oral, inibidores da aromatase, como por exemplo testolactona, podem ser usados. Em estudos não controlados, a administração de testolactona (1 g/dia) a indivíduos sofrendo de oligozo-ospermia mostrou-se adequada para aumentar a concentração de espermas e a percentagem de gravidez. Em uma experiência aleatória sucessiva, controlada com placebo e duplo-cega, com doses mais elevadas de testolactona (2 g/dia), não foi qualquer variação dos parâmetros de sêmen e nenhuma gravidez foi observada para os grupos assim tratados e para os grupos tratados com placebo. Um outro composto apresentando atividade inibitória sobre a aromatase é o anastrozol, que a uma dose diária de 1 mg parece ser semelhante à testolactona em termos de efeitos na espermatogê- nese. Estudos adicionais são certamente necessários para que se possa estimar a real eficiência desses fármacos para o tratamento de infertilidade masculina devido ao número extremamente baixo de indivíduos estudados até hoje.
[0008] A administração de androgênios representou uma das pri meiras tentativas terapêuticas efetuadas para melhorar parâmetros seminais em pacientes afetados por oligozo-ospermia. Atualmente dois compostos androgênicos fracos são usados. Mesterolon, um derivado de testosterona 5a-reduzido que não afeta a secreção de gona- dotropina foi usado como monoterapia a concentrações diárias de 50 a 150 mg em várias experiências resultando em diferentes modificações dos parâmetros seminais. Estudos mais recentes e a análise da OMS não documentaram variações significativas de todos os parâmetros seminais analisados nem da percentagem de gravidez comparados a valores pré-tratamento e valores do grupo tratado com placebo. Similarmente, o undecanoato de testosterona parecia ser adequado para melhorar parâmetros seminais em estudos controlados sem afetar os níveis de gonadotropina e de testosterona; no entanto as experiências não confirmaram esses resultados e por isso o uso desse composto ainda deve ser verificado.
[0009] Por fim, combinações de L-arginina ou combinações de ou tros L-aminoácidos e/ou suplementos vitamínicos como coadjuvantes em oligoastenospermia e hipossomia, por administração oral 2-3 vezes ao dia durante três meses.
[00010] Tendo em vista o acima exposto, fica evidente a necessidade de oferecer novos métodos para o tratamento de infertilidade masculina que superem as desvantagens dos métodos conhecidos.
[00011] O ácido D-aspártico é um aminoácido natural detectado pela primeira vez em 1977 por Antimo D'Aniello no cérebro de polvo (molusco marinho cientificamente denominado Octopus vulgaris) conforme publicado em colaboração com Antonio Giuditta in J. of Neurochemistry (Ref. 1-2). Sucessivas pesquisas realizadas pelo mesmo autor em colaboração com outros pesquisadores italianos e não italianos demonstraram que o ácido D-aspártico ocorre não apenas no sistema nervoso, mas também no sistema endócrino de muitos animais marinhos tais como moluscos, crustáceos, opistobrancos e peixes (Ref. 35) e animais terrestres, como rãs (Ref. 6-7), lagartos da parede (Ref. 8), galinhas (Ref. 9), ratos (Ref. 9-11), carneiros (12) e humanos (Ref. 13-15). A concentração varia de espécie para espécie. Geralmente, em animais menos avançados o ácido D-aspártico está presente em uma quantidade mais alta em comparação com aquela de animais avançados. Além disso, já foi detectado que este aminoácido nos mamíferos, incluindo seres humanos, durante a vida embrionária é encon-trado em concentrações elevadas no cérebro onde ele desempenha um papel no desenvolvimento do sistema nervoso. Ao contrário, durante a vida adulta, o ácido D-aspártico encontra-se presentes em concentrações elevadas no sistema endócrino e particularmente na glândula pituitária e nos testículos onde desempenha um papel no sistema endócrino. Para uma revisão completa vide (Ref. 16) e a tabela 1 a seguir, retirada de uma publicações dos autores em Brain Reserch Review vol. 53, páginas 215-234, 2006, mostrando o teor de D- aspartato nos tecidos nervosos e endócrinos de várias classes de animais. Tabela 1: Tabela 1: Concentrações do ácido D-aspártico em tecidos de várias espécies de animais
Figure img0001
Os valores representam a concentração média em nmol de D-Asp/g em tecidos frescos (A. D’Aniello; Brain Research Review, 53, 215-234, 2006) (Ref. 16).
[00012] Estudos sobre o ácido d-aspártico em ratos comprovaram que, se este composto for administrado por via oral, ele é adequado para induzir um aumento temporário no sangue de alguns hormônios tais como: hormônio luteinizante (LH) (Ref.: 17-18), hormônio do cres-cimento (Ref.: 18), prolactina (PRL) (Ref.: 19) e testosterona (Ref.: 17-18). Por último, também foi demonstrado recentemente que o ácido D- aspártico está envolvido na infertilidade masculina humana (Ref. 20).
[00013] Foi observado que no homem, no líquido seminal e esper- matozoides de pessoas fisiologicamente férteis (pessoas que possuem um número de espermatozoides maior que 20 milhões/ml de líquido seminal e motilidade superior a 70%), o ácido D-aspártico está presente em uma concentração de 80±24 nmol/ml no líquido seminal e 130±30 fmol/espermatozoides. Ao contrário, no líquido seminal de pessoas inférteis, isto é, pessoas que possuem um número de esper- matozoides menor que o normal no líquido seminal e motilidade destes abaixo dos valores fisiológicos (sofrendo de oligoastenozo-ospermia) e no líquido seminal de pessoas sem espermatozoides (sofrendo de azo-ospermia), o teor de ácido D-aspártico é significativamente reduzido tanto no líquido seminal quanto nos espermatozoides. Especificamente, no líquido seminal de indivíduos com oligoastenozo-ospermia, o ácido D-aspártico é aproximadamente 3 vezes mais baixo e nos indivíduos com azo-ospermia ele é 6 vezes mais baixo. Valores de 130±35 fmol/espermatozoide encontrados em pessoas férteis para 60±10 fmol/espermatozoide encontrados em pessoas com oligoaste- nozo-ospermia. A Tabela 2 mostra o teor de ácido D-aspártico no líquido seminal humano e nos espermatozoides. Tabela 2: Teor de ácido D-aspártico em líquido seminal humano e es- permatozoides
Figure img0002
1 Doadores normospêrmicos. 2 Doadores oligoastenoteratospêrmicos. 3 Doadores azo-ospêrmicos.
[00014] Os valores indicam a média e o desvio padrão obtidos de 10 amostras de líquido seminal de doadores normais, 10 amostras de líquido seminal de doadores oligoastenoteratospêrmicos (líquido seminal contendo um número de espermatozoides inferior a 20 milhões/ml de sêmen) e 10 amostras de líquido seminal de doadores azo- ospêrmicos não obstrutivos (doadores com um número de espermato- zoides inferior a 1 milhão/ml de sêmen).
[00015] O valor de ácido D-aspártico foi obtido pelo uso de um método cromatográfico específico por HPLC em combinação com D- aspartato oxidase. A diferença de ácido D-aspártico entre os doadores normospêrmicos e oligoastenoteratospêrmicos foi significativa para P <0,01 e a diferença entre doadores oligoastenoteratospêrmicos e azo- ospêrmicos também foi significativa para P < 0,01.
[00016] Estes junto com outros resultados referentes à atividade do ácido D-aspártico sobre os incrementos no hormônio LH (hormônio luteinizante) e na testosterona (Ref. 17 e 18) obtidos para o rato indicaram que a administração de ácido D-aspártico ao homem (diariamente uma ou duas doses de 3 g) durante pelo menos 30 dias induziu um aumento nos valores de LH e de testosterona e no número e na motilidade dos espermatozoides também no homem (Pedido de Patente Italiana RM2005A000468 de Setembro 2005).
[00017] Os autores da presente invenção descobriram agora que a combinação de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico resulta em um extraordinário aumento na eficiência comparado com a administração de uma mesma quantidade de ácido D-aspártico isolado. Os autores realizaram estudos tanto em animais quanto no homem demonstrando um incremento maior do número e motilidade de espermatozoides para os indivíduos tratados com a combinação da invenção em compara- ção com aqueles tratados com ácido D-aspártico isolado. Em particular no homem também foi observado um aumento nos níveis dos hormônios LH e testosterona.
[00018] Os resultados do estudo realizado em coelho e no homem (não publicados) indicam que a combinação de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico ou sais dos mesmos, onde os ácidos são neutralizados, por exemplo, com íons de Na+, pode ser usada para estimular a atividade procriativa masculina via um incremento no número e na vitalidade dos espermatozoides.
[00019] O uso da combinação de acordo com a invenção para te rapia de infertilidade oferece a notável vantagem de ser possível efetuar uma única administração diária e um custo, para um ciclo de tratamento de 60-90 dias, mais baixo que aquele das terapias conhecidas.
[00020] Portanto constitui um objetivo específico da presente in venção uma composição compreendendo ou consistindo na combinação de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico ou um ou mais sais correspondentes dos mesmos de metais alcalinos ou alcalinosterrosos, ou compreendendo ou consistindo em ácido L-aspártico isolado, os referidos princípios ativos estando possivelmente em combinação com um ou mais excipientes e/ou coadjuvantes farmaceuticamente aceitáveis, para uso no tratamento da infertilidade masculina.
[00021] No caso da combinação de ácido D-aspártico e ácido L- aspártico ou um ou mais sais correspondentes dos mesmos de metais alcalinos ou alcalinosterrosos, a concentração de ácido D-aspártico ou sais do mesmo pode variar de 50% a 99,5%, ao passo que a concentração de ácido L-aspártico ou sais do mesmo pode variar de 0,05% a 50%, as referidas percentagens sendo calculadas com base no peso total dos ácidos D-aspártico e L-aspártico ou sais dos mesmos. De acordo com uma modalidade alternativa, a concentração de ácido D- aspártico ou sais do mesmo pode variar de 50% a 80% e a concentração de ácido L-aspártico ou sais do mesmo pode variar de 20% a 50%, as referidas percentagens sendo calculadas com base no peso total dos ácidos D-aspártico e L-aspártico ou sais dos mesmos. De acordo com uma modalidade preferida a concentração de ácido D- aspártico ou sais do mesmo é de 80% e a concentração de ácido L- aspártico ou sais do mesmo é de 20%, as referidas percentagens sendo calculadas com base no peso total dos ácidos D-aspártico e L- aspártico ou sais dos mesmos. Alternativamente, a concentração de ácido D-aspártico ou sais do mesmo ou de ácido L-aspártico ou sais do mesmo é de 50%, as referidas percentagens sendo calculadas com base no peso total de ácido D-aspártico e de ácido L-aspártico ou sais dos mesmos. De acordo com uma outra modalidade, a concentração de ácido D-aspártico ou sais do mesmo é de 99,5% e a concentração de ácido L-aspártico ou sais do mesmo é de 0,05%, as referidas percentagens sendo calculadas com base no peso total dos ácidos D-as- pártico e L-aspártico ou sais dos mesmos.
[00022] De preferência, a presente invenção refere-se à infertilida de masculina não obstrutiva caracterizada por oligo e/ou astenozo- ospermia com ou sem hipogonadismo hipogonadotrópico.
[00023] Em particular, o sal de ácido D-aspártico ou L-aspártico é um sal de sódio ou uma mistura de sais de sódio e potássio ou magnésio ou zinco.
[00024] Como mencionado acima, a composição de acordo com a invenção pode compreender um ou mais coadjuvantes selecionados do grupo que consiste em aminoácidos, vitaminas, minerais, hormônios estimulantes da função reprodutora, calicreína, antibióticos, agentes anti-inflamatórios, antiandrogênios, androgênios, pentoxifilina, go- nadotropina, hormônio liberador de gonadotropina (GnRH), estimulantes adrenérgicos, suplementos dietéticos, antioxidantes (ácido alfa- lipoico, coenzima Q 10, glutationa e outros antioxidantes não mencionados neste relatório), cetoácidos como por exemplo ácido oxaloacéti- co e ácido alfa-cetoglutárico. Particularmente, os aminoácidos podem ser escolhidos do grupo que consiste em alanina, arginina, carnitina, cisteína, glutamina, glicina, leucina, lisina, isoleucina, metionina, orniti- na, fenil alanina, treonina, triptofano, valina, serina.
[00025] As vitaminas podem ser escolhidas do grupo que consiste em vitamina A, C, D3, E, K, B1, B2, B6, B12, PP, biotina (H), ácido fó- lico, ácido lipoico.
[00026] Por último, os minerais são escolhidos do grupo que consiste em magnésio, potássio, zinco, manganês, molibdênio, cromo, selê- nio, pantotenato de cálcio, ferro, cobre, iodo, fósforo, flúor, cálcio.
[00027] As vitaminas podem ser usadas em concentrações que variam como a seguir: vitamina A de 0,0048% a 0,024%, vitamina C de 0,36% a 3,6%, vitamina D3 de 0,00003% a 0,00015%, vitamina E de 0,06% a 0,6%, vitamina K de 0,00042% a 0,0021%, vitamina B1 de 0,0084 a 0,042%, vitamina B2 de 0,0096% a 0,048%, vitamina B6 de 0,012% a 0,06%, vitamina B12 de 6,10-6% a 3,10-5%, vitamina PP de 0,108% a 0,54%, biotina de 0,0009% a 4,4,10-5%, ácido fólico de 0,0012% a 0,006%, as referidas percentagens sendo dadas em % em peso com base no peso da composição total.
[00028] As concentrações de minerais podem variar de acordo com as seguintes percentagens: magnésio de 3,2% a 9%, potássio de 0,4% a 4%, zinco de 0,09% a 0,45%, manganês de 0,02% a 0,07%, molib- dênio, cromo ou selênio de 0,0003% a 0,002%, pantonenato de cálcio de 0,04% a 0,15%, ferro de 0,084% a 0,021%, cobre de 0,02% a 0,1%, iodo de 0,0009% a 0,0045%, fósforo de 2,5% a 20%, flúor de 0,005% a 0,02%, cálcio de 3,24% a 16,2%, as referidas percentagens sendo dadas em % em peso com base no peso da composição total.
[00029] As concentrações de aminoácidos além dos ácidos D- aspártico e L-aspártico podem variar de 0,6% a 10% em peso com base no peso da composição total.
[00030] De acordo com uma modalidade preferida da presente invenção, a composição pode compreender, além de D- e L-aspartato, ácido fólico, vitamina B6, vitamina B12 e os conservantes sorbato de potássio e benzoato de sódio. Em particular, as concentrações podem variar como a seguir: ácido fólico de 0,002% a 0,006%, vitamina B6 de 0,02% a 0,06%, vitamina B12 de 1,10-5 % a 3,10-5%, sorbato de potássio de 0,002 a 0,008%, benzoato de sódio de 0,002 a 0,008%.
[00031] A composição de acordo com a presente invenção pode ser administrada como uma dose diária variando de 0,001 g/dia a 10 g/dia.
[00032] Com base no acima exposto, as concentrações de vitaminas e minerais podem, portanto variar de 30% a 150% de RDA (dose diária sugerida). Em particular, na Tabela 3 encontram-se relatados vários compostos e suas doses mínima e máxima que podem estar contidas na dose unitária de um fármaco da composição de acordo com a invenção. Tabela 3: Doses mínima e máxima de compostos que podem estar contidas na dose unitária do fármaco
Figure img0003
Figure img0004
[00033] A Tabela 4 mostra as dosagens correspondentes à composição de acordo com a invenção com a dose/dia mais baixa e mais alta. Tabela 4
Figure img0005
[00034] Além disso, a composição pode compreender as outras substâncias que se seguem desempenhando um papel puramente co- adjuvante com base no peso da composição de uma dose comercial de 3 g de princípio ativo.
Figure img0006
Figure img0007
[00035] As percentagens estão dadas em % em peso com base no peso da composição de uma dose comercial de 3,12 g de princípio ativo. A composição está na forma de solução de sal contendo 9-11 ml/frasco, ou na forma de grânulos com uma dose de 3 g de princípio ativo de D/L-Aspartato e outros componentes somando um peso seco total de 3,5-6,0 g.
[00036] A presente invenção será agora descrita a título ilustrativo, porém não limitativo, de acordo com modalidades preferidas da mesma, com referência detalhada aos desenhos anexos nos quais: a figura 1 mostra o incremento de LH (hormônio luteinizan- te) em plasma humano depois de tratamento com a composição de acordo com a invenção. Os valores apresentados representam valores médios e o desvio padrão (S.D.) obtidos de dez pessoas com idade entre 25 e 40 anos no tempo zero e 10, 20 e 30 dias após o tratamento (vide bibliografia abaixo).
[00037] A figura 2 mostra o incremento de testosterona em plasma humano depois de tratamento com a composição de acordo com a invenção. Os valores apresentados representam valores médios e o desvio padrão (S.D.) obtidos de dez pessoas com idade entre 25 e 40 anos no tempo zero e 10, 20 e 30 dias após o tratamento (vide bibliografia abaixo).
[00038] A figura 3 mostra o incremento do número de espermato- zoides em líquido seminal humano depois de tratamento com a composição de acordo com a invenção (vide bibliografia abaixo).
[00039] A figura 4 mostra o incremento do número de espermato- zoides em líquido seminal humano depois de tratamento com a com- posição de acordo com a invenção. Os valores apresentados representam valores médios e o desvio padrão (S.D.) obtidos de dez pessoas com idade entre 25 e 40 anos no tempo zero e 30, 60 e 90 dias após o tratamento (vide bibliografia abaixo).
[00040] A figura 5 mostra a análise por HPLC de uma amostra conhecida consistindo em uma mistura padrão de ácido D-aspártico junto uma mistura de L-aminoácidos (vide bibliografia abaixo). EXEMPLO 1: Preparação de uma combinação de D-Aspartato de sódio e L-Aspartato de sódio em forma de solução ou pó
[00041] Os ácidos D-aspártico e L-aspártico encontram-se comercialmente disponíveis na forma de um pó insolúvel em água. É portanto necessário que o aminoácido seja solubilizado por formação de um sal de sódio, potássio ou magnésio. Abaixo apresentamos um exemplo de preparação de D-aspartato de sódio a uma concentração de 2 M, correspondendo a 266 g de ácido D-aspártico/l que por sua vez corresponde a 312 g de D-aspartato de sódio/l. Exemplo de preparação de um litro de mistura aquosa consistindo em 80% de D-aspartato de sódio e 20% de L-aspartato de sódio e acondicionamento em 10 ml/frasco
[00042] Misture 212,8 g de ácido D-aspártico e 53,2 g de ácido L- aspártico em 250 ml de água destilada. Em seguida, com agitação contínua, adicione aos poucos 480 ml de NaOH 4 M (NaOH 4 M corresponde a 160 g/l) e agite a fim de solubilizar o ácido D-aspártico e o ácido L-aspártico. Depois da solubilização o pH da solução será de 6,0-7,0. Se o valor do pH for maior que 7,0, então ajuste o pH em 6,07,0 com alguns ml de HCl 2M, se, ao contrário, o pH for menor que 6,0-7,0, então adicione mais NaOH até o valor do pH chegar novamente em 6,0-7,0. Em seguida adicione 0,9 g de sorbato de potássio e 0,9 g de benzoato de sódio. Finalmente adicione água destilada até atingir um volume final de 1 litro. Filtre através de membranas com poros de 0,45 μm (millipore) ou papel 3 MM para separar o resíduo insolúvel e ao mesmo tempo esterilizar a solução. Em seguida distribua em frascos de 10 ml. Finalmente adicione na tampa de dosagem do frasco (“bottle dosing cap”) 2 mg de vitamina B6, 0,3 mg de ácido fólico, 1,5 μcg of vitamina B12 e eventualmente aroma laranja ou frutose ou outro excipiente em uma quantidade a ser estabelecida dependendo do sabor desejado do fármaco. 10 ml da solução contêm 2,49 g de D- aspartato de sódio e 0,63 g de L-aspartato de sódio (correspondendo a 2,128 g de ácido D-aspártico e 0,530 g de ácido L-aspártico, respectivamente). Procedimento alternativo
[00043] Alternativamente a referida preparação acima pode ser obtida de acordo com o procedimento que se segue que também é mais prático: Adicione a 750 ml de NaOH 2,66 M (solução de NaOH 2,66 M corresponde a 106,6 g de NaOH/l) com agitação 212,8 g de ácido D- aspártico e 53,2 g de ácido L-aspártico. Continue agitando até que todo o aminoácido seja dissolvido. Depois de solubilização completa, verifique o valor do pH que deve estar entre 6,0 e 7,0. Se o pH for maior que 7,0, adicione então alguns ml de HCl 2 M até que o pH esteja entre 6,0 e 7,0. Se ao contrário o pH for menor que 6,0, adicione então alguns ml de NaOH 2M até que o pH esteja entre 6,0 e 7,0. Em seguida adicione 0,9 g de sorbato de potássio e 0,9 g de benzoato de sódio. Finalmente adicione água destilada até atingir um volume final de 1 litro. Filtre através de membranas com poros de 0,45 μm (millipore) ou papel 3 MM para separar um possível resíduo insolúvel e esterilizar a solução. Em seguida distribua em frascos de 10 ml. Finalmente adicione na tampa de dosagem do frasco (“bottle dosing cap”) 2 mg de vitamina B6, 0,3 mg de ácido fólico, 1,5 μcg de vitamina B12 e eventu-almente aroma laranja ou frutose ou outro excipiente em uma quantidade a ser estabelecida dependendo do sabor desejado do fármaco. 10 ml da solução contêm 2,49 g de D-aspartato de sódio e 0,63 g de L- aspartato de sódio (correspondendo a 2,128 g de ácido D-aspártico e 0,530 g de ácido L-aspártico, respectivamente). Exemplo de preparação de 1 l de solução aquosa de D-aspartato de sódio isolado
[00044] Misture 266 g de ácido D-aspártico em 250 ml de água des tilada. Em seguida, com agitação, adicione 480 ml de NaOH 4 M (uma solução de NaOH 4 M corresponde a 160 g/l) e agite para solubilizar o ácido D-aspártico. Depois da solubilização o pH da solução deve estar entre 6,0-7,0. Se o pH for maior que 7,0, então ajuste o pH em 6,0-7,0 com alguns ml de HCl 2 M.
[00045] Se ao contrário o pH for menor que 6,0-7,0, adicione então mais NaOH até que o pH esteja entre 6,0-7,0. Em seguida adicione 0,9 g de sorbato de potássio e 0,9 g de benzoato de sódio. Finalmente adicione água destilada até atingir um volume final de 1 litro. Filtre através de membranas com poros de 0,45 μm (millipore) ou papel 3 MM para separar o resíduo insolúvel e ao mesmo tempo esterilizar a solução. Em seguida distribua em frascos de 10 ml. Finalmente adicione na tampa de dosagem do frasco (“bottle dosing cap”) 2 mg de vitamina B6, 0,3 mg de ácido fólico, 1,5 μcg de vitamina B12 e eventualmente aroma laranja ou frutose ou outro excipiente em uma quantidade a ser estabelecida dependendo do sabor desejado do fármaco. 10 ml da solução contêm 3,12 g de D-aspartato de sódio correspondendo a 266 g de ácido D-aspártico.
[00046] Como uma alternativa para o procedimento acima a solução de D-aspartato de sódio é preparada da seguinte maneira: Adicione a 750 ml de NaOH 2,66 M (NaOH 2,66 M corresponde a 106,6 g de NaOH/litro) adicione com agitação 266 g de ácido D-aspártico. Agite continuamente até que todo o ácido D-aspártico seja dissolvido. Depois da solubilização o pH da solução deve estar entre 6,0-7,0. Se ele for maior que 7,0, ajuste então o pH em 6,0-7,0 com alguns ml de HCl 2 M. Se ao contrário o pH for menor que 6,0-7,0, adicione então mais NaOH até que o pH esteja entre 6,0-7,0. Em seguida adicione 0,9 g de sorbato de potássio e 0,9 g de benzoato de sódio. Finalmente adicione água destilada até atingir um volume final de 1 litro. Filtre através de membranas com poros de 0,45 μm (millipore) ou papel 3 MM para separar o resíduo insolúvel e ao mesmo tempo esterilizar a solução. Em seguida distribua em frascos de 10 ml. Finalmente adicione na tampa de dosagem do frasco (“bottle dosing cap”) 2 mg de vitamina B6, 0,3 mg de ácido fólico, 1,5 μcg de vitamina B12 e eventualmente aroma laranja ou frutose ou outro excipiente em uma quantidade a ser estabelecida dependendo do sabor desejado do fármaco. 10 ml da solução contêm 3,12 g de D-aspartato de sódio correspondendo a 2,66 g de ácido D-aspártico. Exemplo de preparação de um litro de mistura aquosa consistindo em 50% de D-aspartato de sódio e 50% de L-aspartato de sódio e acondicionamento em frascos 10 ml.
[00047] Misture 133 g de ácido D-aspártico e 133 g de ácido L- aspártico em 250 ml de água destilada. Em seguida, com agitação contínua, adicione 480 ml de NaOH 4 M (4 M = 160g/l) e agite para solubilizar o ácido D-aspártico e o ácido L-aspártico. Depois da solubi- lização o pH da solução estará entre 6,0-7,0. Se o valor do pH for maior que 7,0, ajuste então o pH 6,0-7,0 com alguns ml de HCl 2M. Se ao contrário o pH for menor que 6,0-7,0, adicione então mais NaOH até que o valor do pH esteja novamente entre 6,0-7,0. Em seguida adicione 0,9 g de sorbato de potássio e 0,9 g de benzoato de sódio. Finalmente adicione água destilada até atingir um volume final de 1 litro. Filtre através de membranas com poros de 0,45 μm (millipore) ou papel 3 MM para separar o resíduo insolúvel e ao mesmo tempo esterilizar a solução. Em seguida distribua em frascos de 10 ml. Finalmente adicione na tampa de dosagem do frasco (“bottle dosing cap”) 2 mg de vitamina B6, 0,3 mg de ácido fólico, 1,5 μcg de vitamina B12 e eventu-almente aroma laranja ou frutose ou outro excipiente em uma quantidade a ser estabelecida dependendo do sabor desejado do fármaco. 10 ml da solução contêm 1,56 g de D-aspartato de sódio e 1,56 g de L- aspartato de sódio (correspondendo a 1,33 g de ácido D-aspártico e 1,33 g de ácido L-aspártico, respectivamente).
[00048] Como uma alternativa para o procedimento acima a preparação da mistura de D-aspartato de sódio e L-aspartato de sódio é realizada da seguinte maneira: Adicione a 750 ml de NaOH 2,66 M (2,66 M NaOH = 106,6 g de NaOH/l) com agitação constante 133 g de ácido D-aspártico e 133 g de ácido L-aspártico. Continue agitando até todo o aminoácido seja dissolvido. Depois de solubilização completa, verifique o valor do pH que deve estar entre 6,0 e 7,0. Se o pH for maior que 7,0, adicione então alguns ml de HCl 2M até que o pH esteja entre 6,0 e 7,0. Se ao contrário o pH for menor que 6,0-7,0, adicione então mais NaOH 2M até que o pH esteja entre 6,0 e 7,0. Em seguida adicione 0,9 g de sorbato de potássio e 0,9 g de benzoato de sódio. Finalmente adicione água destilada até atingir um volume final de 1 litro. Filtre através de membranas com poros de 0,45 μm (millipore) ou papel 3 MM para separar um possível resíduo insolúvel e esterilizar a solução. Em seguida distribua em frascos de 10 ml. Finalmente adicione na tampa de dosagem do frasco (“bottle dosing cap”) 2 mg de vitamina B6, 0,3 mg de ácido fólico, 1,5 μcg de vitamina B12 e eventualmente aroma laranja ou frutose ou outro excipiente em uma quantidade a ser estabelecida dependendo do sabor desejado do fármaco. 10 ml da solução contêm 1,56 g de D-aspartato de sódio e 1,56 g de L-aspartato de sódio (correspondendo a 1,33 g de ácido D-aspártico e 1,33 g de ácido L-aspártico). Preparação de D-aspartato de sódio e L-aspartato de sódio na forma de pó
[00049] D-Aspartato e L-Aspartato como sais de sódio ou potássio ou magnésio encontram-se comercialmente disponíveis. O sal de sódio de DL-aspartato, consistindo na mistura racêmica de DL-aspartato, i.e., 50% de D-aspartato de sódio e 50% de L-aspartato de sódio, também se encontra comercialmente disponível. Portanto, também é possível preparar sachês monodose contendo a dose determinada de D- aspartato de sódio (3,12 g). A esta dose 2 mg de vitamina B6, 0,3 mg de ácido fólico e 1,5 μcg de vitamina B12 e possivelmente quantidades determinadas de aroma laranja ou outros aromas, sacarose ou outros excipientes a fim de proporcionar uma ingestão saborosa, são então adicionados. Nesta preparação benzoato nem de sódio nem sorbato de potássio são adicionados, ficando o fármaco na forma de pó e, portanto não contaminável por micro-organismos. Então o sachê é dissolvido em água potável e ingerido. EXEMPLO 2: Estudo sobre os efeitos de uma combinação de 80% de D-aspartato de sódio e 20% de L-aspartato de sódio em coelhos
[00050] O estudo foi realizado em dois grupos de coelhos (10 coelhos para cada grupo) para testar o efeito do D-aspartato de sódio e do D-aspartato de sódio em combinação com uma quantidade determinada de L-aspartato de sódio na qualidade do líquido seminal, i.e., no número de espermatozoides/ml e na motilidade progressiva rápida dos mesmos.
[00051] A experiência envolvia a ingestão, por um grupo de 10 coelhos machos adultos, 6 meses de idade, de uma quantidade de D- aspartato de sódio correspondendo a 0,250 g diário (1,6 μmol/coelho; 0,26 μmol/kg de peso corporal) durante 20 dias. Na prática, o D- aspartato de sódio foi misturado com a comida em uma quantidade tal que a comida ingerida diariamente pelo coelho continha 0,250 g de D- aspartato de sódio. Da mesma maneira, em uma segunda experiência realizada em um outro grupo de 10 coelhos machos adultos e com a mesma idade, uma mistura consistindo em 0,2 g de D-aspartato de sódio e 0,05 g de L-aspartato de sódio (80% D-Asp: 20% L-Asp) foi administrada. Antes do início da experiência e no final da ingestão do fármaco que durou 20 dias, foi coletada de cada coelho uma amostra de esperma obtida por estimulação usando uma vagina artificial e o número total de espermatozoides do ejaculado e sua motilidade foram determinados.
[00052] O número de espermatozoides e sua motilidade progressiva rápida são determinados de acordo com as diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde) usando uma câmara Makler para a contagem (Sefi Medtstl Instrument, Haifa, Israel) e no mesmo lugar a motilidade progressiva rápida foi determinada. O sêmen dos coelhos foi diluído 1:10 em uma solução iso-osmótica devido à concentração excessiva.
[00053] O resultado obtido deste estudo demonstrou que na primeira experiência, i.e., coelhos tratados com D-aspartato de sódio isolado, este aminoácido aumentou estatisticamente o número de espermato- zoides no líquido seminal, i.e., a produção, em média, em 19,3%. De um valor médio de 300.000.000 de espermatozoides/ml de líquido seminal liquid para os coelhos de controle (coleta antes do início do tratamento) para um valor médio de 358.000,000/ml depois da ingestão de D-aspartato de sódio durante 20 dias, correspondendo a um aumento de 19,3% (Tabela 5; parte A; 1° grupo de 10 coelhos). Além disso, nos líquidos seminais dos coelhos tratados, também foi detectado um aumento na motilidade progressiva rápida dos espermatozoides variando de 40% a 55%, isto é, um aumento de 37 % em relação aos valores de controle (Tabela 5, parte B, 1° grupo de coelhos).
[00054] Na segunda experiência realizada com outros 10 coelhos da mesma idade e que receberam uma dose diária consistindo em 0,2 g de D-aspartato de sódio e 0,05 g de L-aspartato de sódio (D-Asp 80%: L-Asp 20%) e durante o mesmo tempo, a qualidade do líquido seminal foi adicionalmente melhorada. Neste caso, na verdade, o número de espermatozoides no líquido seminal antes do tratamento foi de 320.000.000 espermatozoides/ml como valor médio, ao passo que depois do tratamento com L-aspartato de sódio integrado ao D- aspartato de sódio este número foi de 410.000.000/ml espermatozoi- des/ml de valor, isto é, um aumento de 28,1% (Tabela 5; parte A; 2° grupo de coelhos). Além disso, também a motilidade progressiva rápida dos espermatozoides foi estatisticamente aumentada. De fato, os espermatozoides progressivos rápidos encontrados no líquido seminal do primeiro grupo de coelhos somavam 40% ao passo que depois do tratamento com D-aspartato o valor médio dos mesmos foi de 55%, isto é, um aumento de 37%. Para os resultados após a ingestão da mistura consistindo em D-aspartato de sódio e L-aspartato de sódio vide Tabela 5, parte B; 2° grupo de coelhos. No segundo grupo de coelhos que receberam D-Asp + L-aspartato o valor médio do número de espermatozoides rápidos variou de 39% a 58%, isto é, um aumento de 48% (Tabela 5; parte B; 2° grupo de coelhos).
[00055] Do ponto de vista estatístico, as melhoras dos parâmetros estudados, tanto com o uso de D-aspartato de sódio isolado quanto com o uso de uma mistura consistindo em L-aspartato de sódio integrado ao D-aspartato de sódio, analisadas pelo teste t de Student foram todas significativas para P<0,01. Os resultados relatados acima estão mostrados abaixo na Tabela 5 que mostra o efeito de D- aspartato de sódio e D-aspartato + L-aspartato de sódio no aumento do número e da qualidade dos espermatozoides em líquido seminal de coelho. Tabela 5. Efeito do D-aspartato de sódio e DL-aspartato de sódio no aumento do número e da qualidade dos esperma- tozoides em líquido seminal de coelho
Figure img0008
[00056] Os resultados estão indicados como valores médios obtidos em um grupo de 10 coelhos adultos (6 meses de idade) antes do tratamento e 20 dias depois da ingestão de 0,25 g D-aspartato de sódio (1,60 μmol/ coelho; 0,26 μmol/kg de peso corporal) e em um grupo de outros 10 coelhos da mesma idade antes do tratamento e 20 dias depois da ingestão de uma mistura consistindo em 0,2 g de D-aspartato de sódio e 0,05 g de L-aspartato de sódio diariamente durante 30 dias (80% de Na-D-aspartato e 20% de Na-L-aspartato).
[00057] Os valores apresentados na parte A da tabela indicam o número total de espermatozoides/ml de líquido seminal antes e depois do respectivo tratamento com o medicamento. Entre parênteses está dada a percentagem de incremento do número de espermatozoides.
[00058] Na parte B da tabela os valores com asterisco indicam os valores percentuais do número de espermatozoides progressivos rápi-dos, lentos, imóveis na base 100. Os valores entre parênteses indicam a percentagem dos aumentos de espermatozoides progressivos rápi-dos em relação aos valores antes do respectivo tratamento com o me-dicamento.
[00059] Os aumentos no número e na motilidade dos espermato- zoides nos coelhos tratados com D-aspartato de sódio e L-aspartato de sódio integrado ao D-aspartato de sódio são todos significativos (teste T de Student; P<0,01). EXEMPLO 3: Estudo sobre os efeitos de uma combinação de D- aspartato de sódio 50% e L-aspartato de sódio 50% em coelhos
[00060] O estudo envolvia a administração de uma mistura consistindo em 0,125 g de D-aspartato de sódio + 0,125 g de L-aspartato de sódio (D-Asp 50%: L-Asp 50%) a um grupo de 10 coelhos de acordo com o procedimento do Exemplo 2. O resultado obtido mostra que também neste caso uma melhora na qualidade do sêmen foi obtida em termos do número total e da motilidade progressiva rápida dos esper- matozoides em relação aos controles, mas este efeito foi muito menos eficiente em relação ao efeito obtido com o uso da mistura consistindo em 80% de D-aspartato de sódio e 20% de L-aspartato de sódio. Neste caso a produção do número de espermatozoides foi aumentada em 25% e a motilidade em 55% em relação aos controles mostrando que também neste caso foi obtida uma melhora em relação ao uso de D- aspartato isolado mas esta foi menor que com a mistura consistindo em 80% D-aspartato e 20% L-aspartato. EXEMPLO 4: Estudos sobre os efeitos de uma combinação de 80% de D-aspartato de sódio e 20% de L-aspartato de sódio no homem
[00061] Grupos de voluntários com idade de 25-40 anos foram recrutados e o efeito do D-aspartato de sódio isolado e o efeito de L- aspartato de sódio suplementado com L-aspartato de sódio na esper- matogênese humana foram avaliados.
[00062] O estudo envolve a ingestão oral (após o desjejum ou a re-feição principal) por um grupo de 10 pessoas com idade de 25-40 anos de uma dose diária consistindo em 3,12 g de D-aspartato de sódio (19,2 μmoles de D-aspartato de sódio; 0,27 μmol/kg de peso corporal para uma pessoa de 70 kg) durante 30 dias. Um outro grupo de 10 pessoas com idade de 25-40 anos (após o desjejum ou a refeição principal) ingeriu uma dose diária de uma mistura consistindo em 2,49 g de D-aspartato de sódio e 0,63 g de L-aspartato de sódio (80% de D- aspartato de sódio e 20% de L-aspartato de sódio) durante o mesmo período.
[00063] Antes do início do estudo e no soro derivado de sangue co-letado depois de 10, 20 e 30 dias de tratamento os valores de LH, tes- tosterona e o número e a motilidade progressiva rápida dos esperma- tozoides foram determinados.
[00064] Ensaios hormonais de LH e testosterona foram realizados com kits comerciais específicos para uso químico-clínico.
[00065] Líquido seminal foi coletado através de masturbação depois de 3-5 dias de abstinência. O número dos espermatozoides e a motilidade progressiva rápida dos mesmos foram determinados de acordo com as diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde) usando uma câmara Makler para a contagem (Sefi Medtstl Instrument, Haifa, Israel) e no mesmo lugar a motilidade progressiva rápida foi determinada.
[00066] Deve ser salientado que este estudo foi realizado em indi-víduos selecionados tendo um número de espermatozoides no líquido seminal de 15.000.000 a 20.000.000/ml, que são os valores limiares mínimos na faixa normal. Este expediente foi baseado em estudos pre-liminares indicando que o efeito do D-aspartato na melhora da esper- matogênese foi observado de forma mais evidente em indivíduos pro-duzindo um número não alto demais de espermatozoides. Possivel-mente isto resultado do fato de que os indivíduos produzindo um nú-mero relativamente baixo de espermatozoides também têm uma % mais alta de espermatozoides que não atingem a maturação e dege-neram durante a espermatogênese. Neste caso, portanto, a ação do D-aspartato estimula sua maturação resultando em espermatozoides vitais.
[00067] O resultado obtido indicou que o uso de D-aspartato de sódio aumentou estatisticamente os valores dos hormônios LH e testos- terona (hormônios específicos envolvidos na espermatogênese) e o número e a motilidade progressiva rápida dos espermatozoides. Espe-cificamente o tratamento diário com 3,12 g de D-aspartato de sódio induziu um aumento médio dos valores hemáticos de LH de 25,6%. De um valor médio de 4,3 mUI/ml para os controles, foi obtido um valor de 5,4 mUI/ml nas pessoas depois da ingestão de D-aspartato (P<0,01). O mesmo efeito foi observado para a testosterona passando de um valor sérico de 4,8 ng/ml antes do tratamento para um valor sérico de 6,3 ng/ml depois do tratamento, isto é, um aumento de 31,2% (P<0,01) (Tabela 6, parte A, 1° grupo de pessoas). Além disso, também o nú-mero e a motilidade progressiva dos espermatozoides são significati-vamente aumentados em relação aos controles. Neste caso, de fato, o número total de espermatozoides encontrados antes da ingestão de D- aspartato foi de 18.000.000 e depois do tratamento com D-aspartato 23.000.000, ambos como um valor médio, e portanto um aumento de 27% (Tabela 6, parte B; primeiro grupo de 10 pessoas). Além disso, a motilidade também aumentou significativamente em 28% depois do tratamento com D-aspartato em relação aos valores antes do trata-mento (Tabela 6, parte B, 1° grupo de 10 pessoas) (P<0,01).
[00068] Curiosamente, foi ainda observado que para coelhos (vide acima),e também para o homem, o tratamento com uma mistura con-sistindo em L-aspartato de sódio integrado ao D-aspartato de sódio resultou em um aumento posterior comparado ao uso de D-aspartato de sódio isolado para ambos os hormônios hemáticos (LH e testoste- rona) e para a qualidade do líquido seminal. Nesta segunda experiên-cia, na verdade, foi observado que o grupo de pessoas que ingeriram a dose diária consistindo em 2,49 g de D-aspartato de sódio e 0,63 g de L-aspartato de sódio (80% D-Asp; 20% L-Asp) melhorou ainda o desempenho de fertilidade em relação ao controle. O valor médio de LH aumentou em 38,6% em relação ao controle (as mesmas pessoas antes do tratamento) versus um incremento de 25,6% observado com o uso de D-aspartato de sódio isolado (Tabela 6, parte A; 2° grupo de 10 pessoas). O mesmo fenômeno ocorre com a testosterona. Este hormônio esteroide, na verdade, depois do tratamento com L-aspartato integrado ao D-aspartato é aumentado em 47,8% em relação ao con-trole (as mesmas pessoas antes do início da terapia), ao passo que com o uso de D-aspartato isolado o incremento foi de 31,2% (Tabela 6, parte A; segundo grupo de 10 pessoas). Além disso, também o nú- mero e a motilidade dos espermatozoides foram aumentados. De um valor médio de 19,500.000/ml antes da terapia para um valor de 28.000.000/ml, um aumento de 43% (Tabela 6, parte B; 2° grupo de 10 pessoas). Além disso, com o último tratamento, também foi obtida uma melhora na qualidade dos espermatozoides. De fato, o número de es- permatozoides progressivos rápidos obtidos com o uso de L-aspartato de sódio tendo como co-adjuvante D-aspartato de sódio passou de valores de 34% para 50% antes e depois do tratamento, respectiva-mente, isto é, um aumento de 47% (Tabela 6, parte B; 2° grupo de 10 pessoas). A Tabela 6 mostra o efeito do D-aspartato de sódio e D- aspartato de sódio + L-aspartato de sódio no aumento dos hormônios LH e testosterona e no número e qualidade dos espermatozoides em líquido seminal humano. Tabela 6. Efeito do D-aspartato de sódio e da mistura consistindo em 80% D-aspartato de sódio e 20% de L-aspartato de sódio no aumento de LH e hormônios testosterona no soro humano e no número e qualidade de espermatozoides em líquido seminal humano
Figure img0009
[00069] Os resultados indicam os valores médios de um número de 10 indivíduos com idade de 25-40 anos antes do tratamento e depois da ingestão diária, durante 30 dias, de 3,0 g de D-aspartato de só- dio/dia (1° grupo de 10 pessoas) e um grupo de 10 pessoas com a mesma idade antes do tratamento e depois da ingestão diária, durante 30 dias, de 2,49 g de D-aspartato de sódio e 0,63 g de L-aspartato de sódio (80% de D-aspartato de sódio e 20% de L-aspartato de sódio). Os valores entre parênteses na parte A da tabela indicam a % de in-cremento de LH e testosterona antes e depois do respectivo tratamen-to. Os valores com asterisco na parte B da tabela indicam o valor % do número de espermatozoides progressivos rápidos, lentos, e imóveis na base 100.
[00070] Os valores entre parênteses na parte B da tabela indicam os aumentos % de espermatozoides totais e espermatozoides pro-gressivos rápidos.
[00071] Os aumentos de todos os valores entre parênteses (LH, testosterona, número total e espermatozoides progressivos rápidos) são todos significativos (teste T de Student; P<0,01).
[00072] Os resultados obtidos nessas experiências demonstraram que os valores de LH e testosterona aumentam significativamente durante os dias de tratamento até aproximadamente 30 dias de tratamento em relação ao valor basal (antes do tratamento). Sucessivamente tal aumento permanece constante se o tratamento continuar por um período de tempo maior. Ao contrário, o número de espermatozoides no líquido seminal continua aumentando progressivamente até o 90° dia de terapia.
[00073] Nas figuras 1 e 2 está representado o diagrama de valores aumentados para LH e testosterona em sangue humano antes e depois do tratamento com a composição de acordo com a invenção (80% de D-aspartato de sódio e 20% de L-aspartato de sódio).
[00074] Nas figura 3 e 4 está representado o diagrama de valores aumentados do número de espermatozoides e sua motilidade progres-siva rápida antes e depois do tratamento com a composição de acordo com a invenção. Determinação de ácido D-aspártico em líquido seminal humano
[00075] 2 ml de líquido seminal obtido de cada paciente são diluí dos em 10 ml de TCA (ácido tricloroacético) 0,2 M para desproteneiza- ção e são centrifugados a 10.000 rpm por 30 minutos. O sobrenadante contendo ácido D-aspártico e outros aminoácidos foi purificado em uma coluna trocadora de cátions (1x4 cm) descrita na Ref. 18-21. Em resumo, a uma coluna de resina trocadora de íons 2x4 AG-50W-X8; malha 200-400, foi adicionado o sobrenadante de líquido seminal em TCA obtido acima. Depois de absorção da amostra, a coluna foi lavada com 10 ml de HCl 0,001 M e em seguida eluída com 10 ml de hidróxido de amônio 4 M. Este eluato, contendo aminoácidos purificados, foi secado sobre uma chapa quente para eliminar a amônia e o resíduo foi dissolvido em 2 ml de água destilada e o ácido D-aspártico foi de-terminado por HPLC ou por um método colorimétrico baseado no uso de D-aspartato oxidase (purificado de rim bovino) como descrito em nosso obra (Ref.: 18-21).
[00076] A figura 5 mostra um exemplo de análise por HPLC de uma amostra padrão consistindo em uma mistura padrão de ácido D- aspártico junto com uma mistura de L-aminoácidos.
[00077] O quadro da esquerda mostra a análise por HPLC de uma mistura padrão consistindo em D-Asp e outros L-aminoácidos. O dia-grama representa um exemplo de um cromatograma obtido usando 10 picomoles de D-Asp e 20 picomoles dos seguintes outros aminoáci- dos: Glu, Asn, Gln, Ser, Thr, His, Gly, Arg, Wing, Taurina, GABA, Tyr, Val, Met, Leu, Ile, Phe e Lys. e D-Asp é eluído em 5,2 minutos seguido por L-Asp e outros L-aminoácidos.
[00078] O quadro da direita mostra a mesma amostra, porém após tratamento com D-aspartato oxidase. Neste caso a enzima D-aspartato oxidase que é específica para a oxidação somente do D-Asp eliminou o pico no tempo de eluição de 5,2 minutos confirmando assim que este pico resultou realmente do ácido D-aspártico. Análise estatística
[00079] Os dados estão expressos como a média ± SD usando o teste t de Student T. P<0,05 foi considerado estatisticamente significativo. EXEMPLO 5: Estudo sobre os efeitos de uma combinação de 50% de D-aspartato de sódio e 50% de L-aspartato de sódio no homem
[00080] Outro estudo envolvendo o tratamento de um outro grupo de 10 pessoas com idade de 25-40 anos com uma mistura consistindo em 1,56 g de D-aspartato de sódio + 1,56 g de L-aspartato de sódio (50% D-Asp: 50% L-Asp) como dose diária durante 30 dias foi realizado. Os resultados obtidos indicaram que também neste caso foi obtido um aumento tanto nos valores hemáticos de LH e testosterona quanto na qualidade do líquido seminal, porém menos eficiente comparado ao uso da mistura consistindo em 80% de D-aspartato de sódio e 20% de L-aspartato de sódio. Neste caso de fato os valores de LH e testoste- rona aumentaram significativamente, i.e., em 30% e 38%, respectiva-mente, em relação aos valores básicos. Além disso, também o número de espermatozoides e a motilidade progressiva rápida dos mesmos foram significativamente aumentados em 45% em relação ao controles (dados não mostrados na tabela). Portanto também com o uso de DAsp + L-Asp foi observado uma melhora muito significativa dos parâmetros espermáticos, porém inferiores àquela observada com o uso de 80% D-Asp e 20% L-Asp.
[00081] Concluindo, assim como observado para os coelhos, também para o homem o tratamento com L-aspartato de sódio integrado ao D-aspartato de sódio resulta em um aumento significativo tanto dos valores de LH e testosterona no sangue quanto no número e na motili-dade de espermatozoides no líquido seminal em relação ao tratamento consistindo no uso de D-aspartato de sódio isolado. EXEMPLO 6: Preparação de ração para coelho contendo várias com-binações de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico. Exemplo 6A: Preparação de ração contendo uma combinação de 80% de ácido D-aspártico e 20% de ácido L-aspártico.
[00082] 2 kg de ração para coelho em 4 litros de água destilada são homogeneizados em um misturador a 60-70 °C até a formação de uma mistura homogênea. Em seguida 9,12 g de ácido D-aspártico e 2,28 g de ácido L-aspártico (11,4 g no total) são adicionados e a mistura é novamente homogeneizada para que seja obtida uma dispersão ho-mogênea de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico no amassador de ração. Por fim, a água é evaporada por aquecimento em forno até que a ração fique novamente dura. A ração é resfriada, cortada em cubos de 5-10 g e usada para alimentação dos animais.
[00083] Desta maneira, 1 g de ração conterá 4,56 mg de ácido D- aspártico e 1,14 mg de ácido L-aspártico. Exemplo 6B: Preparação de ração contendo uma combinação de 50% de ácido D-aspártico e 50% de ácido L-aspártico.
[00084] 2 kg de ração para coelho em 4 litros de água destilada são homogeneizados em um misturador a 60-70 °C até a formação de uma mistura homogênea. Em seguida 5,7 g de ácido D-aspártico e 5,7 g de ácido L-aspártico (11,4 g no total) são adicionados e a mistura é no-vamente homogeneizada para que seja obtida uma dispersão homo-gênea de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico no amassador de ra-ção. Por fim, a água é evaporada por aquecimento em forno ou fogo baixo até que a ração fique novamente dura. A ração é resfriada, cor-tada em cubos de 5-10 g e usada para alimentação dos animais.
[00085] Desta maneira, 1 g de ração conterá 2,85 mg de ácido D- aspártico e 2,85 mg de ácido L-aspártico. Exemplo 6C: Preparação de ração contendo uma combinação de 99,5% de ácido D-aspártico e 0,05% de ácido L-aspártico.
[00086] 2 kg ração para coelho ou rato em 4 litros de água destilada são homogeneizados em uma batedeira de cozinha a 60-70 °C até a formação de uma mistura homogênea. Em seguida 11,43 g de ácido D-aspártico e 0,570 g de ácido L-aspártico (11,4 g no total) são adicio-nados e a mistura é novamente homogeneizada para que seja obtida uma dispersão homogênea de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico no amassador de ração. Por fim, a água é evaporada por aquecimento em forno ou fogo baixo até que a ração fique novamente dura. A ração é resfriada, cortada em cubos de 5-10 g e usada para alimentação dos animais.
[00087] Desta maneira, 1 g de ração conterá 5,67 mg de ácido D- aspártico e 0,03 mg de ácido L-aspártico. Exemplo 6D: Preparação de ração contendo apenas ácido D-aspártico ou apenas ácido L-aspártico
[00088] 2 kg ração para coelho ou rato em 4 litros de água destilada são homogeneizados em um misturador a 60-70 °C até a formação de uma mistura homogênea. Em seguida 11,4 g de ácido D-aspártico ou 11,4 g de ácido L-aspártico são adicionados e a mistura é novamente homogeneizada para que seja obtida uma dispersão homogênea de ácido D-aspártico ou de ácido L-aspártico no amassador de ração. Por fim, a água é evaporada por aquecimento em forno ou fogo baixo até que a ração fique novamente dura. A ração é resfriada, cortada em cubos de 5-10 g e usada para alimentação dos animais.
[00089] Desta maneira, 1 g de ração conterá 5,7 mg de ácido D- aspártico ou 5,7 mg de ácido L-aspártico. EXEMPLO 7: Estudos sobre os efeitos de uma combinação de 80% de ácido D-aspártico e 20% de ácido L-aspártico no número e na motili-dade de espermatozóides de coelho.
[00090] O estudo foi realizado em dois grupos de coelhos. Um primeiro grupo consistindo em 10 coelhos com 6 meses de idade (apro-ximadamente 5 kg de peso corporal) foi alimentado durante 20 dias com a mistura de ração contendo a mistura de 80% de ácido D- aspártico e 20% de ácido L-aspártico (vide acima: “Exemplo de prepa-ração de ração contendo uma combinação de 80% de ácido D- aspártico e 20% de ácido L-aspártico”). Um segundo grupo de 10 coe-lhos com a mesma idade representando um grupo de controle (ou pla-cebo) foi alimentado durante 20 dias com o mesmo tipo de ração pre-parado acima, porém sem a adição da mistura de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico. As experiências foram realizados em uma fazenda de criação de coelhos (“Potenza Breeders' Association”, Potenza, Itá-lia). Antes do início e no final da esperiência uma amostra de esperma de cada coelho foi coletada por estimulação com uma vagina artificial (vide a obra: “G. Macchia et al., DL-aspartic acid administration improve semen quality in rabbit bucks, publicada em “Animal Reproduction Science, 118, 337-343, 2010) e o número total de espermatozoides/ml no ejaculado e sua motilidade foram determinados.
[00091] O número e a motilidade progressiva rápida dos esperma- tozoides são determinados de acordo com as diretrizes da OMS (Or-ganização Mundial de Saúde) usando uma câmara Makler para a con-tagem (Sefi Medtstl Instrument, Haifa, Israel) e no mesmo lugar a moti-lidade progressiva rápida foi determinada. O sêmen de coelho foi diluí-do 1:10 em uma solução iso-osmótica devido à concentração excessiva e foi em seguida analisado (nota: cada coelho pesava aproximada-mente 5 kg e consumia aproximadamente 200 g de ração por dia. Co-mo 1 g de ração continha 4,56 mg de ácido D-aspártico e 1,14 mg de ácido L-aspártico o resultado é que em um dia o coelho consumia um total de 912 mg de ácido D-aspártico e 228 mg de ácido L-aspártico).
[00092] O resultado obtido neste estudo demonstrou que a ingestão da mistura de 80% de ácido D-aspártico e 20% de ácido L-aspártico aumentou estatisticamente o número de espermatozoides no líquido seminal, i.e., a produção, em média, em 22%. De um valor médio de 320.000.000 espermatozoides/ml de líquido seminal dos coelhos antes do tratamento para um valor médio de 358.000.000/ml depois da in-gestão da mistura de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico (Tabela 7; parte A; 1° grupo de 10 coelhos). Além disso, nos mesmos líquidos seminais dos coelhos tratados, também foi observada um aumento na motilidade progressiva rápida dos espermatozoides variando de 38 % (esta percentagem refere-se ao número de espermatozoides progres-sivos rápidos de um número total de 100 espermatozoides observados em microscópio) a 54%, ambos como o valor médio, isto é, um aumen-to de 1,42 vez com uma significância P<0,01 (Tabela 7, parte B, 1° grupo de coelhos).
[00093] No grupo de coelhos, i.e., grupo de controle (ou placebo), não foi observado aumento estatístico significativo tanto no número total de espermatozoides/ml de líquido seminal (Tabela 7, parte To, 2° grupo de coelhos) quanto na motilidade dos mesmos (Tabela 7, parte B, 2° grupo de coelhos). Tabela 7. Efeito de uma mistura consistindo em 80% ácido D-aspártico e 20% ácido L-aspártico no aumento do núme-ro e da qualidade de espermatozoides em líquido seminal de coelho
Figure img0010
[00094] Os resultados descrevem valores médios para um grupo de 10 coelhos adultos (6 meses de idade: aproximadamente 5 kg de peso corporal) antes do tratamento e 20 dias depois de ingestão da mistura de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico. A quantidade do aminoácido ingerida diariamente pelo coelho foi de 912 mg de ácido D-aspártico e 228 mg de ácido L-aspártico.
[00095] Os valores apresentados na parte A da tabela referem-se ao número médio de espermatozoides/ml de líquido seminal antes do tratamento com o medicamento e 20 depois do tratamento.
[00096] Os valores apresentados na parte B da tabela referem-se à motilidade dos espermatozoides em termos de espermatozoides rápi-dos, lentos e imóveis na base 100.
[00097] Os aumentos do número de espermatozoides e da motilidade dos mesmos nos coelhos tratados com a mistura de ácido D- aspártico e ácido L-aspártico são todos aumentos significativos. (teste T de Student = P<0,01). EXEMPLO 8: Estudos dos efeitos de uma combinação de 50% de áci-do D-aspártico e 50% de ácido L-aspártico no número e na motilidade de espermatozoides de coelhos.
[00098] Este estudo também foi realizado em dois grupos de coelhos da mesma idade e mesmo peso que aqueles usados no estudo anterior. Uma diferença neste caso é que o grupo de coelhos tratados recebeu uma ração contendo uma mistura de 50% de ácido D- aspártico e 50% de ácido L-aspártico durante 20 dias (vide preparação acima: “Exemplo de preparação de ração contendo uma combinação de 50% de ácido D-aspártico e 50% de ácido L-aspártico”), e um se-gundo grupo de 10 coelhos foi usado como controle. Também neste caso o líquido seminal foi coletado antes e depois da experiência e en-tão examinado quanto ao número de espermatozoides e à motilidade dos mesmos.
[00099] Os resultados obtidos neste estudo demonstraram que usando também uma mistura consistindo em 50% de ácido D- aspártico e 50% de ácido L-aspártico foi obtido um aumento da produção, i.e., do número de espermatozoides no líquido seminal dos coelhos e na motilidade dos mesmos (vide tabela 8). De fato, como mostrado na tabela 8, com este tratamento um incremento de 16 % no número de espermatozoides, significativo para P<0,01, e também um incremento de 1,27 vezes na motilidade dos mesmos, mais uma vez significativo para P<0,01, foram obtidos. Os resultados obtidos estão detalhados na tabela 8. Tabela 8. Efeito de uma mistura consistindo em 50% ácido D-aspártico e 50% ácido L-aspártico no aumento do núme-ro e da qualidade de espermatozoides em líquido seminal de coelho
Figure img0011
[000100] Os resultados descrevem valores médios obtidos para um grupo de 10 coelhos adultos (6 meses de idade: aproximadamente 5 kg de peso corporal) antes e depois de 20 dias de tratamento por ingestão da mistura de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico. As quantidades de aminoácido administrados aos coelhos diariamente foi de 570 mg de ácido D-aspártico e 570 mg de ácido L-aspártico.
[000101] Os valores apresentados na parte A da tabela referem-se ao número médio de espermatozoides/ml de líquido seminal antes do tratamento com o medicamento e 20 depois do tratamento.
[000102] Os valores apresentados na parte B da tabela referem-se à motilidade dos espermatozoides em termos de espermatozoides rápi-dos, lentos e imóveis na base 100.
[000103] Os aumentos do número de espermatozoides e da motilidade dos mesmos nos coelhos tratados com a mistura de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico são todos aumentos significativos. (teste T de Student = P<0,01).
[000104] Para coelhos de controle usamos o mesmo grupo de coelhos que aquele apresentado na tabela 7. EXEMPLO 9: Estudos sobre os efeitos de uma combinação de 99,5% de ácido D-aspártico e 0,05% de ácido L-aspártico no número e na motilidade dos espermatozoides em coelhos.
[000105] Este estudo realizado em coelhos também foi realizado da mesma maneira que os anteriores. Uma diferença neste caso é que o grupo de coelhos tratados recebeu uma ração contendo uma mistura de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico em uma proporção de 99,5:0,05 (vide Exemplo 3 acima: “Preparação de ração contendo uma combinação de 99,5 % de ácido D-aspártico e 0,05% de ácido L-aspártico”). Também neste caso a quantidade total de D-Asp + L-Asp ingerida diariamente pelos coelhos foi de cerca de 1,140 g.
[000106] Os resultados obtidos neste estudo demonstraram que usando também uma mistura consistindo em 99,5 % de ácido D- aspártico e 0,05% de ácido L-aspártico foram obtidos um aumento de 18,6 % na produção, i.e., no número, de espermatozoides no líquido seminal e um incremento de 31 % (+1,31) da motilidade rápida dos mesmos (vide tabela 9). Tabela 9. Efeito de uma mistura consistindo em 99,5% ácido D-aspártico e 0,05% ácido L-aspártico no aumento do número e da qualidade de espermatozoides em líquido seminal de coelho
Figure img0012
[000107] Os resultados descrevem valores médios obtidos para um grupo de 10 coelhos adultos (6 meses de idade: aproximadamente 5 kg de peso corporal) antes do tratamento e depois da ingestão da mistura de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico durante 20 dias. A quantidade de aminoácido ingerida pelo coelho diariamente foi de 570 mg de ácido D-aspártico e 570 mg de ácido L-aspártico.
[000108] Os valores apresentados na parte A da tabela referem-se ao número médio de espermatozoides/ml de líquido seminal antes do tratamento com o medicamento e 20 depois do tratamento.
[000109] Os valores apresentados na parte B da tabela referem-se à motilidade dos espermatozoides em termos de espermatozoides rápi-dos, lentos e imóveis na base 100.
[000110] Os aumentos do número de espermatozoides e da motilidade dos mesmos nos coelhos tratados com a mistura de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico são todos aumentos significativos. (teste T de Student = P<0,01). EXEMPLO 10: Estudo sobre os efeitos do ácido L-aspártico no número e na motilidade dos espermatozoides em coelhos.
[000111] Já foi reportando na literatura que o ácido D-aspártico em tecidos de animais, inclusive do homem, é encontrado em vários teci-dos em alta concentração nas glândulas endócrinas: hipófise e testícu-lo, é sintetizado no organismos através da enzima chamada D- aspartato racemase que tem a propriedade de sintetizar o ácido D- aspártico por conversão do ácido L-aspártico (Referências 21-26 e ta-bela 10). Tabela 10. Concentração de D-aspartato racemase em vários tecidos de rato
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[000112] A atividade enzimática é determinada por incubação de 1 ml da mistura reacional consistindo em 10 mM de L-Asp 10 em tampão borato 0.M pH 8,0 a 37°C por 60 minutos, com 1 ml de homogeneizado de tecido 1:10 em tampão borato, 0,1 M pH 8,0. Depois de incubação, a quantidade de ácido D-aspártico sintetizado foi determinada por HPLC (vide ref. 23). 1 unidade enzimática é definida com a quantidade de enzima adequada para converter 1 μmol de L-Asp em D-Asp nas condições do teste enzimático.
[000113] Como a racemização é uma reação de equilíbrio, se por dieta uma quantidade de ácido L-aspártico for ingerida, uma quantidade determinada do mesmo será convertida em ácido D-aspártico que por vez será absorvido pelo testículo resultando em uma produção aumentada de testosterona e melhor qualidade do líquido seminal em termos do número e da motilidade dos espermatozoides. Com base neste conceito realizamos uma experiência com coelhos similar às ex-periências anteriores, porém administrando uma ração ácido L- aspártico (preparada da maneira descrita acima) porém usando ácido L-aspártico no lugar do ácido D-aspártico. Também neste caso a quan-tidade total de ácido L-aspártico ingerida diariamente pelo coelho foi de aproximadamente 1,1 g.
[000114] O resultado obtido neste estudo demonstrou que também oferecendo aos coelhos ração contendo ácido L-aspártico no lugar do ácido D-aspártico, foi obtido um aumento na produção, i.e., no número, de espermatozoides no líquido seminal, não no mesmo grau que aque-le obtido com a mistura D-Asp/L-Asp, porém ainda significativo. Neste caso incrementos de 14,5% no número de espermatozoides e de 18% na motilidade rápida dos espermatozoides em relação aos respectivos valores no sêmen antes do tratamento foram observados (vide tabela 11). Tabela 11. Efeito do ácido L-aspártico no aumento do número e da qualidade de espermatozoides em líquido seminal de coelho
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[000115] Os resultados descrevem valores médios obtidos para um grupo de 10 coelhos adultos (6 meses de idade: aproximadamente 5 kg de peso corporal) antes do tratamento e depois da ingestão de ácido L-aspártico durante 20 dias. A quantidade de aminoácido ingerida pelo coelho diariamente foi de cerca de 1,14 g. Os valores apresentados na parte A da tabela referem-se ao número médio de espermato- zoides/ml de líquido seminal antes do tratamento com o medicamento e 20 depois do tratamento.
[000116] Os valores apresentados na parte B da tabela referem-se à motilidade dos espermatozoides em termos de espermatozoides rápi-dos, lentos e imóveis na base 100.
[000117] Os aumentos do número de espermatozoides e da motilidade dos mesmos nos coelhos tratados com a ração contendo ácido L-aspártico são todos aumentos significativos para o teste T de Student, P<0,01). Conclusão sobre os resultados obtidos sobre o efeito do uso do ácido D-aspártico e do ácido L-aspártico na melhora do líquido seminal de coelhos.
[000118] O estudo realizado em coelhos sobre o efeito do ácido D- aspártico tendo como coadjuvante o ácido L-aspártico demonstrou que este aminoácido também o ácido D-aspártico usado isolado ou em combinação com ácido L-aspártico, não necessariamente neutralizado por íons de sódio, apresenta capacidade de melhorar a atividade es- permática em animais experimentais que é análoga àquela com o uso de D-aspartato de sódio isolado ou em combinação com L-aspartato de sódio.
[000119] No entanto, é interessante salientar que quando D- aspartato de sódio e L-aspartato de sódio são usados, também o uso do ácido D-aspártico em combinação com o ácido L-aspártico na proporção de 80% de ácido D-aspártico e 20% de ácido L-aspártico, é a fórmula de dose que apresenta um efeito melhor na atividade esper- mática (vide comparação das tabelas 7, 8 e 9).
[000120] Além disso outros estudos realizados usando também so-mente o ácido L-aspártico demonstraram que em qualquer caso tam-bém foi obtida uma melhora dos parâmetros seminais embora não tão alta quanto aquela obtida quando o ácido D-aspártico foi usado, uma melhora de parâmetros seminais que também são significativos é obti-da (vide tabela 11). O motivo disto evidentemente resulta da transfor-mação do ácido L-aspártico em ácido D-aspártico pela racemase. EXEMPLO 11: Estudo no homem - Efeitos de uma combinação de 80% de ácido D-aspártico e 20% de ácido L-aspártico na fertilidade masculina.
[000121] Este estudo foi realizado para saber se além de D- aspartato/L-aspartato, também uma mistura consistindo em ácido D- aspártico em combinação com o ácido L-aspártico pode resultar em melhoras significativas de incremento do hormônio sexual masculino e melhora do líquido seminal, como ocorre com o uso de aspartato de sódio como relatado na primeira parte da presente patente.
[000122] A experiência foi realizada em dez voluntários do sexo masculino com idade de 25-40 anos selecionados pela qualidade do líquido seminal sendo normal ou quase normal.
[000123] O estudo envolvia a ingestão oral, pelos indivíduos testados, de uma dose consistindo em 1,6 g de ácido D-aspártico a 0,4 g de ácido L-aspártico (2,0 g total quantidade) após o desjejum e uma dose similar após o jantar. Em termos de percentagen de composição a mis-tura consistia em 80% de ácido D-aspártico e 20% de ácido L- aspártico. Como procedimento de ingestão, a mistura de ácido D- aspártico e ácido L-aspártico era de preferência dispersada em meio copo de água ou de suco de fruta natural ou artificial (laranja, maçã, pera etc.), e então agitado e ingerido.
[000124] Antes do início do estudo e depois de 20 dias de tratamento, sangue de cada indivíduo foi coletado pela manhã e a concentração de LH (hormônio luteinizante) e testosterona foi determinada no soro obtido do referido sangue. Além disso, de cada indivíduo também foi coletado líquido seminal para o qual foi determinada a motilidade progressiva rápida junto com o número total de espermatozoides/ml de esperma.
[000125] O líquido seminal foi coletado por masturbação depois de 35 dias de abstinência. O número de espermatozoides e a motilidade progressiva rápida foram determinados de acordo com as diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde) usando uma câmara Makler para a contagem (Sefi Medtstl Instrument, Haifa, Israel) e no mesmo lugar a motilidade progressiva rápida foi determinada.
[000126] O resultado obtido neste estudo indicou que em 8 das 10 pessoas submetidas ao tratamento pessoas ocorreu um aumento séri- co nos valores dos hormônios LH e testosterona (hormônios específicos envolvidos na espermatogênese humana) antes do tratamento e depois de 20 dias de tratamento e tal aumento foi significativo para o teste t de Student p<0,01. Os resultados obtidos estão apresentados na tabela 12. Como se pode deduzir desta tabela, o tratamento com duas doses diárias de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico resultou em um aumento médio dos valores hemáticos de LH em 34%. De um valor médio de 4,1±1,2 mUI/ml nos indivíduos no tempo zero para um valor médio de 5,5±1,5 mUI/ml nos mesmos indivíduos depois de 20 dias de terapia, o que significa um aumento de 34%. Um efeito análogo foi observado com a testosterona. Neste caso, na verdade, de um valor médio de testosterona de 3,4±0,9 mUI/ml nos indivíduos no tempo zero para um valor médio de 5,8±1,6 mUI/ml nos mesmos indivíduos depois de 20 dias de terapia (70% de aumento), p<0,01 (Tabela 12, parte A). Além do efeito hormonal, o estudo comprovou que como resultado do tratamento com a mistura de ácido D-aspártico e ácido L- aspártico, também o número de espermatozoides do líquido seminal e a motilidade progressiva dos mesmos são significativamente aumentados em relação ao controle (Tabela 12, parte B e C). De fato, como apresentado na tabela 12 em 9 de 10 indivíduos, o número total de espermatozoides no líquido seminal como resultado do tratamento é significativamente aumentado com um incremento médio de 51,4% . Vale a pena observar também que um indivíduo não respondeu à es-timulação com o fármaco (amostra 4 na tabela). Evidentemente isso muito provavelmente resulta da ocorrência no indivíduo de um distúrbio não metabólico e sim obstrutivo dos dutos seminíferos. Além do número aumentado de espermatozoides, um incremento significativo da motilidade dos mesmos também foi observado. Com efeito, o fár- maco também induziu uma ativação significativa da motilidade progressiva dos espermatozoides. Também neste caso de fato todos os indivíduos (à exceção do número 4) apresentaram melhora significativa da motilidade dos espermatozoides (em 67,6%) em relação aos mesmos indivíduos antes da terapia . Tabela 12. Efeito do ácido D-aspártico (80%) e do ácido L-aspártico (20%) no incremento de LH e testosterona em soro humano e no nú-mero e na qualidade dos espermatozoides em líquido seminal humano.
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Figure img0016
Nota: Cada valor de motilidade refere-se à amostra seminal líquida do mesmo indivíduo que aquela relatado na sessão B. Motilidade dos espermatozoides significa velocidade progressiva determinada com base no tempo de deslocamento no campo de visão e é expressa como percentagem de espermatozoides pro- gressivos rápidos de 100 espermatozoides observados. Os incrementos médios para os hormônios, número e motilidade dos espermatozoides são todos significativos para o teste T de Student; P<0,01.
[000127] Deve ser salientado ainda que experiências adicionais foram realizadas em outros grupos de 10 pessoas usando as combinações de 50% de ácido D-aspártico e 50% de ácido L-aspártico e 99,5% de ácido D-aspártico e 0,05% de ácido L-aspártico conforme usado para as experiências em coelhos. Também no homem foram obtidos resultados estatisticamente positivos em termos do aumento de hormônios sexuais e qualidade do sêmen. Neste caso, no entanto, a intensificação da atividade foi menor que com a combinação de 80% de ácido D-aspártico e 20% de ácido L-aspártico, porém, no entanto, ainda estatisticamente significativa. Por fim, no homem fora realizada a experiência com o uso de ácido L-aspártico isolado em vez das com-binações D-Asp/L-Asp mencionadas acima. Neste caso o hormônio LH e o hormônio hemático testosterona antes e depois da terapia perma-neceram inalterados, mas os parâmetros do líquido seminal foram es-tatisticamente melhorados (vide tabela 13). De fato, como mostrado na referida tabela, o número de espermatozoides no líquido seminal dos indivíduos tratados com ácido L-aspártico aumentou significativamente em 22,7% antes e depois do tratamento com ácido D-aspártico. Tabela 13. Efeito do ácido L-aspártico na qualidade do líquido seminal humano.
Figure img0017
Figure img0018
Nota: Cada valor de motilidade refere-se à amostra seminal líquida do mesmo indivíduo que aquele relatado na sessão B. Motilidade dos espermatozoides significa velocidade progressiva determinada com base no tempo de deslocamento no campo de visão e é expressa como percentagem de espermatozoides pro-gressivos rápidos de 100 espermatozoides observados. Os incrementos médios para os hormônios, número e motilidade dos espermatozoides são todos significativos para o teste T de Student; P<0,01. Preparação do suplemento e combinação com excipientes
[000128] Quanto à via de ingestão do suplemento deve ser salientado que o ácido D-aspártico e o ácido L-aspártico são ambos solventes aquosos dificilmente solúveis. Portanto 2 gramas da dose sugerida (2 gramas 2 vezes ao dia, vide abaixo) misturados com meio copo de água ou suco de fruta não ficam completamente dissolvidos. No entan-to, também se a dose for ingerida como uma mistura semi-insolúvel, no estômago ela é diluída com uma quantidade abundante de líquido e sucos gástricos e, portanto solúvel e absorvível pelo intestino. O expe-diente de usar o suplemento com duas doses, cada uma delas con-tendo 2 g, nas duas refeições principais resulta em uma eficácia melhor que com o uso de uma dose diária.
[000129] Quanto à oportunidade de adicionar excipientes (vitaminas, coenzima Q-10, sais minerais, etc.) ao referido fármaco durante sua preparação comercial, a adição de uma dose adequada dos suplemen-tos a seguir poderia ser útil para intensificar o fármaco em termos de eficiência: óxido de zinco em uma quantidade de 5-10 mg/fármaco dose (o zinco ocorre no líquido seminal e acredita-se que ele afeta de forma positiva a regulação de testosterona na próstata). Coenzima Q- 10 em uma quantidade de 10-20 mg/fármaco dose (a coenzima Q10 é um agente antioxidante importante e protege as células contra radicais livres) e outros excipientes úteis para melhorar a aceitabilidade do fármaco como por exemplo vitaminas, ácido fólico etc. em quantidades aceitas para uso alimentício. BIBLIOGRAFIA (1) D’Aniello A. & Giuditta A. Identification of D-aspartic acid in the brain of Octopus vulgaris. J. of Neurochemistry. 29, 1053-1057, 1977. (2) D’Aniello A. & Giuditta A. 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Claims (15)

1. Composição, caracterizada pelo fato de que compreende ou consiste na combinação de ácido D-aspártico e ácido L-aspártico, ou um ou mais sais de metais alcalinos ou alcalinos terrosos corres-pondentes dos referidos ácidos, os referidos princípios ativos estando possivelmente combinados com um ou mais excipientes e/ou coadju-vantes farmaceuticamente aceitáveis, em que a composição é para uso no tratamento de infertili-dade masculina, e em que a concentração de ácido D-aspártico ou seus sais é de 50% a 99,5% e a concentração de ácido L-aspártico ou seus sais é de 0,5% a 50%, sendo as referidas percentagens com base no peso total de ácido D-aspártico e ácido L-aspárticos ou seus sais.
2. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracteri-zada pelo fato de que a concentração de ácido D-aspártico ou sais do mesmo varia de 50% a 80%, a concentração de ácido L-aspártico ou sais do mesmo varia de 20% a 50%, em que as referidas percentagens são com base no peso total de ácido D-aspártico e ácido L- aspártico ou sais dos mesmos.
3. Composição, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, ca-racterizada pelo fato de que os referidos coadjuvantes são seleciona-dos dentre o grupo que consiste em aminoácidos, cetoácidos, vitami-nas, minerais, hormônios estimulantes da função reprodutora, calicreí- na, antibióticos, agentes anti-inflamatórios, antiandrogenos, androgê- nios, pentoxifilina, gonadotropina, hormônio liberador de gonadotropina (GnRH), estimulantes adrenérgicos, suplementos dietéticos, antioxi- dantes, cetoácidos.
4. Composição, de acordo com a reivindicação 3, caracteri-zada pelo fato de que os aminoácidos são selecionados dentre o grupo que consiste em alanina, arginina, carnitina, cisteína, glutamina, glicina, leucina, lisina, isoleucina, metionina, ornitina, fenil alanina, tre- onina, triptofano, valina, serina.
5. Composição, de acordo com a reivindicação 3, caracteri-zada pelo fato de que as vitaminas são selecionadas dentre o grupo que consiste em vitamina A, C, D3, E, K, B1, B2, B6, B12, PP, biotina (H), ácido fólico, ácido lipoico e coenzima Q10.
6. Composição, de acordo com a reivindicação 3, caracteri-zada pelo fato de que os minerais são selecionados dentre o grupo que consiste em magnésio, potássio, zinco, manganês, molibdênio, cromo, selênio, cálcio, ferro, cobre, iodo, fósforo, flúor.
7. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindi-cações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que as concentrações de vi-taminas variam da seguinte maneira: vitamina A de 0,0048% a 0,024%, vitamina C de 0,36% a 3,6%, vitamina D3 de 0,00003% a 0,00015%, vitamina E de 0,06% a 0,6%, vitamina K de 0,00042% a 0,0021%, vitamina B1 de 0,0084 a 0,042%, vitamina B2 de 0,0096% a 0,048%, vitamina B6 de 0,012% a 0,06%, vitamina B12 de 6,10-6% a 3,10-5%, vitamina PP de 0,108% a 0,54%, biotina de 0,0009% a 4,4,10-5%, ácido fólico de 0,0012% a 0,006%, em que as referidas percenta-gens são dadas em % em peso com base no peso da composição to-tal.
8. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindi-cações 1 a 7, caracterizada pelo fato de que as concentrações de mi-nerais variam conforme as seguintes percentagens: magnésio de 3,2% a 9%, potássio de 0,4% a 4%, zinco de 0,09% a 0,45%, manganês de 0,02% a 0,07%, molibdênio, cromo ou selênio de 0,0003% a 0,002%, pantotenato de cálcio de 0,04% a 0,15%, ferro de 0,084% a 0,021%, cobre de 0,02% a 0,1%, iodo de 0,0009% a 0,0045%, fósforo de 2,5% a 20%, flúor de 0,005% a 0,02%, cálcio de 3,24% a 16,2%, em que as referidas percentagens são dadas em % em peso com base no peso da composição total.
9. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de que as concentrações de aminoácidos além do ácido D-aspártico e do ácido L-aspártico variam de 0,6% em peso a 10% em peso com base no peso da composição total.
10. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada pelo fato de que compreende ainda ácido fólico, vitamina B6, vitamina B12 e os conservantes sorbato de potássio e benzoato de sódio.
11. Composição, de acordo com a reivindicação 10, carac-terizada pelo fato de que a concentração de ácido fólico varia de 0,002% a 0,006%, a concentração de Vitamina B6 varia de 0,02% a 0,06%, a concentração de Vitamina B12 varia de 1,10-5% a 3,10-5%, a concentração de sorbato de potássio varia de 0,002 a 0,008%, a con-centração de benzoato de sódio varia de 0,002 a 0,008%.
12. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindi-cações 1 a 11, caracterizada pelo fato de que a infertilidade masculina é não obstrutiva definida por oligo e/ou astenozoospermia com ou sem hipogonadismo hipogonadotrópico.
13. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindi-cações 1 a 12, caracterizada pelo fato de que sua dose diária varia de 0,001 g/dia a 10 g/dia.
14. Uso do ácido D-aspártico e do ácido L-aspártico, ou um ou mais sais de metais alcalinos ou alcalinos terrosos correspondentes dos referidos ácidos, caracterizado pelo fato de que é na preparação de uma composição para tratar a infertilidade masculina. 15. Uso do ácido L-aspártico isolado, caracterizado pelo fato de que é na preparação de uma composição para tratar a infertilidade masculina.
15. Uso do ácido L-aspártico isolado, caracterizado pelo fato de que é na preparação de uma composição para tratar a infertilidade masculina.
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