"VALVULA DE INTERLIGAÇÃO POLÍMERA HIDRÁULICA, COM SISTEMA DE INSTALAÇÃO PARA REDE PRINCIPAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SAÍDA PARA LIGAÇÕES DE RAMAIS SECUNDÁRIOS PARA EDIFICAÇÕES"
Refere-se o presente relatório descritivo, a um pedido de patente de invenção para um equipamento hidráulico inteiramente de plástico de engenharia, especialmente projetado para o rápido acoplamento, manual, por simples aperto de porcas, à tubulação principal de abastecimento de água, formando um inédito sistema para a feitura do furo e da conexão do ramal secundário para ,uma edificação, possibilitado por um sistema de grande praticidade e rapidez.
ESTADO DA TÉCNICA
Como é de conhecimento de técnicos no assunto, a interligação de um ramal secundário de uma edificação ao ramal principal da rede de abastecimento de água, exige primeiramente a instalação de uma válvula reguladora de fluxo. Tal medida é necessária para que a tubulação principal não seja interrompida temporariamente, visto que a mesma se encontra sob pressão, ou seja, com carga para alimentação de outras edificações. Nessa etapa inicial a válvula reguladora de fluxo deve ser ancorada e travada por seus componentes à tubulação principal para que, na seqüência seja feito um furo neste ramal principal e, em seguida seja feita a conexão para receber a tubulação que irá estender-se até o ramal secundário.
Para essa etapa prévia de ancoragem e travamento, a tubulação principal recebe o aperto de uma abraçadeira com cotovelo formado por uma entrada vazada para passagem de serra corpo e que é comunicante à saída ortogonal da tubulação secundária. Pela entrada vazada é feito o furo na tubulação principal e, com o recuo da serra copo após o limite da saída ortogonal é normalmente liberado o fluxo para a formação do ramal secundário, já com tubulação conectada para dirigir a água até a edificação.
Pelo sistema convencional acima citado, o aperto da abraçadeira é feito por chave contra parafusos, porcas e arruelas, seguindo-se ao acoplamento do mandril de uma espécie de furadeira manual ao suporte da serra e ao acionamento da ferramenta para a feitura do furo na tubulação principal.
Evidentemente esse trabalho é feito em cçndições desfavoráveis, em . espaço reduzido abaixo do nível do solo, em ambiente de lama e de grande umidade e, ainda, exigindo certa habilidade no manuseio por parte do encanador.
Além das dificuldades descritas posteriormente à instalação, podem ocorrer oxidações dos componentes metálicos que permanecem na tubulação, como a própria serra copo (mantida no interior da conexão) prejudicando a qualidade da água passante. A questão da oxidação pode ser resolvida com o emprego de latão ao invés de aço ou ferro nas partes metálicas ou ainda com aplicações de zinco ou tratamento de níquel, o que, evidentemente, gera custos e torna inviáveis essas medidas preventivas. Outros problemas podem afetar o sistema de ancoragem e travamento entre tubulações principais e secundárias, como deslocamentos de solo (terra) que muitas vezes provocam desníveis, propiciando movimentos radiais e axiais na tubulação, vindo a acarretar vazamentos prematuros o que inutiliza a vida útil dessas conhecidas válvulas reguladoras de vazão. OBJETIVO DA PATENTE
A válvula de interligação polímera hidráulica, com sistema de instalação para rede principal de abastecimento de água, com saída para ligações de ramais secundários para edificações, objeto desse presente pedido de patente de invenção vem propiciar, pela construtividade de seu conjunto de peças, um sistema inédito pelo qual uma abraçadeira em meia cana é simplesmente acoplada manualmente à tubulação principal da rede de abastecimento de água, expondo um bocal de entrada de serra copo comunicante com um alojamento de uma válvula de regulagem de fluxo. Resumidamente, basta ao encanador inserir uma âncora interna e a contra-parte da. abraçadeira meia-cana, completando a montagem para o acoplamento à tubulação principal, cujo aperto simples dá-se através de uma porca, travando eficazmente o conjunto plástico cuja válvula reguladora pode então ser aberta para as etapas de passagem da serra copo e furação. Imediatamente após a furação e retirada da serra copo a válvula reguladora é fechada para o acoplamento da tubulação para a edificação, também efetuado por movimento simples através de uma porca, podendo então a válvula reguladora ser aberta para a liberação do fluxo normal da água para a edificação.
Com isso, a instalação da válvula é rápida e o travamento extremamente eficaz, sem necessidade de ferramentas de aperto já que o trabalho é feito pelo aperto manual das porcas, evitando deslocamentos radiais e axiais e ainda, oxidações, pelo fato de as peças serem inteiramente fabricadas em material polímero. Com a retirada da serra copo após a furação, também é evitada oxidação no interior da válvula, preservando assim a qualidade da água passante.
Explicada superficialmente, passa a válvula ser mais bem detalhada, através dos desenhos anexos, pelos quais se vêem:
Figura 1 - vista em perspectiva, mostrando a abraçadeira com bocal roscado, em meia-cana, incorporando, do lado oposto, uma base com alojamento tubular receptor da válvula reguladora, bem como o seu kit de vedação e sua tampa roscada. A base incorporada estende, em alinhamento à abraçadeira, um bocal tubular roscado de entrada da serra copo, receptor de anel de vedação com aro de retenção e o anel cônico de trava de uma porca vazada, para a conexão da tubulação secundária. Como se observa, a abraçadeira meia-cana recebe, em um rebaixo de sua parede semicircular, um anel de vedação além da âncora e a sua contraparte com bocal meia-cana roscado, para o aperto de uma porca;
Figura 2 - vista em perspectiva segundo a figura anterior, tomada de ângulo oposto, mostrando a válvula de interligação polímera com seus anéis de vedação e a tampa roscada já acopladas no alojamento tubular da base incorporada à abraçadeira;
Figura 3 - vista em perspectiva segundo a figura anterior, mostrando o bocal tubular roscado da serra copo já fechado pela porca vazada de conexão da tubulação secundária;
Figura 4 - vista em perspectiva segundo a figura anterior, mostrando a abraçadeira já acoplada à tubulação principal;
Figura 5 - vista lateral segundo figura anterior, mostrando a âncora sendo acoplada pelo seu terminal semicircular, entre a face interna da abraçadeira e a face externa da tubulação principal;
Figura 6 - vista lateral segundo figura anterior, da contra-parte da abraçadeira sendo acoplada, por engate entre dentes, à abraçadeira;
Figura 7 - vista lateral segundo figura anterior, mostrando a contra-parte após envolver o terminal da âncora e travar-se pelo engate de dentes à abraçadeira, posicionando-se em volta do diâmetro externo da tubulação principal. Nessa condição, pelo travamento entre a abraçadeira e sua contraparte é formado um bocal tubular roscado para receber a porca, cujo aperto irá travar o conjunto na tubulação principal;
Figura 8 - corte em sentido longitudinal, segundo a figura anterior;
Figura 9 - vista lateral segundo a figura anterior, mostrando o bocal roscado da abraçadeira, após receber a porca;
Figura 10 — corte em sentido longitudinal, segundo a figura anterior. No detalhe A ampliado é mostrado o sistema de travamento através de ressaltos internos da abraçadeira, pressionando o terminal da âncora contra a tubulação principal (indicado por seta);
Figura 11 - vista em perspectiva, em meio corte, mostrando apenas a abraçadeira meia cana com a base incorporada, de cujo alojamento a válvula reguladora de fluxo está destacada. A válvula está posicionada para visualização do dente externo de seu fundo, correspondente ao rebaixo interno do piso da base incorporada, para o sistema de batentes para travamento de válvula aberta ou fechada. Embaixo, nos detalhes esquemáticos, são mostrados dente e rebaixo em travamento de batentes para válvula fechada - Detalhe B, e válvula fechada - detalhe C; Figura 12 - vista em perspectiva em meio corte, mostrando a válvula em condição aberta para a inserção da serra copo pelo bocal tubular roscado, sendo indicada a ultrapassagem pela abertura da válvula reguladora até atingir a tubulação principal;
Figura 13 - Vista em perspectiva em meio corte, segundo a figura anterior, mostrando a serra copo sendo acionada para a feitura do furo na tubulação principal;
Figura 14 - corte em sentido longitudinal, segundo a figura anterior, após a feitura do furo, sendo retirada a serra copo;
Figura 15 - vista em perspectiva em meio corte, em ,sentido longitudinal, mostrando a retirada da serra copo seguida imediatamente do giro da chave da válvula reguladora, a qual será fechada para o bloqueio da passagem da água sob pressão, provinda da tubulação principal após a feitura do furo;
Figura 16 - vista em perspectiva em meio corte segundo a figura anterior, mostrando a válvula reguladora fechada para o bloqueio da passagem de água (indicada por retícula);
Figura 17 - corte lateral, segundo a figura anterior, mostrando a tubulação secundária sendo acoplada ao bocal tubular roscado;
Figura 18 - vista segundo figura anterior, mostrando a tubulação secundária já acoplada ao bocal tubular roscado, o qual recebe a porca vazada, para o travamento;
Figura 19 - vista segundo figura anterior, mostrando o conjunto após os sistemas de instalação à tubulação principal de abastecimento de água e a interligação da tubulação secundária da edificação. Nessa vista o fluxo de água ainda não está liberado para a edificação;
Figura 20 - vista em perspectiva em meio corte, em sentido longitudinal, mostrando a válvula reguladora girada pela chave para posicionar sua abertura, para a liberação do fluxo de água;
Figura 21 - corte em sentido longitudinal, segundo a figura anterior, mostrando a tubulação secundária da edificação interligada à tubulação principal da rede de abastecimento após a abertura da válvula reguladora, liberando a água para a edificação. Nessa vista, a porca tampão de segurança está sendo acoplada ao alojamento da válvula, juntamente com seu anel de acomodação;
Figura 22 - vista segundo figura anterior, com a porca tampão de segurança e seu anel de acomodação já instalados;
Figura 23 - Vista em perspectiva segundo figura anterior.
Em conformidade com os desenhos anexos, a "VALVULA DE INTERLIGAÇÃO POLÍMERA HIDRÁULICA, COM SISTEMA DE INSTALAÇÃO PARA REDE PRINCIPAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SAÍDA PARA LIGAÇÕES DE RAMAIS SECUNDÁRIOS PARA EDIFICAÇÕES", objeto desse presente pedido de patente de invenção, constitui-se de um conjunto fabricado inteiramente em material plástico de engenharia, composto a partir de uma abraçadeira meia-cana (1) incorporando, em uma de suas bordas, em idêntico corte meia-cana, um bocal com filetes de roscas externas (2), sendo dotada, em um ponto inferior de sua superfície interna, de um ressalto transversal (3) seguido de furo (4) com rebaixo (5) circundante, receptor de anel de vedação (6) e, em sua borda superior, incorporando um dente de trava externo (7).
Pelo furo (4) a abraçadeira (1) é comunicante com uma base incorporada (8), dotada de rebaixo (8a) em seu piso e que estende ortogonalmente um alojamento tubular superior (9), receptor de válvula reguladora de fluxo (10) com tampa roscada (11) e que incorpora, externamente em seu fundo, um dente (10a) correspondente ao rebaixo (8a). A válvula reguladora de fluxo (10) possui atuador para uma chave (C) e recebe, em seu corpo, rebaixos circundantes (12) com respectivos anéis de vedação (6) sendo ainda, vazada por uma abertura (13). A válvula reguladora (10), juntamente com anel acomodador (10b) em seu rebaixo interno, é introduzida no alojamento tubular superior (9) o qual recebe, por fim, o rosqueamento de uma porca tampão (10c) de segurança.
A partir da base incorporada (8) estende-se horizontalmente, em alinhamento ao furo (4) da abraçadeira (1), um bocal tubular com filetes de rocas externas (14), receptor de anel de vedação (6) com aro de retenção (15) e, ainda, anel cônico de trava (16) para uma porca vazada (17).
Já a abraçadeira (1) recebe uma âncora (18), de cujo pescoço cilíndrico (19) estende-se um terminal semicircular (20) com superfície interna tomada por dois grupos de frisos curvilíneos (21) dispostos em sentido vertical, dotados de bordas livres invertidas e delimitados por dois outros grupos de frisos extremos, retilíneos (22) e dispostos em sentido horizontal.
A abraçadeira (1) é bipartida através de uma contra-parte (23) semicircular, de borda livre dotada de reentrância transversal (24) com dente de trava interno (25) e que estende, do lado oposto, um bocal meia-cana com filetes de roscas externas (26), sendo o conjunto completado por uma porca (27) fechada por tampo (28). O conjunto acima descrito tem sua construtividade mostrada em especial pelas figuras em perspectiva 1, 2 e 3.
Assim constituído, o conjunto será instalado na tubulação principal (TP) da rede de abastecimento de água, para a interligação com a tubulação secundária (TS) de edificações em geral.
Para a instalação, como ilustra a figura 4, inicialmente a abraçadeira (1) é simplesmente acoplada, manualmente, ao diâmetro externo da tubulação principal (TP) estendendo ortogonalmente, a partir do furo (4) de sua base incorporada (8), o bocal tubular (14). Com isso, é demarcado um ponto de furação no diâmetro da tubulação principal (TP).
Em seguida, como ilustra a figura 5, a âncora (18) é assentada por seu pescoço cilíndrico (19) e por seu terminal semicircular (20), internamente na abraçadeira (1). Nessa condição, os frisos (21) e (22) do terminal circular (20) da âncora (18) são faceados na superfície externa da tubulação principal (TP), como ilustra a figura 6. Em seguida é inserida a contra-parte (23) semicircular, cuja reentrância (24) com seu dente de trava interno (25) recebe o acoplamento do dente de trava externo (7) da borda superior da abraçadeira (1), como ilustram as figuras 7 e 8.
Com o travamento entre a abraçadeira (1) e a sua contra-parte (23) é formado um bocal tubular (2), (26) com filetes de roscas externas, como ilustra a figura 9, receptor da porca (27). O aperto da porca (27), juntamente com o encosto de seu tampo (28) no pescoço cilíndrico (19) da âncora (18) provocará neste último componente, forte recravamento dos frisos (21) e (22) de seu terminal semicircular (20) contra a superfície externa da tubulação principal (TP), recravamento esse reforçado pela pressão imposta pelo ressalto transversal (3) da abraçadeira (1). Simultaneamente, com o aperto da porca (27) ocorrerá, no ponto de encaixe entre dentes (25) e (7) da abraçadeira (1), um forte repuxo da base incorporada (8) com bocal tubular (14) contra a tubulação principal (TP) travando-se assim, eficazmente o conjunto plástico, como ilustra a figura 10. Através dos frisos verticais (21) serão impedidos deslocamentos axiais e através dos frisos horizontais (22) serão impedidos deslocamentos radiais do conjunto em relação à tubulação principal (TP).
Para a introdução da serra copo (SC), a válvula (10) deve estar aberta, ou seja, com sua abertura (13) perfeitamente alinhada ao furo (4) passante da abraçadeira (1). Para tanto, o dente (10a) externo do fundo da válvula (10) deve estar posicionado em relação ao rebaixo interno (8a) do piso da base (8), em sistema de batente, de modo a manter travado o alinhamento total entre a abertura (13) e o furo (4), favorecendo a passagem da serra copo (SC), como ilustra a figura 11.
Nessa condição, pelo vazado da porca (17) é introduzida a serra copo (SC), como ilustra a figura 12, a qual penetra pelo bocal tubular (14), ultrapassa a abertura (13) do corpo cilíndrico (12) da válvula reguladora (10) até o furo (4) da abraçadeira (1), ultrapassando-o também para atingir a tubulação principal (TP), seguindo-se ao acionamento para a feitura do furo (F), como ilustra a figura 13. Após essa etapa a serra copo (SC) é retirada, como ilustra a figura 14, seguindo-se ao imediato giro da chave (C) para o fechamento da válvula reguladora (10), como ilustra a figura 15, para manter a água provinda da tubulação principal (TP) bloqueada, como ilustra a figura 16, pelo encosto do rebaixo (11) com anel de vedação (6) no furo efetuado e no furo (4) da abraçadeira (1). Com isso, a porca (17) é desacoplada para a introdução, pelo bocal com filetes de roscas externas (14), da tubulação secundária (TS) que será estendida à edificação, como ilustra a figura 17, seguindo-se à reintrodução da referida porca (17), como ilustra a figura 18, e o seu travamento final, completando-se a interligação com a tubulação principal (TP) como ilustra a figura 19.
Novamente, a válvula reguladora de fluxo (10) é aberta, reposicionada pelo sistema de batentes (8a) e (IOa) de modo a alinhar a abertura (1 3) de seu corpo cilíndrico (12) ao furo (4) da abraçadeira (1) e ao furo (F) da tubulação principal (TP)3 como ilustra a figura 20, liberando a passagem de água pelo bocal tubular (14) e sua condução pela tubulação secundária (TS) à edificação, como ilustra a figura 21. O sistema é finalizado com o aperto da porca tampão (10c) com rebaixo interno do seu anel acomodador (10b) no alojamento (9) da base incorporada (8), como ilustram as figuras 22 e 23.