BRPI0923784B1 - Máquina e método para enlatar atum e produtos alimentícios similares. - Google Patents

Description

(54) Título: MÁQUINA E MÉTODO PARA ENLATAR ATUM E PRODUTOS ALIMENTÍCIOS SIMILARES.

(51) Int.CI.: B65B 25/06; B65B 63/02 (30) Prioridade Unionista: 31/12/2008 EP 08425826.8 (73) Titular(es): JOHN BEAN TECHNOLOGIES S.P.A.. BOLTON ALIMENTARI S.P.A.

(72) Inventor(es): GIANLUCA PARISINI; IAN THOMAS COOPER

1/12 “MÁQUINA E MÉTODO PARA ENLATAR ATUM E PRODUTOS ALIMENTÍCIOS SIMILARES” [0001] A presente invenção se refere a máquinas para enlatar atum e similares, e em particular a uma máquina e método que pretende minimizar o dano ao atum durante o processo de enlatamento e para obter latas com um peso substancialmente constante.

[0002] A seguir, será feita referência específica ao enlatamento de atum, ficando bem claro que o que aqui está sendo dito pode ser aplicado ao enlatamento de outros produtos que tenham características semelhantes, tais como outros tipos de peixe, carne, etc.

[0003] É sabido que as maiores dificuldades no enlatamento de atuns estão no fato de obter latas com peso constante, como evitar perda de produção e oferecer ao consumidor um produto de boa aparência quando a lata é aberta, uma vez que isso determina, em grande parte, o valor do produto. Tais dificuldades não são fáceis de superar devido à natureza intrínseca do atum, o qual é um produto alimentício que mostra uma grande variedade de compactação, densidade e forma, a partir de um lote para outro, de tempos em tempos.

[0004] Além do mais, é óbvio que o fabricante tenta obter uma máxima quantidade do produto acabado partindo da matéria prima, a qual deve, portanto, ser tratada de forma a evitar o quanto possível, a desintegração e perda de líquidos que levam a um decréscimo no peso da matéria prima a ser enlatada. Claro que as razões acima devem ser alcançadas através de uma máquina que garanta uma produtividade adequada, uma vez que máquinas e métodos que são muito lentos resultam em custos excessivos.

[0005] As principais fases do processo de enlatamento são, portanto, a separação da massa do produto alimentado, tirando um bolo de atum com um peso ideal, nem muito baixo para não correr o risco de obter um sub-peso na lata e nem muito pesado para reduzir a produção da matéria prima, e a modelação da mesma em uma forma adequada para a introdução em uma lata, uma forma redonda cilíndrica. A seguir, será feita referência específica ao enlatamento em latas

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2/12 redondas convencionais, e ainda fica claro que o que aqui se afirma é também aplicável ao enlatamento em latas que tenham outras formas, tal como ovais, retangulares, ou com cantos redondos e similares, como também como em vasos ou outros tipos de recipientes.

[0006] As máquinas e os métodos da técnica anterior podem ser divididos em duas categorias, dependendo da sequência das principais fases acima mencionadas, i.e. em primeiro lugar, dosando e em seguida formatando, ou, vice versa. Na prática, em um primeiro tipo de máquina, o produto é modelado enquanto está sendo alimentado à câmara de dosagem e o bolo que é cortado da massa do produto já tem uma forma adequada para o enlatamento em que em um segundo tipo de máquina um bolo de peso adequado e de forma quadrangular é cortado da massa do produto e subsequentemente modelado para a introdução na lata.

[0007] Um exemplo recente da máquina do primeiro tipo pode ser encontrado na WO2004/103820 que divulga uma máquina para obter simultaneamente duas latas redondas convencionais, incluindo uma boca de formação, com uma entrada retangular e uma saída em forma de binóculo, a qual é atravessada por uma faca vertical que alterna perpendicularmente na direção da alimentação para dividir o lombo do atum em duas porções. Dita boca conecta o alimentador da correia transportadora a duas câmaras de dosagem formadas em um rotor que gira em um plano perpendicular ao dito alimentador para levar as duas câmaras de dosagem para uma segunda estação onde os bolos redondos são transferidos para as latas. Este tipo de máquina tem várias desvantagens que resultam do alto impacto sobre o atum exigido para ir da porção de entrada retangular até a boca da porção de saída, sem cantos.

[0008] Uma primeira desvantagem está no dano à superfície externa do atum que se esfarela com a alta fricção ao longo das paredes internas da boca para seguir a grande variação na forma da seção transversal; uma fricção assim causa também uma compressão das fibras periféricas do atum que, portanto, resulta tendo uma densidade não uniforme ao sair da boca. Esta compressão acarreta também uma desvantagem adicional de espremer o atum com perda dos líquidos e

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3/12 desintegração, o que não reduz apenas a produção de matéria prima, como também pode vazar pelos interstícios da máquina, acarretando sujeira e entupimento para o mecanismo.

[0009] Uma outra desvantagem ainda, acarretada pela fricção está no fato de que as fibras centrais do atum são mais desimpedidas ao avançar com relação às fibras periféricas do atum em que o bolo que é obtido depois do corte tende a ser convexo. Isso pode acarretar problemas nas etapas seguintes do enlatamento, uma vez que a porção central da lata, sendo mais alta, pode entrar em contato com a tampa da lata e, portanto, queimar durante o processo de esterilização ou ainda pode não ser suficientemente coberto pelo líquido de controle (óleo ou outro).

[0010] Finalmente, deve ser observado que este método de enlatamento é mais sensível à alta variedade intrínseca do atum, uma vez que o impacto das correias transportadoras sobre o atum deve ser ajustado e afetado pelo fluxo da massa de produto alimentado e por irregularidades possíveis ou por pausas na alimentação. Isso afeta também a precisão no peso do bolo, apesar da presença de células de carga que controlam a operação das correias transportadoras dependendo do impacto exercido pelo atum nos plugues do fundo que fecham as câmaras de dosagem.

[0011] O exemplo mais comum do segundo tipo de máquina ficou praticamente sem ser modificado pelas últimas três décadas e descrito na Patente US 4116600; o atum é cortado em uma quantidade aproximada por uma faca localizada na extremidade do alimentador da correia transportadora, em seguida, empurrado perpendicularmente por um carneiro para dentro de um bolso de medição com um fundo côncavo semicircular onde uma segunda faca fecha o bolso e define a quantidade exata. Este bolso de medição consiste de dois bolsos periféricos adjacentes formados por duas torres rotativas entre as quais está colocada uma terceira faca que divide o então formado bolo de atum em dois bolos, e cada torre então gira de forma independente em direção a uma segunda estação onde a modelagem é completada por um pistão radial relevante moldado com uma superfície de contato semicircular antes de mover o bolo para uma terceira estação

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4/12 onde acontece a transferência para a lata.

[0012] Embora este tipo de máquina não sujeite o atum à alta fricção de uma boca de formação como no primeiro tipo de máquina, não obstante, também a presente, de maneira diferente, várias desvantagens.

[0013] Em primeiro lugar, a dosagem do produto é alcançada pelo preenchimento do bolso de medição por meio de um carneiro perpendicular que deve comprimir o atum com uma pressão tão uniforme quanto possível a fim de obter uma densidade e, portanto um peso de bolo que seja constante. Entretanto, como discutido acima, a natureza intrínseca do atum e as irregularidades na forma, alimentação e fluxo tornam difícil alcançar um peso constante, em particular, uma vez que há células de carga ou outros sistemas que proporcionam uma realimentação à alimentação. Por outro lado, aumentando a força do carneiro a fim de reduzir o efeito de tais irregularidades acarreta o fato de espremer o atum com risco de danificar o produto e de uma produção mais baixa.

[0014] Em segundo lugar, embora o atum não seja forçado através de uma boca de formação, ele ainda se submete a três cortes ao longo de diferentes superfícies e dois deslocamentos antes de obter a forma final; um primeiro deslocamento pelo carneiro raspando perpendicularmente à correia transportadora para entrar no bolso de medição, e um segundo deslocamento na torre raspando contra a superfície interna do alojamento da máquina entre a primeira e a segunda estação.

[0015] Isso ainda implica em várias fricções com perdas subsequentes de líquido e riscos de desintegração, em adição a algum grau de complexidade da máquina que também tem uma baixa produtividade devida exatamente aos vários movimentos exigidos para executar este método de enlatamento. Além do mais, a velocidade de rotação das torres pode não ser tão alta a fim de evitar que a força centrífuga aumente a fricção do atum contra o alojamento durante a rotação.

[0016] As melhorias subsequentes desta máquina divulgadas nas publicações da patente US 5887413 e WO2008/109084 respectivamente, se referem à possibilidade de mudança na espessura do bolo por meio de chapas de extremidade ajustável e a possibilidade de sempre ter a superfície do último corte faceando a tampa da lata

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5/12 graças aos êmbolos de impacto, mesmo assim elas ainda não superam qualquer das desvantagens acima mencionadas.

[0017] As mesmas desvantagens, ainda em grau mais alto estão presentes na máquina divulgada na EP 1448445 que executa um método de enlatamento similar mas, possibilita a divisão do bolo no bolso de medição empurrando o atum contra uma lâmina fixa e uma subsequente subdivisão em uma segunda câmara empurrando-o contra uma segunda lâmina fixada antes de modelar. Fica óbvio que o número mais alto de deslocamentos e o uso de lâminas fixas aumenta a fricção, as perdas e o dano ao produto.

[0018] Portanto, o objetivo da presente invenção é proporcionar uma máquina de enlatamento e método que supere as desvantagens acima mencionadas. Este objetivo é alcançado por meio de um método que proporciona em primeiro lugar a dosagem e em segundo lugar e a forma do bolo em uma mesma primeira estação sem deslocamentos intermediários, e de uma máquina relevante que executa dito método com uma estrutura que é similar àquela divulgada no WO2004/103820 ainda sem a boca de formação, mas com membros de moldagem radiais que atuam na primeira estação.

[0019] A primeira vantagem importante do presente método da máquina relevante é a alta produtividade, muito mais alta do que das máquinas anteriores, alcançada graças à simplificação do método e máquina que permitem operar em altas velocidades.

[0020] Ainda outra vantagem significativa do dito método e da máquina em causa resulta do fato de que o conceito geral no qual são baseados pode ser aplicado validamente a maquinas com diferentes níveis de produtividade dependendo das necessidades, e tudo isso enquanto retendo uma simplicidade estrutural substancial.

[0021] A Fig. 1 é uma vista em perspectiva frontal mostrando anagramaticamente os membros fundamentais da máquina de acordo com a presente invenção.

[0022] A Fig. 2 é uma vista parcial ampliada semelhante à precedente que mostra melhor alguns detalhes da dita máquina.

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6/12 [0023] A Fig. 3 é uma vista em perspectiva frontal da boca conectando o alimentador às câmaras de dosagem, com os dispositivos de corte para dividir longitudinalmente a massa de atum que está sendo alimentado.

[0024] A Fig. 4 é uma vista plana de topo da boca da Fig. 3 sem a parede de topo.

[0025] A Fig. 5 é uma vista em perspectiva de frente de um rotor principal, com uma porção removida para melhor entendimento, em uma posição entre a fase de dosagem e a fase de moldagem.

[0026] A Fig. 6 é uma vista seccional parcialmente lateral da máquina da figura 1, na etapa inicial de alimentação do atum para as câmaras de dosagem.

[0027] A Fig. 7 é uma vista similar à da Fig. 6 mostrando a etapa de separação dos bolos de atum.

[0028] A Fig. 8 é uma vista similar à da Fig. 6 mostrando a etapa de preparação da modelagem dos bolos de atum.

[0029] A Fig. 9 é uma vista similar à da Fig. 6 mostrando a etapa de modelagem dos bolos de atum.

[0030] A Fig. 10 é uma vista similar à da Fig. 6 mostrando a etapa de preparação para o deslocamento dos bolos moldados em direção à estação de transferência para dentro das latas.

[0031] A Fig. 11 é uma vista em perspectiva frontal de um rotor principal, com uma porção removida para um melhor entendimento, na etapa correspondente à Fig.

10.

[0032] Com referência às Figuras 1 e 2, é visto que uma máquina de acordo com a presente invenção tem uma estrutura geral similar à da máquina descrita no WO2004/103820, desde que inclua um rotor principal 1 e rotor secundário 2 parcialmente sobrepondo e girando em planos perpendiculares a um alimentados de correia transportadora 3 que alimenta a massa de atum T. Dito alimentador 3 inclui convencionalmente uma correia de fundo 3 a, duas correias laterais mais curtas 3b e mesmo uma correia de topo mais curta 3c que coopera em transportar a massa de atum T para uma boca 4, mais visível na Fig. 2 de onde a correia lateral direita 3b foi

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7/12 removida para um melhor entendimento.

[0033] Esta boca 4 conecta a saída do alimentador 3 a três câmeras de dosagem formadas no rotor principal 1 e alinhadas com a dita saída. Uma lâmina de fundo 5 alterna verticalmente entre a saída da boca 4 e rotor 1 para formar nas três câmeras de dosagem três bolos de atum separados da massa de atum T, como será melhor ilustrado mais adiante.

[0034] Deve ser observado que embora as Figuras mostrem uma configuração de exemplo adequada para o enlatamento simultâneo de três bolos de atum, a máquina e o método de acordo com a presente invenção podem ser aplicados à produção de um número diferente de latas a cada ciclo (um, dois, quatro ou mais), três sendo considerados como ótimo compromisso entre a complexidade e a produtividade da máquina. De fato, fica claro para uma pessoa qualificada na técnica que o tamanho dos membros acima ilustrados, normalmente rotor 1 e 2, alimentador 3, boca4 e lâmina 5 podem ser facilmente adaptados a um número diferente de latas a ser produzido em cada ciclo de máquina, como também a latas de diferentes formas.

[0035] Como mencionado anteriormente, um primeiro aspecto novo da presente máquina é dado pela boca de conexão 4 que é ilustrada em detalhes nas Figuras 3 e 4. Esta boca 4 tem uma seção transversal 4A de forma substancialmente constante de maneira a não executar qualquer moldagem significativa da massa de atum que passa através dela a fim de evitar os problemas mencionados na porção de introdução da presente especificação, tal como a fricção ao longo do perímetro, por exemplo, uma forma retangular que divide em três seções quadradas separadas de área substancialmente igual.

[0036] Isso fica particularmente claro a partir da vista plana de topo da Fig. 4 que mostra como a área hachurada, correspondendo à seção transversal 4A de passagem do atum, permanece imutável pela maior parte do comprimento da boca 4 até a proximidade da saída onde um par de facas talhadeiras 6, providas com um movimento de alternância vertical sincronizado com o movimento do alimentador 3, são colocadas antes de um par de desviadores de cunha 7 para dividir

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8/12 longitudinalmente a massa de atum em três porções e para direcionar as duas porções externas para as duas câmaras de dosagem externas.

[0037] Entretanto, deve ser observado que a área de seção transversal 4A da boca 4 pode ter um decréscimo entre a seção transversal de entrada e a seção transversal de saída, dito decréscimo sendo adequado para alcançar uma précompressão do produto útil para disfarçar possíveis irregularidades na alimentação pelo alimentador 3. Por exemplo, a seção transversal 4A da boca 4 pode ter uma forma retangular ou uma forma quadrangular, na entrada da seção transversal e uma forma retangular com os cantos chanfrados na seção transversal de saída, a qual também favorece a introdução do atum nas câmaras de dosagem.

[0038] Com referência agora à Figura 5, é ilustrado em grandes detalhes a estrutura do rotor principal 1 que executa sequencialmente a dosagem e modelagem dos bolos de atum em uma mesma estação, antes de move-los para uma estação subsequente onde eles são transferidos para dentro das latas.

[0039] O rotor 1 é modelado substancialmente transversal com um grupo de três câmaras de modelagem 1 a formado lado a lado em cada um dos quatro braços idênticos 1b da cruz, que gira no sentido horário conforme o indicado pela seta. A estrutura e operação da máquina serão descritas a seguir com referências específicas para a colocação da primeira estação de dosagem e modelagem na posição do fundo do rotor 1, i.e. a posição de “6 horas”, e da segunda estação de transferência do bolo na seguinte posição esquerda, i.e. a posição de “9 horas”, mas é apenas um dos vários posicionamentos possíveis das duas estações.

[0040] De fato, fica claro que o que aqui está sendo dito também pode ser aplicado com as duas estações localizadas em outras posições, mesmo não consecutivas, ficando óbvio que a primeira estação deve preceder a segunda estação na direção de rotação do rotor 1. Portanto, na seguinte referência será feita em geral à posição interna/externa ou próxima/distal dos membros, quer dizer com respeito à direção radial, uma vez que as duas estações acima mencionadas podem ser localizadas em qualquer uma das posições do rotor 1.

[0041] Na primeira estação, as três câmaras de dosagem são definidas nas

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9/12 extremidades distais das três câmaras de modelagem 1a por um plugue frontal 8, que atua como traseira das câmaras e para o avanço da massa de atum T, por um obturador interno plano 9 e por um obturador externo 10 que tem uma superfície interna plana, em contato com o atum, e uma superfície externa modelada para se encaixar com a superfície moldada interna do terminal 11 do braço 1b, que atua como extremidade distal das câmaras de modelar 1a.

[0042] Mais especificamente, dita superfície interna do terminal 11 de preferência tem dois perfil laterais semicirculares 11a e um perfil central 11b compensado para dentro e, portanto estendendo-se ao longo de um arco do círculo mais curto do que um meio círculo, a porção restante do meio círculo sendo formada nas chicanas radiais 12 que dividem as três câmaras de modelar 1a. Esta posição compensada na direção radial permite diminuir a distância na direção circunferencial entre as câmaras de dosagem, consequentemente reduzindo o deslocamento transversal exigido para as porções laterais de atum cortadas por facas 6 e guiadas por desviadores 7 em direção às câmaras de dosagem laterais, resultando assim em uma minimização de danos ao produto.

[0043] O plugue frontal 8 é conectado a um sistema de controle de dosagem do bolo 13 incluindo um sensor de pressão, de preferência uma célula de carga, cujo sinal de saída é usado para o controle de feedback para o alimentador 3, como já conhecido desde o WO2004/103820 ainda sem os problemas causados por alimentar o atum através de uma boca de formatação. O sistema de controle 13 pode também incluir uma escala dinâmica (não mostrada) ou outro sistema de controle adequado para detectar o peso das latas deixando a máquina e compará-lo com os valores detectados pelo sensor de pressão de forma a executar um ajuste de feedback dinâmico do dito sensor.

[0044] O plugue 8 e as chicanas 9, 10 são longitudinalmente móveis, por meio de respectivos atuadores não mostrados, entre uma posição de repouso e uma posição de trabalho nas quais eles definem os lados das câmaras de dosagem, como indicado pelas setas respectivas na Fig.5. Fica claro que para plugue de simplicidade estrutural 8, e chicanas 9, 10 são formadas como corpos únicos,

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10/12 formados para entrar na câmara de modelar 1 a, montados nas chicanas radiais 12, mas seria possível também prover corpos separados para cada câmara de modelar a qual, entretanto, exigiria atuadores múltiplos. Em todo caso, para uma operação efetiva do sistema de controle 13 como acima mencionado, é sempre preferível que haja um único plugue 8 conectado ao sensor de pressão. Além do mais, a posição de trabalho do dito plugue 8 é, de preferência, ajustável pelo sistema de controle 13 dentro de uma faixa de 2-3 mm, a fim de alcançar uma possibilidade adicional de ajuste do peso do bolo.

[0045] Para conceber a forma redonda cilíndrica dos bolos de atum T, tendo uma forma substancialmente paralelepipedal, que são obtidos através do corte feito pele lâmina 5, como mostrado na Fig. 7, um membro móvel 14 que tem a superfície externa com uma forma semicircular, chamado “formatador”, é colocado de uma maneira deslizável em cada câmara de modelar 1 a para o interior da câmara de dosagem.

[0046] Para levar em conta a faixa de ajuste da posição do plugue 8, a espessura longitudinal dos formatadores 14 devem corresponder à largura máxima possível das câmaras de dosagem, portanto, existe interferência entre o movimento radial dos formatadores 14 e a posição de trabalho do plugue 8. Além do mais, para levar em conta a posição de compensação do perfil central 11b, o comprimento radial do formatador central 14 deve ser correspondentemente reduzido (ou, vice versa, aumentado se o perfil central 11b estiveste compensado para fora).

[0047] O movimento alternativo radial dos formatadores 14, indicados na Fig. 5 pela respectiva seta, é executado por meio de atuadores colocados no furo 15 do rotor 1, onde também o movimento de rotação para todo o rotor 1 é recebido. Estes atuadores não são ilustrados uma vez que eles podem ser feitos de maneiras diferentes, bem conhecidos por uma pessoa especializada na técnica. Finalmente, a fim de proporcionar uma maior rigidez estrutural para o rotor 1, braços 1b, são, de preferência, mutuamente conectados através de hastes 16 unindo terminais 11. [0048] A operação simples e efetiva da máquina de enlatamento de acordo com a presente invenção e o método de enlatamento relevante são prontamente

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11/12 entendidos através da descrição seguinte, dada em referência às Figs. 6 a 10, nas quais a região dentro da moldura pontilhada é demonstrada em seção transversal vertical para fins de um melhor entendimento.

[0049] Na posição inicial da Figura 6, a massa de atum T avançado através da boca de conexão 4 até ser parado de encontro ao plugue 8, o qual junto com os obturadores 9 e 10 define as câmaras de dosagem, e a pressão do atum no plugue 8 detectada pelo sistema de controle 13 através do sensor de pressão determina que o alimentador 3 pare.

[0050] Na seguinte etapa de separação dos bolos de atum, como mostrado na Fig. 7, a lâmina 5 surge para cortar a massa de atum T e fecha a frente das câmaras de dosagem nas quais permanecem os bolos T' de forma paralelepipedal. Depois disso, como mostrado na Fig. 8, o plugue 8 e o obturador externo 10 se movem de volta para evitar interferência com o movimento radial dos formatadores 14, alinhando de forma a formar a parte traseira das câmaras de moldagem, em que o obturador interno 9 se move adicionalmente para trás parando fora do rotor 1.

[0051] Nesta posição é possível executar a fase de formação dos bolos de atum T, como mostrado na Fig. 9, na qual os bolos são empurrados pelo movimento radial dos formatadores 14 contra a superfície interna do terminal 11, que modela a metade externa do mesmo, enquanto a superfície externa dos formatadores 14 molda a metade interna do mesmo. Neste momento, os bolos de atum T” tomaram uma forma redonda cilíndrica e são firmemente retidos pelos formatadores 14 contra o terminal 11, enquanto o plugue 8 e o obturador externo 10 se move adicionalmente para trás para se alinhar ao obturador interno 9 fora do rotor, como mostrado na Fig. 10.

[0052] Esta é também a posição ilustrada na vista em perspectiva da Fig. 11, a partir da qual fica claro como os três bolos redondos T” podem ser tomados através de uma rotação de 90° no sentido horário para a segunda estação onde serão transferidos por meios conhecidos não mostrados, por êmbolos, para três latas B transportadas pelo rotor secundário 2 (não mostrado). Uma vez que o deslocamento da primeira estação para a segunda estação ocorre com os bolos “T” já formados e

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12/12 mantidos por formatadores 14, fica claro que pode ser executado rapidamente sem danos ao produto.

[0053] Finalmente, depois de transferir os bolos para dentro das latas, os formatadores 14 retornam a posição de repouso na próxima extremidade das câmaras de modelagem 1 a para a passagem através das outras duas posições “12 horas” e “3 horas” que são meras estações de trânsito. Obviamente, uma vez que os quatro braços 1b são idênticos, cada rotação completa do rotor 1 corresponde a quatro ciclos de enlatamento e portanto, à produção de 12 latas, prova da alta produtividade da presente máquina.

[0054] Está claro que a configuração acima descrita e ilustrada da máquina e do método da presente invenção é apenas um exemplo susceptível a várias modificações. Em particular, em adição a várias mudanças possíveis já mencionadas acima, a separação dos bolos de atum T da massa de atum T e a divisão do último em uma pluralidade de porções, pode ser alcançada através dos dispositivos de corte respectivamente diferentes da lâmina 5 e das facas 6 embora tecnicamente equivalentes (por exemplo, lâminas rotativas).

[0055] De forma similar, o alimentador de latas B para a segunda estação poderia ser feito diferente do rotor secundário 2 (por exemplo, guias de trilho) e poderiam tomar latas B para o lado oposto do rotor 1 em relação ao que é ilustrado nas Figuras 1,2, e 11. Desta maneira, o lado mais macio dos bolos T” o qual estava em contato com a lâmina 5 estará no topo das latas B depois da transferência.

[0056] Finalmente, é obvio que o rotor 1 pode ter um número diferente de braços 1b tão longos quanto eles forem igualmente espaçados ao longo da periferia do mesmo.

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Claims (15)

1. REIVINDICAÇÕES

   1. Máquina para enlatar atum e produtos alimentícios similares, incluindo um alimentador por correia transportadora (3), uma câmara de dosagem alinhada ao dito alimentador (3) e formado em um rotor (1) giratório em um plano perpendicular à direção de alimentação, uma boca (4) conectando o alimentador (3) à dita câmara de dosagem, dispositivos de corte (5) adequados para separar o produto introduzido na câmara de dosagem a partir da massa de produto alimentado (T) de forma a obter um bolo de produto (T'), dispositivos de moldagem adequados para formar dito bolo na forma desejada (T”) e dispositivos de transferência colocados em uma segunda estação, alcançável através de uma rotação parcial do dito rotor (1) e adequado para transferir o bolo formado (T”) da câmara de dosagem para uma lata (B) transportada por um alimentador de lata, caracterizada pelo fato de que dita boca (4) tem uma seção transversal (4A) de uma forma que não executa qualquer formatação significativa da massa do produto (T) que passa por ela, a câmara de dosagem é definida dentro de uma correspondente câmara de modelar (1a) por meio de obturadores (9, 10) adequados para limitar com superfícies planas as extremidades radiais da dita câmara de modelar (1a), dito dispositivo de modelar consiste de um terminal radial modelado (11) da câmara de modelar (1a), e um membro modelado oposto (14) radialmente móvel entre uma posição de repouso e uma posição de trabalho na qual o produto é empurrado contra dito terminal radial moldado (11), e também pelo fato de que ditos obturadores (9, 10) são móveis entre uma posição de repouso e uma posição de trabalho na qual eles ocupam as extremidades da câmara de modelar (1a), e dispositivos de acionamento para ditos obturadores móveis (9, 10) e dito membro formatado (14) são adequados para remover o formatador da câmara de modelar (1a) e para subsequentemente executar dito movimento radial do último quando a câmara de modelar (1a) estiver ainda alinhada com o alimentador (3).
2. 2. Máquina de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que inclui adicionalmente um plugue (8) longitudinalmente móvel entre uma posição de repouso e uma posição de trabalho na qual atua como traseira da câmara de

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   2/4 dosagem, dito plugue (8) sendo conectado a um sistema de controle (13) compreendendo um sensor de pressão cujo sinal de saída é usado para o controle de feedback do alimentados (3) do produto a ser enlatado.
3. 3. Máquina de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que o sensor de pressão é uma célula de carga.
4. 4. Máquina de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracterizada pelo fato de que inclui adicionalmente uma escala colocada a jusante a partir da segunda estação para detectar o peso das latas (B) deixando a máquina e cujo sinal de saída é usado para o controle de feedback do ajuste do sensor de pressão.
5. 5. Máquina de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, caracterizada pelo fato de que inclui adicionalmente um dispositivo para ajuste da posição de trabalho do plugue móvel (8).
6. 6. Máquina de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que a seção transversal (4A) da boca (4) decresce entre a seção transversal de entrada e a seção transversal de saída para uma extensão de modo a alcançar uma pré-compressão do produto.
7. 7. Máquina de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que a seção transversal (4A) da boca (4) tem uma forma quadrangular na seção transversal de entrada e uma forma quadrangular com cantos chanfrados na seção transversal de saída.
8. 8. Máquina de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelo fato de que inclui uma pluralidade de câmaras de dosagem formadas lado a lado no rotor (1) e um ou mais dispositivos de corte (6) passando através da boca (4) de forma a dividir longitudinalmente a massa de produto alimentado (T) em tantas partes quantas forem as câmaras de dosagem como também como um desvio de cunha (7) colocado à jusante desde cada dispositivo de corte (6) e adequado para direcionar uma porção de produto em direção à câmara de dosagem relevante.
9. 9. Máquina de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo fato de que os plugues móveis (8) são unidos para formar um único plugue e conectados a

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   3/4 um único sensor de pressão.
10. 10. Máquina de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizada pelo fato de que inclui três ou mais câmaras de dosagem e em que cada câmara é compensada na direção radial em relação às câmaras adjacentes.
11. 11. Máquina de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizada pelo fato de que o alimentador das latas (B) é um segundo rotor (2) que gira em um plano paralelo ao plano de rotação do primeiro rotor (1) e sobrepondo-se parcialmente ao anterior.
12. 12. Método para enlatar atum e produtos alimentícios similares por meio de uma máquina do tipo definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que inclui a seguinte sequência de etapas:

    a) alimentar o produto para uma câmara de dosagem em uma primeira estação por meio de um alimentador (3) e de uma boca de conexão (4) que não executa qualquer formatação significativa da massa do produto (T) que passa por ela;

    b) separar o produto introduzido na câmara de dosagem da massa de produto alimentado (T) de forma a obter um bolo de produto (T');

    c) modelar o dito bolo de produto (T') na forma desejada;

    d) mover o bolo modelado (T”) para uma segunda estação;

    e) transferir o bolo modelado (T”) para dentro de uma lata (B).
13. 13. Método de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que a etapa de alimentação do produto a) também inclui, durante a passagem pela boca de conexão (4), dividindo longitudinalmente a massa de produto alimentado (T) em uma pluralidade de porções antes de introduzi-lo na pluralidade de câmaras de dosagem.
14. 14. Método de acordo com a reivindicação 12 ou 13, caracterizado pelo fato de que a etapa de alimentação do produto a) também inclui, durante a passagem pela boca de conexão (4), uma pré-compressão do produto.
15. 15. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 14, caracterizado pelo fato de que inclui adicionalmente uma etapa adicional f) de pesar

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    4/4 a lata (B) que contém o bolo modelado (T”), seguida por uma etapa g) de controlar o feedback da etapa b) de acordo com o resultado da dita pesagem.

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