BRPI0901886A2 - processo para recuperação de porcelana - Google Patents

Abstract

PROCESSO PARA RECUPERAçãO DE PORCELANA, trata-se de uma invenção referente à um novo processo para recuperação de objetos constituídos de porcelana, mais particularmente no que se refere à sua cobertura de esmalte. Dito que, o referido processo consiste na retirada do esmalte danificado por meio da aplicação de abrasivos; seguida de escovação para retirada de partículas soltas; aplicação de camadas de esmalte através de pistola pressurizada; secagem do esmalte; e permanência em forno estacionário para fusão do esmalte.

Description

PROCESSO PARA RECUPERAÇÃO DE PORCELANA

Campo da invenção

A presente patente de invenção refere-se à um novo processo pararecuperação de objetos constituídos de porcelana, mais particularmente no quese refere à sua cobertura de esmalte. Principalmente de objetos como: pratos,xícaras, vasos, e louças em geral, os quais tenham devido ao uso, sofridodesgaste da sua cobertura de esmalte e, portanto, tendo prejudicadas suascaracterísticas de uso e/ou estéticas.

Estado da técnica

Devido às suas características de resistência química, higiene ebeleza, sabe-se que a porcelana, que é um material de origem cerâmica, éamplamente empregado na fabricação de objetos de uso pessoal, seja emambiente doméstico ou em ambiente comercial, sobretudo a porcelanaesmaltada, que é usada principalmente na forma de utensílios para alimentação,tais como: pratos, xícaras, travessas, tigelas, sopeiras, e muitos outros. Dito que,a esmaltação é uma cobertura vítrea e impermeável, que confere à porcelanauma maior resistência contra o ataque de agentes químicos e biológicos. E ditotambém que, os utensílios de porcelana adquiridos até o momento sãogeralmente produzidos pelo processo de bi-queima, onde a massa de porcelanaainda crua, passa inicialmente por uma pré-queima à uma temperatura de850°C, seguindo dai para o processo de esmaltação, onde as peças sãocolocadas em suportes e imersas em tanques contendo o esmalte, e assim,adquirindo uma película de cobertura, donde seguem para uma segunda queima,a qual ocorre numa temperatura em torno de 1300°C, ocorrendo a completaadesão e endurecimento do esmalte. Dito que, após a queima as peças sãoclassificadas, e as peças reprovadas são moídas e misturadas à massa deporcelana ainda crua.

Por outro lado, no que se refere ao uso de utensílios para alimentaçãoem ambiente comercial, principalmente em se tratando dos pratos, a legislaçãovigente exige que esses sejam do tipo porcelana esmaltada, devido às suascaracterísticas já comentadas. No entanto, a cobertura de esmalte dasporcelanas apresenta uma resistência limitada à abrasão, e desse modo, aconstante fricção de garfos, facas e colheres, e a própria lavação e manuseio,causam ao longo do tempo o desgaste da cobertura de esmalte, ocorrendo aexposição parcial da porcelana, a qual, devido à sua relativa porosidade, passa àsofrer ataque dos produtos de limpeza utilizados, e também dos própriosalimentos, havendo assim o escurecimento da região desgastada, além do riscode contaminação por bactérias, além de que, a região do esmalte desgastadofica com aparência desagradável. Devido à estes fatos, a legislação tambémprevê que os utensílios de porcelana utilizados em ambiente comercial sejamsubstituídos periodicamente por novos, e que os já desgastados sejamdescartados, o que obriga os comerciantes à periodicamente estarem investindona aquisição de utensílios novos, o que faz aumentar os custos de manutenção eoperação do estabelecimento, e portanto, aumentando o custo final dosalimentos para o cliente consumidor.

Outro aspecto à se considerar, é que os utensílios desabilitados de suafunção não podem ser reutilizados, e também não são recolhidos por seusfabricantes originais, e portanto, são em alguns casos triturados e adicionados àmassas de tijolos entre outros, ou então, são simplesmente abandonados nanatureza, aumentando a quantidade de entulhos nos depósitos de lixo, ondeficarão por tempo indeterminado, já que se trata de material não biodegradável.

Objetivos da Invenção

Com o objetivo de solucionar tais inconvenientes foi que sedesenvolveu a presente invenção, a qual apresenta um processo para arestauração do esmalte desgastado dos utensílios de porcelana. Dito que, oreferido processo proporciona um resultado totalmente satisfatório no que dizrespeito à aparência e resistência da peça, e também, proporciona uma boaeconomia, já que custa uma fração da peça nova da fábrica, e ainda, podendoser aplicado diversas vezes na mesma peça, reduzindo a exploração de matéria-prima na natureza, e reduzindo significativamente o volume de peçasdescartadas.

Descrição detalhada da invenção

A presente invenção: PROCESSO PARA RECUPERAÇÃO DEPORCELANA compreende inicialmente na retirada total da camada de esmalteda peça de porcelana à ser recuperada, mais particularmente de toda a extensãoapenas da face que contém a área com esmalte desgastado. Podendo tambémser feita em toda a extensão da peça, de acordo com a necessidade oupreferência. Dito que, a retirada do esmalte é feita mediante à fricção manual oumecanizada de corpos abrasivos, tais como esmeris, rebolos, lixas entre outros.

Após a retirada do esmalte por meio da abrasão, a superfície à serrecuperada passa por um processo de escovação, o qual tem como objetivoretirar todas as partículas soltas, principalmente as resultantes da abrasão, esendo que, a referida escovação é feita manualmente, ou preferencialmente pormeio de escova rotativa mecanizada, e também preferencialmente com cerdasde PVC ou material de características compatíveis.

Em seqüência ao processo de escovação, as peças já limpas sãoencaminhadas por meio de correia transportadora para o interior de uma cabine,onde a superfície à ser recuperada recebe preferencialmente três aplicações decamada de esmalte, por meio de pistola pressurizada, sendo que as aplicaçõessão intercaladas por períodos de secagem, a qual pode ser acelerada com autilização de catalisadores ou por meio de equipamentos de secagem.

Após a secagem da última camada de esmalte, a peça é encaminhadapara um forno estacionário, onde permanece por um período de duas horas, sobuma temperatura aproximada de 1180°C (um mil e cento e oitenta grausCelsius), ocorrendo aí a fusão e adesão completa do esmalte à superfície dapeça de porcelana.

Após a retirada do forno, a peça é classificada, e caso sua restauraçãoseja considerada insatisfatória, a referida peça retorna ao início do processo.Sendo que, foi observado que cada peça de porcelana pode passar por esseprocesso de recuperação de esmalte por aproximadamente dez vezes, sem quesuas características de qualidade sejam prejudicadas.

Logicamente, o presente PROCESSO PARA RECUPERAÇÃODE PORCELANA pode apresentar variações quanto à duração e/ouquantidade de operações em cada etapa, tal como: quantidade de aplicações deesmalte; tempo de permanência no forno; temperatura do forno; método deaplicação da nova camada de esmalte; entre outros. E ainda assim, preservandosua essência inventiva, que é a remoção do esmalte danificado de uma peça deporcelana já utilizada, e posterior aplicação de uma nova camada de esmalte,possibilitando a continuidade do uso da referida peça, o que não era possível atéo desenvolvimento do presente processo.

Claims (1)

1.) PROCESSO PARA RECUPERAÇÃO DE PORCELANA, estácaracterizado por compreender inicialmente na retirada total da camada deesmalte da peça de porcelana à ser recuperada, mais particularmente de toda aextensão apenas da face que contém a área com esmalte desgastado, podendotambém ser feita em toda a extensão da peça, de acordo com a necessidade oupreferência, e dito que, a retirada do esmalte é feita mediante à fricção manualou mecanizada de corpos abrasivos, tais como esmeris, rebolos, lixas entreoutros, e dito também que, após a retirada do esmalte por meio da abrasão, asuperfície à ser recuperada passa por um processo de escovação, eliminandotodas as partículas soltas, principalmente as resultantes da abrasão, e sendo que,a referida escovação é feita manualmente, ou preferencialmente por meio deescova rotativa mecanizada, e também preferencialmente com cerdas de PVCou material de características compatíveis, e dito ainda que, em seqüência aoprocesso de escovação, as peças já limpas são encaminhadas por meio decorreia transportadora para o interior de uma cabine, onde a superfície à serrecuperada recebe preferencialmente três aplicações de camada de esmalte, pormeio de pistola pressurizada, sendo que as aplicações são intercaladas porperíodos de secagem, a qual pode ser acelerada com a utilização decatalisadores ou por meio de equipamentos de secagem, e dito que, após asecagem da última camada de esmalte, a peça é encaminhada para um fornoestacionário, onde permanece por um período de duas horas, sob umatemperatura aproximada de 1180°C (um mil e cento e oitenta graus Celsius),ocorrendo aí a fusão e adesão completa do esmalte à superfície da peça deporcelana, sendo que, após a retirada do forno, a peça é classificada, e caso suarestauração seja considerada insatisfatória, a referida peça retorna ao início doprocesso.