BRPI0901758A2 - uso de telocinobufagina como analgésico no tratamento das dores aguda e crÈnica; composição farmacêutica contendo telocinobufagina e uso da mesma - Google Patents

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Abstract

USO DE TELOCINOBUFAGINA COMO ANALGéSICO NO TRATAMENTO DAS DORES AGUDA E CRÈNICA; COMPOSIçãO FARMACêUTICA CONTENDO TELOCINOBUFAGINA E USO DA MESMA. A presente invenção está direcionada ao uso de telocinobufagina, ou derivados farmaceuticamente aceitáveis da mesma, na manufatura de um medicamento para tratamento ou prevenção da dor em seres humanos ou animais. Adicionalmente a presente invenção está direcionada ao uso de telocinobufagina como analgésico para tratamento ou prevenção de dores agudas e crónicas. A presente invenção refere-se também a uma composição farmacêutica contendo uma quantidade efetiva de telocinobufagina, ou derivados farmaceuticamente aceitáveis da mesma, e excipientes farmaceuticamente aceitáveis. A presente invenção fornece também um método para induzir analgesia em resposta a dores agudas e crónicas que compreende administrar uma quantidade efetiva de telocinobufagina, ou derivados farmaceuticamente aceitáveis da mesma, em seres humanos ou animais. A telocinobufagina, de acordo com os resultados dos testes in vivo, apresenta potência maior que a da morfina, evidenciada quando a comparação dos resultados é realizada considerando as massas molares das duas substâncias, sem, no entanto apresentar os efeitos colaterais conhecidos dos opióídes, uma vez que os efeitos analgésicos da TCB independem do sistema opióide. Além disso, ensaios in vivo e in vitro mostraram que a TCB não possui cardiotoxicidade.

Description

"USO DE TELOCINOBUFAGINA COMO ANALGÉSICO NO TRATAMENTO DASDORES AGUDA E CRÔNICA; COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA CONTENDOTELOCINOBUFAGINA E USO DA MESMA".
A presente invenção refere-se ao campo da analgesia etratamento ou prevenção da dor.
A presente invenção está direcionada ao uso detelocinobufagina (TCB), ou derivados farmaceuticamenteaceitáveis da mesma, na manufatura de um medicamento paratratamento ou prevenção da dor em seres humanos ou animais.
Adicionalmente a presente invenção está direcionada ao usode telocinobuf agina, ou derivados f armaceuticamenteaceitáveis da mesma, como analgésico nas dores aguda ecrônica. A presente invenção refere-se também a umacomposição farmacêutica contendo uma quantidade efetiva detelocinobufagina, ou derivados farmaceuticamente aceitáveisda mesma, e excipientes farmaceuticamente aceitáveis.
De acordo com uma outra incorporação da presenteinvenção é fornecido um método para tratamento ou prevençãodas dores agudas e crônicas que compreende administrar umaquantidade efetiva de telocinobufagina, ou derivadosfarmaceuticamente aceitáveis da mesma, a seres humanos ouanimais necessitando do dito tratamento.
Segundo a Associação Internacional para Estudo da Dor(International Association for the Study of Pain - IASP) , ador se caracteriza "como experiência sensorial e emocionaldesagradável provocada por lesão tissular real ou potencial,ou delineada em termos de tal lesão" [Loeserf J. D.,Melzack, R. 1979. Pain: an overview. Lancet 353: 1607-1609].Fisiologicamente funciona como importante sinal de alertadesencadeando reações de defesa e preservação.
A dor é um sintoma de muitas desordens clínicas e afetagrande parte da população. Geralmente, é responsável porparte significativa da demanda aos serviços de saúde econstitui-se em fenômeno multifatorial, que envolveprocessos psicossociais, comportamentais e fisiopatológicos .
Além de envolver um estímulo potencialmente nocivo, ador tem uma conotação individual e é representada por umaexperiência subjetiva, incluindo comportamentos afetivos eemocionais, que amplificam ou diminuem a sensação dolorosa[Almeida, R. f. Roizenblattr S., Tufik, S. 2004. Afferentpain pathways: a neuroanatomical review. Brain Res 1000:40-56].
A IASP, para facilitar a comunicação e interpretaçãodos dados, desenvolveu uma taxonomia que classifica a dor emcinco itens principais de acordo com a região acometida, osistema envolvido, a característica temporal da dor, aintensidade da dor relatada pelo doente e a etiologia da dor.
Quanto à região acometida referem-se à cabeça, face,boca, região cervical, ombros e membros superiores, regiãotorácica, região abdominal, coluna lombossacral, cóccix,membros inferiores, região pélvica, região perineal, anal egenital.
Quanto ao sistema envolvido referem-se ao sistemanervoso (central, periférico e/ou neurovegetativo), fatorespsicológicos e sociais, respiratório e/ou cardiovascular,musculoesquelético e/ou tecido glandular, gastrointestinal,geniturinário, outros órgãos ou vísceras.
Quanto às características temporal da dor, elas podemser contínua ou quase contínua sem flutuações, contínua comexacerbações, recorrente com regularidade, recorrente semregularidade, paroxística e combinações.
Quanto à intensidade, a dor relatada pelo doente, podeser leve, moderada e intensa.
Quanto à etiologia, as dores podem ser causadas portranstornos congênitos ou genéticos, traumas, cirurgias ouqueimaduras, doença infecciosa e/ou parasitária, doençametabólica, inflamação, doença auto-imune, doençaneoplásica, intoxicações, alterações e doenças metabólica,quadros degenerativos, quadros disfuncionais, alteraçõespsicológicas e causa desconhecida.
Além destas, a dor também é classificada quanto àduração ou evolução, podendo ser: aguda ou crônica. A doraguda é de caráter fisiológico, é deflagrada por lesãotecidual e tem função de alerta e de defesa. É mediada porestimulação térmica, mecânica ou química dos receptores dador. Normalmente é de breve duração, podendo ser de doistipos: neurogênica, quando provocada por estímulonociceptivo periférico, ou inflamatória quando provocada porreação inflamatória. Portanto, a dor aguda tem relação causae efeito bem determinada, sendo caracterizada por serpontual, delimitada e por desaparecer com a resolução doprocesso patológico. A dor crônica é gradativamenteincapacitante, pois pode persistir por um longo período detempo, e em alguns casos está relacionada à alteração dosmecanismos centrais de nocicepção. Pode existir ou persistirna ausência de lesão real, produz alterações persistentes nocomportamento psicomotor (emocional) e pode levar àincapacidade física e mental permanente [Almeida, R. F.Roizenblatt, S., Tufik, S. 2004. Afferent pain pathways: aneuroanatomical review. Brain Res 1000:40-56].
As dores crônicas mais comuns incluem a associada àsdores oncológicas, a síndrome dolorosa miofascial, cefaleia,fibromialgia, dor associada à artrite reumatóide, dor domembro fantasma, síndromes dolorosas centrais e dorneuropática [Ashburn, Μ. A.; Staats, P. S. 1999. Managementof chronic pain. Lancet, v. 353, p. 1865-1869,].
As dores neuropáticas são sempre crônicas e decorrem delesão neural ou disfunção dos circuitos neurais da dor.Nesses casos não há lesão tecidual, mas ativação anômala dasvias neurais que conduzem informações de dor. Os pacientesdescrevem tais dores como queimação, perfuração por pinos ouagulhas, choques elétricos ou dormência. Tendem a ocorrer emterritórios cutâneos correspondentes aos dermátomos e podemnão responder bem aos opióides. Já as dores psicogênicas sãogeralmente crônicas, associadas a quadros depressivos e/ouconversivos e não se enquadram nos mecanismos descritosacima.
Em 1994, a IASP propôs a definição de dor neuropática,como sendo uma dor de origem neural devido a uma lesãoprimária ou disfunção no sistema nervoso [Merskey H, BogdukN. 1994. Classification of Chronic Painr 2nd edn. Seattle:IASP Press, 394] . A dor neuropática pode ser provocada porlesões das raízes e nervos periféricos, da medula espinal,do tronco encefálico e do cérebro. Ela é uma entidadecomplexa e heterogênea, com sinais e sintomas que podemflutuar em intensidade com o tempo. A dor neuropática estáassociada a vários estados patológicos (Tabela 1) e seapresenta na clínica associada a vários outros sintomas.
Tabela 1: Classificação etiológica tradicional da dorneuropática.
<table>table see original document page 5</column></row><table>
A dor neuropática é freqüentemente descrita como tendocaráter de queimação contínua ou pungente e é freqüentementeassociada à alodinia e/ou à hiperalgesia. Alodinia édefinida como dor em resposta a um estímulo que normalmentenão provoca dor (não lesivo) e hiperalgesia comosensibilidade exacerbada a um estímulo que é doloroso(lesivo).
A dor é um sintoma bastante prevalente em portadores deneoplasias. Esta atinge cerca 50% a 70% dos portadores deneoplasias em geral e até 90% dos portadores de estágiosmais avançados da doença. As dores associadas a neoplasiassão geralmente intensas e decorrem de mecanismos como:invasão e/ou compressão de nervos, ossos e tecidos moles;obstrução e/ou distensão de vísceras ocas; neuropatiasparaneoplásicas e neuropatias tóxicas ou inflamatóriasdecorrentes de cirurgias, quimioterapia ou radioterapia.Mais de dois terços dos casos de dor relacionada ao câncerresultam da agressão direta do tumor e um quarto resulta dostratamentos antineoplásicos. Tais dores são multifacetadaspodendo ser classificadas como agudas, crônicas,nociceptivas, neuropáticas ou psicogênicas.
Dores nociceptivas (do latim nocere, que significalesar) são agudas ou crônicas e decorrem de dano dos tecidospor trauma, inflamação ou compressão (herniações e tumores) .Tais processos promovem a estimulação fisiológica determinações nervosas livres em quaisquer territórios porelas inervados. Sua intensidade é proporcional ao grau deativação do receptor e geralmente é bem controlada comopióides. [ESMO. Management of câncer pain: ESMO ClinicaiRecommendations. Annals of Oncology. 2007. 18 (Suppl 2):ii92-ii94. Polomano, R. C. Farrar, J. T, 2006. Pain andneuropathy in câncer survivors. Am. J. Nurs., 106 (3 Suppl) :39-47].
Há numerosos medicamentos efetivos para o tratamento dador aguda causada por diversas etiologias como opióides eantiinflamatórios não-esteroidais (AINEs). Para a dorneuropática as opções terapêuticas são menos eficazes oumenos toleráveis. Devido aos seus distintos mecanismospatofisiológicos, agentes úteis no tratamento de outrostipos de dores têm apenas eficácia reduzida no tratamento dador neuropática.
A morfina, por exemplo, é amplamente utilizada paraadministração na dor aguda severa, devido a suadisponibilidade global, ampla experiência clínica, dadosfarmacocinéticos e farmacodinâmicos significativos, baixocusto e várias formulações de liberação prolongada. Contudoa incidência e severidade dos efeitos adversos, dentreoutros, o fenômeno de tolerância (necessidade de dosescrescentes para a manutenção do efeito), dependência(necessidade física e emocional de uso) , náusea,constipação, prurido, sonolência e depressão respiratória,podem ser fatores limitantes do seu uso terapêutico.
Em particular, a eficácia de opióides no tratamento dedor neuropática é diminuída em relação ao tratamento da dorinflamatória [Bridgesf D. , Thompson, S. W. Ν. , Ricef A. S.C. 2001. Mechanisms of neuropathic pain. British Journal ofAnaesthesia 87 (1) : 12-26] [Sindrup S. Η. , Jensenf T. S.1999. Efficacy of pharmacological treatments of neuropathicpain: an update effect related to mechanism of drug action.Pain; 83: 389-400].
A classe de AINES (anti-inflamatórios não esteroidais) éaltamente efetiva para o tratamento de dores agudas ecrônicas leves e moderadas. O principal mecanismo pelo qualos AINEs exercem um efeito analgésico é através da inibiçãoda síntese de certas prostaglandinas ou prostanóides. Asíntese de prostanóides utiliza duas distintas enzimasciclooxigenases (COX): COX-I e COX-2. AINES tradicionaisinibem ambas as enzimas. Eles podem também inibir outrasenzimas lipogênicas, tais como 5-lipooxygenase. Embora osAINEs não causem dependência, eles apresentam efeitostóxicos significativos, tais como lesões gastrintestinais,nefrotoxicidade e inibição da agregação plaquetária.
Alternativamente, as principais classes de adjuvantesanalgésicos atualmente utilizadas para auxiliar notratamento da dor neuropática incluem antidepressivos,anticonvulsivantes, anestésicos locais, relaxantesmusculares e simpatolíticos, dentre outros [Max, Μ. B. 1994.In: Progess in Pain Research and Management (Ed, Fields H.L., Liebskind J. C.) IASP Press, Seatfle, 229].
Alguns anticonvulsivantes utilizados no tratamento dador neuropática são: a) carbamazepina, que apresenta efeitoscentrais e periféricos, porém, apresenta alta incidência deefeitos adversos relacionados ao sistema nervoso central(visão borrada, tontura, cefaléia, confusão mental, náuseas,etc.) e alto potencial de interação com outras drogas; b)oxcarbazepina, que é mais segura que a carbamazepina, porém,pode provocar sérios danos em pacientes com insuficiênciarenal, além de poder ocorrer redução dos níveis de sódio noplasma, leucopenia, plaquetopenia e rash cutâneo; c)fenitoína, que é mais potente que a carbamazepina, noentanto, devido ao fenômeno chamado de cinética de ordemzero, à medida que a concentração sérica aumenta, o sistemaenzimático responsável pelo metabolismo da droga torna-sesaturado, fazendo com que pequenos aumentos na doseprovoquem grandes elevações dos níveis séricos, com osrespectivos efeitos colaterais indesejados; d) gabapentina,que é considerado um dos medicamentos mais seguros do pontode vista farmacocinético, no entanto, por serem necessáriasaltas doses para o tratamento o custo costuma ser inviável.Também costuma ser necessária a associação com outrosfármacos.
No entanto, os tratamentos atualmente disponíveisdemonstram eficácia limitada (o alívio completo da dorraramente é atingido) e ainda há alta incidência de efeitosadversos debilitantes, como os anteriormente mencionados.
Devido à complexidade da fisiopatologia da dor,dificilmente consegue-se tratar de maneira eficaz as doresagudas intensas e crônicas utilizando um único agente. Écomum, na prática, associar diferentes agentesfarmacológicos com diferentes mecanismos de ação. Umaestratégia, por exemplo, envolve o uso de baixas doses deanalgésico opióide, em combinação com doses analgésicas deuma ou mais drogas não opióides. Obtém-se um melhor perfilde analgesia com menor incidência de efeitos adversos eintolerância, mas envolve os riscos associados amultiterapia.
Adicionalmente, vários outros fármacos têm sido usadosno tratamento da dor, incluindo esteróides neuro-ativos,agonistas beta-adrenérgicos, antagonistas seletivos doreceptor prostanóides; antagonistas NMDA; agonistas doreceptor nicotínico neuronal; antagonistas dos canais decálcio; agonistas dos receptores 5-HTserotonínico (1B/1D);agonistas canabinóides; miméticos superóxido dismutase;inibidor quinase p3 8 MAP; triptanos, agonistas TRPVl,cetamina, antagonistas do receptor NKl; gabapentinóides, eantagonistas do receptor glicina.
Sendo assim, é possível afirmar que o tratamento da dorneuropática costuma ser difícil e habitualmentedesapontador. Por estes motivos, além de medicamentos, ospacientes com dor neuropática freqüentemente necessitam, porexemplo, de medidas neurocirúrgicas, bloqueios anestésicos,infusão regional de simpaticolíticos, infiltrações,neuroestimulação com eletrodos, acupuntura, infusõesintratecais de drogas, terapias fisiátricas, psicológicas eocupacionais que ajudam o paciente a conviver com a dor.
Assim, ainda existe uma real necessidade de tratamentoseficazes e seguros para resolver o problema da dor,principalmente, a aguda intensa e a crônica. É nestecontexto que a presente invenção descreve o uso datelocinobufagina como analgésico eficaz e seguro notratamento ou prevenção da dor, seja ela aguda ou crônica.
A telocinobufagina (TCB) , cujo nome químico é (3β,5β)-3 , 5 ,14-trihidroxi-Bufa-2 0,22-dienolida, pertence à classedos esteróides bufadienolídeos e seu número de registro CASé 472-26-4. A telocinobufagina tem a fórmula molecularC24H34O5, peso molecular 4 02,52 e sua fórmula estrutural(Fórmula I) é apresenta a seguir:
<formula>formula see original document page 10</formula>
Fórmula I - Telocinobufagina
A telocinobufagina foi primeiramente descrita por Meyerem 194 9 juntamente com outros bufadienolídeos (cinobufagina,bufalina, bufotalina e cinobufotalina) , todos isolados doveneno de sapo e apresentando propriedades digitálicas. Oscompostos foram isolados do tradicional chá Ch'an Sul umpreparado que contém o veneno de sapo (Ch'an Sur no idiomachinês e Senso, em japonês) [Meyer, K. 1949. Cardioactivetoad poisons (bufogenin) . I. Isolation of the cardioactiveprincipies of Ch'an Su (senso). Pharmaceutica ActaHelvetiaer 24: 222-46 and Cardiac-active toad poisons(bufogenins). II. Constitution of bufalin. Meyer, K. 1949.Helvetiea Chimica Aetaf 32: 1238-45] .
A sua síntese foi primeiramente apresentada por Pettitem 1974, que descreveu uma rota de síntese partindo-se dadigitoxigenina passando a bufalina e a scilarenina atéchegar a telocinobufagina. Como a scilarenina épotencialmente disponível a partir do glicosídeo naturalproscilaridina A, a síntese descrita permite um acesso maisfácil a telocinobufagina e substâncias relacionadas [Pettit,G.R., Kamanor Y. Bufadienolides. 27. 1974. Synthesis ofTelocinobufagin. J. Org.Chem., 39 (17): 2632-2634].
O termo bufadienolídeo refere-se à classe de esteróidesque ocorrem no veneno e na pele dos anfíbios, e em algunsextratos teciduais de plantas. Também têm sido isolados devegetais, frutas e serpentes. Bufadienolídeos consistem deum anel esteróide ligado ao grupo lactona de seis membros.
No reino animal, os bufadienolídeos estão amplamentedifundidos na família Bufonidae e vários deles já foramisolados do gênero Bufo, sendo na sua grande maioriaderivados de esteróides. Por exemplo, Rossi et alidentificaram no veneno das glândulas parotóides do Bufoparacnemis os seguintes compostos: sistoterol,argentinogenina, bufalina, bufotalinina, gamabufotalina,helebrigenina, helebrigenol, marinobufogenina,resinobufogenina e telocinobufagina. [Rossi. H., Blumenthal,Ε. Ε. A. , Jared, C. 1997. Bufodienolides from the venom ofBufo paracnemis [anphibia, anura, bufonidae] . AnaisAssoc.Bras. Quim, 46 (1): 21-26].
O potencial médico-farmacêutico dos produtos derivadosdas secreções tóxicas do gênero Bufo ê bastante conhecido.Relatos históricos revelam o uso terapêutico de umapreparação comercial obtida a partir do veneno seco do sapoBufo gargarizans, o secular Ch'an Su (ou Senso). Trata-seprovavelmente do primeiro e mais antigo uso de um veneno deorigem animal em terapêutica. Seus empregos, bastantediversificados, envolvem a cicatrização de feridas da pele,controle de hemorragias de mucosas, e resfriados. Foitambém utilizado no tratamento de doenças cardíacas sendoabolido por não apresentar vantagens em relação aosdigitálicos [Hong, Zr Chanf Kr Yeung, H. W. 1992.Simultaneous determination of Bufadienolides. In: thetradicional chinese medicine preparation, Liu-Shen-wan, byliquid chromatography. J. Pharm. Pharmacol, 44: 1023-1026].
Bufogeninas e bufotoxinas agem de maneira similar aosextratos digitálicos e são cardiotóxicas para mamíferos naconcentração encontrada no veneno. Elas são inibidoras daenzima Na+K+ ATPase e estão envolvidas na homeostase de águae sais na pele dos sapos. Estes esteróides aumentam apressão arterial e estimulam a musculatura lisa de algunsmamíferos mesmo em concentrações diluídas [Toledo, de R. C;Jaredr C. 1995. Cutâneos granular glands and amphibianvenoms. Comp. Biochem. Physiol. 111(1): 1-29].
O pedido de patente internacional W00214343 Al (Novolanet alr 2 002) descreve o uso de buf adienolídeos em umapreparação farmacêutica com atividade imunomoduladora,especialmente para imunossupressão, antiinflamatória e/ou,no caso de bufadienolídeos não-cardioativos,antiproliferativa. 0 documento sugere um protocolo clínicopara tratamento da dor reumática em seres humanos, em quepacientes com as formas inflamatórias de reumatismoreceberiam injeções de um bufadienolídeo, preferivelmenteProscillaridin A (0.1 - 3 mg), nas articulações inflamadasou tecidos, porém não é apresentado qualquer resultado detestes biológicos ou clínicos que sustentem a redução dainflamação e dor.
O objetivo da presente invenção é fornecer alternativaspara o tratamento ou prevenção da dor. Nesse sentido, apresente invenção propõe o uso de telocinobufagina comoanalgésico efetivo e seguro para o tratamento ou prevençãode dores agudas e crônicas.Sumário da invenção
De acordo com uma incorporação da presente invenção, édescrito o uso de telocinobufagina (Formula I), e derivadosfarmaceuticamente aceitáveis da mesma, na manufatura de ummedicamento para tratamento ou prevenção da dor. Maisespecificamente, a presente invenção descreve o uso detelocinobufagina e derivados farmaceuticamente aceitáveis damesma para tratamento ou prevenção das dores agudas ecrônicas a seres humanos ou animais.
De acordo com uma incorporação da presente invenção édescrito o uso de uma composição farmacêutica compreendendo:(a) telocinobufagina ou derivados farmaceuticamenteaceitáveis da mesma e (b) excipientes farmaceuticamenteaceitáveis para manufatura de um medicamento para tratardistúrbios ou condições em que predomina dor, incluindo asdores agudas e crônicas (inflamatórias, neuropáticas eoutras).
De acordo com outra incorporação da presente invenção éfornecido um método para tratamento ou prevenção para doresagudas e crônicas que compreende a administração a sereshumanos ou animais de uma quantidade efetiva detelocinobufagina ou um derivado farmaceuticamente aceitávelda mesma.
De acordo com uma outra incorporação da presenteinvenção é fornecido um método para tratar as dores aguda ecrônica que compreende a administração a seres humanos ouanimais de uma composição farmacêutica compreendendo umaquantidade efetiva de telocinobufagina, ou derivadosfarmaceuticamente aceitáveis da mesma, e excipientesfarmaceuticamente aceitáveis.
A presente invenção também descreve uma composiçãofarmacêutica que compreende telocinobufagina, ou um derivadofarmaceuticamente aceitável da mesma, e um excipientefarmaceuticamente aceitável.
A composição farmacêutica da presente invenção pode seradministrada pelas seguintes vias de administração: oral,sublingual, nasal, retal, intragengival, intravenosa,intramuscular, intraarticular, subcutânea, inalatória,transdérmica, tópica e espinhal (subaracnóide e peridural).Em particular a via preferida é a oral.
O termo "animais", como usado na presente invenção,refere-se animais domésticos, animais selvagens em cativeiroou não e animais de laboratório.
O termo "quantidade efetiva", como usado na presenteinvenção, refere-se a uma quantidade de telocinobufagina quefornece a atividade analgésica desejada quando administradade acordo com a dose apropriada para cada via deadministração.
O termo "excipientes farmaceuticamente aceitáveis",como usado na presente invenção, refere-se a ingredientescompatíveis com outros ingredientes e que não sejamprejudiciais a seres humanos ou animais.
O termo "derivados farmaceuticamente aceitáveis", comousado na presente invenção, refere-se a enantiômeros,polimorfos, pseudopolimorfos (hidratos e solvatos), pró-drogas, tais como carbonatos, carbamatos, fosfatos,fosfonatos, glicosídeos, sulfatos, sulfonatos, éteres eésteres.
O termo "tratar", como usado na presente invenção,refere-se a reverter, aliviar, inibir, prevenir, ou diminuiro progresso da dor em seres humanos ou animais. O termo"tratamento", como usado na presente invenção, refere-se aoato de tratar como definido acima e à prevenção. O termo"prevenção", como usado na presente invenção, refere-se aoato de prevenir que está relacionada ao termo "analgesiapreemptiva". Este termo refere-se ao tratamento preventivoda dor, antes que ela ocorra. Tal procedimento tem sidobastante usado após operações, onde o médico responsávelsabe que a dor ocorrerá após a cessação da anestesia. Tambémé usado no tratamento de quadros como queimaduras e crônicoscomo doenças oncológicas, nos quais o médico prescreve oanalgésico para ser tomado em horários fixos e não apenasquando paciente se queixar de dor. A analgesia preemptivatem como objetivo fornecer conforto ao paciente evitando oaparecimento da dor e prevenir a hiperexcitabilidade reflexae a sensitização neuronais que ocorrem em resposta aosestímulos nociceptivos periféricos. A sensibilizaçãocentral, quando estabelecida, é difícil de suprimir, e podeestar associada ao surgimento da dor neuropática [Woof, C.J.1983. Evidence for a central component of post-injury painhypersensitivity. Nature, 686-688; Wall, P.D. 1988. Theprevention of postoperative pain. Pain].
O termo "tratar distúrbios ou condições em que predominador, incluindo as dores agudas e crônicas", como usado napresente invenção, refere-se a dores causadas por condiçõesselecionadas do grupo abaixo: transtornos congênitos ougenéticos; traumas, cirurgias ou queimaduras; doençainfecciosa e/ou parasitária; doença metabólica; inflamação;doença auto imune; doença oncológica; intoxicações;alterações e doenças metabólicas; quadros degenerativos (dosistema nervoso e outros sistemas); quadros disfuncionais;alterações psicológicas.
Os distúrbios ou condições em que predomina dor,incluindo as dores agudas e crônicas", como usado napresente invenção, são selecionados do grupo, mas nãolimitantes, que consiste de lesões aos tecidos (mole eperiférico), tais como lesões osteoarticulares e muscularesde origem traumática, lesões do sistema nervoso de origemtraumática, incluindo lesões radicular ou medular, e lesõesmecânicas, por radiações, cirúrgicas, queimaduras térmicas,químicas ou elétricas; dor decorrente de causa oncológica ounão oncológica que apresenta evolução aguda ou crônica,decorrente de mecanismo somático (por exemplo nociceptivo)neuropático ou psicogênico; osteoartrite, artritereumatóide; dor muscolo-esquelética, particularmente apóstrauma; dor orofacial, por exemplo odontalgia; cefaleiaprimárias e secundárias, incluindo enxaqueca; dor abdominal;dor decorrente de doença oncológica, incluindo neoplasiasbenignas e malignas, por exemplo dor do câncer; dor pósoperatória; dor decorrente de doenças neurodegenerativas,incluindo esclerose múltipla e esclerose lateralamiotrófica; dor decorrente de neuropatias associadas àdoenças degenerativas, incluindo diabetes e também hérnia dodisco intervertebral; dor decorrente de alteraçõesmetabólicas, incluindo diabetes melitus, hipo ouhipertireodismo; dor decorrente de lesões por esforçosrepetitivos (LER); dor decorrente de transtornos congênitosou genéticos; dor decorrente de doenças infecciosas ouparasitárias, incluindo hanseníase, herpes zoster, síndromede imunodeficiência adquirida SIDA, intoxicações, incluindometais pesados; dor por deaferentação, dor central, dor demembro fantasma, causalgia, dor mielopática, síndromecomplexa de dor regional, dor de coto de amputação,distrofia simpática reflexa, neuralgia pós-herpética,mononeuropatia diabética, neuropatia isquêmica, poliarteritenodosa, dor pós-radioterapia, polineuropatias, mononeuritesmúltiplas, mielopatias infecciosas e neurodegenerativas,neuropatias tóxicas, vasculites e siringomielia.
Descrição das figuras
A seguir faz-se a descrição das figuras que acompanhameste relatório descritivo, para melhor entendimento eilustração da presente invenção.
Figura 1: Efeitos analgésicos da telocinobufagina (curvadose/resposta) administrada por via oral, através do testede contorções abdominais em camundongos.
Figura 2: Comparação dos efeitos da telocinobufagina (10mg/Kg, v.o.) com sulfato de morfina "Morf" (10 mg/kg, i.p.),diclofenaco sódico "DICL" (50 mg/Kg, i.p), dipirona sódica"DIP" (50 mg/kg, i.p) fosfato de codeína "COD" (20 mg/kg,i.p), através do teste de contorções abdominais emcamundongos.
Figura 3: Efeitos da naloxona (5 mg/kg, i.p.) sobre a açãoanalgésica da telocinobufagina (10 mg/Kg, v.o.), através doteste de contorções abdominais em camundongos.
Figura 4: Efeitos analgésicos da telocinobufagina (Curvadose/resposta), administrada por via oral, na fase 1 doteste da formalina em camundongos.
Figura 5: Comparação dos efeitos da telocinobufagina (10mg/kg, v.o.) com sulfato de morfina "Morf" (10 mg/kg, i.p.),diclofenaco sódico "DICL" (50 mg/kg, i.p), dipirona sódica"DIP" (50 mg/kg, i.p) e fosfato de codeína "COD" (20 mg/kg,i.p), na fase 1 do teste da formalina (4%) em camundongos.
Figura 6: Efeitos da naloxona (5 mg/Kg) sobre a açãoanalgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg), na fase 1 do testeda** formalina.
Figura 7: Efeitos analgésicos da telocinobufagina (curvadose/ resposta), administrada por via oral, na fase 2 doteste da formalina.
Figura 8: Comparação dos efeitos da telocinobufagina (5mg/kg, v.o.) com sulfato de morfina "Morf" (10 mg/kg, i.p.),diclofenaco sódico "DICL" (50 mg/kg, i.p), dipirona sódica"DIP" (50 mg/kg, i.p) e fosfato de codeína "COD" (20 mg/kg,i.p), na Fase 2 do teste de formalina.
Figura 9: Efeitos da naloxona (5 mg/Kg) sobre a açãoanalgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg) na fase 2 do testeda formalina.
Figura 10: Efeitos analgésicos da telocinobufagina (lmg/kg,2,5mg/kg e 5mg/kg), administrada por via oral, no teste daplaca quente (Hot Plate) .
Figura 11: Efeitos da naloxona (5 mg/Kg) sobre a açãoanalgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg) no teste da placaquente (Hot Plate) .
Figura 12: Efeitos da telocinobufagina (lmg/kg, 2,5mg/kg e5mg/kg) no teste de retirada da cauda (Tail Flick).
Figura 13: Efeitos da naloxona (5 mg/Kg) sobre a açãoanalgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg) no teste deretirada da cauda (Tail Flick).
Para as figuras abaixo: PD = pata direita antes da cirurgiade ligadura do nervo ciático; PDtest = pata direita após acirurgia de ligadura do nervo ciático.
Figuras 14 e 15: Efeitos da telocinobufagina (curvadose/resposta) sobre a hiperalgesia pelas viasintraperitoneal (14) e oral (15), respectivamente.
Figura 16: Comparação dos efeitos analgésicos datelocinobufagina sobre a hiperalgesia, por vias i.p (5mg/Kg) e v.o (20 mg/Kg), com os seguintes analgésicos:diclofenaco sódico nDICL" (50 mg/Kg, i.p), sulfato demorfina nMorf" (10 mg/Kg, i.p), fosfato de codeína "COD" (30mg/Kg, i.p), dipirona sódica nDIP" (300 mg/Kg, i.p),cloridrato de amitriptilina nAMT" (30 mg/Kg), carbamazepinanCBZ" (60 mg/Kg) e prednisona nPRED" (10 mg/Kg).
Figura 17: Efeitos da naloxona (5 mg/Kg, i.p) sobre a açãoanalgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg) no teste dehiperalgesia.
Figuras 18 e 19: Tempos de duração dos efeitos analgésicosda telocinobufagina sobre a hiperalgesia, por viasintraperitoneal, 5mg/kg (18) e oral, 20mg/kg (19),respectivamente.
Figuras 20 e 21: Efeitos da telocinobufagina sobre aalodinia (curva dose/resposta), por vias intraperitoneal(20) e oral (21), respectivamente.Figura 22: Comparação dos efeitos analgésicos datelocinobufagina sobre a alodinia, por vias i.p (5mg/kg) ev.o (20 mg/kg), com os seguintes analgésicos: diclofenacosódico "DICL" (50 mg/Kg, i.p), sulfato de morfina "Morf" (10mg/Kg, i.p), fosfato de codeina "COD" (30 mg/Kg, i.p),dipirona sódica "DIP" (300 mg/Kg, i.p), cloridrato deamitriptilina "AMT" (30 mg/Kg) e carbamazepina "CBZ" (60mg/Kg) e prednisona "PRED" (10 mg/Kg).
Figura 23: Efeitos da naloxona (5 mg/Kg, i.p) sobre a açãoanalgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg, i.p.) no teste dealodinia.
Figuras 24 e 25: Tempos de duração dos efeitos analgésicosda telocinobufagina sobre a alodinia por viasintraperitoneal, 5mg/kg (24) e oral, 20 mg/kg (25),respectivamente.
Figura 26: Efeitos do etanol (controle), bupivacaina etelocinobufagina na força de contração (inotropismo)cardíaca de ratos em diferentes concentrações (IO"7 a 10"4M).
Figura 27: Traçado registrado em polígrafo representando oefeito da bupivacaina no átrio esquerdo de ratos. As setasindicam o momento da adição do bupivacaina (IO-4M).
Figura 28: Efeitos da telocinobufagina na força de contração(inotropismo) cardíaca durante 12 minutos de observaçãoutilizando-se telocinobufagina a concentração de IO-3 M.
Figura 29: Efeitos do etanol, bupivacaina e telocinobufaginana freqüência de contração espontânea do átrio direito deratos em diferentes concentrações (IO-7 a IO"4 M) .Figura 30: Traçado registrado em polígrafo representando oefeito da bupivacaina no átrio direito de ratos. As setasindicam o momento da adição do bupivacaina (IO"4 M) . BS-basalAs características da presente invenção se tornarãoevidentes a partir da seguinte descrição detalhada.
Descrição detalhada da invenção
A presente invenção está direcionada ao uso detelocinobufagina, ou derivados farmaceuticamente aceitáveisda mesma, na manufatura de um medicamento para tratamento ouprevenção da dor. Mais especificamente, a presente invençãodescreve o uso de telocinobufagina para tratamento ouprevenção das dores agudas e crônicas em seres humanos ouanimais.
De acordo com uma outra incorporação da presenteinvenção é fornecido um método para tratamento ou prevençãodas dores agudas e crônicas que compreende a administração aseres humanos ou animais de uma quantidade efetiva detelocinobufagina; ou derivados farmaceuticamente aceitáveisda mesma.
De acordo com uma outra incorporação da presenteinvenção é fornecido um método para tratar as dores agudas ecrônicas, que compreende a administração a seres humanos ouanimais de uma composição farmacêutica compreendendo umaquantidade efetiva de telocinobufagina, ou derivadosfarmaceuticamente aceitáveis da mesma, e excipientesfarmaceuticamente aceitáveis.
A telocinobufagina de acordo com os resultados dostestes apresentados a seguir possui potência maior que a damorfina evidenciada quando a comparação dos resultados érealizada considerando as massas molares das duassubstâncias, sem, no entanto, apresentar os efeitoscolaterais conhecidos dos opióides. Adicionalmente, osresultados da presente invenção mostram que os efeitosanalgésicos independem do sistema opióide.
Os resultados obtidos para analgesia tanto em respostaa dor aguda quanto a dor crônica neuropática foramcomparados com diversos outros tratamentos convencionais dador, utilizando fármacos como sulfato de morfina, fosfato decodeína, diclofenaco sódico, dipirona sódica, prednisona,cloridrato de amitriptilina e carbamazepina, sobre os quaisa telocinobufagina mostrou superior eficácia.
Os resultados da presente invenção mostram que a TCB nãoatua com o mesmo mecanismo de ação dos opióides, uma vez quea naloxona, um antagonista específico da morfina ederivados, foi incapaz de reverter as suas açõesanalgésicas. Assim, o tratamento das dores agudas e crônicascom TCB é alcançado sem causar os efeitos colateraisusualmente observados com os tratamentos convencionais comos opióides, tais como: constipação, dependência física epsicológica, depressão respiratória, lesõesgastrintestinais, nefrotoxicidade, inibição da agregaçãoplaquetária, incidência de efeitos adversos relacionados aosistema nervoso central (visão borrada, tontura, cefaléia,confusão mental, náuseas, etc.).
Também foi possível verificar através dos resultados detestes in vivo e ín vitro que a telocinobuf agina nãoapresenta sinais de toxicidade cardíaca, em preparações deátrio isolado de rato.
Uma outra incorporação da presente invenção refere-se auma composição farmacêutica contendo uma quantidade efetivade telocinobufagina, ou derivados farmaceuticamenteaceitáveis da mesma, e excipientes farmaceuticamenteaceitáveis. A composição farmacêutica de acordo com apresente invenção compreende de 0,1% a 99% p/p detelocinobufagina, ou derivados farmaceuticamente aceitáveisda mesma.
A telocinobufagina pode ser de origem natural ousintética, e pode estar nas suas diversas possíveis formasfarmaceuticamente aceitáveis de enantiômeros, polimorfos,pseudopolimorfos (hidratos e solvatos) , pró-drogas tais comocarbonatos, carbamatos, fosfatos, fosfonatos, glicosídeos,sulfatos, sulfonatos, éteres e ésteres.
Um exemplo de derivados apropriados à invenção é umés ter formado da reação de um grupo hidroxila datelocinobufagina (exemplos: C3-0H, C5-0H ou C14-0H) com umácido carboxílico, por exemplo, alquil Cn-CO2H e HO2C-(CH2)n-CO2H (onde η é 1-10) , e fenil-CH2-CO2H. Um exemplo paraformação de éteres é a reação de um grupo hidroxil(exemplos:C3-OH, C5-0H ou C14-0H) com haletos de alquila(Cn-X, onde η é 1-10 e X é Cl, Br, I, F) e/ou alquil ou arilsulfonatos.
O especialista da arte reconhecerá que atelocinobufagina apresenta quiralidade e, portanto contemátomos que podem estar em uma configuração particulargeométrica e estereoquímica, dando origem a isômerosconfiguracionais e estereoisômeros. Todos isômeros e misturados mesmos estão incluídos nesta invenção.
Conforme a presente invenção, a administração detelocinobufagina, ou de composições farmacêuticas contendo amesma, pode ser realizada pelas vias de administração: oral,sublingual, nasal, retal, intragengival, intravenosa,intramuscular, intraarticular, subcutânea, cutânea (porexemplo, patch ou adesivo transdérmico), inalatória,transdérmica, tópica e espinhal (subaracnóide e peridural) ,não sendo limitada a estas, e sendo a via de administraçãopreferida a via oral.
Os excipientes farmaceuticamente aceitáveis sãoselecionados em função da apresentação final da composiçãoda presente invenção que podem ser na forma de cápsulas oucomprimidos para a administração oral, soluções paraadministração nasal, solução injetável para administraçãointramuscular, intravenosa, cutânea ou sub-cutânea, loção,creme, gel ou pomada para administração tópica.Métodos para preparação de várias composiçõesfarmacêuticas são bem conhecidos, ou serão aparentes à luzda presente invenção, pelo especialista da arte emtecnologia farmacêutica. Por exemplo, ver RemingtonsPharmaceutical Sciences, 18a ed. (1990).
Os exemplos citados a seguir são meramenteilustrativos, devendo ser empregados somente para uma melhorcompreensão dos desenvolvimentos constantes na presenteinvenção, não devendo, contudo, serem utilizados com ointuito de limitar os objetos descritos.
Ensaios in vivo para dor aguda:
Os métodos de ensaios in vivo para dor aguda utilizadosincluíram os teste das contorções, teste da formalina, testeda placa quente e teste da retirada da cauda.
Os diferentes ensaios foram realizados em diversas dosesde TCB por v.o., utilizando-se pelo menos 6 animais em cadadose. A análise estatística dos resultados foi realizadaatravés da ANOVA, seguida do teste de TUKEY (p<0,05).
Via de administração: A telocinobufagina foiadministrada por via oral, sendo dissolvida emdimetilsulfóxido (DMSO) a 40% em água. Os animais ficaram emjejum por 12 horas antes do início dos experimentos. Asdemais drogas, sulfato de morfina, fosfato de codeína,diclofenaco sódico, dipirona sódica, prednisona, cloridratode amitriptilina e carbamazepina, foram administradas porvia intraperitoneal (i.p.).
Animais: Foram utilizados cerca de 500 camundongosmachos Swiss (Mus musculus).
Exemplo 1 - Teste de Contorções
Teste de Contorções em Camundongos: discriminação entre asatividades analgésicas central e periférica. Este teste ébaseado na administração intraperitoneal de substâncias queirritam a membrana serosa, por exemplo, ácido acético,provocando um comportamento estereotipado no camundongo, oqual é caracterizado principalmente por contraçõesabdominais, acompanhadas de estiramento das patasposteriores. Este comportamento é considerado ser de origemreflexa e de evidência de Dor Visceral, semelhante àquelaque resulta de um quadro de peritonite. Embora este testenão tenha grande especificidade, ele é extremamentesensível, sendo um dos testes mais utilizados para screeningde novos analgésicos. Como o teste de contorções permiteavaliar a atividade antinociceptiva de substâncias que atuamtanto em nível central quanto periférico, quando associadocom um teste específico de ação central (placa quente) ,permite demonstrar se o nível de ação de uma determinadadroga é central e periférico, ou exclusivamente periférico,ou exclusivamente central. Os grupos controles receberam omesmo volume de veículo (10 ml/Kg) utilizado para diluir oscompostos em análise, por via oral 1 hora antes do teste,enquanto os grupos tratados receberam, nestas mesmascondições, as doses crescentes das substâncias testadas.Após 55 minutos da administração das drogas por v.o. e emseguida, cinco minutos após a injeção de ácido acético(0,6%, via i.p.), os animais foram observados,quantificando-se, cumulativamente, o número de contorçõesabdominais, durante um período de 2 0 minutos. A atividadeantinociceptiva foi determinada tomando-se como base ainibição do número das contorções dos animais tratados emrelação ao número de contorções dos animais do grupocontrole. Os resultados encontram-se representados nasFiguras 1-3.
A Figura 1 apresenta os efeitos analgésicos datelocinobufagina (curva dose/resposta) administrada por viaoral, através do teste de contorções abdominais emcamundongos. Esta figura demonstra que a telocinobufaginaapresentou efeitos antinociceptivos significativos noreferido teste, chegando a bloquear, na dose de lOmg/kg,cerca de 90% das contorções em relação ao grupo controle(p<0,001).
A Figura 2 apresenta a comparação dos efeitos datelocinobufagina (10 mg/Kg, v.o.) com sulfato de morfinauMorf" (10 mg/kg, i.p.), diclofenaco sódico "DICL" (50mg/Kg, i.p), dipirona sódica "DIP" (50 mg/kg, i.p.) efosfato de codeína "COD" (20 mg/kg, i.p), através do testede contorções abdominais em camundongos. Esta figurademonstra que a telocinobufagina, por v.o, apresentou efeitoantinociceptivo, mol a mol, cerca de 40% maior que aquele damorfina por via intraperitoneal e bastante superior àqueledos demais analgésicos utilizados no referido teste quetambém foram administrados por via intraperitoneal (p<0,05).
A Figura 3 apresenta os efeitos da naloxona (5 mg/kg)sobre a ação analgésica da telocinobuf agina (10 mg/Kg) ,através do teste de contorções abdominais em camundongos.Esta figura demonstra que a naloxona na dose de 5 mg/Kg,i.p., bloqueou os efeitos da morfina (p<0,05) administradana dose de 10 mg/Kg, i.p., mas não bloqueou os efeitosanalgésicos da telocinobuf agina, por v.o. na dose de 10mg/kg.
Exemplo 2- Teste da Formalina
Avaliação das Dores Agudas Neurogênica e Inflamatória. Oteste da injeção intraplantar de formalina (4%) induz noanimal reações de lamber ou contrair as patas. Este testepermite avaliar dois tipos de dor: uma de origemneurogênica, como resultado da estimulação direta dosneurônios nociceptivos observada nos primeiros 5 minutosapós a administração da formalina, e outra, de origeminflamatória, caracterizada pela liberação de mediadoresinflamatórios, observada entre 15 e 3 0 minutos após ainjeção da formalina e representando a resposta tônica àdor. O teste foi realizado à temperatura ambiente de 24-25°Ce na ausência de fatores experimentais que possam afetar ofluxo sangüíneo periférico, devido à grande sensibilidade daresposta na segunda fase (tardia). Os grupos controlereceberam o mesmo volume de veículo (10 mL/Kg) utilizadopara diluir os compostos em análise, por via oral 1 horaantes do teste, enquanto os grupos tratados receberam,nestas mesmas condições, as doses crescentes das substânciasa serem testadas. A atividade antinociceptiva foi entãodeterminada tomando-se como base a diminuição do tempocumulativo de lambedura ou contração das patas dos animaistratados em relação às mesmas respostas dos animais do grupocontrole.
O resultados do teste da formalina encontram-serepresentados nas Figuras 4-9.
A Figura 4 apresenta os efeitos analgésicos datelocinobufagina (curva dose/resposta), administrada porvia oral, na fase 1 do teste da formalina em camundongos.Esta figura mostra que a telocinobufagina apresentouefeitos antinociceptivos significativos no referido teste,chegando a bloquear, na dose de lOmg/kg, cerca de 8 0% daslambidas em relação ao grupo controle (p<0,005).
A Figura 5 apresenta a comparação dos efeitos datelocinobufagina (10 mg/kg, v.o.) com sulfato de morfina"Morf" (10 mg/kg, i.p.), diclofenaco sódico "DICL" (50mg/kg, i.p), dipi rona sodica wDIP" (50 mg/kg, i.p) efosfato de codeína "COD" (20 mg/kg, i.p), na fase 1 doteste da formalina (4%) em camundongos. Esta figura mostraque a telocinobufagina, por v.o, apresentou efeitoant inocicept ivo, mol a mol, cerca de 40% maior que aqueleda morfina por via intraperitoneal e bastante superioràqueles dos demais analgésicos utilizados no referido teste(p<0,05).A Figura 6 apresenta os efeitos da naloxona (5 mg/Kg)sobre a ação analgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg), nafase 1 do teste da formalina. Esta figura mostra que analoxona na dose de 5 mg/Kg, i.p., bloqueou os efeitos damorfina, administrada na dose de 10 mg/Kg (p<0,05), mas nãobloqueou os efeitos analgésicos da telocibufagina, por v.o.na dose de 5mg/Kg.
A Figura 7 apresenta os efeitos analgésicos datelocinobufagina (curva dose/resposta) na fase 2 do testeda formalina administrada por via oral. Esta figura mostraque a telocinobufagina apresentou efeitos antinociceptivossignificativos no referido teste, chegando a bloquear, nadose de 10 mg/Kg, cerca de 100% das lambidas em relação aogrupo controle (p<0,0001).
A Figura 8 apresenta a comparação dos efeitos datelocinobufagina (5 mg/kg, v.o.) com sulfato de morfina"Morf" (10 mg/kg, i.p.), diclofenaco sódico "DICL" (50mg/kg, i.p), dipirona sódica "DIP" (50 mg/kg, i.p) efosfato de codeína "COD" (20 mg/kg, i.p), na Fase 2 doteste de formalina. Esta figura mostra que atelocinobufagina, por v.o. apresentou efeitoantinociceptivo, mol a mol, cerca de 58% maior que aqueleda morfina por via intraperitoneal e bastante superioràquele dos demais analgésicos utilizados no referido teste(p<0,05).
A Figura 9 apresenta os efeitos da naloxona (5 mg/Kg)sobre a ação analgésica da telocinobuf agina (5 mg/Kg) nafase 2 do teste da formalina. Esta figura mostra que analoxona na dose de 5 mg/Kg, i.p., bloqueou os efeitos damorfina (p<0,05) , administrada na dose de 10 mg/Kg, mas nãobloqueou os efeitos analgésicos da telocinobufagina, porv.o. na dose de 5mg/Kg.Exemplo 3- Teste da Placa Quente
Determinação da Atividade Analgésica Central. Este testeconsiste em dispor os animais sobre uma placa quente (52 +0,5 °C) e observar quanto tempo levam para manifestar umaresposta, particularmente lamber as patas ou saltar. Ambasas reações são consideradas respostas integradassupraespinhais (cerebrais). Os grupos controle receberam omesmo volume de veiculo (10 mL/Kg) utilizado para diluir oscompostos em análise, por via oral 1 hora antes do teste,enquanto os grupos tratados receberam, nestas mesmascondições, as doses crescentes das substâncias a seremtestadas. A atividade antinociceptiva foi determinadatomando-se como base o aumento do tempo de latência paralamber as patas ou saltar dos animais tratados em relação àsmesmas respostas dos animais controles. Os resultadosencontram-se representados nas Figuras 10 e 11.
A Figura 10 apresenta uma curva dose/resposta dosefeitos analgésicos da telocinobufagina (lmg/kg, 2,5mg/kg e5mg/kg) administrada por via oral, no teste da placa quente(Hot Plate) . Esta figura demonstra que a telocinobufaginaapresentou efeitos antinociceptivos significativos noreferido teste, chegando a aumentar a resposta cerca de450%, na dose de 5 mg/Kg, v.o., em relação ao grupo controle(p<0,001).
A Figura 11 apresenta os efeitos da naloxona (5 mg/Kg)sobre a ação analgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg) noteste da placa quente (Hot Plate) . Esta figura demonstra quea naloxona na dose de 5 mg/Kg, i.p., bloqueou os efeitos damorfina (p<0, 05) , administrada na dose de 10 mg/Kg, mas nãobloqueou os efeitos analgésicos da telocinobufagina, por v.ona dose de 5mg/KgExemplo 4 - Teste de Retirada da Cauda
Determinação da Atividade Analgésica a Nivel Medular.
Optamos pela variante do teste que consiste na aplicação deradiação térmica através de um filamento que é aquecido, empoucos segundos até 7 0 °C, em contato com uma pequenasuperfície da cauda do animal. Este estímulo térmico provocauma reação de retirada da cauda dos animais controle atravésde um movimento reflexo de origem espinhal rápido evigoroso, após um tempo que varia de 2 a 10 segundos. 0aumento do tempo de retirada da cauda é interpretado comouma ação analgésica. Os grupos controle receberam o mesmovolume de veículo (10 mL/Kg) utilizado para diluir oscompostos em análise, por via oral 1 hora antes do teste,enquanto os grupos tratados receberam, nestas mesmascondições, as doses crescentes das substâncias a seremtestadas. A atividade antinociceptiva foi determinadatomando-se como base o aumento do tempo de latência pararetirada da cauda dos animais tratados em relação às mesmasrespostas dos animais do grupo controle. Os resultados desteteste encontram-se representados nas Figuras 12 e 13.
A Figura 12 apresenta os efeitos da telocinobufagina(lmg/kg, 2,5mg/kg e 5mg/kg) no teste de retirada da cauda(Tail Flick) . Esta figura demonstra que telocinobufaginaapresentou, nas doses de 2,5 e 5 mg/Kg, efeitosantinociceptivos significativos no referido teste (p<0,05).
A Figura 13 apresenta os efeitos da naloxona (5 mg/Kg)sobre a ação analgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg) noteste de retirada da cauda (Tail Flick). Esta figurademonstra que a naloxona na dose de 5 mg/Kg, i.p., bloqueouos efeitos da morfina (p<0,05), administrada na dose de 10mg/Kg, mas não bloqueou os efeitos analgésicos datelocinobufagina, por v.o na dose de 5 mg/KgEnsaios in vivo para dor crônica:
Exemplo 5 - Modelo da Injúria Constritiva Crônica (ChronicCOZistrictive injury, CCI)
Recentemente, vários modelos animais de dor neuropáticatêm sido desenvolvidos em ratos. Conforme o método descritopor Bennett [Bennett. G. J; Xie, Y.K. 1998. A peripheralmononeuropathy in rat that produces disorders of painsensation Iike those seen in man. Pain, 33: 87-107] , sobanestesia, o rato é posicionado de decúbito ventral e umaincisão é feita na pele ao longo da coxa. A fáscia entre osglúteos e o músculo bíceps femural é dissecada e o nervociático comum direito é exposto no nível mediano da coxa.Próximo a esta trifurcação, o nervo é cuidadosamentedissecado do tecido ao seu redor por uma distância de cercade 8mm, em que é realizado o ensaio.
Neste modelo experimental de dor neuropática forammensurados: a) Alodinia: dor em resposta a estímulos nãolesivos; b) Hiperalgesia: dor exagerada em resposta aestímulos lesivos. A neuropatia periférica foi produzidapela ligadura frouxa do nervo ciático (Chronic constrictiveinjury, CCI) de acordo com o método descrito por Bennett andXie (1988) . Ratos adultos foram anestesiados compentobarbital sódico (40 mg/Kg, i.p.) e seus nervos ciáticosbilaterais expostos através da dissecção do músculo bícepsfemural. Em um dos lados, quatro frouxas ligadurasconstritivas com fio de sutura de cromo (4-0) foramrealizadas em torno do nervo, espaçadas por aproximadamente1 mm. No lado contra-lateral, foram realizados todos ospassos do processo cirúrgico, como exposição e manuseio donervo, menos as ligaduras. Para minimizar as variações datécnica, todos esses procedimentos foram feitos por umaúnica pessoa. Ao final, uma dose única de antibiótico foiadministrada (Ampicilina 8000 u/rat, Sigma, St Louis, MO) .Antes dos testes serem realizados, um tempo de cerca de 5dias foi utilizado para a recuperação dos animais.Determinação da Alodinia. Foi utilizado, através doequipamento de von Frey, o método de Chaplan [Chaplan, S.R.,Bach, F.W., Pogrel, J.W., Chung, J.M., Yaksh, T. L. 1994.
Quantitative assessment of tactile allodynia in the rat paw.J Neurosci Methods. 53:55-63]. Foi medido o tempo deresposta ao estímulo tátil aplicado à pata posterior dorato.
Determinação da Hiperalgesia. Foi usado o método de teste depressão da pata de ratos pelo método de Randall & Sellito[Randall, L.O., Selittof J.J. 1957. A method for measurementof analgesic activity on inflamed tissue. Arch IntPharmacodyn Ther 111: 409-419]: a força foi aplicadacontinuamente sobre o dorso da pata (16 g/s) e interrompidaquando ocorre a retirada da mesma. Os resultados dos testesrealizados através do modelo de injúria constritiva crônicaencontram-se demonstrados nas Figuras 14-25.
As Figuras 14 e 15 apresentam os efeitos datelocinobufagina (curva dose/resposta) sobre a hiperalgesiapelas vias intraperitoneal e oral, respectivamente. Estasfiguras demonstram que telocinobufagina apresentou efeitosantinociceptivos significativos nos referidos testes,chegando a aumentar as respostas cerca de 9 e 3,9 vezes emrelação ao grupo controle (PDtest) , pelas vias i.p (5 mg/Kg)(p<0,001) e ν.o. (20 mg/Kg)(p<0,05), respectivamente.
A Figura 16 apresenta a comparação dos efeitosanalgésicos da telocinobufugina, por vias i.p (5 mg/Kg) ev.o (20 mg/Kg), com os seguintes analgésicos sobre ahiperalgesia: diclofenaco sódico "DICL" (50 mg/Kg, i.p),sulfato de morfina "Morf" (10 mg/Kg, i.p), fosfato decodeína uCOD" (30 mg/Kg, i.p), dipirona sódica "DIP" (300mg/Kg, i.p), cloridrato de amitriptilina "AMT"(30 mg/Kg),carbamazepina "CBZ" (60 mg/Kg) e prednisona "PRED"(10mg/Kg). Esta figura mostra que a telocinobufagina, pelasvias ν.o e i.p, apresentou efeitos antinociceptivos, mol amol, cerca de 900% maior que aquele da morfina por via i.p.,e também bastante superior àquele dos demais analgésicosutilizados pela mesma via no referido teste (p<0,05). Porvia oral, o efeito da TCB quando comparados mol a mol, comaquele da morfina por via intraperitoneal, foram semelhantesA Figura 17 apresenta os efeitos da naloxona (5 mg/Kg,i.p) sobre a ação analgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg)no teste de hiperalgesia. Esta figura mostra que a naloxonana dose de 5 mg/Kg, i.p., bloqueou os efeitos da morfina(p<0,05), administrada na dose de 10 mg/Kg, mas não bloqueousignificativamente os efeitos analgésicos datelocinobufagina, por via i.p, na dose de 5 mg/Kg.
As Figuras 18 e 19 apresentam os tempos de duração dosefeitos analgésicos da telocinobufagina sobre ahiperalgesia, por vias i.p e oral, respectivamente. Estasfiguras mostram os efeitos analgésicos da telocinobufaginasobre a hiperalgesia por via i.p (5mg/Kg) e por via oral (20mg/Kg) duraram cerca de 6 horas, com uma meia-vida estimadade 3 horas (p<0,05).
As Figuras 20 e 21 apresentam os efeitos datelocinobufagina sobre a alodinia, por vias intraperitoneale oral, respectivamente. Estas figuras demonstram que atelocinobufagina apresentou efeitos antinociceptivossignificativos no referido teste, chegando a bloqueartotalmente a alodinia, nas doses de 5 mg/Kg por via i.p e 2 0mg/Kg por v.o (p<0,05).
A Figura 22 apresenta a comparação dos efeitosanalgésicos da telocinobufagina, por vias i.p (5mg/kg) e v.o(20 mg/kg), com os seguintes analgésicos sobre a alodinia:diclofenaco sódico "DICL"(50 mg/Kg, i.p), sulfato de morfina"Morf" (10 mg/Kg, i.p), fosfato de codeína "COD" (30 mg/Kg,i.p), dipirona sódica "DIP" (300 mg/Kg, i.p), cloridrato deamitriptilina "AMT" (30 mg/Kg), carbamazepina "CBZ"(60mg/Kg) e prednisona "PRED" (10 mg/Kg). Esta figura mostraque a telocinobuf agina, pelas vias v.o e i.p, bloqueoutotalmente a alodinia, nas doses de 5 mg/Kg por via i.p e 20mg/Kg por v.o (p<0,05), em menores doses que amitriptilina(3 0 mg/Kg) e carbamazepina (60 mg/Kg) , administradas por viai.p (p<0,05) . Os resultados mostraram que a TCB, tanto porvia i.p., como por v.o., reverteu totalmente o quadro dealodinia (em relação à PD), enquanto a morfina, por via i.p.reverteu apenas cerca de 50% da alodinia (em relação à PD) .
A Figura 23 apresenta os efeitos da naloxona (5 mg/Kg,i.p) sobre a ação analgésica da telocinobufagina (5 mg/Kg,i.p.) no teste de alodinia. Esta figura demonstra que analoxona na dose de 5 mg/Kg, i.p., bloqueou os efeitos damorfina (p<0, 05) , administrada na dose de 10 mg/Kg, mas nãobloqueou significativamente os efeitos analgésicos datelocinobufagina, por via i.p, na dose de 5 mg/Kg.
As Figuras 24 e 25 apresentam os tempos de duração dosefeitos analgésicos da telocinobufagina sobre a alodinia porvias i.p e oral, respectivamente. Estas figuras mostram queos efeitos analgésicos da telocinobufagina sobre a alodiniapor via i.p (5mg/Kg) e por via oral (20 mg/Kg) duraram cercade 6 horas, com uma meia-vida estimada de 3 horas (p<0,05).
Ensaios xn vivo para avaliar cardiotoxidade:
Exemplo 6 - Efeito da telocinobufagina sobre o inotropismode átrio isolado de rato.
Para se estudar os possíveis efeitos deletérios nocoração da telocinobufagina, foi inicialmente utilizado omodelo do átrio isolado de rato para avaliação da força decontração (inotropismo) cardíaca. 0 átrio esquerdo de ratofoi utilizado para estudo da atividade inotrópica. Os dadosforam expressos como força de contração (g de tensão) ecomparados com os resultados obtidos com a bupivacaína.
A aplicação de pulsos quadrados (5 V, 5 ms, 2 Hz) , noátrio esquerdo com freqüência de 12 0 bpm, foi suficientepara produzir uma força de contração cardíaca de 0,63 ± 0,09g de tensão. A resposta na contratilidade não sofreualterações significativas, quando as condições às quais oátrio esquerdo estava submetido no meio de superperfusãoforam mantidas. Os resultados desses testes encontram-sedemonstrados nas Figuras 26-28.
A Figura 2 6 mostra que na presença da telocinobufagina,nenhuma alteração significativa foi observada na força decontração cardíaca, comparada ao controle, nas concentraçõesde 10"7 a 10"4 M. Entretanto, a bupivacaína na concentraçãode 3 χ 10"5 M diminuiu significativamente a força decontração cardíaca para 0,13 ± 0,06 g de tensão, e naconcentração de IO"4 M bloqueou totalmente a força decontração cardíaca para zero(p < 0,05, teste de Dunnett) . Osdados estão expressos como média ± EPM (n=6) . Anova eDunnett como teste post hoc, p<0,005. a vs controle, b vsbupivacaína.
Na Figura 27 é mostrado um traçado registrado empolígrafo representando do efeito da bupivacaína no átrioesquerdo de ratos. As setas indicam o momento da adição dobupivacaína (10"4 M) .
Com o objetivo de encontrar uma dose tóxica datelocinobufagina, utilizou-se a concentração de 10"3 Mdurante 12 min, ao invés de 5 min (Figura 28) . Entretanto,mesmo nesta concentração, a telocinobufagina também nãoproduziu alteração significativa na força de contraçãocardíaca (p > 0,05, teste de Dunnett).
Exemplo 7 - Efeito da telocinobufagina sobre o cronotropismode átrio isolado de rato.
Para se estudar os possíveis efeitos deletérios nocoração, foi posteriormente utilizado o modelo do átrioisolado de rato para avaliação da freqüência de contração(cronotropismo) cardíaca. 0 átrio direito de rato foiutilizado para estudo da atividade cronotrópica. Os valoresda atividade mecânica espontânea do átrio direito foramexpressos em freqüência de contrações ou batimentos porminuto (bpm) . A freqüência cardíaca foi de 298 ± 50contrações por minutos no átrio direito de rato. A respostana freqüência de atividade espontânea cardíaca não sofreualterações significativas, quando as condições às quais oátrio direito estava submetido no meio de superperfusãoforam mantidas.
A Figura 2 9 mostra que na presença da telocinobufaginanenhuma alteração significativa foi observada na atividademecânica espontânea cardíaca, comparada ao controle, nasconcentrações de 10-7M a 10"4 M (n=6; ρ > 0,05, teste deDunnett). Entretanto, a bupivacaína na concentração de 3 χ10"5 M diminuiu significativamente a freqüência de atividadeespontânea cardíaca para 9,6 ± 2,4 bpm, e na concentração de10"4 M bloqueou totalmente a freqüência cardíaca para zero(p < 0,05, teste de Dunnett) . A Figura 29 mostra o efeito dabupicavaína e telocinobufagin na freqüência das contraçõesespontâneas do átrio direito de ratos em diferentesconcentrações (10"7M a 10"4 M) . Os dados estão expressos comomédia ± EPM (n=6) . Anova e Dunnett como teste post hoc,p<0,005. a vs controle, b vs bupivacaína.
Na Figura 3 0 é mostrado um traçado registrado empolígrafo representando o efeito da bupivacaína no átriodireito de ratos. As setas indicam o momento da adição dobupivacaína (IO"4 M) . BS- basalEnsaios in vitro para avaliar cardiotoxidade:
Exemplo 8 - Ensaio de Patch Clairtp
Os efeitos in vitro da telocinobufagina em diversoscanais iônicos foram avaliados a temperatura ambiente usandoo PatchXpress® (Model 7000A, Molecular Devices, Union CityCA) - sistema Patch Clamp paralelo automático. Os estudosforam conduzidos de acordo com procedimentos convencionais.
Para realização dos testes foi preparada uma soluçãoestoque de telocinobuf agina 3 0μΜ em DMSO 0,3% em soluçãotampão (HBPS) . 0 teste foi avaliado, usando telocinobufagina15 μΜ em 2 células (n>2). A duração de exposição de cada canalfoi de 5 minutos. A telocinobufagina (pureza >95%) éinsolúvel em água, é solúvel em DMSO 50% (v/v em água) ,etanol (100%) e clorofórmio puro. Cada gravaçãohKvLQTl/hminK e hCavl.2 (h=humano) finalizou com uma dosesupramáxima do controle positivo (cromanol 300 μΜ enifedipina 10 μΜ, respectivamente). Qualquer correnteesquerda após exposição a esta dose foi subtraídadigitalmente para eliminar a contribuição de qualquercorrente endógena. Por este motivo, são obtidos algunsresultados negativos para algumas medidas.
Os resultados para telocinobufagina são demonstrados naTabela 2. 0 controle positivo demonstrado na Tabela 3confirma a sensibilidade do sistema teste para inibição docanal iônico. Critério de significância: ^ 20% de inibição.
Tabela 2 - Resultado de inibição de canais iônicos pelatelocinobufagina.
<table>table see original document page 36</column></row><table><table>table see original document page 37</column></row><table>
Tabela 3 - Controle positivo para os testes de inibição decanais iônicos.
<table>table see original document page 37</column></row><table>
Os resultados da média de percentual de inibiçãodescritos na Tabela 2 mostram que os diversos canais iônicosavaliados não foram inibidos pela telocinobufagina. Taisresultados corroboram com os resultados dos ensaios in vivorealizados para avaliar o efeito da telocinobufagina sobre oinotropismo e cronotropismo de átrio isolado de rato, assim,evidenciando ausência de cardiotoxicidade pelatelocinobufagina.Ensaios in vitro para avaliar mecanismo de ação não opióide:
Exemplo 9 - ensaio de ligação radioligante (ra.dioliga.ndbinding- assays)
Os métodos empregados foram adaptados da literaturacientífica para maximizar a confiabilidade ereprodutibilidade dos mesmos. Padrões de referência foramutilizados como parte integral de cada ensaio para assegurara validade dos resultados obtidos.
Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade datelocinobufagina [Pureza ^ 95%] nos receptores opióides.Atualmente estes receptores são classificados em trêsgrupos, μ, δ, k. Os resultados desses testes encontram-sedemonstrados na Tabela 4 e os métodos utilizados sãodescritos a seguir:
Receptor opióide δ (OP1, DOP)
Fonte: Células CHO recombinante humana
Ligante: [3H]Naltrindola 0.9 nM
Veículo: DMSO 1%
Tempo/temp de incubação: 2 horas a 25°C.
Tampão de incubação: Tris-HCl 50mM, pH 7.4, MgCl2 5mM
Ligante não específico: Naloxona 10μΜ
KD: 0 .49nM*
Bmax: 8.6 pmole/mg Protein
Ligação específica: 80%
Método quantitativo: ligação radioligante (RadioligantBinging)
Receptor opióide k (0P2, KOP)
Fonte: Células HEK-293 recombinante humana
Ligante: [3H]Diprenorfina 0.6 nM
Veículo: DMSO 1%
Tempo/temp de incubação: 60 minutos a 25°C.
Tampão de incubação: Tris-HCl 50 mM, pH 7.4
Ligante não específico: Naloxona 10μΜ
K0: 0.4 nM
Braax: l.lpmole/mg Protein
Ligação específica: 90%
Método quantitativo: ligação radioligante (RadioligantBinging)
Receptor opióide μ (OP3, M0P)
Fonte: Células CH0-K1 recombinante humana
Ligante: [3H]Diprenorfina 0.6 nMVeiculo: DMSO 1%
Tempo/temp de incubação: 60 minutos a 25°C.
Tampão de incubação: Tris-HCl 50 mM, pH 7.4
Ligante não específico: Naloxona ΙΟμΜ
K0 : 0.41 nM
Bmax: 3.8 pmole/mg Protein
Ligação específica: 90%
Método quantitativo: ligação radioligante (RadioligantBinging)
Tabela 4 - Teste de atividade da TCB nos receptores opióides
<table>table see original document page 39</column></row><table>
hum=humano
* Critério de significância ou resposta significante ^ 50% de estimulaçãomáxima ou inibição.
a N-metil-N- (7- (1-pirrolidinil) -1-oxaspiro (4,5) dec-8-il) benzenoacetamidaligante seletivo para receptor opióide k.
b [D-Ala2fNMe-Phe4, Gly-ol5]-enkephalin - peptídeo agonista altamente seletivo]
Os resultados de percentual de inibição descritos naTabela 4 mostram que os receptores opióides μ, δ, k nãoforam inibidos ou estimulados pela telocinobufagina. Estesresultados corroboram com os ensaios in vivo quedemonstraram que os efeitos da telocinobufagina não sãorevertidos pela naloxona. Sabe-se, então que seu mecanismode ação não é opióide e, portanto espera-se que essecomposto seja destituído dos efeitos colaterais adversos dosopióides.

Claims (34)

1. - Uso de telocinobufagina, ou derivados farmaceuticamenteaceitáveis da mesma, caracterizado por ser namanufatura de um medicamento para tratar ou prevenir asdores aguda ou crônica em seres humanos ou animais.
2. - Uso de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pelofato de ser útil na analgesia preemptiva.
3. - Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato da dor aguda ser do tipo neurogênica ouinflamatória.
4. - Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato da dor ser de origem oncológica ou não oncológica,e decorrer de mecanismo somático, neuropático oupsicogênico.
5. - Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato da dor crônica ser neuropática do tipohiperalgesia ou alodinia.
6. - Uso de acordo com as reivindicações 1 a 5,caracterizado pelo fato das dores serem causadas porcondições ou doenças selecionadas do grupo que consistede transtornos congênitos ou genéticos; traumas,cirurgias ou queimaduras; doença infecciosa e/ouparasitária; doença metabólica; inflamação; doença autoimune; intoxicações; alterações e doenças metabólicas;quadros neurodegenerativos e degenerativo; quadrosdisfuncionais; alterações psicológicas e neoplasiasbenignas e malignas.
7. - Uso de acordo com as reivindicações 1 a 6,caracterizado pelo fato das dores aguda ou crônicaserem selecionadas de uma ou mais condições ou doençasdo grupo que consiste de lesões osteoarticulares,musculares, lesões radicular, medular, lesões mecânicaspor radiações, cirúrgicas, queimaduras térmicas,químicas ou elétricas; osteoartrite, artritereumatóide; dor muscolo-esquelética, particularmenteapós trauma; odontalgia; cefaleia, enxaqueca; dorabdominal; dor do câncer; dor pós operatória; esclerosemúltipla, esclerose lateral amiotrófica; hérnia dodisco intervertebral; diabetes melitus, hipo ouhipertireodismo; dor decorrente de lesões por esforçosrepetitivos (LER); dor decorrente de transtornoscongênitos ou genéticos; dor decorrente de hanseníase,herpes zoster, síndrome de imunodeficiência adquiridaSIDA, dor decorrente de intoxicações por metaispesados; dor por deaferentação, dor central, dor demembro fantasma, causalgia, dor mielopática, síndromecomplexa de dor regional, síndrome dolorosa miofascial,fibromialgia, dor de coto de amputação, distrofiasimpática reflexa, neuralgia pós-herpética,mononeuropatia diabética, neuropatia isquêmica,poliarterite nodosa, dor pós-radioterapia,polineuropatias, mononeurites múltiplas, mielopatiasinfecciosas e neurodegenerativas, neuropatias tóxicas,vasculites e siringomielia.
8. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelofato dos derivados farmaceuticamente aceitáveis datelocinobufagina serem enantiômeros, polimorfos,pseudopolimorfos ou pró-drogas.
9. Uso de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelofato dos pseudopolimorfos serem hidratos ou solvatos.
10. Uso de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelofato das pró-drogas serem carbonatos, carbamatos,fostatos, fosfonatos, glicosídeos, sulfatos,sulfonatos, éteres ou ésteres.
11. Composição farmacêutica analgésica caracterizada porconter uma quantidade efetiva de telocinobufagina, ouum derivado farmaceuticamente aceitável da mesma, eexcipientes farmaceuticamente aceitáveis.
12. - Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 11, caracterizada pelo fato de compreender de 0,1% a 99% p/p de telocinobufagina ou derivadosfarmaceuticamente aceitáveis da mesma.
13. - Composição de acordo com a reivindicação 11,caracterizada pelo fato dos derivados farmaceuticamenteaceitáveis da telocinobufagina serem enantiômeros,polimorfos, pseudopolimorfos e pró-drogas.
14. - Composição de acordo com a reivindicação 13,caracterizada pelo fato dos pseudopolimorfos seremhidratos ou solvatos.
15. - Composição de acordo com a reivindicação 13,caracterizada pelo fato das pró-drogas seremcarbonatos, carbamatos, fostatos, fosfonatos,glicosídeos, sulfatos, sulfonatos, éteres e ésteres.
16. - Composição de acordo com a reivindicação 11,caracterizada pelo fato de ser administrada, a sereshumanos ou animais, pelas vias oral, sublingual, nasal,retal, intragengival, intravenosa, intramuscular,intraarticular, subcutânea, inalatória, transdérmica,tópica, espinhal subaracnóide ou espinhal peridural.
17. - Composição de acordo com a reivindicação 16,caracterizada pelo fato de ser administradapreferencialmente pela via oral.
18. - Uso da composição de acordo com reivindicação 11,caracterizado pelo fato de ser na manufatura de ummedicamento para tratar ou prevenir as dores aguda ecrônica em seres humanos ou animais.
19. - Uso de acordo com a reivindicação 18 caracterizado pelofato de ser útil na analgesia preemptiva.
20. - Uso de acordo com a reivindicação 18, caracterizadopelo fato da dor aguda ser neurogênica ou inflamatória.
21. - Uso de acordo com a reivindicação 18, caracterizadopelo fato da dor crônica ser neuropática do tipohiperalgesia ou alodinia.
22. - Uso de acordo com as reivindicações 18 a 21,caracterizado pelo fato das dores serem causadas porcondições ou doenças selecionadas do grupo que consistede transtornos congênitos ou genéticos; traumas,cirurgias ou queimaduras; doença infecciosa e/ouparasitária; doença metabólica; inflamação; doença autoimune; intoxicações; alterações e doenças metabólicas;quadros neurodegenerativos e degenerativo; quadrosdisfuncionais; alterações psicológicas e neoplasiasbenignas e malignas.
23. - Uso de acordo com as reivindicações 18 a 22,caracterizado pelo fato de as dores aguda ou crônicaserem selecionadas de uma ou mais condições ou doençasdo grupo que consiste de lesões osteoarticulares,musculares, lesões radicular, medular, lesões mecânicaspor radiações, cirúrgicas, queimaduras térmicas,químicas ou elétricas; osteoartrite, artritereumatóide; dor muscolo-esquelética, particularmenteapós trauma; odontalgia; cefaleia, enxaqueca; dorabdominal; dor do câncer; dor pós operatória; esclerosemúltipla, esclerose lateral amiotrófica; hérnia dodisco intervertebral; diabetes melitus, hipo ouhipertireodismo; dor decorrente de lesões por esforçosrepetitivos (LER); dor decorrente de transtornoscongênitos ou genéticos; dor decorrente de hanseníase,herpes zoster, síndrome de imunodeficiência adquiridaSIDA, dor docorrente de intoxicações por metaispesados; dor por deaferentação, dor central, dor demembro fantasma, causalgia, dor mielopática, síndromecomplexa de dor regional, síndrome dolorosa miofascial,fibromialgia, dor de coto de amputação, distrofiasimpática reflexa, neuralgia pós-herpética,mononeuropatia diabética, neuropatia isquêmica,poliarterite nodosa, dor pós-radioterapia,polineuropatias, raononeurites múltiplas, mielopatiasinfecciosas e neurodegenerativas, neuropatias tóxicas,vasculites e siringomielia.
24. - Uso da composição de acordo com a reivindicação 18,caracterizado pelo fato de ser útil na medicina e namedicina veterinária.
25. - Método para tratar ou prevenir as dores aguda oucrônica, caracterizado por compreender a etapa deadministrar, a seres humanos ou animais necessitando dodito tratamento, uma quantidade efetiva detelocinobufagina, ou um derivado farmaceuticamenteaceitável da mesma.
26. - Método para tratar ou prevenir as dores aguda ecrônica, caracterizado por compreender a etapa deadministrar, a seres humanos ou animais necessitando dodito tratamento, uma composição farmacêutica contendouma quantidade efetiva de telocinobufagina, ou umderivado farmaceuticamente aceitável da mesma, e umexcipiente farmaceuticamente aceitável.
27. - Método de acordo com as reivindicações 25 ou 26,caracterizado pelo fato de ser útil na analgesiapreemptiva.
28. - Método de acordo com as reivindicações 2 5 ou 26,caracterizado pelo fato da dor aguda ser neurogênica ouinflamatória.
29. - Método de acordo com as reivindicações 25 ou 26,caracterizado pelo fato da dor ser de origem oncológicaou não oncológica, e decorrer de mecanismo somático,neuropático ou psicogênico.
30. - Método de acordo com as reivindicações 25 ou 26,caracterizado pelo fato da dor crônica ser neuropáticado tipo hiperalgesia ou alodinia.
31. - Método de acordo com as reivindicações 25 ou 26,caracterizado pelo fato das dores serem causadas porcondições ou doenças selecionadas do grupo que consistede transtornos congênitos ou genéticos; traumas,cirurgias ou queimaduras; doença infecciosa e/ouparasitária; doença metabólica; inflamação; doença autoimune; intoxicações; alterações e doenças metabólicas;quadros neurodegenerativos e degenerativo; quadrosdisfuncionais; alterações psicológicas e neoplasiasbenignas e malignas.
32. - Método de acordo com as reivindicações 25 ou 26,caracterizado pelo fato de as dores serem selecionadasde uma ou mais condições ou doenças do grupo queconsiste de lesões osteoarticulares, musculares, lesõesradicular, medular, lesões mecânicas por radiações,cirúrgicas, queimaduras térmicas, químicas ouelétricas; osteoartrite, artrite reumatóide; dormuscolo-esquelética, particularmente após trauma;odontalgia; cefaleia, enxaqueca; dor abdominal; dor docâncer; dor pós operatória; esclerose múltipla,esclerose lateral amiotrófica; hérnia do discointervertebral; diabetes melitus, hipo ouhipertireodismo; dor decorrente de lesões por esforçosrepetitivos (LER); dor decorrente de transtornoscongênitos ou genéticos; dor decorrente de hanseníase,herpes zoster, síndrome de imunodeficiência adquiridaSIDA, dor docorrente de intoxicações por metaispesados; dor por deaferentação, dor central, dor demembro fantasma, causalgia, dor mielopática, síndromecomplexa de dor regional, síndrome dolorosa miofascial,fibromialgia, dor de coto de amputação, distrofiasimpática reflexa, neuralgia pós-herpética,mononeuropatia diabética, neuropatia isquêmica,poliarterite nodosa, dor pós-radioterapia,polineuropatias, mononeurites múltiplas, mielopatiasinfecciosas e neurodegenerativas, neuropatias tóxicas,vasculites e siringomielia.
33. Método de acordo com as reivindicações 2 5 ou 26,caracterizado pelo fato de que a administração a sereshumanos e animais é pelas vias oral, sublingual, nasal,retal, intragengival, intravenosa, intramuscular,intraarticular, subcutânea, inalatória, transdérmica,tópica e espinhal subaracnóide e espinhal peridural.
34. Método de acordo com a reivindicação 33, caracterizadopelo fato de que a administração é preferencialmentepela via oral.
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