FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO [0001] Compósitos elásticos são comumente incorporados em produtos (por exemplo, fraldas, calças de treinamento, peças de roupa, etc.) para aperfeiçoar a sua capacidade de melhor se ajustarem aos contornos do corpo. Por exemplo, o compósito elástico pode ser formado a partir de um filme elástico e um ou mais tecidos de trama não tecida. O tecido de trama não tecida pode ser unido ao filme elástico enquanto o filme estiver em uma condição esticada, de modo que o tecido de trama não tecida possa se agrupar entre os locais, em que ela esteja ligada ao filme quando ele for relaxado. O compósito elástico resultante é esticável à extensão em que o tecido de trama não tecida agrupada entre os locais de ligação permita que o filme elástico se alongue. Exemplos de compósitos ligados de estiramento são descritos, por exemplo, na Patente U.S. N° 4.720.415, para Vander Wielen, et al. Infelizmente, no entanto, a natureza esticável dos compósitos pode causar problemas durante o processo de fabricação dos produtos finais. Por exemplo, a força necessária para desenrolar os compósitos enrolados pode, pelo menos parcialmente, estender o compósito elástico enquanto o artigo elástico estiver sob tensão. Essa extensão parcial do compósito esticável pode tornar difícil medir e posicionar, de maneira apropriada, a quantidade desejada do artigo elástico no produto final.
[0002] Como tal, existe uma demanda por materiais que permaneçam relativamente inelásticos antes da incorporação em um produto final, mas que atinjam um certo nível de elasticidade depois de terem sido ativados no produto final.
SUMÁRIO [0003] De acordo com uma modalidade da presente invenção, é descrito um método de formação de um compósito não tecido apresentando
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 9/60 / 47 elasticidade latente. O método compreende a formação de um filme elástico, que compreende um elastômero termoplástico e uma poliolefina semicristalina. O filme elástico é estirado na direção da máquina em uma razão de estiramento de cerca de 1,5 a cerca de 7,0, por meio disto formando um filme elástico estirado. O filme elástico estirado é deixado relaxar para atingir uma percentagem de relaxamento de cerca de 10% ou mais. Um tecido de trama não tecida é laminado ao filme elástico relaxado.
[0004] De acordo com outra modalidade da presente invenção, é descrito um compósito não tecido apresentando elasticidade latente. O compósito compreende um filme elástico laminado a um tecido de trama não tecido. O filme elástico compreende pelo menos um elastômero termoplástico e pelo menos uma poliolefina semicristalina. A poliolefina semicristalina constitui de cerca de 5% em peso a cerca de 60% em peso do teor em polímero do filme elástico e o elastômero termoplástico constitui de cerca de 40% em peso a cerca de 95% em peso do teor em polímero do filme elástico. O compósito exibe uma deformação percentual de cerca de 50% ou menos quando submetido a uma carga de 20 N (2.000 gramas-força) por 7,64 cm (3 polegadas) de largura, na direção da máquina, antes da ativação por calor.
[0005] De acordo com ainda outra modalidade da presente invenção, é descrito um método para formação de um artigo absorvente. O método compreende a fixação de um compósito não tecido, tal como descrito acima, a um ou mais componentes do artigo. O compósito não tecido é aquecido e deixado se retrair, por meio disto aumentando a capacidade de estiramento do compósito.
[0006] Outras características e aspectos da presente invenção são descritos em mais detalhes abaixo.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS [0007] Uma descrição completa e capacitante da presente invenção, incluindo o melhor modo da mesma, dirigida a um técnico especializado no
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 10/60 / 47 assunto, é apresentada mais particularmente no restante do relatório descritivo, que faz referência às figuras apensas, nas quais:
[0008] A Fig. 1 ilustra, de maneira esquemática, um método para formação de um compósito de acordo com uma modalidade da presente invenção;e [0009] A Fig. 2 é uma vista em perspectiva de um produto de cuidado pessoal, que pode ser formado de acordo com uma modalidade da presente invenção.
[00010] O uso repetido de caracteres de referência no presente relatório descritivo e nos desenhos pretende representar os mesmos elementos e características ou elementos ou características análogas da invenção. DESCRIÇÃO DETALHADA DE MODALIDADES REPRESENTATIVAS Definições [00011] Conforme usada aqui, a expressão “trama não tecida”, de maneira geral, se refere a uma trama apresentando uma estrutura de fibras ou fios individuais, que estão emaranhados, mas não de uma maneira identificável, como em um tecido de malha. Exemplos de tecidos ou tramas não tecidas adequados incluem, mas não estão limitados a, tramas de meltblown, tramas de spunbond, tramas cardadas, etc. A gramatura da trama não tecida pode, de maneira geral, variar, tal como de cerca de 0,1 gramas por metro quadrado (“g/m2”) a 120 g/m2, em algumas modalidades de cerca de 0,5 g/m2 a cerca de 70 g/m2, e, em algumas modalidades, de cerca de 1 g/m2 a cerca de 35 g/m2.
[00012] Conforme usada aqui, a expressão “fibras de meltblown”, de maneira geral, se refere a uma trama não tecida, que é formada por um processo, no qual um material termoplástico fundido é extrudado através de uma pluralidade de capilares de molde finos, usualmente circulares, como fibras fundidas dentro de correntes convergentes de gás (por exemplo, ar) de alta velocidade, que atenuam as fibras de material termoplástico fundido, para
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 11/60 / 47 reduzir seu diâmetro, que pode ser para diâmetro de microfibras. Depois disso, as fibras de meltblown são carreadas pela corrente de gás de elevada velocidade e são depositadas sobre uma superfície de coleta, para formar uma trama de fibras de meltblown dispersadas de maneira aleatória. Um tal processo é descrito, por exemplo, na Patente U.S. N° 3.849.241 para Butin, et al., a qual é aqui incorporada por referência em sua totalidade, por referência a ela, para todas as finalidades. Falando de maneira geral, fibras de meltblown podem ser microfibras, que são substancialmente contínuas ou descontínuas, de maneira geral, menores do que 10 micrômetros de diâmetro, e são, de maneira geral, pegajosas quando depositadas por sobre uma superfície de coleta.
[00013] Conforme usada aqui, a expressão “fibras de spunbond”, de maneira geral, se refere a uma trama contendo fibras substancialmente contínuas de pequeno diâmetro. As fibras são formadas por extrusão de um material termoplástico fundido a partir de uma pluralidade de capilares finos, usualmente circulares, de uma fiandeira, com o diâmetro das fibras extrudadas, então, sendo rapidamente reduzido, conforme, por exemplo, tiragem edutiva e/ou outros mecanismos de spunbonding bem conhecidos. A produção de tramas de spunbond é descrita e ilustrada, por exemplo, nas Patentes U.S. N°s 4.340.563 para Appel, et al., 3.692.618 para Dorschner, et al., 3.802.817 para Matsuki, et al., 3.338.992 para Kinney, 3.341.394 para Kinney, 3.502.763 para Hartman, 5.502.538 para Levy, 3.542.615 para Dobo, et al., e 5.382.400 para Pike, et al., que são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades. Fibras de spunbond são, de maneira geral, não pegajosas quando elas são depositadas por sobre uma superfície de coleta. Fibras de spunbond, algumas vezes, podem apresentar diâmetros de menos do que cerca de 40 micrômetros, e estão frequentemente entre cerca de 5 a cerca de 20 micrômetros.
[00014] Conforme usadas aqui, as expressões “direção da máquina” ou
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 12/60 / 47 “DM”, de maneira geral, se referem à direção, na qual um material é produzido. A expressão “direção transversal à máquina” ou “DT” se refere à
X direção perpendicular à direção da máquina. Às dimensões medidas na direção transversal à máquina” refere-se como dimensões de “largura”, enquanto que às dimensões medidas na direção da máquina refere-se como dimensões de “comprimento”.
[00015] Conforme usadas aqui, as palavras “elastomérico(a)” e “elástico(a)” se referem a um material que, quando da aplicação de uma força de estiramento, seja esticável em pelo menos uma direção (tal como, a direção DM), e que, quando da liberação da força de estiramento, se contrai/retorna a aproximadamente a sua dimensão original. Por exemplo, um material estirado pode apresentar um comprimento estirado que seja pelo menos 50% maior do que seu comprimento não estirado relaxado, e que recuperará até dentro de pelo menos 50% de seu comprimento não estirado, quando da liberação da força de estiramento. Um exemplo hipotético seria uma amostra de 2,54 cm (uma (1) polegada) de um material que seja esticável até pelo menos 3,81 cm (1,50 polegadas) e que, quando da liberação da força de estiramento, recuperará até um comprimento de não mais do que 3,18 cm (1,25 polegadas). Desejavelmente, o material se contrai ou recupera pelo menos 50%, e ainda mais desejavelmente, pelo menos 80% do comprimento estirado.
[00016] Conforme usadas aqui, as palavras “extensível” ou “extensibilidade”, de maneira geral, se refere a um material que se estica ou se estende na direção de uma força aplicada em pelo menos cerca de 50% de seu comprimento ou de sua largura relaxados. Um material extensível não necessariamente apresenta propriedades de recuperação. Uma trama de meltblown pode ser extensível, mas não apresenta propriedades de recuperação, e, portanto, ser um material não elástico extensível.
[00017] Conforme usada aqui, a palavra “set” se refere à elongação retida em uma amostra de material seguindo a elongação e a recuperação, isto é,
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 13/60 / 47 depois que o material tenha sido estirado e deixado relaxar durante um teste de ciclo.
[00018] Conforme usada aqui, a expressão “set percentual” é a medida da quantidade do material estirado a partir de seu comprimento original depois de sofrer um ciclo (a deformação imediata seguindo o teste de ciclo). O set percentual é onde a curva de retração de um ciclo cruza o eixo geométrico de elongação. A deformação remanescente depois da remoção da tensão aplicada é medida como set percentual.
[00019] Conforme usada aqui, expressão “estiramento percentual” se refere ao grau, no qual um material se estica em uma dada direção, quando submetido a uma certa força. Em particular, a deformação percentual é determinada por medição do aumento de comprimento do material na dimensão esticada, dividindo-se aquele valor pela dimensão original do material, e, então, multiplicando-se por 100. Tais medições são determinadas usando-se o “teste de elongação de fita”, que está substancialmente de acordo com as especificações de ASTM D5035-95. Especificamente, o teste usa duas pinças, cada uma apresentando duas pinças, com garra prendedora de amostra. As pinças retêm o material no mesmo plano, usualmente de maneira vertical, separadas por 7,64 cm (3 polegadas) e que se afastam em uma taxa de extensão especificada. O tamanho da amostra é de 7,64 cm (3 polegadas) por 15,24 cm (6 polegadas), com uma altura do tecido de pinça de 2,54 cm (1 polegada) e largura de 7,64 cm (3 polegadas), e uma taxa de extensão constante de 300 mm/min. O espécime é pinçado em, por exemplo, um aparelho de teste Sintech 2/S com uma caixa Renew MTS mongoose (controle) e usando-se programa de computador TESTWORKS 4.07b (Sintech Corp., de Cary, NC). O teste é conduzido sob certas condições ambientais. De maneira geral, os resultados são relatados como uma média de três espécimes e pode ser realizada com o espécime na direção transversal (DT) da máquina e/ou na direção da máquina (DM).
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 14/60 / 47 [00020] Conforme usado aqui, o “valor de histerese” de uma amostra pode ser determinado primeiramente alongando-se a amostra (“carregamento”) e, então, permitindo-se que a amostra se retraia (“descarregamento”). O valor de histerese é a perda de energia durante esse carregamento cíclico.
Descrição Detalhada [00021] Será feita agora referência, em detalhes, a várias modalidades da invenção, um ou mais exemplos da qual são mostradas abaixo. Cada exemplo é fornecido por meio de explicação, não de limitação, da invenção. De fato, será evidente, para os técnicos especializados no assunto, que várias modificações e variações podem ser feitas na presente invenção, sem se desviar do escopo e do espírito da invenção. Por exemplo, características ilustradas ou descritas como parte de uma modalidade podem ser usadas em outra modalidade, para se obter uma ainda outra modalidade. Portanto, pretende-se que a presente invenção cubra tais modificações e variações.
[00022] Falando de maneira geral, a presente invenção é dirigida a um compósito não tecido que exibe propriedades elásticas latentes. O compósito é formado a partir de um filme elástico laminado a um tecido de trama não tecida. A elasticidade latente pode ser conferida ao filme elástico através da combinação de um elastômero termoplástico e uma poliolefina capaz de formar domínios semicristalinos entre as cadeias elastoméricas amorfas. Mais especificamente, o filme elástico pode ser estirado em uma ou mais direções para orientar as cadeias de elastômero. Sem se pretender estar limitado por teoria, os presentes inventores acreditam que o estado orientado das cadeias pode ser mantido no lugar pelos domínios semicristalinos relativamente rígidos da poliolefina. O filme elástico estirado pode ser subsequentemente relaxado e ligado a um tecido de trama não tecida para formar o compósito. O compósito pode ser posteriormente ativado (por exemplo, aquecido) para encolher o filme elástico e dotá-lo com “estirabilidade” latente. Por exemplo,
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 15/60 / 47 o compósito pode ser aquecido até a ou acima da temperatura de amolecimento da poliolefina para amolecer os domínios cristalinos e permitir que as cadeias retornem a seu estado não orientado. Como um resultado da presente invenção, o filme elástico pode ser estendido e se recuperar de seu estado não orientado.
I. Filme Elástico [00023] De maneira geral, qualquer uma de uma variedade de elastômeros termoplásticos pode ser empregada, tais como poliésteres elastoméricos, poliuretanos elastoméricos, poliamidas elastoméricas, copolímeros elastoméricos, e assim por diante, podem ser empregados em algumas modalidades da presente invenção. Por exemplo, o elastômero termoplástico pode ser um copolímero em blocos substancialmente amorfo apresentando pelo menos dois blocos de um polímero de monoalquenil-areno separados por pelo menos um bloco de um polímero de dieno conjugado saturado. Os blocos de monoalquenil-areno podem incluir estireno e seus análogos e homólogos, tais como o-metil-estireno; p-metil-estireno; p-t-butilestireno; 1,3-dimetil-estireno p-metil-estireno; etc., assim como outros compostos aromáticos policíclicos de monoalquenila, tais como vinilnaftaleno; vinil-antraceno; e assim por diante. Os blocos de dieno conjugado podem incluir homopolímeros de monômeros de dieno conjugados, copolímeros de dois ou mais dienos conjugados e copolímeros de um ou mais dos dienos com outro monômero, em que os blocos sejam unidades de dieno predominantemente conjugadas. De preferência, os dienos conjugados contêm de 4 a 8 átomos de carbono, tais como 1,3-butadieno (butadieno); 2-metil-1,3butadieno; isopreno; 2,3-dimetil-1,3-butadieno; 1,3-pentadieno (piperileno); 1,3-hexadieno; e assim por diante.
[00024] A quantidade de blocos de monoalquil-areno (por exemplo, poliestireno) pode variar, mas, tipicamente, constitui de cerca de 8% em peso a cerca de 55% em peso, em algumas modalidades, de cerca de 10% em peso
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 16/60 / 47 a cerca de 35% em peso, e, em algumas modalidades, de cerca de 25% em peso a cerca de 35% em peso do copolímero. Copolímeros em blocos adequados podem conter blocos terminais de monoalquenil-areno apresentando um peso molecular numérico médio de cerca de 5.000 a cerca de 35.000 e blocos intermediários de dieno conjugado saturado apresentando um peso molecular numérico médio de cerca de 20.000 a cerca de 170.000. O peso molecular numérico médio total do polímero em blocos pode ser de cerca de 30.000 a cerca de 250.000.
[00025] Elastômeros termoplásticos particularmente adequados estão disponíveis a partir de Kraton Polymers LLC, de Houston, Texas, sob o nome comercial KRATON®. Os polímeros KRATON® incluem copolímeros em blocos de estireno-dieno, tais como estireno-butadieno, estireno-isopreno, estireno-butadieno-estireno e estireno-isopreno-estireno. Os polímeros KRATON® também incluem copolímeros em blocos de estireno-olefina formados por hidrogenação seletiva de copolímeros em blocos de estirenodieno. Exemplos de tais copolímeros em blocos de estireno-olefina incluem estireno-(etileno-butileno), estireno-(etileno-propileno), estireno-(etilenobutileno)-estireno, estireno-(etileno-propileno)-estireno, estireno-(etilenobutileno)-estireno-(etileno-butileno), estireno-(etileno-propileno)-estireno(etileno-propileno) e estireno-etileno-(etileno-propileno)-estireno. Esses copolímeros em blocos podem apresentar uma configuração molecular linear, radial ou em forma de estrela. Copolímeros em blocos KRATON® específicos incluem aqueles vendidos sob os nomes de marca G 1652, G 1657, G 1730, MD6673 e MD6937. Vários copolímeros em blocos estirênicos adequados são descritos nas Patentes U.S. N°s 4.663.220, 4.323.534, 4.834.738, 5.093.422 e 5.304.599, as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades. Outros copolímeros em blocos comercialmente disponíveis incluem os copolímeros elastoméricos S-EP-S disponíveis a partir de Kurarai Company, Ltd., de
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Okatama, Japão, sob a designação comercial SEPTON®. Ainda outros copolímeros adequados incluem os copolímeros elastoméricos S-I-S e S-B-S disponíveis a partir de Dexco Polymers, de Houston, Texas, sob a designação comercial VECTOR®. Também adequados são os polímeros compostos de um copolímero em tetrablocos A-B-A-B, tal como discutido na Patente U.S. N° 5.332.613, para Taylor, et al., a qual é aqui incorporada em sua totalidade, por referência a ela, para todas as finalidades. Um exemplo de um tal copolímeros em tetrablocos é um copolímeros em blocos de estirenopoli(etileno-propileno)-estireno-poli(etileno-propileno) (“S-EP-S-EP”).
[00026] Outros elastômeros termoplásticos exemplificativos, que podem ser usados, incluem materiais elastoméricos de poliuretano, tais como, por exemplo, aqueles disponíveis sob a marca comercial ESTANE, a partir de Noveon, e LYCRA, a partir de Invista, materiais elastoméricos de poliamida, tais como, por exemplo, aqueles disponíveis sob a marca comercial PEBAX (poli(éter-amida)), a partir de Atofina Chemicals Inc., de Filadélfia, Pensilvânia, e materiais elastoméricos de poliéster, tais como, por exemplo, aqueles disponíveis sob a designação comercial HYTREL, a partir de E.I. DuPont De Nemours & Company.
[00027] A poliolefina semicristalina do filme elástico apresente ou é capaz de exibir uma estrutura substancialmente regular. Em outras palavras, as poliolefinas semicristalinas podem ser substancialmente amorfas em seu estado não deformado, mas formam domínios cristalinos quando do estiramento. O grau de cristalinidade do polímero de olefina pode ser de cerca de 3% a cerca de 30%, em algumas modalidades, de cerca de 5% a cerca de 25%, e, em algumas modalidades, de cerca de 5% a cerca de 15%. Igualmente, a poliolefina semicristalina podem apresentar um calor latente de fusão (AHf), que é outro indicador do grau de cristalinidade, de cerca de 15 a cerca de 75 Joule por grama (“J/g”), em algumas modalidades, de cerca de 20 a cerca de 65 J/g, e, em algumas modalidades, de 25 a cerca de 50 J/g. A
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 18/60 / 47 poliolefina semicristalina também pode apresentar uma temperatura de amolecimento de Vicat de cerca de 10°C a cerca de 100°C, em algumas modalidades, de cerca de 20°C a cerca de 80°C, e, em algumas modalidades, de cerca de 30°C a cerca de 60°C. A poliolefina semicristalina pode apresentar uma temperatura de fusão de cerca de 20°C a cerca de 120°C, em algumas modalidades, de cerca de 35°C a cerca de 90°C, e, em algumas modalidades, de cerca de 40°C a cerca de 80°C. O calor latente de fusão (AHf) e a temperatura de fusão podem ser determinadas usando-se calorimetria de varredura diferencial (“DSC”), de acordo com ASTM D-3417, conforme é bem conhecido pelos técnicos especializados no assunto. A temperatura de amolecimento de Vicat pode ser determinada de acordo com ASTM D-1525. [00028] Poliolefinas semicristalinas exemplificativas incluem polietileno, polipropileno, combinações e copolímeros dos mesmos. Em uma modalidade particular, é empregado um polietileno, isto é, um copolímero de etileno e uma α-olefina, tal como uma C3-C20-a-olefina ou C3-C12-a-olefina. α-Olefinas adequadas podem ser lineares ou ramificadas (por exemplo, uma ou mais ramificações de C1-C3-alquila ou um grupo arila). Exemplos específicos incluem 1-buteno; 3-metil-1-buteno; 3,3-dimetil-1-buteno; 1-penteno; 1penteno com um ou mais substituintes de metila, etila ou propila; 1-hexeno com um ou mais substituintes de metila, etila ou propila; 1-hepteno com um ou mais substituintes de metila, etila ou propila; 1-octeno com um ou mais substituintes de metila, etila ou propila; 1-noneno com um ou mais substituintes de metila, etila ou propila; 1-deceno substituído com etila, metila ou dimetila; 1-dodeceno e estireno. Comonômeros de α-olefina particularmente desejados são 1-buteno, 1-hexeno e 1-octeno. O teor em etileno de tais copolímeros pode ser de cerca de 60% em mol a cerca de 99% em mol, em algumas modalidades, de cerca de 80% em mol a cerca de 98,5% em mol, e, em algumas modalidades, de cerca de 87% em mol a cerca de 97,5% em mol. O teor em α-olefina pode igualmente variar de cerca de 1%
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 19/60 / 47 em mol a cerca de 40% em mol, em algumas modalidades, de cerca de 1,5% em mol a cerca de 15% em mol, e, em algumas modalidades, de cerca de 2,5% em mol a cerca de 13% em mol.
[00029] A densidade do polietileno pode variar dependendo do tipo de polímero empregado, mas, de maneira geral, varia de 0,85 a 0,96 gramas por centímetro cúbico (“g/cm3”). “Plastômeros” de polietileno, por exemplo, podem apresentar uma densidade na faixa de 0,85 a 0,91 g/cm3. Igualmente, “polietileno de baixa densidade linear” (“LLDPE”) pode apresentar uma densidade na faixa de 0,91 a 0,940 g/cm3; “polietileno de baixa densidade” (“LDPE”) pode apresentar uma densidade na faixa de 0,910 a 0,940 g/cm3; e “polietileno de alta densidade” (“HDPE”) pode apresentar uma densidade na faixa de 0,940 a 0,960 g/cm3. As densidades podem ser medidas de acordo com ASTM 1505.
[00030] Copolímeros de polietileno particularmente adequados são aqueles que sejam “lineares” ou “substancialmente lineares”. A expressão “substancialmente linear(es)” significa que, em adição às ramificações de cadeias curtas atribuíveis à incorporação de comonômero, o polímero de etileno também contém ramificações de cadeias longas naquela cadeia principal de polímero. “Ramificação(ões) de cadeia(s) longa(s)” se refere a um comprimento de cadeia de pelo menos 6 carbonos. Cada ramificação de cadeia longa pode apresentar a mesma distribuição de comonômero que a cadeia principal de polímero e ser tão longa quanto a cadeia principal de polímero ao qual ela está ligada. Polímeros substancialmente lineares preferidos estão substituídos com de 0,01 ramificação de cadeia longa por 1.000 carbonos até 1 ramificação de cadeia longa por 1.000 carbonos. Ao contrário da expressão “substancialmente linear(es)”, a palavra “linear(es)” significa que o polímero carece de ramificações de cadeias longas mensuráveis ou demonstráveis. Em outras palavras, o polímero está substituído com uma média de menos do que 0,01 ramificação de cadeia
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 20/60 / 47 longa por 1.000 carbonos.
[00031] A densidade de um copolímero de etileno/a-olefina linear é uma função tanto do comprimento quanto da quantidade da α-olefina. Em outras palavras, quanto maior for o comprimento da a-olefina e quanto maior for a quantidade de a-olefina presente, tanto menor será a densidade do copolímero. Embora não necessariamente exigido, “plastômeros” de polietileno lineares são particularmente desejáveis pelo fato de que o teor em ramificações de cadeias curtas de a-olefina é tal que o copolímero de etileno exibe características tanto plásticas quanto elastoméricas - isto é, um “plastômero”. Devido ao fato de que a polimerização com comonômeros de a-olefina diminui a cristalinidade e a densidade, o plastômero resultante normalmente apresenta uma densidade mais baixa do que aquela de polímeros termoplásticos de polietileno (por exemplo, LLDPE), mas que se aproximam da e/ou que se sobrepõem àquela de um elastômero. Por exemplo, a densidade do plastômero de polietileno pode ser de cerca de 0,91 gramas por centímetro cúbico (g/m3) ou menor, em algumas modalidades, de cerca de 0,85 a cerca de 0,88 g/cm3, e, em algumas modalidades, de cerca de 0,85 g/cm3 a cerca de 0,87 g/cm3. A despeito de apresentarem uma densidade similar aos elastômeros, os plastômeros, de maneira geral, exibem um grau de cristalinidade mais elevado, são relativamente não pegajosos e pode ser conformados em péletes que são não aderentes e de escoamento relativamente livre.
[00032] A distribuição do comonômero de α-olefina dentro de um plastômero de polietileno é tipicamente aleatória e uniforme entre as diferentes frações em peso moleculares que formam o copolímero de etileno. Essa uniformidade da distribuição de comonômeros dentro do plastômero pode ser expressa como um valor de índice de amplitude de distribuição de comonômeros (“CDBI”) de 60 ou mais, em algumas modalidades, de 80 ou mais, e, em algumas modalidades, de 90 ou mais. Além disso, o plastômero
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 21/60 / 47 de polietileno pode ser caracterizado por uma curva de ponto de fusão de DSC, que exibe a ocorrência de um único pico de ponto de fusão, que ocorre na região de 50 a 110°C (segunda corrida de fusão).
[00033] Plastômeros preferidos para aplicação na presente invenção são os plastômeros de copolímeros com base em etileno, disponíveis sob a marca comercial EXACT™, a partir de ExxonMobil Chemical Company, de Houston, Texas. Outros plastômeros de polietileno adequados estão disponíveis sob a designação ENGAGE™ e AFFINITY™, a partir de Dow Chemical Company, de Midland, Michigan. Ainda outros polímeros de etileno adequados estão disponíveis a partir de The Dow Chemical Company, sob as designações DOWLEX™ (LLDPE) e ATTANE™ (ULDPE). Outros polímeros de etileno adequados são descritos nas Patentes U.S. N°s 4.937.299 para Ewen, et al.; 5.218.071 para Tsutsui, et al.; 5.272.236 para Lai, et al.; e 5.278.272 para Lai, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades.
[00034] Obviamente, a presente invenção, de maneira alguma, está limitada à aplicação de polímeros de etileno. Por exemplo, polímeros de propileno também podem ser adequados para aplicação como uma poliolefina semicristalina. Em uma modalidade particular, o polímero com base em propileno semicristalino inclui um copolímero de propileno e uma α-olefina, tal como uma C2-C20-a-olefina ou uma C2-C12-a-olefina. Comonômeros de αolefina particularmente desejados são etileno, 1-buteno, 1-hexeno e 1-octeno. O teor em propileno de tais copolímeros pode ser de cerca de 60% em mol a cerca de 99,5% em peso, em algumas modalidades, de cerca de 80% em mol a cerca de 99% em mol, e, em algumas modalidades, de cerca de 85% em mol a cerca de 98% em mol. O teor em α-olefina pode igualmente variar de cerca de 0,5% em mol a cerca de 40% em mol, em algumas modalidades, de cerca de 1% em mol a cerca de 20% em mol, e, em algumas modalidades, de cerca de 2% em mol a cerca de 15% em mol. A distribuição do comonômero de α
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 22/60 / 47 olefina é tipicamente aleatória e uniforme entre as diferentes frações em peso moleculares que formam o copolímero de propileno. Embora a densidade do polímero com base em propileno empregado na presente invenção possa variar, tipicamente, ela é de cerca de 0,91 gramas por centímetro cúbico (g/cm3) ou menor, em algumas modalidades, de cerca de 0,85 a cerca de 0,88 g/cm3, e, em algumas modalidades, de cerca de 0,85 g/cm3 a cerca de 0,87 g/cm3. A vazão de fusão do polímero com base em propileno também pode ser selecionada dentro de uma certa faixa, para otimizar as propriedades do material elástico resultante. A vazão de fusão é a massa de um polímero (em gramas), que pode ser forçada através de um orifício de reômetro de extrusão (diâmetro de 2,1 mm (0,0825 polegadas)), quando submetida a uma força de 21,6 N (2.160 gramas), em 10 minutos, à 230°C. Falando de maneira geral, a vazão de fusão é elevada o bastante para aperfeiçoar a processabilidade em fusão, mas não tão elevada quanto a interferir, de maneira adversa, com as propriedades de ligação. Portanto, na maioria das modalidades da presente invenção, o polímero com base em propileno apresenta um índice de escoamento em fusão de cerca de 0,1 a cerca de 10 gramas por 10 minutos, em algumas modalidades, de cerca de 0,2 a cerca de 5 gramas por 10 minutos, e, em algumas modalidades, de cerca de 0,5 a cerca de 4 gramas por 10 minutos, medido de acordo com o Método de Teste ASTM D1238-E.
[00035] Polímeros de propileno adequados estão comercialmente disponíveis sob as designações VISTAMAXX™, a partir de ExxonMobil Chemical Co., de Houston, Texas; FINA™ (por exemplo, 8573), a partir de Atofina Chemicals, de Feluy, Bélgica; TAFMER™ disponíveis a partir de Mitsui Petrochemical Industries; e VERSIFY™ a partir de Dow Chemical Co. de Midland, Michigan. Outros exemplos de polímeros de propileno adequados são descritos nas Patentes U.S. N°s 6.500.563 para Datta, et al.; 5.539.056 para Yang, et al.; e 5.596.052 para Resconi, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 23/60 / 47 finalidades.
[00036] Qualquer uma de uma variedade de técnicas conhecidas, de maneira geral, pode ser empregada para formar as poliolefinas semicristalinas. Por exemplo, polímeros de olefina podem ser formados usando-se um radical livre ou um catalisador de coordenação (por exemplo, de Ziegler-Natta). De preferência, o polímero de olefina é formado a partir de um catalisador com um único sítio de coordenação, tal como um catalisador de metaloceno. Um tal sistema de catalisador produz copolímeros de etileno, nos quais o comonômero está distribuído, de maneira aleatória, dentro de uma cadeia molecular, e distribuído, de maneira uniforme, através das diferentes frações em peso moleculares. Poliolefinas catalisadas por metaloceno são descritas, por exemplo, nas Patentes U.S. N°s 5.571.619 para McAlpin, et al.; 5.322.728 para Davis, et al.; 5.472.775 para Obijeski, et al.; 5.272.236 para Lai, et al.; e 6.090.325 para Wheat, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades. Exemplos de catalisadores de metaloceno incluem dicloreto de bis(n-butil-ciclopentadienil) titânio, dicloreto de bis(n-butil-ciclopentadienil) zircônio, cloreto de bis(ciclopentadienil) escândio, dicloreto de bis(indenil) zircônio, dicloreto de bis(metil-ciclopentadienil) titânio, dicloreto de bis(metil-ciclopentadienil) zircônio, cobaltoceno, tricloreto de ciclopentadienil-titânio, ferroceno, dicloreto de hafnoceno, dicloreto de isopropil(ciclopentadienil-1-flourenil) zircônio, dicloreto de molibdoceno, niqueloceno, dicloreto de niobioceno, rutenoceno, dicloreto de titanoceno, hidreto de cloreto de zirconoceno, dicloreto de zirconoceno, e assim por diante. Tipicamente, os polímeros feitos usando-se catalisadores de metaloceno apresentam uma estreita faixa de pesos moleculares. Por exemplo, polímeros catalisados por metaloceno podem apresentar números de polidispersidade (Mw/Mn) abaixo de 4, distribuição de ramificações de cadeias curtas controlada e isotaticidade controlada.
[00037] O índice de escoamento em fusão (MI), das poliolefinas
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 24/60 / 47 semicristalinas, de maneira geral, pode variar, porém, tipicamente, está na faixa de cerca de 0,1 gramas por 10 minutos a cerca de 100 gramas por 10 minutos, em algumas modalidades, de cerca de 0,5 gramas por 10 minutos a cerca de 30 gramas por 10 minutos, e, em algumas modalidades, de cerca de 1 a cerca de 10 gramas por 10 minutos, determinado à 190°C. O índice de escoamento em fusão é a massa do polímero (em gramas), que pode ser forçada através de um orifício de reômetro de extrusão (diâmetro de 2,1 mm (0,0825 polegadas)), quando submetida a uma força de 2,16 quilogramas, em 10 minutos, à 190°C, e pode ser determinado de acordo com o Método de Teste ASTM D1238-E.
[00038] As quantidades relativas dos elastômeros termoplásticos e das poliolefinas semicristalinas são controladas, de maneira seletiva, de acordo com a presente invenção, para de atingir um equilíbrio entre as propriedades mecânicas e térmicas do filme elástico. Por exemplo, a razão da quantidade do(s) elastômero(s) termoplástico(s) em relação à quantidade da(s) poliolefina(s) semicristalina(s) pode variar de cerca de 0,5 a cerca de 15, em algumas modalidades, de cerca de 1 a cerca de 10, e, em algumas modalidades, de cerca de 1 a cerca de 5. O(s) elastômero(s) termoplástico(s) podem constituir de cerca de 40% em peso a cerca de 95% em peso, em algumas modalidades, de cerca de 45% em peso a cerca de 90% em peso, e, em algumas modalidades, de cerca de 50% em peso a cerca de 75% em peso do teor em polímero do filme. Igualmente, a(s) poliolefina(s) semicristalina(s) pode(m) constituir de cerca de 5% em peso a cerca de 60% em peso, em algumas modalidades, de cerca de 10% em peso a cerca de 55% em peso, e, em algumas modalidades, de cerca de 15% em peso a cerca de 50% em peso do teor em polímero do filme. Obviamente, deve ser entendido que outros polímeros também podem ser empregados no filme. No entanto, quando utilizados, tipicamente, os outros polímeros constituem cerca de 10% em peso ou menos, e, em algumas modalidades, cerca de 5% em peso ou menos do
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 25/60 / 47 teor em polímero do filme.
[00039] Além de polímeros, o filme elástico da presente invenção também pode conter outros componentes, conforme é conhecido na técnica. Em uma modalidade, por exemplo, o filme elástico contém uma carga. Cargas são particulados ou outras formas de material, que possam ser adicionadas à combinação de extrusão de polímero de filme e que não interferirão quimicamente com o filme extrudado, mas as quais possam ser dispersadas, de maneira uniforme, ao longo de todo o filme. Cargas podem servir a uma variedade de finalidades, incluindo a intensificação da opacidade e/ou da capacidade de respiração (isto é, permeável a vapor e substancialmente impermeável a líquido) do filme. Por exemplo, filmes carregados podem ser tornados respiráveis por estiramento, o qual faz com que o polímero se rompa e escape da carga e crie passagens microporosas. Filmes elásticos microporosos respiráveis são descritos, por exemplo, nas Patentes U.S. N°s 5.997.981; 6.015.764 e 6.111.163 para McCormack, et al.; 5.932.497 para Morman, et al.; 6.461.457 para Taylor, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades.
[00040] As cargas podem apresentar um formato esférico ou não esférico com tamanhos de partícula médios na faixa de cerca de 0,1 a cerca de 7 micrômetros. Exemplos de cargas adequadas incluem, mas não estão limitadas a, carbonato de cálcio, vários tipos de argila, sílica, alumina, carbonato de bário, carbonato de sódio, carbonato de magnésio, talco, sulfato de bário, sulfato de magnésio, sulfato de alumínio, dióxido de titânio, zeólitas, pós tipo celulose, caulim, mica, carbono, óxido de cálcio, óxido de magnésio, hidróxido de alumínio, pó de polpa, pó de madeira, derivados de celulose, quitina e derivados de quitina. Um tecido adequado, tal como ácido esteárico, também pode ser aplicado às partículas de carga, se desejado. Quando utilizada, o teor em carga pode variar, tal como de cerca de 25% em peso a cerca de 75% em peso, em algumas modalidades, de cerca de 30% em peso a
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 26/60 / 47 cerca de 70% em peso, e, em algumas modalidades, de cerca de 40% em peso a cerca de 60% em peso do filme.
[00041] Outros aditivos também podem ser incorporados ao filme, tal como estabilizadores de fusão, estabilizadores de processamento, estabilizadores ao calor, estabilizadores à luz, antioxidantes, estabilizadores ao desgaste por calor, agentes de clareamento, agentes antibloqueio, agentes de ligação, adesivos, modificadores de viscosidade, etc. Por exemplo, embora os polímeros elastoméricos possam possuir uma certa quantidade de pegajosidade, uma resina taquificante pode, contudo, ser empregada em algumas modalidades para facilitar a ligação subsequente do filme a um tecido de trama não tecida. Uma classe adequada de resinas taquificantes inclui resinas de hidrocarbonetos hidrogenados, tais como resinas de hidrocarbonetos REGALREZ™ disponíveis a partir de Eastman Chemical. Outras resinas taquificantes adequadas podem ser descritas na Patente U.S. N° 4.787.699. Quando empregada, a resina taquificante pode estar presente em uma quantidade de cerca de 0,001% em peso a cerca de 35% em peso, em algumas modalidades, de cerca de 0,005% em peso a cerca de 30% em peso, e, em algumas modalidades, de cerca de 0,01% em peso a cerca de 25% em peso do filme elástico.
[00042] Também podem ser empregados modificadores de viscosidade, tais como cera de polietileno (por exemplo, EPOLENE™ C-10 a partir de Eastman Chemical). Estabilizadores de fosfito (por exemplo, IRGAFOS, disponível a partir de Ciba Specialty Chemicals, de Terrytown, N.Y., e DOVERPHOS, disponível a partir de Dover Chemical Corp., de Dover, Ohio) são estabilizadores de fusão exemplificativos. Em adição, estabilizadores de aminas impedidas (por exemplo, CHIMASSORB, disponível a partir de Ciba Specialty Chemicals) são estabilizadores ao calor e à luz exemplificativos. Além disso, fenóis impedidos são comumente usados como um antioxidante na produção de filmes. Alguns fenóis impedidos
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 27/60 / 47 adequados incluem aqueles disponíveis a partir de Ciba Specialty Chemicals, sob o nome comercial “Irganox®”, tais como Irganox® 1076, 1010 ou E 201. Além disso, agentes de ligação também podem ser adicionados ao filme para facilitar a ligação do filme a materiais adicionais (por exemplo, trama não tecida). Quando empregados, os aditivos (por exemplo, antioxidante, estabilizador, etc.) cada qual pode estar presente em uma quantidade de cerca de 0,001% em peso a cerca de 40% em peso, em algumas modalidades, de cerca de 0,005% em peso a cerca de 35% em peso, e, em algumas modalidades, de cerca de 0,01% em peso a cerca de 25% peso do filme.
[00043] O filme elástico da presente invenção pode ser de monocamada ou de múltiplas camadas. Filmes com múltiplas camadas podem ser preparados por coextrusão das camadas, tecido por extrusão ou por qualquer processo de formação de camada convencional. Tais filmes com múltiplas camadas normalmente contêm pelo menos uma camada de base e pelo menos uma camada de pele, mas pode conter qualquer número de camadas desejado. Por exemplo, o filme com múltiplas camadas pode ser formado a partir de uma camada de base e uma ou mais camadas de pele, sendo que a camada de base é formada a partir de uma combinação de um elastômero termoplástico e uma poliolefina semicristalina de acordo com a presente invenção. Em tais modalidades, a(s) camada(s) de pele pode(m) ser formada(s) a partir de qualquer polímero formador de filme. Se desejado, a(s) camada(s) de pele pode(m) conter um polímero ou combinação de polímeros de menor ponto de fusão, mais macios, que tornem a(s) camada(s) mais adequada(s) como camada(s) de ligação de selo térmico, para ligar termicamente o filme a um tecido de trama não tecida. Na maioria das modalidades, a(s) camada(s) de pele é(são) formada(s) a partir de um polímero de olefina, tal como descrito acima. Polímeros formadores de filme adicionais, que podem ser adequados para aplicação com a presente invenção, isoladamente ou em combinação com outros polímeros, incluem etileno
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 28/60 / 47 acetato de vinila, etileno-acrilato de etila, etileno-ácido acrílico, etilenoacrilato de metila, etileno-acrilato de n-butila, nylon, etileno-álcool de vinila, poliestireno, poliuretano, e assim por diante.
[00044] A espessura da(s) camada(s) de pele é, de maneira geral, selecionada de modo a não prejudicar, de maneira substancial, as propriedades do filme. Para essa finalidade, cada camada de pele pode compreender separadamente de cerca de 0,5% a cerca de 15% da espessura total do filme, e, em algumas modalidades, de cerca de 1% a cerca de 10% da espessura total do filme. Por exemplo, cada camada de pele pode apresentar uma espessura de cerca de 0,1 a cerca de 10 micrômetros, em algumas modalidades, de cerca de 0,5 a cerca de 5 micrômetros, e, em algumas modalidades, de cerca de 1 a cerca de 2,5 micrômetros. Igualmente, a camada de base pode apresentar uma espessura de cerca de 1 a cerca de 40 micrômetros, em algumas modalidades, de cerca de 2 a cerca de 25micrômetros, e, em algumas modalidades, de cerca de 5 a cerca de 20 micrômetros.
[00045] As propriedades do filme resultante, de maneira geral, podem variar conforme desejado. Por exemplo, antes do estiramento, tipicamente, o filme apresenta uma gramatura de cerca de 40 a cerca de 250 gramas por metro quadrado, e, em algumas modalidades, de cerca de 60 a cerca de 200 por metro quadrado. Quando do estiramento, tipicamente, o filme apresenta uma gramatura de cerca de 25 a cerca de 150 gramas por metro quadrado ou menor, e, em algumas modalidades, de cerca de 50 a cerca de 100 gramas por metro quadrado. O filme estirado também pode também pode apresentar uma espessura total de cerca de 1 a cerca de 100 micrômetros, em algumas modalidades, de cerca de 10 a cerca de 80 micrômetros, e, em algumas modalidades, de cerca de 20 a cerca de 60 micrômetros.
[00046] O filme elástico da presente invenção exibe boas propriedades de estiramento latente para aplicação em uma ampla variedade de aplicações.
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Uma medida que é indicativa das propriedades de estiramento latente do filme é o desempenho de encolhimento térmico, que é uma medida de deformação recuperável quando da ativação. Um nível muito elevado de encolhimento térmico pode ser atingido na presente invenção, tal como cerca de 40% ou mais, em algumas modalidades, cerca de 50% ou mais, e, em algumas modalidades, cerca de 60% ou mais. Conforme descrito nos “Métodos de Teste” abaixo, o encolhimento térmico é determinado por aquecimento do material em água à 71°C, durante 30 segundos a 1 minuto. Alternativamente, o encolhimento pode ser determinado usando-se ASTM D2838-02. Qualquer método de ativação conhecido pode ser, de maneira geral, empregado na presente invenção, incluindo a aplicação de calor, radiação (por exemplo, micro-ondas), assim como tratamentos químicos ou mecânicos. A ativação por calor pode ser realizada em temperaturas de cerca de 50°C a cerca de 100°C, em algumas modalidades, de cerca de 60°C a cerca de 90°C, e, em algumas modalidades, de cerca de 70°C a cerca de 80°C. Qualquer uma de uma variedade de técnicas pode ser usada para se aplicar calor ao filme, tais como rolos, aquecimento em forno, e assim por diante.
II. Tecido de Trama não Tecida [00047] Um tecido de trama não tecida é, de maneira geral, empregado na presente invenção para reduzir o coeficiente de atrito e para intensificar a sensação semelhante a tecido da superfície do compósito. Polímeros exemplificativos, para aplicação na formação de tecidos de trama não tecida, podem incluir, por exemplo, poliolefinas, polietileno, polipropileno, polibutileno, etc.; poli(tetrafluoro-etileno); poliésteres, por exemplo, poli(tereftalato de etileno), e assim por diante; poli(acetato de vinila); poli(cloreto acetato de vinila); poli(vinil-butiral); resinas acrílicas, por exemplo, poliacrilato, poli(acrilato de metila), poli(metacrilato de metila), e assim por diante; poliamidas, por exemplo, nylon; poli(cloreto de vinila), poli (cloreto de vinilideno); poliestireno; poli(álcool de vinila); poliuretanos;
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 30/60 / 47 poli(ácido lático); copolímeros dos mesmos; e assim por diante. Se desejado, polímeros biodegradáveis, tais como aqueles descritos acima, também podem ser empregados. Polímeros celulósicos sintéticos ou naturais, incluindo, mas não limitados a, ésteres celulósicos; éteres celulósicos; nitratos celulósicos; acetatos celulósicos; acetato-butiratos celulósicos; etil-celulose; celuloses regeneradas, tais como viscose, rayon, e assim por diante. Deve ser observado que o(s) polímero(s) também pode(m) conter outros aditivos, tais como auxiliares de processamento ou composições de tratamento, para conferir as propriedades desejadas às fibras, quantidades residuais de solventes, pigmentos ou corantes, e assim por diante.
[00048] Fibras monocomponentes e/ou multicomponentes podem ser usados para formar o tecido de trama não tecida. Fibras monocomponentes são, de maneira geral, formadas a partir de um polímero ou combinação de polímeros extrudados a partir de uma única extrusora. Fibras multicomponentes são, de maneira geral, formadas a partir de dois ou mais polímeros (por exemplo, fibras bicomponentes) extrudados a partir de extrusoras separadas. Os polímeros podem ser dispostos em zonas distintas posicionadas de maneira substancialmente constante através da seção transversal das fibras. Os componentes podem ser dispostos em qualquer configuração desejada, tais como envoltório-núcleo, lado a lado, torta, ilha no mar, três ilhas, olho de boi ou várias outras disposições conhecidas na técnica. Vários métodos para formação de fibras multicomponentes são descritos nas Patentes U.S. N°s 4.789.592 para Taniguchi, et al., e 5.336.552 para Strack, et al., 5.108.820 para Kaneko, et al., 4.795.668 para Kruege, et al., 5.382.400 para Pike, et al., 5.336.552 para Strack, et al., e 6.200.669 para Marmon, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades. Fibras multicomponentes apresentando vários formatos irregulares também podem ser formadas, tal como descrito nas Patentes U.S. N°s 5.277.976 para Hogle, et al., 5.162.074 para Hills,
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5.466.410 para Hills, 5.069.970 para Largman, et al., e 5.057.368 para Largman, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades.
[00049] Embora qualquer combinação de polímeros possa ser usada, os polímeros das fibras multicomponentes são tipicamente feitos a partir de materiais termoplásticos com diferentes temperaturas de transição vítrea ou de fusão, em que um primeiro componente (por exemplo, o envoltório) se funde em uma temperatura mais baixa do que um segundo componente (por exemplo, o núcleo). O amolecimento ou a fusão do primeiro componente de polímero da fibra multicomponente permite que as fibras multicomponentes formem uma estrutura esqueletal pegajosa, a qual, quando do resfriamento, estabiliza a estrutura fibrosa. Por exemplo, as fibras multicomponentes podem apresentar de cerca de 20% a cerca de 80%, e, em algumas modalidades, de cerca de 40% a cerca de 60% em peso do polímero com baixo ponto de fusão. Além disso, as fibras multicomponentes podem apresentar de cerca de 80% a cerca de 20%, e, em algumas modalidades, de cerca de 60% a cerca de 40% em peso do polímero com elevado ponto de fusão. Alguns exemplos de fibras bicomponentes de envoltório-núcleo conhecidas, disponíveis a partir de KoSa Inc., de Charlotte, Carolina do Norte, sob as designações T-255 e T-256, ambas as quais apresentam um envoltório de copoliéster com baixo ponto de fusão. Ainda outras fibras bicomponentes conhecidas, que podem ser usadas, incluem aquelas disponíveis a partir de Chisso Corporation, de Moriyama, Japão, ou Fibervisions LLC, de Wilmington, Delaware.
[00050] Fibras de qualquer comprimento desejado podem ser empregadas, tais como fibras descontínuas, fibras contínuas, etc. Em uma modalidade particular, por exemplo, podem ser usadas fibras descontínuas que apresentam um comprimento de fibra na faixa de cerca de 1 a cerca de 150 milímetros, em algumas modalidades, de cerca de 5 a cerca de 50 milímetros, em algumas modalidades, de cerca de 10 a cerca de 40
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 32/60 / 47 milímetros, e, em algumas modalidades, de cerca de 10 a cerca de 25 milímetros. Embora não necessário, técnicas de cardagem podem ser empregadas para formar camadas fibrosas com fibras descontínuas, conforme é bem conhecido na técnica. Por exemplo, fibras podem ser conformadas em uma trama cardada por colocação de fardos das fibras em um coletor que separe as fibras. A seguir, as fibras são enviadas através de uma unidade de combinação ou de cardagem, que adicionalmente rompa, separe e alinhe as fibras na direção da máquina, de modo a formar uma trama não tecida fibrosa orientada na direção da máquina. A trama cardada pode, então, ser ligada usando-se técnicas conhecidas, para formar uma trama não tecida ligada cardada.
[00051] Se desejado, o tecido de trama não tecida, usado para formar o compósito não tecido, pode apresentar uma estrutura com múltiplas camadas. Materiais com múltiplas camadas adequados podem incluir, por exemplo, laminados de spunbond/meltblown/spunbond (SMS) e laminados de spunbond/meltblown (SM). Vários exemplos de laminados de SMS adequados são descritos nas Patentes U.S. N°s 4.041.203 para Brock, et al.; 5.213.881 para Timmons, et al.; 5.464.688 para Timmons, et al.; 4.374.888 para Bornslaeger; 5.169.706 para Collier, et al.; e 4.766.029 para Brock, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades. Em adição, laminados de SMS comercialmente disponíveis podem ser obtidos a partir de Kimberly-Clark Corporation, sob as designações Spunguard® e Evolution®.
[00052] Outro exemplo, de uma estrutura com múltiplas camadas é uma trama de spunbond produzida em uma máquina de bancada de fiação múltipla, na qual uma bancada de fiação deposita fibras sobre uma camada de fibras depositada a partir de uma bancada de fiação prévia. Uma tal trama não tecida de spunbond individual também pode ser concebida como uma estrutura com múltiplas camadas. Nessa situação, as várias camadas de fibras
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 33/60 / 47 depositadas na trama não tecida podem ser as mesmas, ou elas podem ser diferentes em gramatura e/ou em termos da composição, do tipo, do tamanho, do nível de enrugamento e/ou do formato das fibras produzidas. Como outro exemplo, uma única trama não tecida pode ser fornecida como duas ou mais camadas produzidas individualmente de uma trama de spunbond, uma trama cardada, etc., que tenham sido ligadas em conjunto para formar a trama não tecida. Essas camadas produzidas individualmente podem diferir em termos do método de produção, da gramatura, da composição e fibras, conforme discutido acima.
[00053] Um tecido de trama não tecida também pode conter um componente fibroso adicional, tal que ele seja considerado um compósito. Por exemplo, uma trama não tecida pode estar emaranhada com outro componente fibroso usando-se qualquer uma de uma variedade de técnicas de emaranhamento conhecidas na técnica (por exemplo, hidráulica, por ar, mecânica, etc.). Em uma modalidade, a trama não tecida está integralmente emaranhada com fibras celulósicas usando-se emaranhamento hidráulico. Um processo de emaranhamento hidráulico típico utiliza correntes de jato de pressão elevada de água para emaranhar as fibras, para formar uma estrutura fibrosa consolidada altamente emaranhada, por exemplo, uma trama não tecida. Tramas não tecidas emaranhadas hidraulicamente de fibras de comprimento descontínuo e contínuas, por exemplo, nas Patentes U.S. N°s 3.494.821 para Evans e 4.144.370 para Boulton, as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades. Tramas não tecidas de compósito emaranhadas hidraulicamente de uma trama não tecida de fibras contínuas e uma camada de polpa são descritas, por exemplo, nas Patentes U.S. N°s 5.284.703 para Everhart, et al., e 6.315.864 para Anderson, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades. O componente fibroso do compósito pode conter qualquer quantidade desejada do substrato
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 34/60 / 47 resultante. O componente fibroso pode conter mais do que cerca de 50% em peso do compósito, e, em algumas modalidades, de cerca de 60% a cerca de 90% em peso do compósito. Igualmente, a trama não tecida pode conter menos do que cerca 50% em peso do compósito, e, em algumas modalidades, de cerca de 10% a cerca de 40% em peso do compósito.
[00054] Embora não necessário, o tecido de trama não tecida pode ter uma formação de pescoço (necked) em uma ou mais direções antes da laminação ao filme da presente invenção. Técnicas de formação de pescoço adequadas são descritas nas Patentes U.S. N°s 5.336.545, 5.226.992, 4.981.747 e 4.965.122 para Morman, assim como na Publicação de Pedido de Patente U.S. N° 2004/0121687 para Morman, et al. Alternativamente, a trama não tecida pode permanecer relativamente inextensível em pelo menos uma direção antes da laminação ao filme. Em tais modalidades, a trama não tecida pode ser opcionalmente esticada em uma ou mais direções subsequentemente à laminação ao filme.
[00055] A gramatura do tecido de trama não tecida pode, de maneira geral, variar, tal como de cerca de 5 gramas por metro quadrado (“g/m2”) a 120 g/m2, em algumas modalidades, de cerca de 8 g/m2 a cerca de 70 g/m2, e, em algumas modalidades, de cerca de 10 g/m2 a cerca de 35 g/m2. Quando houver múltiplos tecidos de trama não tecida, tais materiais podem apresentar as mesmas ou diferentes gramaturas.
III. Técnica de Laminação [00056] Para se conseguir a elasticidade latente desejada do compósito, o filme elástico é inicialmente estirado em uma ou mais direções, para orientar as cadeias do(s) elastômero(s) termoplástico(s). Depois disso, o material estirado é relaxado até um certo grau e ligado a um tecido de trama não tecida. Porque o filme elástico está em um estado relaxado durante a laminação, o tecido de trama não tecida não se agrupa em uma extensão significativa. Portanto, apesar do fato de que o compósito contém um
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 35/60 / 47 polímero elastomérico, suas propriedades elásticas estão inicialmente limitadas pela presença do tecido de trama não tecida relativamente inelástico. Quando da ativação por calor, contudo, os domínios semicristalinos da poliolefina podem se amolecer e liberar as cadeias de sua configuração orientada. Isso faz com que o filme elástico se encolha adicionalmente e, por meio disto, “agrupar” o tecido de trama não tecida. Dessa maneira, o compósito ativado por calor é dotado com elasticidade latente.
[00057] A esse respeito, várias modalidades do método de laminação serão agora descritas em maiores detalhes. Obviamente, deve ser entendido que a descrição fornecida abaixo é meramente exemplificativa, e que outros métodos são contemplados pela presente invenção. Referindo-se à Fig. 1, por exemplo, é mostrada uma modalidade de um método para formação de um compósito a partir de um filme elástico e de um tecido de trama não tecida. Conforme mostrado, as matérias-primas (por exemplo, elastômero termoplástico e poliolefina semicristalina) podem ser misturadas a seco em conjunto (isto é, sem um solvente) e adicionadas a uma tremonha (não mostrada) de um aparelho de extrusão 40. As matérias-primas podem ser alternativamente combinadas com um solvente. Na tremonha, os materiais são misturados, de maneira dispersiva, na massa em fusão e tornados compósitos usando-se qualquer técnica conhecida, tais como técnicas de formação de compósito em batelada e/ou contínuas, que empreguem, por exemplo, um misturador Banbury, misturador contínuo Farrel, extrusora de parafuso único, extrusora de parafusos gêmeos, etc.
[00058] Qualquer técnica conhecida pode ser usada para formar um filme a partir do material tornado compósito, incluindo sopro, vazamento, extrusão com molde plano, etc. Em uma modalidade em particular, o filme pode ser formado por um processo de sopro, no qual um gás (por exemplo, ar) é usado para expandir uma bolha da combinação de polímeros extrudados através de um molde anular. A bolha é, então, colapsada e coletada em forma
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 36/60 / 47 de filme plano. Processos para produção de filmes soprados são descritos, por exemplo, nas Patentes U.S. N°s 3.354.506 para Raley; 3.650.649 para Schippers; e 3.801.429 para Schrenk, et al., assim como nas Publicações de Pedido de Patente U.S. N°s 2005/0245162 para McCormack, et al., e 2003/0068951 para Boggs, et al., todos os quais são aqui incorporados em suas totalidades, por referência a eles, para todas as finalidades. Por exemplo, na modalidade particular da Fig. 1, o material tornado compósito (não mostrado) é fornecido ao aparelho de extrusão 40 e, então, soprado para os rolos de laminação 42, para formar um filme elástico precursor de camada única 10. Se um filme com múltiplas camadas deve ser produzido, as camadas múltiplas são coextrudadas em conjunto para os rolos de laminação 42. Tipicamente, os rolos 42 são mantidos em temperatura suficiente para solidificar e submeter a quench o filme elástico 10 conforme ele seja formado, tal como de cerca de 20 a 60°C.
[00059] Conforme observado acima, o caráter latente do filme da presente invenção pode ser introduzido por estiramento do filme. Embora não necessário, o filme pode ser estirado em linha sem que se tenha que remover o filme para processamento separado. Por exemplo, o filme pode ser imediatamente tirado por rolos girantes em diferentes velocidades de rotação, de modo que a folha seja esticada para a razão de tiragem desejada na direção longitudinal (direção da máquina). Em adição, o filme estirado uniaxialmente também pode ser orientado na direção transversal à máquina, para formar um filme “estirado biaxialmente”. Por exemplo, o filme pode ser pinçado em suas bordas laterais por pinças com corrente e transportado para um forno de râmola (tenter oven). No forno de râmola, o filme pode ser tirado na direção transversal à máquina para a razão de tiragem desejada por pinças de corrente que divergiram da direção da máquina.
[00060] Referindo-se novamente à Fig. 1, é mostrado um método para formação de um filme estirado uniaxialmente. Na modalidade ilustrada, o
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 37/60 / 47 filme é estirado e afinado na direção da máquina por passagem através de um primeiro conjunto de rolos 46 que transitam em uma velocidade que seja mais baixa do que um segundo conjunto de rolos 46. Embora quatro rolos estejam ilustrados na Fig. 1, deve ser entendido que o número de rolos pode ser mais elevado ou mais baixo, dependendo do nível de estiramento que seja desejado e dos graus de estiramento entre cada rolo. O filme pode ser estirado em operação de estiramento discreta ou em operações de estiramento discretas múltiplas. Alternativamente, o filme elástico também pode ser estirado usando-se uma unidade de orientação de filme convencional ou orientador na direção da máquina (“ODM”), tal como comercialmente disponível a partir de Marshall and Williams, Co., Rhode Island.
[00061] Vários parâmetros da operação de estiramento podem ser controlados, de maneira seletiva, incluindo a razão de tiragem, temperatura de estiramento, e assim por diante, para se conseguir a elasticidade latente desejada. Em algumas modalidades, por exemplo, o filme é estirado na direção da máquina em uma razão de estiramento de cerca de 1,5 a cerca de 7,0, em algumas modalidades, de cerca de 1,8 a cerca de 5,0, e, em algumas modalidades, de cerca de 2,0 a cerca de 4,5. A razão de estiramento pode ser determinada por divisão do comprimento do filme estirado por seu comprimento antes do estiramento. A razão de estiramento também pode ser aproximadamente o mesmo que a razão de tiragem, que pode ser determinada por divisão da velocidade linear do filme quando do estiramento (por exemplo, velocidade dos rolos de laminação) pela velocidade linear, na qual o filme é formado (por exemplo, velocidade dos rolos de vazamento ou dos rolos de laminação por sopro). Na modalidade ilustrada, por exemplo, a razão de estiramento é determinada por divisão da velocidade linear do segundo conjunto de rolos 46 pela velocidade linear dos rolos de laminação 42.
[00062] O perfil de temperatura de orientação é também escolhido para entregar as propriedades mecânicas de encolhimento desejadas, tal como
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 38/60 / 47 tensão de encolhimento e percentagem de encolhimento. Mais especificamente, a temperatura de orientação é menor do que a temperatura de fusão da poliolefina semicristalina. Por exemplo, o filme pode ser estirado em uma temperatura de cerca de 15°C a cerca de 50°C, em algumas modalidades, de cerca de 25°C a cerca de 40°C, e, em algumas modalidades, de cerca de 30°C a cerca de 40°C. De preferência, o filme é “tirado a frio”, isto é, estirado sem a aplicação de calor externo (por exemplo, rolos aquecidos), para aperfeiçoar a elasticidade latente.
[00063] Um tecido de trama não tecida é também empregado para laminação ao filme elástico estirado 10. Por exemplo, um tecido de trama não tecida 30 pode ser simplesmente desenrolado de um rolo de alimentação 22, conforme mostrado na Fig. 1. Alternativamente, tecido de trama não tecida pode ser formado em linha, tal como por distribuição de filamentos de polímero a partir de um par de fiandeiras por sobre um conjunto transportador. Na Fig. 1, o tecido 30 é comprimido para formar ligação interfilamentos usando-se um par de rolos de laminação 56. Seguindo a compactação, o tecido de trama não tecida 30 é dirigido a um intervalo de laminação definido entre os rolos 58, para laminação ao filme elástico 10. Um segundo tecido de trama não tecida 30a também pode ser empregado, o qual se origine a partir de um rolo de alimentação 62 e que passe através dos rolos de laminação 56a.
[00064] Conforme indicado acima, o caráter latente do filme elástico da presente invenção pode ser intensificado permitindo-se a ele que relaxe antes da laminação a um tecido de trama não tecida. Em algumas modalidades, por exemplo, o filme elástico é deixado relaxar cerca de 10% ou mais, em algumas modalidades, de cerca de 15% a cerca de 60%, e, em algumas modalidades, de cerca de 20% a cerca de 50%, na direção da máquina. A “percentagem de relaxamento” anteriormente mencionada pode ser determinada por subtração do comprimento relaxado do filme pelo
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 39/60 / 47 comprimento estirado do filme, dividindo-se esta diferença pelo comprimento estirado; e, então, multiplicando-se o quociente por 100. Se desejado, os comprimentos estirado e relaxado das camadas podem ser determinados a partir da velocidade dos rolos usados durante o estiramento e a laminação. Na modalidade ilustrada, por exemplo, a percentagem de relaxamento é determinada por subtração da velocidade linear dos rolos de laminação 58, a partir da velocidade linear dos rolos 46, dividindo-se esta diferença pela velocidade linear dos rolos 46, e, então, multiplicando-se o quociente por 100. [00065] Várias técnicas podem ser utilizadas para ligar o filme elástico 10 aos tecidos 30 e 30a, incluindo ligação por adesivo; ligação térmica; ligação ultrassônica; ligação por micro-ondas; tecido por extrusão; e assim por diante. Em uma modalidade particular, um ou ambos os rolos 58 aplicam uma pressão ao filme 10 e os tecidos 30 e 30a para ligar termicamente os materiais em conjunto. Os rolos 58 podem ser lisos e/ou conter uma pluralidade de elementos de ligação elevados. Adesivos também podem ser empregados, tais como Rextac 2730 e 2723, disponível a partir de Huntsman Polymers, de Houston, Texas, assim como adesivos disponíveis a partir de Bostik Findley, Inc., de Wauwatosa, Wisconsin. O tipo e a gramatura do adesivo usado serão determinados com base nos atributos desejados no compósito final e no uso final. Por exemplo, a gramatura do adesivo pode ser de cerca de 1,0 a cerca de 3,0 g/m2. O adesivo pode ser aplicado aos tecidos de trama não tecida e/ou ao filme elástico, antes da laminação, usando-se qualquer técnica conhecida, tais como fendas ou sistemas de adesivo de spray de massa em fusão.
[00066] O compósito 32 resultante é enrolado e armazenado em um rolo estirador 60. Isso pode ser conseguido por uso de uma velocidade linear mais baixa para o rolo 60. Mais preferivelmente, no entanto, o compósito 32 é mantido sob tensão, tal como por uso da mesma velocidade linear para o rolo 60 que a velocidade de um ou mais dos rolos de laminação 58.
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 40/60 / 47 [00067] Embora não mostrada na Fig. 1, várias etapas de processamento e/ou de acabamento potenciais adicionais conhecidas na técnica, tais como laminação (slitting), tratamento, impressão de entes gráficos, etc., podem ser realizadas sem se desviar do espírito e do escopo da invenção. Por exemplo, o compósito pode ser opcionalmente estirado mecanicamente nas direções transversal à máquina e/ou da máquina, para intensificar a extensibilidade. Em uma modalidade, o compósito pode ser conduzido através de dois ou mais rolos que possuam ranhuras nas direções DT e/ou DM. Tais disposições dos rolos de satélite/bigorna ranhuradas são descritas nas Publicações de Pedidos de Patentes U.S. 2004/0110442 para Rhim, et al.; e 2006/0151914 para Gerndt, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades. Por exemplo, o laminado pode ser conduzido através de dois ou mais rolos, que apresentem ranhuras nas direções DT e/ou DM. Os rolos ranhurados podem ser construídos de aço ou outro material duro (tal como uma borracha dura). Se desejado, calor pode ser aplicado por qualquer método adequado conhecido na técnica, tal como ar aquecido, aquecedores por infravermelho, rolos de laminação aquecidos ou envolvimento parcial do laminado em torno de um ou mais rolos ou recipientes com vapor, etc. O calor também pode ser aplicado aos próprios rolos ranhurados. Também deve ser entendido que outras disposições de rolos ranhurados são igualmente adequadas, tais como dois rolos ranhurados posicionados imediatamente adjacentes um ou outro. Além de rolos ranhurados, outras técnicas também podem ser usadas para esticar mecanicamente o compósito em uma ou mais direções. Por exemplo, o compósito pode ser passado através de uma estrutura de râmola (tenter structure) que estique o compósito. Tais estruturas de râmola são bem conhecidas na técnica e descritas, por exemplo, na Publicação de Pedido de Patente U.S. N° 2004/0121687 para Morman, et al. O compósito também pode ter uma formação de pescoço. Técnicas de formação de pescoço
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 41/60 / 47 adequadas são descritas nas Patentes U.S. N°s 5.336.545, 5.226.992, 4.981.747 e 4.965.122 para Morman, assim como na Publicação de Pedido de Patente U.S. N° 2004/0121687 para Morman, et al, todos os quais são aqui incorporados em suas totalidades, por referência a eles, para todas as finalidades.
[00068] Falando de maneira geral, compósitos podem ser formados de acordo com a presente invenção, que sejam relativamente inelásticos antes da ativação por calor. Um parâmetro, que é indicativo da estabilidade dimensional do compósito antes da ativação por calor, é a deformação percentual que ele sofre em uma carga de 20 N (2.000 gramas-força) por 7,64 cm (3 polegadas) (largura da amostra), de acordo com o teste de “estiramento para parar”, que é descrito em mais detalhes abaixo. Mais especificamente, tipicamente, o compósito apresenta uma deformação percentual de cerca de 50% ou menos na direção da máquina, em algumas modalidades, de cerca de 40% ou menos na direção da máquina, e, em algumas modalidades, de cerca de 25% ou menos na direção da máquina, antes da ativação por calor. Depois do encolhimento por calor, tipicamente, o compósito apresenta uma deformação percentual de cerca de 50% ou mais na direção da máquina, em algumas modalidades, de cerca de 75% ou mais na direção da máquina, e, em algumas modalidades, de cerca de 100% a cerca de 200% na direção da máquina. Além disso, o encolhimento potencial do compósito pode ser de cerca de 40% ou mais, em algumas modalidades, de cerca de 50% ou mais, e, em algumas modalidades, de cerca de 60% ou mais.
[00069] Como um resultado da presente invenção, o compósito pode ser mais facilmente processado para formar um produto final porque ele é menos elástico antes da ativação, e, portanto, mais estável dimensionalmente. Isso permite que o compósito seja mais prontamente processado, por exemplo, impresso, enrolados ou desenrolados, convertidos em um produto final, etc. Em uma modalidade, por exemplo, um compósito elástico latente
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 42/60 / 47 pode ser incorporado em um artigo absorvente. Durante o processo de conversão, o compósito elástico latente pode ser ativado através da aplicação de calor, tal como durante o processo de cura para um adesivo usado para fixar em conjunto vários componentes do produto. Porque o compósito elástico latente apresenta uma maior estabilidade dimensional antes da ativação do que materiais altamente elásticos, podem ser realizadas eficiências de processamento intensificadas. Por exemplo, o compósito não necessita ser mantido em uma condição esticada mecanicamente durante a fixação aos outros componentes do produto. Isso propicia maior liberdade na localização e na maneira, nas quais o adesivo é aplicado.
[00070] O compósito elástico latente da presente invenção pode ser usado em uma ampla variedade de aplicações. Conforme observado acima, por exemplo, o filme elástico pode ser usado em um artigo absorvente. Um “artigo absorvente”, de maneira geral, se refere a qualquer artigo capaz de absorver água ou outros fluidos. Exemplos de alguns artigos absorventes incluem, mas não estão limitados a, artigos absorventes para cuidado pessoal, tais como faldas, calças de treinamento, peças de roupa íntimas absorventes, artigos para incontinência, produtos para higiene feminina (por exemplo, absorventes higiênicos), vestimentas para natação, lenços para bebês, e assim por diante; artigos absorventes médicos, tais como vestimentas, materiais de fenestração, almofadas íntimas, almofadas para leito, bandagens, drapeados absorventes e lenços médicos; limpadores de serviços alimentares; artigos de peças de roupas; e assim por diante. Materiais e processos adequados para formação de tais artigos absorventes são bem conhecidos pelos técnicos especializados no assunto. Tipicamente, artigos absorventes incluem uma camada substancialmente impermeável a líquidos (por exemplo, camada externa), uma camada permeável a líquido (por exemplo, tecido do lado do corpo, camada de surto, etc.) e um núcleo absorvente. Em uma modalidade particular, o filme elástico da presente invenção pode ser aplicado no
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 43/60 / 47 fornecimento de cintura elástica, braçadeiras/vedações para pernas, orelha esticável, painel lateral ou aplicações de cobertura externa esticáveis.
[00071] Várias modalidades de um artigo absorvente, que pode ser formado de acordo com a presente invenção, serão gora descritas em mais detalhes. Referindo-se à Fig. 2, por exemplo, uma modalidade de uma fralda descartável 250 é mostrada, que, de maneira geral, define uma seção de cintura frontal 255, uma seção de cintura traseira 260 e uma seção intermediária 265, que interconecta as seções de cintura frontal e traseira. As seções de cintura frontal e traseira 255 e 260 incluem as porções gerais da fralda, que são construídas para se estenderem substancialmente sobre as regiões abdominais frontal e traseira do usuário, respectivamente, durante o uso. A seção intermediária 265 da fralda inclui a porção geral da fralda, que é construída para se estender através da região de virilha do usuário entre as pernas. Portanto, a seção intermediária 265 é uma área, na qual, tipicamente, repetidos surtos de líquidos ocorrem na fralda.
[00072] A fralda 250 inclui, sem limitação, uma camada externa, ou folha posterior 270, um tecido do lado do corpo permeável a líquido, ou folha de topo 275, posicionada em relação de faceamento com a folha posterior 270, e um corpo de núcleo absorvente, ou estrutura de retenção de líquido 280, tal como uma almofada absorvente, que está localizado entre a folha posterior 270 e a folha de topo 275. A folha posterior 270 define um comprimento, ou direção longitudinal 286, e uma largura, ou direção lateral 285, que, na modalidade ilustrada, coincidem com o comprimento e a largura da fralda 250. A estrutura de retenção de líquido 280, de maneira geral, apresenta um comprimento e uma largura que são menores do que o comprimento e a largura da folha posterior 270, respectivamente. Portanto, porções marginais da fralda 250, tais como as seções marginais da folha posterior 270, podem se estender até e passar as bordas terminais da estrutura de retenção de líquido 280. Nas modalidades ilustradas, por exemplo, a folha
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 44/60 / 47 posterior 270 se estende para fora além das bordas marginais terminais da estrutura de retenção de líquido 280, para formar margens laterais e margens terminais da fralda 250. A folha de topo 275 é, de maneira geral, coextensiva com a folha posterior 270, porém pode, opcionalmente, cobrir uma área que seja maior ou menor do que a área da folha posterior 270, conforme desejado. [00073] Para fornecer ajuste aperfeiçoado e para auxiliar a reduzir vazamento de excreções do corpo a partir da fralda 250, as margens laterais e as margens terminais da fralda podem ser elastizadas com membros elásticos adequados, conforme adicionalmente explicado abaixo. Por exemplo, conforme ilustrado, de maneira representativa, na Fig. 2, a fralda 250 pode incluir elásticos de pernas 290, construídos para tensionar operativamente as margens laterais da fralda 250, para fornecer faixas de pernas elastizadas, que possam ser ajustadas intimamente em torno das pernas do usuário, para reduzir vazamento e fornecer conforto e aparência aperfeiçoados. Elásticos de cintura 295 são empregados para elastizar as margens terminais da fralda 250, para fornecer faixas de cintura elastizadas. Os elásticos de cintura 295 são configurados para fornecer um ajuste confortavelmente íntimo, resiliente, em torno da cintura do usuário. Os materiais latentemente elásticos da presente invenção são adequados para aplicação como os elásticos de perna 290 e os elásticos de cintura 295. Exemplos de tais materiais são folhas laminadas, que ou compreendem ou estão aderidas à folha posterior, tal que forças constritivas elásticas sejam conferidas à folha posterior 270.
[00074] Conforme é conhecido, meios de fixação, tais como fixadores de gancho e alça, podem ser empregados para prender a fralda em um usuário. Alternativamente, outros meios de fixação, tais como botões, alfinetes, botões de pressão, fixadores com fita adesiva, coesores, fixadores de tecido-alça, ou os similares, podem ser empregados. Na modalidade ilustrada, a fralda 250 inclui um par de painéis laterais 300 (ou orelhas), aos quais são presos os fixadores 302, indicados como a porção de gancho de um fixador de gancho e
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 45/60 / 47 alça. De maneira geral, os painéis laterais 300 são fixados às bordas laterais da fralda, em uma das seções de cintura 255, 260, e se estendem lateralmente para fora delas. Os painéis laterais 300 podem ser elastizados ou de outra maneira tornados elastoméricos por uso de materiais latentemente elásticos da presente invenção. Exemplos de artigos absorventes, que incluem painéis laterais elastizados e abas de fixador configuradas seletivamente são descritos no Pedido de Patente PCT WO 95/16425 para Roessler; na Patente U.S. N° 5.399.219 para Roessler, et al.; na Patente U.S. N° 5.540.796 para Fries; e na Patente U.S. N° 5.595.618 para Fries, cada um dos quais é aqui incorporado em sua totalidade, por referência a ele, para todas as finalidades.
[00075] A fralda 250 também pode incluir uma camada de gerenciamento de surto 305, localizada entre a folha de topo 275 e a estrutura de retenção de líquido 280, para aceitar rapidamente exudatos de fluidos e distribuir os exudatos de fluidos para a estrutura de retenção de líquido 280 dentro da fralda 250. A fralda 250 pode incluir adicionalmente uma camada de ventilação (não ilustrada), também chamada um espaçador, ou camada de espaçador, localizada entre a estrutura de retenção de líquido 280 e a folha posterior 270, para isolar a folha posterior 270 da estrutura de retenção de líquido 280, para reduzir a umidade da peça de roupa na superfície exterior de uma cobertura externa respirável, ou folha posterior 270. Exemplos de camadas de gerenciamento de surto 305 adequadas são descritas na Patente U.S. N° 5.486.166 para Bishop e na Patente U.S. N° 5.490.846 para Ellis.
[00076] Conforme ilustrado, de maneira representativa, na Fig. 2, a fralda descartável 250 também pode incluir um par de abas de contenção 310, que são configuradas para fornecer uma barreira ao escoamento lateral de exudatos do corpo. As abas de contenção 310 podem estar localizadas ao longo das bordas laterais lateralmente opostas da fralda, adjacentes às bordas laterais da estrutura de retenção de líquido 280. Tipicamente, cada aba de contenção 310 define uma borda não fixada, que é configurada para manter
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 46/60 / 47 uma configuração perpendicular, vertical, pelo menos na seção intermediária 265 da fralda 250, para formar um selo contra o corpo do usuário. As abas de contenção 310 podem se estender longitudinalmente ao longo do comprimento inteiro da estrutura de retenção de líquido 280 ou pode se estender somente parcialmente ao longo do comprimento da estrutura de retenção de líquido. Quando as abas de contenção 310 forem mais curtas em comprimento do que a estrutura de retenção de líquido 280, as abas de contenção 310 poderão ser posicionadas, de maneira seletiva, ao longo das bordas laterais da fralda 250, na seção intermediária 265. Tais abas de contenção 310 são, de maneira geral, bem conhecidas pelos técnicos especializados no assunto. Por exemplo, construções e disposições adequadas para abas de contenção 310 são descritas na Patente U.S. 4.704.116 para Enloe.
[00077] A fralda 250 pode ser de vários formatos adequados. Por exemplo, a fralda pode apresentar um formato global retangular, em formato de T ou um formato aproximadamente de ampulheta. Na modalidade mostrada, a fralda 250, de maneira geral, apresenta um formato de I. Outros componentes adequados, que podem ser incorporados aos artigos absorventes da presente invenção, podem incluir abas de cintura e as similares, que são, de maneira geral, conhecidas pelos técnicos especializados no assunto. Exemplos de configurações de fralda, adequadas para aplicação em conexão com os materiais latentemente elásticos da presente invenção, que podem incluir outros componentes adequados para aplicação em fraldas, são descritas nas Patentes U.S. N°s 4.798.603 para Meyer, et al.; 5.176.668 para Bernardin; 5.176.672 para Bruemmer, et al.; 5.192.606 para Proxmire, et al.; e 5.509.915 para Hanson, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades.
[00078] As várias regiões e/ou componentes da fralda 201 podem ser reunidas em conjunto usando-se qualquer mecanismo de fixação conhecido,
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 47/60 / 47 tais como adesivo, ultrassônico, ligações térmicas, etc. Adesivos adequados pode incluir, por exemplo, adesivos de massa em fusão quente, adesivos sensíveis à pressão, e assim por diante. Quando utilizado, o adesivo pode ser aplicado como uma camada uniforme, uma camada padronizada, um padrão aspergido ou qualquer um de linhas separadas, redemoinhos ou pontos. Na modalidade ilustrada, por exemplo, a folha de topo 275 e a folha posterior 270 podem ser reunidas uma à outra e à estrutura de retenção de líquido 280 com linhas de adesivo, tal como um adesivo sensível à pressão, de massa em fusão quente. Similarmente, outros componentes de fralda, tais como os membros elásticos 290 e 295, os membros de fixação 302 e a camada de surto 305, podem ser reunidos para formar o artigo, empregando-se os mecanismos de fixação identificados acima.
[00079] Embora várias configurações de uma fralda tenham sido descritas acima, deve ser entendido que outras configurações de fralda e artigo absorvente também estão incluídas dentro do escopo da presente invenção. Em adição, a presente invenção de maneira alguma está limitada a fraldas. De fato, vários exemplos de artigos absorvente são descritos nas Patentes U.S. N° 5.649.916 para DiPalma, et al.; 6.110.158 para Kielpikowski; 6.663.611 para Blaney, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades. Além disso, outros exemplos de produtos para cuidado pessoal, que podem incorporar tais materiais, são calças de treinamento (tal como em materiais de painel lateral) e produtos para cuidados femininos. Somente por meio de ilustração, calças de treinamento adequadas para aplicação com a presente invenção e vários materiais e métodos para construção das calças de treinamento são descritos nas Patentes U.S. N°s 6.761.711 para Fletcher, et al.; 4.940.464 para Van Gompel, et al.; 5.766.389 para Brandon, et al.; e na Patente U.S. N° 6.645.190 para Olson, et al., as quais são aqui incorporadas em suas totalidades, por referência a elas, para todas as finalidades.
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 48/60 / 47 [00080] A presente invenção pode ser melhor entendida com referência aos seguintes exemplos.
Métodos de Teste % de Encolhimento Térmico [00081] Para medir a retração ativada por calor, marcas afastadas em
100 milímetros são colocadas no material enquanto ele ainda está sob tensão no rolo. O material é, então, liberado da tensão no rolo e um comprimento de material contendo as marcas é cortado a partir do rolo. Imediatamente depois da liberação do material e de cortá-lo, a distância entre as marcas é medida novamente para determinar o comprimento inicial (Comprimento de Retração Antes de Aquecido ou “CRAA”). O material é, então, submerso em água (71°C) durante pelo menos 30 segundos, mas não mais do que 1 minuto. Depois disso, a distância entre as marcas é novamente medida (Comprimento de Retração Depois de Aquecido ou “CRDA”). O encolhimento percentual é indicativo da elasticidade latente do material e é calculada pela seguinte equação:
% de encolhimento = 100*(CRAA - CRDA)/CRAA (1) [00082] Três medições têm sua média obtida para cada amostra a ser testada. As medições são tomadas em condições ambientes.
Testagem em Ciclo [00083] Os materiais são testados usando-se um procedimento de testagem cíclica para determinar a perda de carga e o set percentual. Em particular, foi utilizada testagem em 2 ciclos para elongação 100% definida. Para esse teste, o tamanho da amostra era de 7,64 cm (3 polegadas), na direção transversal à máquina, por 15,24 cm (6 polegadas) na direção da máquina. O tamanho da tenaz era de 7,64 cm (3 polegadas) de largura. A separação das tenazes era de 10,16 cm (4 polegadas). As amostras foram carregadas de maneira tal que a direção da máquina da amostra estivesse na direção vertical. Uma pré-carga de aproximadamente 20 a 30 gramas foi
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 49/60 / 47 ajustada. O teste puxou a amostra para elongação de 100% em uma velocidade de 50,8 cm (20 polegadas) por minuto e, então, imediatamente (sem pausa) retornou ao zero em uma velocidade de 50,8 cm (20 polegadas) por minuto. Os resultados dos dados de teste são todos a partir do primeiro e do segundo ciclos. A testagem foi feita em um testador 2/S com taxa de extensão constante de Sintech Corp., com uma caixa Renew MTS mongoose (controle), usando-se programa de computador TESTWORKS 4.07b (Sintech Corp., de Cary, NC). Os testes foram conduzidos sob condições ambientais.
Alongamento até Parar [00084] Os materiais foram testados para determinar a capacidade do material sofrer elongação, quando da aplicação de um tensionamento. Mais especificamente, a deformação percentual do material em uma carga de 2.000 gramas-força foi determinada por subtração da dimensão estendida máxima do material a partir de sua dimensão não estendida, dividindo-se aquela diferença pela dimensão não estendida, e, então, multiplicando-se por 100. Tais medições são determinadas usando-se o “teste de elongação de fita”, que está substancialmente de acordo com as especificações de ASTM D5035-95. O teste usa duas pinças, cada uma apresentando duas pinças, com garra prendedora de amostra. As pinças retêm o material no mesmo plano e se afastam em uma taxa de extensão especificada. Um tamanho de amostra de 7,64 cm (3 polegadas), na direção transversal à máquina, por 17,8 cm (7 polegadas), na direção da máquina, foi selecionado. O tamanho da tenaz era de 7,64 cm (3 polegadas) de largura, e tenazes interentrosadas foram utilizadas, de modo que o material não escorregasse enquanto testado. A separação das tenazes era de 100 milímetros. As amostras foram carregadas de modo que a direção da máquina da amostra estivesse na direção vertical. Uma pré-carga de aproximadamente 20 a 30 gramas-força foi ajustada. O teste puxou a amostra até que fossem produzidos 2.000 gramas-força de tensão, e, então, o teste parou. A velocidade de teste era de 500 milímetros
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 50/60 / 47 por minuto de extensão ou tensão. O teste relatou a elongação a partir do início, quando foram produzidos 20 N (2.000 gramas-força) de tensão (por 7,64 cm (3 polegadas) de largura do material). A testagem foi feita em um testador 2/S com taxa de extensão constante de Sintech Corp., com uma caixa Renew MTS mongoose (controle), usando-se programa de computador TESTWORKS 4.07b (Sintech Corp., de Cary, NC). Os testes foram conduzidos sob condições ambientais. Os resultados são, de maneira geral, relatados como uma média de três espécimes e podem ser realizados com o espécime na direção transversal (DT) e/ou na direção da máquina (DM).
EXEMPLO 1 [00085] Foi formado um filme apresentando uma estrutura de “pelenúcleo” com múltiplas camadas. O núcleo compreendia 94% em peso do filme e a camada de pele compreendia 6% em peso do filme. O núcleo foi formado a partir de 75% de KRATON® MD6694 (Kraton Polymers, LLC, de Houston Texas) e 25% de EXACT™ 5361 (ExxonMobil Chemical Co.). A camada de pele foi formada a partir de 50% de VISTAMAXX™ 1100 (ExxonMobil Chemical Co.) e um composto de carga (Standridge Color Corp.), que continha carbonato de cálcio combinado com polipropileno e copolímeros aleatórios de polipropileno. Conforme é conhecido na técnica, a camada de pele foi usada para facilitar a ligação, mas acredita-se que tenha pouco ou nenhum efeito sobre as propriedades elásticas ou de encolhimento térmico do compósito. Os polímeros foram tornados compósitos pesando-se porções apropriadas de péletes de cada polímero, combinando-as para um recipiente, e misturando-as em conjunto por agitação.
[00086] Depois da formação do compósito, a amostra foi extrudada usando-se uma linha de filme por sopro com parafusos triplos em pequena escala com uma extrusora de 4,4 cm (1,75 polegadas) (Killion) e duas extrusoras de 16 milímetros (Collin GmbH). A linha de filme por sopro também empregou um anel de ar (Collin GmbH), molde de 7,64 cm (3
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 51/60 / 47 polegadas) e torre de colapsamento (Killion). Cada extrusora apresentava três zonas de temperatura e um molde com uma temperatura controlada. A camada de núcleo foi extrudada a partir da extrusora de 4,4 cm (1,75 polegadas), e a camada de pele foi extrudada a partir de uma das segundas extrusoras de 16 mm. O perfil de temperatura para a extrusora de núcleo foi arranjado de maneira tal que fosse atingida uma temperatura de fusão de cerca de 190oC (375°F). O perfil de temperatura para a extrusora de pele foi arranjado de maneira tal que fosse atingida uma temperatura de fusão de cerca de 88oC (190°F).
[00087] Depois do quenching a partir do anel de ar e do colapsamento da bolha (a laminação colapsante foi realizada à 6,7 m (22 pés) por minuto para a Amostra N°1), o filme foi estirado na direção da máquina entre dois conjuntos de rolos de laminação acionados. O primeiro rolo de laminação corria à 6,7 m (22 pés) por minuto e o segundo rolo de laminação corria a 20,4 m (67 pés) por minuto (razão de estiramento de cerca de 3,0). O filme foi, então, relaxado 30% e alimentado através de um ligador rotativo correndo à 14,3 m (47 pés) por minuto. O ligador rotativo apresentava um padrão de ligação de diamante quadrado com uma área de ligação de 8%-14% e uma densidade de alfinetes de 52 alfinetes por 6,45 cm2 (1 polegada quadrada). Conjuntos de rolo gravado e rolo liso foram empregados à 65oC (150°F) e uma pressão de 20,5 kN/m (117 libras por polegada linear). O filme foi ligado a um tecido de spunbond de polipropileno apresentando uma gramatura de aproximadamente 13,6 gramas por metro quadrado. O laminado resultante foi enrolado, de modo a manter o estiramento no bobinador.
EXEMPLO 2 [00088] Foi formado um filme apresentando uma estrutura de “pelenúcleo” com múltiplas camadas. O núcleo compreendia 94% em peso do filme e a camada de pele compreendia 6% em peso do filme. O núcleo foi
Petição 870190035073, de 12/04/2019, pág. 52/60 / 47 formado a partir de 75% de KRATON® MD6673 (Kraton Polymers, LLC, de Houston Texas) e 25% de EXACT™ 5361 (ExxonMobil Chemical Co.). A camada de pele foi formada a partir de 50% de VISTAMAXX™ 1100 (ExxonMobil Chemical Co.) e um composto de carga (Standridge Color Corp.), que continha carbonato de cálcio combinado com polipropileno e copolímeros aleatórios de polipropileno. Conforme é conhecido na técnica, a camada de pele foi usada para facilitar a ligação, mas acredita-se que tenha pouco ou nenhum efeito sobre as propriedades elásticas ou de encolhimento térmico do compósito. Os polímeros foram tornados compósitos pesando-se porções apropriadas de péletes de cada polímero, combinando-as para um recipiente, e misturando-as em conjunto por agitação.
[00089] Depois da formação do compósito, a amostra foi extrudada usando-se uma linha de filme por sopro com parafusos triplos em pequena escala com uma extrusora de 4,44 cm (1,75 polegadas) (Killion) e duas extrusoras de 16 milímetros (Collin GmbH). A linha de filme por sopro também empregou um anel de ar (Collin GmbH), molde de 7,64 cm (3 polegadas) (Collin GmbH) e torre de colapsamento (Killion). Cada extrusora apresentava três zonas de temperatura e um molde com uma temperatura controlada. A camada de núcleo foi extrudada a partir da extrusora de 4,44 cm (1,75 polegadas), e a camada de pele foi extrudada a partir de uma das segundas extrusoras de 16 mm. O perfil de temperatura para a extrusora de núcleo foi arranjado de maneira tal que fosse atingida uma temperatura de fusão de cerca de 190oC (375°F). O perfil de temperatura para a extrusora de pele foi arranjado de maneira tal que fosse atingida uma temperatura de fusão de cerca de 88oC (190°F).
[00090] Depois do quenching a partir do anel de ar e do colapsamento da bolha (a laminação colapsante foi realizada à 7 m (23 pés) por minuto para a Amostra N° 1), o filme foi estirado na direção da máquina entre dois conjuntos de puxadores acionados. O primeiro rolo de laminação corria à 7 m
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46/47 (23 pés) por minuto e o segundo rolo de laminação corria a 20,7 m (68 pés) por minuto (razão de estiramento de cerca de 3,0). O filme foi, então, relaxado 30% e alimentado através de um ligador rotativo correndo à 14,3 (47 pés) por minuto. O ligador rotativo apresentava um padrão de ligação de diamante quadrado com uma área de ligação de 8%-14% e uma densidade de alfinetes de 52 alfinetes por 6,45 cm2 (1 polegada quadrada). Conjunto de rolo gravado e rolo liso foram empregados à 65oC (150°F) e uma pressão de 20,5 kN/m (117 libras por polegada linear). O filme foi ligado a um tecido de spunbond de polipropileno apresentando uma gramatura de aproximadamente 13,6 gramas por metro quadrado. O laminado resultante foi enrolado, de modo a manter o estiramento no bobinador.
EXEMPLO 3 [00091] Os materiais dos Exemplos 1 e 2 foram ativados por calor em água quente à 71°C durante 30 segundos, e também testado em “ciclo” e testado “estirado até parar”. Os resultados são apresentados abaixo nas Tabelas 1-3.
Tabela 1: Condições de Processo
Amostra |
Velocidade Extrusora de
Núcleo (rpm) |
Velocidade Extrusora de Pele (rpm) |
Velocidade Rolo
Laminação No. 1 (m/min) |
Razão Esticamento |
Velocidade Rolo
Laminação No. 2 (m/min) |
%
Relaxação |
Velocidade
Ligador (m/min) |
Velocidade Bobinador (m/min) |
1 |
37 |
27 |
7,0 |
3 |
20,7 |
30 |
14,3 |
14,3 |
2 |
37 |
27 |
6,7 |
3 |
20,4 |
30 |
14,3 |
14,3 |
Tabela 2: Encolhimento e Resultados de Ciclos
Amostra |
CRAA |
CRDA |
%
Encolhi-
mento |
Cic |
o 1 |
Ciclo 2 |
Carga acima 50% |
Carga acima 100% |
Carga abaixo
50% |
Hist.
% |
Carga acima 50% |
Carga acima 100% |
Carga abaixo
50% |
Set
% |
1 |
84 |
53 |
37 |
1334 |
2078 |
818 |
34,2 |
1083 |
2014 |
818 |
13,4 |
2 |
83 |
52 |
37 |
1307 |
1835 |
801 |
34,6 |
1058 |
1813 |
797 |
13,2 |
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Tabela 3: Resultados de Alongamento até Parar
Amostra |
% Esticamento até Parar (Encolhimento Térmico Antes) |
% Esticamento até Parar (Encolhimento Térmico Depois) |
1 |
39 |
97 |
2 |
39 |
109 |
[00092] Conforme indicado, cada uma das composições de combinação forneceu bom comportamento elástico depois da ativação por calor, conforme exibido por suas histereses e sets, conforme obtidos através da testagem, em ciclos. Adicionalmente, ambas as amostras exibiram bom comportamento de latência através de seus resultados de CRAA e CRDA. Além disso, os resultados de alongamento até parar para ambas as amostras mostraram que os materiais eram relativamente inelásticos antes da ativação por calor, mas elásticos despois da ativação por calor.
[00093] Embora a invenção tenha sido descrita em detalhes com respeito a modalidades específicas da mesma, será apreciado que os técnicos especializados no assunto, quando atingirem um entendimento do acima descrito, poderão prontamente conceber alterações a variações de e equivalentes a essas modalidades. Consequentemente, o escopo da presente invenção deve ser avaliado como aquele das reivindicações apensas e de quaisquer equivalentes a elas.