BRPI0711960B1 - Pastilha de modificação de uma potência de um componente óptico - Google Patents

Pastilha de modificação de uma potência de um componente óptico Download PDF

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BRPI0711960B1
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Fermigier Bruno
Guilhaumon François
Koscher Matthieu
Mazé Sylvie
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Essilor International (Compagnie Générale D´Optique)
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Abstract

pastilha de modificação de uma potência de um componente óptico. a presente invenção refere-se a uma pastilha que permite modificar a potência de um componente óptico compreende um alente de fresnel. a pastilha é formada inicialmente com uma forma geral recurvada que corresponde à forma do componente óptico. desse modo, a pastilha não é ou é pouco deformada quando ela é aplicada contra o componente. ela não causa distorções de imagem nem aberração óptica quando um objeto é observado através do componente munido com a pastilha. uma tal pastilha é especialmente adaptada para obter uma correção de ametropia a partir de uma lente adaptada a um par de óculos de sol ou a uma máscara solar inicialmente desprovida de potência óptica.

Description

(54) Título: PASTILHA DE MODIFICAÇÃO DE UMA POTÊNCIA DE UM COMPONENTE ÓPTICO (51) Int.CI.: G02B 3/08; G02C 7/02 (30) Prioridade Unionista: 07/06/2006 FR 06 05059 (73) Titular(es): ESSILOR INTERNATIONAL (COMPAGNIE GÉNÉRALE DOPTIQUE) (72) Inventor(es): BRUNO FERMIGIER; FRANÇOIS GUILHAUMON; MATTHIEU KOSCHER; SYLVIE MAZÉ
Relatório Descritivo da Patente de Invenção para PASTILHA DE MODIFICAÇÃO DE UMA POTÊNCIA DE UM COMPONENTE ÓPTICO.
A presente invenção refere-se a uma pastilha destinada a ser 5 fixada em uma face de um componente óptico para modificar uma potência óptica desse último. Ela também se refere a um elemento óptico e a um par de óculos que incorporam uma tal pastilha, assim como a um processo de fabricação da pastilha.
Pode ser útil adaptar a potência de um componente óptico em 10 função de uma utilização especial desse último. Esse pode ser o caso, por exemplo, para adaptar uma lente de óculos de proteção solar à ametropia de um portador dessa lente. No âmbito da invenção, a potência de um componente óptico designa a vergência desse elemento, e é correntemente expressa em dioptrias.
É conhecido realizar uma pastilha feita de material transparente que é destinada a ser aplicada sobre uma face de um componente óptico, para modificar a potência desse último. A pastilha compreende uma lente de Fresnel que é formada por uma série de zonas de Fresnel dispostas umas na parte de dentro das outras paralelamente a uma face lisa da pastilha.
Essas zonas apresentam saltos de altura entre duas zonas sucessivas que são maiores que cinco vezes um comprimento de onda médio de luz visível, os saltos de altura sendo medidos de acordo com uma direção perpendicular à tangente da face lisa. Nessas condições, a pastilha possui ela própria uma potência óptica que resulta da retração dos raios luminosos sobre as duas faces da pastilha em cada zona de Fresnel. Essa potência óptica da pastilha se acrescenta àquela do componente óptico sobre o qual ela é aplicada. A utilização de uma forma de lente de Fresnel reduz a espessura da pastilha para obter uma modificação de potência fixada, em relação a uma lente adicional que seria unida ao componente óptico.
Essas pastilhas possuem uma forma inicial plana, e devem ser curvadas quando elas são aplicadas sobre a superfície curva de um lente ou de uma lente óptica. Essa deformação da pastilha no momento de sua aplicação sobre a lente ou sobre a lente oftálmica cria distorções de uma imagem formada através da lente ou da lente oftálmica, uma vez que essas últimas são munidas da pastilha, assim como aberrações ópticas. Tais defeitos são especialmente incômodos para uma aplicação oftálmica, visto que um objeto aparece nesse caso com uma deformação variável quando ele é observado através dos locais diferentes da lente. Em especial, as distorções da imagem variam dinamicamente quando o objeto observado se desloca no campo de visão ou quando o portador da lente gira a cabeça acompanhando o objeto com o olhar. Essas distorções de imagem são nesse caso muito incomodas. Finalmente, esses defeitos são ainda maiores quanto maior for a modificação de potência óptica trazida pela pastilha.
Por outro lado, as pastilhas existentes são projetadas para ser aplicadas sobre uma lente virando-se para o lado oposto da lente a face das pastilhas que compreende os saltos de altura. De fato, a face lisa de cada pastilha, que está situada no lado oposto aos saltos de altura, permite uma adesão da pastilha sobre a lente por capilaridade ou por efeito eletrostático. A face da pastilha que é exposta às sujidades é nesse caso aquela que compreende os saltos de altura. Ora, essa última não pode ser limpa simplesmente por causa de seu relevo, e os depósitos de sujidade que se formam nos saltos de altura provocam uma difusão luminosa grande. Eles degradam também bastante a qualidade de uma imagem formada através da lente munida da pastilha, deformando assim localmente a frente de onda luminosa.
Também é conhecido pelo documento US 2006/0109554, uma lente óptica difrativa que compreende uma superfície inferior que tem uma curva asférica e uma superfície superior que tem uma curva quase parabólica, a dita superfície superior incluindo além disso uma pluralidade de riscas difrativas. Essas riscas difrativas são feitas em acordo com uma fórmula de difração de Fresnel. As lentes ópticas tais como descritas são destinadas a ser utilizadas como lentes instrumentais, do tipo das lentes que podem ser encontradas em aparelhos eletrônicos tais como as câmeras, os projetores, ou então os scanners. Essas lentes óptica constituem elementos ópticos difrativos. Tais lente não podem encontrar um uso em óptica oftálmica, devido a sua concepção. De fato uma lente difrativa traz cromatismo, esse último sendo cada vez maior com a potência corretiva que é criada ao nível da lente. Devido a isso a utilização de lente difrativa tal como descrita nesse pedido de patente não é própria para fornecer uma solução para o problema téc5 nico da presente invenção.
Um objetivo da presente invenção é propor uma pastilha de modificação de potência óptica que não apresente os inconvenientes citados acima.
Para isso, a invenção propõe uma pastilha do tipo descrito aci10 ma, e que é destinada a ser fixada em uma superfície curva de um componente óptico para modificar a potência desse último. Por modificar entendese ou o aporte de uma potência óptica a um componente óptico que não compreende potência, ou uma variação da potência óptica a um componente óptico que já compreende sua própria potência óptica. De acordo com a in15 venção, a pastilha possui uma forma geralmente recurvada além dos saltos de altura que estão presentes entre as zonas de Fresnel. Dito de outro modo, a face lisa da pastilha possui uma curvatura inicial que corresponde substancialmente à forma da superfície curva do componente óptico destinado a receber a dita pastilha. A face da pastilha que compreende os saltos de altura possui também uma curvatura média que corresponde também à dita superfície curva do componente óptico. É essa face da pastilha que compreende os saltos de altura que é destinada a ser colocada em contato com a superfície curva do componente óptico.
Uma pastilha de modificação de potência óptica de acordo com a invenção não é portanto plana, mas sim apresenta uma forma geral recurvada, por exemplo substancialmente esférica, além dos saltos em altura. Graças a essa forma inicial recurvada, a pastilha é só pouco deformada, ou não é deformada, quando ela é aplicada sobre a superfície de um componente óptico que é ele próprio substancialmente recurvado. A pastilha cria então pouca ou nenhuma distorção de imagem, nem aberração óptica, quando um objeto é observado através do componente óptico munido da pastilha. O conforto de utilização do componente óptico não é então degradado pela pastilha, mesmo para uma pastilha que realiza uma modificação de potência óptica grande que pode ser superior a 30 dioptrias em valor absoluto ao nível da pastilha em si.
No sentido da presente invenção entende-se por componente 5 óptico as viseiras tais como as viseiras de capacete e as lentes oftálmicas. Por lentes oftálmicas, entende-se as lentes que se adaptam notadamente a uma armação de óculos ou a uma máscara tal como uma máscara de esqui ou máscara de mergulho, assim como as máscaras que têm como função proteger o olho e/ou corrigir a visão, essas lentes sendo escolhidas entre as lentes afocais, unifocais, bifocal ou de adição progressiva. Por máscara, tal como as máscaras solares, entende-se uma lente constituída de uma só peça e destinada a ser posicionada diante dos dois olhos. Tais lentes oftálmicas ou viseiras podem ser eventualmente tingidas. Esses componentes ópticos no sentido da invenção podem opcionalmente apresentar uma ou várias funções, trazer ou não a aplicação de um ou vários revestimentos e que podem ser notadamente escolhidos entre os revestimentos fotocromáticos, anti-reflexos, anti-sujidades, antichoques, antiarranhões, polarizantes ou antiestáticos. A invenção é especiaimente adaptada às lentes oftálmicas corretoras ou não-corretoras.
De acordo com uma característica suplementar da invenção, os saltos de altura entre zonas de Fresnel sucessivas estão situados em uma face geralmente convexa da pastilha. Quando uma tal pastilha é aplicada contra a face posterior, ou côncava, de uma lente oftálmica, a face da pastilha que é exposta às sujidades é aquela que é lisa. Ela pode portanto ser facilmente limpa. A face da pastilha que compreende os saltos de altura é nesse caso protegida das sujidades pela lente contra a qual ela é aplicada. A modificação da potência óptica que é trazida pela pastilha é então permanente, e não é alterada por depósitos de sujidade. O utilizador de óculos ou de máscara que compreende tais lentes oftálmicas munidas dessa pastilha apreciará imediatamente a vantagem prática delas em sua vida quotidiana.
De acordo com mais uma outra característica da invenção, o raio de curvatura médio da pastilha está compreendido entre 135 mm (milímetros) e 53 mm. Um tal raio de curvatura corresponde à forma da face posterior ou face côncava, de numerosas lentes de óculos.
De acordo com uma melhoria da invenção, os saltos de altura entre zonas de Fresnel sucessivas têm amplitudes substancialmente cons5 tantes dentro de um círculo de 10 mm de raio que circunda o centro óptico da pastilha. A face da pastilha que compreende os saltos de altura apresenta então uma altura de relevos constante em uma parte central dessa face. Isso contribui ainda mais para assegurar que nenhuma distorção de imagem nem aberração óptica seja provocada pela pastilha quando essa última é aplicada contra um componente óptico no lado dos saltos de altura. A invenção compreende também uma pastilha na qual os saltos de altura entre zonas de Fresnel sucessivas têm amplitudes substancialmente constantes em toda a superfície da dita pastilha. A invenção compreende assim as diferentes combinações possíveis entre salto de altura variável entre zona de Fresnel e salto de altura constante entre constante zona de Fresnel na totalidade ou em parte da superfície da pastilha.
A presente invenção se refere também a um elemento óptico que compreende um componente óptico de base e uma pastilha tal como descrita precedentemente, fixada no componente. De preferência, a face da pastilha que compreende os saltos de altura é voltada na direção do componente de base no seio do elemento óptico, a fim de proteger essa face contra sujidades. Em especial, a pastilha pode ser fixada no componente por uma camada de material que apresenta propriedades adesivas próprias para trazer uma coesão permanente entre a dita pastilha e o dito componente óptico. Esse componente de material é nesse caso disposto entre as duas entidades que constituem o elemento óptico.
Como descrito precedentemente o componente óptico de base pode ser uma lente oftálmica. De preferência, uma tal lente oftálmica é tingida ou parcialmente refletora e apresenta eventualmente propriedades ópti30 cas próprias para corrigir uma ametropia. A pastilha é, nesse caso, pouco visível e não reduz o estetismo de um par de óculos que compreende a lente, quando ela é aplicada sobre a face côncava, ou face posterior, da lente.
A presente invenção também se refere a um par de óculos que compreende pelo menos uma lente e uma pastilha tal como descrita precedentemente, que é fixada sobre a lente. De preferência, a pastilha é fixada na face posterior da lente. Um tal par de óculos pode ser do tipo óculos cor5 retores de ametropia tingidos ou não, ou óculos ou máscara de proteção solar não-corretora, em especial.
A presente invenção se refere finalmente a um processo de fabricação de uma pastilha de modificação de potência óptica tal como descrita mais acima, a partir de um material termoplástico.
Outras particularidades e vantagens da presente invenção aparecerão na descrição abaixo de exemplos de realização não-limitativos, em referência aos desenhos anexos, nos quais;
- a figura 1a é uma vista em perspectiva de uma pastilha de acordo com a invenção;
- as figuras 1 b e 1 c são vistas em corte respectivas de duas pastilhas de acordo com a invenção;
- as figuras 2a e 2b são vistas em corte de duas lentes oftálmicas, próprias para serem adaptadas a um par de óculos, munidas de pastilhas de acordo com as figuras 1b e 1c;
- a figura 3 é um diagrama que ilustra variações de saltos de altura para uma pastilha de acordo com a invenção;
- a figura 4 ilustra uma convenção de medição de um ângulo de ancoragem; e
- a figura 5 ilustra esquematicamente o princípio de fabricação 25 de uma pastilha de acordo com a invenção.
Por razões de clareza, as dimensões dos elementos representados não estão em proporção com dimensões ou relações de dimensões reais. Por outro lado, referências idênticas em figuras diferentes designam elementos idênticos.
De acordo com as figuras 1a e 1b, uma pastilha 1 de acordo com a invenção possui uma forma geral recurvada, ou em copela. De preferência, a pastilha tem uma forma de calota esférica, com um raio de curvatura médio que pode ser da ordem de 66 mm (milímetros) por exemplo. Esse raio de curvatura médio é vantajosamente compreendido entre 88 m e 53 mm.
A pastilha 1 constitui uma lente de Fresnel: ela é formada por 5 uma sucessão de zonas de Fresnel que são dispostas concentricamente de modo contíguo, por exemplo 100 a 200 zonas. Essas zonas, referenciadas 2 nas figuras são coroas coaxiais que são orientadas e centradas de acordo com um eixo óptico anotado z. O eixo z passa nesse caso por um centro óptico da pastilha, que está situado sobre essa última e é anotado O. De modo conhecido, cada zona de Fresnel corresponde a uma porção de lente, e a espessura da pastilha 1 varia continuamente dentro dessa zona de acordo com uma direção radial, anotada r, em um plano perpendicular ao eixo z. Entre duas zonas 2 sucessivas, uma das superfícies da pastilha 1 apresenta um salto de altura paralelo ao eixo z, referenciado 3. Sua amplitude é anota15 da Δζ. É precisado que os saltos de altura 3 que estão presentes entre zonas 2 sucessivas são superpostos à forma geral da pastilha 1, essa forma geral sendo recurvada, eventualmente aproximadamente esférica, de acordo com a invenção.
De preferência, os saltos de altura 3 correspondem a desconti20 nuidades de altura da face convexa da pastilha 1, referenciada S1. Entre dois saltos de altura 3 sucessivos, uma zona de Fresnel 2 possui uma dimensão radial que é anotada Ar, medida perpendicularmente ao eixo z. A face côncava da pastilha 1, referenciada S2, é nesse caso lisa, e designa a espessura média da pastilha 1, entre as faces S1 e S2. Ela é medida per25 pendicularmente à face S2. De preferência, a espessura e é inferior a 2 mm e pode estar compreendida entre 0,5 e 0,7 mm. O aumento de peso de um elemento óptico que compreende a pastilha 1, que é devido a essa última, é nesse caso limitado.
A fim de não provocar nenhuma difusão luminosa, nenhuma di30 fração nem nenhuma irisação, ou ainda que esses fenômenos não sejam perceptíveis, as zonas de Fresnel 2 são dimensionadas de modo que as amplitudes Δζ dos saltos de altura 3 são pelo menos iguais a cinco vezes um comprimento de onda média da luz visível. Por exemplo, as amplitudes dos saltos de altura 3 podem estar compreendidas entre 5 pm (micrometros) e 250 pm. Desse modo, por causa do curto comprimento de coerência da luz natural, nenhuma interferência que se produziria entre partes de um feixe luminoso que atravessam zonas 2 diferentes é perceptível. Dito de outro modo, a pastilha 1 tem um efeito óptico puramente refrativo, que está ligado à forma das superfícies S1 e S2 em cada zona 2, e não gera nenhum efeito difrativo visível. Como descrito precedentemente as amplitudes dos saltos de altura 3 entre zonas de Fresnel sucessivas podem ser variáveis em pelo menos uma parte da superfície da pastilha ao mesmo tempo em que conservam um perfil substancialmente esférico na superfície (S1). Nesse caso em questão, a amplitude Δζ é maior na periferia da pastilha do que em sua zona central. Assim de acordo com a invenção, no caso em que os saltos de altura entre zonas de Fresnel sucessivas são variáveis no conjunto da superfície (S1) então a amplitude desses saltos pode estar compreendida entre 5 pm e 250 μπι; no caso em que os saltos de altura entre zonas de Fresnel sucessivas são constantes no conjunto da superfície (S1) então eles podem estar compreendidos entre 5 pm e 100 pm; e no caso em que os saltos de altura entre zonas de Fresnel sucessivas têm amplitudes substancialmente constantes dentro de um círculo (C) de 10 mm de raio que circunda o centro óptico da pastilha (O), a amplitude dentro desse círculo (C) pode estar compreendida entre 5 pm e 50 pm, e a amplitude variável dos saltos de altura no exterior desse círculo (C) até uma parte periférica da lente pode estar compreendida entre 5 pm e 250 pm.
A dimensão radial Ar de cada zona 2 depende então da potência óptica da pastilha 1 e da amplitude Δζ dos saltos de altura 3. Nas condições precedentes, e para uma potência óptica da pastilha 1 inferior a 12 dioptrias, Ar pode estar compreendida entre 10 pm e 2 mm.
A pastilha 1 pode ter uma vergência positiva ou negativa, em função do sentido de variação de sua espessura de acordo com a direção r, dentro de cada zona de Fresnel 2. As figuras 1b e 1c correspondem respectivamente a uma pastilha convergente ou divergente. A variação da espessura da pastilha dentro de cada zona 1 pode ser, em especial, uma função quadrática de r.
As figuras 2a e 2b mostram duas lentes oftálmicas adaptáveis a um par de óculos que são munidos, em suas faces posteriores SO, ou faces côncavas, de pastilhas de acordo com as figuras 1b e 1c, respectivamente. Fica entendido que cada uma dessas pastilhas pode ser utilizada do mesmo modo com alente da outra figura, e que as combinações ilustradas só são tomadas a título de exemplos. A lente da figura 2a, referenciada 10, pode ser uma lente de proteção solar com uma potência óptica nula, visto que ela possui duas faces paralelas. A pastilha 1 confere então uma potência nãonula, que permite corrigir um defeito de ametropia de um portador da lente. Desse modo, a pastilha 1 permite adaptar qualquer lente de proteção solar a um portador que tem uma ametropia. O par de óculos que compreende uma tal lente 10 pode então ser escolhido pelo portador em função de seu este15 tismo, de sua cor, ou da forma da armação associada. A lente da figura 2b, referenciada 11, corresponde a uma correção de miopia, visto que ela é menos espessa em seu centro que em sua periferia. A pastilha 1 permite então adaptar a força da correção em função do grau de miopia do portador. Nesse caso, a pastilha 1 é colocada sobre a lente 11 de modo a superpor os eixos ópticos respectivos da lente e da pastilha. Uma função idêntica é obtida com uma lente corretora de hipermetropia.
A pastilha 1 é aplicada sobre a face posterior SO da lente 10 ou 11, que é.lisa. Essa operação pode ser feita diretamente pelo técnico no par de óculos no qual a lente é montada na armação escolhida pelo portador. Os saltos de altura 3 possuem de preferência amplitudes substancialmente constantes dentro de um círculo C de raio Rc que circunda o centro O. Desse modo, a pastilha 1 pode ser aplicada mais facilmente contra a superfície SO da lente, pelo menos em uma zona central da pastilha, dentro do círculo C. A figura 3 representa um exemplo de variação das amplitudes Δζ dos sal30 tos de altura 3 de acordo com a direção radial r. Quando r é inferior ao raio
Rc do círculo C, as amplitudes Δζ dos saltos 3 são constantes e a dimensão radial Ar das zonas 2 diminui para zonas 2 cada vez maiores. Acima do valor
Rc, quer dizer em uma parte periférica da pastilha 1 no exterior do círculo C, os saltos de altura 3 podem ter amplitudes Δζ que aumentam, notadamente para evitar realizar zonas 2 que teriam dimensões radiais Ar muito curtas. Rc pode ser igual a 10 mm, por exemplo, e as amplitudes Δζ dos saltos de altu5 ra 3 podem ser iguais a 40 pm dentro do círculo C.
A pastilha 1 é colada sobre a face SO da lente 10 ou 11, com uma camada de material adesivo 20 disposta entre a pastilha 1 e a lente. A fim de não degradar o efeito óptico da pastilha 1, o material adesivo 20 que é utilizado apresenta vantajosamente, no estado líquido, um ângulo de ancoragem na pastilha 1 que é inferior a 90Q. A figura 4 ilustra a convenção que é adotada aqui para medir o ângulo de ancoragem Θ do material adesivo 20 no material da pastilha 1. Nessas condições, o material adesivo 20 penetra até o fundo dos altos de altura 3 sem reter bolha de ar. Vários tipos de material adesivo podem ser utilizados, em especial uma cola polimerizável por irradiação ou por via térmica ou do tipo látex. Execuções especialmente bem-sucedidas da invenção foram obtidas com uma cola à base de acrilato e polimerizável por irradiação UV.
A diferença entre os valores respectivos de índice de retração óptica da pastilha 1 e do material adesivo 20 determina a modificação da potência óptica da lente que é trazida pela pastilha. Valores respectivos substancialmente iguais a 1,59 e 1,50 para o material da pastilha 1 e para o material adesivo 20 permitiram obter modificações de potência óptica superiores a 6 dioptrias, em valores absolutos, e mesmo superiores a 12 dioptrias. A lente 10 ou 11 pode ser constituída por qualquer material correntemen25 te utilizado na indústria oftálmica, para corrigir uma ametropia ou para realizar uma proteção solar. O material da lente oftálmica, pode assim ser de tipo mineral ou orgânico. A título indicativo mas não-limitativo, podem ser citados como material orgânico que podem ser utilizado no âmbito da invenção os materiais classicamente utilizados em óptica e em oftalmia. Por exemplo, são adaptados os substratos do tipo policarbonato; poliamida; poliimidas, polissulfonas; copolímeros de poli(etilenotereftalato) e policarbonato; poliolefinas, notadamente polinorbornenos; polímeros e copolímeros de dietileno11 glicol bis(alilcarbonato); polímeros e copolímeros met(acrílicos) notadamente polímeros e copolímeros (met)acrílicos derivados de bisfenol-A; polímeros e copolímeros tio(met)acrílicos; polímeros e copolímeros uretana e tiouretana;
polímeros e copolímeros epóxi e polímeros e copolímeros epissulfido.
Uma pastilha de acordo com a invenção pode ser vantajosamente produzida por injeção de um material termoplástico transparente, por exemplo à base de policarbonato, em um molde de injeção. O molde é alimentado, de um modo conhecido em si, por um dispositivo de compressão e de injeção do material, que compreende um parafuso de compressão e um dispositivo de aquecimento. A figura 5 ilustra esquematicamente um tal molde 100. Dois elementos de inserção, referenciados 101 e 102 são colocados dentro do molde. O elemento de inserção 101 define a face S1 da pastilha 1 que compreende os saltos de altura, e o elemento de inserção 102 define a face lisa S2. Eles são dispostos confrontantes e separados por um espaço
103 que corresponde à pastilha 1. O material termoplástico é então injetado dentro do molde 100 por um bico de injeção 104, de modo a preencher o espaço 103. Quando o molde 100 é em seguida aberto e depois de resfriamento, a pastilha 1 pode ser recuperada.
Fica entendido que numerosas adaptações podem ser introduzi20 das nas realizações que foram descritas em detalhe acima, ao mesmo tempo em que se conserva pelo menos algumas das vantagens da invenção. Em especial, o profissional compreenderá que os materiais e os valores citados só o são com o objetivo de ilustração, e podem ser modificados.

Claims (30)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Pastilha (1) destinada a ser fixada sobre uma superfície curva (SO) de um componente óptico (10, 11) para modificar uma potência do dito componente, a pastilha compreendendo uma lente de Fresnel refrativa for5 mada por uma série de zonas de Fresnel (2) dispostas umas na parte de dentro das outras paralelamente a uma face lisa da dita pastilha (S2) e que apresentam saltos de altura (3) entre duas zonas sucessivas maiores que cinco vezes um comprimento de onda médio de luz visível, os ditos saltos de altura sendo medidos de acordo com uma direção (z) perpendicular à face
    10 lisa em um centro óptico da pastilha (O), a pastilha sendo caracterizada pelo fato de que ela possui uma forma geralmente recurvada com um raio de curvatura médio compreendido entre 135 mm e 53 mm, além dos saltos de altura entre zonas de Fresnel sucessivas, e pelo fato de que os saltos de altura (3) entre zonas de Fresnel sucessivas estão situados em uma face (S1) ge15 ralmente convexa da pastilha.
  2. 2. Pastilha de acordo com a reivindicação 1, que possui uma forma geral substancialmente esférica além dos saltos de altura (3) entre zonas de Fresnel sucessivas.
  3. 3. Pastilha de acordo com a reivindicação 1 ou 2, que possui um 20 raio de curvatura médio compreendido entre 88 mm e 53 mm, e preferencialmente substancialmente igual a 66 mm.
  4. 4. Pastilha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, na qual os saltos de altura (3) entre zonas de Fresnel sucessivas têm amplitudes variáveis no conjunto da superfície da face (S1) da pastilha.
    25 5. Pastilha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, na qual os saltos de altura (3) entre zonas de Fresnel sucessivas têm amplitudes substancialmente constantes dentro de um círculo (C) de 10 mm de raio que circunda o centro óptico da pastilha (O).
    6. Pastilha de acordo com a reivindicação 5, na qual os saltos de
    30 altura (3) entre zonas de Fresnel sucessivas têm amplitudes que aumentam em uma parte periférica da pastilha, se afastando do centro óptico (O) no exterior do círculo (C) de 10 mm de raio.
    7. Pastilha de acordo com a reivindicação 5 ou 6, na qual os saltos de altura (3) entre zonas de Fresnel sucessivas na parte de dentro do círculo (C) têm amplitudes compreendidas entre 5 gm e 50 pm, e os saltos de altura (3) entre zonas de Fresnel sucessivas no exterior do círculo (C) até
  5. 5 uma parte periférica da pastilha têm amplitudes variáveis compreendidas entre 5 pm e 250 pm.
  6. 8. Pastilha de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, na qual os saltos de altura (3) entre zonas de Fresnel sucessivas têm amplitudes constantes no conjunto da superfície (S1) da pastilha.
  7. 10 8. Pastilha de acordo com a reivindicação 8, na qual os saltos de altura (3) entre zonas de Fresnel sucessivas têm amplitudes compreendidas entre 5 pm e 100 pm.
    10. Pastilha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, na qual as zonas de Fresnel (2) têm uma dimensão (Ar) com15 preendida entre 10 pm e 2 mm, de acordo com uma direção radial (r) que passa pelo centro óptico (O) e que é perpendicular a um eixo óptico da pastilha.
  8. 11. Pastilha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, que tem uma espessura média (e) inferior a 2 mm, medida
    20 perpendicularmente à face lisa (S2) da pastilha.
  9. 12. Pastilha de acordo com a reivindicação 11, que tem uma espessura média (e) compreendida entre 0,5 e 0,7 mm.
  10. 13. Pastilha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, que compreende um material termoplástico transparente.
    25
  11. 14. Pastilha de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, que compreende um material à base de policarbonato.
  12. 15. elemento óptico que compreende um componente óptico de base (10, 11) e uma pastilha (1) como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 14, fixada no dito componente.
    30
  13. 16. Elemento de acordo com a reivindicação 15, no qual uma face (S1) da pastilha que compreende os saltos de altura (3) é voltada na direção do componente (10, 11).
  14. 17. Elemento de acordo com a reivindicação 15 ou 16, no qual a pastilha (1) é fixada sobre o componente (10, 11) por uma camada de um material adesivo (20) disposta entre a dita pastilha e o dito componente.
  15. 18. Elemento de acordo com a reivindicação 17, no qual a pasti5 lha (1) compreende um material de índice de refração óptica substancialmente igual a 1,59 e o material adesivo (20) possui um índice de refração óptica substancialmente igual a 1,50.
  16. 19. Elemento de acordo com a reivindicação 17 ou 18, no qual o material adesivo (20) é do tipo cola polimerizável por irradiação ou por via
    10 térmica ou do tipo látex.
  17. 20. Elemento de acordo com a reivindicação 19, no qual a cola (20) é à base de acrilato e polimerizável por irradiação UV.
  18. 21. Elemento de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 20, no qual o material adesivo (20) apresenta, no estado líquido, um
    15 ângulo de ancoragem inferior a 90° na pastilha (1).
  19. 22. Elemento de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 a 21, no qual o componente de base é uma lente oftálmica (11).
  20. 23. Elemento de acordo com a reivindicação 22, no qual o componente de base é uma lente oftálmica corretora de ametropia.
    20
  21. 24. Elemento de acordo com a reivindicação 22 ou 23, no qual a lente oftálmica é tingida ou parcialmente refletora.
  22. 25. Elemento de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 a 24, no qual o componente de base é uma lente adaptada a um par de óculos de proteção solar (10).
    25
  23. 26. Elemento de acordo com qualquer uma das reivindicações
    22 a 25, no qual a pastilha (1) é fixada em uma superfície côncava (S0) do componente de base (10, 11).
  24. 27. Elemento de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 a 22, no qual o componente de base é uma lente de máscara, notada30 mente máscara solar, de esqui ou de mergulho, ou uma viseira, notadamente uma viseira de capacete.
  25. 28. Par de óculos que compreende pelo menos uma lente (10,
    11) e uma pastilha (1) como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 14, fixada na dita lente.
  26. 29. Par de óculos de acordo com a reivindicação 28, do tipo óculos corretores de ametropia ou óculos de proteção solar.
    5
  27. 30. Par de óculos de acordo com a reivindicação 28 ou 29, no qual a pastilha (1) é fixada em uma face posterior da lente.
  28. 31. Par de óculos de acordo com qualquer uma das reivindicações 28 a 30, no qual a pastilha (1) é fixada na lente com uma face (S1) da dita pastilha que compreende os saltos de altura (3) voltada para a dita lente.
    10
  29. 32. Par de óculos de acordo com qualquer uma das reivindicações 28 a 31, no qual a pastilha (1) é mantida sobre a lente com o auxílio de um material adesivo.
  30. 33. Processo de fabricação de uma pastilha como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 14, que compreende as etapas seguin15 tes:
    - dispor, confrontantes dentro de um molde de injeção (100), dois elementos de inserção (101, 102) que definem respectivamente a face de saltos de altura (S1) e a face lisa (S2) da pastilha (1), e que são separados por um espaço (103) que corresponde à pastilha (1) a fabricar; e
    20 - injetar um material termoplástico transparente dentro do molde (100) de modo a preencher o espaço entre os dois elementos de inserção (103).
    1/2
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