BRPI0705740B1 - método para fabricar uma lente intra-ocular - Google Patents
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Abstract
correção de aberrações de ordem mais alta em lentes intraoculares. em um aspecto, a presente invenção proporciona um método para projetar uma lente intra-ocular (iol) para direcionar variações de pelo menos um parâmetro ocular nos alhos de uma população de pacientes. o método pode incluir o estabelecimento de pelo menos um modelo de olho no qual o parâmetro ocular pode ser variado através de uma faixa apresentada pela população. o modelo de olho pode ser empregado para calcular uma pluralidade de projetos de iol na correção de acuidade visual para os olhos na população de pacientes. um projeto de iol que proporcione um melhor encaixe para o desempenho visual através de pelo menos uma parte da faixa de tamanho pode então ser selecionado.
Description
Relatório Descritivo da Patente de Invenção para MÉTODO PARA FABRICAR UMA LENTE INTRA-OCULAR.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
A presente invenção refere-se, em geral, a métodos de projetar lentes oftálmicas, e mais particularmente, a tais métodos que levam em consideração as variações de parâmetros oculares dentro de uma população.
As lentes intra-oculares (lOLs) são regularmente implantadas nos olhos dos pacientes durante a cirurgia de catarata para substituir o cristalino natural. Tais lentes são projetadas, de forma típica, ao se empregar modelos de olho simplificados que não proporcionam necessariamente uma representação precisa da anatomia do olho humano. Em alguns casos, um modelo de olho relativamente preciso que representa um olho humano médio é estabelecido para o processo de projeto. Entretanto, tal olho humano médio não pode ser utilizado para considerar as variações no desempenho da lente sobre uma população de pacientes cujos olhos apresentam parâmetros oculares divergentes.
Consequentemente, existe uma necessidade de métodos melhores para se projetar as lentes oftálmicas, e em particular lOLs.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
A presente invenção, em geral, é direcionada a métodos de projetar lentes intra-oculares (lOLs) que sejam responsáveis pelas variações de um ou mais parâmetros oculares, tal como, o comprimento axial ocular ou a asfericidade corneana, dentro de uma população de olhos de pacientes aos quais a IOL é pretendida. Por meio de exemplo, tal método pode chegar a um projeto de IOL final ao considerar o desempenho visual (por exemplo, acuidade visual e/ou sensibilidade de contraste) atingido por uma pluralidade de projetos de IOL - gerados, por exemplo, ao variar um parâmetro de projeto de lente - em um olho de modelo onde pelo menos um parâmetro ocular pode ser variado. Em alguns casos, o projeto de IOL que proporciona o melhor ajuste para o desempenho visual através de pelo menos uma parte de uma faixa de parâmetro ocular apresentada pela população é selecioPetição 870180033213, de 24/04/2018, pág. 6/15 $
nado. O melhor ajuste visual pode ser determinado, por exemplo, ao calcular o desempenho visual médio calculado para cada projeto de IOL através da faixa de parâmetro ocular. A medida do desempenho visual pode ser baseada, por exemplo, na distribuição dos valores de parâmetro ocular sobre a população.
Em um aspecto, a invenção proporciona um método de projetar um IOL para direcionar as variações de pelo menos um parâmetro ocular em uma população de olhos de pacientes. O método pode incluir estabelecer
pelo menos um modelo de olho no qual o parâmetro ocular pode ser variado através de uma faixa apresentada pela população. O modelo de olho pode ser empregado para calcular uma pluralidade de projetos de IOL na correção
do desempenho de visual de olhos na população de pacientes. Um projeto de IOL que proporciona um melhor ajuste para o desempenho visual (por exemplo, a acuidade visual ou a sensibilidade de contraste) através de pelo 15 menos uma parte da faixa apresentada pela população pode ser então selecionado. Por meio de exemplo, desta maneira, uma série de projetos de IOL pode ser selecionada, de modo que cada projeto individual proporcione o melhor desempenho visual para uma parte da população de olhos de pacientes.
Em um aspecto relacionado, o método requer a aplicação de uma função de medição para o desempenho visual apresentado pelos projetos de IOL. A função de medição pode ser baseada, por exemplo, na distribuição dos valores de parâmetro ocular dentro da população. Por exemplo, o desempenho visual apresentado pelo modelo de olho em um valor mais provável do parâmetro ocular pode ter fornecido uma medida maior do que aquele em um valor menos provável. O melhor ajuste para o desempenho visual pode ser determinado como um valor ótimo da acuidade visual medida entre os projetos de IOL.
Em um aspecto relacionado, os projetos de IOL podem ser gerados ao variar pelo menos um parâmetro de projeto de lente. Por meio de exemplo, o parâmetro de projeto de lente pode ser uma constante cônica de uma superfície asférica da lente, duas constantes cônicas associadas com uma superfície tórica da lente, uma função de apodização associada a variações de alturas nas zonas limites de um padrão difrativo disposto sobre uma superfície de lente, ou qualquer outro parâmetro de lente de interesse.
Em um aspecto relacionado, o desempenho visual associado com um modelo de olho que incorpora um projeto de IOL pode ser obtido ao determinar uma função de transferência de modulação na retina do modelo de olho. Por meio de exemplo, a função de transferência de modulação pode ser calculada, de forma teorética, ao empregar técnicas de traçado de raios,
do inglês, “ray tracing”.
Em outro aspecto, o parâmetro ocular pode incluir, por exemplo, comprimento axial ocular, asfericidade corneana (por exemplo, uma constante cônica que caracteriza a asfericidade corneana), comprimento de raio corneano e/ou de câmara ocular anterior.
Em outros aspectos, um método de projetar uma IOL que inclui 15 gerar um modelo de olho humano é descrito, onde pelo menos um parâmetro biométrico ocular pode ser variado. O método requer o cálculo do desempenho óptico de uma pluralidade de projetos de IOL ao incorporar os projetos no modelo de olho e a variação do parâmetro ocular sobre pelo menos uma parte de uma faixa apresentada pelos olhos em uma população φ 20 de pacientes. Pelo menos um dos projetos de IOL que proporcione um desempenho óptico pode então ser selecionado.
O parâmetro ocular pode compreender, por exemplo, qualquer um entre, o raio corneano, esfericidade corneana, profundidade de câmara anterior ou comprimento axial ocular. Ademais, os projetos de IOL podem 25 ser gerados ao variar pelo menos um parâmetro de projeto de lente, por exemplo, ao empregar uma simulação de Monte Cario. Alguns exemplos de tais parâmetros de projeto de lente incluem, sem limitação, uma constante cônica de uma superfície de lente asférica, duas constantes cônicas associadas com uma superfície de lente tórica ou uma função de apodização 30 associada a variações de alturas nas zonas limite de um padrão difrativo disposto sobre uma superfície de lente.
Em um aspecto relacionado, o desempenho óptico de um projeto de IOL pode ser calculado ao empregar o modelo de olho para determinar um desempenho visual médio (por exemplo, a acuidade visual) proporcionado por este projeto sobre a faixa de parâmetro ocular. Por meio de exemplo, o desempenho visual apresentado por um projeto de IOL em 5 um dado valor do parâmetro ocular pode ser determinado ao calcular uma função de transferência de modulação na retina do modelo de olho que incorpora o projeto. Os valores de desempenho visual calculados para inúmeros valores diferentes do parâmetro ocular dentro de uma faixa de
interesse podem então ser medidos para gerar um desempenho visual médio. Em alguns casos, o cálculo do desempenho óptico de um projeto de IOL é baseado na acuidade visual média para este projeto, por exemplo, de acordo com a distribuição de probabilidade dos valores do parâmetro ocular sobre a faixa apresentada pela população. A IOL que exibir o maior desempenho visual medido pode então ser identificada como aquela que proporciona um desempenho ótimo.
Em outro aspecto, um método de projetar uma família de lentes intra-oculares (lOLs) que inclui pelo menos um modelo de olho onde pelo menos um parâmetro ocular pode ser variado através de uma faixa apresentada por uma população de pacientes. O modelo de olho pode então ser empregado para calcular uma pluralidade de projetos de IOL para desempenho visual para os olhos em uma população de pacientes. Pelo menos dois dos projetos de IOL podem ser selecionados, de modo que um projeto proporcione o melhor desempenho de ajuste visual (por exemplo, baseado na acuidade visual e/ou no contraste de imagem) para uma parte da população e o outro proporcione o melhor desempenho de ajuste visual para outra parte da população. O parâmetro ocular pode ser, por exemplo, raio corneano, esfericidade corneana, profundidade de câmara anterior ou comprimento axial ocular. Por meio de exemplo, em uma modalidade, três projetos de IOL podem ser selecionados, cada um para uma parte de uma 30 população, de modo que um projeto de IOL exiba uma aberração esférica de cerca de -0,1 mícrons, enquanto as outras duas exibam, respectiva mente, aberrações esféricas de cerca de -0,2 mícrons e cerca de -0,3 mícrons.
Em outro aspecto, a invenção proporciona um método de modelar o desempenho visual de uma lente oftálmica, por exemplo, uma IOL, que inclui estabelecer um olho de modelo que incorpore a lente oftálmica e determinar uma função de transferência de modulação (MTF) em 5 um plano retiniano do olho de modelo. Pelo menos um valor de MTF que corresponde a uma freqüência espacial baixa pode então ser utilizado para calcular uma sensibilidade de contraste deste olho de modelo. A freqüência
espacial baixa pode ser, por exemplo, uma freqüência espacial menor do que cerca de 60 Ip/mm (—18 ciclos/grau ou 20/33 acuidade visual de letras) 10 Por meio de exemplo, a freqüência espacial baixa pode ficar em uma faixa de cerca de 5 a cerca de 60 Ip/mm (—1,5 a 18 ciclos/grau). Ademais, pelo menos um valor de MTF que corresponde a uma freqüência espacial alta pode ser utilizado para calcular uma acuidade visual do olho de modelo. A freqüência espacial alta pode ser, por exemplo, uma freqüência espacial 15 maior do que cerca de 60 Ip/mm (~18 ciclos/grau). Por exemplo, a freqüência espacial alta pode ficar em uma faixa de cerca de 60 a cerca de 100 Ip/mm (—18 a 30 ciclos/grau).
Em outro aspecto, um método de modelar o desempenho visual
de uma lente oftálmica, por exemplo, uma IOL, que inclui estabelecer um olho de modelo que incorpore a lente oftálmica e determinar uma função de transferência de modulação (MTF) em um plano retiniano deste olho de modelo é descrito. Pelo menos um valor de MTF que corresponde a uma freqüência espacial alta pode então ser utilizado para calcular uma acuidade visual do olho de modelo. A freqüência espacial alta pode ser, por exemplo, uma freqüência maior do que cerca de 60 Ip/mm (—18 ciclos/grau). Por exemplo, a freqüência espacial alta pode ficar em uma faixa de cerca de 60 a cerca de 100 Ip/mm (—18 a 30 ciclos/grau).
Ainda em outro aspecto, as estimações de tolerância de fabricação associada com uma ou mais características de lente podem ser incorporados no projeto de IOL. Isto permite que os cálculos levem em conta as variações de certas propriedades de lente que podem ocorrer durante a fabricação. Alguns exemplos de características de lente, que podem ser submetidas às variações estatísticas devido às tolerâncias de fabricação, incluem irregularidades conferidas a uma ou mais superfícies da lente, o raio de uma ou mais superfícies da lente, a espessura da lente, ou o grau de asfericidade apresentado por uma ou mais superfícies da lente.
Em outro aspecto, se descreve um método para proporcionar uma IOL para implantação no olho de um paciente caracterizado por um parâmetro ocular dentro de uma faixa apresentada por olhos de pacientes em uma população. O método inclui proporcionar uma pluralidade de lOLs
que possuem variações em pelo menos um parâmetro de projeto de lente, e a seleção das lOLs que proporcionam um melhor ajuste para o desempenho sobre pelo menos uma parte da faixa de parâmetro ocular para implantação no olho do paciente.
Em um aspecto relacionado, no método acima, a seleção da IOL compreende, de forma adicional, determinar o desempenho visual 15 apresentada por cada IOL para uma pluralidade de valores de parâmetros oculares dentro da faixa de valores apresentada pelos olhos dos pacientes na população. Uma medida do desempenho visual médio para cada IOL baseada em uma distribuição de probabilidade do parâmetro ocular na população pode então ser gerada, e o melhor ajuste para o desempenho visual pode ser identificado como um valor máximo do desempenho visual médio calculado através dos projetos de lente.
Alguns exemplos de parâmetros oculares cujas variações podem ser consideradas no método acima, de proporcionar uma IOL incluem, sem limitação, raio corneano, esfericidade corneana, profundidade de câmara anterior, comprimento axial ocular e um desvio de linha de visão a partir de um eixo geométrico do olho.
O entendimento adicional da invenção pode ser obtido à guisa de referência na seguinte descrição detalhada em conjunto com os desenhos associados, que são resumidamente descritos abaixo.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
A figura 1 é um fluxograma que revela diversas etapas em uma modalidade exemplificativa de um método, de acordo com os ensinamentos da invenção para projetar uma IOL.
A figura 2 é uma vista esquemática em corte transversal de uma lente difrativa hipotética cujo desempenho sobre uma população de interesse pode ser calculado através da incorporação em um modelo de olho e as variações de parâmetros oculares selecionados do modelo,
A figura 3A mostra uma pluralidade de MTFs calculadas em uma modalidade exemplificativa de um método da invenção para uma pluralidade de modelos de olho caracterizados por diferentes raios corneanos, onde um
projeto de IOL hipotético foi incorporado,
A figura 3B mostra uma pluralidade de MTFs calculadas em uma modalidade exemplificativa de um método da invenção para uma pluralidade de modelos de olho caracterizados por diferentes raios corneanos, onde outra IOL hipotética (referência) foi incorporada,
A figura 4A mostra uma pluralidade de MTFs calculadas em uma modalidade exemplificativa de um método da invenção para uma pluralidade de modelos de olho caracterizados por diferentes valores de esfericidade corneana, onde um projeto de IOL hipotético foi incorporado,
A figura 4B mostra uma pluralidade de MTFs calculadas em uma modalidade exemplificativa de um método da invenção para uma pluralidade 20 de modelos de olho caracterizados por diferentes valores de esfericidade corneana, onde outra IOL hipotética (referência) foi incorporada,
A figura 5A mostra uma pluralidade de MTFs calculadas em uma modalidade exemplificativa de um método da invenção para uma pluralidade de modelos de olho caracterizados por diferentes valores de profundidade de câmara anterior, onde um projeto de IOL hipotético foi incorporado,
A figura 5B mostra uma pluralidade de MTFs calculadas em uma modalidade exemplificativa de um método da invenção para uma pluralidade de modelos de olho caracterizados por diferentes valores de profundidade de câmara anterior, onde outra IOL hipotética (referência) foi incorporada,
A figura 6 apresenta uma pluralidade de MTFs calculadas para modelos de olho, em um destes a IOL de referência e no outro a IOL hipo tética foram incorporados, como uma função de valores de descentralização diferentes das lOLs,
A figura 7 apresenta uma pluralidade de MTFs calculadas para modelos de olho, em um destes a IOL de referência e no outro um projeto de
IOL hipotético foram incorporados, como uma função de valores de 5 inclinação das lOLs,
A figura 8 apresenta uma pluralidade de MTFs calculadas para os modelos de olho que possuem um projeto de IOL asférico/tórico e uma IOL asférica/tórica de referência para três ângulos de rotação das lentes,
A figura 9A mostra cálculos de MTF exemplificativos realizados em uma modalidade de um método da invenção para os modelos de olho que possuem um projeto de IOL para inúmeros erros refrativos esféricos diferentes,
A figura 9B mostra cálculos de MTF exemplificativos realizados em uma modalidade de um método da invenção para os modelos de olho 15 que possuem uma IOL de referência para inúmeros erros refrativos esféricos diferentes,
A figura 10 apresenta MTFs computadas para os modelos de olho que possuem uma IOL de referência e o projeto de IOL hipotético para inúmeros erros refrativos cilíndricos diferentes,
A figura 11 mostra os resultados de simulações de MTF medidos para 200 modelos de olho, caracterizados por parâmetros biométricos diferentes e/ou desalinhamento e erros refrativos, onde cada modelo de olho foi considerado com seis lOLs hipotéticas diferentes,
A figura 12 revela, de forma gráfica, uma alteração na MTF associada com cada modelo de olho simulado na figura 11, em resposta à substituição de uma lente de referência esférica no modelo com um entre diversas lentes asféricas diferentes,
A figura 13 revela, de forma gráfica, a distribuição de valores de MTF calculados que corresponde aos modelos de olho simulados diferentes, 30 onde uma pluralidade de opções de projeto de IOL foi incorporada,
A figura 14 revela, de forma esquemática, um desvio entre uma linha de visão associado com um modelo de olho e um eixo geométrico óptico de uma IOL incorporada no modelo de olho,
A figura 15A apresenta uma pluralidade de MTFs policromáticas calculadas para um modelo de olho, onde uma lente asférica é incorporada para uma inclinação zero e uma inclinação de 5 graus do eixo geométrico 5 óptico da lente com relação à linha de visão do olho,
A figura 15B apresenta uma pluralidade de MTFs policromáticas calculadas para um modelo de olho, onde uma lente asférica é incorporada para uma inclinação zero e uma inclinação de 5 graus do eixo geométrico
óptico da lente com relação à linha de visão do olho,
A figura 16A apresenta uma pluralidade de MTFs policromáticas calculadas para um modelo de olho, onde uma lente asférica é incorporada para uma inclinação de descentralização zero e uma inclinação de 5 graus e uma descentralização de 0,5 mm do eixo geométrico óptico da lente com relação à linha de visão do olho, e
A figura 16B apresenta uma pluralidade de MTFs policromáticas calculadas para um modelo de olho, onde uma lente asférica é incorporada para uma inclinação de descentralização zero e uma inclinação de 5 graus e uma descentralização de 0,5 mm do eixo geométrico óptico da lente com relação à linha de visão do olho.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES PREFERIDAS
A presente invenção, em geral, proporciona métodos para projetar lentes oftálmicas (por exemplo, lOLs) ao simular o desempenho de uma pluralidade de lentes nos olhos de modelo caracterizados por valores diferentes de parâmetros oculares selecionados com base nas variações 25 daqueles parâmetros apresentados em uma população de pacientes. Nas modalidades que se seguem, os recursos proeminentes de diversos aspectos da invenção são discutidos em conjunto com as lentes intraoculares. Entretanto, os ensinamentos da invenção também podem ser aplicados a outras lentes oftálmicas, tais como lentes de contato. O termo 30 “lente intra-ocular” e sua abreviação “IOL são usados no presente documento, de forma intercambiável, para descrever as lentes que são implantadas no interior do olho, tanto para substituir a lente natural do olho, como, de outra forma, aumentar a visão independente se a lente natural é ou não retirada. As lentes intracorneanas e as lentes fáquicas são exemplos de lentes que podem ser implantadas dentro do olho sem a retirada da lente natural.
Com referência ao fluxograma da figura 1, em uma modalidade de um método para projetar uma lente intra-ocular (IOL), em uma etapa
inicial 1, um modelo de olho é estabelecido, onde em pelo menos um parâmetro ocular (por exemplo, raio ou esfericidade corneana) pode ser variado. Em muitas modalidades , o modelo de olho é um modelo teórico que facilita a variação de um ou mais parâmetros oculares, embora um modelo de olho físico também possa ser utilizado. O modelo de olho pode então ser empregado para calcular uma pluralidade de projetos de IOL na correção de desempenho visual para olhos em uma população de interesse (etapa 2). Com base nos cálculos dos projetos de IOL, na etapa 3, pelo 15 menos um dos projetos que proporciona um melhor ajuste para o desempenho visual sobre pelo menos uma parte de uma faixa de valores (ou de preferência toda a faixa) apresentada para este parâmetro ocular naquela população de pacientes pode selecionado.
Em muitas modalidades, o desempenho óptico de cada projeto 20 de IOL pode ser calculado ao calcular uma função de transferência de modulação (MTF) associada com o modelo de olho, onde aquele projeto de IOL é incorporado. Conforme conhecido na técnica, uma MTF proporciona uma medida quantitativa de contraste de imagem apresentada por um sistema óptico, por exemplo, um modelo de olho que compreende uma IOL. 25 Mais especificamente, a MTF de um sistema de imagem pode ser definida como uma razão de um contraste associado com uma imagem de um objeto formado pelo sistema óptico com relação a um contraste associado como o objeto.
O sistema visual humano utiliza freqüências mais espaciais 30 resolúveis por amostra neural. Deste modo, em muitas modalidades, os valores de MTF que variam de baixo (por exemplo, 10 Ip/mm, que correspondem a cerca de 20/200 de acuidade visual) a alto (por exemplo,
100 lp/mm, que correspondem a cerca de 20/20 de acuidade visual) são medidos para obter a medida de um desempenho óptico esperado de um projeto de IOL implantado em um olho humano.
Nas modalidades exemplificativas discutidas abaixo, uma MTF média é empregada como uma função de mérito para determinar um plano focal ótimo e para taxar a qualidade óptica de um modelo de olho hipotético particular em simulações de Monte Cario.
A análise de Monte Cario pode ser configurada para simular a
variabilidade aleatória associada com valores de diversos parâmetros oculares entre pacientes diferentes. Por meio de exemplo, os olhos humanos apresentam capacidade corneana variada, aberração esférica corneana, profundidade de câmara anterior, e comprimento axial. Ademais, o cristalino natural, e/ou uma IOL implantada, podem possuir diversas quantidades de rotação, descentralização e/ou inclinação, por exemplo, com relação ao eixo geométrico do olho. As variações distribuídas, de forma aleatória, e geralmente, de forma normal. Em muitas modalidades, a análise de Monte Cario seleciona valores a partir de uma distribuição de probabilidade normal associada com uma ou mais destas variáveis (por exemplo, uma distribuição de probabilidade comum que corresponde a uma pluralidade de variáveis) para gerar uma pluralidade de olhos humanos hipotéticos que pertencem à população de interesse. A qualidade óptica de cada modelo de olho como indicada, por exemplo, por uma MTF média, podem então ser computada. Em algumas modalidades, o modelo de olho que possui a melhor MTF média pode ser escolhido como o projeto mais adequado para aquela população. Ademais, os valores de MTF podem ser agregados para proporcionarem estatísticas, tal como, meio, desvio padrão, percentil 10, percentíl 50 e percentil 90.
Além dos parâmetros biométricos, as variações devido a outros fatores, tais como erros de desalinhamento (por exemplo, descentralização, inclinação e/ou rotação) e desfocalização, também podem ser consideradas na simulação de desempenho óptico de uma pluralidade de lOLs.
Para ilustrar adicionalmente os diversos aspectos da invenção, o desempenho óptico de cada um entre uma pluralidade de projetos de lentes hipotéticas e exemplificativas foi calculado ao variar os parâmetros oculares selecionados de um modelo de olho, onde o projeto de lente foi incorporado.
Com referência à figura 2, assumiu-se que cada lente inclui uma óptica 18 5 que possui uma superfície óptica anterior 20 e uma superfície óptica posterior 22 dispostas em torno de um eixo geométrico óptico 24. A superfície anterior inclui um padrão de difração 26 formada de uma pluralidade de zonas difrativas 26a, que são separadas umas das outras por
etapas cujas alturas diminuem à medida que suas distâncias a partir do eixo geométrico óptico aumentam. Por meio de exemplo, as alturas de etapa podem ser definidas de acordo com a seguinte relação:
Altura de Etapa = ρλ fapoàhüÇào Equação (1) n2 onde, p é a altura de fase, λ é um comprimento de onda projetado (por exemplo, 550 nm), n2 é o índice refrativo do material que constitui a lente, e nx é o índice de refração do meio que circunda a lente, facção denota uma função de apodização.
Pode-se empregar uma variedade de funções de apodização.
Por exemplo, em algumas modalidades, a função de apodização é definida de acordo com a seguinte relação:
Equação (4) onde, rt denota a distância de cada limite de zona radial a partir da interseção do eixo geométrico óptico com a superfície, rmda denota o limite interno da zona de apodização, rsa!da denota o limite externo da zona de apodização, e exp denota um expoente para se obter uma redução desejada nas alturas de etapa. Maiores detalhes com relação à apodização das al30 turas de etapa podem ser encontrados, por exemplo, na Patente Número U.S. 5.699.142, que se encontra incorporada aqui à guisa de referência.
Ademais, um perfil de base da superfície anterior possui um perfil de base asférico caracterizado por um grau selecionado de asfericidade, enquanto a superfície posterior apresenta um grau selecionado de toricidade. Também se considerou um projeto hipotético de referência no qual a superfície anterior é esférica (ou seja, há falta de asfericidade). Os diversos parâmetros estruturais destes projetos hipotéticos (ou seja, raio de superfície anterior (ASR), asfericidade de superfície anterior (ASC), raio de superfície posterior em um meridiano (BSR1), raio de superfície posterior em outro meridiano mais inclinado (BSR2), a espessura central (CT), energia e toricidade) são resumidos na Tabela 1 abaixo:
Tabela 1
Projeto | ASR (mm) | ASC | BSR1 (mm) | BSR2 (mm) | CT | Energia (D) | Toricidade |
#1 | 20,74 | -13,44 | -22,33 | -19,35 | 0,646 | 21 | T3(1,5) |
#2 | 20,74 | -20,44 | -22,33 | -19,35 | 0,646 | 21 | T3 (1,5) |
#3 | 20,74 | -28,51 | -22,33 | -19,35 | 0,646 | 21 | T3(1,5) |
#4 | 20,74 | -37,99 | -22,33 | -19,35 | 0,646 | 21 | T3(1,5) |
#5 | 20,74 | -47,36 | -22,33 | -19,35 | 0,646 | 21 | T3(1,5) |
Referência | 13,50 | 0 | -50,10 | -37,14 | 0,646 | 21 | T3(1,5) |
Para os propósitos desta ilustração, consideraram-se os parâmetros de erro biométricos, de desalinhamento e refrativos supramencionados como variáveis independentes e não-correlacionadas em uma distribuição estatística comum. Para cada simulação, escolheram-se valores diferentes destes parâmetros de forma aleatória e independente a fim de construir um modelo de olho que simulasse um olho arbitrário individual na população geral. O desempenho óptico de tal modelo de olho com cada projeto IOL hipotética acima foi avaliado pelo cálculo da MTF. Um software de projeto óptico comercializado como Zemax® (versão de 4 de Março de 2003, Zemax Development Corporation, San Diego, CA) foi utilizado para calcular a MTF. Este processo de seleção aleatória e modelação óptica foi repetido
200 vezes, para proporcionar estatísticas independentes do desempenho de cada projeto através da população. Deve-se compreender que estas simulações são apresentadas somente para propósitos ilustrativos e não se pre5 tende que limitem o escopo da invenção. Por exemplo, em outras modalidades, o número de repetições pode ser muito maior que 200 (ou menor que
200).
Por meio de exemplo, nas simulações anteriores, assumiu-se
que o raio corneano fosse normalmente distribuído acima de um valor médio de cerca de 7,72 mm com um desvio padrão de +/- 0,28 mm. Além disso, selecionaram-se os valores de asfericidade corneana (constante cônica) a partir de duma distribuição normal que possui um valor médio de -0,183 e um desvio padrão de +/- 0,160. Assumiu-se que a profundidade de câmara anterior fosse distribuída em torno de um valor médio de 4,60 mm com um desvio padrão de +/- 0,30 mm.
Por meio de exemplo, a figura 3A mostra uma pluralidade de MTFs calculadas para modelos de olho caracterizados por cinco raios corneanos diferentes (ou seja, 7,16 mm (-2 DP (desvio padrão)), 7,44 (-1 DP), 7,72 (0 DP), 8,00 (+ 1 DP) e 8,28 (+ 2 DP)), onde se incorporou a IOL 20 hipotética supramencionada identificada como Projeto #3. Uma asfericidade corneana de - 0,183 foi empregada para todos os modelos de olho. Além disso, A figura 3B apresenta os MTFs respectivos exibidos através dos mesmos modelos de olho, onde se incorporou a IOL hipotética projetada como referência. Realizaram-se os cálculos através da utilização de uma 25 pupila de entrada de 6,0 mm. Estes cálculos mostram que o desempenho da IOL (projeto #3), que possui uma superfície anterior asférica, é mais suscetível a variações no raio corneano que àquela da lente de referência que tem ausência de tal asfericidade.
Conforme notado anteriormente, a asfericidade corneana (tipica30 mente expressa como constante cônica) é outro parâmetro que variou nas simulações ilustrativas de Monte Cario. Um número de estudos mostra que a distribuição de asfericidade corneana tipicamente segue formatos de sino curvado. Uma pequena parte de córneas são substancialmente livres de aberrações (caracterizada por uma constante cônica de 0,5), e uma pequena parte são esféricas (caracterizada por uma constante cônica de 0). As córneas mais anteriores exibem uma asfericidade corneana que se situada dentro de um desvio padrão de 0,16 em torno de um valor médio de - 0,183.
Em outras palavras, a aberração esférica média exibida por uma córnea
dentro da população geral é de cerca de 0,242 mícrons com um desvio padrão de cerca de 0,086 mícrons.
Por meio de exemplo, a figura 4A mostra as MTFs calculadas para modelos de olho caracterizados por cinco diferentes valores de asfericidade corneana (ou seja, - 0,503 (-2 DP), - 0,343 (-1 DP), - 0,183 (0
DP), - 0,023 (+ 1 DP) e +0,137 (+ 2 DP)), onde se incorporou a IOL hipotética supramencionada identificada como Projeto #3. Selecionou-se um raio corneano constante de 7,72 mm para cada modelo de olho. A figura 4B 15 mostra as MTFs similarmente calculadas para os modelos de olho supramencionados, onde se incorporou a IOL hipotética projetada como referência. Os cálculos apresentados nas figuras 4A e 4B foram realizados para uma pupila de entrada de 6,0 mm (5,2 mm no plano IOL).
As simulações anteriores do desempenho de uma lente asférica
hipotética e de uma lente esférica hipotética como uma função da asfericidade corneana mostram que a lente asférica tem um desempenho melhor que a lente esférica para uma variedade de asfericidades corneanas exceto para a córnea livre de aberrações. Entretanto, somente uma pequena porcentagem dos olhos na população geral apresenta uma córnea livre de aberrações (cerca de 6%), e mesmo para tais olhos, o desempenho da lente asférica é razoavelmente bom.
A profundidade de câmara anterior, definida como a distância entre a superfície corneana anterior e a superfície de lente anterior, é outro parâmetro cujas variações em uma população podem ser consideradas na 30 simulação do desempenho de uma pluralidade de lOLs. Por meio de exemplo, a figura 5A apresenta uma pluralidade de MTFs calculada para modelos de olho caracterizados pelos seguintes valores de profundidade de (Xp câmara anterior, onde se incorporou a IOL hipotética acima identificada como Projeto #3: 4,0 mm (-2 DP), 4,3 mm (-1 DP), 4,6 mm (0 DP), 4,9 mm (+1 DP) e 5,2 mm (+2 DP). Para comparar o desempenho da lente de
Projeto #3 com o desempenho da lente de referência como uma função de 5 variações na profundidade de câmara anterior, MTFs similares foram computadas para os modelos de olho acima onde a lente de referência foi
incorporada, conforme mostrado na figura 5B. Para ambos os ajustes de cálculos, empregaram-se uma pupila de 6,0 mm.
Estas simulações indicam que os desempenhos ópticos das duas lOLs (asférica e esférica) são menos suscetíveis a variações na profundidade de câmara anterior que na asfericidade e/ou raio corneano.
Embora uma derivação de uma posição da IOL implantada em uma profundidade de câmara anterior a partir de sua posição de projeto pretendida possa afetar, de forma teorética, a aberração esférica residual e o erro astig mático, os cálculos acima indicam que tais erros residuais podem ser bem limitados na prática.
Outros parâmetros que podem afetar o desempenho óptico de uma lente incluem efeitos de desalinhamento, tal como descentralização, inclinação e rotação. Uma lente posicionada no olho humano pode ser 20 submetida a estes desalinhamentos relativos à córnea. Por exemplo, o desempenho de uma lente asférica pode ser adversamente afetado devido à descentralização e inclinação. Além disso, o desempenho de uma lente tórica pode ser suscetível à rotação de lente, por exemplo, a rotação de lente pode induzir a um erro astigmático. Por meio de exemplo, a figura 6 25 apresenta MTFs calculadas para modelos de olho, em um destas lentes asféricas hipotéticas designadas como Projeto #3 e na outra lente de referência esférica hipotética foram incorporadas, como uma função dos seguintes valores de descentralização: 0,0 mm, 0,25 mm e 0,5 mm. Os cálculos foram realizados para uma pupila de entrada de 6,0 mm (5,2 mm no 30 plano IOL). Estas simulações indicam que a lente asférica é mais suscetível Pa descentralização que a lente esférica. Entretanto, mesmo com uma descentralização de 0,5 mm, a lente asférica tem um desempenho melhor que a lente esférica.
Por meio de ilustração adicional, os cálculos de MTF similares foram realizados nas duas lentes asférica e esférica supramencionadas (ou seja, Projeto #3 e referência) para os seguintes ângulos de inclinação (em um tamanho de pupila de 6,0 mm): 0, 0,25 e 5. Estes cálculos, que são
apresentados na figura 7, indicam que o desempenho da lente asférica e mais suscetível à inclinação de lente que a lente esférica. Entretanto, a lente asférica se encontra acima da média da lente esférica para todos os ângulos de inclinação.
A rotação de lente dentro do olho também pode afetar no seu desempenho óptico, por exemplo, ao introduzir astigmatismo residual. Por meio de exemplo, a figura 8 apresenta uma pluralidade de MTFs calculada para os modelos de olho que possuem a lente de Projeto #3 asféríca/tórica hipotética acima bem como a lente de referência esférica/tórica para os seguintes ângulos de rotações de lente (em um tamanho de pupila de 6,0 mm): 0o, 2,5° e 5o. Estas simulações indicam que a lente asférica, em geral, tem um desempenho melhor que a lente esférica. Em particular, as imagens geradas pela lente asférica exibem um contraste significantemente maior sobre uma ampla faixa de freqüências espaciais, mesmo sob uma rotação
de lente de 5o.
Os erros refrativos, que podem proporcionar aumento na desfocalização, constituem outro ajuste de parâmetros que podem ser utilizados na simulação do desempenho óptico de lOLs. Por exemplo, com as técnicas cirúrgicas atuais, os erros refrativos esféricos e/ou cilíndricos da 25 ordem de +1/4 D podem ocorrer. As figuras 9A e 9B apresentam, respectivamente, os cálculos de MTF exemplificativos realizados para modelos de olho com o Projeto #3 acima bem como a lente hipotética de referência para os seguintes erros refrativos esféricos: 0D, ±1/8 De ±1/4 D (assumiu-se um tamanho de pupila de 6,0 mm). Estes cálculos indicam que o desempenho da lente asférica pode ser mais suscetível a erros refrativos esféricos. Entretanto, ao considerar as magnitudes absolutas de contrastes de modulação, a lente asférica tem um desempenho melhor que uma
0?
desfocalização de cerca de 1/4 D.
Por meio de exemplos adicionais, a figura 10 apresenta MTFs computadas para os modelos de olho que possuem a lente de Projeto #3 acima e a lente hipotética de referência como uma função dos seguintes 5 erros refrativos cilíndricos diferentes (em um tamanho de pupila de 6,0 mm): 0 D, ±1/8 D e ±1/4 D. Estas simulações indicam que os erros refrativos cilíndricos induzem quedas de MTF similares para as lentes esféricas e asféricas. Entretanto, mesmo com um erro cilíndrico de 1/4 D, a lente
asférica exibe uma MTF substancialmente maior com relação àquela exibida pela lente esférica com nenhum erro cilíndrico. Deve-se notar que os desalinhamentos devido à rotação de lente, que foram discutidos acima, também podem induzir a erros cilíndricos residuais. Entretanto, a rotação de lente também pode induzir a aberrações de ordem maior.
Outro parâmetro que pode desempenhar um papel no desem15 penho óptico de uma IOL consiste na localização efetiva daquela IOL no olho. Portanto, em algumas modalidades da invenção, as variações na localização do segundo plano principal de uma IOL implantada são simuladas para levar em consideração os erros refrativos que tais variações podem induzir.
A figura 11 apresenta os resultados de simulações de 200 modelos de olho, caracterizados por diferentes parâmetros biométricos e/ou desalínhamento e erros refrativos, com cada uma das lOLs hipotéticas acima (Tabela 1). A MTF para cada simulação é apresentada como um ponto de dados. A MTF média, os percentis de 10, 50 e 90, bem como o desvio padrão (DP) e derivações de ± 2 DP a partir da média são apresentados na
Tabela 2 abaixo:
Tabela 2
10% | 50% | 90% | Média | Desvio Padrão | Média - 2*DP | Média + 2*DP | |
Projeto #1 | 0,303 | 0,243 | 0,189 | 0,244 | 0,047 | 0,149 | 0,339 |
Projeto #2 | 0,378 | 0,269 | 0,2 | 0,278 | 0,065 | 0,148 | 0,049 |
Projeto #3 | 0,381 | 0,275 | 0,188 | 0,28 | 0,076 | 0,128 | 0,431 |
Projeto #4 | 0,409 | 0,277 | 0,184 | 0,288 | 0,089 | 0,11 | 0,466 |
Projeto #5 | 0,415 | 0,276 | 0,169 | 0,284 | 0,093 | 0,098 | 0,469 |
Referência | 0,232 | 0,192 | 0,145 | 0,19 | 0,033 | 0,124 | 0,256 |
A MTF média inicialmente aumenta com um acréscimo na correção asférica exibida pelos projetos de lente para atingir um platô, e 5 depois declinar. De fato, a opção de projeto que proporciona uma correção de aberração esférica substancialmente completa não fornece o melhor desempenho óptico total através de toda a população. Certamente, a MTF
média atinge o máximo quando a lente corrige parcialmente a aberração esférica corneana. A dispersão do desempenho óptico dentro da população simulada também aumenta à medida que a quantidade de correção de aberração esférica proporcionada pelos projetos de lente aumenta. Em particular, um aumento na quantidade de correção de aberração esférica resulta em sobrecorreção para uma porcentagem crescente do população, enquanto fornece benefícios para mais pacientes com córneas deformadas.
De qualquer maneira, todas as opções de projeto asférico (#1 a #5) proporcionam vantagens consideráveis sobre o projeto de referência esférica.
A figura 12 representa graficamente uma mudança na MTF associada a cada olho simulado com relação à substituição da lente de referência esférica por umas das lentes asféricas. A porcentagem de modelos de olho (pacientes simulados) que se beneficiam a partir de um projeto asférico pode ser calculada pela contagem do número de modelos de olho que apresentam um melhoramento em suas respectivas MTFs. Os projetos asféricos, em geral, apresentam um desempenho óptico aperfeiçoado com relação ao projeto esférico para a maioria dos modelos de 25 olho. Por exemplo, a porcentagem dos modelos de olho que se beneficiam a partir das opções de modelo #1 até #5 nas simulações acima variam de 84% a cerca de 90% com as opções de projeto #1 até #3 fornecendo os melhoramentos mais considerados.
As simulações de Monte Cario foram realizadas para as lentes hipotéticas acima considerando um tamanho de pupila de entrada de 4,5 mm. Como as simulações anteriores, consideraram-se 200 modelos de olho
para cada opção de projeto de lente. A Tabela 3 abaixo lista os resultados destas simulações em função da MTF média, os percentis 10, 50 e 90, bem como o desvio padrão (DP) e derivações de ±2 DP a partir da média:
Tabela 3
10% | 50% | 90% | Média | Desvio Padrão | Média 2*DP | Média + 2*DP | |
Projeto #1 | 0,413 | 0,342 | 0,263 | 0,342 | 0,06 | 0,222 | 0,504 |
Projeto #2 | 0,46 | 0,363 | 0,261 | 0,356 | 0,072 | 0,212 | 0,496 |
Projeto #3 | 0,47 | 0,355 | 0,265 | 0,362 | 0,079 | 0,204 | 0,486 |
Projeto #4 | 0,473 | 0,336 | 0,242 | 0,345 | 0,089 | 0,167 | 0,423 |
Projeto #5 | 0,439 | 0,332 | 0,228 | 0,332 | 0,079 | 0,174 | 0,427 |
Referência | 0,307 | 0,25 | 0,166 | 0,243 | 0,054 | 0,136 | 0,325 |
A figura 13 mostra a distribuição dos valores de MTF correspondentes a diferentes modelos de olho simulados, onde se incorporaram as opções de lente acima. Além disso, a Tabela 4 abaixo fornece um resumo de melhoramento e porcentagem de MTF de olhos simulados que tiram proveito de cada projeto asférico com relação à lente de referência esférica:
Tabela 4
Pupila de 4,5 mm | Pupila de 6,0 mm | |||
%(log) de melhoramento | % da população beneficiada | %(log) de melhoramento | %da população beneficiada | |
Projeto #1 | 41% | 83% | 28% | 87% |
Projeto #2 | 47% | 85% | 47% | 90% |
Projeto #3 | 49% | 89% | 47% | 86% |
Projeto #4 | 42% | 87% | 52% | 86% |
Projeto #5 | 37% | 85% | 49% | 84% |
Estas simulações sugerem que o Projeto #3 fornece o melhor desempenho óptico médio, com a porcentagem máxima de satisfação do paciente simulado (conforme medido pela MTF). Em particular, a MTF média associada ao Projeto #3 é maior por cerca de 0,17 unidade log com relação àquela da lente de referência, com até cerca de 89% dos modelos de olho 5 simulados apresentando melhor performance com o Projeto #3 do que com a lente de referência.
Em algumas modalidades, as simulações dos modelos de olho podem ser utilizadas para selecionar um ou mais Projetos de lente que for-
necem o melhor ajuste para uma população de interesse, por exemplo, com base na MTF média computada para os olhos simulados e/ou a porcentagem de olhos simulados que apresentam desempenho aperfeiçoado com relação a uma referência. Por exemplo, as simulações acima para uma pupila de 4 mm podem ser utilizadas para selecionar as opções de Projeto #2, #3 e #4 à medida que fornecem uma MTF média maior, bem como uma porcentagem maior de olhos simulados que apresentam desempenho aperfeiçoado com relação à lente de referência. Para as simulações que empregam um tamanho de pupila de 6 mm, as opões de Projeto #4 e #5 podem ser selecionadas com base no aperfeiçoamento de MTF, e as opões de Projeto #1, #2 e #3 podem ser selecionadas com base no aumento de 20 porcentagem dos olhos simulados que exibem desempenho aperfeiçoado.
Em todos estes casos, a opção de Projeto #3 fornece desempenho óptico e robustez de correção esférica superiores.
Em algumas modalidades, pode-se selecionar uma família de projetos IOL, com base na avaliação do desempenho óptico de uma pluralidade de projetos IOL, de modo que cada projeto IOL selecionado forneça o melhor desempenho visual de ajuste (por exemplo, acuidade visual, sensitividade de contraste ou uma combinação dos mesmos) para uma parte de uma população de olhos de pacientes. Por meio de exemplo, um projeto IOL que exibe uma aberração esférica de cerca de -0,1 mícron 30 pode ser selecionado para pacientes dentro de uma parte da população, enquanto dois outros projetos IOL, um apresentando aberrações esféricas de cerca de -0,2 mícrons e o outro apresentando uma aberração esférica de cerca de -0,3 mícrons, podem ser selecionados para duas partes da população.
O desempenho visual de uma IOL pode ser avaliado com base em qualquer critério apropriado (por exemplo, com base na acuidade visual, 5 sensitividade de contraste ou uma combinação dos dois). Em algumas modalidades, o desempenho óptico de um projeto de IOL é modelado
(avaliado) através da utilização de valores de MTF em freqüências espaciais baixas para modelar a sensitividade de contraste obtida por aquela IOL, e que emprega valores de MTF em freqüências espaciais altas para modelar a acuidade visual obtida por aquela IOL. Por meio de exemplo, as freqüências espaciais menores que cerca de 60 Ip/mm (—18 ciclos/grau) (por exemplo, em uma faixa de cerca de 5 a cerca de 60 Ip/mm (~1,5 a 18 ciclos/grau)) podem ser empregadas para avaliar a sensitividade de contraste exibida por um modelo de olho onde se incorpora um projeto IOL, enquanto que as 15 freqüências espaciais maiores que 60 Ip/mm (—18 ciclos/grau) (por exemplo, em uma faixa de cerca de 60 a cerca de 100 Ip/mm (~18 a 30 ciclos/grau)) podem ser empregadas para avaliar a acuidade visual exibia por aquele modelo de olho.
Em algumas modalidades, as tolerâncias de fabricação podem
ser consideradas na simulação do desempenho de uma IOL em uma modelo de olho. Por meio de exemplo, as tolerâncias de fabricação correspondem ao raio e à asfericidade de superfície da lente, irregularidade na superfície da lente, centralização e inclinação da superfície da lente, espessura da lente e tolerância tórica podem ser levados em consideração para determinar uma IOL ótima para a implantação em olhos de pacientes dentro de uma população de interesse. Por exemplo, nas simulações de Monte Cario, uma ou mais de tais tolerâncias (por exemplo, além dos parâmetros biométricos discutidos anteriormente) podem variar por uma faixa tipicamente observada na fabricação de uma lente de interesse a fim de 30 modelar suas contribuições para o desempenho de um ou mais projetos de lente. O projeto de lente que exibe o melhor desempenho pode então ser selecionado como o mais adequado para uso em uma população de $
interesse.
Quando uma IOL for implantada em um olho do paciente, os eixos geométricos ópticos da IOL podem desviar (por exemplo, por causa da inclinação e/ou descentralização) com relação a um eixo geométrico 5 associado à linha de olho de visão. Portanto, em algumas modalidades, os efeitos de tal desvio são considerados na simulação do desempenho de uma pluralidade de lOLs incorporadas nos modelos de olho. Por meio de exemplo, conforme mostrado de forma esquemática na figura 14, a linha de
visão de um modelo de olho 26 pode ser associado a um conjunto de raios que são desviados com relação a um conjunto de raios 30 incidentes sobre uma IOL 32, que é incorporada no modelo de olho, paralelo ao eixo geométrico espacial da IOL.
Por meio de ilustração, as figuras 15A e 15B comparam o desempenho óptico das duas lentes, uma dotada de uma superfície asférica e a outra com superfícies esféricas, incorporadas em um modelo de olho médio como uma função de uma inclinação de 5 graus com relação à linha de olho de visão. De forma mais específica, a figura 15A apresente curvas de MTF policromáticas 34, 36 e 38 (luz incidente dotada de comprimentos de onda de 450 nm e 650 nm), calculadas no plano de retina do modelo de olho com uma pupila de 5 mm onde se incorporou a lente asférica que possui uma asfericidade de superfície caracterizada por uma constante cônica de cerca de -42. A curva 34 corresponde à inclinação zero, enquanto que as curvas 36 e 38, sucessivamente, fornecem valores de MTF ao longo das direções ortogonais para um caso onde o eixo geométrico óptico da lente é inclinado por cerca de 5 graus com relação à linha de visão associada ao modelo de olho. A figura 15B também fornece três curvas MTF policromáticas 40, 42 e 44, onde a curva 40 corresponde a inclinação zero entre o eixo geométrico óptico da lente esférica com relação à linha de olho de visão, enquanto que as curvas 42 e 44 fornecem valores de MTF ao longo de duas direções ortogonais para um caso onde o eixo geométrico óptico da IOL exibe uma inclinação de 5 graus com relação à linha de olho de visão. Uma comparação das curvas MTF apresentada pelas figuras 15A e 15Β indica que, embora a inclinação possa ter um efeito maior sobre o desempenho da IOL asférica, a IOL asférica fornece um contrate consideravelmente aumentado com relação à IOL esférica.
O desvio de um eixo geométrico óptico da IOL com relação à 5 linha de olho de visão do paciente pode ocorrer não somente por causa de uma inclinação, mas também por uma descentralização da IOL. Por meio de
ilustração, a figura 16A apresenta as curvas MTF policromáticas 46, 48 e 50 calculadas na retina de um modelo de olho médio com uma pupila de 5 mm onde se incorporou uma IOL asférica, caracterizada por uma constante cônica de cerca de -27. A curva 46 é uma MTF de referência correspondente à inclinação e descentralização zero, enquanto que as curvas 48 e 50 apresentam valores de MTF ao longo de duas direções ortogonais correspondentes a uma inclinação de 5 graus e um deslocamento de 0,5 mm do eixo geométrico óptico da IOL com relação a um centro da pupila. A figura 16B apresenta, sucessivamente, as curvas MTF 52, 54, 56 e 58 calculadas na retina de um modelo de olho médio onde se incorporou uma
IOL esférica. As curvas 52 e 54 são MTFs de referência correspondentes à inclinação e descentralização zero do eixo geométrico óptico da IOL com relação à linha de modelo de olho de visão, enquanto que as curvas 56 e 58 20 fornecem valores de MTF ao longo de duas direções ortogonais correspondentes a uma inclinação de 5 graus e uma descentralização de 0,5 mm (ou seja, um deslocamento do eixo geométrico óptico da IOL com relação ao centro da pupila). Uma comparação das MTFs apresentas nas figuras 16A e 16B indica que a IOL asférica fornece um desempenho óptico melhor que a 25 IOL esférica para os valores de inclinação e descentralização dados.
De forma mais comum, em multas modalidades da invenção, uma asfericidade caracterizada por uma constante cônica dentro de uma faixa de -73 a cerca de -27 pode ser conferida a pelo menos uma superfície da IOL para garantir um desempenho mais robusto na presença de um desvio da linha de visão com relação ao eixo geométrico óptico de uma IOL.
Por meio de exemplo, pode-se obter um valor mais adequado da asfericidade para uma população de paciente, por exemplo, ao avaliar o desempenho óptico de lentes com diferentes valores de asfericidade (por exemplo, pela realização de simulações de Monte Cario) para uma faixa de valores de desvio tipicamente observados.
Os versados na técnica avaliarão que diversas mudanças po5 dem ser feitas às modalidades anteriores sem divergir do escopo da invenção.
Claims (23)
1. Método para fabricar uma lente intra-ocular (IOL) (32) utilizando um modelo de olho (26) para projetar as lentes, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de:
direcionar variações em pelo menos um parâmetro ocular em uma população de olhos de pacientes estabelecendo pelo menos um modelo de olho (26) no qual o parâmetro ocular pode ser variado através de uma faixa apresentada pela população, empregar o modelo de olho (26) para calcular uma pluralidade de projetos de IOL (32) para desempenho visual de olhos na população de pacientes, selecionar um projeto IOL (32) que proporcione um melhor encaixe para o desempenho visual através de pelo menos uma parte da faixa apresentada pela população, fabricar pelo menos um IOL (32) de acordo com o projeto selecionado.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente aplicar uma função de peso ao desempenho visual apresentado pelos projetos de IOL (32), sendo que a dita função é baseada na distribuição do parâmetro ocular na população.
3. Método, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o dito desempenho visual compreende acuidade visual.
4. Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente determinar o melhor encaixe para a acuidade visual como um valor ótimo de uma acuidade visual com peso entre os projetos de IOL (32).
5. Método, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que empregar o modelo de olho (26) compreende determinar uma acuidade visual média fornecida pelo projeto sobre a dita faixa de parâmetro ocular.
6. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente pesar a dita acuidade visual média
Petição 870180068924, de 08/08/2018, pág. 4/11 de acordo com uma distribuição de probabilidade do parâmetro ocular apresentada pela população de pacientes.
7. Método de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente identificar um projeto de IOL (32) que apresenta a maior acuidade visual média pesada, à medida que proporciona um desempenho óptico.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que empregar o modelo de olho (26) compreende avaliar a performance óptica de uma pluralidade de projetos de IOL (32) ao incorporar os projetos no molde de olho e variar o dito parâmetro ocular sobre pelo menos uma porção de uma faixa exibida pelos olhos na população de pacientes, e selecionar compreende selecionar um dos projetos de IOL (32) que fornece um nível desejável de performance.
9. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente gerar os ditos projetos de IOL (32) variando pelo menos um parâmetro de projeto de lente.
10. Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o dito parâmetro de projeto de lente compreende qualquer um dentre: uma constante cônica de uma superfície de lente asférica, duas constantes cônicas associadas com uma superfície de lente tórica ou uma função de apodização associada com alturas de etapa nos limites de zona de um padrão difrativo disposto sobre a superfície da lente.
11. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente utilizar a simulação de Monte Cario para variar o dito parâmetro ocular.
12. Método de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente incorporar uma estimativa de tolerância de fabricação associada com pelo menos uma característica de lente em um ou mais dos ditos projetos de IOL (32).
13. Método, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que a dita característica de lente compreende qualquer uma dentre: irregularidades associadas com uma superfície de lente, um raio de uma
Petição 870180068924, de 08/08/2018, pág. 5/11 superfície de lente, uma asfericidade de uma superfície de lente, uma espessura de lente.
14. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo fato de que o dito parâmetro ocular compreende qualquer um dentre: um comprimento axial, asfericidade corneana, raio corneano, profundidade de câmara anterior ocular, desvio de linha de visão proveniente de um eixo geométrico óptico do olho.
15. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente determina uma função de transferência de modulação (MTF) na retina do modelo de olho (26) para obter a acuidade visual exibida pelos projetos de IOL (32).
16. Método, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente utilizar pelo menos um valor de MTF correspondente a uma frequência espacial baixa para calcular uma sensibilidade ao contraste do dito modelo de olho (26).
17. Método, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que a dita frequência espacial baixa é menor do que 60 Ip/mm (~18 ciclos/grau).
18. Método, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que a dita frequência espacial baixa é de 5 a 60 Ip/mm (—1,5 a 18 ciclos/grau).
19. Método, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente utilizar pelo menos um valor de MTF correspondente a uma frequência espacial alta para calcular uma acuidade visual do dito olho de modelo.
20. Método, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de que a dita frequência espacial alta é maior do que 60 Ip/mm (~18 ciclos/grau).
21. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de que a dita frequência espacial alta é de 60 a 100 Ip/mm (~18 a 30 ciclos/grau).
22. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a
Petição 870180068924, de 08/08/2018, pág. 6/11
21, caracterizado pelo fato de que é para fabricar uma família de lentes intraoculares, em que selecionar compreende selecionar pelo menos dois dos projetos IOL (32), um dos quais proporciona um melhor encaixe para o desempenho visual para uma parte da população, e o outro proporciona um 5 melhor encaixe para o desempenho visual para outra parte da população.
23. Método, de acordo com a reivindicação 22, caracterizado pelo fato de que selecionar compreende selecionar três projetos de IOL (32) para três partes da população, em que o dito projeto de IOL (32) apresenta, respectivamente, uma aberração esférica de -0,1, -0,2 e -0,3 mícrons.
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