BRPI0622067A2 - Cano flexível que possui uma montagem simplificada. - Google Patents

Description

Cano flexível que poesui uma montagem simplificada CAMPO DA TÉCNICA

A presente invenção refere-se a um cano flexível que possuí uma parte de conexão de interferência radial, especificamente para um circuito de combustível ou um tubo de circuito de água em um veículo automotor.

ANTECEDENTES DA TÉCNICA

Os canos flexíveis utilizados nesses circuitos compreendem geralmente um tubo que contém pelo menos uma camada de borracha e são montados por meio de interferência radial sobre pinos de conexão apropriados.

A operação de montagem por meio de interferência radial pode, entretanto, ser difícil, devido à fricção excessivamente alta. Além disso, quando os tubos são armazenados e fornecidos após a fabricação, eles podem ser submetidos à ação de elementos contaminantes. Antes da montagem no circuito, portanto, é necessário inspeção e, às vezes, também lavagem, o que significa atrasos nos ciclos de montagem e custos adicionais. Caso contrário, o circuito de fluido é contaminado e é necessário substituição prematura e indesejada dos filtros correspondentes.

US-A-3358869 descreve um tubo fechado por interferência de tampas encaixadas e configuradas de tal forma que um aumento de pressão devido à alta temperatura não as sopra para fora.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

É objeto da presente invenção obter um cano flexível para um circuito fluido em um veículo motorizado que possui uma inserção simplificada sobre o pino de conexão e custos de montagem adicionalmente reduzidos.

O objeto da presente invenção é atingido por meio de um cano flexível conforme a reivindicação 1.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

Para melhor compreensão da presente invenção, será agora descrita uma realização preferida apenas por meio de um exemplo não limitador, com referência às figuras anexas, nas quais:

- a Figura 1 é uma seção longitudinal parcial de um cano flexível conforme a presente invenção; e

- a Figura 2 é uma seção longitudinal de um componente do cano flexível na Figura 1. MELHOR FORMA DE CONDUÇÃO DA INVENÇÃO

Na Figura 1, o algarismo 1 representa um cano flexível que é montado por meio de interferência radial sobre um pino de conexão de um circuito de fluido em um veículo motorizado e é preferencialmente travado por meio de uma fita F.

O cano flexível 1 compreende um tubo 2 formado por um material termoplástico e um mancai 3 formado por um material elastomérico termorretrátil e inserido em uma parte posterior 4 do tubo 2.

Além disso, a parte posterior 4 define uma saliência 7 que se protubera a partir do tubo 2 em direção radial que define uma cavidade anular correspondente frontal ao eixo A.

O mancai 3 é concêntrico ao eixo A e compreende uma

parte tubular 9 inserida na parte posterior 4 e um flanco 10.

O flanco 10 é disposto sobre uma extremidade axial da parte tubular 9 e define um contato axial para uma extremidade 14 da parte posterior 4.

Além disso, a parte tubular 9 define uma superfície de contato 16 frontal ao eixo A e adaptada para cooperação por meio de interferência radial com o pino de conexão quando o fluido flui através do cano 1.

Adicionalmente, a parte tubular 9 define uma nervura anular 17 acomodada na cavidade anular definida pela saliência 7. Especificamente, a nervura anular 17 é posicionada axialmente, de forma que o flanco 10 fique em contato com a extremidade 14 quando a própria nervura anular 17 for acomodada na mencionada cavidade anular.

Preferencialmente, a parte posterior 4 possui um diâmetro ampliado com relação à parte restante do tubo 2, que apresenta um diâmetro interno essencialmente igual ao diâmetro interno do pino de conexão, de forma a reduzir as perdas de carga ao máximo possível.

O material termoplástico utilizado para a elaboração do tubo 2 pode também ser um elastômero termoplástico, embora seja preferencialmente utilizado um material com base em poliamida. Por outro lado, o material elastomérico termorretrátil para a obtenção do mancai 2 é selecionado com base na sua Ώ.5 compatibilidade com o fluido a ser conduzido. Preferencialmente, utiliza-se VITON se o fluido for um combustível líquido, HNBR é utilizado se o fluido consistir de vapores de combustível e NBR é utilizado caso o fluido seja água.

A fim de evitar a intrusão de elementos contaminantes, o cano 1 compreende adicionalmente um elemento de fechamento 20 inserido parcialmente no mancai 4 após o cano 1 atingir a extremidade da linha de fabricação e antes que seja despachado para montagem no veículo motorizado.

Especificamente, o elemento de fechamento 20 compreende uma parte cilíndrica fechada axialmente 21 inserida por meio de interferência radial no mancai 3 e uma parte de aperto 22 adjacente à parte cilíndrica 221 e axialmente externa ao cano 1 quando o elemento de fechamento 20 for montado sobre o próprio cano 1.

Preferencialmente, o elemento de fechamento 20 é obtido integralmente por meio de moldagem de um material elastomérico para permitir a retirada do molde conforme descrito com mais detalhes abaixo.

Além disso, para simplificar a inserção do mancai 3 e da parte posterior de filtro 4 sobre o pino de conexão quando o cano 1 for montado sobre o veículo motorizado, a parte cilíndrica 21 é revestida com um revestimento lubrificante 24 antes da sua inserção no mancai 3.

O material lubrificante é selecionado de forma a não induzir

a deterioração do mancai 3.

Especificamente, os materiais lubrificantes com base em óleo mineral, tais como AVANTIN 361 comercializado pela FIMITOL ou MOLLIKOTE 10 comercializado pela Mollikote, são compatíveis com a maior parte dos materiais utilizados para obter-se o cano 1. Além disso, o revestimento lubrificante 24 é depositado por meio de uma máquina de distribuição e do uso de um lubrificante com base em óleo minerai também permite a lubrificação da máquina de distribuição.

A parte cilíndrica 21 define adicionalmente uma série de protuberâncias anulares 25, a fim de permitir uma melhor distribuição de revestimento lubrificante 24 conforme descrito com mais detalhes abaixo.

Além disso, a parte cilíndrica 21 define uma superfície livre de imperfeições e especificamente livre de traços devido à separação do moíde.

Especificamente, essa superfície pode ser obtida por meio de um único molde que define a geometria da parte cilíndrica 21 em negativo e do uso de um material polimérico elasticamente deformável, de forma a permitir a retirada do molde do elemento de fechamento 20, apesar das protuberâncias anulares 25, e preservar a geometria definida pelo molde após a extração.

Convenientemente, o perfil da parte cilíndrica 21 é formado de maneira a favorecer a deposição radial quando o elemento de fechamento 20 for extraído do molde.

Com este propósito, cada protuberância anular 25 é arredondada e unida sobre os dois lados por dois segmentos afilados 26, 27, ambos divergentes em direção à protuberância anular correspondente. Os segmentos afilados 30 26, 27 são adicionalmente unidos a segmentos intermediários correspondentes 28 preferencialmente paralelos ao eixo A e interpostos entre duas protuberâncias anulares adjacentes 25 para sustentar o lubrificante.

Além disso, o elemento de fechamento 20 define um orifício de clareamento 30 coaxial ao eixo A e fechado por uma parte superior 31 da parte cilíndrica 21.

A operação do cano 1 é a seguinte.

Quando o elemento de fechamento 20 for inserido no mancai 3, é definida uma série de volumes de acúmulo entre a parte cilíndrica 21 e a parte tubular 9. Especificamente, os volumes de acúmulo são separados em direção axial por protuberâncias anulares 25 e possuem uma dimensão radial variável definida pela diferença entre o raio interno da parte tubular 9 e o de segmentos afilados 26, 27 e de perfil intermediário 28.

Durante a armazenagem e o fornecimento, o elemento de fechamento 20 permanece inserido no mancai 3 e o revestimento lubrificante 24 é sustentado nos volumes de acúmulo.

Antes de prosseguir com a montagem do cano 1, o operador extrai o elemento de fechamento 20 por meio da parte de aperto 22 e segue com a inserção sobre o pino de conexão correspondente. Durante a extração, o perfil de parte cilíndrica 21 permite a distribuição de revestimento lubrificante 24 sobre a superfície de contato 16 para facilitar a inserção sobre o pino de conexão específico.

É importante observar que a montagem sobre o pino de conexão não pode ser realizada pelo operador caso o elemento de fechamento 20 permaneça inserido no mancai 4.

As vantagens que o cano 1 permite obter são as seguintes:

O elemento de fechamento 20 que compreende revestimento lubrificante 24 garante que todos os canos 1 sejam montados com a presença de lubrificante, pois o operador é obrigado a extrair o elemento de fechamento para realizar a montagem sobre o pino de conexão. Além disso, o elemento de fechamento 20 é normalmente utilizado para fechar o cano 1 nas duas extremidades e protege o interior do tubo 2. É possível, portanto, evitar as inspeções e as possíveis lavagens, tendo ao mesmo tempo a certeza de que todos os canos 1 são lubrificados.

Além disso, os custos de fabricação de canos flexíveis que compreendem pelo menos uma camada de borracha aumentaram recentemente devido ao aumento de preço de matéria prima. Além disso, a borracha pode não ser facilmente encontrada em alguns mercados e, consequentemente, podem ocorrer atrasos no fornecimento.

Os materiais termoplásticos são mais facilmente encontrados e possuem custos mais baixos, mas são mais rígidos e, portanto, necessitam de sistemas específicos para permitir acoplamentos de interferência capazes de garantir boa hermeticidade a fluidos.

Além disso, as especificações de projeto exigidas pelo mercado requerem alta resistência a rasgo enquanto for desejável que a montagem sobre o pino de conexão necessite de baixas cargas axiais. O uso de elemento de fechamento 20 em combinação com canos formados total ou parcialmente por materiais termoplásticos permite a simplificação da operação de inserção de pino de conexão e a contenção dos custos de fabricação. Protuberâncias anulares 25 definem os volumes de acúmulo que permitem a retenção de revestimento lubrificante 24 também durante longos períodos de armazenagem.

Além disso, a simples extração do elemento de fechamento permite a distribuição adequada de revestimento de lubrificação 24 sobre a superfície de contato 16 por meio de protuberâncias anulares 25.

A superfície da parte cilíndrica 21 é livre de traços derivados do molde para evitar o corte no mancai 3 durante a inserção. De fato, verificou-se que, caso o mancai 3 possua arranhões que possuam uma dimensão radial de mais de vinte micra, ocorrerão microvazamentos de vapor e combustível líquido.

O orifício de clareamento 30 permite a redução da quantidade total de material necessária e, portanto, reduz os custos de fabricação do elemento de fechamento 20, que são preferencialmente os mais baixos possíveis.

O perfil definido pelos dois segmentos afilados 26, 27 simplifica ainda mais a extração do molde para evitar deixar traços devido à extração do molde.

O uso de um lubrificante com base em óleo mineral permite a redução dos custos de manutenção da máquina de distribuição e, portanto, a obtenção de uma redução adicional do custo de fabricação do cano 1.

Por fim, é evidente que podem ser realizadas alterações e variações no cano 1 descrito e ilustrado no presente, sem, entretanto, abandonar o escopo de proteção da presente invenção, conforme definido nas reivindicações anexas.

É possível, por exemplo, utilizar um elemento de fechamento 20 em combinação com qualquer cano que apresente uma conexão por interferência radial, caso seja necessário simplificar a operação de inserção sobre o pino de conexão correspondente e proteger o lado interno do tubo 2 contra elementos contaminantes.

Claims (11)

1. Cano flexível (1) para um circuito fluido de um veículo automotor, caracterizado pelo fato que compreende um tubo (2) que apresenta pelo menos uma camada formada por um material polimérico e que possui pelo menos uma primeira parte posterior (4) adaptada para inserção por meio de interferência radial sobre um pino de conexão e um elemento de fechamento (20) que possui um eixo (A) e compreende uma segunda parte posterior (21) revestida com um revestimento lubrificante (24) e conectada de uma forma que pode ser extraída na mencionada primeira parte posterior (4) por meio de uma conexão liberável.

2. Cano conforme a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a mencionada parte posterior (21) compreende pelo menos uma projeção radial (25) para distribuir o mencionado revestimento de material lubrificante (24) na mencionada primeira parte posterior (4) quando o mencionado elemento de fechamento (20) for extraído.

3. Cano conforme a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a mencionada pelo menos uma projeção radia! (25) possui um formato essencialmente arredondado e é ladeada por pelo menos um segmento afilado (27) que diverge em direção a uma parte superior (31) da mencionada segunda parte posterior (21).

4. Cano conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que pelo menos a mencionada parte posterior (21) define uma superfície sem traços devido à separação entre os moldes.

5. Cano conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o mencionado revestimento lubrificante (24) compreende um material com base em óleo mineral.

6. Cano conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que compreende um tubo (2) que define a mencionada primeira parte posterior (4) e compreende pelo menos uma camada de material termoplástico e um mancai (3) inserido na mencionada primeira parte posterior (4) e cooperando em contato com a mencionada segunda parte posterior (21).

7. Cano conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que o mencionado elemento de fechamento (20) define um orifício clareador (30) coaxial ao mencionado eixo (A).

8. Cano conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a mencionada segunda parte posterior (21) é conectada de forma liberável por meio de uma conexão de interferência radial.

9. Cano conforme a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a mencionada conexão de interferência radial é projetada de forma que o mencionado elemento de fechamento possa ser extraído manualmente.

10. Cano conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que compreende uma fita (F) para travar a mencionada primeira parte posterior (4) sobre o mencionado pino de conexão.

11. Método de montagem de um cano flexível (1) conforme qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que compreende a fase de extração do mencionado elemento de fechamento (20) da mencionada primeira parte posterior (4) e a fase de inserção da mencionada primeira parte posterior (4) sobre um pino de conexão de um circuito de fluido de um veículo automotor.