“MÉTODO E APARELHO PARA VULCANIZAÇÃO DE PNEUS PARA RODAS DE VEÍCULO” Fundamentos da invenção A presente invenção refere-se a um método e a um aparelho para vulcanização de pneus para rodas de veículo.
Em particular, a presente invenção refere-se a método e aparelho para vulcanização de pneus fabricados em um suporte toroidal.
Estado da técnica O ciclo da produção do pneu provê que, seguindo-se a um processo de fabricação, onde os diferentes componentes do pneu são fabricados e/ou montados, um processo de moldagem e vulcanização é executado com o objetivo de definir a estrutura do pneu, de acordo com uma geometria desejada e o padrão da banda de rodagem.
Para esta finalidade, o pneu é fechado dentro de uma cavidade de moldagem tendo, definida intemamente, uma configuração apropriada de um molde de vulcanização, e formatada de acordo com os requisitos de pneu a ser obtido.
Geralmente, um pneu compreende uma carcaça em forma de anel toroidal incluindo uma ou mais lonas de carcaça, apertadas com cordonéis reforçados, jazendo em planos substancialmente radiais (um plano radial contem o eixo de rotação do pneu). Cada lona de carcaça tem suas extremidades integralmente associadas com, pelo menos, uma estrutura de reforço anular, metálica, geralmente conhecida como núcleo do talão, constituindo o reforço nos talões, isto é, nas extremidades radialmente internas do pneu, cuja função é possibilitar a montagem do pneu em um aro de montagem correspondente. Colocada, em modo de coroa, na mencionada carcaça está uma tira de material elastomérico, chamado banda de rodagem, na qual, ao final das etapas de vulcanização e moldagem, é formado um padrão, em relevo, para contacto com o solo. Uma estrutura reforçada, geralmente conhecida como estrutura de cinta, é colocada entre a carcaça e a banda de rodagem. No caso de pneus para carro, esta estrutura compreende, normalmente, pelo menos, duas tiras de material emborrachado, radialmente superpostas, providas com cordonéis de reforço, geralmente de material metálico, posicionadas paralelas uma à outra, em cada tira e em relacionamento transversal com as cordonéis da tira adjacente, de preferência, arranjadas simetricamente em relação ao plano equatorial do pneu. Preferencialmente, a mencionada estrutura de cinta compreende, além disso, em um posicionamento radialmente externo, seu, pelo menos, nas extremidades das tiras subjacentes, uma terceira camada de cordonéis têxteis ou metálicos dispostos circunferencialmente (a 0o), Finalmente, em pneus do tipo sem câmara, isto é, sem câmara de ar, há uma camada radialmente interna, chamada revestimento, que tem características de impermeabilidade para assegurar a vedação do ar no pneu.
Para os objetivos da presente descrição, assim como das reivindicações seguintes, por “material elastomérico” deve-se entender uma composição compreendendo, pelo menos, um polímero elastomérico e, pelo menos, um carregador de reforço. Preferencialmente, esta composição também compreende aditivos tais como, agentes de ligação cruzada e/ou plastificadores. Por virtude dos agentes de ligação cruzada, este material pode ser reticulado por calor de modo a formar o produto fabricado final. EP 1 006 95 2 Al descreve um método e um aparelho para a vulcanização de pneus. Mais precisamente, é apresentada uma pluralidade de estações de linhas de vulcanização, que contêm uma pluralidade de unidades de moldagem de pneus em série; uma estação de abertura e fechamento do molde, através da qual, o pneu vulcanizado é removido e um pneu verde é inserido; um primeiro dispositivo de transferência do molde e um segundo dispositivo de transferência do molde posicionados entre a estação de abertura e fechamento do molde e a estação de vulcanização do pneu, para a transferência das unidades de moldagem de pneu. Há métodos de moldagem e vulcanização nos quais, um pneu verde, colocado em um suporte toroidal rígido, é montado dentro do molde. Estes métodos são, preferencialmente, empregados para pneus que, de acordo com processos recentes de fabricação, são produzidos partindo-se de um número de produtos semi-acabados elementares, alimentados num suporte toroidal, cujo perfil externo coincide com o da superfície radialmente externa do pneu que se deseja produzir. O mencionado suporte toroidal é movimentado, preferencialmente por meio de um sistema robotizado, entre uma pluralidade de estações de trabalho nas quais, em cada uma delas, via seqüências automatizadas, é realizada uma etapa particular da fabricação do pneu.
Por exemplo, o pedido de patente européia publicado sob N° 0 976533, em nome do requerente, apresenta um método e um aparelho para moldagem e cura de pneus para rodas de veículo do tipo mencionado anteriormente, onde um pneu verde, montado em um suporte toroidal, é fechado dentro de um molde de vulcanização; em seqüência, vapor, ou outro fluido pressurizado é alimentado em, pelo menos, um vão para a difusão fluida criada entre a superfície externa do suporte toroidal e a superfície interna do pneu.
Nestes casos, ao final das etapas de moldagem e vulcanização, o pneu então obtido pode, algumas vezes, apresentar alguns defeitos. Devido à ausência de câmara de vulcanização, os vários componentes do material elastomérico que ainda está em um estado não curado, isto é, em estado plástico, pode ser deslocado de maneira anômala em relação às especificações do projeto, como resultado do empurrão exercido pelo fluido de trabalho pressurizado introduzido entre a superfície externa do suporte toroidal e a superfície interna do pneu verde. Em particular, a lona, ou lonas da carcaça podem mover-se para fora e escorregar, para fora, de sua posição, na região do talão, devido à expansão a qual o pneu é submetido pelo mencionado fluido de trabalho. Desta maneira, o tracionamento da lona, ou lonas da carcaça na etapa de moldagem, é menor do que, o que deveria ser provido para o pneu acabado.
De modo a superar estas dificuldades, o pedido de patente internacional sob a WO 2004/045837, em nome do mesmo requerente, apresenta um método e um aparelho no qual, pressionando-se o pneu verde, de fora para dentro, e simultaneamente, suprindo-se calor à superfície interna do mencionado pneu, pelo menos, uma vulcanização parcial da camada radialmente mais interna do pneu e da região do talão é obtida, de modo que, uma etapa de moldagem e vulcanização, que não resulte em irregularidades ou falta de homogeneidade do pneu acabado, possa ser, subseqüentemente, executada Para executar a mencionada vulcanização parcial, são usados, preferencialmente, um fluído de trabalho primário, pressurizado, apropriadamente aquecido para suprir o calor necessário para a mencionada vulcanização, e, pelo menos, um fluido de trabalho secundário, pressurizado. O requerente percebeu que, por esta razão, os aparelhos necessários para executar a mencionada vulcanização parcial, eram providos com conectores múltiplos para os mencionados fluidos de trabalho e, por conseguinte, resultando em serem complexos e caros. O requerente também verificou que os mencionados conectores estavam presentes em cada estação de trabalho, isso é, em cada molde do aparelho para vulcanização, mesmo sendo usados somente na etapa de pré-vulcanização e, então, não sendo utilizados na maior parte do método para vulcanização.
De maneira similar, o requerente descobriu a presença de outros componentes, presentes no aparelho para vulcanização, que eram usados, somente, durante algumas etapas da vulcanização do pneu, e, por isso, resultando em não utilização por longo período de tempo. Um exemplo deste tipo de aparelho é o dispositivo de aquecimento do molde de vulcanização, usado, somente, durante a etapa de vulcanização do pneu. O requerente notou que, provendo um aparelho para vulcanização que execute um método para vulcanização do tipo mostrado na patente WO 2004/045837, é possível simplificar e reduzir o custo do citado aparelho, reduzíndo-se o número dos componentes mais caros (por exemplo, aqueles relacionados ao suprimento do fluido de trabalho secundário e/ou aqueles concernentes ao aquecimento do molde), enquanto é mantida constante a capacidade produtiva do mesmo aparelho para vulcanização, por meio de um uso racional dos mencionados aparelhos, aumentado o tempo de operação deles no ciclo de vulcanização.
Por isso, o objetivo da presente invenção é prover um método para vulcanização para pneus de roda de veículos que permite alcançar o grau de utilização máximo dos dispositivos associados com cada estação de trabalho enquanto o mesmo método é realizado.
Outro objetivo da presente invenção, é prover um método para vulcanização de pneus para rodas de veículo que permita alcançar o máximo grau de utilização dos dispositivos, associados com cada estação de trabalho, enquanto o mesmo método é executado.
Sumário da invenção O requerente descobriu que, executando um método para vulcanização que use, pelo menos, uma estação de trabalho de pré-vulcanização onde uma pré-vulcanização da porção radialmente interna do pneu, e, no caso, uma moldagem e uma vulcanização parcial de todo o pneu sejam executadas em etapas subseqüentes, e, pelo menos duas estações de trabalho de vulcanização, onde a parte restante da vulcanização de todo o pneu é executada, é possível reter-se, em uma única estação de vulcanização e moldagem, os aparelhos necessários para suprir os acima mencionados fluidos de trabalho primário e secundário, enquanto mantendo somente os aparelhos para o suprimento do fluido de trabalho primário nas estações de vulcanização, obtendo-se, assim, o máximo grau de utilização dos dispositivos disponibilizados durante o mesmo método.
De acordo com um primeiro aspecto, a invenção refere-se a um método para vulcanização de pneus para rodas de veículos, compreendendo as seguintes etapas: a) colocação de um pneu verde, montado em um suporte toroidal, dentro de um molde de vulcanização que deve ser operacionalmente associado a uma pluralidade de estações de trabalho definidas em, pelo menos, um módulo de vulcanização; b) fechamento do mencionado molde de vulcanização; c) conexão de um dispositivo de suprimento de, pelo menos, um fluido de trabalho primário, pressurizado e de um dispositivo de suprimento de, pelo menos, um fluido de trabalho secundário, pressurizado, no molde de vulcanização, numa estação de pré-vulcanização (e moldagem); d) , vulcanização, pelo menos parcial, de uma porção radialmente interna do pneu verde no suporte toroidal pelo pressionamento, por meio do mencionado fluido de trabalho secundário, pressurizado, de uma superfície radialmente interna do mencionado pneu verde contra uma superfície externa do suporte toroidal, e suprindo calor para a mencionada porção do pneu; e) moldagem e continuidade da vulcanização do supramencionado pneu pelo suprimento de, pelo menos, um fluido de trabalho primário, pressurizado, dentro do suporte toroidal pressionando uma superfície radialmente externa do pneu verde contra as paredes internas do molde de vulcanização; f) desligamento, do molde de vulcanização, do dispositivo de suprimento do mencionado, pelo menos, um fluido de trabalho primário pressurizado, e do dispositivo de suprimento do mencionado, pelo menos, um fluido de trabalho secundário, pressurizado; g) transferência do molde para uma estação de vulcanização; h) conexão, do respectivo dispositivo de suprimento de, pelo menos, um fluido de trabalho primário, pressurizado, no molde de vulcanização da mencionada estação de vulcanização; Í) continuação da vulcanização do pneu moldado e pré-vulcanizado durante as etapas d) e e), suprindo o mencionado, pelo menos, um fluido de trabalho, pressurizado, dentro do suporte toroidal, pressionando uma superfície radialmente externa do pneu verde contra as paredes internas do molde de vulcanização e suprindo calor para o pneu supramencionado; j. desligamento do dispositivo de suprimento do mencionado, pelo menos, um fluido de trabalho primário, pressurizado; k) transferência do molde para, pelo menos, uma outra estação de vulcanização; l) execução das etapas h), i), j) e, no caso, k), até que o método de vulcanização tenha sido completado; m) abertura do molde e retirada do pneu moldado e vulcanizado do molde de vulcanização Em um segundo aspecto, a invenção refere-se a um aparelho para vulcanização de pneus para rodas de veículo compreendendo, pelo menos, um módulo de vulcanização, onde são definidas uma pluralidade de estações de trabalho, com as quais, uma pluralidade de moldes de vulcanização, cada um deles contendo um pneu verde sendo processado, montado em um suporte toroidal respectivo, devem ser associados operacionalmente, o mencionado módulo de vulcanização compreendendo as seguintes estações de trabalho: pelo menos uma estação de pré-vulcanização, provida com um dispositivo de suprimento de, pelo menos, um fluido de trabalho primário, pressurizado, e com um dispositivo de suprimento de, pelo menos, um segundo fluido de trabalho secundário, pressurizado, dentro de um molde de vulcanização localizado na mencionada estação, o mencionado fluido de trabalho secundário, pressurizado sendo adaptado para pressionar uma superfície radíalmente interna do mencionado pneu verde contra uma superfície externa do suporte toroidal, o mencionado fluido de trabalho primário, pressurizado, sendo adaptado para pressionar uma superfície radialmente externa de um pneu verde contra as paredes internas do molde de vulcanização; pelo menos, duas estações de vulcanização, providas com um respectivo dispositivo de suprimento do mencionado, pelo menos, um fluido primário, pressurizado, dentro de um molde de vulcanização localizado nas mencionadas estação estações, o mencionado fluido de trabalho primário, pressurizado, sendo adaptado para pressionar a mencionada superfície externa do pneu verde contra as paredes internas do molde de vulcanização de modo a continuar a vulcanização do pneu parcialmente vulcanizado; pelo menos um dispositivo de transferência adaptado para transferir, seqüencialmente, cada molde de vulcanização da mencionada pluralidade de moldes, de uma estação de trabalho para outra, subseqüente; pelo menos, um dispositivo de movimentação, para pegar um pneu vulcanizado montado no suporte toroidal do mencionado, pelo menos, um molde de vulcanização e para colocar um pneu verde posicionado em um suporte toroidal respectivo no mencionado, pelo menos, um módulo de vulcanização; pelo menos, um dispositivo de abertura e fechamento do molde, para a retirada de um pneu vulcanizado e a subseqüente colocação de um pneu verde dentro do molde de vulcanização.
Breve descrição das figuras Outras características e vantagens da invenção tomar-se-ão mais aparentes das seguintes descrições de alguns modos de realização preferidos dos aparelhos e métodos, dos métodos de vulcanização, de acordo com a invenção, apresentados como exemplos não limitativos, em relação aos desenhos anexos, onde: - Figura 1, mostra uma vista esquemática, no plano, de um aparelho para vulcanização de pneus para rodas de veículo, de acordo com um primeiro modo de realização da invenção, durante uma etapa do método em questão; - Figura 2, mostra uma vista esquemática, no plano, de um aparelho para vulcanização de pneus para rodas de veículo, de acordo com um segundo modo de realização da invenção, durante uma etapa do método em questão; - Figura 3, mostra uma vista esquemática, no plano, de um aparelho para vulcanização de pneus para rodas de veículo, de acordo com um terceiro modo de realização da invenção, durante uma etapa do método em questão;
Descrição detalhada de modos de realização preferidos Em relação às Figs. 1, 2 e 3, pelo referencial numérico 1, é, de modo geral, identificado um aparelho para vulcanização de pneus para rodas de veículo, de acordo com a presente invenção. O aparelho de vulcanização 1 compreende, pelo menos, um módulo de vulcanização 2, preferencialmente uma pluralidade de módulos de vulcanização 2, onde são definidas uma pluralidade de estações de trabalho tais como estações de pré-vulcanização, estações de vulcanização 3’ , e estações de carga e descarga 3”. As mencionadas estações de trabalho são estações imóveis e são adaptadas para alojarem moldes de vulcanização móveis 4 durante as diferentes etapas do método para vulcanização, de acordo com a presente invenção.
Em particular, cada estação de trabalho está associada a um molde de vulcanização 4, contendo um pneu verde sendo processado, durante uma etapa do método para vulcanização.
Os moldes de vulcanização 4 são, preferencialmente, impermeáveis e são adaptados para alojarem um pneu sendo processado, montado ou fabricado prevíamente, num suporte toroidal, cuja superfície externa reproduz, substancialmente, a conformação interna do pneu a ser obtido. Os mencionados moldes de vulcanização 4 são providos com dispositivos para a passagem dos fluidos de trabalho, como mostrado, por exemplo, no pedido de patente internacional publicado sob WO 2004/045837, em nome do mesmo requerente, que está, aqui, integralmente incorporado para referência.
Cada módulo de vulcanização 2 compreende, pelo menos, uma estação de pré-vulcanização 3 e, pelo menos, duas estações de vulcanização 3’. A mencionada, pelo menos, uma estação de pré-vulcanização 3, é provida com um dispositivo de suprimento de, pelo menos, um fluido de trabalho primário, pressurizado, preferencialmente aquecido, e com um dispositivo de suprimento de, pelo menos, um fluido de trabalho secundário, pressurizado, dentro do molde de vulcanização 4, temporariamente posicionado na mesma estação de pré-vulcanização 3. O fluido de trabalho secundário, pressurizado, compreende, preferencialmente, ar, nitrogênio ou outros gases substancialmente inertes, e é adaptado para pressionar uma superfície radialmente interna, do mencionado pneu verde, contra uma superfície externa do suporte toroidal; o fluido de trabalho primário, pressurizado, compreende, preferencialmente, vapor e nitrogênio ou outros gases substancialmente inertes, e é adaptado para pressionar uma superfície radialmente externa, do pneu verde, contra as paredes internas do molde de vulcanização. Os mencionados fluidos de trabalho primário e secundário cooperam de modo a executarem uma pré-vulcanização do pneu, como mostrado no pedido WO 2004/045837 apresentado acima, Na presente descrição e nas reivindicações seguintes, o termo pré-vulcanização refere-se a, pelo menos, uma vulcanização parcial da camada radialmente mais interna do pneu e da região do talão.
Por outro lado, cada uma das mencionadas, pelo menos, duas estações estação de vulcanização 3’, é provida, somente, com o dispositivo de suprimento do, pelo menos, um fluido de trabalho primário, pressurizado, preferencialmente aquecido, dentro do molde de vulcanização, localizado, temporariamente, na mesma estação de vulcanização 3’. O fluido de trabalho primário, pressurizado, compreende, preferencialmente, vapor ou outros gases substancialmente inertes e é adaptado para pressionar a mencionada superfície radialmente externa do pneu verde contra as paredes internas do molde de vulcanização 4, de modo a completar a vulcanização do pneu, parcialmente vulcanizado, na estação de pré-vulcanização 3.
Preferencialmente, o dispositivo de suprimento do mencionado fluido de trabalho primário, pressurizado, e o dispositivo de suprimento do mencionado fluido de trabalho secundário, pressurizado, da estação de pré-vulcanização 3 e o dispositivo de suprimento do mencionado, pelo menos, um fluido de trabalho primário, pressurizado, da estação de vulcanização 3’ compreende, vantajosamente, pelo menos, uma embreagem de encaixe por pressão, adaptada para conectar, rapidamente, o dispositivo de suprimento de fluido, no molde de vulcanização 4.
Cada molde de vulcanização 4 inclui, vantajosamente, pelo menos, um conector impermeável, adaptado para manter a pressão do mencionado, pelo menos, um fluido de trabalho primário, constante, dentro do molde, quando a embreagem de encaixe por pressão, do dispositivo de suprimento do mencionado fluido de trabalho primário, pressurizado, é desconectada.
Cada módulo de vulcanização 2 é provido, além disso, com, pelo menos, um dispositivo de transferência 5, adaptado para transferir, seqüencialmente, cada molde de vulcanização 4, de uma estação de trabalho, para outra, subseqüente. O mencionado dispositivo de transferência também executa a função de suportar os mencionados moldes de vulcanização 4, que são nela conectados, de modo a poderem ser removidos. Preferencialmente, o mencionado, pelo menos, um dispositivo de transferência 5, dos moldes de vulcanização 4, compreende, pelo menos, uma plataforma giratória que pode ser direcionada, em rotação, como mostrado nas figuras 1 e 2.
Altemativamente, o, pelo menos um, dispositivo de transferência acima mencionado, compreende, pelo menos, uma correia transportadora, não mostrada nas figuras, que é adaptada para transferir cada molde de vulcanização 4, na estação de trabalho, onde a etapa operacional específica, à qual o pneu tem que ser submetido, é executada.
De acordo com a presente invenção, cada módulo de vulcanização 2, está associado, operacionalmente, com, pelo menos, um dispositivo de movimentação 6, adaptado para pegar, do mesmo módulo de vulcanização 2, um pneu vulcanizado montado em um suporte toroidal respectivo e colocar no mesmo módulo de vulcanização 2, um pneu verde, previamente fabricado em um suporte toroidal respectivo. Preferencialmente, um dispositivo de movimentação 6, único, é associado a vários módulos de vulcanização 2, como mostrado nas figuras anexas. Em um modo de realização preferido, o dispositivo de movimentação 6 deve compreender, pelo menos, um braço robotizado, por exemplo, como do tipo descrito na patente européia EP 1 150 829 em nome do mesmo requerente, no caso com adição de dispositivos de movimentação auxiliares.
Cada módulo de vulcanização 2, também é provido com, pelo menos, um dispositivo de abertura e fechamento do molde, adaptado para abrir cada molde de vulcanização 4 de modo a permitir a descarga do pneu vulcanizado e a carga do pneu verde e, em seguida, o fechamento do mesmo molde 4.
Preferencíalmente, o mencionado dispositivo de abertura e fechamento do molde é integrado na mencionada estação de pré-vulcanização 3; altemativamente ele também pode ser integrado numa estação de vulcanização 3’ (por exemplo, a última estação do ciclo), ou numa estação de carga e descarga 3’”. A presente invenção provê que o dispositivo de abertura e fechamento do molde coopere com o dispositivo de movimentação 6, de modo tal que, quando o molde de vulcanização 4 é aberto pelo dispositivo de abertura e fechamento, o dispositivo de movimentação 6 pega o suporte toroidal com o pneu vulcanizado do módulo de vulcanização 2 e coloca o suporte toroidal com o pneu verde no mesmo módulo de vulcanização 2.
De acordo com um primeiro modo de realização, mostrado esquematicamente na figura 1, o aparelho para vulcanização 1 compreende três módulos de vulcanização 2 e, para cada módulo de vulcanização 2, uma única estação de pré-vulcanização 3, onde o mencionado dispositivo de abertura e fechamento do molde é integrado e três estações de vulcanização 3’.
De acordo com um segundo modo de realização, mostrado esquematicamente na figura 2, o aparelho para vulcanização 1 compreende dois módulos de vulcanização 2, e, para cada um destes módulos, uma estação de pré-vulcanização onde o mencionado dispositivo de abertura e fechamento de molde está integrado e cinco estações de vulcanização 3’ Preferencialmente, nestes dois primeiros modos de realização, o mencionado dispositivo de transferência 5, compreende uma plataforma giratória..
De acordo com um terceiro modo de realização, mostrado esquematicamente na figura 3, cada um deles incluindo duas estações de pré- vulcanização 3 e cinco estações de vulcanização 3’. Neste caso, também está compreendido, pelo menos, uma estação de carga e descarga 3” onde são executadas as descargas dos pneus vulcanizados e as cargas dos pneus verdes. A estação de carga e descarga 3” coopera com o dispositivo de movimentação 6, e é provido com o mencionado dispositivo de abertura e fechamento do molde.
Neste modo de realização, o dispositivo de transferência 5 compreende, preferencialmente, pelo menos, uma correia transportadora.
Enquanto nos dois primeiros modos de realização do aparelho para vulcanização 1, cada molde 4, para em cada estação de trabalho do módulo de vulcanização 2, no qual ele está carregado, no terceiro modo de realização, são providos dois caminhos alternativos para cada molde de vulcanização 4. Então, um molde 4, carregado no módulo de vulcanização 2 pode ser transferido para uma das duas estações de pré-vulcanização 3 presentes no módulo 2 e, seqüencialmente, para as três estações de vulcanização 3’ que correspondem à mencionada estação de pré-vulcanização 3 para ser, mais tarde, apanhado no módulo 2.
Obviamente, é possível prover módulos de vulcanização 2 que compreendam três ou mais estações de pré-vulcanização 3 e então, o mesmo número de caminhos alternativos para os moldes de vulcanização 4 Nos dois primeiros modos de realização do aparelho para vulcanização 1, as operações de carga e descarga do pneu ocorrem, preferencialmente, nas estações de pré-vulcanização 3 ou nas estações de vulcanização 3’ e, por isso, elas não foram providas com quaisquer estações da carga e descarga específicas. Nestes casos, a estação de pré-vulcanização 3 ou a estação de vulcanização 3’ é provida com o mencionado dispositivo de abertura e fechamento do molde que coopera com o mencionado dispositivo de movimentação 6 para descarregar um pneu vulcanizado e, então, carregar um pneu verde dentro de um molde de vulcanização 4.
Deve-se notar que a etapa de pré-vulcanízação onde o pneu é pressionado do exterior contra a superfície externa do suporte toroidal, de modo a obter, através de uma quantidade apropriada de calor suprido, pelo menos, uma vulcanização parcial da porção radialmente interna do pneu (por exemplo, do revestimento) e da região do talão, tem, para cada modelo de pneu, um tempo de execução pré-estabelecido que, possivelmente, não é capaz de ser dividido nas sub-etapas subseqüentes. Isto é devido ao fato de que, se o pneu, ainda substancialmente no estado verde, é submetido à manipulação e/ou interrupções durante a etapa supracitada, ele podería ter irregularidades no final das etapas de moldagem e vulcanização causadas pelo escorregamento inesperado de algumas camadas do material elastomérico, Preferencialmente, o número de estações de vulcanização 3’ presentes em cada módulo de vulcanização 2 compreende entre 3 e 6. Desta maneira, de fato, é possível obter-se a eficiência máxima do aparelho, porque, como mencionado previamente, a etapa de pré-vulcanízação que não pode ser dividida em sub-etapas, tem um período de duração que é bem mais curto do que o da etapa de vulcanização. Com 3 a 6 estações de vulcanização 3’ disponibilizadas para cada para cada estação de pré-vulcanização 3, é possível obter-se a máxima eficiência de todos os elementos do aparelho para vulcanização, como será explicado, mais detalhadamente, a seguir.
Opcionalmente, a mencionada, pelo menos, uma estação de vulcanização 3’ pode ser provida com dispositivos de aquecimento dos moldes de vulcanização 4.
Além disso, a estação de pré-vulcanização 3 pode ser, opcionalmente, provida com dispositivos para aquecimento dos moldes de vulcanização 4.
Os mencionados dispositivos de aquecimento dos moldes de vulcanização 4, na estação de pré-vulcanização 3 e na estação de vulcanização 3’ podem ser associados com o mencionado dispositivo de suprimento do mencionado fluido primário, pressurizado. Em particular, o fluido de operação primário pode ser usado para aquecer o molde de vulcanização 4. Altemativamente, podem ser providos resitores elétricos para este propósito Cada módulo de vulcanização 2 pode ser provido com estações de troca de molde 3’”, como mostrado na figura 3. Estas estações de troca de molde 3”’ são adaptadas para permitir a substituição do molde de vulcanização 4, de acordo com necessidades da produção, por exemplo, no caso de variação do tamanho do pneu a ser vulcanizado. Por exemplo, uma estação de trabalho, tal como uma estação de vulcanização 3’, pode integrar o equipamento de uma estação de roca de molde 3”’, como mostrado na figura 3, onde a estação de vulcanização 3’ supracitada está localizada em frente da estação de carga e descarga 3”, numa posição distai em relação ao dispositivo de movimentação 6.
Em soluções alternativas diferentes, tais como as mostradas nas figuras 1 e 2 a estação de troca de molde (nestes casos, não mostrada), pode coincidir com uma das estações de pré-vulcanização 3 ou estações de vulcanização 3’ ou pode ser posicionada adjacente a uma das mencionadas estações, de acordo com o layout requerido do aparelho para vulcanização 1.
Em referência ao aparelho para vulcanização 1 mostrado nas figuras 1- 3 (4), um modo de realização preferido de um método para vulcanização, de acordo com a invenção, será agora apresentado. Durante uma primeira etapa, um pneu verde, montado ou fabricado em um suporte toroidal respectivo é colocado dentro de um molde de vulcanização 4 que pode ser associado, operacionalmente, com uma pluralidade de estações de trabalho, definidas nos módulos de vulcanização 2, do aparelho para vulcanização 1. Após isso, o molde de vulcanização 4 é fechado, preferencialmente por meio dos dispositivos de abertura e fechamento do molde.
Conseqüentemente, é executada a etapa de conexão de um dispositivo de suprimento do fluido de trabalho primário, pressurizado, preferencialmente aquecido, e um dispositivo de suprimento de fluido de trabalho secundário, pressurizado, num molde de vulcanização 4, na estação de pré-vulcanização e moldagem 3.
Neste ponto, uma porção radialmente interna do pneu verde no suporte toroidal é vulcanizada, pelo menos, parcialmente pelo pressionamento por meio do fluido de trabalho secundário, pressurizado da superfície radialmente interna do pneu verde contra a superfície externa do suporte toroidal e suprindo calor à mencionada porção, preferencialmente suprindo o fluido de trabalho primário, pressurizado, dentro do suporte toroidal. Deve-se notar que, como mostrado na WO 2004/045837, na solução preferida do requerente, o fluido de trabalho secundário, sendo adaptado para pressionar a superfície radialmente interna do pneu contra a superfície externa do suporte toroidal, é suprido com uma pressão maior do que a pressão suprida ao fluido de trabalho primário, que, durante esta etapa, é adaptado para suprir o calor necessário para a supracitada pré-vulcanização.
Depois disto, é executada a etapa de moldagem do pneu, desconectando-se o suprimento de fluido secundário pressurizado que é evacuado do molde, continuando com o suprimento único do fluido de trabalho primário, pressurizado, dentro do suporte toroidal, de modo a pressionar a superfície radialmente externa do pneu verde contra as paredes internas do molde de vulcanização 4. Mais ainda, durante esta etapa, ocorre a verdadeira vulcanização.
Na etapa seguinte, o dispositivo de suprimento do fluido de trabalho primário, pressurizado, e o dispositivo de suprimento do fluido de trabalho secundário, pressurizado, são desconectados do molde de vulcanização 4, que é transferido para a estação de vulcanização 3’.
Nesta estação de vulcanização 3’, um dispositivo de suprimento do fluido de trabalho primário, pressurizado, é conectado ao molde de vulcanização 4 e, com isso, a vulcanização do pneu, previamente pré-vulcanizado e preferivelmente moldado, continua pelo suprimento de calor ao pneu, através do fluido de trabalho primário, pressurizado, suprido dentro do suporte toroidal. Além disso, o fluido de trabalho primário pressiona a superfície radialmente externa do pneu verde contra as paredes internas do molde de vulcanização 4.
Após o dispositivo de suprimento do fluido de trabalho primário, pressurizado, ter sido desligado, o molde de vulcanização 4 é transferido para, pelo menos, uma outra estação de vulcanização 3’, onde, uma vez que os dispositivos de suprimento do fluido de trabalho primário, pressurizado, tenham sido conectados no molde de vulcanização 4, a vulcanização continua de acordo com as mesmas modalidades descritas anteriormente, por um período de tempo pré-estabelecido, após o qual, o dispositivo de suprimento do fluido de trabalho primário, pressurizado, é desligado do molde 4.
Neste ponto, de acordo com a duração das etapas anteriores e ao tempo total requerido pelo pneu para ser vulcanizado, pode-se seguir a etapa de abertura do molde 4 e descarga do pneu vulcanizado, ou a etapa de transferência do molde 4 para uma outra estação de vulcanização 3’.
Em outras palavras, se a vulcanização foi completada, o pneu é descarregado, se, ao contrário, a vulcanização precisar se completada, são repetidas as etapas de transferência para uma estação de vulcanização 3’; conexão do dispositivo de suprimento do fluido de trabalho primário, pressurizado, no molde 4; continuação da vulcanização pelo suprimento do fluido de trabalho primário, pressurizado, dentro do suporte toroidal; desligamento do dispositivo de suprimento do fluido de trabalho primário. As mencionadas etapas são repetidas até que a vulcanização esteja completa. O número de vezes que as etapas precisam ser repetidas de modo a completar o método de vulcanização é programado antes de iniciar-se o método de vulcanização, geralmente de acordo com as necessidades da produção e dos tipos de pneus a serem vulcanizados. Consequentemente, um módulo de vulcanização 2, é provido com um número adequado de estações de vulcanização 3’.
Antes da abertura do molde de vulcanização 4 para a descarga do pneu moldado e vulcanizado, deve ser provida uma etapa de transferência do molde de vulcanização 4 para uma estação de carga e descarga do molde 3”, que pode ser integrada na estação de pré-vulcanização 3 ou em uma das estações de vulcanização 3’.
Como mencionado previamente, a abertura dos moldes de vulcanização é executada, preferencialmente, por um dispositivo de abertura e fechamento do molde que pode ser, opcionalmente, integrado na mencionada estação de pré-vulcanização 3, ou estação de vulcanização 3’, ou numa estação de carga e descarga 3”, específica. O mencionado dispositivo de abertura e fechamento do molde coopera com os dispositivos de movimentação 6, supracitados, de modo que, quando o molde de vulcanização 4 é aberto, os dispositivos de movimentação 6 peguem o pneu vulcanizado montado no suporte toroidal respectivo do módulo de vulcanização 2 e coloquem um pneu verde dentro do mesmo módulo no molde de vulcanização 4.
De modo a maximizar a eficiência do processo de vulcanização de acordo com a presente invenção, todos os moldes de vulcanização 4, presentes em um módulo de vulcanização 2, num momento determinado, são transferidos, simultaneamente de uma estação de trabalho para a subseqüente, e em todas as estações de trabalho do módulo de vulcanização 2, a etapa operacional associada com cada um deles, é executada simultaneamente.
Em referência à figura 1, os modos operacionais para controlar cada módulo de vulcanização 2 do aparelho para vulcanização 1, dentro do escopo do método de vulcanização mostrado acima, podem ser resumidos como a seguir. Supondo-se que quatro moldes estejam vazios, o dispositivo de movimentação 6, na forma de, por exemplo, um braço robotizado, localiza um primeiro pneu verde dentro de um primeiro molde na estação de pré-vulcanização3, provida com o dispositivo de abertura e fechamento do molde. O primeiro molde é fechado e as etapas de pré-vulcanização, moldagem e início da vulcanização são executadas. Quando elas são completadas, o dispositivo de transferência 5, na forma de uma plataforma giratória, gira um quarto de volta trazendo o primeiro molde para a primeira estação de vulcanização e trazendo, um segundo molde, vazio, para a estação de pré-vulcanização 3. Aqui, é carregado um segundo pneu verde e, então são iniciadas as etapas de pré-vulcanização, moldagem e início da vulcanização. Ao término destas etapas, o dispositivo de transferência 5 gira um quarto de volta: o primeiro molde alcança a segunda estação de vulcanização, o segundo molde alcança a primeira estação de vulcanização e um terceiro molde, vazio, é movimentado para a estação de pré-vulcanização onde é carregado um pneu verde. Procedendo de maneira análoga, quando um quarto molde é carregado e as etapas de pré-vulcanização, moldagem e início da vulcanização do quarto pneu, nele contido, é completada, o dispositivo de transferência 5 traz o quarto molde para a primeira estação de vulcanização e, o primeiro molde, novamente, para a estação de pré-vulcanização. Aqui, o dispositivo de movimentação, em cooperação com o dispositivo de abertura e fechamento do molde, descarrega o primeiro pneu, agora vulcanizado, e carrega um quinto pneu verde. O ciclo recomeça.
Os modos operacionais para controlar cada módulo de vulcanização 2, mostrados na figura 2, dentro do escopo do método de vulcanização são, substancialmente, os mesmo conforme descritos acima, com a diferença de que, desde que haja cinco estações de vulcanização 3’, o ângulo de giro da plataforma giratória, ao termina de cada uma das etapas de pré-vulcanização, moldagem e início da vulcanização, é menor: um sexto de volta (60°) em vez de um quarto de volta (90°), Finalmente, no caso de ser vulcanizado o mesmo modelo de pneu, o tempo de parada, em cada estação de trabalho, é mais curto do que no caso anterior.
Em referência à figura 3, os modos operacionais para controlar cada módulo de vulcanização 2, do aparelho para vulcanização 1, dentro do escopo do método de vulcanização, podem ser resumidos como a seguir. Supondo que todos os oito moldes 4 estejam vazios, o dispositivo de movimentação 6, na forma de um braço robotizado, posiciona um primeiro pneu verde dentro de um primeiro molde na estação de carga e descarga 3” provida com o dispositivo de abertura e fechamento do molde. O primeiro molde é fechado e, o dispositivo de transferência 5, na forma de, por exemplo, uma correia transportadora, traz o primeiro molde para uma primeira estação de pré-vulcanização, onde são executas as etapas de pré-vulcanização, moldagem e início da vulcanização, enquanto um segundo molde, chegando, preferencialmente, de uma posição ffontalmente oposta à estação de carga e descarga 3” (posição que pode coincidir, por exemplo, com uma estação de vulcanização também equipada como uma estação de troca de molde 3’”, como mostrado na figura 3), é movimentado para a estação de carga e descarga 3”. Aqui, um segundo pneu é carregado no segundo molde que, uma vez fechado, é transferido pela correia transportadora para a segunda estação de pré-vulcanização 3, enquanto um terceiro molde, chegando da posição previamente indicada (estação de vulcanização equipada com uma estação de troca de molde 3’”), é transferido para a estação de carga e descarga 3”.
Deve-se notar que, quando a correia transportadora está se movimentando ao longo de uma fileira de estações de vulcanização, correspondentes a primeira estação de pré-vulcanização, ou, ao longo de uma fileira de estações de vulcanização, correspondentes à segunda estação de pré-vulcanização, todos os moldes são movimentados para a estação adjacente e o molde, que está na posição distai em relação à estação de pré-vulcanização de sua própria fileira, é colocado, pela correia transportadora, numa posição, frontalmente oposta, à estação de carga e descarga 3”, uma posição, na qual, conforme já mostrado, coincide, preferencialmente, com uma estação de vulcanização equipada com uma estação de troca de molde 3”’.
Um terceiro pneu verde é, então, colocado em um terceiro molde, o molde é fechado e transferido, pela correia transportadora, para a primeira estação de pré-vulcanização, enquanto o primeiro molde, tendo completado as etapas de pré-vulcanização, moldagem e início da vulcanização, é movimentado para a primeira das estações de vulcanização 3’. Ao mesmo tempo, a correia transportadora movimenta um quarto molde para a estação de carga e descarga 3”. O ciclo continua, até que, o primeiro molde, tendo alcançado a estação de vulcanização supracitada, frontalmente oposta à estação de carga e descarga 3”, completa a vulcanização do primeiro pneu nele contido. Neste ponto, um oitavo molde é movimentado para a segunda estação de pré-vulcanização, enquanto o primeiro molde retoma para a estação de carga e descarga 3”, onde o braço robotizado, em cooperação com o dispositivo de abertura e fechamento do molde da estação de carga e descarga 3” descarrega o primeiro pneu vulcanizado e carrega o nono pneu verde. O ciclo é repetido.
Deve-se notar que, o controle de cada módulo de vulcanização 2, aqui mostrado, é provido somente como um exemplo do sistema corrente. De fato, necessidades diferentes da manufatura, tais como a troca de um ou mais moldes, por exemplo, poderíam resultar em alguns procedimentos diferentes nas seqüências mostradas, sem, no entanto, modificar o método de vulcanização de acordo com a invenção.
Preferencialmente, o molde de vulcanização 4 para, em cada estação de trabalho, por períodos que são, substancialmente, iguais uns aos outros.
Deve-se notar que, na presente descrição e nas reivindicações seguintes, a duração de dois períodos de tempo é considerada “substancialmente” igual, quando a diferença, entre eles, é menor do que um primeiro minuto.
Uma vez que, a limitação tecnológica para a máxima eficiência do método de vulcanização e do aparelho necessário para a execução do mencionado método repousa, substancialmente, na duração da etapa de pré-vulcanização, que não pode ser dividida em sub-etapas, variando-se um método de vulcanização, onde o molde de vulcanização 4 pare, em cada estação de trabalho, por um período igual ao tempo de pré-vulcanização, é possível maximizar-se a eficiência do método supracitado.
Neste caso, a etapa de moldagem, seguindo a etapa de pré-vulcanização, é retardada e executada numa estação de vulcanização 3’, ainda pressionando uma superfície radialmente externa do pneu verde contra as paredes internas do molde de vulcanização 4, suprindo-se o mencionado fluido de trabalho primário, pressurizado, dentro do suporte toroidal.
Um modo de realização preferido do método, de acordo com a presente invenção, provê que os mencionados tempos de parada do molde de vulcanização em cada estação de trabalho, que são, substancialmente, iguais, uns aos outros, estão compreendidos entre cerca de 3 minutos e cerca de 10 minutos. Obviamente, os mencionados tempos de parada dependem do tempo total de vulcanização necessário para a produção do pneu e do número de estações de vulcanização 3’.
Em outras palavras, considerando que o tempo total de vulcanização de um pneu está, geralmente, compreendido entre 18 e 30 minutos, e estimando-se, com isso, um tempo médio total de 24 minutos, é correto (possível) estimar-se um tempo de parada do molde 4, nas várias estações de trabalho, em cerca de 6 minutos e um aparelho para vulcanização 1 do tipo mostrado na figura 1. Desta maneira, todas as várias etapas do método são executadas nas estações de trabalho substancialmente, simultaneamente, obtendo-se, então, o grau máximo de utilização do aparelho e método de acordo com a presente invenção, reduzindo, consideravelmente, o tempo morto em cada estação de trabalho.
Um segundo modo de realização provê que o molde 4 pare, em cada estação de trabalho, por períodos de tempo que serão estabelecidos de acordo com os requisitos do pneu a ser obtido.
Preferencialmente, o molde de vulcanização 4 para, na estação de pré-vulcanização 3, por um período variando de 3 minutos a 10 minutos, e, na estação de vulcanização 3’, por um período variando no mesmo intervalo.
Nos modos de realização onde uma etapa de transferência do molde 4 para uma estação de carga e descarga 3” é provida, o mencionado molde 4 para, na mencionada estação 3”, por período variando, preferencialmente, de 1 minuto a 3 minutos.
Uma vez que, o período de permanência do molde, em cada uma das várias estações de trabalho, tenha sido determinado, é possível aperfeiçoar o aparelho e método de vulcanização, de acordo com a presente invenção, também, por meio de um número apropriado de módulos de vulcanízação2, de acordo com os requisitos da manufatura.
No escopo da descrição apresentada acima e das reivindicações seguintes, todas as medidas numéricas indicando quantidade, parâmetros, porcentagens, etc., devem ser consideradas como precedidas do termo “a cerca” a menos que especificados de outra maneira. Mais ainda, todos os intervalos de medidas numéricas incluem todas as combinações possíveis de valores máximos e mínimos, assim como todos os possíveis valores intermediários, em adição a aqueles indicados, especificamente, no texto.