BRPI0419017B1 - Barraca auto-desdobrável, compreendendo uma câmara interna - Google Patents

Description

BARRACA AUTO-DESDOBRÁVEL, COMPREENDENDO UMA CÂMARA INTERNA. A presente invenção se refere a uma barraca auto-desdobrável, isto é, uma barraca que apresenta uma estrutura em arcos flexíveis, solidária à cobertura do teto, essa barraca podendo ser dobrada em uma configuração mínima de estocagem circular e chata, por simples deformação da estrutura em arcos e podendo se desdobrar em volume na configuração usual de uma barraca por simples liberação dos esforços de deformação da estrutura em arcos. Ela se refere mais particularmente a uma barraca auto-desdobrável que é equipada com uma câmara interna.

Conhece-se, por exemplo, pelo documento US 3.990.463, uma barraca com estrutura em arco, cujo arco se apresenta sob a forma de um circuito contínuo de um material flexível e deformãvel que pode ser dobrada sob a forma de um circuito de dimensão mais reduzida, apresentando um efeito de mola. Essa estrutura em arcos é solidária a pelo menos uma cobertura de teto, eventualmente um tapete de solo. Na figura 1 do documento US 3.990.463, vê-se claramente que a estrutura em arcos flexíveis forma um circuito superior que define a colocação da barraca em volume. Para que essa colocação em volume seja completa, importa, todavia, fixar a cobertura de teto no solo, exercendo uma tração nos quatro cantos da cobertura de teto. A esse respeito, a barraca do documento US 3 990 463 não é totalmente desdobrável, já que sua colocação em volume necessita de uma intervenção manual do operador. As figuras 5 a 10 desse documento mostram o modo operacional para a dobra da barraca, até atingir a configuração dobrada com efeito de mola da estrutura em arcos.

Uma barraca totalmente auto-desdobrável, que não necessita de intervenção manual para se obter a colocação em volume definitiva, é conhecida, por exemplo, pelo documento US 5 163 461. De acordo com esse documento, a estrutura em arcos comporta não somente um circuito superior, mas também um circuito de base ele próprio solidário à cobertura de teto, esse circuito de base definindo a periferia da cobertura de teto. Nesse documento, a estrutura de arcos é contínua, constituída de uma sucessão de hastes flexíveis conectadas umas às outras e das quais certas partes, no estado desdobrado, formam o circuito superior e das quais outras partes, no estado desdobrado, formam o circuito de base. Além disso, nesse mesmo documento é previsto que, além do circuito de base, possam ser formados vários circuitos superiores, os circuitos sendo simétricos um ao outro em relação a um plano mediano transversal do circuito de base.

No documento EP.857.245, as hastes flexíveis ligadas umas às outras para formar o circuito de base e o circuito superior são conectadas , graças a um conector duplo localizado na zona do plano mediano transversal. Nesse documento, é, todavia, prevista uma estrutura de arcos complementares de configuração clássica, em forma de abóbada, destinada a se estender por cima o circuito superior e fixada segundo as bordas opostas do circuito de base para formar uma armação externa à barraca. É também conhecido, no domínio das barracas, que, para limitar as desagregações da condensação, se dispõe, embaixo da cobertura de teto propriamente dita, uma câmara interna, em condições que permitem dispor entre a cobertura de teto e a câmara interna um espaço apto a criar uma camada de ar intermediária* Em uma barraca convencional, cuja estrutura é formada de estacas verticais, o afastamento entre a cobertura de teto, eventualmente denominada duplo teto, e a câmara interna é obtido, graças a afastadores instalados sobre o topo das estacas, após instalação da câmara interna ou cobertura de barraca.

Quando a colocação em volume da barraca é obtida por uma estrutura formada de tubos encaixados ou por uma estrutura em arcos, a cobertura de teto é disposta por cima dessa estrutura e, nesse caso, a câmara interna pode ser fixada, geralmente graças a ganchos, sob a estrutura tubular ou em arcos.

Pode certamente acontecer o mesmo, quando a estrutura em arcos não é de tipo clássico, mas aquela de uma barraca auto-desdobrável conforme descrito acima. Assim, a instalação da câmara interna necessita, da parte do usuário, das manipulações complementares que fazem perder à barraca auto-desdobrável sua primeira vantagem que é de não necessitar de nenhuma manipulação para sua montagem, diferente de sua fixação no solo. A finalidade da presente invenção é de prevenir esse inconveniente, propondo uma barraca auto-desdobrável munida de uma câmara interna que não necessita dessas manipulações.

Essa finalidade é perfeitamente alcançada pela barraca auto-desdobrável que compreende, de maneira conhecida, uma estrutura em arcos flexíveis, comportando um circuito de base e pelo menos um circuito superior, assim como uma cobertura de teto que é solidária aos circuitos de bases e superior.

De maneira característica, segundo a presente invenção, essa barraca auto-desdobrável comporta, além disso, uma câmara interna, disposta sob a cobertura de teto, essa câmara tendo uma parte alta que é solidária ao circuito superior por meios flexíveis de afastamento e uma parte de fundo que é solidária ao circuito de base. Em posição desdobrada, a tensão da cobertura de teto e da câmara interna é tal que são mantidas à distância uma da outra pelos meios de afastamento.

Assim, é em primeiro lugar o dimensionamento respectivo da cobertura de teto e da câmara interna, em segundo lugar o dimensionamento respectivo do circuito de base e do(s) circuito(s) superior(es) , e em terceiro lugar a presença dos meios de afastamento flexíveis que permitem conseguir que, em posição desdobrada, a câmara interna apresente uma configuração sensivelmente esticada, delimitando sob a cobertura de teto uma camada de ar, e isto pelo simples efeito do desdobramento da barraca, sem manipulação complementar do usuário.

Em uma variante de realização, a cobertura de teto comporta, em parte baixa, duas aberturas, notadamente, opostas que formam entradas / saídas de ar na camada de ar entre a cobertura de teto e a parte alta da câmara interna. Essa camada de ar se torna então um espaço de ventilação, já que o ar pode aí circular livremente. De preferência, cada uma dessas duas aberturas opostas é formada na zona interna de um circuito superior, nas proximidades do circuito de base. Certamente, essas aberturas opostas, formadas na cobertura do teto, podem ser providas de uma grade ou de um têxtil em forma de rede, desde que ao nível dessa abertura haja uma permeabilidade suficiente ao ar para criar o efeito de ventilação buscado.

Em um primeiro modo de realização, a parte de fundo da câmara interna constitui o tapete de solo da barraca.

Em um segundo modo de realização, é previsto um tapete de solo que é seja solidário ao circuito de base, seja solidário à câmara e que é independente da parte de fundo da câmara interna. Assim, nesse caso, há duas camadas superpostas que formam o fundo da barraca: uma, o tapete de solo, em contato direto com o solo, e a outra, a parte de fundo da câmara interna, em contato com o usuário. Essa disposição particular permite maior diversidade de escolha dos materiais próprios para constituírem cada uma das duas ditas camadas, em função das propriedades técnicas buscadas. A camada em contato com o solo deve apresentar propriedades de isolamento e de impermeabilidade; a camada em contato com o usuário deve ser mais confortável. A dissociação dessas propriedades em duas camadas superpostas permite também utilizar materiais mais convencionais e, portanto, menos onerosos e também obter globalmente melhor isolamento térmico face ao solo Em uma variante de realização, a barraca auto-desdobrável da invenção comporta estojos, que são levados sobre a face externa da cobertura de teto ou que são integrados nessa cobertura de teto, para a passagem do circuito superior da estrutura de arcos. Nesse caso, os meios flexíveis de afastamento são eles próprios solidários à face interna da cobertura de teto ao nível ou nas proximidades desse estojos. Assim, a colocação em tensão da câmara interna é realizada, por intermédio dos meios flexíveis de afastamento , nas zonas da cobertura de teto que são elas próprias colocadas sob tensão pelo circuito superior.

Os meios flexíveis de afastamento podem ser de tipos muito diversos. Pode tratar-se de cintas têxteis costuradas diretamente sobre a cobertura de teto e sobre a câmara interna, até mesmo de ligação por costura direta entre a cobertura de teto e a câmara interna. Pode tratar-se de ligações amovíveis que são ligadas a elementos de fixação eles próprios fixados de maneira definitiva sobre a face interna da cobertura de teto e sobre a face externa da câmara interna. Esta disposição facilita a confecção da barraca, devido ao fato de a câmara interna não ser ligada, de maneira definitiva, notadamente por costura, à cobertura de teto.

Em uma variante de realização, a barraca auto-desdobrável, segundo a presente invenção, comporta também meios de regulagem em largura da barraca, estendendo-se entre duas zonas opostas ao mesmo tempo do circuito de base e do circuito superior embaixo da parte de fundo da câmara interna. Por exemplo, esses meios de regulagem podem ser constituídos por uma simples cinta têxtil, cujas extremidades vêm se enrolar em torno do circuito de base e da parte baixa do circuito superior e se encaixar por meios apropriados, por exemplo um sistema de fechamento auto-engripante com ganchos e com circuitos. Assim, é possível definir a largura da barraca e assim modular o volume desta. A presente invenção será melhor compreendida com a leitura da descrição que vai ser feita de um exemplo de realização de uma barraca auto-desdobrãvel munida de uma câmara interna envolvida de um espaço de ventilação, ilustrado pelo desenho anexado, no qual: a figura 1 é uma representação esquemática em perspectiva da estrutura em arcos da barraca, em posição desdobrada; - a figura 2 representa uma vista esquemática lateral da barraca auto-desdobrável; - a figura 3 representa uma vista esquemática em corte longitudinal da barraca da figura 2; - a figura 4 representa uma vista de cima para baixo e parcial da barraca da figura 2 ao nível de uma abertura lateral; - a figura 5 é uma representação esquemática de um meio flexível de afastamento detectável, A barraca auto-desdobrável, no exemplo que vai ser descrito a seguir, comporta uma estrutura em arcos constituída de uma pluralidade de hastes flexíveis, com retorno elástico, notadamente formadas de pinos em matéria compósita ou metálica ou plástica, essas hastes sendo conectadas umas às outras, para formar um circuito de base 2 e um circuito superior 3. Pode tratar-se de um conjunto contínuo de hastes conectadas umas às outras, formando, ao mesmo tempo, o circuito de base e o circuito superior, como ê o caso no documento 5.163.461. Pode também tratar-se de dois conjuntos de hastes conectadas umas às outras, formando dois circuitos independentes, a saber o circuito de base 2 e o circuito superior 3. 0 circuito de base 2 define a superfície no solo da barraca, contornando a periferia externa desta. Esse circuito de base 2, em posição desdobrada, tem uma configuração plana, de forma circular ou oblonga. Na figura 1, foram representados os dois eixos de simetria do circuito de base, respectivamente o eixo longitudinal XX' e o eixo transversal YY'. 0 circuito superior 3 define a altura e o volume interno da barraca. Quando a barraca está em posição desdobrada, as partes baixas 3a do circuito superior 3 ficam nas proximidades imediatas do circuito de base 2 ao nível do eixo transversal YY', enquanto que as partes superiores 3b do circuito superior ficam na vertical do eixo longitudinal XX' do circuito de base 2. A estrutura em arcos da barraca auto-desdobrável da presente invenção pode comportar eventualmente outros circuitos superiores destinados a formar o volume da barraca, por exemplo como os circuitos descritos nos documentos US.5.163.461, US 5.385.165 ou US 5.396.917. A estrutura em arcos serve para suportar, por um lado, uma cobertura de teto 5 e, por outro, uma câmara interna 6. Em um modo não limitativo de realização, a estrutura em arcos é alojada em estojos 7 que são cintas têxteis dobradas sobre elas próprias e costuradas sobre a face externa da cobertura de teto 5.

Esses estojos 7 podem ser contínuos ou descontínuos, até mesmo se apresentarem sob a forma de passadeiras de pequenas dimensões.

Ao invés de estojos que ultrapassam externamente a cobertura de teto, pode tratar-se de estojos integrados na estrutura da cobertura de teto, sob a forma de espécies de bolsas constituídas por uma zona localizada da cobertura de teto com duas paredes. A câmara interna 6 é disposta sob a cobertura de teto 5. Ela apresenta uma parte alta 6a que é solidária ao circuito superior 3 por meios flexíveis de afastamento 8 e uma parte de fundo 6b gue é solidária ao circuito de base 2, eventualmente, mas não obrigatoriamente por meios flexíveis de afastamento. 0 dimensionamento do circuito de base 2 e do circuito superior 3, o dimensionamento da cobertura de teto 5 e da câmara interna 6 e o dimensionamento dos meios flexíveis de afastamento são determinados de modo que, quando a estrutura em arcos passa de sua posição dobrada para sua posição desdobrada, a barraca se encontra na configuração das figuras 2 e 3, a cobertura de teto 5 sendo colocada sob tensão e a câmara interna 6 ficando suspensa sob a cobertura de teto 5, também sob uma certa tensão, com uma camada de ar no espaço 9 deixada disponível entre a face interna da cobertura de teto 5 e a face externa da câmara interna 6. Além disso, a parte de fundo 6b da câmara interna 6 se acha sensivelmente ao nível do solo 4.

Um exemplo de meios flexíveis de afastamento é ilustrado na figura 5. Trata-se no caso de meios amovíveis, permitindo a conexão e a desconexão da cobertura de teto 5 e da câmara interna 6. No exemplo ilustrado na figura 5, os meios flexíveis de afastamento consistem em um sistema que comporta um gancho 10 que é fixado sobre a câmara interna 6 por intermédio de uma garra têxtil 11, esse gancho 10 estando apto a se encaixar sobre uma peça anular fechada 12 que é fixada sobre a cobertura de teto 5, por intermédio de uma garra têxtil 13. Assim, basta fazer penetrar a extremidade livre 10a do gancho 10 na peça anular 12, para se obter a conexão buscada e a manutenção entre a cobertura de teto 5 e a câmara interna 6 sob um certo afastamento pelo fato de a colocação em tensão e o peso da câmara interna 6 terem tendência a manter em extensão as garras têxteis 11, 13. No exemplo ilustrado na figura 5, o gancho 10 comporta um apêndice flexível 10b de travamento disposto nas proximidades da extremidade livre 10a do gancho 10, de maneira a permitir a introdução no circuito de gancho 10 da peça anular 12 e impedir a saída sem manipulação desse apêndice 10b. A instalação dos meios flexíveis de afastamento é feita, de preferência, conforme ilustrado na figura 5, na zona em que se situa a aplicação da estrutura em arcos sobre a cobertura de teto. No caso presente, a garra têxtil 13 que liga a cobertura de teto 5 à peça anular 12 é costurada na zona de fixação do estojo 7 que serve de alojamento ao circuito superior 3 da estrutura de arcos.

Esse modo de realização dos meios flexíveis de afastamento 8 não é exclusivo, qualquer outra estrutura pode ser considerada para tanto permitir, por um lado, uma ligação flexível entre a cobertura de teto e a câmara interna e, por outro, um certo afastamento entre essas duas paredes, permitindo a criação de um espaço de isolamento, isto é, de um espaço contendo uma camada de ar.

De preferência, o espaço de isolamento é também um espaço de ventilação, sendo previstas aberturas 14, na parte baixa, na cobertura de teto 5. No exemplo ilustrado na figura 2, trata-se de duas aberturas opostas, simétricas em relação ao plano vertical que passa pelo eixo longitudinal XX', essas aberturas 14 sendo formadas na zona interna do circuito superior que se acha nas proximidades imediatas do circuito de base 2. Trata-se, no caso, de duas aberturas laterais pelas quais o ar pode entrar e sair, para criar uma circulação de ar em todo o espaço 9 deixado livre entre a câmara interna e a cobertura de teto. O fato de essas duas aberturas 14 serem dispostas nesse local apresenta a vantagem de permitir também um acesso ao operador, para regular eventualmente a fixação da parte de fundo 6b da câmara interna 6 sobre os circuitos de base 2 e superior 3, até mesmo regular a largura L da barraca. A figura 4 representa uma vista parcial da figura 2, vista sob uma perspectiva de cima embaixo, permitindo ver, através da abertura 14, por um lado, a parte inferior da parte alta 6a da câmara interna 6, nas proximidades da parte de fundo 6b e, por outro lado, os dois circuitos de base 2 e superior 3 da estrutura de arcos ao nível em que elas estão próximas uma da outra. No exemplo ilustrado na figura 4, a parte de fundo 6b da câmara interna 6 é ligada aos dois circuitos de base 2 e superior 3 por um tirante 15 de fixação formado de duas cintas têxteis aptas a se fecharem sobre si próprias para formar esse tirante 15, graças a um sistema de fechamento de tipo auto-engripante, com ganchos e com circuitos, conhecido sob a denominação de Velcro. Esse tirante de fixação 15 permite solidarizar a câmara interna, ao nível de sua parte de fundo 6b, ao circuito de base 2 e também o circuito superior 3, as quais são acessíveis, graças à abertura 14 praticada nessa zona e graças ao fato de estojos respectivamente 7 para o circuito superior e 7' para o circuito de base serem interrompidos também nessa zona. 0 tirante de fixação 15, em duas partes fechãveis uma sobre a outra por elementos com circuitos e com ganchos, permite também, em uma certa medida, influir sobre essas dimensões, regulando a largura L da barraca, isto é, o afastamento dos circuitos de base 2 e superior 3 ao nível do eixo transversal YY' da barraca.

Normalmente, são as dimensões da cobertura de teto e da câmara que determinam as dimensões externas da barraca em todas as direções, devido à sua colocação em tensão pelos circuitos de base e superior. Todavia, deve ser observado que a regulagem da largura L influencia necessariamente a altura H da barraca, já que a deformação do circuito superior 3 em sua parte baixa 3a vai necessariamente acarretar uma deformação correlativa desse circuito 3 em sua parte alta 3b. A regulagem em largura L da barraca pode ser obtida por meios independentes, além do tirante de fixação 15 que acaba de ser descrito, por exemplo por uma cinta transversal 16 (figura 1), cujas duas extremidades são ligadas às partes baixas do circuito superior 3 e também ao circuito de base 2 ao nível do eixo transversal YY' , a cinta transversal 15 sendo, de preferência, munida de meios de regulagem de seu comprimento, eventualmente um sistema integrado de elementos com ganchos e com circuitos conforme no exemplo acima da garra de fixação 15. A parte de fundo 6b da câmara interna 6 pode ela própria exercer o papel de tapete de solo.

Todavia, em uma outra variante, é previsto que o tapete de solo propriamente dito seja independente da parte de fundo da câmara interna e seja solidário ao circuito de base. O tapete de solo poderia também ser solidário à cobertura de teto ou à câmara, sendo, por exemplo, costurado, segundo a borda inferior da cobertura de teto ou da parte alta da câmara interna. Em todos os casos, há duas camadas de matéria que formam o fundo da barraca, a saber a parte de fundo 6b da câmara interna e o tapete de solo propriamente dita. Graças a essa disposição, portanto, é possível dissociar as propriedades técnicas que são normalmente devolutas âs duas faces de um tapete de solo clássico, a face superior e, portanto, no presente caso, a parte de fundo 6b da câmara interna devendo ter um toque agradável para o contato com o usuário, enquanto que a face inferior e no presente caso o tapete de solo propriamente dito devendo apresentar propriedades de isolamento, de resistência à abrasão e de impermeabilidade ao contato com o solo. A título de exemplo, nesse modo de realização, utilizou-se como parte de fundo da câmara interna um tecido de poliéster, enquanto que, para o tapete de solo propriamente dito, esticado no circuito de base 2, se utilizou um tecido de poliamida revestido. O efeito de ventilação que é buscado tem por finalidade evitar uma umidade muito grande na camada de ar entre a câmara interna e a cobertura de teto por efeito de condensação. Para se obter essa ventilação, graças às aberturas feitas na cobertura de tecido, não é estritamente necessário que haja um afastamento entre a parede de fundo 6b da câmara interna 6 e o circuito de base 2, jã que a ventilação deve ser realizada principalmente ao nível da parte alta 6a da câmara interna 6.

Os meios de afastamento devem ser flexíveis para não prejudicar a dobra da barraca e seu local em um saco de transporte, e também para poder seguir as diferenças de colocação respectiva da cobertura de teto e da câmara interna, devido, por exemplo, por uma regulagem em largura da barraca.

Claims (8)

1. Barraca auto-desdobrável, compreendendo: - uma estrutura em arcos, que comporta um circuito de base (2) e pelo menos um circuito superior (3) e - uma cobertura de teto (5) solidária aos circuitos de base (2) e superior (3) , caracterizada pelo fato de: a) comportar, além disso, uma câmara interna (6) , disposta sob a cobertura de teto (5) , essa câmara (16) tendo uma parte alta (6a) que é solidária ao circuito superior (3) por meios flexíveis de afastamento (8) e uma parte de fundo (6b) que é solidária ao circuito de base (2) ; e b) em posição desdobrada, a tensão da cobertura de teto (5) e da câmara interna (6) é tal que elas são mantidas à distância uma da outra pelos meios de afastamento (8).

2. Barraca auto-desdobrável, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a cobertura de teto (5) comporta, em parte baixa, duas aberturas (10) opostas para a entrada e a saída do ar que circula em um espaço de ventilação (9), entre a cobertura de teto (5) e a câmara interna (6).

3. Barraca auto-desdobrável, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que cada uma das duas aberturas opostas (14) é formada na zona interna de um circuito superior (3), nas proximidades do circuito de base (2).

4. Barraca auto-desdobrável, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizada pelo fato de que a parte de fundo (6b) da câmara constitui o tapete de solo da barraca.

5. Barraca auto-desdobrável, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizada pelo fato de comportar um tapete de solo (2) , que é independente da parte de fundo (6b) da câmara interna (6) , sendo notadamente solidária ao circuito de base ou da cobertura de teto ou da câmara.

6. Barraca auto-desdobrável, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4 ou 5, caracterizada pelo fato de comportar estojos (7) levados à ou integrados à face externa da cobertura de teto (5) para a passagem do circuito superior (3) e pelo fato de os meios flexíveis de afastamento (8) serem solidários à face interna da cobertura de teto (5) ao nível ou nas proximidades desses estojos (7).

7. Barraca auto-desdobrável, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5 ou 6, caracterizada pelo fato de que os meios flexíveis de afastamento são ligações amovíveis (10, 12) e pelo fato de a face interna da cobertura de teto e a face externa da câmara interna conterem elementos de fixação (11, 13) dessas ligações.

8. Barraca auto-desdobrável, de acordo com uma das reivindicações 1, 2, 3, 4, 5, 6 ou 7, caracterizada pelo fato de comportar meios de regulagem em largura (L) da barraca, estendendo-se entre duas zonas opostas ao mesmo tempo do circuito de base (2) e do circuito superior (3) , embaixo da parte de fundo (6b) da câmara interna (6) .