“COMPOSIÇÃO LÍQUIDA DE LIMPEZA E PRODUTO DE LIMPEZA LÍQUIDO” A invenção atual refere-se a composições extrusáveis líquidas de limpeza de fases múltiplas do tipo utilizado tipicamente na limpeza da pele ou em composições de gel de banho cujas composições são composições "estruturadas" em fase lamelar.
Composições de limpeza com duas fases e relacionadas: As composições que fornecem tanto uma função de limpeza como o benefício da umidificação são conhecidas. Por exemplo, a WO 90/13.283 para Green et al., incorporada aqui como referencia, apresenta composições compreendendo um acil éster de um sal de ácido isetiônico, um ácido graxo de cadeia longa, um componente umidificante e um sabão opcional.
Um problema que foi encontrado anteriormente com tais composições de dupla finalidade é que elas contêm um nível insuficiente de —componentes umidificantes ou uma quantidade insuficiente é depositada durante o uso.
Outro problema associado com tais composições duplas de limpeza e umidificação é a instabilidade. De acordo com a WO 94/03152 para Helliwell, incluída aqui como referência, que se refere a géis para banho compreendendo um detergente diferente de sabão, óleo de silicone e polímeros catiônicos, o tamanho máximo médio de gotas do óleo de silicone que pode ser utilizado é de 2 microns, se a estabilidade do produto deve ser mantida.
Na patente US de solicitantes de número 5.612.307 atribuída a Chambers et al., incluída aqui como referência, descobriu-se que a deposição aumentada do agente de beneficiamento poderia ser obtida em uma formulação estável utilizando-se um produto duplo de limpeza e umidificação no qual os componentes de limpeza e umidificação fossem utilizados separadamente, mas em combinação, a partir de um meio de embalagem, como funções/faixas diferentes.
Mais especificamente, as composições de Chambers et al., eram compostas de uma formulação básica contendo um tensoativo e um agente de benefíciamento onde o agente de benefíciamento e a formulação básica eram separados fisicamente (sem contato direto) e no entanto eram fornecidas a partir de um só meio de embalagem composto pela formulação básica e pelo agente de benefíciamento como faixas individuais. As faixas tinham uma largura de pelo menos 1.000 microns e as faixas da formulação básica e do agente de benefíciamento não eram misturadas posteriormente, antes do uso (comparado com a EP 468.703 para a Unilever onde era requerida a mistura posterior).
Na patente US de solicitantes de número 5.929.019 atribuída a Puwada et al, incorporada aqui como referência, os solicitantes modificaram a faixa do agente de benefíciamento da mesma forma fornecido separadamente, não misturado antes do uso, das composições duplas de limpeza /umidificação descritas por Chambers através da inclusão de um tensoativo.
As composições de fases múltiplas de limpeza e cosméticas que não são separadas na sua embalagem são também conhecidas. Por exemplo, na patente US de número 5.059.414 atribuída a Dallal et al, incorporada aqui como referência, é descrito um produto com fases múltiplas, cosmético, de alta viscosidade, contendo dois ou mais produtos independentes em um só recipiente, e também com utilização simultânea. No entanto, esta patente se refere a produtos isotrópicos para o cabelo, enquanto que a invenção atual se refere a líquidos lamelares para a higiene pessoal (mãos, corpo e cabelo). A WO de número 9824399 para Bordat et al., incluída aqui como referência, descreve composições de emulsões altamente viscosas, de fases aquosa e oleosa separadas que são espremidas conjuntamente como um só produto de um tubo fornecedor para uso na pele, corpo ou cabelo. Em comparação, a invenção atual usa líquidos lamelares com valores baixos de 5 viscosidade entre 80 - 300 K cps.
Composições lamelares: O comportamento reológico de todas as soluções de tensoativos, incluindo as soluções líquidas de limpeza, é fortemente dependente das microestruturas, i.e., a forma e a concentração de micelas ou ί 0 outras estruturas formadas por si próprias em solução.
Quando há tensoativo suficiente para formar micelas (concentrações acima da concentração crítica de micelas ou CMC), por exemplo poderão ser formadas micelas esféricas, cilíndricas (tipo haste) ou discoidais. Quando a concentração do tensoativo aumenta, poderão ser .5 formadas fases líquidas cristalinas ordenadas tais como a fase lamelar, a fase hexagonal ou a fase cúbica. A fase lamelar, por exemplo, consiste de fases duplas de tensoativos alternadas e fases de água. Estas camadas geralmente não são planas mas com dobras para formar estruturas submicron esféricas do tipo cebola chamadas de vesículas ou lipossomas. A fase hexagonal, por !0 outro lado, consiste de micelas cilíndricas e compridas arrumadas em uma treliça hexagonal. Em geral, a microestrutura da maior parte dos produtos de higiene pessoal consiste de micelas esféricas; micelas do tipo haste; ou de uma dispersão lamelar.
Conforme mencionado acima, as micelas poderão ser esféricas 15 ou do tipo haste. Formulações tendo micelas esféricas tendem a ter uma viscosidade baixa e apresentam um comportamento newtoniano de cisalhamento (i.e., a viscosidade permanece constante como uma função da cisalhamento; assim sendo, se é desejada a adminiscisalhamento fácil do produto, a solução é menos viscosa e, como conseqüência, ela não forma uma suspensão). Nestes sistemas, a viscosidade aumenta linearmente com a concentração do tensoativo.
As soluções micelares do tipo haste são mais viscosas porque o movimento das micelas mais compridas é limitado. Com um valor de cisalhamento crítico, as micelas são alinhadas e a solução se toma mais escoavel. A adição de sais aumenta o tamanho das micelas do tipo haste na mesma aumentando a viscosidade em cisalhamento zero (i.e., a viscosidade quando em repouso na garrafa) o que auxilia a colocar as partículas em suspensão mas também aumenta o valor crítico de cisalhamento (o ponto no qual o produto se toma mais fino; valores críticos de cisalhamento mais elevados significam que o produto é mais difícil de ser administrado).
As dispersões lamelares são diferentes das micelas esféricas e do tipo haste por que elas podem ter uma viscosidade elevada com cisalhamento zero (por causa da embalagem compacta das gotas lamelares constituintes), mas no entanto estas soluções são de cisalhamento muito fina ( rapidamente utilizáveis quando derramadas). Isto é, as soluções podem tomar-se mais finas do que as soluções micelares do tipo haste em valores moderados de cisalhamento.
Na formulação de composições líquidas de limpeza, no entanto, existe a escolha da utilização de soluções micelares do tipo haste (cuja viscosidade em cisalhamento zero, como por exemplo, a habilidade de formar suspensões, não é muito boa e/ou não são muito escoáveis); ou dispersões lamelares (com viscosidade em cisalhamento zero mais elevada, como por exemplo, a melhor formação de suspensões, e ainda assim são muito escoáveis). Tais composições lamelares são caracterizadas pela viscosidade elevada em cisalhamento zero (boas para a formação de suspensões e/ou estruturas) enquanto que simultaneamente sendo muito escoáveis de tal forma que elas possam ser rapidamente utilizadas quando derramadas. Tais composições possuem uma aparência "volumosa", do tipo loção o que mostra sinais de umidifícação aumentada.
Para formar tais composições lamelares, no entanto, algumas providências têm que ser tomadas. Primeiramente, quantidades geralmente maiores de tensoativos são requeridas para formar a fase lamelar. Assim sendo, com ffeqüência é requerido adicionar-se tensoativos auxiliares e/ou sais que não são desejáveis nem requeridos. Em segundo lugar, somente certos tensoativos formarão esta fase, e portanto, a escolha do tensoativo é limitada.
Em resumo, as composições lamelares geralmente são mais desejáveis (especialmente para formar a suspensão do emoliente e para fornecer ao consumidor a estética), mas são mais dispendiosas porque elas geralmente requerem mais tensoativos e são mais limitadas na faixa de tensoativos em que podem ser utilizadas.
Quando as soluções micelares do tipo haste são utilizadas, elas com ffeqüência também requerem o uso de estruturantes externos para aumentar a viscosidade e para colocar em suspensão as partículas (outra vez, porque elas têm uma viscosidade em cisalhamento zero menor do que as soluções em fase lamelar).
Por esta razão, com ffeqüência são utilizados os carbômeros e as argilas. Em valores de cisalhamento mais elevados (como na utilização do produto, na aplicação do produto no corpo, ou esfregando com as mãos), em função das soluções micelares do tipo haste serem menos escoantes, a viscosidade da solução permanece elevada e o produto pode ser viscoso e espesso. Os produtos com base em dispersão lamelar, tendo viscosidade em cisalhamento zero mais elevada, podem mais rapidamente colocar em suspensão os emolientes e tipicamente são mais cremosos. Mais uma vez, no entanto, eles geralmente são mais dispendiosos na produção (por exemplo, eles são limitados em relação aos tensoativos que podem ser utilizados e com ffeqüência requerem uma concentração maior de tensoativos).
Em geral, as composições em fase lamelar são fáceis de serem identificadas pela sua forma característica cônica focal e a textura oleosa listrada enquanto que a fase hexagonal apresenta uma textura angular semelhante a leque. Diferentemente, as fases micelares são oticamente isotrópicas.
Deve ser entendido que as fases lamelares poderão ser formadas em uma larga variedade de sistemas de tensoativos utilizando-se uma larga variedade de "indutores" de fase lamelar conforme descrito, por exemplo, na patente US de número 5.952.286 atribuída a Puwada et al. Em geral, a transição da fase micelar para a lamelar é função da área média efetiva do grupo de cabeça do tensoativo, do comprimento da calda prolongada, e do volume da calda. A utilização de tensoativos ramificados ou tensoativos com grupos de cabeça menores ou caldas volumosas são também meios efetivos de se induzir as transições do micelar do tipo haste para o lamelar.
Uma forma de se caracterizar as dispersões lamelares inclui a medição da viscosidade em cisalhamento baixa (utilizando-se por exemplo um reômetro de cisalhamento) quando é utilizado um indutor adicional (por exemplo, ácido oléico ou ácido isoesteárico). Em quantidades maiores do indutor, a viscosidade em baixo cisalhamento aumentará significativamente.
Outra forma de se medir as dispersões lamelares é através do uso de microscopia eletrônica de fratura por congelamento. Os micrográficos geralmente mostrarão a microestmtura lamelar e a organização compacta das gotas lamelares (geralmente na faixa de tamanho de cerca de 2 microns).
Os solicitantes surpreendentemente descobriram agora que poderá ser preparado um produto extrusável de fases múltiplas, estável. O termo produto de fases múltiplas é definido aqui como a composição de duas ou mais composições distintas lamelares tendo viscosidades de pelo menos cerca de 80.000 cps (T-bar) a 25°C. De preferência a viscosidade tem um limite superior de 300.000 cps a 25°C para facilitar o enchimento dos recipientes e a utilização através de uma garrafa com bomba convencional.
As fases lamelares poderão ter substancialmente as mesmas ou diferentes composições, mas de preferência as fases têm propriedades reológicas semelhantes, tais como a viscosidade, etc. As fases lamelares de preferência têm cores diferentes ou outras diferenças visuais e de preferência são carregadas verticalmente ou de uma forma pulsante em um só recipiente sem quaisquer divisões, i.e., "sem divisões". O produto poderá ser fornecido espremendo-se um recipiente flexível que contém o produto da invenção mas uma bomba simples, ou semelhante, é de preferência utilizada para fornecer o produto. Quando fornecido, cada fase do produto da invenção de fases múltiplas deve estar presente em uma faixa de concentração de 1 - 99% em peso. Desta forma, a dualidade, no caso de um sistema de duas fases, pode ser fornecida vantajosamente, economicamente e visualmente por intermédio de um só recipiente sem divisórias.
Outra vantagem do produto da invenção é o fato de que duas ou mais composições lamelares em separado tendo funções específicas, como por exemplo a limpeza e a umidificação da pele, poderão ser fornecidas simultaneamente em um recipiente sem divisórias. Uma outra vantagem de se utilizar uma composição lamelar é que quantidades elevadas de emolientes poderão ser adicionadas à fórmula sem afetar a estabilidade do produto. Inesperadamente, as fases lamelares do produto da invenção permanecem separadas (i.e. não se misturam) na temperatura ambiente durante pelo menos quatro meses e em alta temperatura (125 0 F) (51,7 °C) durante pelo menos duas semanas. A "estabilidade" conforme é utilizada aqui é portanto definida como a habilidade do produto lamelar de fases múltiplas de manter separadas cada fase uma da outra pela combinação de tempo e temperatura.
De acordo com estes e outros aspectos da invenção, a invenção será agora descrita com referência aos desenhos que a acompanham. BREVE DESCRIÇÃO DA FIGURA A figura 1 é uma vista em perspectiva mostrando uma realização da invenção atual onde duas composições de limpeza separadas líquidas em fase lamelar são colocadas em um recipiente sem divisórias.
Com referência à figura 1 mais detalhadamente, um recipiente sem divisórias contém duas composições líquidas de limpeza 18 e 20 separadas, que são separadas por uma camada limitante 22. Também detalhado na figura 1 está um mecanismo de bomba 12 tendo uma só saída 14 e um tubo de sucção 16 com um só orifício de entrada 24. De preferência, as composições de limpeza 18 e 20 são visualmente diferentes mostrando a dualidade ao consumidor. Mais de preferência, as composições de limpeza 18 e 20 têm cores diferentes com claridade visual distinta. Em outra realização da invenção, o recipiente sem divisórias poderá conter mais de duas composições líquidas de limpeza em separado em fase lamelar. A invenção atual também se refere a composições de limpeza lamelares líquidas de fases múltiplas, onde o líquido está em uma fase lamelar, compreendendo um sistema de tensoativos, de preferência um sistema que contém pelo menos cerca de 5% em peso, de preferência cerca de 10% em peso dos compostos ativos de superfície. A composição da invenção também inclui um tensoativo anfotérico e/ou zwitteriônico. De preferência o tensoativo anfotérico ou zwitteriônico, ou uma mistura dos mesmos, está presente em cerca de 3 a 40% em peso, mais de preferência em cerca de 5 a 20% em peso. A composição da invenção também contém pelo menos um tensoativo aniônico. De preferência o tensoativo aniônico está presente em cerca de 3 a 40% em peso, mais de preferência em cerca de 5 a 20% em peso. A composição da invenção também contém um estruturante lamelar. De preferência o estruturante lamelar está presente com cerca de 0,3 a 15% em peso, mais de preferência com cerca de 0,5 a 5% em peso.
Cada uma das fases de componentes da composição lamelar de fases múltiplas da invenção tem uma viscosidade em baixo cisalhamento na faixa de cerca de 80.000 a 300.000 centipoises (cps) medida em 0,5 RPM utilizando-se um fuso A "T-bar" de acordo com o procedimento descrito abaixo. De preferência as faixas de viscosidade de cerca de 100.000 até 200.000 cps e a diferença de viscosidade entre as fases confinadas está na faixa de 0 a 10% expressa como um valor relativo.
Tensoativos O sistema de tensoativos da invenção em referência compreende 5 a 60% em peso, de preferência 10 a 30% em peso da composição e é composto de: (a) pelo menos um tensoativo aniônico; (b) pelo menos um tensoativo anfotérico e/ou zwitteriônico; (c) pelo menos um composto estruturante lamelar; e (d) opcionalmente um ou mais tensoativos não iônicos, tensoativos catiônicos, ou misturas dos mesmos. O tensoativo aniônico (o qual poderá compreender 3 a 40% em peso da composição total) poderá ser, por exemplo, um sulfonato alifático, como um sulfonato primário de alcano (por exemplo, Cs-Cn), um disulfonato de alcano primário (por exemplo, C8-C22), um sulfonato de alqueno C8-C22, um hidroxialcano sulfonato C8-C22 ou um éter sulfonato de alquil glicerila (AGS); ou um sulfonato aromático como alquil benzeno sulfonato, e semelhantes. O aniônico poderá também ser um alquil sulfonato (por exemplo, alquil sulfato C^-Qs) ou alquil éter sulfato (incluindo alquil gliceril éter sulfatos), e semelhantes. Entre os alquil éter sulfatos estão aqueles tendo a fórmula: R0(CH2CH20)nS03M onde R é uma alquila ou alquenila tendo 8 a 18 carbonos, de preferência 12 a 18 carbonos, n tem um valor médio maior do que 1,0, de preferência entre 2 e 3; e M é um cátion solubilizante como sódio, potássio, amônio ou amônio substituído. Os lauril éter sulfatos de amônio e sódio são preferidos. O aniônico poderá também ser escolhido dentre alquil sulfosuccinatos (incluindo mono- e dialquil, como por exemplo, sulfosuccinatos C6-C22); alquil e acil tauratos, alquil e acil sarcosinatos, sulfoacetatos, alquil fosfatos e fosfatos C8-C22, ésteres de alquil fosfato e ésteres de alcoxil alquil fosfatos, acil lactatos, monoalquil succinatos e maleatos C8-C22, sulfoacetatos, e acil isotionatos e semelhantes.
Os sulfosuccinatos poderão ser monoalquil sulfosuccinatos tendo a fórmula: R402CCH2CH(S03M)C02M; amido-MEA sulfosuccinatos da fórmula R4C0NHCH2CH202CCH2CH(S03M)C02M onde R4 varia de alquila C8 a C22 e M é um cátion solubilizante; amido-MIPA sulfosuccinatos da fórmula R4C0NH(CH2)CH(CH3)(S03M)C02M onde R4 e M são conforme definido acima.
Também são incluídos os sulfosuccinatos de citrato alcoxilados; e sulfosuccinatos alcoxilados tais como 0 seguinte: onde η = 1 a 20; e M é conforme definido acima.
Os sarcosinatos geralmente são indicados pela fórmula RC0N(CH3)CH2C02M, onde R varia de alquila C8 até C20 e M é um cátion solubilizante.
Os tauratos são geralmente identificados pela fórmula R2C0NR3CH2CH2S03M onde R2 varia de alquila Cs - C2o, R3 varia de alquila Ci - C4 e M é um cátion solubilizante.
Outra classe de aniônicos são os carboxilatos tais como: R-(CH2CH20)nC02M onde R é alquila Cg a C2o; n é 0 a 20; e M é conforme definido acima.
Outros carboxilatos adequados são amido alquil polipeptídio carboxilatos tais como, por exemplo, Monteine LCQ® da Seppic.
Outros tensoativos que poderão ser utilizados são os acil isotionatos Cg-Cig. Estes ésteres são preparados pela reação entre um isotionato de metal alcalino com ácidos graxos alifáticos misturados tendo 6 a 18 átomos de carbono e um valor de iodo menor do que 20. Pelo menos 75% dos ácidos graxos misturados têm 12 a 18 átomos de carbono e até 25% têm 6 a 10 átomos de carbono.
Os acil isotionatos, quando presentes, geralmente variarão de cerca de 0,5 - 15% em peso da composição total. De preferência, este componente está presente com cerca de 1 até cerca de 10% em peso da composição total. O acil isotionato poderá ser um isotionato alcoxilado como é descrito na patente US 5.393.466, para Ilardi et al, contendo cerca de 1 até cerca de 3 átomos de carbono. X é 1 quando Y é um átomo de enxofre, e 2 quando Y é um átomo de nitrogênio ou fósforo; R4 é um alquileno ou hidroxialquileno de cerca de 1 até cerca de 4 átomos de carbono e Z é um radical escolhido de grupos carboxilato, sulfonato, sulfato, fosfonato, e fosfato.
Exemplos de tais tensoativos incluem: 4-[N,N-di(2-hidroxietil)-N-octadecilamônio]-butano-l- carboxilato; 5-[S-3-hidroxipropil-S-hexadecilsulfônio]-3-hidroxipentano- 1-sulfato; 3-[P,P-dietil-P-3,6,9-trioxatetradexocilfosfônio]-2-hidroxi-propano-1-fosfato; 3-[N,N-dipropil-N-3-dodecoxi-2-hidroxipropilamônio]- propano-l-fosfonato; 3-(N, N-dimetil-N-hexadecilamônio) propano-l-sulfonato; 3- (N,N-dimetil-N-hexadecilamônio)-2-hidroxipropano-1 - sulfonato; 4- [(N,N-di-(2-hidroxietil)-N-(2-hidroxidodecil)amônio]-butano-1 -carboxilato; 3-[S-etil-S-(3-dodecoxi-2-hidroxipropil) sulfônio]-propano-l- fosfato; 3-[P, P-dimetil-P-dodecilfosfonio]-propano-l-fosfonato; e 5- [N, N-di (3-hidroxipropil)-N-hexadecilamônio]-2-hidroxi-pentano-1-sulfato.
Os detergentes anfotéricos que são adequados para a invenção atual incluem pelo menos um grupo ácido. Este pode ser um grupo de ácido carboxilico ou sulfônico. Eles incluem nitrogênio quaternário e portanto são ácidos amido quaternários. Eles geralmente deverão incluir um grupo alquila ou alquenila de 7 a 18 átomos de carbono e usualmente estão de acordo com uma fórmula estrutural geral de: onde R1 é um grupo alquila ou alquenila tendo 7 a 18 átomos de carbono; R2 e R3 são cada um deles independentemente um grupo alquila, hidroxialquila ou carboxialquila tendo 1 a 3 átomos de carbono; n é 2 a 4; méO a 1; X é um grupo alquileno tendo 1 a 3 átomos de carbono opcionalmente substituído com hidroxila, e Y é -C02' ou -S03' Detergentes anfotéricos adequados de acordo com a fórmula geral acima incluem betaínas simples da fórmula: e amidobetaínas da fórmula: onde mé 2 ou 3.
Em ambas as fórmulas, R1, R2 e R3 são conforme definido anteriormente. R1 poderá, especialmente, ser uma mistura de grupos alquila C]2 e C14 derivados de casca de coco de tal forma que pelo menos metade, de preferência pelo menos três quartos dos grupos R1 têm 10 a 14 átomos de carbono. R2 e R3 são de preferência metila. Uma betaína adequada é a betaína de cocoamidopropila.
Uma outra possibilidade é que 0 detergente anfotérico seja uma sulfobetaína da fórmula ou onde m é 2 ou 3, ou variantes destes nos quais -(Ct^SCV é substituído por Nestas fórmulas R1, R2 e R3 são conforme discutido anteriormente.
Os anfoacetatos e os diaanfoacetatos também se destinam a ser cobertos em compostos possíveis zwitteriônicos e/ou anfotéricos os quais poderão ser utilizados, especialmente os anfoacetatos C8-C2o ou misturas dos mesmos, e semelhantes. Um anfoacetato adequado é o laurilanfoacetato de sódio. O tensoativo anfotérico/zwitteriônico, quando utilizado, geralmente compreende 3 a 30%, de preferência 5 a 20% em peso, mais de preferência 10 a 20% em peso da composição.
Um sistema preferido de tensoativos da invenção compreende o seguinte: tensoativo aniônico (por exemplo alquil éter sulfato de metal alcalino), 2 - 50%; tensoativo anfotérico (por exemplo alquil betaína ou alquil anfoacetato), 3 - 20%. O sistema de tensoativo poderá também opcionalmente compreender um tensoativo não iônico.
Tensoativos não iônicos adequados incluem, especialmente, os produtos da reação de compostos tendo um grupo hidrófobo e um átomo de hidrogênio reativo, por exemplo álcoois alifáticos, ácidos, amidas ou alquilfenóis com óxidos de alquileno, especialmente o óxido de etileno sozinho ou com óxido de propileno. Compostos detergentes não iônicos específicos são condensados de alquilfenóis (C6-C22) - oxido de etileno, os produtos da condensação de álcoois alifáticos (C8-Ci8) primários ou secundários, lineares ou ramificados com oxido de etileno, e produtos feitos pela condensação de óxido de etileno com os produtos da reação de óxido de propileno e etilenodiamina. Outros compostos detergentes chamados de não iônicos incluem óxidos de amina terciária de cadeia longa, óxidos de fosfina terciária de cadeia longa e dialquil sulfóxidos, e semelhantes. O não iônico poderá também ser uma amida de açúcar, como uma amida de polissacarídeo. Especificamente, 0 tensoativo poderá ser uma das lactobionamidas descritas na patente US de número 5.389.279 para Au et al. (incorporada aqui como referência) ou ele poderá ser um das amidas de açúcar descritas na patente número 5.009.814 para Kelkenberg, incorporada aqui na referida aplicação como referência.
Outros tensoativos que poderão ser utilizados são descritos na patente US de número 3.723.325 para Parran Jr. e os tensoativos não iônicos de alquil polissacarídeos conforme apresentados na patente US de número 4.565.647 para Llenado, ambas as quais são também incorporadas na aplicação referida como referência.
Os alquil polissacarídeos preferidos são os alquil poliglicosídeos da fórmula onde R2 é escolhido de alquila, alquilfenila, hidroxialquila, hidroxialquilfenila, e misturas dos mesmos nas quais os grupos alquila contêm cerca de 10 a cerca de 18, de preferência cerca de 12 a cerca de 14 átomos de carbono; n é 0 a 3, de preferência 2; t é 0 até cerca de 10, de preferência 0; e x é 1,3 até cerca de 10, de preferência 1,3 até cerca de 2,7. A glicosila de preferência é derivada de glicose.
Para preparar estes compostos, 0 álcool ou 0 álcool de alquilpolietoxila é primeiramente formado e então é reagido com a glicose, ou uma fonte de glicose, para formar o glicosídeo (agregado na posição 1). As unidades de glicosila adicionais podem então ser fixadas entre a sua posição 1 e as unidades anteriores de glicosila nas posições 2 3-, 4- e/ou 6, de preferência predominantemente na posição 2. O tensoativo não iônico geralmente compreende 3 a 40% em peso da composição, de preferência 0 a 10% em peso da composição. Estruturante lamelar As composições da invenção utilizam cerca de 0,3% a 15% em peso, de preferência 0,5 a 10% em peso, mais de preferência 0,5 a 5% em peso de um agente estruturante em cada fase o qual funciona nas composições para formar uma fase lamelar. A fase lamelar permite que as composições coloquem em suspensão as partículas mais rapidamente (por exemplo, partículas emolientes) ao mesmo tempo mantendo ainda boas propriedades de escoamento. A fase lamelar também fornece aos consumidores a reologia desejada ("volume"). O estruturante de preferência é um ácido graxo ou éster derivado do mesmo, um álcool graxo, ou trihidroxiestearina, e semelhantes. Mais de preferência o estruturante é escolhido de ácido láurico ou isoesteárico, ou trihidroxiestearina.
Exemplos adequados de ácidos graxos incluem os ácidos C]0-C22 tais como os seguintes: ácido láurico, ácido oléico, ácido isoesteárico, ácido linoleico, ácido linolênico, ácido ricinoleico, ácido elaídico, ácido ariquidônico, ácido miristoleico, e ácido palmitoleico, e semelhantes. Os derivados de éster incluem propileno glicol isoestearato, propileno glicol oleato, gliceril isoestearato, gliceril oleato e poligliceril diisoestearato, e semelhantes. Óleo / emoliente Um dos benefícios principais da invenção é a habilidade de colocar em suspensão partículas de óleo/emoliente em uma ou mais fases lamelares na composição de fases múltiplas. Os seguintes óleos/emolientes opcionalmente poderão ser colocados em suspensão nas composições da invenção. Várias classes de óleos são apresentadas abaixo: Óleos vegetais: óleo de araquis, óleo de rícino, manteiga de cacau, óleo de coco, óleo de milho, óleo de algodão, óleo de oliva, óleo de caroço de palma, óleo de colza, óleo de cártamo, óleo de sésamo e óleo de soja, e semelhantes.
Esteres: miristato de butila, palmitato de cetila, decil oleato, laurato de glicerila, ricinoleato de glicerila, estearato de glicerila, isoestearato de glicerila, laurato de hexila, palmitato de isobutila, estearato de isocetila, isoestearato de isopropila, laurato de isopropila, linoleato de isopropila, miristato de isopropila, palmitato de isopropila, estearato de isopropila, propileno glicol monolaurato, propileno glicol ricinoleato, propileno glicol estearato, e propileno glicol isoestearato, e semelhantes.
Gorduras animais: álcoois de lanolina acetilada, lanolina, banha de porco, óleo de marta e sebo, e semelhantes.
Outros exemplos de óleo/emoliente incluem óleo mineral, petrolato, óleo de silicone como dimetil polisiloxano, lauril e miristil lactato, óleos de ácido graxo, triglicerídeos, glicerina, e semelhantes. O emoliente/óleo geralmente é utilizado em uma quantidade de cerca de 0 até 70%, de preferência 5 a 40% em peso da fase na qual ele deve ser encontrado. Geralmente, ele deve compreender não mais do que 70% de tal fase. Uma porção do emoliente poderá estar presente na forma de contas sólidas ou semi sólidas. As contas são utilizadas em uma quantidade de cerca de zero até 10%, de preferência zero a 5% da fase.
Adicionalmente, as composições lamelares de fases múltiplas da invenção poderão incluir ingredientes opcionais como se segue: Solventes orgânicos, como etanol; espessantes auxiliares, agentes seqüestrantes, tais como etilenodiaminatetracetato tetrasódico (EDTA), EHDP ou misturas em uma quantidade de 0,01 até 1%, de preferência 0,01 até 0,05%; e agentes corantes, opacificantes e perolisantes como o estearato de zinco, estearato de magnésio, Ti02, EGMS ( etileno glicol monoestearato) ou Lytron 621 (copolímero de estireno/acrilato); todos eles são úteis em melhorar a aparência ou as propriedades cosméticas do produto.
As composições poderão ainda compreender antimicrobióticos tais como 2-hidroxi -4,2' 4'-triclorodifenileter (DP 3000);
Conservantes tais como dimetiloldimetilhidantoína (Glydant XL1000), parabenos, ácido sórbico, etc.
As composições poderão também compreender mono- ou dietanol amidas de acil coco e semelhantes como promotores de bolhas de sabão.
Antioxidantes tais como, por exemplo, hidroxitolueno butilado (BHT) poderão ser usados vantajosamente em quantidades de cerca de 0,01% ou maiores, se apropriado.
Os condicionadores catiônicos que poderão ser usados incluem o Quatrisoft LM-200 Polyquatemium-24, Merquat Plus 3330 -Polyquatemium 39; e condicionadores do tipo Jaguar®.
Outros ingredientes opcionais que poderão ser adicionados são os polímeros defloculantes tais como aqueles ensinados na patente US de número 5.147.576 para Montague, incorporada aqui como referência.
Outros ingredientes que poderão ser incluídos são esfoliantes tais como contas de polioxietileno, pedaços de nozes e sementes de apricot, e semelhantes. Ajustadores de pH e de viscosidade poderão ser utilizados, tais como o ácido cítrico, ácido glicólico, ácido lático, outros hidroxi ácidos alfa ou beta, e semelhantes.
As composições em fase múltipla da invenção, conforme mencionado, são composições lamelares. Especialmente, a fase lamelar compreende 20 a 80%, de preferência 30 a 65% do volume total de cada fase. O volume da fase poderá ser medido, por exemplo, através de medições de condutividade ou outras medições que são bem conhecidas por aqueles adestrados na arte. Embora não desejando ser limitados por teoria, acredita-se que o volume maior da fase fornece uma suspensão melhor de emolientes.
Esta invenção será agora descrita em maiores detalhes por intermédio dos seguintes exemplos não limitantes. Os exemplos são para fins ilustrativos somente e não se destinam a limitar a invenção de nenhuma forma.
Exceto nos exemplos, ou onde explicitamente indicado de outra forma, todos os números nesta descrição indicando quantidades ou proporções de materiais ou condições ou reação, propriedades físicas de materiais e/ou o uso devem ser entendidas como modificadas pela palavra "aproximadamente".
Onde utilizado na especificação, o termo "compõe-se" destina-se a incluir a presença das características mencionadas, números inteiros, etapas, componentes, mas não a impedir a presença ou a adição de uma ou mais características, números inteiros, etapas, componentes ou grupos nos mesmos.
Todas as percentagens na especificação e nos exemplos se destinam a ser em peso, a não ser que afirmado de outra forma.
Os exemplos 1 - 4 são composições da invenção tendo duas fases lamelares, denominadas de fase A e fase B. Descobriu-se que todas as composições permaneceram separadas (i.e. não se misturaram) na temperatura ambiente durante pelo menos quatro meses e em temperatura elevada (125 0 F - 51,7°C) durante pelo menos duas semanas. As composições foram mantidas em um recipiente transparente de PET conforme detalhado na figura 1. Descobriu-se que o produto dispensado em todos os casos continha cada fase na faixa de 1 - 99% em peso.
As medições de viscosidade foram obtidas de acordo com o seguinte procedimento: Medição de viscosidade Escopo: Este método cobre a medição da viscosidade do produto acabado.
Aparelho: Viscosímetro Brookfield RVT com acessório “Helipath”;
Mandril, peso e montagem do receptáculo para o acessório T-bar;
Fuso A do T-bar; O diâmetro das xícaras plásticas é maior do que 2,5 polegadas (6,35 cm).
Procedimento: 1. Verificar se o viscosímetro e o suporte do "helipath" estão nivelados por referência com os níveis de bolha atrás do instrumento. 2. Conectar o conjunto do mandril / receptáculo / peso, no viscosímetro (observar as roscas de acoplamento da mão esquerda). 3. Limpar o fuso A com água desionizada e secar de forma apropriada como um lenço Kimwipe. Empurrar o fuso para dentro do receptáculo e fixá-lo. 4. Ajustar a velocidade de rotação para 0,5 RPM. No caso de um viscosímetro digital (DV) escolher o modo % e pressionar "autozero" com o motor ligado. 5. Colocar o produto em uma xícara plástica com diâmetro interno maior do que 2,5 polegadas (6,35 cm). A altura do produto na xícara deve ser de pelo menos 3 polegadas (7,62 cm). A temperatura do produto deve ser de 25°C. 6. Baixar o fuso até o produto (± 0,635 cm). Fixar as travas ajustáveis do conjunto do "helipath" de forma que o fuso não toque o fundo da xícara plástica ou fique fora da amostra. 7. Ligar o viscosímetro e permitir que o marcador faça uma ou duas revoluções antes de ligar o conjunto do "Helipath".
Anotar a leitura do marcador quando o conjunto do "helipath" passa do meio do seu percurso na direção para baixo. 8. Multiplicar a leitura do marcador por um fator de 4000 e registrar a leitura da viscosidade em cps.
Embora esta invenção tenha sido descrita com relação à realizações especiais da mesma, fica aparente que numerosas outras formas e modificações da invenção serão óbvias para aqueles adestrados na arte.