“DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM ENDOPRÓTESE MODULAR PARA FÊMUR E JOELHO” BREVE APRESENTAÇÃO
[0001] Trata a presente solicitação de Patente de Modelo de Utilidade de uma disposição construtiva que se volta a endoprótese modular, particularmente endoprótese para fêmur e joelho, cujas características apresentadas proporcionam vantagens significativas, pois permite que os encaixes entre os módulos de uma endoprótese tenham maior segurança rotacional, bem como maior garantia quanto à quebra do material de implante e soltura do mesmo, devido ά sua construção modular com encaixes e recursos de rotação diferenciados em relação ao estado da técnica.
CAMPO DA INVENÇÃO
[0002] A endoprótese modular, objeto da presente solicitação de patente, se enquadra no segmento de medicina ortopédica, ESTADO DA TÉCNICA
[0003] Como é de conhecimento geral, a ressecçâo segmentar óssea com substituição por endoprótese vem sendo realizada como método de preservação dos membros nos casos de tumores malignos ósseos e nas lesões metastáticas que acometem o esqueleto, [0004] Assim, o uso do sistema modular possibilitou o emprego imediato de endoprótese, sem a necessidade de confecção sob medida, como anteriormente era feita, que, além de estar sujeita a eventuais erros de dimensiona mento, demandava espera de tempo para sua manufatura, [0005] As endopróteses modulares existentes atualmente, como aquelas encontradas no PI 01027-3-4, do mesmo depositante, obtiveram resultados satisfatórios, pois proporcionaram uma sob revida maior aos pacientes portadores deste mal, porém ainda notou-se certa fragilidade em algumas situações como a quebra de material de implante, principalmente em relação ao pino de encaixe dos módulos, os quais são direcionados a um dos receptores para fixação rotacional constante da face posterior do outro módulo, possibilitando que esses sejam posicionados em diferentes posições rotacionais. Como ocorreram esses problemas, o requerente após vários estudos e pesquisas, criou uma nova solução construtiva para a região dos módulos, [0006] No caso específico de endropròteses de fêmur e joelho, existente sempre a possibilidade de necessidade de uma ressecção total, o que implica no uso conjunto de uma endoprótese de fêmur e de joelho. Nessa situação, as referidas próteses formam uma unidade integral, interligadas pelas hastes, com dimensões predeterminadas.
[0007] Portanto, tanto no caso de uma ressecção parcial, onde apenas a endoprótese de fêmur ou joelho será substituída, os meios construtivos apresentados neste modelo se aplicam de forma tecnicamente correta, o mesmo ocorrendo quando as próteses de fêmur e joelho substituem todos os ossos desta região de ressecção, sendo utilizadas em conjunto, unidas pelas hastes, daí porque mantidas como pedido de patente único, DESCRIÇÃO GERAL DO MODELO
[0006] O novo modelo de endoprótese para fêmur e joelho elimina os encaixes do estado da técnica, que são feitos através de um único pino, conforme mostrado no documento anterior, inserindo em seu lugar um encaixe tipo macho/fêmea (roseta), o qual se apresenta com posições intermediárias de 45a, que podem sofrer rotação sem nenhum tipo de inconveniente, e que sua resistência é absoluta, resolvendo satisfatoriamente o problema apresentado.
[0009] Esta solução enquadra-se a todos os segmentos de endoprótese para fêmur e joelho, pois todos os módulos possuem um ressalto de encaixe, ou um orifício de recepção, ou ainda ambos (um em cada extremidade). Construtivamente, tanto o ressalto de encaixe quanto o orifício de recepção cônico podem ser encaixados entre si com variações rotacionais, no entanto fazendo uso de um encaixe macho/fêmea do tipo roseta, onde a cada 45p se pode executar uma diferente posição rotacional.
[0010] Os módulos são confeccionados em materiais como aço inoxidável ou titânio, sendo em alguns casos complementados por outros materiais como polietileno, o que se aplica, por exemplo, na endoprótese articulada de joelho.
[0011] Outro avanço a ser considerado e de extrema importância é que no módulo articulado de joelho foi implantada uma alteração, através da qual se torna possível que a endoprótese modular de joelho tenha rotação. Desta forma, permite que as transferências de carga rotacional que se encontram centradas no joelho, inclusive na marcha normal, sejam atenuadas com este mecanismo de rotação existente na prótese, evitando*se, desta forma, uma sobrecarga tanto nos módulos como na transição “osso remanescente-endoprótese", o que em última análise irá aumentar a durabilidade da mesma, com menores índices de fratura por fadiga ou ruptura de seus componentes.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0012] O modelo será, a seguir, explicado em sua forma construtiva, particularmente nos aspectos inovadores levados a efeito nos vários módulos da endoprótese, para fêmur e joelho, as quais podem ser aplicadas de forma conjunta, no caso de ressecção total, ou individual, no caso de ressecçâo parcial, Para melhor entendimento, referências serão feitas aos desenhos anexos, nos quais estão representadas: FIG. 1: Representa vistas lateral e planta do segmento de módulo diafisário externo da endoprótese modular; FIG. 2: Representa vistas lateral e planta do segmento de módulo diafisário Interno da endoprótese modular; FIG. 3: Representa vistas laterais e planta do segmento de módulo intermediário da endoprótese modular; FIG. 4: Representa vistas lateral, frontal, planta e cortes do segmento de módulo trocantério da endoprótese modular; FIG. 5: Representa vistas lateral e planta do segmento de módulo das hastes, contendo também hastes anti-curvato e hastes esquerda-direita da endoprótese modular; FIG, 6: Representa vistas lateral, frontal, planta e corte do segmento de módulo do componente tibial proximal da endoprótese modular; FIG. 7: Representa vistas lateral, frontal, planta e corte do segmento de módulo angular da endoprótese modular; FIG, 8: Representa vistas lateral, frontal, planta e corte do segmento de módulo de base tibial da endoprótese modular; FIG. 9; Representa vistas lateral e frontal em corte do segmento de módulo articulado do joelho provido de rotação da endoprótese modular; FIG, 9A a 9D: Representam vistas lateral, frontal, planta e oortes dos segmentos de módulos articulados de joelho provido de sistema de rotação; FIG. 10: Representa vista em perspectiva dos segmentos de módulos de endoprótese modular para fêmur a serem montados; FIG. 11: Representa vista em perspectiva da endoprótese proximal parcial de fêmur; FIG. 12: Representa vista em perspectiva da endoprótese articulada de joelho, provido de sistema de rotação.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0013] A “DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICADA EM ENDOPRÓTESE MODULAR PARA FÊMUR E JOELHO”, objeto desta solicitação de Patente de Modelo de Utilidade, possui particular aplicação em ressecções ósseas, que se destaca em relação ao estado da técnica por ser constituída de um encaixe especial macho/fêmea, do tipo roseta com posições intermediárias de 45°, passíveis de sofrer rotação sem nenhum inconveniente, sendo sua resistência absoluta. No caso da presente prótese, a mesma se aplica tanto em ressecção óssea total como parcial, sendo que, havendo a ressecção total, as próteses de joelho e fêmur são utilizadas de forma conjunta e, sendo parcial, será utilizada apenas uma ou outra prótese, A solução construtiva se encontra disponível a todos os segmentos modulares disponíveis da endoprótese para fêmur e joelho, a saber: - componente tibial e platô tíbial; - módulos intermediários (2,5 cm, 5,0 cm e 10 cm); - módulo diafisário; - cabeça femoral bipolar; - módulo angular; - base tibial; - hastes e, - módulo articulado do joelho, [0014] Todos esses módulos possuem um ressalto de encaixe (1), ou um orifício de recepção (2), ou ainda ambos {um em cada extremidade). Tanto o ressalto de encaixe {1) quanto o orifício de recepção (2) são cônicos, de forma que os módulos possam ser encaixados entre si com variações rotacionais, com base no encaixe macho/fêmea do tipo roseta (3), onde a cada 45° se pode obter um diferente posicionamento rotacional.
[0015] Segundo o presente modelo, o módulo articulado de joelho possui um sistema inovador de rotação, formado pelo componente tibial (4), o qual possui na borda superior um ressalto {5) e, quando montado sob o platô {6), sua base possuí um rebaixo em forma de “V" (7), cujo ângulo determina a rotação do joelho para a direita ou para a esquerda, desta forma permitindo que as transferências de carga rotacional que estão centradas no joelho, inclusive na marcha normal, sejam atenuadas com o referido mecanismo de rotação; com isso, evita-se sobrecarga tanto nos módulos como na transição “osso raman escente-en do prótese", o que, em última análise, irá aumentar a durabilidade da mesma, com menores indices de fraturas por fadiga ou ruptura de seus componentes. Para que o sistema possa permanecer bem centrado e acoplado, no interior do platô (6), juntamente com o componente tibial <4), é introduzida uma chaveta (8), a qual possui um parafuso (9), com arruela de pressão (10) para fixação dos conjuntos.
[0016] Na Figura 1 estão representadas vistas lateral e planta do segmento de módulo diafisárto externo da endoprótese modular, mostrando os ressaltos extremos (1), bem como os encaixes macho/fêmea tipo roseta (3) com posições rota d onais a cada 45°.
[0017] Na Figura 2 estão representadas vistas lateral e planta do segmento do módulo diafasário interno da endoprótese modular, com os orifícios de recepção (2) e os encaixes macho/fêmea tipo roseta (3) com posições rotadonais a cada 45°., [0018] Na Figura 3 estão representadas vistas lateral e em planta do segmento de módulo intermediário da endoprótese modular, tendo em uma extremidade o ressalto cônico (1) e, na extremidade oposta, o encaixe cônico (2), sendo ainda mostrados, externa e internamente, os encaixes macho/fêmea tipo roseta (3), com posições rotadonais a cada 45°.
[0019] A Figura 4 representa vistas lateral, frontal, planta e cortes do segmento de módulo trocantério da endoprótese modular, tendo em uma extremidade p encaixe cônico (2), sendo ainda mostrada internamente o encaixe tipo roseta {3) com posições rotadonais a cada 45°, [0020] A Figura 5 representa vistas lateral e planta do segmento de módulo das hastes, contendo também hastes anti-curvato e hastes esquerda-direita da endoprótese modular, sendo visualizados ressaltos externos (1) e encaixes internos ¢2) em diferentes hastes, bem como o encaixe tipo macho/fêmea tipo roseta (3) com posições rotadonais a cada 45°.
[0021] A Figura 6 representa vistas lateral, frontal, planta e corte do segmento de módulo do componente tibial proximal da endoprótese modular, onde está representado em uma extremidade o encaixe interno (2) e o respectivo encaixe tipo roseta (3) com posições rotadonais a cada 45°.
[0022] A Figura 7 representa vistas lateral, frontal, planta e corte do segmento de módulo angular da endoprótese modular, sendo visualizados encaixes íntemos (2) angulares, bem como os encaixes internos tipo roseta (3) com posições rotadonais a cada 45°, [0023] A Figura 8 representa vistas lateral, frontal, planta © corte do segmento de módulo de base tibial da endoprótese modular, onde está mostrado o encaixe interno (2) e o respectivo encaixe tipo roseta (3) com posições rotacionais a cada 45a.
[0024] A Figura 9 representa vistas lateral e frontal em corte do segmento de módulo articulado do joelho provido de rotação da endoprótese modular, mostrando, além dos componentes de rotação do joelho, os ressaltos (1) e os encaixes tipo roseta (3) com posições rotacionais a cada 45°, sendo que a associação do ressalto (1) com o encaixe macho/fêmea tipo roseta {3} elimina os pinos utilizados no modelo anterior do mesmo depositante.
[0025] As Figuras 9A a 9D representam vistas lateral, frontal, planta e cortes dos segmentos de módulos articulados de joelho provido de sistema de rotação, sendo mostrados, além dos componentes de rotação do joelho, os ressaltos (1) e os encaixe macho/fêmea tipo roseta (3) com posições rotacionais a cada 45°, [0026] A Figura 10 representa vista em perspectiva dos segmentos de módulos de endoprótese modular para fêmur a serem montados, mostrando os ressaltos (1), encaixes (2) cônicos e encaixe macho/fêmea tipo roseta (3) com posições rotacionais a cada 45°.
[0027] A Figura 11 representa vista em perspectiva da endoprótese proximal parcial de fêmur, na posição montada.
[0028] A Figura 12 representa vista em perspectiva da endoprótese articulada de joelho, provido de sistema de rotação.
[0029] Assim o presente modelo de endoprótese possibilita, portanto, a eliminação dos pinos de encaixe empregados nas próteses do PI0102703-4, mediante a associação dos ressaltos (1), encaixes (2), ambos cônicos, com os encaixes tipo roseta (3) com ajustes a cada 45°, aplicáveis estes componentes, no caso do joelho, de maneira associada ao sistema de rotação também requerido nesta solicitação, [0030] Para obtenção de uma endoprótese de fêmur ou joelho, os módulos são conectados entre si, quer de forma total ou parcial, em função do tipo de ressecção, sendo a mencionada conexão realizada pelos elementos conectores denominados ressaltos (1) e encaixes (3), ao passo que, para rotação entre os mesmos, são empregados os ecaíxes macho/fêmea tipo roseta (3) com posições rotacionais a cada 45°.
[0031] Portanto, a presente endoprótese para fêmur e joelho, segundo o presente pedido de patente, satisfaz plena mente os objetivos propostos, realizando de maneira prática e eficaz as funções para as quais foi projetada, proporcionando uma série de vantagens técnicas e funcionais, evitando-se sobrecarga tanto nos módulos como na transição do "osso remanescente -endoprótese", aumentando a durabilidade da mesma e, por fim, revestindo-se de características próprias, inovadoras e dotadas com requisitos fundamentais de novidade.
REIVINDICAÇÕES