BR202020009837Y1

BR202020009837Y1 - Balão hermético de ventilação não invasiva com colar elastomérico e conexões funcionais na linha buco-nasal

Info

Publication number: BR202020009837Y1
Application number: BR202020009837-9U
Authority: BR
Inventors: Viviane Teleginski Mazur; Sílvia Do Nascimento Rosa; Adriana E Silva Da Costa; Maurício Marlon Mazur
Original assignee: Universidade Tecnologica Federal Do Parana
Priority date: 2020-05-15
Filing date: 2020-05-15
Publication date: 2021-04-27

Abstract

BALÃO HERMÉTICO DE VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA COM COLAR ELASTOMÉRICO E CONEXÕES FUNCIONAIS NA LINHA BUCO-NASAL. Compreende um corpo (2) cilíndrico em material maleável e transparente que é unido, em seu perímetro (P) inferior, a um cone (3) em material elastomérico que possibilita efetiva vedação sem causar nenhum desconforto ao paciente, que tem a ventilação otimizada pelo fato das conexões funcionais estarem todas na linha buco-nasal (4), além de conforto ao movimentar e repousar com o produto vestido, devido a fixação paralela do par de cintas (16) no topo do balão (1) e a passagem das alças (17) sob as axilas.

Description

BREVE RESUMO

[001] Trata a presente solicitação de patente de modelo de utilidade de um balão hermético para ventilação cujo destaque é ter o corpo cilíndrico transparente unido a um cone em material elastomérico, que propicia conforto e ótima vedação, além de possuir as conexões funcionais como entrada/saída de ar e de outros acessórios como cateter, por exemplo, posicionadas na linha buco-nasal do paciente, em benefício da ventilação, além de ter a cinta numa localização ótima, tanto para movimentação equilibrada quanto no repouso.

CAMPO DE APLICAÇÃO

[002] O modelo pleiteado é aplicado no segmento de saúde, mais especificamente no setor de equipamentos médico/hospitalar que utilizam tecnologia de ventilação não invasiva para respiração artificial, mais especificamente balões de ventilação sem o uso de máscara, aplicados no caso de tratamento de doenças respiratórias agudas e infecto contagiosas, visando atender pacientes internados em unidades de tratamento intensivo.

ESTADO DA TÉCNICA

[003] São conhecidos no mercado alguns capacetes ou balões herméticos para ventilação não invasiva, como o antecipado no documento EP 2100635 intitulado “Helmet for artificial respiration without the aid of face masks or tracheal tubes, with improved wearability’ - trata de um capacete que não utiliza máscaras faciais ou tubos traqueais, compreendendo um corpo para conter a cabeça do paciente e um anel na região do pescoço; caracterizado pelo corpo compreender pelo menos um par de ilhós feito de material plástico fixado em pontos opostos da circunferência do referido para conectar os elementos de fixação, para descarregar o impulso ascendente do capacete.

[004] Apesar do documento acima ter o conceito inventivo voltado para a fixação do capacete ao paciente, percebe-se claramente que o seu contato com o pescoço do usuário se dá em uma superfície anelar, que por menos rígida que seja ainda incomoda ou mesmo fere a sua pele, além de não promover uma vedação ótima, o que pode gerar vazamentos e consequentemente aerossol de vírus, expondo a equipe médica às doenças infecto contagiosas. Outrossim, o capacete em questão tem as conexões alinhadas numa cota bem abaixo da linha buco-nasal, o que pode prejudicar o aproveitamento da ventilação artificial devido à distância das narinas. Por fim, este capacete também não apresenta uma conexão para acesso da enfermagem à face do paciente.

[005] O documento CN 102223897 intitulado “Hood for non-invasive ventilation of patients” - trata de um capuz para ventilação não invasiva dos pacientes, compreendendo um corpo de contenção provido de pelo menos uma porção opticamente transparente, e um colar que pode ser acoplado hermeticamente ao pescoço do paciente; caracterizado pelo anel ser constituído por dois semicírculos unidos um ao outro por meio de conexão, sendo os mesmos de substancial rigidez.

[006] O capuz acima soluciona o problema da vedação na região do pescoço preterindo o conforto, uma vez que para isso utiliza dois anéis confeccionados em material de substancial rigidez. Do mesmo modo que a primeira anterioridade citada, este capuz tem as conexões funcionais totalmente desalinhadas e abaixo da cota buco-nasal, o que, como já comentado, causa perda de eficácia no aproveitamento da ventilação artificial devido à distância das narinas.

[007] O documento EP 1279411 intitulado “Helmet for artificial respiration without the aid of masks” - trata de um capacete para respiração artificial sem o auxílio de máscaras compreendendo um corpo de contenção que tem uma porta de entrada de ar, conectada a um aparelho de ventilação e uma porta de saída. O corpo também possui uma abertura em frente à boca que pode ser fechada de forma removível por um elemento de fechamento.

[008] Apesar da invenção acima caracterizar uma válvula antiasfixia no topo do capacete como novidade, pode-se perceber alguns limitantes técnicos no produto a iniciar pelas conexões funcionais, de entrada e saída do ar, localizadas nas laterais, o que além de prejudicar o processo de ventilação atrapalha sobremaneira a movimentação do paciente. Outrossim, o elemento de fechamento frontal à boca, por apresentar duas entradas, impossibilita qualquer ação da enfermagem no sentido de acessar a face do paciente no caso de uma destas entradas estar sendo utilizada, por exemplo, por uma sonda. Por fim, a fixação do capacete em um ponto centro-basal e sob as axilas do usuário, somado a altura do produto, gera uma grande instabilidade quando da movimentação.

[009] O documento US 7677245 intitulado “Helmet for artificial respiration” - trata de um capacete para ser utilizado sem máscara tendo pelo menos uma porção transparente na qual a cabeça de um paciente é alojada, e um colar para aplicação hermética ao pescoço, o colar consistindo essencialmente em um anel rígido equipado com uma série de conexões de administração de gás e acessórios do suporte de acessórios.

[010] O documento de anterioridade acima reúne a tônica de todos os limitantes comentados, ou seja, o colar rígido, as conexões funcionais abaixo da linha buco-nasal e a fixação da cinta em posição, que gera desequilíbrio quando da movimentação do paciente vestindo o produto.

[011] O documento EP1170026 intitulado “Helmet for artificial respiration” - trata de um produto com uma entrada de ar e uma saída de ar, as quais estão situadas fora da linha buco-nasal. Embora este documento anterior demonstre um cone, este não está ligado diretamente ao corpo que forma o capacete, fazendo uso de um anel intermediário que recebe as tiras que se projetam para a frente e para as costas do usuário.

[012] No presente pedido de patente, está previsto o uso de cone que interage com o corpo cilíndrico, em cujo perímetro inferior é fixado o cone, promovendo maior conforto ao usuário, além do fato de a ventilação ser otimizada por estarem todas na linha buco- nasal. Não obstante, devido à fixação paralela do par de cintas no topo do balão ou corpo cilíndrico e a passagem das alças sob as axilas, também se consegue segurança e conforto ao usuário, diferentemente do documento anterior.

[013] No modelo de utilidade em questão, existe uma conexão operacional, localizada na linha ocular, a qual possibilita total acesso à face do paciente, de forma independente das conexões funcionais e a qualquer tempo, bastando que alguém da equipe de enfermagem desrosqueie o tampão que veda o orifício de entrada derivado de uma base de projeção escalonada. Estas características não são visualizadas no documento anterior.

[014] O documento ITMI20082138 intitulado “Caso Per La Ventilazione Non Invasiva Di Pazienti” apresenta um dispositivo que faz uso de anéis entre a parte superior e inferior do equipo, onde recebem elementos para aplicação de cintas, cujo contorno junto ao paciente não é demonstrado, mas não descreve disposição que contorne o corpo principal e se projete por sob as axilas, como ocorre no presente pedido de patente.

[015] O documento anterior acima também não mostra ou descreve conexão para outros acessórios mediante um vazado numa vedação elástica, devidamente posicionada na sua extremidade.

[016] O documento anterior também não mostra a possibilidade de_total acesso à face do paciente, de forma independente das conexões operacionais e a qualquer tempo, a partir da ação de alguém da equipe de enfermagem mediante desrosqueamento do tampão que veda de um orifício e entrada da respectiva base.

OBJETIVOS DO MODELO

[017] É objetivo do presente balão hermético de ventilação não invasiva, oferecer um equipamento médico capaz de promover efetiva vedação entre o corpo, em material flexível transparente, e o cone, em material elastomérico, sem prejuízo algum ao conforto do paciente, evitando assim vazamentos e consequentemente aerossol de vírus, o que exporia a equipe médica à doenças infecto contagiosas, passíveis de transmitirem agentes biológicos de um indivíduo para outro, como, por exemplo, a COVID-19.

[018] É objetivo do presente balão hermético de ventilação não invasiva, oferecer um equipamento médico capaz de otimizar ao máximo o ganho na respiração artificial, uma vez que todas suas conexões funcionais estão localizadas na linha buco-nasal do paciente, que com tal ganho terá um tempo de recuperação menor.

[019] É objetivo do presente balão hermético de ventilação não invasiva, oferecer um equipamento médico cujo posicionamento das cintas de fixação, sobre o topo do produto e sob as axilas do usuário, é capaz de propiciar perfeito equilíbrio e estabilidade quando da movimentação ou repouso do paciente.

[020] É objetivo do presente balão hermético de ventilação não invasiva, oferecer um equipamento médico prático e versátil para equipe de enfermagem, que poderá acessar a face do paciente por meio de conexão operacional, independente das conexões funcionais.

[021] É objetivo do presente balão hermético de ventilação não invasiva, oferecer um equipamento médico de ótima relação custo x benefício.

DESCRIÇÃO GERAL DO MODELO

[022] O presente modelo trata de um balão hermético de ventilação não invasiva, para uso sem máscara composto por duas partes, sendo um corpo fabricado de material maleável e transparente, o qual é conectado, por meios de fixação já conhecidos à segunda parte, um cone de material elastômero. Na linha correspondente à cota buco- nasal do paciente, o corpo do balão recepciona conexões funcionais para entrada e saída de ar, além de conexão para inserção de outros acessórios, como, por exemplo, cateteres, sondas, filtros biocida e outros dispositivos pertinentes. Por fim, um par de cintas de ajustes é fixada, em posição paralela, no topo do balão com as alças se projetando para baixo na direção das axilas do paciente, onde é passível de ser ajustada e fechada por meio de presilhas, ou outros meios de fechamento conhecidos.

[023] Numa forma de viabilização do dispositivo, o corpo do balão tem o formato cilíndrico, preferencialmente com uma altura 350 (+100) mm e diâmetro de 270 (+80) mm. Por sua vez, o cone inicia-se com diâmetro igual ao perímetro inferior do corpo do balão e termina com diâmetro de 100 mm.

[023] O corpo do balão pode ser confeccionado em plástico ou outros polímeros maleáveis, desde que tenha transparência. Por outro lado, o cone pode ser confeccionado em látex ou outros materiais elastoméricos, desde que apresentem maleabilidade e elasticidade suficientes para promover estanqueidade e conforto ergonométrico na região do pescoço. O corte dos materiais pode ser feito de forma manual ou utilizando equipamentos CNC como laser, guilhotina, serra-fita, faca à quente ou à frio. As uniões podem ser realizadas utilizando soldagem por radiofrequência, soldagem à quente, costura por ultrassom, aplicação de adesivos ou outro método que assegure a resistência à pressão necessária para operação segura.

DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[024] O modelo será, a seguir, descrita em uma forma de realização, sendo que, para melhor entendimento, referências serão feitas aos desenhos anexos, nos quais estão representadas: FIGURA 1: Vista em perspectiva do balão hermético de ventilação não invasiva com colar elastomérico e conexões funcionais na linha buco-nasal; FIGURA 2: Vista em perspectiva explodida do balão hermético de ventilação não invasiva com colar elastomérico e conexões funcionais na linha buco-nasal; FIGURA 3: Vista frontal do balão hermético de ventilação não invasiva com colar elastomérico e conexões funcionais na linha buco-nasal; FIGURA 4: Vista superior do balão hermético de ventilação não invasiva com colar elastomérico e conexões funcionais na linha buco-nasal; FIGURA 5: Vista em perspectiva explodida da conexão funcional do cateter do balão hermético de ventilação não invasiva com colar elastomérico e conexões funcionais na linha buco-nasal; FIGURA 6: Vista em perspectiva explodida da conexão operacional do balão hermético de ventilação não invasiva com colar elastomérico e conexões funcionais na linha buco- nasal; FIGURA 7: Vista frontal do balão hermético de ventilação não invasiva com colar, elastomérico e conexões funcionais na linha buco-nasal, mostrando uso.

DESCRIÇÃO DETALHADA DO MODELO

[025] O “BALÃO HERMÉTICO DE VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA COM COLAR ELASTOMÉRICO E CONEXÕES FUNCIONAIS NA LINHA BUCO-NASAL”, objeto desta solicitação de patente de modelo de utilidade compreende um corpo (2) cilíndrico em material maleável e transparente que é unido, em seu perímetro (P) inferior, a um cone (3) em material elastomérico que possibilita efetiva vedação sem causar nenhum desconforto ao paciente, que tem a ventilação otimizada pelo fato das conexões funcionais estarem todas na linha buco-nasal (4), além de conforto ao movimentar e repousar com o produto vestido, devido a fixação paralela do par de cintas (16) no topo do balão (1) e a passagem das alças (17) sob as axilas.

[026] Mais particularmente, o balão (1) hermético de ventilação não invasiva inventado compreende duas partes, um corpo (2) cilíndrico fabricado em material maleável e com transparência ideal para perfeita visão do paciente, e um cone (3), em material elastomérico o bastante para vedar ergonomicamente a região do pescoço, unido ao perímetro inferior (P) do referido corpo (2) cilíndrico por meios já conhecidos. No corpo (2) cilíndrico, mais especificamente na linha buco-nasal (4) estão localizadas as conexões funcionais, entre elas a conexão de entrada (5) de ar, derivada do ventilador mecânico (não representado), a conexão de saída (6) de ar do balão (1) e a conexão para outros acessórios (7) incluindo o cateter (8), o qual é colocado em um vazado (9) de uma vedação (10) elástica, devidamente posicionada na extremidade (11) de tal conexão para outros dispositivos (7). No referido vazado (9) também poderão ser inseridos acessórios, tais como sondas, filtros biocida e outros dispositivos pertinentes (não representados). Uma conexão operacional (12), localizada na linha ocular (13) possibilita total acesso à face do paciente, de forma independente das conexões funcionais e a qualquer tempo, bastando que alguém da equipe de enfermagem desrosqueie o tampão (14) que veda o orifício (15) de entrada derivado de uma base (B) de projeção escalonada. Um par de cintas (16) de ajustes é fixado paralelamente no topo do corpo (2) cilíndrico do balão (1) com as alças (17) dotadas de presilhas (18) do tipo macho e fêmea, ou outro meio de fechamento conhecido, desde que prático para uso no ambiente hospitalar. Nessa configuração é possível fixar o balão (1) hermético de ventilação não invasiva de forma estável, segura e equilibrada, bastando passar as alças (17) das cintas (16) sob as axilas do paciente.

Claims

1)“BALÃO HERMÉTICO DE VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA COM COLAR ELASTOMÉRICO E CONEXÕES FUNCIONAIS NA LINHA BUCONASAL” compreende duas partes, um corpo (2) cilíndrico fabricado em material maleável e com transparência ideal para perfeita visão do paciente, apresentando conexão de entrada (5) de ar e conexão de saída (6) de ar do balão (1) hermético de ventilação não invasiva; inclui ainda uma conexão para outros acessórios (7) que poder inserir cateteres (8), sondas, filtros biocida e outros, caracterizado por um cone (3), em material elastomérico unido ao perímetro inferior (P) do corpo (2) cilíndrico; na linha buco-nasal (4) do balão (1) hermético de ventilação não invasiva estão localizadas as conexões funcionais, de entrada de ar (5), saída de ar (6) e outro acessórios (7); uma conexão operacional (12), localizada na linha ocular (13); um par de cintas (16) de ajustes é fixado paralelamente no topo do corpo (2) cilíndrico do balão (1) com as alças (17) dotadas de presilhas (18) do tipo macho e fêmea.

2) “BALÃO HERMÉTICO DE VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA COM COLAR ELASTOMÉRICO E CONEXÕES FUNCIONAIS NA LINHA BUCONASAL” de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pela conexão para outros acessórios (7) possuir um vazado (9) numa vedação (10) elástica, devidamente posicionada na sua extremidade (11).

3) “BALÃO HERMÉTICO DE VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA COM COLAR ELASTOMÉRICO E CONEXÕES FUNCIONAIS NA LINHA BUCONASAL” de acordo com a reivindicação 1 caracterizado pela conexão operacional (12) ter uma base (B) de projeção escalonada que termina em um orifício (15) vedado por um tampão (14).