PT83503B

PT83503B - Capacete de proteccao ventilado

Info

Publication number: PT83503B
Application number: PT83503A
Authority: PT
Original assignee: Gore & Ass
Priority date: 1985-10-10
Filing date: 1986-10-08
Publication date: 1993-03-31
Also published as: JPS6297904A; GB8620120D0; GB2181358A; DK390886A; PT83503A; DK390886D0; NO863530D0; IL79747A0; AU5892286A

Description

A presente invenção refere-se a uma peça de vestuário para ser usada pelo pessoal de manutenção de ambientes estéreis e sem partículas. Em particular, a presente invenção refere-se a um capacete para ser usado pelo pessoal da prevenção ou contenção de poeiras radioactivas no ambiente protegido.

Um problema permanente em zonas que exigem um ambiente estéril, tais como salas de operações em hospitais, certas áreas de fabrico de produtos farmacêuticos e alimentícios, e outras zonas estéreis, é o de evitar a contaminação por bactérias provenientes do ambiente do ar expirado e das partículas libertadas do cabelo e da pele das cabeças do pessoal presente e que se desloca nessas áreas. Verificou-se também que essas partículas, tais como as poeiras e as escamas epiteliais constituem uma fonte de contaminação, e de maus funcionamentos consequentes, no fabrico de equipamentos microelectrónicos, tais coir.o os circuitos integrados para os computadores e as plaquetas de semicondutores, que são fabricados

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em ambientes o mais possível isentos de i?artí cuias. A pessoas que trabalham nestes ambientes têm sido considerados como uma fonte primária de contaminação por partículas e vários tipos de vestuário, coberturas para os pés, capacetes de protecção e outras coberturas para a cabeça têm sido concebidos com características orientadas no sentido de reter todas as partículas provenientes do corpo e do vestuário do utilizador no interior do vestuário e fora do ambiente protegido. A presente invenção refere-se à porção de cobertura da cabeça de um tal sistema contentor das partículas.

Segundo a presente invenção proporciona-se um capacete de protecção ventilado adaptado para cobrir e envolver substancialmente a cabeça de um utilizador, que compreende uma porção de coroa, uma porção flexível da face superior, aberta no sítio dos olhos, adaptada para se ajustar estreitamente à cabeça em torno dos olhos e das orelhas para suportar o referido capacete no seu lugar e para manter um ajustamento estreito em torno dos olhos, uma porção flexível da face inferior adaptada para cobrir o nariz, a boca, o queixo e o pescoço do utilizador e para se adaptar comodamente ao utilizador no seu pescoço ou abaixo do mesmo, uma fita em lacete fechado, adaptada para envol ver a cabeça do utilizador ao nível da boca ou junto do mesmo, estando a referida fita adaptada para manter o capacete estendido a esse nível, e meios para ligar o referido capacete a uma fonte de vácuo para remover o ar, as partículas e as exalações do utilizador do capacete.

Em formas preferidas de realização da presente invenção, o capacete é concebido para proporcionar conforto numa utilização prolongada, tornando mínimo o peso das partes constituintes do mesmo e tornando máximo o conforto das características de ajuste à cabeça e de manutenção do capacete na sua posição, ao mesmo tempo que se mantém a sua eficiência para controlar as partículas emanadas da cabeça do utilizador. Material macio em torno da cabeça, extremamente desejável por razões de conforto, é confortavelmente mantido afastado da face do utiliza dor, evitando assim reacções adversas da parte do utilizador.

capacete é de preferência feito de um tecido, uma película ou uma membrana macia e flexível, que cobre de maneira solta toda a cabeça, excepto na zona dos olhos, tendo uma porção elástica que envolve a parte superior da face e a porção das orelhas na cabeça para manter o capacete no seu lugar na cabeça, por meio de um ajuste estreito ligeiramente aper tado em tomo dessa porção da cabeça e tendo porções que formam uma coroa solta e suficientemente volumosa que cobre a parte in ferior da face para fechar completa e comodamente porções relativamente grandes de cabelo na coroa da cabeça e/ou na face do utilizador.

No interior do capacete há um anel leve subs tancialmente circular que circunda a cabeça do utilizador precisamente ao nível da boca ou mesmo abaixo desse nível e que mantém o tecido do capacete completamente esticado e afastado da face do utilizador. Este anel pode ser um tubo perfurado mantido no seu lugar na parte traseira da gola do capacete, incluindo o anel uma união de tubos em forma de T a partir da qual se estende um tubo de saída para fora através do capacete para ligação ao tubo de vácuo.

Os dispositivos de fixação para fixar o tubo anular ao capacete podem ser constituídos por molas ou dispç> sitivos de fixação separáveis do tipo usado vulgarmente com tecidos texteis. Colocam-se duas partes de cada par de dispositivos de fixação na zona inferior do queixo do capacete, a uma distância mútua tal que o par pode ser fixado em conjunto em tomo do tubo de plástico para o manter no seu lugar dentro do capacete. Uma das duas partes dos dispositivos de ligação que formam o par pode ser fixada num apêndice de pano no tecido e a outra no próprio tecido. Em alternativa podem usar-se presilhas de tecido formando pares de recortes paralelos a curta distância um do outro no forro ou camada interior do tecido e estendendo-se o tecido entre os cortes para formar um laço através do qual pode enfiar-se o tubo de plástico. Uma série de tais presilhas formadas em tomo da periferia do capacete ao nível da boca suportarão o anel de tubo plástico.

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Os furos no tubo anular de plástico fazem-se de preferência na zona da boca e do nariz do utilizador, mas podem fazer-se em qualquer outro local do tubo dentro do ca pacete, de modo que o ar expirado pode ser removido pelo vácuo através do tubo. 0 ar para utilização do utilizador é também arrastado ou introduzido no capacete entre o tecido têxtil elás» tico que envolve a área dos olhos e/ou a área das orelhas do utilizador e a pele do utilizador, desde que seja aplicado um vácuo adequado ao tubo de plástico. Esta introdução deliberada do ar nesta abertura tende a arrastar para o interior quaisquer partículas que possam desprender-se da zona dos olhos do utilizador. Tudo isto se verificou ser suficientemente eficiente para que se evitem o peso, o desconforto e outros problemas associados com uma máscara ou uma placa protectora da face.

capacete é completado na extremidade infe rior por uma fita elástica, um cordão esticado ou outro meio simples de fecho que seja eficaz, confortável e compatível com as características do restante do vestuário também usado pelo utilizador do capacete e que pode ou não permitir a entrada de ar.

Evitando a utilização de uma placa transparente de protecção da face, como é usado vulgarmente nas peças de vestuário semelhantes, evitaram-se os inconvenientes que a mesma apresenta. Uma placa de protecção da face é um obstáculo para o utilizador por vários motivos. Em primeiro lugar, a menos que ela seja opticamente perfeita e estaja completamente limpa, pode provocar uma visão defeituosa durante um certo intervalo de tempo. Em segundo lugar, a utilização de microscópios é intensiva no fabrico de equipamento de microelectrónica e a referida placa de protecção da face torna o uso do microscópio difícil se não impossível.

Um meio alternativo para manter a porção inferior do capacete completamente esticado sobre a zona da boca e do nariz do utilizador é proporcionado por um aro ou tira de plástico ou de metal que circunda o capacete nesta zona e é fixado no capacete.

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Um dispositivo para retirar ar do interior do capacete pode compreender tubos que passam através dos lados do capacete, sendo uma extremidade de cada tubo mantida junto da área da boca e do nariz do utilizador do capacete, ligando-se a outra extremidade de cada tubo que termina em forma de Y que se liga a uma fonte de vácuo da mesma maneira que o tubo anular.

Descreve-se agora a presente invenção num exemplo particular, com referência aos desenhos anexos, cujas figuras representam:

A fig, 1, uma vista de lado do capacete num utilizador com as linhas da face e o tubo de vácuo que circunda a cabeça, representados a cheio, e a porção de tecido do capace te tracejado, por baixo da superfície do capacete;

A fig, 2, uma vista de lado do capacete usa do pelo utilizador, estando a parte inferior da face representa da a tracejado abaixo da superfície do capacete;

A fig, 3, uma vista em planta do tubo de vá cuo que faz parte do capacete;

A fig, 4, uma vista de lado de um capacete modificado no utilizador; e

A fig, 5, uma vista em planta de partes de um sistema alternativo de remoção do ar, capacete representado nas fig, 1 e 2, colocado na cabeça de um utilizador, compreende uma porção da coroa flexível que cobre o cabelo do utilizador e que pode ser su ficientemente volumosa para cobrir de maneira confortável uma grande quantidade de cabelo. A porção da coroa (1) pode optativamente ser feita de um tecido têxtil elástico ou não elástico, que seja impenetrável às partículas com dimensães iguais ou maiores que as que se pretende evitar que entrem no espaço protegido. Uma porção (2) de tecido têxtil elástico, colocada na zona superior da face e circundando a cabeça do utilizador, é ligeiramente esticada para manter o capacete no seu lugar. A porção (2) tem uma única abertura para os olhos e ajusta-se es-

treltamente em torno dos mesmos, mas não tão estreitamente que se torne desconfortável para o utilizador em intervalos de tempo prolongados, tais como 4 a 10 hora,s consecutivas. Uma certa quantidade de ar (6) pode escoar-se para o interior do capacete em tomo da abertura para os olhos, o qual tende a arrastar para o interior do capacete quaisquer partículas provenientes das superfícies expostas dos olhos, da pele ou de cabelos que os circundam. Uma porção inferior (3) flexível do capacete está ligada à porção elástica (2) e forma uma extensão para baixo da mesma. A porção inferior (3) está adaptada para cobrir de manei ra solta o nariz, a boca, o queixo e a parte inferior da cabeça do utilizador e optativamente é feita de tecido têxtil elástico ou não elástico. A porção inferior (3) termina na parte inferior por um dispositivo de fecho (7), que pode ser, por exemplo, uma fita elástica ou um cordão para puxar que ajusta a extremidade inferior do capacete ao corpo do utilizador, de maneira cor fortável, embora estreitamente. Também aqui pode ocorrer uma fu ga de ar pequena, mas variável.

Um anel (4) (fig, 1 e 3) de tubo de plástico ou de metal, que tem furos para apanhar o ar (6) que leva partículas que podem ser exaladas pelo utilizador, ou escamas da epiderme do corpo ou do cabelo do utilizador, está colocado no interior do capacete ao nível da boca do utilizador ou próximo desse nível. 0 anel (4) está ligado a um sistema de vácuo exteriormente ao capacete através de uma união de tubos em forma de T ou outro dispositivo (5) situado na parte de trás do pescoço do utilizador. A união (5), que está ligada à extremidade do anel (4), passa através de um furo com ajustamento apertado no capacete para uma fonte de vácuo, suportada no corpo do utilizador ou por um tubo de ligação a uma fonte de vácuo.

anel (4) é mantido no seu lugar por pelo menos um par de dispositivos de ligação de mola (8) (fig, 2), de preferência dois pares colocados no capacete por cima da parte inferior das faces do utilizador. Em alternativa, o anel (4) pode ser mantido no seu lugar fazendo passar o mesmo através de presilhas formadas por pares de cortes na camada de tecido inteS 6 SS

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rior antes do fecho do anel (4) pelos acessórios (5)· 0 anel (4) pode ser feito de qualquer dos plásticos usualmente utiliza dos para o fabrico de tubos não deformáveis pela pressão exteri or, tais como, por exemplo, cloreto de polivinilo, polietileno e polipropileno. 0 acessório em forma de T (5) pode ser de metal ou de plástico e pode ser integrado numa das extremidades do anel (4).

Na forma de realização modificada da fig. 4 o capacete é suportado ao nível da boca do utilizador ou próximo desse nível por um anel modificado (13) que è mantido no seu lugar no tecido interior, por exemplo, pela inserção entre duas linhas de fios cosidos no tecido ou por entrelaçamento entre cortes paralelos no tecido interior em torno da circunferência do capacete. Os dois braços (12) de um conjunto de tubos de plástico em forma de Y (fig. 5) passam através do tecido do capacete em aberturas (11) (apenas uma delas está representada). Cada um dos braços tubulares (12) tem a sua extremidade superior junto da boca do utilizador e, na sua extremidade inferior está ajustado a uma união ou acessório tubular em forma de Y ou de T, de modo que o ar (6) e as partículas podem ser removidas por vácuo através do conjunto de tubos.

Os braços (12) do conjunto em forma de Y são mantidos no seu lugar por dispositivos de ligação (15) à fita (13) no interior do capacete. 0 ar (6) (e as partículas) que en tram por efeito do vácuo e atravessam os tubos (12) e a união em T (5) (fig. 2), ou a união em Y (5) (fig· 4) saem para o interior de uma fonte de vácuo. Um cordão ou jugo (14) em forma de cordão passa pelo pescoço do utilizador e ajuda a manter os tubos (12) no seu lugar.

A fig. 4 mostra também uma porção (lo) de cobertura das orelhas, apenas de tecido, na qual não existe politetrafluoretileno, donde pode resultar uma melhor audição pelo utilizador, por exemplo para telefonar. Devido ao sistema de vácuo, quaisquer partículas que entrem através desta porção de tecido, ou que sejam produzidas a partir da zona das orelhas do utilizador, manter-se-ão no interior do capacete ou serão ex = 7 =*

pulsas através do sistema de vácuo. Λ porção (10) é constituída por tecido elástico ou não elástico.

tecido têxtil de que é feito o capacete pode ser qualquer, seja ou não impenetrável a partículas de aerosol, mas tendo uma porção da face superior elástica para ajtis tar e manter estreitamente o capacete na cabeça do utilizador. Dado que uma das características do capacete é a comodidade do seu uso durante um tempo prolongado, são da maior importância a leveza, a capacidade de respiração e outros factores. Os teci dos texteis preferidos para o fabrico deste capacete são os laminados de politetrafluoretano (PTFE) impermeável e com capacidade de respiração apresentados na patente americana 4 194 041 e um laminado de PTFE elástico (EPTFE) impermeável e com capacidade de respirar, descrito na patente americana 4 443 511·

A coroa (1), a face superior (1) e as porções (3) da face inferior do capacete podem todas ser feitas de laminado de EPTFE, com a porção (2) da face superior dimensiona da para ser apertada com conforto. Numa outra forma de realização, a porção da face (2) é feita de EPTFE, sendo a porção (1) da coroa e a porção (3) da face inferior feitas de PTFE. Em todas as formas de realização preferidas, a camada de PTFE do laminado está na parte exterior do capacete de modo a colocar a sua superfície que não forma nem desprende partículas do lado de fora, voltada para o ambiente da sala limpa. As costuras entre as porções (1), (2) e (3) podem ser cosidas ou ligadas por um adesivo apropriado, ou seladas pelo calor e pressão com uma fita polimérica de selagem de costuras.

Claims

Capacete de protecção ventilado adaptado pa a 8 xs

I.

ra cobrir e fechar substancialmente a cabeça de um utilizador, caracterizado por compreender:

a) uma porção da coroa (1):

b) uma porção de face superior flexível (2), aberta no sítio dos olhos, adaptada para se adaptar estreitamente à cabeça em tomo dos olhos e das orelhas para suportar o referido capacete no seu lugar e manter um ajustamento estreito em torno dos olhos;

c) uma porção de face inferior flexível (3) adaptada para co brir o nariz, a boca, o queixo e o pescoço do utilizador para se ajustar de maneira cómoda ao utilizador no seu pescoço ou abaixo do mesmo;

d) uma fita (4) fechada em anel adaptada para circundar a ca beça do utilizador ao nível da boca, ou próximo do mesmo, estan do essa fita adaptada para manter o capacete esticado a esse ní vel; e

e) meios (5) pzra ligar o referido capacete a uma fonte de vácuo para retirar ar, partículas e exalações do utilizador do capacete.

Capacete de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a referida fita (4) compreender tubos com orjL fícios espaçados para admissão de ar, partículas e exalações do utilizador, sob vácuo.

Capacete de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por ser fabricado a partir de um laminado de um polímero microporoso com uma ou mais camadas de outro tecido têxtil,

Capacete de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o polímero microporoso ser politetrafluoreti_S 9 X leno expandido.

-5& -

Capacete de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser feito de um tecido têxtil revestido com uma camada de polímero poroso nele aplicada.

-6* -

Capacete de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por o tecido têxtil revestido de polímero ser laminado com um ou vários outros tecidos têxteis.

-7* „

Capacete de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser feito de um tecido têxtil impermeável ao ar.

-8® -

Capacete de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a fita anular (4) e os citados meios de ligação (15) serem mantidos na sua posição por meio de pares de dis positivos de fixação (8), presilhas ou fitas (9) formadas por cortes paralelos num tecido interior do capacete, ou por costura.

- 9? Capacete de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a coroa (1), a face sup£ rior e a face interior (2) serem feitas de material elástico.

- 1CS Capacete de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por as secções da porção da face superior que cobrem as orelhas do utilizador serem feitas de camadas simples de um tecido têxtil.

A requerente declare. que o primeiro pedido desta patente foi depositado nos Estados Unidos da América, em 10 de Outubro de 1985, sob o número de série 786.398·