BR202018071322Y1 - Disposição construtiva aplica em mesa de giro do conjunto elevador de uma máquina de colher - Google Patents

Abstract

disposição construtiva aplica em mesa de giro do conjunto elevador de uma máquina de colher. o presente modelo de utilidade refere-se a uma mesa de giro do conjunto elevador de uma máquina colheitadeira de plantas altas e cauleosas, a qual é configurada para obter uma estrutura robusta que suporta eficientemente as atividades de trabalho dos conjuntos elevadores e simplifica as linhas de produção das máquinas. mais particularmente, o presente modelo de utilidade refere-se a uma mesa de giro do conjunto elevador de uma máquina de colher que compreende uma peça única formada por uma estrutura central (55a) da qual se projetam bases (55b) espaçadas verticalmente e configuradas para encaixe em ramificações superior (12a) e inferior (12b) do chassi (12) da dita máquina, sendo que as referidas bases (55b) são dotadas de mancais de apoio primário (59a) concêntricos e alinhados para recepção de um eixo de pivotamento. além disso, ao menos uma base (55b) intermediária é dotada de mancais de apoio secundário (59b) para o acoplamento dos atuadores (12?) de movimentação angular do conjunto elevador (52) e, ainda, a base (55b) disposta na extremidade superior da estrutura central (55a) é conformada de modo a dispor um par de garfos (57) de acomodação da extremidade proximal inferior (62) da estrutura do alojamento (58) de um conjunto elevador (52).

Description

CAMPO DE APLICAÇÃO DO MODELO DE UTILIDADE

[001] O presente modelo de utilidade refere-se, de um modo geral, a uma nova disposição construtiva aplicada na mesa de giro do conjunto elevador de uma máquina de colher, particularmente daquelas destinadas à colheita de plantas altas e cauleosas, como a cana-de-açúcar e o sorgo-doce. Essa nova disposição construtiva foi projetada e desenvolvida para promover o aumento da resistência e capacidade de trabalho, assim como a redução na quantidade de peças para, com isso, obter a redução dos custos envolvidos na produção dessas peças e das máquinas colheitadeiras propriamente ditas.

FUNDAMENTOS DO MODELO DE UTILIDADE

[002] Existem no estado da técnica inúmeros modelos de equipamentos e máquinas agrícolas desenvolvidos para proporcionar o aumento da produtividade na colheita dos diversos tipos de culturas vegetais, por exemplo, as colheitadeiras de grãos, as forrageiras e, também, as máquinas colhedoras das chamadas plantas altas e cauleosas, como é o caso da cana-de- açúcar e do sorgo-doce.

[003] As máquinas destinadas à colheita dessas plantas altas e cauleosas são projetadas e desenvolvidas para propiciar a colheita deste tipo específico de cultura, isso porque, suas características intrínsecas exigem condições próprias para o seu adequado processamento, desde o corte até a transferência para os transbordos e/ou carretas.

[004] Neste contexto, sabe-se que essas máquinas colhedoras de plantas altas e cauleosas compreendem um chassi que sustenta uma série de rolos transportadores e picadores responsáveis por conduzir e picar a cana em toletes, os quais são transferidos para os transbordos e/ou carretas através de um conjunto elevador.

[005] Esse conjunto elevador é composto por uma estrutura de alojamento, normalmente metálica, constituída por uma pluralidade de partes e peças individuais que quando associadas, suportam diversos componentes que o torna bastante robusto e pesado, tal como os mecanismos responsáveis pela movimentação das taliscas, as quais conduzem e arrastam os toletes e material colhido para serem despejados nos transbordos e/ou carretas, os quais, quando em operação, se deslocam paralelamente a máquina colheitadeira para, dessa forma, com o direcionamento da extremidade superior de saída do conjunto elevador para o transbordo e/ou carreta, promover a transferência do material colhido.

[006] Em virtude do peso desse conjunto elevador, a sua estrutura é ancorada através de um mecanismo de sustentação formado por braços hidráulicos que são posicionados, de um lado, em uma região aproximadamente mediana da estrutura e, de outro lado, na estrutura do extrator primário. Adicionalmente, o conjunto elevador é também ancorado, na sua extremidade inferior e proximal à máquina, através de um sistema de flanges e pinos ou eixos, também conhecido como mesa de giro, que permite tanto manter o elevador em posição como também relacioná-lo em até cerca de 180°.

[007] Entretanto, apesar de se mostrarem funcionais, observou-se que o modo de construção e montagem dessas mesas de giro, conforme as práticas conhecidas no estado da técnica, poderia ser aperfeiçoado e melhorado, tendo em vista a complexidade, custos e quantidade de peças envolvidas na montagem. Mais particularmente, conforme é possível observar essas mesas de giro são formadas por uma série de flanges independentes que são sobrepostos e fixados uns aos outros para, então, acomodar a estrutura do conjunto elevador.

[008] Nestas condições, percebe-se que as zonas de união entre os referidos flanges independentes tornam-se pontos de fragilização da mesa de giro do estado da técnica. Isso porque, pouco importa o modo de conexão utilizado nessa união entre os flanges independentes, a limitação está no fato de serem peças separadas e, portanto, acabam gerando pontos mais frágeis em relação ao risco de quebra e ruptura, principalmente por suportar um peso substancialmente elevado do conjunto elevador.

[009] Ainda, como deve ser observado pelos técnicos no assunto, esses fatores afetam diretamente o processo de montagem e, consequentemente, os custos e o tempo de produção das máquinas colheitadeiras de um modo geral.

[0010] A título de exemplo, pode-se cita o documento US 5,031,392 que mostra um conjunto elevador com mecanismo de giro para colheitadeiras de cana de açúcar, o qual é composto por uma mesa de giro configurada para permitir a movimentação angular do conjunto elevador através de atuadores.

[0011] Dessa forma, constata-se que as máquinas do estado da técnica, especialmente aquelas destinadas à colheita de cana e sorgo, revelam alguns inconvenientes que podem afetar diretamente na produção e montagem das máquinas, particularmente com relação a fragilidade, complexidade e, principalmente, a quantidade excessiva de peças envolvidas para a obtenção de uma mesa de giro que suporte o conjunto elevador nas condições exigidas. Assim, torna-se desejável eliminar ou minimizar esses inconvenientes e com isso, aumentar a resistência e a capacidade de carga, mas também reduzir os custos relacionados a fabricação das mesas de giro através da redução da quantidade de peças envolvidas para a montagem dessas estruturas. Logo, esses são, dentre outros, os objetivos que se pretende atingir com o desenvolvimento do presente modelo de utilidade.

DESCRIÇÃO DO MODELO DE UTILIDADE

[0012] Portanto, o presente modelo de utilidade tem por objetivo prover uma nova disposição construtiva aplicada na mesa de giro do conjunto elevador de uma máquina colheitadeira, tal como as colhedoras de cana e sorgo, sendo formado por características técnicas, construtivas e funcionais especialmente projetadas e desenvolvidas para melhorar as condições de trabalho das máquinas, e simplificar as linhas de produção, bem como diminuir os gastos relacionados à produção e montagem das máquinas de um modo geral.

[0013] Mais particularmente, é um dos objetivos do presente modelo de utilidade prover uma disposição construtiva aplicada em uma mesa de giro do conjunto elevador de máquinas colheitadeiras destinadas à colheita de plantas altas e cauleosas, a qual foi configurada para obter uma estrutura em peça única e robusta para suportar com mais eficiência as atividades de trabalho dos conjuntos elevadores.

[0014] Dessa forma, com a finalidade de se atingir as melhorias técnicas e funcionais acima sumarizadas, dentre outras, o presente modelo de utilidade refere-se a uma disposição construtiva aplicada em uma mesa de giro do conjunto elevador de uma máquina de colher, a qual é formada por uma peça única que compreende uma estrutura central da qual são projetadas bases espaçadas verticalmente e configuradas para o encaixe em ramificações superior e inferior do chassi da máquina. As referidas bases sendo dotadas de mancais de apoio primário que são concêntricos e alinhados para recepção de um eixo de pivotamento, e pelo menos uma base intermediária possui mancais de apoio secundário para o acoplamento com atuadores de movimentação angular do conjunto elevador. Ainda, a base a base que fica disposta na extremidade superior da estrutura central é conformada para dispor um par de garfos de acomodação da extremidade proximal inferior da estrutura do alojamento de um conjunto elevador.

[0015] De acordo com uma concretização particular do presente modelo de utilidade, a mesa de giro é de ferro fundido.

[0016] Adicionalmente, conforme outa realização do presente modelo de utilidade, a nova disposição construtiva da mesa de giro compreende uma peça única formada pela estrutura central da qual se projetam quatro bases espaçadas verticalmente uma das outras.

[0017] Conforme mais uma realização do presente modelo de utilidade, os referidos atuadores que estão montados nos mancais de apoio secundário da mesa de giro são do tipo hidráulico, mecânico, elétrico ou uma combinação dessas tecnologias. De forma mais particular, esses atuadores são montados em duas bases intermediárias providas de mancais de apoio primário e apoio secundário que são concêntricos e estão devidamente alinhados. Opcionalmente, conforme uma concretização do modelo de utilidade, esses mancais de apoio primário e secundário são do tipo rolamentados.

[0018] Por fim, segundo mais uma concretização da mesa de giro, objeto do presente modelo de utilidade, a referida base posicionada na extremidade superior da estrutura central é dotada de chapas de sacrifício que são encaixadas e fixadas no batente da referida base através de fixadores para propiciar a substituição quando da deformação provocada pelo uso.

DESCRIÇÃO RESUMIDA DOS DESENHOS

[0019] As características, vantagens e melhorias funcionais do presente modelo de utilidade, conforme acima indicados, serão mais bem compreendidos por um técnico no assunto a partir da descrição detalhada a seguir, feita a título meramente exemplificativo, e não restritivo, de possíveis concretizações, e com referência às figuras anexas, as quais: - A Figura 1 é uma vista lateral esquemática de uma máquina colhedora de cana e sorgo, tal como aquelas conhecidas no estado da técnica; - A Figura 2 é uma vista em perspectiva da porção inferior do conjunto elevador para máquina colhedora de plantas altas e cauleosas montado sobre uma mesa de giro de acordo com o objeto do presente modelo de utilidade; - A Figura 3 é uma vista em perspectiva da mesa de giro do conjunto elevador segundo o presente modelo de utilidade, observada isoladamente.

DESCRIÇÃO DE REALIZAÇÕES DO MODELO DE UTILIDADE

[0020] O modelo de utilidade será agora descrito com relação às suas realizações particulares, fazendo-se referência às figuras anexas. Tais figuras são esquemáticas, e suas dimensões e/ou proporções podem não corresponder à realidade, uma vez que visam descrever o modelo de utilidade de forma didática. Ademais, certos detalhes construtivos conhecidos e comuns podem ter sido omitidos para maior clareza e concisão da descrição que é feita a seguir. Os números de referência utilizados são repetidos ao longo das figuras para identificar partes idênticas ou semelhantes. Os termos eventualmente utilizados como “acima”, “abaixo”, “frente”, “trás”, “direita”, “esquerda” etc. e suas variantes devem ser interpretados segundo a orientação dada na Figura 1.

[0021] Os termos aqui empregados como colheitadeira, colhedora, máquina de colher e suas variantes são utilizados indistintamente para indicar uma máquina agrícola destinada à colheita de uma cultura vegetal e, no caso desta descrição, à colheita de plantas altas e cauleosas, tal como a cana-de- açúcar, a cana energia, o sorgo etc.

[0022] Com relação agora aos desenhos, a Figura 1 ilustra uma vista lateral de uma realização de uma colheitadeira agrícola 10 de acordo com aspectos conhecidos no estado da técnica. Conforme foi mostrado, a colheitadeira 10 é configurada como uma colheitadeira de cana-de-açúcar. Entretanto, em outras realizações, a colheitadeira 10 pode corresponder a qualquer colheitadeira agrícola adequada conhecida do estado da técnica.

[0023] Ainda com relação à Figura 1, a colheitadeira 10 inclui um chassi 12, um par de rodas frontais 14, um par de rodas traseiras 16, e uma cabine de operador 18. A colheitadeira 10 pode também incluir uma fonte primária de energia (por exemplo, um motor montado no chassi 12) que energiza um ou ambos os pares de rodas 14, 16 por meio de uma transmissão (não mostrada). Alternativamente, a colheitadeira 10 pode ser uma colheitadeira acionada sobre esteiras e, portanto, pode incluir esteiras acionadas pelo mecanismo motor em substituição às rodas ilustradas 14, 16. O mecanismo motor pode também acionar uma bomba de fluido hidráulico (não mostrada) configurada para gerar fluido hidráulico pressurizado para acionar vários componentes hidráulicos da colheitadeira 10, inclusive as rodas ou esteiras.

[0024] Adicionalmente, a colheitadeira 10 pode incluir vários componentes para cortar, processar, limpar e descarregar cana-de-açúcar conforme a cana é colhida de um campo agrícola 20. Por exemplo, a colheitadeira 10 pode incluir um conjunto de cortador de pontas 22 posicionado na sua extremidade frontal para interceptar a cana-de-açúcar conforme a colheitadeira 10 se movimenta na direção de avanço. Conforme mostrado, o conjunto de cortador de pontas 22 pode incluir tanto um disco aglutinador 24 quanto um disco cortador 26. O disco aglutinador 24 pode ser configurado para aglutinar caules de cana-de-açúcar, de modo que o disco cortador 26 possa ser usado para cortar a ponta de cada caule. Geralmente, a altura do conjunto cortador de pontas 22 pode ser ajustável por meio de um par de braços 28 hidraulicamente erguidos e baixados, conforme desejado pelo operador.

[0025] Adicionalmente, a colheitadeira 10 pode incluir um divisor de linhas 30 que se estende para cima e para trás a partir do campo 20. Em geral, o divisor de linhas 30 pode incluir dois rolos de alimentação em espiral 32, também conhecidos como “pirulito”. Cada rolo de alimentação 32 pode incluir uma sapata de solo 34, visto que sua extremidade inferior auxilia o divisor de linhas 30 separando os caules de cana-de-açúcar para colheita. Além disso, conforme mostrado na Figura 1, a colheitadeira 10 pode incluir um rolo tombador 36 posicionado próximo às rodas frontais 14 e um rolo com projeções 38 posicionado atrás do rolo tombador 36. Conforme o rolo tombador 36 é girado, os caules de cana-de-açúcar colhidos são tombados enquanto o divisor de linhas 30 aglutina os caules do campo agrícola 20 no sentido para o interior da máquina 10. Adicionalmente, conforme mostrado na Figura 1, o rolo com projeções 38 pode incluir uma pluralidade de aletas intermitentemente montadas 40 que auxiliam em forçar os caules de cana-de-açúcar para baixo. Conforme o rolo 38 é girado durante a colheita, os caules de cana-de-açúcar que foram tombados pelo rolo tombador 36 são separados e, posteriormente, tombados pelo rolo 38 conforme a colheitadeira 10 continua a ser movida para frente com relação ao campo 20.

[0026] Ainda com referência à Figura 1, a colheitadeira 10 pode também incluir um conjunto de corte de base 42 posicionado atrás do rolo 38. Como é geralmente entendido, o conjunto de corte de base 42 pode incluir lâminas (não mostradas) para cortar os caules de cana-de-açúcar conforme a cana é colhida. As lâminas, localizadas na periferia do conjunto 42, podem ser giradas por um motor hidráulico (não mostrado) acionado pelo sistema hidráulico do veículo. Adicionalmente, em diversas realizações, as lâminas podem ser anguladas para baixo para cortar a base da cana-de-açúcar conforme a cana é tombada pelo rolo 38.

[0027] Além disso, a colheitadeira 10 pode incluir um conjunto de um ou mais rolos transportadores 44 localizado a jusante do conjunto de corte de base 42 para mover os caules cortados de cana-de-açúcar a partir do conjunto de corte de base 42 ao longo da trajetória de processamento. Conforme mostrado na Figura 1, o conjunto de rolo transportador 44 pode incluir uma pluralidade de rolos inferiores 46 e uma pluralidade de rolos superiores 48. Conforme a cana-de-açúcar é transportada através do conjunto de rolos transportadores 44, resíduos (por exemplo, pedras, sujeira e/ou similares) podem ser também transportados ou cair através dos rolos inferiores 46 sobre o campo 20.

[0028] Adicionalmente, a colheitadeira 10 pode incluir um conjunto picador 50 localizado na extremidade a jusante do conjunto de rolo de transporte 44 (por exemplo, adjacente aos rolos transportadores inferiores e superiores mais traseiros 46, 48). Em geral, o conjunto picador 50 pode ser usado para cortar ou picar os caules colhidos de cana-de-açúcar em pedaços ou “fragmentos” 51 menores que podem, por exemplo, medir 15,24 centímetros (seis (6) polegadas), também chamados de toletes ou rebolos. Os fragmentos 51 podem, então, ser impulsionados na direção de um conjunto elevador 52 da colheitadeira 10 para serem coletados em um receptor externo ou dispositivo de armazenamento (não mostrado).

[0029] Conforme é geralmente entendido, pedaços de resíduos 53 (por exemplo, poeira, sujeita, folhas etc.) separados dos fragmentos de cana-de- açúcar 51 podem ser expelidos da colheitadeira 10 através de um extrator primário 54, que é localizado atrás do conjunto picador 50 e é orientado para direcionar os resíduos 53 para fora da colheitadeira 10. Adicionalmente, um ventilador 56 pode ser montado no extrator primário 54 para gerar uma força de sucção ou vácuo suficiente para capturar os resíduos 53 e forçar esses resíduos 53 através do extrator primário 54. Os resíduos 53 são, então, direcionados para fora e geralmente na direção contrária da colheitadeira 10 por meio de uma saída do extrator primário 54. Os fragmentos separados 51 e mais pesados que os resíduos 53 que estão sendo expulsos do extrator 54, podem, então, cair para o conjunto elevador 52.

[0030] De acordo com este relatório descritivo, o conjunto elevador 52 deve ser entendido como compreendendo, em geral, uma estrutura de alojamento de elevador 58 e um elevador 60 que se estende dentro da referida estrutura de alojamento do elevador 58 entre uma extremidade proximal inferior 62 e uma extremidade distal superior 64. A extremidade proximal inferior 62 sendo fixada à máquina 10 e a extremidade distal superior 64 tendo uma abertura 82 para descarga do material colhido.

[0031] Em realizações adicionais ou alternativas, o elevador 60 pode incluir uma corrente ou esteira transportadora 66 e uma pluralidade de pás ou taliscas 68 acopladas ou espaçadas de maneira uniforme na corrente 66. As taliscas 68 podem ser configuradas para segurar os fragmentos de cana-de- açúcar 51 no elevador 60 conforme os fragmentos 51 são elevados para a porção superior 70 do elevador 60. Adicionalmente, o elevador 60 pode incluir rodas dentadas inferiores e superiores 72, 74 posicionadas em torno das extremidades proximal e distal 62, 64, respectivamente. Conforme mostrado na Figura 1, um motor de elevador 76 pode ser acoplado a uma das rodas dentadas (por exemplo, a roda dentada superior 74) para acionar a corrente 66, permitindo assim que a corrente 66 e as taliscas 68 viajem em um ciclo sem fim entre as extremidades proximal e distal 62, 64 do elevador 60.

[0032] Além disso, pedaços de resíduos 53 (por exemplo, poeira, sujeira, folhas etc.) separadas dos fragmentos de cana-de-açúcar 51 podem ser expelidas da colheitadeira 10 através de um extrator secundário 78 acoplado à extremidade traseira da estrutura de alojamento do elevador 58. Conforme mostrado na Figura 1, o extrator secundário 78 pode estar situado de maneira adjacente à extremidade distal 64 do elevador 60 e pode ser orientado para direcionar os resíduos 53 para fora a partir da colheitadeira 10. Adicionalmente, um ventilador 80 pode ser montado no extrator secundário 78 para gerar uma força de sucção ou vácuo suficiente para extrair os resíduos 53 e forçar esses resíduos 53 através do extrator secundário 78. Os fragmentos separados 51, mais pesados que os resíduos 53 expelidos através do extrator 78, podem, então, cair da extremidade distal 64 do elevador 60. Tipicamente, os fragmentos 51 podem cair através de uma abertura de descarga 82 do conjunto elevador 52 em um dispositivo de armazenamento externo (não mostrado), tal como um carro, um transbordo, uma caçamba etc.

[0033] Durante a operação, a colheitadeira 10 é percorrida por todo o campo agrícola 20 para colher cana-de-açúcar ou qualquer outra planta alta e cauleosa. Após a altura do cortador de pontas 22 ser ajustada (se for utilizado) por meio dos braços 28, o disco aglutinador 24 no conjunto de cortador de pontas 22 pode funcionar de maneira a aglutinar as pontas de cana-de-açúcar conforme a colheitadeira 10 procede através do campo 20, enquanto o disco cortador 26 corta as pontas folhosas dos caules de cana-de-açúcar para despejá-las ao longo de ambos os lados da colheitadeira 10. Conforme os caules entram no divisor da linha 30, as sapatas 34 podem configurar a largura da operação para determinar a quantidade de cana-de-açúcar que entra na garganta da colheitadeira 10, seja de modo fixo ou ajustável. Os pirulitos 32 aglutinam, então, os caules na entrada da máquina para permitir que o rolo tombador 36 curve os caules para baixo em conjunto com a ação do rolo alimentador 38. Uma vez que os caules são posicionados em ângulo conforme mostrado na Figura 1, o conjunto de corte de base 42 pode, então, cortar a base dos caules do campo 20. Os caules cortados são, então, direcionados ao conjunto dos rolos transportadores 44.

[0034] Os caules cortados de cana-de-açúcar são transportados para trás pelos rolos transportadores 46, 48 que comprimem os caules e a matéria colhida. Na extremidade a jusante do conjunto de rolos transportadores 44, o conjunto picador 50 corta ou pica os caules compactados de cana-de- açúcar em pedaços ou fragmentos 51. Resíduos transportados 53 (por exemplo, poeira, sujeira, folhas etc.) separados dos fragmentos de cana-de-açúcar 51 são, então, extraídos através do extrator primário 54 usando a sucção criada pelo ventilador 56. Os fragmentos separados/lavados 51 caem, então, para o conjunto elevador 52 e viajam para cima por meio do elevador 60 a partir da sua extremidade proximal 62 até a extremidade distal 64. Durante a operação normal, uma vez que os fragmentos 51 alcançam a extremidade distal 64 do elevador 60, os fragmentos 51 caem através da abertura de descarga 82 até um dispositivo de armazenamento externo. Similar ao extrator primário 54, resíduos são soprados para fora da colheitadeira 10 através do extrator secundário 78 com o auxílio do ventilador 80.

[0035] Uma máquina colhedora 10, tal como descrita acima, pode ser, por exemplo, uma máquina conhecida no estado da técnica, tal como a colheitadeira de cana da CNH Industrial N.V. comercializada com a marca Case IH.

[0036] Agora, com relação a Figura 2, onde é representada a extremidade proximal inferior 62 do conjunto elevador 52 fixado ao chassi 12 da máquina de colher 10, observa-se que a fixação é obtida através de uma mesa de giro 55 de acordo com o presente modelo de utilidade.

[0037] Mais particularmente, a nova disposição construtiva aplicada na mesa de giro 55 compreende uma peça única formada por uma estrutura central 55a da qual se projetam bases 55b espaçadas verticalmente e configuradas para encaixe em ramificações superior 12a e inferior 12b do chassi 12 da máquina, sendo que as referidas bases 55b compreendem, ainda, mancais de apoio primário 59a concêntricos e devidamente alinhados para recepção de um eixo de pivotamento (não representado) e, também, ao menos uma base 55b intermediária possui mancais de apoio secundário 59b para o acoplamento dos atuadores 12’ responsáveis pela movimentação angular do conjunto elevador 52. Além disso, a base 55b disposta na extremidade superior da estrutura central 55a é conformada de modo a dispor um par de garfos 57 para acomodação da extremidade proximal inferior 62 da estrutura do alojamento 58 do conjunto elevador 52.

[0038] De acordo com uma realização particular do presente modelo de utilidade, a referida mesa de giro 55, que compreende uma peça única, é manufaturada em ferro fundido.

[0039] De acordo com uma concretização do presente modelo de utilidade, a mesa de giro 55 compreende uma peça única formada pela estrutura central 55a da qual se projetam quatro bases 55b espaçadas verticalmente uma das outras.

[0040] Ainda, conforme uma outra realização do presente modelo de utilidade, os atuadores 12’ que estão montados nos mancais de apoio secundário 59b previstos na base intermediária 55b são, por exemplo, do tipo hidráulico, mecânico, elétrico ou uma combinação dessas tecnologias.

[0041] Opcionalmente, conforme mais uma concretização do presente modelo de utilidade, os atuadores 12’ são montados em duas bases 55b intermediárias que compreendem mancais de apoio secundário 59b concêntricos e devidamente alinhados para a conexão dos ditos atuadores 12’.

[0042] Adicionalmente, conforme outras concretizações do presente modelo de utilidade, os referidos mancais de apoio primário 59a e apoio secundário 59b são do tipo rolamentados.

[0043] Também, de acordo com uma outra concretização do presente modelo de utilidade, a base 55b disposta na extremidade superior da estrutura central 55a compreende chapas de sacrifício 55b’ encaixadas e fixadas no batente da referida base 55b através de fixadores 55b’’, por exemplo parafusos, arruelas etc., para permitir a troca desses anteparos quando houver necessidade. A finalidade dessas chapas de sacrifício 55b’ é propiciar a substituição ou a soldagem de um material de proteção contra as deformações usualmente formadas com o passar do tempo e do uso da máquina colhedora.

[0044] Assim, conforme é possível constatar, a nova disposição construtiva proposta para a mesa de giro 55, segundo o presente modelo de utilidade, elimina a necessidade de processos de montagem, tendo em vista que é uma peça única e, por essa razão, consegue, ainda, proporcionar o aumento substancial da resistência e capacidade de carga, visto que os pontos frágeis normalmente gerados em peças que são submetidas aos processos de fixação mecânica, como por exemplo a solda ou parafusos, são eliminados.

[0045] Além disso, considerando que a mesa de giro 55, de acordo com o presente modelo de utilidade, é uma peça única, consegue simplificar o processo de fabricação, reduzindo a quantidade de peças utilizadas e, ainda, os custos envolvidos na construção e montagem dos conjuntos elevadores e das máquinas de um modo geral.

[0046] Neste contexto, pode-se afirmar que a nova disposição construtiva aplicada na mesa de giro 55, segundo a proposta do presente modelo de utilidade, consegue obter resultados práticos e funcionais de uso e fabricação dos conjuntos elevadores 52, melhorando as condições de trabalho das máquinas, mas também reduzindo peças e simplificando o processo de montagem das máquinas colhedoras de plantas altas e cauleosas.

[0047] Por fim, considerando todo o acima discutido, é importante destacar que a presente descrição tem como objetivo apenas apresentar e definir de modo exemplificativo realizações particulares da nova disposição construtiva aplicada na mesa de giro 55 do conjunto elevador 52 de uma máquina colheitadeira de plantas altas e cauleosas, segundo o presente modelo de utilidade. Logo, como bem devem apreciar os técnicos no assunto, diversas modificações e combinações de elementos e detalhes equivalentes são possíveis sem, com isso, fugir do escopo de proteção definido pelas reivindicações anexas.

Claims (6)

1. DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICA EM MESA DE GIRO DO CONJUNTO ELEVADOR DE UMA MÁQUINA DE COLHER, que compreende atuadores (12’) de movimentação angular do conjunto elevador (52), caracterizada por compreender uma peça única formada por uma estrutura central (55a) da qual se projetam bases (55b) espaçadas verticalmente e configuradas para encaixe em ramificações superior (12a) e inferior (12b) do chassi (12) da dita máquina, sendo que: as ditas bases (55b) são dotadas de mancais de apoio primário (59a) concêntricos e alinhados para recepção de um eixo de pivotamento; uma base (55b) intermediária possui mancais de apoio secundário (59b); e a base (55b) disposta na extremidade superior da estrutura central (55a) é conformada de modo a dispor um par de garfos (57) de acomodação da extremidade proximal inferior (62) da estrutura do alojamento (58) de um conjunto elevador (52).

2. DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICA EM MESA DE GIRO DO CONJUNTO ELEVADOR DE UMA MÁQUINA DE COLHER, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende uma peça única formada pela estrutura central (55a) da qual se projetam quatro bases (55b) espaçadas verticalmente uma das outras.

3. DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICA EM MESA DE GIRO DO CONJUNTO ELEVADOR DE UMA MÁQUINA DE COLHER, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que os ditos atuadores (12’), montados nos mancais de apoio secundário (59b) são do tipo hidráulico, mecânico, elétrico ou uma combinação dessas tecnologias.

4. DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICA EM MESA DE GIRO DO CONJUNTO ELEVADOR DE UMA MÁQUINA DE COLHER, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que os ditos atuadores (12’) são montados em duas bases (55b) intermediárias e que são dotadas de mancais de apoio secundário (59b) concêntricos e devidamente alinhados.

5. DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICA EM MESA DE GIRO DO CONJUNTO ELEVADOR DE UMA MÁQUINA DE COLHER, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que os ditos mancais de apoio primário (59a) e apoio secundário (59b) são do tipo rolamentados.

6. DISPOSIÇÃO CONSTRUTIVA APLICA EM MESA DE GIRO DO CONJUNTO ELEVADOR DE UMA MÁQUINA DE COLHER, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a base (55b) disposta na extremidade superior da estrutura central (55a) compreende chapas de sacrifício (55b’) encaixadas e fixadas no batente da referida base (55b) através de fixadores (55b’’).