BR202018015737Y1 - Dispositivo para estabilização da tensão em uma cinta de travamento de uma carga - Google Patents

Abstract

?DISPOSITIVO PARA ESTABILIZAÇÃO DA TENSÃO EM UMA CINTA DE TRAVAMENTO DE UMA CARGA? o presente invento pertence ao campo dos veículos rodoviários, agrícolas e congêneres, mais particularmente veículos que realizam o transporte de cargas sobre uma carroceria, trazendo como principal vantagem em relação aos dispositivos conhecidos no estado da técnica o fato de permitir o ajuste remoto da tensão da cinta, utilizando-se do sistema de pneumático do veículo, para realizar a expansão de maneira seletiva de um cilindro pneumático, fazendo com que haja o avanço no engrenamento contínuo de uma catraca mecânica e consequentemente o aumento e estabilização da tensão na cinta de travamento de uma carga em um veículo rodoviário ou do implemento agrícola ao qual está sendo empregada.

Description

[01] O presente modelo de utilidade pertence ao campo dos veículos rodoviários, agrícolas e congêneres, mais particularmente veículos que realizam o transporte de cargas sobre uma carroceria, trazendo como principal vantagem em relação aos dispositivos conhecidos no estado da técnica, o fato de permitir o ajuste remoto da tensão da cinta, utilizando-se do sistema de pneumático do veículo para realizar a expansão de maneira seletiva de um cilindro pneumático, fazendo com que haja o avanço no engrenamento continuo de uma catraca mecânica e consequentemente o aumento e estabilização da tensão na cinta de travamento de uma carga em um veículo rodoviário ou do implemento agrícola, ao qual está sendo empregada.

[02] São conhecidos no estado da técnica diversos meios de travamento de uma carga sobre um veículo rodoviário ou agrícola, este tipo de travamento pode ser desde amarrações até sistemas de travamento. Recentemente, normativas de transporte de cargas proibiram o emprego de cordas, cordões e afins para travamento de cargas. De acordo com estas normativas as cargas devem ser travadas com cintas de seção chata, controladas a partir de um dispositivo extensor mecânico.

[03] Assim, tem se empregado meio de tensão de uma cinta a partir do enrolamento de parte de sua extensão em um carretel, travado este carretel através de uma catraca mecânica, por meios de junção não permanentes, como parafusos e porcas, contra-pinos, cupilhas entre outros. No entanto um fator tem agravado o emprego destes meios em cargas, especialmente em ambientes rodoviários e agrícolas onde a carga e a unidade tratora são submetidas a severas condições de vibrações, o que gera uma folga entre a cinta e cargas, fazendo com que seja aplicado à cinta uma tensão extrema pelo movimento das cargas, gerando o rompimento e até mesmo a queda da carga que está sobre o veículo. Assim, para garantir a segurança da carga sobre o veículo, o motorista necessita realizar uma série de vistorias durante a viagem, o que demanda a parada do veículo, o que leva muitas vezes tempo e coloca em risco sua segurança.

[04] O estado da técnica descreve diversos conjuntos de amarração para cargas em que a biela de acionamento do eixo e respectivo acionamento da engrenagem possui um olhal para acoplamento da haste (11) de um cilindro pneumático. No entanto, esta conexão é intermediada por um braço conector. Exemplos de tais construtividades são reveladas em US2008304932, que descreve um conjunto de amarração autotensionante para apertar as correias de retenção sobre guinchos de acondicionamento de carga que apresenta um atuador ligado a um circuito pneumático que proporciona um movimento linear alternativo a uma ligação binária ligada ao guincho. A ligação de torque tem uma embreagem de mola conectável à catraca do guincho e um braço de conector conectado ao atuador. Esta anterioridade revela um orifício para encaixe dos pinos que recebem a haste de um cilindro pneumático, porém se faz necessário uma conexão intermediada por um braço conector.

[05] A anterioridade US2007269285 descreve um conjunto de amarração autotensionante para apertar as correias de retenção que prendem a carga em um transportador. As correias de retenção são conectadas a guinchos conectados à transportadora. Um sistema de catraca é usado para apertar o guincho. Uma ligação de torque de duas barras tem um braço de catraca conectável à catraca através de um soquete e tem um braço de conector conectado a um atuador. O atuador é conectado a um circuito pneumático/elétrico e fornece movimento linear alternativo, acionando assim a ligação de torque.

[06] A anterioridade US6059499 descreve um conjunto de correia retrátil capaz de ser retraída dentro da carcaça com um acoplador em uma extremidade. É descrito um braço com uma extremidade inferior com um ilhós adaptado para receber rotativamente uma porção da haste entre a catraca e um dos recipientes de mola. A barra alongada tem uma extremidade superior que se estende através de uma ranhura alongada formada na face superior. A haste inclui ainda um membro radialmente estendido com uma mola montada nele. Essa haste da mola serve para engatar a roda da catraca quando girada em uma primeira direção e desengatar a roda da catraca quando girada em uma segunda orientação, enrolando assim a correia quando a barra alongada é recíproca.

[07] Em outras formas de realização, a haste do cilindro é conectado diretamente ao gatilho mas é prevista uma mola helicoidal que incita a biela a se engajar no dente da catraca. Exemplo de tal construtividade é descrita no documento US5186586 que revela uma barra de gancho conectada a um tambor rotativo que é mantido a partir da rotação em uma direção por uma catraca. Após a liberação pela aplicação de força a uma haste de liberação remota, a barra do gancho é liberada e deixada girar, fazendo com que o gancho que conecta a contenção à barra do gancho caia, liberando a restrição. A haste do cilindro é conectada diretamente ao gatilho, via olhal, realizando um movimento linear, sendo prevista uma mola helicoidal comprimida entre uma mola formada na biela e o suporte da biela. A força criada pelo deslocamento da mola helicoidal incide contra a parada da mola e, assim, incita a biela a se engajar firmemente com um dente de catraca.

[08] Assim é objetivo do presente invento, a provisão de um dispositivo para estabilização da tensão em uma cinta de travamento de uma carga, que mantenha a cinta em posição rígida, isenta de folgas durante o percurso, sendo previsto o acionamento da engrenagem de forma direta, através da haste do cilindro que se expande linearmente, rotacionando o gatilho ao qual está acoplada para rotacionar em seu eixo e se engate em um dos passos helicoidais da engrenagem, mantendo o conjunto travado e tencionado, fazendo com que o carretel, gere a tensão adequada na cinta que prende a respectiva carga.

[09] Estes e outros benefícios e vantagens acima descritos são alcançados pela provisão de um dispositivo para estabilização da tensão em uma cinta de travamento de uma carga, a ser instalado na porção lateral de um veículo de carga, como uma carroceria de um caminhão, uma carreta ou um veículo agrícola tracionado por uma unidade tratora agrícola, como um trator de rodas, por exemplo.

[010] O modelo de utilidade em questão é instalado na porção extrema da carroceria de um veículo rodoviário ou agrícola, através de meios de junção não permanentes, como parafusos e porcas, sendo que se projeta em plano transversal, em relação ao sentido de deslocamento do veículo, uma base, de modo que nesta base há um meio de posicionamento de um carretel, onde está disposta a extremidade de uma cinta para travamento de uma carga. Este carretel esta mancalizado na respectiva base através de um eixo, sendo que em uma das extremidades é acoplado uma engrenagem operativamente associada ao carretel. Sobre a engrenagem há um gatilho, que traciona a engrenagem e intertrava o conjunto, assim na medida em que o gatilho é deslocado, por meio de um meio de impressão de movimento linear, como um cilindro pneumático, é impresso giro na engrenagem até atingir um valor extremo de tensão da cinta, uma vez atingido este valor é mantida a tensão pela força exercida pela haste do cilindro no respectivo gatilho.

[011] O modelo de utilidade será melhor descrito com base nos desenhos anexos, dados a título exemplificativo, nos quais:

[012] Figura 01 - Representa uma vista em perspectiva do dispositivo para estabilização da tensão em uma cinta de travamento de uma carga, sem a disposição do cilindro pneumático;

[013] Figura 02 - Representa uma vista em perspectiva do dispositivo para estabilização da tensão em uma cinta de travamento de uma carga, com a disposição do cilindro pneumático.

[014] Com base nos desenhos e figuras acima representados, o presente modelo de utilidade consiste de um dispositivo para estabilização da tensão em uma cinta de travamento de uma carga, ser fixado na porção extrema de um veículo de carga, como um caminhão ou um implemento agrícola, sendo dotado de uma base (01), construída de qualquer material adequado, geralmente em tubos ou chapas de aço, com suas partes formadas de modo a garantir resistência as tensões impostas ao conjunto durante o estágio de trabalho. Sendo que dita base (01) possui uma série de furos para o acoplamento a carroceria do veículo através de meios de junção não permanentes como, parafusos e porcas. Desta base (01) projeta-se em plano longitudinal, em relação ao sentido de deslocamento do veículo, duas paredes (02a-02b), distanciadas entre si, sendo que próximo a porção marginal de cada uma destas paredes está disposto um orifício ou outro meio de mancalização conhecido, o qual recebe um eixo movido, que mancaliza um carretel (03), em uma das faces deste carretel (03) está disposta uma engrenagem (04) operativamente associada, de modo que tenha uma relação de giro condizente entre o carretel (03) e a engrenagem (04).

[015] Sobre a engrenagem (04), há um gatilho (05), mancalizado em um orifício, de modo que este gatilho tenha sua extremidade acoplada de maneira seletiva, aos passos dos dentes de engrenagem mantendo- a em uma posição travada.

[016] Na porção extrema do gatilho (05), há um olhal (06a), que recebe a haste de um cilindro pneumático (07), o qual tem sua outra extremidade presa a outro olhal (06b) na parede da base (01).

[017] Em estágio de trabalho, a unidade tratora, que pode ser um caminhão, um trator de rodas ou outro veículo de trabalho, aciona mecanicamente um compressor que admite o ar da atmosfera armazenado em um reservatório de ar comprimido, o ar presente no reservatório alimenta o cilindro pneumático (07), através de condutos, que podem ser uma mangueira que suporte a pressão do circuito ou outro meio de condução de fluxo de ar comprimido, como canos metálicos por exemplo.

[018] Na medida em que o ar comprimido deixa o reservatório, tendo sua vazão controlada por um regulador de pressão passa a preencher o interior da câmara do cilindro pneumático (07), de modo que a haste possa se expandir linearmente, fazendo com que o gatilho (05), rotacione em seu eixo, de modo que sua extremidade esteja disposta entre um dos passos helicoidais da engrenagem (04), mantendo o conjunto travado e tencionado, fazendo com que o carretel (03), gere a tensão adequada na cinta que prende a respectiva carga.

[019] O sistema conta ainda com uma válvula de retenção do ar comprimido no circuito pneumático, sendo esta válvula de abertura seletiva. Havendo a necessidade de aliviar a tensão da cinta para a descarga do veículo, energizasse-se a respectiva válvula de retenção que muda para a condição aberta, fazendo com que o ar presente no interior da câmara do cilindro pneumático seja descarregado na atmosfera, por meio da retração da haste através de um elemento de escora disposto no interior do cilindro, como uma mola helicoidal.

[020] O sistema pode ainda contar com um meio de controle da pressão no interior do cilindro pneumático, de modo a não exceder determinada faixa operacional preestabelecida.

[021] Alternativamente o sistema pode contar com acionamento a partir de um tanque de fluído lubrificante, operativamente associado a um cilindro hidráulico, bem como, um atuador eletromecânico, que substitui o cilindro pneumático.

Claims (1)

1. DISPOSITIVO PARA ESTABILIZAÇÃO DA TENSÃO EM UMA CINTA DE TRAVAMENTO DE UMA CARGA consistindo de uma base (01), dotada de uma pluralidade de furos (não representados), sendo que esta base (01) possui duas paredes (02a-02b), as quais mancalizam um carretel (03) operativamente associado a uma engrenagem (04), intertravados por um gatilho (05), caracterizado pelo fato que a porção extrema do gatilho (05) apresenta um olhal (06) que recebe a haste de um atuador (07) selecionado dentre cilindro pneumático, cilindro hidráulico ou um atuador eletromecânico.