BR132012007713E2 - método de obtenção e nanopartículas contendo combinações fixas de quatro ou mais moléculas biologicamente ativas e suas composições farmacêuticas - Google Patents

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Fabio Moyses Lins Dantas
José Mauro Granjeiro
Alessandra Micherla Rodrigues Do Nascimento
Ana Paula Campanelli
Thaís Helena Gasparoto
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Instituto Nacional De Tecnologia - Int
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método de obtenção e nanopartículas contendo combinações fixas de quatro ou mais moléculas biologicamente ativas e suas composições farmacêuticas a presente invenção refere-se à obtenção de nanopartículas contendo quatro tuberculostáticos obtidos por meio da injeção de múltiplas fases contendo sistemas estabilizando em uma fase dispersora que promove a formação das nanopartículas sendo auxiliada por um sistema de ultradispersão.

Description

Certificado de Adição para "MÉTODO DE OBTENÇÃO E NANOPARTÍCULAS CONTENDO COMBINAÇÕES FIXAS DE QUATRO OU MAIS MOLÉCULAS BIOLOGICAMENTE ATIVAS E SUAS COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS” Certificado de adição do PI0802164-3 depositado em 30/06/2008. A presente invenção refere-se à obtenção de nanopartículas contendo quatro tuberculostáticos obtidos por meio da injeção de múltiplas fases contendo sistemas estabilizando em uma fase dispersora que promove a formação das nanopartículas sendo auxiliada por um sistema de ultradispersão.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO A tuberculose no Brasil e no Mundo A tuberculose é um problema de saúde global que vem crescendo a cada ano e se tomando cada vez mais perigosa. Por ano, a tuberculose mata cerca de 2 milhões de pessoas no mundo e, por ser uma doença contagiosa, aproximadamente 8 milhões se infectam. O colapso nos sistemas de saúde, a emergência de casos de multi-resistência aos fármacos utilizados no combate à doença e o avanço dos casos de HIV/AIDS têm contribuído para o avanço da tuberculose. O Brasil, segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), ocupa atualmente a incômoda posição de 14° colocado em notificações de casos de tuberculose no mundo (WHO, 2009). Países com economias muito inferiores que o Brasil encontra-se em posição mais privilegiada neste ranking como Camboja, Moçambique e Zimbábue. Contudo, esse problema não se restringe apenas às dificuldades econômicas, mas também é fruto de uma série de deficiências de ordem de política pública de saúde, tecnológica e cultural. Focando a questão tecnológica, o Brasil tem sérias restrições quanto à produção de medicamentos tuberculostáticos, principalmente, pela dependência da importação desses fármacos, agravada pela restrita oferta destes no mercado internacional (drogas ou fármacos órfãos). Outro revés tecnológico é o pouco investimento em novos métodos terapêuticos, entre eles, aqueles que permitam uma maior adesão ao tratamento. Este último é preocupante porque o tratamento atual pressupõe o uso de, pelo menos, três ou mais medicamentos dependo da resposta clínica do paciente. Devido ao excessivo número de comprimidos e cápsulas ingeridos por dia, o tratamento pode ser prejudicado, pois há sempre o risco do paciente esquecer algum dos medicamentos ou mesmo se achar incomodado à obrigação da ingestão regular da medicação. Há também o desconforto dos efeitos colaterais; devido à toxicidade, principalmente da pirazinamida e isoniazida. Além disso, nem sempre os medicamentos estão disponíveis nos postos de saúde, o que pode provocar a suspensão e o abandono do tratamento. Com isso, o bacilo vai se tomando cada vez mais resistente e o tratamento acaba por demandar mais custos e revés para o paciente. A título de comparação, o tratamento adequado de um caso de tuberculose (seis meses de tratamento) custa aproximadamente R$ 72 por paciente. Quando ocorre uma multi-resistência, o tratamento chega a aproximadamente R$ 3.500 por paciente (Secretaria de Vigilância da Saúde). Em matéria do Jornal O Globo de 16 de setembro de 2007, caderno Rio, uma clínica particular do município do Rio de Janeiro informou que chega gastar R$ 20 mil por mês com pacientes internados. Atualmente, o governo brasileiro gasta em tomo de R$11 milhões por ano em compra de medicamentos para a tuberculose. A tuberculose é causada por um bacilo, o Mycobacterium tuberculosis. Este não forma esporos, não possui flagelos e nem produz toxinas, sendo uma espécie aeróbia estrita, necessitando de oxigênio para crescer e se multiplicar. Possui período de geração longo, de 14 a 20 horas, sendo, geralmente, resistente à ação de agentes químicos. O bacilo, ao ser inalado, é fagocitado pelo macrófago. O meio interno do macrófago, sendo ácido e pobre em oxigênio, se toma impróprio à atividade metabólica do bacilo, determinando, assim, numa redução da sua capacidade multiplicativa. Logo se compreende porque na lesão granulomatrosa inicial, predominantemente macrofágica, a população bacteriana é pouco numerosa. Com a evolução da doença, forma-se o “caseum” sólido. Neste meio extracelular, cujo pH é neutro e a pressão parcial de oxigênio é baixa, a população bacteriana reativa sua atividade metabólica. O processo patogênico pode evoluir para a liquefação do “caseum”; este, ao ser eliminado por um canal de drenagem (um brônquio, por exemplo) dá origem à lesão cavitária no órgão lesado. No pulmão, esta lesão, rica em O2 e revestida por induto caseoso de pH que varia de neutro a alcalino, oferece as condições ideais para o desenvolvimento do bacilo. Devido a este ciclo é que o tratamento da doença é composto por duas fases: a de ataque e a de manutenção. A quimioterapia efetiva da tuberculose envolve o uso diário de 3 ou mais fármacos, por um período que pode variar de 6 meses a 2 anos. Os chamados fármacos de primeira linha, Pirazinamida (PZN), Rifampicina (RFN), Isoniazida (ISN) e Etambutol (BEM), são utilizados em combinação durante 6 meses, sendo 2 meses de ataque e 4 meses de manutenção. A manutenção é feita apenas com Isoniazida e Rifampicina. Os fármacos de segunda linha, além de serem mais tóxicos, são menos tolerados pelo paciente, sendo usados somente em casos de resistência devido aos efeitos colaterais. A PZN é administrada somente durante os primeiros 2 meses de tratamento juntamente com a ISN e a RFN, já que a PZN só atua na fase de multiplicação do bacilo. Ela possui atividade efetiva somente em meio ácido, sendo o fármaco mais propício para destruir o bacilo localizado no espaço intracelular e, portanto, capaz de intervir precocemente no ciclo patobiológico, já que sua ação se exerce na fase anterior à necrose de caseificação. Atualmente, o etambutol foi colocado no esquema terapêutico principal para reforçar a capacidade quimioterápica do tratamento. Também, está sendo adotado no Brasil e no mundial o sistema de dose fixa combina (DFC), ou seja, em um único comprimido coexistirão as quatros moléculas bioativas.
Nos quatro meses restantes, administra-se somente RFN e ISN, que são efetivos no meio extracelular. Caso o paciente apresente resistência à ISN, a estreptomicina (STM) podem ser incluídos no tratamento e este poderá durar além dos 6 meses previstos. O sucesso do tratamento depende, principalmente, da compreensão e adesão do paciente ao tratamento e o esquema de dosagem deve ser rigorosamente obedecido. Para maior eficiência no tratamento, a OMS desenvolveu o método chamado DOT (Directly Observed Treatment), tratamento diretamente observado, no qual o paciente é acompanhado clinicamente por profissionais de saúde. Esse método eleva os custos, mas permite um maior controle da doença e, por conseguinte, maior efetividade de cura.
Com relação ao novo medicamento baseado em DFC, embora facilite bastante o esquema terapêutico e a disciplina de ingestão dos comprimidos, o tamanho do comprimido final é demasiadamente grande, somente a dosagem básica para adultos que corresponde 150 mg de Rifampicina, 75 mg de Isoniazida, 400 mg Pirazinamida e 275 mg Etambutol, somam 900 mg de massa. Como em uma formulação clássica de comprimidos necessita de alguns excipientes para aperfeiçoar a fabricação e o desempenho biofarmacêutico do produto, a massa final do comprimido possivelmente ultrapassará os 1200 mg. Portanto, o tamanho avantajado do comprimido final pode ser um fator negativo para alguns pacientes, principalmente, os acamados.
Em virtude dos problemas envolvidos na quimioterapia atual, há a necessidade do desenvolvimento de terapias mais eficiente do ponto de vista farmacológico e clínico. Uma alternativa factível são os sistemas de liberação nos quais o fármaco possa ser liberado local e controladamente. Esses sistemas permitem a redução do número de dosagens diária e elimina ou diminui os efeitos colaterais. Neste enfoque, o uso de nanopartículas bioabsorvíveis contendo tuberculostáticos para veiculação pulmonar via aerossóis, mostra-se promissor para o tratamento da tuberculose. O sistema aqui proposto será baseado em nanopartículas bioabsorvíveis de poli(ácido lático) e copolímeros de ácido glicólico contendo RFN, ISN, EMB e PZN que deverão agir dentro e fora do macrófago.
Nos últimos anos, um esforço significante tem sido voltado para o desenvolvimento de nanotecnologia para liberação de fármacos uma vez que esta técnica oferece meios adequados de liberação de pequenas partículas contendo o fármaco de interesse, assim como de macromoléculas (proteínas, peptídeos ou genes) para liberação vetorizada (PANYAM J.; LABHASETWAR V. Biodegradable Advanced Drug Delivery Reviews, v. 55, p. 329-347, 2003). A tecnologia das nanopartículas Os agentes de liberação focados em nanotecnologia são nanopartículas, nanocápsulas, nanogéis, sistemas micelares e conjugados formados por um polímero, natural ou sintético, biocompatível com o organismo humano. Estes sistemas propiciam a liberação direcionada da droga para tecidos ou células específicas, a fim de melhorar a biodisponibilidade oral, sustentar o efeito farmacológico de ativos liberados, tomarem solúveis certos fármacos para liberação intravascular, além de aumentar a estabilidade de agentes terapêuticos contra degradação enzimática (por nucleases e/ou proteases) especialmente de proteínas, peptídeos e ácidos nucléicos (ALLÉMANN E.; LEROUX J.; GURNY R. Advanced Drug Delivery Reviews, v. 34, p. 171-189, 1998).
As dimensões nanométricas desses novos sistemas oferecem grandes vantagens para liberação de fármacos. Devido aos tamanhos sub-celulares e submicrométricos, as nanopartículas podem penetrar profundamente em tecidos através de finos capilares, podem atravessar imperfeições presentes no revestimento epitelial e são eficientemente absorvidas pelas células. Além disso, modificando-se as propriedades do polímero utilizado como matriz, pode-se criar diferentes modulações de liberação de fármacos, bem como vetorizar as estruturas para sítios específicos de liberação (ΡΑΝΥΑΜ I; LABHASETWAR V. Biodegradable Advanced Drug Delivery Reviews, v. 55, p. 329-347, 2003). A função de endocitose ou fagocitose dos macrófagos é responsável pela eficiente liberação de agentes terapêuticos por meio desses novos agentes coloidais para estas células. Os macrófagos estão ampla e estrategicamente distribuídos em vários tecidos do corpo humano com a finalidade de reconhecer células alteradas, particulados invasores, assim como ligantes macromoleculares de membranas receptoras especializadas (MOGHIMI S. M.; HUNTER A. C.; MURRAY J. C Pharmacological Reviews, v. 53, n. 2, p. 283-318, 2001.).
As nanopartículas possuem alta absorção celular quando comparadas às micropartícuias (PANYAM J.; LABHASETWAR V. Biodegradable Advanced Drug Delivery Reviews, v. 55, p. 329-347, 2003). Estudos prévios mostraram que nanopartículas com dimensões de 100 nm apresentaram absorção, em células Caco-2, duas vezes e meio maior quando comparadas a micropartí cuias de um (1) pm e de seis vezes maior quando comparadas a micropartí cuias de 10 pm. Resultados similares foram obtidos quando estas formulações foram testadas em um modelo intestinal de ratos, apresentando absorção de 15 a 250 vezes maior que a apresentada pelas micropartí cuias (PANYAM J.; LABHASETWAR V. Biodegradable Advanced Drug Delivery Reviews, v. 55, p. 329-347, 2003).
As nanopartículas possuem diferentes denominações conforme a técnica utilizada para a sua obtenção, podendo-se obter nanocápsulas ou nanoesferas. Nanocápsulas são carreadores nanoparticulados compostos de um núcleo oleoso, no qual o fármaco está confinado, envolto por uma membrana polimérica contendo um surfactante hidrofílico e/ou lipofílico na interface (NISHIOKA Y; YOSHINO H. Lymphatic target with nanoparticles system. Advanced Drug Delivery Reviews, v. 47, p. 55-64, 2001.). Por outro lado, as nanoesferas são matrizes nos quais o fármaco está físicamente disperso, não necessariamente de forma uniforme, entretanto, sem a utilização de núcleo oleoso (QUINTANAR-GUERRERO D.; ALLÉMANN E.; DOELKER E.; FESSI H. Pharmaceutical Research, v. 15, n. 7, p. 1056-1062, 1998). Nanopartículas é o nome genérico para nanoesferas e nanocápsulas.
Como já mencionado, é utilizado um grande número de diferentes polímeros na produção das nanopartículas, que podem ser de origem natural ou sintética. Entre esses polímeros, pode-se citar: poli(ácido lático), poli(ácido glicólico), policaprolactana, alginato, quitosana, copolímeros e modificados estruturais desses polímeros. O uso de polímeros sintéticos biodegradáveis para veiculação humana começou nos anos 70, quando suturas a partir de polímeros sintetizados com ácido láctico e glicólico foram aprovadas pelo FDA (Food and Drug Administration) (SUN Y.; WATTS D. C.; JOHNSON J. R. et al. American Pharmaceutical Review, 2001. Disponível em: http://www.americanpharmaceuticalreview.com/ past_articles.htm.
Acessado em: 04/05/2002.). Atualmente, PLA (poli(ácido lático)), PGA (poli(ácido glicólico)) e PLGA (poli(ácido láctico-co-glicólico)) possuem uma infinidade de aplicações, sendo utilizados em diversas áreas como alimentos (como filmes para embalagens, espessantes, estabilizantes), na agricultura, em segurança (roupas de proteção), higiene pessoal (absorventes, fraldas, cremes), entre outros (VAN VAN DE VELDE K.; KIEKENS P. Polymer Testing, v. 21, p. 433-442, 2002.).
Na medicina, a utilização desses polímeros pode ser dividida em três principais categorias: implantes cirúrgicos, produtos de cicatrização e liberação de fármacos. Como cicatrizantes de ferimentos, são reabsorvidos pela pele após substituição do tecido lesado assim como em suturas, clipes e pequenas peças que são inseridas por cirurgias (VAN VAN DE VELDE K.; KIEKENS P. Polymer Testing, v. 21, p. 433-442, 2002). Estudos recentes sobre o uso de suturas utilizando copolímeros derivados do ácido láctico e glicólico demonstraram que estes polímeros não são tóxicos e são completamente biodegradáveis. Os polímeros biodegradáveis sintéticos são preferenciais em relação aos naturais porque são livres de imunogenicidade e suas propriedades físico-químicas são previsíveis e reprodutíveis (MOGHIMI S. M.; HUNTER A. C.; MURRAY J. C. Pharmacological Reviews, v. 53, n. 2, p. 283-318, 2001). A presente tecnologia dá ênfase aos alfa-hidroxi-ácidos de dois e três carbonos, pois além de possuírem um amplo uso na área biomédica, os polímeros derivados vêm sendo bastante investigados para a liberação de fármacos. Estes poliésteres, além de serem biodegradáveis, são também conhecidos como bioabsorvíveis, pois são hidrolisados quando implantados no organismo humano, formando grupamentos compatíveis e “metabolizáveis”. As nanopartículas de desses polímeros são rapidamente removidas do sangue e concentradas no fígado, baço e medula (BRANNON-PEPPAS L. International Journal of Pharmaceutics, v. 116, p. 1-9, 1995.). A cristalinidade do polímero e a composição de comonômero também influenciam na biodegradação. Os polímeros racêmicos DL por serem menos cristalinos que os homopolímeros D ou L-láctico, são facilmente degradados, já que as regiões amorfas são mais rapidamente hidrolisadas. Polímeros de PLGA 50:50 (50% de ácido láctico e 50% de ácido glicólico) são mais rapidamente degradados devido a fácil hidrólise do ácido glicólico. Quanto menor a quantidade de ácido glicólico no polímero, mais lenta é a biodegradação, pois a cadeia se toma menos hidrofílica.
As nanopartículas são preparadas por dois métodos principais: conformação de polímeros pré-formados ou pela polimerização in situ do monômero. O processo de polimerização in situ pode ser classificado em dois métodos: interfacial e emulsão. A encapsulação ou incorporação a partir de polímeros pré-formados é a técnica mais difundida e pode ser realizada por vários métodos. Estas técnicas apresentam similaridade como a fase orgânica, que contém o polímero e o fármaco, funcionando como uma fase interna durante o processo, e a solução aquosa contendo um estabilizante, constituindo o meio de dispersão das nanopartículas. Outra semelhança entre as técnicas é a pobre eficiência no encapsulação de fármacos de moderados a altamente solúveis em água, limitando os altos rendimentos a fármacos lipofílicos (QUINTANAR-GUERRERO D.; ALLÉMANN E.; DOELKER E.; FESSI H. Drug Development and Industrial Pharmacy, v. 24, n. 12, p. 1113-1128, 1998). As técnicas mais utilizadas são: método de deslocamento do solvente, salting-out, método de emulsificação/difusão e método de emulsificação/evaporação do solvente. Método de deslocamento do solvente: Este método é uma versão modificada do método de evaporação do solvente por utilizar solventes orgânicos solúveis em água como acetona, álcool ou metanol. Devido à difusão espontânea do solvente na fase aquosa, uma turbulência interfacial é criada entre as fases, levando a formação de pequenas partículas. O termo nanoprecipitação é freqüentemente utilizado para definir o processo, já que a formação das nanopartículas é devido à agregação do polímero após a mudança de fase.
Uma das maiores dificuldades desta técnica é a escolha do sistema fármaco/polímero/solvente/não-solvente. Cada elemento deste sistema possui influência direta nas propriedades finais da nanopartícula. A concentração do polímero, por exemplo, pode afetar o diâmetro médio assim como a quantidade de emulsificante na fase aquosa. O solvente também possui influência na eficiência de encapsulação do fármaco; se o fármaco não tiver afinidade pelo solvente, ele pode migrar para a fase aquosa, resultando em nanopartículas com baixo conteúdo de fármaco (BODMEIER R.; MCGINITY J. W. International Journal of Pharmaceutical, v. 43, p. 179-186, 1988.). Método de emulsifícação/difusão Este método pode ser considerado com uma modificação do método anterior, sem o uso dos agentes de “salting-out” e purificação mais intensa. A técnica envolve a utilização de um solvente parcialmente solúvel em água, o qual é previamente saturado em água para garantir um equilíbrio termodinâmico inicial em ambos os líquidos. O polímero é dissolvido na solução saturada em água e, a fase orgânica é emulsificada sob vigorosa agitação em uma fase aquosa contendo um estabilizante. A adição subsequente de água ao sistema causa a difusão do solvente na fase externa, resultando na formação das nanopartículas. Dependendo do ponto de ebulição do solvente, este é eliminado por destilação ou fíltração contra-corrente (QUINTANAR-GUERRERO D.; ALLÉMANN E.; DOELKER E.; FESSI H. Drug Development and Industrial Pharmacy, v. 24, n. 12, p. 1113-1128, 1998).
Esta técnica apresenta algumas vantagens em relação às demais apresentadas como o uso de solventes orgânicos menos tóxicos, altos rendimentos são obtidos, alta reprodutibilidade lote a lote e fácil aumento de escala. Entretanto, há alguns inconvenientes como a grande quantidade de água a ser eliminada e a difusão de fármacos hidrofílicos para a fase externa durante a emulsificação, podendo resultar em uma eficiência de encapsulação reduzida. Método emulsifícação/evaporação do solvente Esta técnica é um método bem estabelecido baseado no procedimento clássico patenteado por Vanderhoff et al. Nesta técnica, o polímero é dissolvido em um solvente orgânico como diclorometano, clorofórmio ou acetato de etila. O fármaco é então dissolvido ou disperso na solução orgânica contendo o polímero. Esta nova solução é então introduzida em uma solução aquosa contendo uma agente emulsificante (gelatina, albumina, PVA, polisorbato 80, polaxamer 188). Após a formação de uma emulsão estável, a fase orgânica é evaporada sob pressão reduzida ou agitação contínua. O controle de tamanho é geralmente realizado pelo uso de ultrassom.
Emulsões água/óleo/água também têm sido usadas para preparar nanopartículas de fármacos solúveis em água (QUINTANAR-GUERRERO D.; ALLÉMANN E.; DOELKER E.; FESSI H. Drug Development and Industrial Pharmacy, v. 24, n. 12, p. 1113-1128, 1998). Embora o processo pareça simples, a técnica possui muitas variáveis que podem influenciar no produto final como a solubilidade do fármaco e do polímero no solvente, o tipo de solvente orgânico, taxa de difusão do solvente na fase aquosa, tipo e concentração do emulsificante além dos passos posteriores de purificação (retirada de emulsificante residual) e secagem. A maioria dos solventes orgânicos utilizados no processo é clorada; devido à baixa solubilidade em água, apresentam fácil emulsificação, solubilizam bem os fármacos lipofílicos, além de possuírem baixo ponto de ebulição. Entretanto, estes solventes são desvantajosos devido à sua toxicidade (a maioria está classificada na classe 2, pelo Guideline of Residual Solvents do International Conference on Harmonization [ICH]) e devem ser limitados a fim de proteger o futuro paciente de efeitos adversos. O diclorometano é amplamente utilizado como solvente por possuir baixo ponto de ebulição, o que facilita à sua posterior retirada do sistema, e baixa solubilidade no meio aquoso, formando rapidamente uma emulsão. Devido à baixa solubilidade em água, o diclorometano forma gotas resultando em nanopartículas altamente esféricas (JULIENNE M. C.; ALONSO M. J.; AMOZA G.; BENOIT J.P. Drug Development and Industrial Pharmacy, v. 18, n. 10, p. 1063-1077, 1992). Solventes orgânicos solúveis em água, como acetona e DMSO (sulfóxido de dimetila), acabam formando aglomerados poliméricos por se difundirem rapidamente no meio aquoso, prejudicando a formação das nanopartículas (BODMEIER R.; MCGINITY J. W. International Journal of Pharmaceutical, v. 43, p. 179-186, 1988). PVA e albumina têm sido usado como estabilizantes em meio aquoso. O PVA apresenta uma excelente estabilização no preparo das nanopartículas, não somente pelo método de emulsificação/evaporação como em todas as demais técnicas. É um dos poucos estabilizantes que evita a agregação das nanopartículas após a preparação (durante purificação e liofilização), otimizando o rendimento sem a adição de outros adjuvantes. A albumina também é muito utilizada como surfactante, substituindo o PVA. Tanto a evaporação do solvente quanto a microfluidização, parecem não causar danos às moléculas de albumina, e a imunogenicidade da albumina adsorvida nas nanopartículas é a mesma de uma solução natural. Entretanto, a fonte (natural ou bovina) e o grau de pureza desta macromolécula são aspectos que podem limitar sua utilização. O tipo e a concentração do estabilizante são fatores limitantes que podem afetar o tamanho e a polidispersão das nanopartículas obtidas por esta técnica. Julienne et al. reportaram que nanoesferas foram conseguidas com alta velocidade de agitação (10.000 rpm/10 minutos), utilizando 0,5% p/v de PVA; enquanto que, ao utilizar metilcelulose na mesma concentração, foram obtidas partículas maiores que 1 pm. Os autores acreditam que esta diferença é devido a maior redução interfacial de energia livre produzida pelo PVA. A fração residual de PVA que permanece nas nanopartículas após purificação afeta as propriedades físicas e absorção celular do produto final. Sahoo et al. formularam nanopartículas utilizando PLGA 85:15, modificando apenas a concentração do PVA e o tipo de solvente. Foi observado que a polaridade do solvente orgânico pode afetar a quantidade de PVA adsorvida nas nanopartículas. Quanto mais polar o solvente, maior a quantidade de PVA residual. Isto pode ser explicado pela interação do PVA com a fase polimérica já que a fase orgânica está mais miscível com a aquosa (SAHOO S.; PANYAM J.; PRABHA S. et al. Journal of Controlled Release, v. 82, p. 105-114,2002). A homogeneização da emulsão é obtida por misturadores de alta velocidade (SOPPIMATH K. S.; AMINABHAVI T. M.; KULKARNI A. R.; RUDZINSKI W. E. Biodegradable polymeric nanoparticles as drug delivery devices. Journal of Controlled Release, v. 70, p. 1-20, 2001). A agitação pode ser mecânica (rotações acima de 1.000 rpm) ou por ultra-som. A etapa de homogeneização é um passo limitante na obtenção das nanopartículas. Nanoesferas de ciclosporina foram obtidas após aumento na velocidade de homogeneização. Em velocidades de 1.000 rpm (por 30 minutos), micropartículas de aproximadamente 29 pm foram obtidas; utilizando-se 10.000 rpm (por 1 minuto), nanopartículas de r aproximadamente 300 nm foram obtidas (SANCHEZ, 1993). A patente WO 2006/109317 mostra um processo de preparação de nanopartículas de poli-DL-co-glicólico (PLA) contendo drogas para o tratamento da tuberculose. Nessa patente a emulsão e as nanopartículas são formadas por sonicação a baixa temperatura 4°C a 20°C. As nanopartículas formadas são centrifugadas, lavadas e liofilizadas. O tipo e a concentração do estabilizante são outros fatores limitantes que podem afetar o tamanho e a polidispersão das nanopartículas obtidas por esta técnica. Julienne et al. reportaram que nanoesferas foram conseguidas com alta velocidade de agitação (10.000 rpm/10 minutos), utilizando 0,5% p/v de PVA; enquanto que, ao utilizar metilcelulose na mesma concentração, foram obtidas partículas maiores que 1 pm. Os autores acreditam que esta diferença é devido a maior redução interfacial de energia livre produzida pelo PVA. A fração residual de PVA que permanece nas nanopartículas após purificação afeta as propriedades físicas e absorção celular do produto final. Sahoo et al. formularam nanopartículas utilizando PLGA 85:15, modificando apenas a concentração do PVA e o tipo de solvente. Foi observado que a polaridade do solvente orgânico pode afetar a quantidade de PVA adsorvida nas nanopartículas. Quanto mais polar o solvente, maior a quantidade de PVA residual. Isto pode ser explicado pela interação do PVA com a fase polimérica já que a fase orgânica está mais miscível com a aquosa (SAHOO S.; PANYAM J.; PRABHA S. et al. Journal of Controlled Release, v. 82, p. 105-114, 2002). A homogeneização da emulsão é obtida por misturadores de alta velocidade (SOPPIMATH K. S.; AMINABHAVI T. M.; KULKARNI A. R.; RUDZINSKI W. E. Biodegradable polymeric nanoparticles as drug delivery devices. Journal of Controlled Release, v. 70, p. 1-20, 2001). A agitação pode ser mecânica (rotações acima de 1.000 rpm) ou por ultra-som. A etapa de homogeneização é mais um passo limitante na obtenção das nanopartículas. Nanoesferas de ciclosporina foram obtidas após aumento na velocidade de homogeneização. Em velocidades de 1.000 rpm (por 30 minutos), micropartícuias de aproximadamente 29 pm foram obtidas; utilizando-se 10.000 rpm (por 1 minuto), nanopartículas de r aproximadamente 300 nm foram obtidas (SANCHEZ, 1993).
Na patente WO 03/099262 a técnica da emulsificação/evaporação do solvente é descrita. O documento estabelece um processo de produção de nanopartículas que compreende dissolver um polímero biodegradável em um solvente orgânico, emulsificar fazendo ao mesmo tempo uma sonicação e uma agitação e, por último, isolar e secar a nanopartícula. A substância ativa deve ser emulsificada de modo a se obter uma dupla emulsão ao final do processo do tipo a/o/a. O método proposto limita-se, basicamente, a proteínas e peptídeos. O processo proposta nesta patente prevê uma modificação do processo de emulsificação onde uma alta homogeneidade das nanopartículas é conseguida pelo uso simultâneo de uma agitação mecânica de alto cisalhamento (entre 4.000 e 15.000) e sonicação (freqüência de 20 a 70 kHz). Contudo, este sistema não permite um controle rigoroso do tamanho de partícula que é definido por diversas variáveis, como concentração de emulsificante, sistema água/solvente orgânico, temperatura e natureza das substâncias aprisionadas nas nanopartículas. O controle do tamanho das partículas é fundamental para definir o poder de penetração nos tecidos e sua depuração pelo sistema renal e imunológico. Por exemplo, partículas inferiores a 40 nm podem chegar ao sistema linfático e acumular nesta região. A patente US 6020004 revela um processo de obtenção de micropartículas de proteína que consiste em dissolver o polímero (PLGA) em um solvente orgânico para obter uma solução polimérica; adicionar o ingrediente ativo que pode estar na forma de uma solução aquosa, suspensão ou pó a solução polimérica para formar uma primeira emulsão ou suspensão dentro de uma fase contínua para produzir uma dispersão, adicionar um excipiente para produzir a dispersão final; congelar e liofilizar diretamente para remover os diferentes solventes (aquosos e orgânicos) e obter as micropartículas de proteínas para liberação controlada. O sistema aqui proposto trata-se de uma modificação na técnica de emulsificação/evaporação, e supera fatores limitantes e outras deficiências inerentes do estado da técnica pela invenção de um processo de fabricação de nanopartículas no qual é possível controlar o tamanho das partículas através da tríade água/solvente orgânico/emulsificante. No trabalho escrito por Song et alli (Colloids and Surfaces A: physicochem. Eng. Aspects. 276, 2006, 162-167), o autor aponta as bases físico-químicas para operacionalizar o tamanho de partículas. De fato, emulsificantes iônicos permitem partículas menores por estabilizarem melhor as partículas dos solventes orgânicos dispersos. Por sua vez, o solvente orgânico utilizado precisa possuir baixa hidrofobicidade para minimizar a agregação das gotículas. O controle desses parâmetros permite modular o tamanho das partículas mais a energia inicial de um sistema mecânico alto cisalhamento (ultradispersão) trabalhando acima de 14.000 rpm. A energia mecânica de alto cisalhamento é importante, porém não fundamental para a estabilização do tamanho de partícula. Contudo, tamanhos de partículas submicrométricas são obtida a partir de rotações entre 11.000 a 22.000 rpm. Rotações inferiores e ou superiores tendem a formar partículas com distribuição granulométrica larga e/ou grosseira. O último ponto importante a frisar na presente tecnologia é o uso de sistemas com multi-injeção. A técnica usando um ou mais agulhas ou bicos de injeção permite criar uma variedade inesgotável de composições químicas e composições mássicas de nanopartículas. Isto ocorre exatamente pela possibilidade de injeção em conjunto, ou seja, misturados, ou em separado. Por exemplo, pode-se ter nanopartículas com duas moléculas ativas diferentes encapsuladas com um polímero A e uma nanopartícula com um polímero B encapsulando uma terceira ou quarta molécula ativa. Esse sistema terá a capacidade de liberação de ativos diferentes simultaneamente usando um ou mais polímeros.
Portanto, os sistemas aqui reivindicados são modulados em cima destes conceitos, uma das principais diferenciações frentes as propostas do estado da técnica.
Sistemas de formação de aerossóis Três sistemas para formação de aerossóis podem ser encontrados no mercado e possuem extensa literatura sobre os mecanismos, são as seguintes: • Inalantes com dosagens medidas, • MDI (metered dosage inhaler) • Pó seco inalante Nebulizadores Cada sistema possui sua peculiaridade e é dependente da área de atuação do fármaco no pulmão, das características químicas do fármaco, do designe, do tipo da formulação, do tipo de paciente (criança, adulto, idoso, acamado ou não, deficiente, etc). Entretanto, uma das principais características são a formulação e o tamanho das partículas que forma o aerossol. Tirando o pó seco inalante, os demais mecanismos devem trabalhar com sistemas líquidos homogêneos e estáveis, ou seja, soluções, micro ou nanosuspensões ou emulsões. Isso é particularmente apropriado quando se trabalha com nanopartículas derivadas do presente produto. Nestes casos, quando se deseja a penetração até os alvéolos, a formação da nuvem de gotículas (spray) é otimizada quando há partículas em dimensões submicrométricas revestidas com material hidrofóbico, pois não há alteração do volume hidrodinâmico e a distribuição de tamanho de partícula é bastante estreita (GONDAI., Therapeutic aerosol IN:AULTON M.E.: Pharmaceutics:The Science od dosage form design, 1996, Churchill Livigstone, Hong Kong, pag.341-358; VERVAT C. and BYRON. P.R., Dmg-surfectant-propellant interactions in HFA-formulation, International Journal of Pharmaceutics, 186, 13-20,1999; BARON P.A. and WILLEKE K., Aerosol Measurement: principies, techniques and applications. 2nd ed,Willey Interscience, 2005 ).
As MDI diferissem das nebulizadores nos seguintes quesitos: - Velocidade de aspersão do aerosol: Nas MDIs a velocidade é maior o que promove certa perda do produto por impacto na vias respiratórias superiores. Nos nebulizadores, a velocidade é baixa e a presença da nuvem de aerossol constante permite uma maior penetração aos alvéolos. - Portabilidade e aplicabilidade: As MDIs são de longe mais portáteis e mais adequadas à vida modema, contudo, necessitam de certa coordenação no acionamento com a inspiração do usuário. Os nebulizadores são equipamentos relativamente grandes, mas para pessoas com dificuldades motoras, acamados e crianças pequenas tem grande aplicabilidade. - Tamanho e distribuição de tamanho das partículas formadas: Nos nebulizadores o tamanho das partículas é menor de 1-5 pm e a distribuição de tamanho é mais estreita. Nas MDIs, o tamanho de partículas fica entre 1-10 pm e a distribuição tende a ser larga devido aos fenômenos de aglomeração.
OBJETIVOS DA INVENÇÃO É um objetivo da presente invenção proporcionar um sistema de alta eficiência para o tratamento da tuberculose fundamentado nas mais avançadas formas de veiculação de moléculas bioativas, no caso, foi desenvolvido um sistema de liberação controlada e vetorizada viabilizado pela veiculação pulmonar. É um outro objetivo da presente invenção melhorar a eficiência terapêutica do produto pela adição ao processo de mais um tuberculostático, no caso, o etambutol.
DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES PREFERIDAS A presente invenção será descrita em termos de suas modalidades exemplificativas preferidas, entretanto, outras modalidades, variações e modificações se tomarão aparentes a partir da descrição a seguir e, portanto, tais modalidades, variações e modificações estão compreendidas pelo escopo presentemente reivindicado.
Na técnica anterior, o produto apenas apresentava três tuberculostáticos capsulados, o que pela recomendação da OMS não seria adequada ao tratamento da tuberculose sem correr o risco de resistência bacteriana. Portanto, a presente invenção refere-se a um processo de fabricação de nanopartículas possuindo propriedades farmacêuticas melhoradas. De uma maneira geral, o método aqui revelado provê um processo de fabricação de nanopartículas de polímeros bioabsorvíveis capaz de incorporar substâncias hidrofílicas e lipofílicas e obter nanopartículas de alta estabilidade.
As nanopartículas obtidas pelo referido processo podem conter uma ou mais substâncias em uma mesma partícula, de acordo com a sua aplicação. Podem, ainda, conter substâncias hidrofílicas e lipofílicas em partículas diferenciadas. O processo de fabricação das nanopartículas emprega o método de emulsificação/vaporização de solventes orgânicos e uso de polímeros bioabsorvíveis para incorporação de compostos. Pequenas variações no processo podem ocorrer de acordo com as características da substância a ser incorporada. Os compostos hidrossolúveis devem ser previamente emulsionados para formar uma emulsão água-em-óleo (a/o). A emulsão emprega emulsifícantes usuais da técnica, preferivelmente, poli(álcool vinílico), polivinilpirrolidona, lecitina, gelatina, albumina, brometo de didodecil dimetil amônio, entre outros. Mais preferivelmente, poli(álcool vinílico), lecitina e albumina.
As substâncias não emulsionáveis, polímero ou polímero/compostos lipossolúveis, são dissolvidas em solventes orgânicos classe 2 e 3 de baixa toxicidade. Solventes orgânicos apropriados incluem, mas não se limitam a diclorometano, acetona, etanol, acetato de etila, entre outros. Preferivelmente acetato de etila e diclorometano. A quantidade de solvente empregada depende da natureza química das substâncias que formam a nanopartícula podendo variar de 1 a 50% v/v. Esta solução de substâncias não emulsionadas é, então, colocada em ultrassom e, em seguida, sob agitação por período suficiente para sua solubilização.
Cabe ressaltar que para um efetivo aprisionamento de ativos, os polímeros e a substância simples (hidrofílica emulsionada ou hidrofóbica) devem gerar um sistema final onde se observe a proporção de (1:1) a (1:10), preferivelmente, na proporção de (1:1). A composição exata do polímero/substância aprisionada é dependente da natureza química das substância e das características de liberação cinética desejável.
Os polímeros passíveis de serem empregados na presente invenção incluem polímeros bioabsorvíveis e naturais. Por exemplo, poli(ácido lático) e copolímeros, poli(ácido glicólico) e copolímeros, ácido poli-B-hidroxibutirato, ácido polihidróxivalérico, poliesteramidas, policianoacrilatos, poli(aminoácidos), polianidridos policaprolactanas, alginato, quitosana, amido, entre outros. Particularmente, o poli(ácido lático) e copolímeros são desejados.
Paralelamente, uma solução de emulsificante é preparada. Emulsifícantes que podem ser empregados na invenção incluem poli(álcool vinílico), polivinilpirrolidona, carboximetilcelulose, lecitina, gelatina, albumina, surfactantes não iônicos como polioxietileno sorbitano de ésteres de ácido graxos (Tween 80, Tween 60 etc.), surfactantes aniônicos (brometo de didodecil dimetil amônio, lauril sulfato de sódio, estearato de sódio, etc), entre outros. Estes emulsifícantes podem ser usados tanto em conjunto quanto separadamente. A concentração de emulsifícante pode variar de 0,01 a 20% p/v. Preferencialmente entre 0,1 a 5% p/v.
Finalmente, ocorre o processamento da emulsificação utilizando-se um ultradispersor. A solução polímero/compostos lipossolúveis ou polímero e compostos hidrossolúveis emulsionados são previamente misturadas depois são injetados por meio de agulhas de calibre entre 0,5 a 2 mm sobre uma solução aquosa com emulsifícante. A dispersão deve ser realizada a uma velocidade de 11.000 a 22.000 RPM.
Uma variação do método ocorre quando os compostos hidrossolúveis emulsionados e a solução de polímero/composto lipossolúveis ou polímero são injetados separadamente sobre a solução aquosa emulsifícante.
Agentes anti-espumantes devem ser empregados de modo a facilitar a dispersão e possibilitar o aprisionamento das nanopartículas, tais como alcoóis em geral, sais minerais e derivados do óleo de silicone.
Após a ultradispersão o sistema é levado à evaporação para a retirada do solvente orgânico e centrifugado. A evaporação pode ser realizada em evaporador rotatório a uma velocidade de evaporação do solvente orgânico de 0,1 a 40 g/horas. O material decantado é congelado e liofilizado obtendo-se a nanopartícula em uma forma que poderá ser incorporado as formulações farmacêuticas de administração parenteral, nasal, pulmonar, peroral, oral, oftálmica, transdérmica ou retal. As napartículas também podem ser utilizadas em formulações cosméticas, veterinárias e alimentícias.
Os agentes terapêuticos podem ser selecionados de uma variedade de substâncias ativas conhecidas, tais como, mas não limitado a: analgésicos, anestésicos, analépticos, agentes adrenérgicos, agentes bloqueadores adrenérgicos, adrenolíticos, adrenocorticóides, adrenomiméticos, agentes anticolinérgicos, anticolinesterases, anticonvulsivantes, agentes alquilantes, alcalóides, inibidores alostéricos, anoréxicos, antiácidos, antidiarréicos, esteróides anabólicos, antídotos, antifólicos, antipiréticos, agentes antireumáticos, agentes pisicoterapêuticos, agentes bloqueadores neurais, antiinflamatórios, antihelmínticos, agentes antiarrítimicos, antibióticos, anticoagulantes, antidepressivos, agentes para diabetes, antiepléticos, antifúngicos, antihistamínicos, agentes antihipertensivos, agentes antimuscarínicos, antimicobacterianos, antibacterianos, antimaláricos, antisépticos, agentes antineoplásicos, agentes antiprotozoário, imunossupressores, imunoestimulantes, agentes antireóidais, agentes antivirais, ansiolíticos, sedativos, adstringentes, agentes B-bloqueadores, meios de contraste, corticosteróides, supressores da tosse, agentes de diagnósticos, agentes diagnósticos de imágem, diuréticos, dopaminérgicos, hemostáticos, agentes hematológicos, modificadores de hemoglobina, hormônios, hipnóticos, antihiperlipêmicos e outros agentes reguladores de lipídios, muscarínicos, relaxantes musculares, parasimpátomiméticos, prostaglandinas, radiofarmacêuticos, sedativos, antialérgicos, estimulantes, simpatomiméticos, agentes tiroideanos, vasodilatadores, vacinas, vitaminas e xantinas, antineoplásicos e agentes anti câncer. Os agentes terapêuticos podem ser biológicos como: proteínas (p.ex. enzimas e anticorpos), polipeptídeos, carboidratos, polinucleotídeos e ácidos nucléicos. Os medicamentos (composições farmacêuticas) podem ser produzidos por técnicas conhecidas na arte.
Agentes cosméticos que pode ser considerados como: qualquer ingrediente ativo capaz de ter uma ação cosmética; também são passíveis de serem incorporados as nanopartículas da presente invenção. Exemplos destes ingredientes são, emolientes, umectantes, agentes inibidores de radicais livres, antiinflamatórios, vitaminas, agentes despigmentadores, anti-acne, antiseborréicos, queratolíticos, agentes para coloração da pele, agentes redutores de gorduras, antioxidantes. Os cosméticos podem ser preparados por técnicas conhecidas na arte.
Exemplos de aplicação alimentícia incluem, mas não se limitam ao, encapsulamento de proteínas, carboidratos, vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis e outros suplementos alimentares. Os suplementos alimentares podem ser produzidos por técnicas conhecidas na arte.
As dimensões das nanopartículas obtida pelo processo da invenção variam de 20 a 500 nm e são medidas por análise de imagem microscópica, potencial zeta ou difração de luz.
Complementado, sistema proposto é superior ao estado da técnica por usar o sistema de ultradispersão e não o sistema de sonicação. Este último não permite um controle rigoroso do tamanho de partícula. Além disso, essas e outras patentes não levam em conta parâmetros importantes como: velocidade de evaporação do solvente orgânico, pré-emulsão de substâncias ativas hidrossolúveis, controle do tamanho de partículas pela relação das concentrações água/solvente orgânico/emulsificante e diâmetro da agulha de injeção. Somente através do controle desses parâmetros pode-se controlar a capacidade de encapsulamento (ou aprisionamento), qualidade, tamanho, distribuição de tamanho e a morfologia das nanopartículas.
Pode-se obter uma misturar in situ de alta homogeneidade de nanopartículas com composições internas diferenciadas (aprisionamentos de ativos diversos) através da injeção separada por meio de duas ou mais agulhas contendo solução ou emulsão dos fármacos com os polímeros conforme método descrito acima. A seguir são mostrados exemplos meramente ilustrativos da invenção que de forma alguma são limitantes do escopo de proteção da presente invenção.
Exemplos: Método 1 - Nanopartículas com quatro moléculas ativas obtidas via tetra-encapsulação em um único inietor a) Preparo da emulsão polímero/molécula ativa hidrossolúvel: Pirazinamida e o cloridrato de etambutol foram dissolvidos em água e pré-emulsionados em acetato de etila contendo PLA solubilizado compondo 1 a 100% da sua concentração de saturação neste solvente. A proporção água neste sistema varia de 1-50%, preferencialmente, foi utilizada uma proporção de 20% v/v. O sistema de tensoativos utilizados foi entre 1-40% p/v de PVA/PVP, preferencialmente, 20% p/v, em proporções variando de 0-100% PVP p/p, preferencialmente, foi utilizada uma proporção de 50% p/p de PVP. Foi usado um mecanismo de ultradispersão variando entre 5.000-20.000 rpm, preferencialmente, foi usada uma rotação de 14.000 rpm. O Sistema deve ser utilizado imediatamente após produção. b) Preparo da solução de polímero/molécula ativa lipossolúvel: A rifampicina e a isoniazida foram misturadas com acetato de etila contendo PLA compondo 1 a 100% da sua concentração de saturação neste solvente e submetidas ao ultrassom por 10 minutos e agitação mecânica por 24h. c) Processamento da emulsificação: Foi utilizado ultradispersor para preparar a emulsão final. Em béquer de 300 ml foram adicionados 150 ml da solução de PVA com composição variando entre l-30p/v, preferencialmente, foi usada a composição de 5% p/v. Foram preparados 10 ml de mistura contendo os sistemas preparados nos itens (a) e (b). Essa mistura foi adicionada ao vórtice da agitação por um sistema de injeção com agulhas com diâmetro interno variando entre 0,1 a 5 mm, preferencialmente, adicionada com agulhas de 1 mm de diâmetro. Em seguida, o sistema foi para um evaporador rotatório para a retirada do solvente orgânico à velocidade de evaporação entre 0,01g/mim a 200g/min, preferencialmente, lg/mim e centrifugado. O material decantado é congelado por 24 horas e liofilizado em seguida. Obtêm-se partículas com dimensões entre 100-500 nm d) Produção de aerossol: solução 1% da nanopartículas deve ser dispersa em solução 0,1% de carboximetilcelulose. Essa nanodispersão é misturada à HFA liquefeito por meio de invasadores e lacrada hermeticamente com uma válvula que controla a medida das dosagens (MDI). Método 2 - Nanopartículas com quatro moléculas ativas obtidas pela encapsulação separada de moléculas hidro e lipossolúveis via injetores independentes a) Preparo da emulsão polímero/molécula ativa hidrossolúvel: Pirazinamida e o cloridrato de etambutol foram dissolvidos em água e pré-emulsionados em diclorometano contendo PLA solubilizado compondo 1 a 100% da sua concentração de saturação neste solvente. A proporção água neste sistema varia de 1-50%, preferencialmente, foi utilizada uma proporção de 20% v/v. O sistema de tensoativos utilizados foi entre 1 -40% p/v de PVA/PVP, preferencialmente, 20% p/v, em proporções variando de 0-100% PVP p/p, preferencialmente, foi utilizada uma proporção de 50% p/p de PVP. Foi usado um mecanismo de ultradispersão variando entre 5.000-20.000 rpm, preferencialmente, foi usada uma rotação de 14.000 rpm. O Sistema deve ser utilizado imediatamente após produção. b) Preparo da solução de polímero/molécula ativa lipossolúvel: A rifampicina e a isoniazida foram misturadas com diclorometano contendo PLA compondo 1 a 100% da sua concentração de saturação neste solvente e submetidas ao ultrassom por 10 minutos e agitação mecânica por 24h. c) Processamento da emulsificação: Foi utilizado ultradispersor para preparar a emulsão final. Em béquer de 300 ml foram adicionados 150 ml da solução de PVP com composição variando entre l-30p/v, preferencialmente, foi usada a composição de 5% p/v. Os sistemas obtidos nos passos (a) e (b) são adicionados simultaneamente por injetores independentes à solução aquosa de PVP. Os dois sistemas foram adicionados direcionando-se ao vórtice da agitação por um sistema de injeção composto de agulhas com diâmetro interno variando entre 0,1 a 5 mm, preferencialmente, adicionada com agulhas de 1 mm de diâmetro. Em seguida, o sistema foi para um evaporador rotatório para a retirada do solvente orgânico à velocidade de evaporação entre 0,01g/mim a 200g/min, preferencialmente, lg/mim e centrifugado. O material decantado é congelado por 24 horas e liofilizado em seguida. Obtêm-se partículas com dimensões entre 100-500 nm. d) Produção de aerossol: solução 1% da nanopartículas deve ser dispersa em solução 0,1% de carboximetilcelulose. Essa nanodispersão é misturada à HFA liquefeito por meio de invasadores e lacrada hermeticamente com uma válvula que controla a medida das dosagens (MDI). Método 3 - Nanopartículas com quatro moléculas ativas obtidas via mono-encapsulação por inietores independentes a) Preparo da emulsão polímero/molécula ativa hidrossolúvel: Pirazinamida e o cloridrato de etambutol foram dissolvidos, separadamente, em água e pré-emulsionados em diclorometano contendo PLA solubilizado compondo 1 a 100% da sua concentração de saturação neste solvente. A proporção água neste sistema varia de 1-50%, preferencialmente, foi utilizada uma proporção de 20% v/v. O sistema de tensoativos utilizados foi entre 1-40% p/v de PVA/PVP, preferencialmente, 20% p/v, em proporções variando de 0-100% PVP p/p, preferencialmente, foi utilizada uma proporção de 50% p/p de PVP. Foi usado um mecanismo de ultradispersão variando entre 5.000-30.000 rpm, preferencialmente, foi usada uma rotação de 22.000 rpm. O Sistema deve ser utilizado imediatamente após produção. b) Preparo da solução de polímero/molécula ativa lipossolúvel: A rifampicina e a isoniazida foram solubilizadas separadamente em diclorometano contendo PLA compondo 1 a 100% da sua concentração de saturação neste solvente e submetidas ao ultrassom por 10 minutos e agitação mecânica por 24h. c) Processamento da emulsificação: Foi utilizado ultradispersor para preparar a emulsão final. Em béquer de 300 ml foram adicionados 150 ml da solução de PVP com composição variando entre l-30p/v, preferencialmente, foi usada a composição de 5% p/v. As pré-emulsões e as soluções obtidas nos passos (a) e (b) são adicionadas simultaneamente por injetores independentes à solução aquosa de PVP, perfazendo-se um total de quatro injetores. Os sistemas foram adicionados direcionando-se ao vórtice da agitação por um sistema de injeção composto de agulhas com diâmetro interno variando entre 0,1 a 5 mm, preferencialmente, adicionada com agulhas de 1 mm de diâmetro. Em seguida, o sistema foi para um evaporador rotatório para a retirada do solvente orgânico à velocidade de evaporação entre 0,0lg/mim a 200g/min, preferencialmente, lg/mim e centrifugado. O material decantado é congelado por 24 horas e liofilizado em seguida. Obtêm-se partículas com dimensões entre 100-500 nm. d) Produção de inaladores: solução 1% da nanopartículas deve ser dispersa em solução 0,1% de carboximetilcelulose. Essa nanodispersão é misturada à HFA liquefeito por meio de invasadores e lacrada hermeticamente com uma válvula que controla a medida das dosagens.
REIVINDICAÇÕES

Claims (22)

1 - Método para preparação de nanopartículas com quatro moléculas ativas obtidas via encapsulação caracterizado por compreender: a) Preparar emulsão polímero/molécula ativa hidrossolúvel; b) Preparar solução de polímero/molécula ativa lipossolúvel; c) Processar a emulsificação; e d) Produzir um aerossol.
2 - Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por uma emulsão polímero/molécula ativa hidrossolúvel que compreende pirazinamida e o cloridrato de etambutol dissolvidos em água e pré-emulsionados em acetato de etila contendo PLA solubilizado compondo 1 a 100% da sua concentração de saturação neste solvente.
3 - Método, de acordo com as reivindicação 1, caracterizado por uma emulsão polímero/molécula ativa hidrossolúvel em que a proporção água neste sistema que varia de 1-50%.
4 - Método, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por compreender uma proporção de 20% v/v.
5 - Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por uma emulsão polímero/molécula ativa hidrossolúvel em que o sistema de tensoativos utilizados variou entre 1-100% p/v de PVA/PVP.
6 - Método de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por compreender um mecanismo de ultradispersão que varia entre 5.000-30.000 rpm.
7 - Método, de acordo com a reivindicação 5 caracterizado por compreender uma rotação que varia entre 14.000 e 22.000rpm.
8 - Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por uma mistura de rifampicina e isoniazida em acetato de etila contendo PLA compondo 1 a 100% da sua concentração de saturação neste solvente e submetidas ao ultrassom por 10 minutos e agitação mecânica por 24h.
9 - Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por uma emulsão final que compreende uma solução de PVA com composição que varia entre l-30p/v em mistura com os sistemas de emulsão polímero/molécula ativa hidrossolúvel e de solução de polímero/molécula ativa lipossolúvel adicionada em um vórtice da agitação por um sistema de injeção com agulhas com diâmetro interno variando entre 0,1 a 5 mm.
10 - Método, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por compreender uma solução de PVA em uma composição de 5% p/v.
11 - Método, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por compreender um sistema de injeção com agulhas com diâmetro interno que de 1 mm de diâmetro.
12 - Método, de acordo com a reivindicação 9 caracterizado por submeter o sistema a um evaporador rotatório velocidade de evaporação entre 0,0lg/mim a 200g/min.
13 - Método, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por compreender uma velocidade de evaporação de lg/mim.
14 - Método, de acordo com a reivindicação 9 caracterizado por compreender partículas com dimensões entre 100-500 nm.
15 - Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender uma solução 1% da nanopartículas dispersas em solução 0,1% de carboximetilcelulose.
16 - Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por uma adição de uma mistura dos sistemas de emulsão polímero/molécula ativa hidrossolúvel e de solução de polímero/molécula ativa lipossolúvel obtidos nos passos (a) e (b) simultaneamente por injetores independentes em uma solução aquosa de PVP.
17 - Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por pré-emulsões e soluções obtidas nos passos (a) e (b) adicionadas simultaneamente por injetores independentes à solução aquosa de PVP, perfazendo-se um total de quatro injetores.
18 - Nanopartículas com quatro moléculas ativas obtidas via tetra-encapsulação obtidas pelo método de acordo com a reivindicação 1, caracterizadas por compreenderem a encapsulação de uma emulsão polímero/molécula ativa hidrossolúvel que compreende pirazinamida e o cloridrato de etambutol dissolvidos em água e pré-emulsionados em acetato de etila contendo PLA e ainda de uma solução de rifampicina e isoniazida em acetato de etila contendo PLA.
19 - Nanopartículas, de acordo com a reivindicação 18, caracterizadas por compreenderem uma tetra-encapsulação em um único injetor.
20 - Nanopartículas, de acordo com a reivindicação 19, caracterizadas por compreenderem uma encapsulação separada de moléculas hidro e lipossolúveis via injetores independentes.
21 - Nanopartículas, de acordo com a reivindicação 18, caracterizadas por compreenderem
22 - Nanopartículas, de acordo com a reivindicação 18, caracterizadas por compreenderem dimensões entre que variam entre 100-500 nm.
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