BRPI0802164A2 - processo de fabricaÇço de nanopartÍculas de tuberculostÁticos para o tratamento da tuberculose e outras doenÇas pulmonares e suas composiÇÕes farmacÊuticas para uso em aerossàis, inaladores e nebulizadores - Google Patents

processo de fabricaÇço de nanopartÍculas de tuberculostÁticos para o tratamento da tuberculose e outras doenÇas pulmonares e suas composiÇÕes farmacÊuticas para uso em aerossàis, inaladores e nebulizadores Download PDF

Info

Publication number
BRPI0802164A2
BRPI0802164A2 BRPI0802164A BRPI0802164A2 BR PI0802164 A2 BRPI0802164 A2 BR PI0802164A2 BR PI0802164 A BRPI0802164 A BR PI0802164A BR PI0802164 A2 BRPI0802164 A2 BR PI0802164A2
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
nanoparticles
tuberculostatic
nanoparticles according
preparation
preparing
Prior art date
Application number
Other languages
English (en)
Inventor
Fabio Moyses Lins Dantas
Jose Mauro Granjeiro
Nascimento Alessandra Micherla Rodrigues Do
Ana Paula Campanelli
Thais Helena Gasparoto
Original Assignee
Inst Nac De Tecnologia
Univ Fed Fluminense
Univ Sao Paulo
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Inst Nac De Tecnologia, Univ Fed Fluminense, Univ Sao Paulo filed Critical Inst Nac De Tecnologia
Priority to BRPI0802164 priority Critical patent/BRPI0802164A2/pt
Publication of BRPI0802164A2 publication Critical patent/BRPI0802164A2/pt

Links

Landscapes

  • Pharmaceuticals Containing Other Organic And Inorganic Compounds (AREA)
  • Medicinal Preparation (AREA)

Abstract

PROCESSO DE FABRICAÇçO DE NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS PARA O TRATAMENTO DA TUBERCULOSE E OUTRAS DOENÇAS PULMONARES E SUAS COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS PARA USO EM AEROSSàIS, INALADORES E NEBULIZADORES. A presente invenção diz respeito a um processo de preparação de nanopartículas contendo tuberculostáticos, particularmente, pirazmamida (PZN), rifampicina (RFN) e/ou isoniazida (ISN) e suas composições farmacêuticas para o tratamento da tuberculose e outras doenças pulmonares que possuam ação pulmonar ou sistêmica. As nanopartículas são compostas de polímeros biodegradáveis e podem estar sob a forma de aerossóis, inaladores e nebulizadores. O processo consiste em emulsificar a PZN e a ISN para formar uma emulsão a/o; dissolver as substâncias não emulsionáveis, polímero ou polímero/RFN em solventes orgânicos; misturar a emulsão a/o e a solução orgânica dos hidrofóbicos para formar a mistura pré-emulsionada; adicionar a mistura pré-emulsionada, com o auxilio de um sistema injetor, a uma solução aquosa de emulsificante sob ultradispersão para formar a emulsão final; levar a emulsão final a evaporação, centrifugar, congelar e liofilizar. O processo da invenção permite a obtenção de nanopartículas de tuberculostáticos com controle rigoroso do tamanho de partícula preservando as características ativas dos compostos encapsulados.

Description

PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS PARA O TRATAMENTO DA TUBERCULOSE EOUTRAS DOENÇAS PULMONARES E SUAS COMPOSIÇÕESFARMACÊUTICAS PARA USO EM AEROSSÓIS, INALADORES ENEBULIZADORES.
A presente invenção diz respeito a um processo de preparação de nanopartículascontendo tuberculostáticos, particularmente, pirazinamida (PZN), rifampicina (RFN) eisoniazida (ISN) e suas composições farmacêuticas para o tratamento da tuberculose eoutras doenças pulmonares que possuam ação pulmonar ou sistêmica. Asnanopartículas são compostas de polímeros biodegradáveis e podem estar sob a formade aerossóis, inaladores e nebulizadores.
A tuberculose no Brasil e no Mundo
A tuberculose é um problema de saúde global que vem crescendo a cada ano ese tornando cada vez mais perigosa. Por ano, a tuberculose mata cerca de 2 milhões de pessoas no mundo e, por ser uma doença contagiosa, aproximadamente 8 milhões seinfectam. O colapso nos sistemas de saúde, a emergência de casos de multi-resistênciaaos fármacos utilizados no combate à doença e o avanço dos casos de HIV/AIDS têmcontribuído para o avanço da tuberculose.
O Brasil, segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS),ocupa atualmente a incômoda posição de 15° colocado em notificações de casos detuberculose no mundo (WHO, 2007). Países com economias muito inferiores que oBrasil encontram-se em posição mais privilegiada neste ranking como Camboja,Moçambique e Zimbábue. Contudo, esse problema não se restringe apenas àsdificuldades econômicas, mas também é fruto de uma série de deficiências de ordemde política pública de saúde, tecnológica e cultural. Focando a questão tecnológica, oBrasil tem sérias restrições quanto à produção de medicamentos tuberculostáticos,principalmente, pela dependência da importação desses fármacos, agravada pelarestrita oferta destes no mercado internacional (drogas ou fármacos órfãos). Outrorevés tecnológico é o pouco investimento em novos métodos terapêuticos, entre eles,aqueles que permitam uma maior adesão ao tratamento. Este último é preocupanteporque o tratamento atual pressupõe o uso de, pelo menos, três ou mais medicamentosdependo da resposta clínica do paciente. Devido ao excessivo número de comprimidose cápsulas ingeridos por dia, o tratamento pode ser prejudicado, pois há sempre o riscodo paciente esquecer algum dos medicamentos ou mesmo se achar incomodado àobrigação da ingestão regular da medicação. Há também o desconforto dos efeitosadversos; devido à toxicidade, principalmente da pirazinamida e isoniazida. Alémdisso, nem sempre os medicamentos estão disponíveis nos postos de saúde, o que podeprovocar a suspensão e o abandono do tratamento. Com isso, o bacilo vai se tornandocada vez mais resistente e o tratamento acaba por demandar mais custos e revés para opaciente. A título de comparação, o tratamento adequado de um caso de tuberculose(seis meses de tratamento) custa R$ 84,60 por paciente. Quando ocorre uma multi-resistência, o tratamento chega a ser quase R$ 5.000,00 por ano (COSTA, 2005). Emmatéria do Jornal O Globo de 16 de setembro de 2007, caderno Rio, uma clínicaparticular do município do Rio de Janeiro informou que chega a gastar R$ 20 mil pormês com pacientes internados.
A tuberculose é causada por um bacilo, o Mycobacterium tuberculosis. Este nãoforma esporos, não possui flagelos e nem produz toxinas, sendo uma espécie aeróbiaestrita, necessitando de oxigênio para crescer e se multiplicar. Possui período degeração longo, de 14 a 20 horas, sendo, geralmente, resistente à ação de agentesquímicos.
O bacilo, ao ser inalado, é fagocitado pelo macrófago. O meio interno domacrófago, sendo ácido e pobre em oxigênio, se torna impróprio à atividademetabólica do bacilo, determinando, assim, numa redução da sua capacidademultiplicativa. Logo se compreende porque na lesão granulomatrosa inicial,predominantemente macrofágica, a população bacteriana é pouco numerosa. Com aevolução da doença, forma-se o "caseum" sólido. Neste meio extracelular, cujo pH éneutro e a pressão parcial de oxigênio é baixa, a população bacteriana reativa suaatividade metabólica.
O processo patogênico pode evoluir para a liquefação do "caseum"; este, ao sereliminado por um canal de drenagem (um brônquio, por exemplo) dá origem à lesãocavitária no órgão lesado. No pulmão, esta lesão, rica em O2 e revestida por indutocaseoso de pH que varia de neutro a alcalino, oferece as condições ideais para odesenvolvimento do bacilo. Devido a este ciclo é que o tratamento da doença écomposto por duas fases: a de ataque e a de manutenção.
A quimioterapia efetiva da tuberculose envolve o uso diário de 3 ou maisfármacos, por um período que pode variar de 6 meses a 2 anos. Os chamados fármacosde primeira linha, Pirazinamida (PZN), Rifampicina (RFN) e Isoniazida (ISN), sãoutilizados em combinação durante 6 meses. Os fármacos de segunda linha, além deserem mais tóxicos, são menos tolerados pelo paciente, sendo usados somente emcasos de resistência devido aos efeitos adversos.
A PZN é administrada somente durante os primeiros 2 meses de tratamentojuntamente com a ISN e a RFN, já que a PZN só atua na fase de multiplicação dobacilo. Ela possui atividade efetiva somente em meio ácido, sendo o fármaco maispropício para destruir o bacilo localizado no espaço intracelular e, portanto, capaz deintervir precocemente no ciclo patobiológico, já que sua ação se exerce na fase anteriorà necrose de caseificação. Nos 4 meses restantes, administra-se somente RFN e ISN,que são efetivos no meio extracelular. Caso o paciente apresente resistência à ISN, oetambutol (ETB) ou estreptomicina (STM) podem ser incluídos no tratamento e estepoderá durar além dos 6 meses previstos. O sucesso do tratamento depende,principalmente, da compreensão e adesão do paciente ao tratamento e o esquema de dosagem deve ser rigorosamente obedecido. Para maior eficiência no tratamento, aOMS desenvolveu o método chamado DOT (directly observed treatment), tratamentodiretamente observado, no qual o paciente é acompanhado clinicamente porprofissionais de saúde. Esse método eleva os custos, mas permite um maior controleda doença e, por conseguinte, maior efetividade de cura.
Em virtude dos problemas envolvidos na quimioterapia atual, há a necessidadedo desenvolvimento de terapias mais eficientes do ponto de vista farmacológico eclínico. Uma alternativa factível são os sistemas de liberação nos quais o fármacopossa ser liberado local e controladamente. Esses sistemas permitem a redução donúmero de dosagens diárias e elimina ou diminui os efeitos adversos. Neste enfoque, ouso de nanopartículas bioabsorvíveis contendo tuberculostáticos para veiculaçãopulmonar via aerossóis, inaladores e nebulizadores mostram-se promissores para otratamento da tuberculose. O sistema aqui proposto será baseado em nanopartículasbioabsorvíveis, particularmente, de poli(ácido lático) e copolímeros de ácido glicólicocontendo RFN, ISN e PZN que deverão agir dentro e fora do macrófago.
Nos últimos anos, um esforço significante tem sido voltado para odesenvolvimento de nanotecnologia para liberação de fármacos uma vez que estatécnica oferece meios adequados de liberação de pequenas partículas contendo ofármaco de interesse, assim como de macromoléculas (proteínas, peptídeos ou genes)para liberação vetorizada (PANYAM J.; LABHASETWAR V. BiodegradableAdvanced Drug Delivery Reviews, v. 55, p. 329-347, 2003).
A tecnologia das nanopartículas
Os agentes de liberação focados em nanotecnologia são nanopartículas,
nanocápsulas, nanogéis, sistemas micelares e conjugados formados por um polímero,natural ou sintético, biocompatível com o organismo humano. Estes sistemaspropiciam a liberação direcionada da droga para tecidos ou células específicas, a fimde melhorar a biodisponibilidade oral, sustentar o efeito farmacológico de ativosliberados, tornarem solúveis certos fármacos para liberação intravascular, além deaumentar a estabilidade de agentes terapêuticos contra degradação enzimática (pornucleases e/ou proteases) especialmente de proteínas, peptídeos e ácidos nucléicos(ALLÉMANN E.; LEROUX J.; GURNY R. Advanced Drug Delivery Reviews, v. 34,p. 171-189, 1998).
As dimensões nanométricas desses novos sistemas oferecem grandes vantagenspara liberação de fármacos. Devido aos tamanhos sub-celulares e submicrométricos, asnanopartículas podem penetrar profundamente em tecidos através de finos capilares,podem atravessar imperfeições presentes no revestimento epitelial e sãoeficientemente absorvidas pelas células. Além disso, modificando-se as propriedadesdo polímero utilizado como matriz, pode-se criar diferentes modulações de liberaçãode fármacos, bem como vetorizar as estruturas para sítios específicos de liberação(PANYAM J.; LABHASETWAR V. Biodegradable Advanced Drug DeliveryReviews, v. 55, p. 329-347, 2003).
A função de endocitose ou fagocitose dos macrófagos é responsável pelaeficiente liberação de agentes terapêuticos por meio desses novos agentes coloidaispara estas células. Os macrófagos estão ampla e estrategicamente distribuídos emvários tecidos do corpo humano com a finalidade de reconhecer células alteradas,particulados invasores, assim como ligantes macromoleculares de membranasreceptoras especializadas (MOGHIMI S. M.; HUNTER A. C; MURRAY J. CPharmacological Reviews, v. 53, n. 2, p. 283-318, 2001.).
As nanopartículas possuem alta absorção celular quando comparadas àsmicropartículas (PANYAM J.; LABHASETWAR V. Biodegradable Advanced DrugDelivery Reviews, v. 55, p. 329-347, 2003). Estudos prévios mostraram quenanopartículas com dimensões de 100 nm apresentaram absorção, em células Caco-2,duas vezes e meio maior quando comparadas a micropartículas de um (1) um e de seisvezes maior quando comparadas a micropartículas de 10 um. Resultados similaresforam obtidos quando estas formulações foram testadas em um modelo intestinal deratos, apresentando absorção de 15 a 250 vezes maior que a apresentada pelasmicropartículas (PANYAM J.; LABHASETWAR V. Biodegradable Advanced DrugDelivery Reviews, v. 55, p. 329-347, 2003).As nanopartículas possuem diferentes denominações conforme a técnicautilizada para a sua obtenção, podendo-se obter nanocápsulas ou nanoesferas.Nanocápsulas são carreadores nanoparticulados compostos de um núcleo oleoso, noqual o fármaco está confinado, envolto por uma membrana polimérica contendo umsurfactante hidrofílico e/ou lipofílico na interface (NISHIOKA Y; YOSHINO H.Lymphatic target with nanoparticles system. Advanced Drug Delivery Reviews, v. 47,p. 55-64, 2001.). Por outro lado, as nanoesferas são matrizes nos quais o fármaco estáfisicamente disperso, não necessariamente de forma uniforme, entretanto, sem autilização de núcleo oleoso (QUINTANAR-GUERRERO D.; ALLÉMANN E.;DOELKER E.; FESSI H. Pharmaceutical Research, v. 15, n. 7, p. 1056-1062, 1998).Nanopartículas é o nome genérico para nanoesferas e nanocápsulas.
Como já mencionado, é utilizado um grande número de diferentes polímeros naprodução das nanopartículas, que podem ser de origem natural ou sintética. Entre essespolímeros, pode-se citar: poli(ácido lático), poli(ácido glicólico), policaprolactana,alginato, quitosana, copolímeros e modificados estruturais desses polímeros.
O uso de polímeros sintéticos biodegradáveis para veiculação humana começounos anos 70, quando suturas a partir de polímeros sintetizados com ácido láctico eglicólico foram aprovadas pelo FDA (Food and Drug Administration) (SUN Y.;WATTS D. C; JOHNSON J. R. et al. American Pharmaceutical Review, 2001.
Disponível em: http://www.americanpharmaceuticaheview.corn/ past_articles.htm.Acessado em: 04/05/2002.). Atualmente, PLA (poli(ácido lático)), PGA (poli(ácidoglicólico)) e PLGA (poli(ácido láctico-co-glicólico)) possuem uma infinidade deaplicações, sendo utilizados em diversas áreas como alimentos (como filmes paraembalagens, espessantes, estabilizantes), na agricultura, em segurança (roupas de
proteção), higiene pessoal (absorventes, fraldas, cremes), entre outros (VAN VAN DEVELDE K.; KIEKENS P. Polymer Testing, v. 21, p. 433-442, 2002.).
Na medicina, a utilização desses polímeros pode ser dividida em três principaiscategorias: implantes cirúrgicos, produtos de cicatrização e liberação de fármacos.Como cicatrizantes de ferimentos, são reabsorvidos pela pele após substituição dotecido lesado assim como em suturas, clipes e pequenas peças que são inseridas porcirurgias (VAN VAN DE VELDE K.; KIEKENS P. Polymer Testing, v. 21, p. 433-442, 2002). Estudos recentes sobre o uso de suturas utilizando copolímeros derivadosdo ácido láctico e glicólico demonstraram que estes polímeros não são tóxicos e sãocompletamente biodegradáveis. Os polímeros biodegradáveis sintéticos sãopreferenciais em relação aos naturais porque são livres de imunogenicidade e suaspropriedades físico-químicas são previsíveis e reprodutíveis (MOGHIMI S. M.;HUNTER A. C; MURRAY J. C. Pharmacological Reviews, v. 53, n. 2, p. 283-318,2001).
A presente patente dá ênfase aos alfa-hidroxi-ácidos de dois e três carbonos,pois além de possuírem um amplo uso na área biomédica, os polímeros derivados vêmsendo bastante investigados para a liberação de fármacos. Estes poliésteres, além deserem biodegradáveis, são também conhecidos como bioabsorvíveis, pois sãohidrolisados quando implantados no organismo humano, formando grupamentoscompatíveis e "metabolizáveis". As nanopartículas desses polímeros são rapidamenteremovidas do sangue e concentradas no fígado, baço e medula (BRANNON-PEPPASL. International Journal of Pharmaceutics, v. 116, p. 1-9, 1995.).
A cristalinidade do polímero e a composição de comonômero também influenciam nabiodegradação. Os polímeros racêmicos DL por serem menos cristalinos que oshomopolímeros D ou L-láctico, são facilmente degradados, já que as regiões amorfassão mais rapidamente hidrolisadas. Polímeros de PLGA 50:50 (50% de ácido láctico e50% de ácido glicólico) são mais rapidamente degradados devido a fácil hidrólise doácido glicólico. Quanto menor a quantidade de ácido glicólico no polímero, mais lentaé a biodegradação, pois a cadeia se torna menos hidrofílica.
As nanopartículas são preparadas por dois métodos principais: conformação depolímeros pré-formados ou pela polimerização in situ do monômero. O processo depolimerização in situ pode ser classificado em dois métodos: interfacial e emulsão.As encapsulação ou incorporação a partir de polímeros pré-formados é a técnicamais difundida e pode ser realizada por vários métodos. Estas técnicas apresentamsimilaridade como a fase orgânica, que contém o polímero e o fármaco, funcionandocomo uma fase interna durante o processo, e a solução aquosa contendo umestabilizante, constituindo o meio de dispersão das nanopartículas. Outra semelhançaentre as técnicas é a pobre eficiência na encapsulação de fármacos de moderados aaltamente solúveis em água, limitando os altos rendimentos a fármacos lipofílicos(QUINTANAR-GUERRERO D.; ALLÉMANN E.; DOELKER E.; FESSI H. DrugDevelopment and Industrial Pharmacy, v. 24, n. 12, p. 1113-1128, 1998). As técnicasmais utilizadas são: método de deslocamento do solvente, salting-out, método deemulsificação/difusão e método de emulsificação/evaporação do solvente.
Método de deslocamento do solvente:
Este método é uma versão modificada do método de evaporação do solvente porutilizar solventes orgânicos solúveis em água como acetona, álcool ou metanol.Devido à difusão espontânea do solvente na fase aquosa, uma turbulência interfacial écriada entre as fases, levando a formação de pequenas partículas. O termonanoprecipitação é freqüentemente utilizado para definir o processo, já que a formaçãodas nanopartículas é devido à agregação do polímero após a mudança de fase.
Uma das maiores dificuldades desta técnica é a escolha do sistemafármaco/polímero/solvente/não-solvente. Cada elemento deste sistema possuiinfluência direta nas propriedades finais da nanopartícula. A concentração dopolímero, por exemplo, pode afetar o diâmetro médio assim como a quantidade deemulsificante na fase aquosa. O solvente também possui influência na eficiência deencapsulação do fármaco; se o fármaco não tiver afinidade pelo solvente, ele podemigrar para a fase aquosa, resultando em nanopartículas com baixo conteúdo defármaco (BODMEIER R.; MCGINITY J. W. International Journal of Pharmaceutical,v. 43, p. 179-186, 1988.).Salting-out
Este método é baseado na separação de um solvente miscível em água da faseaquosa pelo efeito de "salting-out". A acetona é o solvente miscível mais utilizado porse separar facilmente da fase aquosa pela adição de eletrólitos. O polímero e o fármacosão dissolvidos em acetona e esta solução é então emulsificada sob vigorosa agitaçãomecânica em um gel aquoso contendo um agente de salting-out e um estabilizadorcoloidal. Esta emulsão óleo em água é diluída com um volume adequado de água paraaumentar a difusão da acetona na fase aquosa, formando as nanopartícuias. O solventee o agente de salting-out são eliminados por filtração contracorrente. Desta forma, adifusão da acetona durante a diluição pode gerar turbulência interfacial e agregação depolímero em nanopartículas (QUINTANAR-GUERRERO D.; ALLÉMANN E.;DOELKER E.; FESSI H. Drug Development and Industrial Pharmacy, v. 24, n. 12, p.1113-1128, 1998).
A maior vantagem desta técnica é a possibilidade de incorporação de grandesquantidades de fármaco no polímero, gerando altos rendimentos. Uma vez obtido osistema solvente/agente de "salting-ouf/agente estabilizante não é mais necessário aprocura por proporções específicas para a obtenção das nanopartículas(QUINTANAR-GUERRERO D.; ALLÉMANN E.; DOELKER E.; FESSI H. DrugDevelopment and Industrial Pharmacy, v. 24, n. 12, p. 1113-1128, 1998).
Por outro lado, a técnica é limitada à fármaco s lipofílicos, agentes de "salting-out" que não precipitam antes da separação de fase e estabilizantes solúveis. Dentre osagentes de "salting-out" que podem ser utilizados em acetona estão a sacarose e oseletrólitos cloreto de magnésio, cloreto de sódio, cloreto de cálcio e acetato demagnésio. Como agentes estabilizantes, o PVA, o PVP (polivinilpirrolidona) e ahidroxietilcelulose têm apresentado bons rendimentos (QUINTANAR-GUERRERO,1998).Método de emulsificação/difusão
Este método pode ser considerado com uma modificação do método anterior,sem o uso dos agentes de "salting-out" e purificação mais intensa. A técnica envolve autilização de um solvente parcialmente solúvel em água, o qual é previamente saturadoem água para garantir um equilíbrio termodinâmico inicial em ambos os líquidos. Opolímero é dissolvido na solução saturada em água e, a fase orgânica é emulsificadasob vigorosa agitação em uma fase aquosa contendo um estabilizante. A adiçãosubseqüente de água ao sistema causa a difusão do solvente na fase externa, resultandona formação das nanopartícuias. Dependendo do ponto de ebulição do solvente, este éeliminado por destilação ou filtração contra-corrente (QUINTANAR-GUERRERO D.;ALLÉMANN E.; DOELKER E.; FESSI H. Drug Development and IndustrialPharmacy, v. 24, n. 12, p. 1113-1128, 1998).
Esta técnica apresenta algumas vantagens em relação às demais apresentadascomo o uso de solventes orgânicos menos tóxicos, altos rendimentos são obtidos, altareprodutibilidade lote a lote e fácil aumento de escala. Entretanto, há algunsinconvenientes como a grande quantidade de água a ser eliminada e a difusão defármacos hidrofílicos para a fase externa durante a emulsificação, podendo resultar emuma eficiência de encapsulação reduzida.
Método emulsificação/evaporação do solvente
Esta técnica é um método bem estabelecido baseado no procedimento clássicopatenteado por Vanderhoff et al. Nesta técnica, o polímero é dissolvido em umsolvente orgânico como diclorometano, clorofórmio ou acetato de etila. O fármaco éentão dissolvido ou disperso na solução orgânica contendo o polímero. Esta novasolução é então introduzida em uma solução aquosa contendo uma agenteemulsificante (gelatina, albumina, PVA, polisorbato 80, polaxamer 188). Após aformação de uma emulsão estável, a fase orgânica é evaporada sob pressão reduzidaou agitação contínua. O controle de tamanho é geralmente realizado pelo uso deultrassom.Emulsões água/óleo/água também têm sido usadas para preparar nanopartículasde fármacos solúveis em água (QUINTANAR-GUERRERO D.; ALLÉMANN E.;DOELKER E.; FESSI H. Drug Development and Industrial Pharmacy, v. 24, n. 12, p.1113-1128, 1998). Embora o processo pareça simples, a técnica possui muitasvariáveis que podem influenciar no produto final como a solubilidade do fármaco e dopolímero no solvente, o tipo de solvente orgânico, taxa de difusão do solvente na faseaquosa, tipo e concentração do emulsificante além dos passos posteriores depurificação (retirada de emulsificante residual) e secagem.
A maioria dos solventes orgânicos utilizados no processo é clorada; devido àbaixa solubilidade em água, apresentam fácil emulsificação, solubilizam bem osfármacos lipofílicos, além de possuírem baixo ponto de ebulição. Entretanto, estessolventes são desvantajosos devido à sua toxicidade (a maioria está classificada naclasse 2, pelo Guideline of Residual Solvents do International Conference onHarmonization [ICH]) e devem ser limitados a fim de proteger o futuro paciente deefeitos adversos.
O diclorometano é amplamente utilizado como solvente por possuir baixo pontode ebulição, o que facilita à sua posterior retirada do sistema, e baixa solubilidade nomeio aquoso, formando rapidamente uma emulsão. Devido à baixa solubilidade emágua, o diclorometano forma gotas resultando em nanopartículas altamente esféricas(JULIENNE M. C; ALONSO M. J.; AMOZA G.; BENOIT J.P. Drug Developmentand Industrial Pharmacy, v. 18, n. 10, p. 1063-1077, 1992). Solventes orgânicossolúveis em água, como acetona e DMSO (sulfóxido de dimetila), acabam formandoaglomerados poliméricos por se difundirem rapidamente no meio aquoso,prejudicando a formação das nanopartículas (BODMEIER R.; MCGINITY J. W. International Journal of Pharmaceutical, v. 43, p. 179-186, 1988).
PVA e albumina têm sido usados como estabilizantes em meio aquoso. O PVAapresenta uma excelente estabilização no preparo das nanopartículas, não somentepelo método de emulsificação/evaporação como em todas as demais técnicas. É umdos poucos estabilizantes que evita a agregação das nanopartículas após a preparação(durante purificação e liofilização), otimizando o rendimento sem a adição de outrosadjuvantes.
A albumina também é muito utilizada como surfactante, substituindo o PVA.Tanto a evaporação do solvente quanto a microfluidização, parecem não causar danosàs moléculas de albumina, e a imunogenicidade da albumina adsorvida nasnanopartículas é a mesma de uma solução natural. Entretanto, a fonte (natural oubovina) e o grau de pureza desta macromolécula são aspectos que podem limitar suautilização.
O tipo e a concentração do estabilizante são fatores limitantes que podem afetaro tamanho e a polidispersão das nanopartículas obtidas por esta técnica. Julienne et al.(JULIENNE M. C; ALONSO M. J.; AMOZA G.; BENOIT J.P. Drug Developmentand Industrial Pharmacy, v. 18, n. 10, p. 1063-1077, 1992) reportaram que nanoesferasforam conseguidas com alta velocidade de agitação (10.000 rpm/10 minutos), utilizando 0,5% p/v de PVA; enquanto que, ao utilizar metilcelulose na mesmaconcentração, foram obtidas partículas maiores que 1 um. Os autores acreditam queesta diferença é devido a maior redução interfacial de energia livre produzida peloPVA.
A fração residual de PVA que permanece nas nanopartículas após purificaçãoafeta as propriedades físicas e absorção celular do produto final. Sahoo et al.formularam nanopartículas utilizando PLGA 85:15, modificando apenas aconcentração do PVA e o tipo de solvente. Foi observado que a polaridade do solventeorgânico pode afetar a quantidade de PVA adsorvida nas nanopartículas. Quanto maispolar o solvente, maior a quantidade de PVA residual. Isto pode ser explicado pelainteração do PVA com a fase polimérica já que a fase orgânica está mais miscível coma aquosa (SAHOO S.; PANYAM J.; PRABHA S. et al. Journal of Conrrolled Release,v. 82, p. 105-114, 2002).A homogeneização da emulsão é obtida por misturadores de alta velocidade(SOPPIMATH K. S.; AMINABHAVI T. M.; KULKARNI A. R.; RUDZINSKI W. E.Biodegradable polymeric nanoparticles as drug delivery devices. Journal of ControlledRelease, v. 70, p. 1-20, 2001). A agitação pode ser mecânica (rotações acima de 1.000rpm) ou por ultra-som. A etapa de homogeneização é um passo limitante na obtençãodas nanopartícuias. Nanoesferas de ciclosporina foram obtidas após aumento navelocidade de homogeneização. Em velocidades de 1.000 rpm (por 30 minutos),micropartículas de aproximadamente 29 um foram obtidas; utilizando-se 10.000 rpm(por 1 minuto), nanopartí cuias de aproximadamente 300 nm foram obtidas(SÁNCHEZ, 1993).
Na patente WO 03/099262 a técnica da emulsificação/evaporação do solvente édescrita. O documento estabelece um processo de produção de nanopartículas quecompreende dissolver um polímero biodegradável em um solvente orgânico,emulsificar fazendo ao mesmo tempo uma sonicação e uma agitação e, por último,isolar e secar a nanopartícula. A substância ativa deve ser emulsificada de modo a seobter uma dupla emulsão ao final do processo do tipo a/o/a. O método proposto limita-se, basicamente, a proteínas e peptídeos. O processo proposto nesta patente prevê umamodificação do processo de emulsificação onde uma alta homogeneidade dasnanopartículas é conseguida pelo uso simultâneo de uma agitação mecânica de altocisalhamento (entre 4.000 e 15.000) e sonicação (freqüência de 20 a 70 kHz).Contudo, este sistema não permite um controle rigoroso do tamanho de partícula que édefinido por diversas variáveis, como concentração de emulsificante, sistemaágua/solvente orgânico, temperatura e natureza das substâncias aprisionadas nasnanopartículas. O controle do tamanho das partículas é fundamental para definir opoder de penetração nos tecidos e sua depuração pelo sistema renal e imunológico. Porexemplo, partículas inferiores a 40 nm podem chegar ao sistema linfático e acumularnesta região.
Especificamente no que se refere às nanopartículas de tuberculostáticos, apatente WO 2006/109317 mostra um processo de preparação de nanopartículascontendo rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol que consiste em: i)preparar uma solução estável em DW/NS/PBS das drogas solúveis em água; ii)preparar uma solução das drogas instáveis em DW/NS/PBS; iii) preparar uma soluçãode polímero (PLG) e drogas hidrofóbicas em um solvente orgânico; misturarseparadamente as soluções das etapas (i) e (ii) com a da etapa (iii) e fazer umasonicação sob resfriamento. A emulsão obtida é adicionada a uma solução de PVApara resonicação sob resfriamento. Após a emulsão é agitada e centrifugada. Aspartículas são lavadas, reconstituídas e liofilizadas.
O sistema proposto no presente pedido é superior as técnicas até agoraapresentadas por usar o sistema de ultradispersão e não o sistema de sonicação. Esteúltimo não permite um controle rigoroso do tamanho de partícula. Além disso, nãolevam em conta parâmetros como: velocidade de evaporação do solvente orgânico,pré-emulsão de fármacos hidrossolúveis, controle do tamanho de partículas pelarelação das concentrações água/solvente orgânico/emulsificante e diâmetro da agulhade injeção. Através do controle desses parâmetros pode-se dominar a capacidade deencapsulamento (ou aprisionamento), qualidade, tamanho, distribuição de tamanho e amorfologia das nanopartícuias.
A presente invenção fundamenta-se na técnica de emulsificação/evaporação, esupera as deficiências inerentes do estado da técnica pela invenção de um processo defabricação de nanopartículas no qual é possível controlar o tamanho das partículas. Notrabalho escrito por Song et ali (Colloids and Surfaces A: physicochem. Eng. Aspects.276, 2006, 162-167), o autor aponta as bases físico-químicas para operacionalizar otamanho de partículas. Sendo assim, verificamos agora que emulsificantes iônicospermitem partículas menores por estabilizarem melhor as partículas dos solventesorgânicos dispersos. Por sua vez, o solvente orgânico utilizado precisa possuir baixahidrofobicidade para minimizar a agregação das gotículas. O controle dessesparâmetros permite modular o tamanho das partículas mais a energia inicial de umsistema mecânico alto cisalhamento (ultradispersão) trabalhando acima de 14.000 rpm.A energia mecânica de alto cisalhamento é importante, porém não fundamental para aestabilização do tamanho de partícula. Contudo, tamanhos de partículassubmicrométricas são obtidas a partir de rotações entre 11.000 a 22.000 rpm. Rotaçõesinferiores e ou superiores tendem a formar partículas com distribuição granulométricade larga e/ou grosseira.
Portanto, os sistemas aqui reivindicados são modulados em cima destesconceitos, uma das principais diferenciações frentes as propostas do estado da técnica.
Sistemas de formação de aerossóis
Três sistemas para formação de aerossóis podem ser encontrados no mercado epossuem extensa literatura sobre seus mecanismos:
a)Inalantes com dosagens medidas, MDI (metered dosage inhaler)b) Pó seco inalantec) Nebulizadores
Cada sistema possui sua peculiaridade e é dependente da área de atuação do fármacono pulmão, das características químicas do fármaco, do design, do tipo da formulação,do tipo de paciente (criança, adulto, idoso, acamado ou não, deficiente, etc).Entretanto, uma das principais características são a formulação e o tamanho daspartículas que forma o aerossol. Tirando o pó seco inalante, os demais mecanismosdevem trabalhar com sistemas líquidos homogêneos e estáveis, ou seja, soluções,micro ou nano suspensões ou emulsões. Isso é particularmente apropriado quando setrabalha com nanopartículas derivadas do presente produto. Nestes casos, quando sedeseja a penetração até os alvéolos, a formação da nuvem de gotículas (spray) éotimizada quando há partículas em dimensões submicrométricas revestidas commaterial hidrofóbico, pois não há alteração do volume hidrodinâmico e a distribuiçãode tamanho de partícula é bastante estreita (GONDA L, Therapeutic aerosolIN:AULTON M.E.: Pharmaceutics:The science od dosage form design, 1996,Churchill Livigstone, Hong Kong, pag.341-358; VERVAT C. and BYRON. P.R.,Drug-surfactant-propellant interactions in HFA-formulation, International Journal ofPharmaceutics, 186, 13-20,1999; BARON P.A. and WILLEKE K., AerosolMeasurement: principies, techniques and applications. 2nd ed,Willey Interscience,2005).
As MDI diferenciam-se das nebulizadores nos seguintes quesitos:
- Velocidade de aspersão do aerosol: Nas MDIs a velocidade é maior o que promovecerta perda do produto por impacto na vias respiratórias superiores. Nos nebulizadores,a velocidade é baixa e a presença da nuvem de aerossol constante permite uma maiorpenetração aos alvéolos.
- Portabilidade e aplicabilidade: As MDIs são de longe mais portáteis e maisadequadas à vida moderna, contudo, necessitam de certa coordenação no acionamentocom a inspiração do usuário. Os nebulizadores são equipamentos relativamentegrandes, mas para pessoas com dificuldades motoras, acamados e crianças pequenastem grande aplicabilidade.
- Tamanho e distribuição de tamanho das partículas formadas: Nos nebulizadores otamanho das partículas é menor de 1-5 um e a distribuição de tamanho é mais estreita.Nas MDIs, o tamanho de partículas fica entre 1-10 um e a distribuição tende a serlarga devido aos fenômenos de aglomeração.
Sumário da Invenção
É um objetivo da presente invenção prover um processo de preparação denanopartículas contendo tuberculostáticos preservando as características ativas doscompostos encapsulados.
Outro objetivo da presente invenção é prover um método de fabricação denanopartículas de tuberculostáticos capaz de ter um controle rigoroso do tamanho de partícula.É ainda um objetivo da invenção, prover uma composição farmacêuticacontendo as nanopartículas obtidas pelo processo da invenção e veículosfarmaceuticamente aceitáveis.
Outro objetivo da invenção é prover uma composição farmacêutica para uso emaerossóis, inaladores e nebulizadores que possibilite a administração de pequenasquantidades de fármacos diminuindo ou eliminando efeitos adversos.
Outro objetivo da invenção é prover um medicamento no qual o fármaco possaser liberado local e controladamente.
Outro objetivo da presente invenção é prover um método de tratamento datuberculose que possibilite a administração de pequenas quantidades de fármacosdiminuindo ou eliminando efeitos adversos.
Este e outros objetivos similares, vantagens e características da invenção ficarãomais claras ao longo da descrição detalhada da invenção.
Descrição detalhada da invenção
A presente invenção diz respeito a um processo de preparação de nanopartículascontendo polímeros biodegradáveis e tuberculostáticos, particularmente, pirazinamida(PZN), rifampicina (RFN) e/ou isoniazida (ISN) e suas composições farmacêuticaspara o tratamento da tuberculose e outras doenças pulmonares que possuam açãopulmonar ou sistêmica.
O processo de fabricação das nanopartículas possuindo propriedadesfarmacêuticas melhoradas, de uma maneira geral, trata-se de um processo defabricação de nanopartículas de polímeros bioabsorvíveis capaz de incorporarsubstâncias hidrofílicas (pirazinamida e isoniazida) e lipofílicas (rifampicina) e obternanopartículas de alta estabilidade e apropriadas para uso em aerossóis, inaladores enebulizadores.As nanopartículas obtidas pelo referido processo podem conter um ou maisfármacos em uma mesma partícula, de acordo com a sua aplicação terapêutica. Oprocesso de fabricação das nanopartículas emprega o método deemulsificação/vaporização de solventes orgânicos e uso de polímeros bioabsorvíveispara incorporação de compostos. Pequenas variações no processo podem ocorrer deacordo com as características de hidrofílicas ou hidrofóbicas da substância a serincorporada.
Os compostos hidrossolúveis, PZN e ISN, devem ser previamente emulsionadospara formar uma emulsão água-em-óleo (a/o). A emulsão emprega emulsificantesusuais da técnica, preferivelmente, PVA, PVP, lecitina, gelatina, albumina, brometo dedidodecil dimetil amônio, entre outros. Mais preferivelmente, PVA, lecitina ealbumina.
As substâncias não emulsionáveis, polímero ou polímero/compostoslipossolúveis, RFN, são dissolvidos em solventes orgânicos classe 2 e 3 de baixatoxicidade. Solventes orgânicos apropriados incluem, mas não se limitam adiclorometano, acetona, etanol, acetato de etila, entre outros. Preferivelmente acetatode etila e diclorometano. A quantidade de solvente empregada depende da naturezaquímica das substâncias que formam a nanopartícula podendo variar de 1 a 50% v/v.Esta solução de substâncias não emulsionadas é, então, colocada em ultrassom pelotempo suficiente para promover a solubilização inicial do polímero e, em seguida, sobagitação mecânica para finalizar a solubilização.
Cabe ressaltar que para um efetivo aprisionamento dos fármacos, os polímerosbioabsorvíveis e a substância simples (hidrofílica emulsionada ou hidrofóbica) devemgerar um sistema final onde se observe a proporção de (1:1) a (1:10), preferivelmente,na proporção de (1:1). A composição exata do polímero/substância aprisionada édependente da natureza química das substâncias e das características de liberaçãocinética desejável.Os polímeros passíveis de serem empregados na presente invenção incluembiopolímeros sintéticos e naturais. Por exemplo, poli(ácido lático) e copolímeros,poli(ácido glicólico) e copolímeros, ácido poli-B-hidroxibutirato, ácidopolihidróxivalérico, poliesteramidas, policianoacrilatos, poli(aminoácidos),polianidridos, policaprolactanas, alginato, quitosana, amido, entre outros.Particularmente, o poli(ácido lático) e copolímeros são desejados.
O peso molecular numérico médio ou viscosimétrico desses polímeros podevariar de 2.000 a 1.000.000. Preferencialmente, no caso do poli(ácido lático) ecopolímeros, de 10.000 a 200.000 e para o PVA, PVP de 1.000 a 20.000. Oscopolímeros de ácido lático e glicólicos e isômeros são importantes para a formaçãodas nanopartículas e conferi-lhes versatilidade no que se refere à velocidade debiodegradação e, conseqüentemente, de liberação das drogas. As composições molarespreferenciais de ácido lático e ácido glicólico são 5 a 95%.
Paralelamente, uma solução de emulsificante é preparada. Emulsificantes quepodem ser empregados na invenção incluem PVA, PVP, carboximetilcelulose, lecitina,gelatina, albumina, surfactantes não iônicos como polioxietileno sorbitano de ésteresde ácido graxos (Tween 80, Tween 60 etc), surfactantes aniônicos (brometo dedidodecil dimetil amônio, lauril sulfato de sódio, estearato de sódio, etc), entre outros.Estes emulsificantes podem ser usados tanto em conjunto quanto separadamente. Aconcentração de emulsificante pode variar de 0,01 a 20% p/v. Preferencialmente entre0,1 a 5% p/v.
Finalmente, ocorre o processamento da emulsificação utilizando-se umultradispersor. A solução polímero/fármacos ou polímero e compostos hidrossolúveisemulsionados, PZN e ISN, são previamente misturadas mecanicamente depois sãoinjetados por meio de agulhas de calibre entre 0,5 a 2 mm sobre uma solução aquosacom emulsificante. A dispersão deve ser realizada a uma velocidade de 11.000 a22.000 rpm.Uma variação do método consiste na obtenção de uma misturar in situ de altahomogeneidade de nanopartículas com composições internas diferenciadas(aprisionamentos de ativos diversos) através da injeção separada por meio de duas oumais agulhas contendo solução dos fármacos, RFN, ou emulsão dos fármacos, ISN ePZN, com os polímeros conforme método descrito acima.
Agentes anti-espumantes podem ser empregados de modo a facilitar a dispersãoe possibilitar o aprisionamento das nanopartículas, tais como alcoóis em geral, saisminerais e derivados do óleo de silicone.
Após a ultradispersão o sistema é levado à evaporação para a retirada dosolvente orgânico e centrifugado. A evaporação pode ser realizada em evaporadorrotatório a uma velocidade de evaporação do solvente orgânico de 0,1 a 40 g/horas.
O material decantado é congelado e liofilizado obtendo-se a nanopartícula emuma forma que poderá ser incorporado as formulações farmacêuticas de administraçãopulmonar, particularmente, aerossóis, nebulizadores e inaladores.
A dimensão das nanopartículas obtidas pelo processo da invenção variam de 20a 500 nm e são medidas por análise de imagem microscópica, potencial zeta oudifração de luz.
A concentração dos fármacos pode variar de acordo com as necessidadesterapêuticas dos pacientes. Concentrações usuais de pirazinamida adequadas estãocompreendidas na faixa de 10 a 2.000 mg/dia. A rifampicina está numa faixa de 10 a600 mg/dia e a isoniazida de 5 a 900 mg/dia. Um técnico no assunto saberá determinarqual o teor de fármaco que deverá ser incorporado as nanopartículas para produzir oefeito terapêutico desejado.
As nanopartículas obtidas pelo processo da presente invenção podem serformuladas em aerossóis ou soluções para nebulização em formulações diversasconforme premissas do estado da arte de tais formas farmacêuticas. No caso dosaerossóis, os principais componentes são o agente propelente, agente emulsificante,agente tamponante, agente salino, substância dispersora e emulsificantes. Entre osagentes propelentes citam-se derivados de hidrocarbonetos fluorados, ar e dióxidos decarbono, mais notadamente derivados do HFA. Agentes tamponantes citam-se acetatode sódio, fosfatos de sódio, carbonatos. Agentes salinos citam-se cloreto de sódio,acetato de sódio, cloreto de potássio. Substâncias dispersoras compreendem a água,solução de água/etanol, sucrose, glicerina, dextrose. Substância emulsificantes PVA,PVP, lecitina, sorbitol, polisorbatos, polietilenoglicol, albumina.
As nanopartículas podem estar presentes na formulação em concentrações quedependem da potência do fármaco, podendo variar de 0,001% a 20% no produto final.Os exemplos a seguir são meramente ilustrativos da invenção, mas de forma algumasão limitativos do escopo de proteção.
Exemplo 1: Produção de nanopartículas contendo pirazinamida, isoniazida erifampicina
Pré-emulsão e mistura: Devem ser pesadas pirazinamida e isoniazida e dissolver em10 ml de solução 0,1% de PVP e deixar sob agitação por 12 horas. Em seguida, essasolução deve ser injetada em 90 ml de diclorometano sobre o vórtex do ultradispersora 14.000 rpm e sistema deixado sob agitação por 5 minutos. Registrar a temperatura dadispersão com um termômetro calibrado. Medir a condutância e o pH da dispersão(esperar estabilizar). Paralelamente, devem ser pesados a rifampicina e poli(ácidolático) PM 10.000 e solubilizados em 10 ml de diclorometano. A emulsão a/o e asolução orgânica devem ser misturadas mecanicamente ao final.
Processamento da emulsificação. Deve-se utilizar um ultradispersor para preparar aemulsão final girando a 14.000 rpm. Em béquer de 300 ml, devem ser adicionados 150ml da solução de PVP 5%. A mistura pré-emulsionada deve ser adicionada no vórticeda agitação por meio de uma agulha com diâmetro interno de aproximadamente de 2mm. Deve ser usado etanol absoluto como agente antiespumante para facilitar adispersão e possibilitar o aprisionamento dos fármacos nas nanopartículas. Emseguida, o sistema deve ser levado ao evaporador rotatório para retirar o solventeorgânico a lOg/hora e depois ser centrifugado. O material decantado deve sercongelado por 24 horas e liofilizado em seguida. Devem-se obter partículas comdimensões entre 200-500 ran.
Produção de aerossol: solução 1% da nanopartícuias deve ser dispersa em solução0,1% de carboximetilcelulose. Essa nanodispersão é misturada ao HFA liqüefeito pormeio de envasadores e lacrada hermeticamente com uma válvula que controla amedida das dosagens (MDI).
Exemplo 2: Produção de nanopartículas contendo pirazinamida, isoniazida erifampicina
Pré-emulsão e mistura: Devem ser pesadas pirazinamida e isoniazida e dissolver em10 ml de solução 0,2% de didodecil dimetil amônio (BDDA) e deixar sob agitação por12 horas. Em seguida, essa solução deve ser injetada em 90 ml de acetato de etilasaturado com água sobre o vórtex do ultradispersor a 22.000 rpm e sistema deixadosob agitação por 5 minutos. Registrar a temperatura da dispersão com um termômetrocalibrado. Medir a condutância e o pH da dispersão (esperar estabilizar). Deve serpesados a rifampicina e o poli(ácido lático) PM 20.000 e solubilizados em 10 ml deacetato de etila saturado com água. A emulsão a/o e a solução orgânica devem sermisturadas mecanicamente ao final.
Processamento da emulsificação: Deve ser utilizado um ultradispersor girando a22.000 rpm para preparar a emulsão. Em béquer de 300 ml, deve ser adicionado 150ml da solução 0,2% de BDDA. A mistura pré-emulsionada deve ser adicionada novórtice da agitação por meio de uma agulha com diâmetro interno deaproximadamente de 0,5 mm. Deve ser usado etanol absoluto com agenteantiespumante para facilitar a dispersão e possibilitar o aprisionamento dos fármacosnas nanopartículas. Em seguida, o sistema deve ir para um evaporador rotatório para aretirada do solvente orgânico a 40g/hora e centrifugado em seguida. O materialdecantado deve ser congelado e liofilizado. Obtêm-se partículas com dimensões entre40-150 nm.
Produção de aerossol: solução contendo 1% de nanopartículas deve ser dispersa emsolução 0,1% de carboximetilcelulose. Essa nanodispersão é misturada ao HFAliqüefeito por meio de envasadores e lacrada hermeticamente com uma válvula quecontrola a medida das dosagens (MDI).
Exemplo 3: Produção de nanopartículas contendo pirazinamida, isoniazida erifampicina
Pré-emulsão e mistura: Devem ser pesadas pirazinamida e isoniazida e dissolver em ml de solução 0,5% de lecitina e deixar sob agitação por 12 horas. Em seguida, essasolução deve ser injetada em 90 ml de diclorometano sobre o vórtex do ultradispersora 14.000 rpm e sistema deixado sob agitação por 5 minutos. Registrar a temperatura dadispersão com um termômetro calibrado. Medir a condutância e o pH da dispersão(esperar estabilizar). Paralelamente, devem ser pesados a rifampicina e poli(ácidolático co ácido glicólico) 25-75 PM 20.000 e solubilizados em 10 ml dediclorometano. A emulsão a/o e a solução orgânica devem ser misturadasmecanicamente ao final.
Processamento da emulsificação: Deve ser utilizado um ultradispersor girando a14.000 rpm para preparar a emulsão. Em béquer de 300 ml, deve ser adicionado 150ml da solução 0,5% de lecitina. A mistura pré-emulsionada deve ser adicionada novórtice da agitação por meio de uma agulha com diâmetro interno deaproximadamente de 1 mm. Deve ser usado etanol absoluto com agente antiespumantepara facilitar a dispersão e possibilitar o aprisionamento dos fármacos nasnanopartículas. Em seguida, o sistema deve ir para um evaporador rotatório para aretirada do solvente orgânico a lOg/hora e centrifugado em seguida. O materialdecantado deve ser congelado e liofilizado. Obtêm-se partículas com dimensões entre50-200 nm.
Solução para nebulização: solução contendo 1% de nanopartículas deve ser dispersaem solução 1% de PVP.
Exemplo 4: Produção de nanopartículas contendo pirazinamida, isoniazida erifampicina
Pré-emulsão e mistura: Devem ser pesadas pirazinamida e isoniazida e dissolver em10 ml de solução 0,2% de didodecil dimetil amônio (BDDA) e deixar sob agitação por12 horas. Em seguida, essa solução deve ser injetada em 90 ml de acetato de etilasaturado com água sobre o vórtex do ultradispersor a 22.000 rpm e sistema deixadosob agitação por 5 minutos. Registrar a temperatura da dispersão com um termômetrocalibrado. Medir a condutância e o pH da dispersão (esperar estabilizar).Paralelamente, devem ser pesados a rifampicina e poli(ácido lático co ácido glicólico)50-50 PM 55.000 e solubilizados em 10 ml de diclorometano. A emulsão a/o e asolução orgânica devem ser misturadas mecanicamente ao final.
Processamento da emulsificação: Deve ser utilizado um ultradispersor girando a22.000 rpm para preparar a emulsão. Em béquer de 300 ml, deve ser adicionado 150ml da solução 0,5% de lecitina. A mistura pré-emulsionada deve ser adicionada novórtice da agitação por meio de uma agulha com diâmetro interno deaproximadamente de 2 mm. Deve ser usado etanol absoluto com agente antiespumantepara facilitar a dispersão e possibilitar o aprisionamento dos fármacos nasnanopartículas. Em seguida, o sistema deve ir para um evaporador rotatório para aretirada do solvente orgânico a lOg/hora e centrifugado em seguida. O materialdecantado deve ser congelado e liofilizado. Obtêm-se partículas com dimensões entre100-500 nm.Produção de inaladores: solução contendo 1% de nanopartículas deve ser dispersaem solução 0,1% de carboximetilcelulose. Essa nanodispersão é misturada ao HFAliqüefeito por meio de envasadores e lacrada hermeticamente com uma válvula quecontrola a medida das dosagens.
Exemplo 5: Produção de nanopartículas contendo pirazinamida, isoniazida erifampicina
Pré-emulsão e mistura: Devem ser pesadas pirazinamida e isoniazida e dissolver em10 ml de solução 5% PVA e deixar sob agitação por 12 horas. Em seguida, essasolução deve ser injetada em 90 ml de diclorometano sobre o vórtex do ultradispersora 14.000 rpm e sistema deixado sob agitação por 5 minutos. Registrar a temperatura dadispersão com um termômetro calibrado. Medir a condutância e o pH da dispersão(esperar estabilizar). Paralelamente, devem ser pesados a rifampicina e poli(ácidolático) PM 17.000 e solubilizados em 10 ml de diclorometano. A emulsão a/o e asolução orgânica devem ser misturadas mecanicamente ao final.
Processamento da emulsificação: Deve ser utilizado um ultradispersor girando a14.000 rpm para preparar a emulsão. Em béquer de 300 ml, deve ser adicionado 150ml da solução solução 5% de PVA. A mistura pré-emulsionada deve ser adicionada novórtice da agitação por meio de uma agulha com diâmetro interno deaproximadamente de 2 mm. Deve ser usado etanol absoluto com agente antiespumantepara facilitar a dispersão e possibilitar o aprisionamento dos fármacos nasnanopartículas. Em seguida, o sistema deve ir para um evaporador rotatório para aretirada do solvente orgânico a lOg/hora e centrifugado em seguida. O materialdecantado deve ser congelado e liofilizado. Obtêm-se partículas com dimensões entre100-500 nm.Produção de aerossol: solução contendo 5% de nanopartículas deve ser dispersa emsolução. Essa nanodispersão é misturada à HFA liqüefeito por meio de envasadores elacrada hermeticamente com uma válvula que controla a medida das dosagens (MDI).
Exemplo 6: Produção de nanopartículas contendo pirazinamida
Pré-emulsão e mistura: Devem ser pesadas pirazinamida e dissolver em 10 ml desolução 5% PVA e deixar sob agitação por 12 horas. Em seguida, essa solução deveser injetada em 90 ml de diclorometano sobre o vórtex do ultradispersor a 14.000 rpme sistema deixado sob agitação por 5 minutos. Registrar a temperatura da dispersãocom um termômetro calibrado. Medir a condutância e o pH da dispersão (esperarestabilizar). Paralelamente, deve ser pesado poli(ácido lático) PM 17.000 esolubilizados em 10 ml de diclorometano e misturado mecanicamente à emulsãopreparada anteriormente.
Processamento da emulsificação: Deve ser utilizado um ultradispersor girando a14.000 rpm para preparar a emulsão. Em béquer de 300 ml, deve ser adicionado 150ml da solução solução 5% de PVA. A mistura emulsionada deve ser adicionada novórtice da agitação por meio de uma agulha com diâmetro interno deaproximadamente de 2 mm. Deve ser usado etanol absoluto com agente antiespumantepara facilitar a dispersão e possibilitar o aprisionamento dos fármacos nasnanopartículas. Em seguida, o sistema deve ir para um evaporador rotatório para aretirada do solvente orgânico a lOg/hora e centrifugado em seguida. O materialdecantado deve ser congelado e liofilizado. Obtêm-se partículas com dimensões entre100-500 nm.
Produção de aerossol: solução contendo 5% de nanopartículas deve ser dispersa emsolução. Essa nanodispersão é misturada à HFA liqüefeito por meio de envasadores elacrada hermeticamente com uma válvula que controla a medida das dosagens (MDI).Exemplo 7: Produção de nanopartículas contendo pirazinamida e isoniazida
Pré-emulsão e mistura: Devem ser pesadas pirazinamida e isoniazida e dissolver em10 ml de solução 5% PVA e deixar sob agitação por 12 horas. Em seguida, essasolução deve ser injetada em 90 ml de diclorometano sobre o vórtex do ultradispersora 14.000 rpm e sistema deixado sob agitação por 5 minutos. Registrar a temperatura dadispersão com um termômetro calibrado. Medir a condutância e o pH da dispersão(esperar estabilizar). Paralelamente, deve ser pesado poli(ácido lático) PM 10.000 esolubilizados em 10 ml de diclorometano e misturado mecanicamente à emulsãopreparada anteriormente.
Solução fármaco/polímeros: Deve ser pesados a rifampicina e poli(ácido lático) PM10.000 e solubilizados em 10 ml de diclorometano.
Processamento da emulsificação. Deve-se utilizar um ultradispersor para preparar aemulsão final girando a 14.000 rpm. Em béquer de 300 ml, devem ser adicionados 150ml da solução de PVP 5%. A solução rifampicina/poli(ácido acrílico) e a solução derifampicina devem ser adicionadas simultaneamente no vórtice da agitação por meiode agulhas, em sistemas independentes, com diâmetro interno de aproximadamente de2 mm. Deve ser usado etanol absoluto como agente antiespumante para facilitar adispersão e possibilitar o aprisionamento dos fármacos nas nanopartículas. Emseguida, o sistema deve ser levado ao evaporador rotatório para retirar o solventeorgânico a lOg/horas e depois ser centrifugado. O material decantado deve sercongelado por 24 horas e liofilizado em seguida. Devem-se obter partículas comdimensões entre 100-500 nm.
Produção de aerossol: solução contendo 1% de nanopartículas deve ser dispersa emsolução 0,1% de carboximetilcelulose. Essa nanodispersão é misturada à HFAliqüefeito por meio de envasadores e lacrada hermeticamente com uma válvula quecontrola a medida das dosagens (MDI).Exemplo 8: Mistura in situ de nanopartículas
Solução fármaco/polímeros: Deve ser pesados a rifampicina e poli(ácido lático) PM10.000 e solubilizados em 10 ml de diclorometano.
Processamento da emulsificação. Deve-se utilizar um ultradispersor para preparar aemulsão final girando a 14.000 rpm. Em béquer de 300 ml, devem ser adicionados 150ml da solução de PVP 5%. A solução rifampicina/poli(ácido lático) deve seradicionada no vórtice da agitação por meio de uma agulha com diâmetro interno deaproximadamente de 2 mm. Simultaneamente deve-se adicionar a emulsão contendoos fármacos. Deve ser usado etanol absoluto como agente antiespumante para facilitara dispersão e possibilitar o aprisionamento dos fármacos nas nanopartículas. Emseguida, o sistema deve ser levado ao evaporador rotatório para retirar o solventeorgânico a lOg/horas e depois ser centrifugado. O material decantado deve sercongelado por 24 horas e liofilizado em seguida. Devem-se obter partículas comdimensões entre 100-500 nm.
Produção de aerossol: solução contendo 1% de nanopartículas deve ser dispersa emsolução 0,1% de carboximetilcelulose. Essa nanodispersão é misturada à HFAliqüefeito por meio de envasadores e lacrada hermeticamente com uma válvula quecontrola a medida das dosagens (MDI).

Claims (59)

1. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS caracterizado por compreender as seguintes etapas:a) emulsificar os compostos hidrossolúveis, pirazinamida e/ou isoniazida,para formar uma emulsão a/o;b) dissolver as substâncias não emulsionáveis, polímero oupolímero/rifampicina em solventes orgânicos classe 2 e 3 de baixatoxicidade;c) misturar os produtos da etapa a) e b) para formar a mistura pré-emulsionada;d) Adicionar a mistura pré-emulsionada, com o auxílio de um sistemainjetor, a uma solução aquosa de emulsificante sob ultradispersão paraformar a emulsão final;e) Levar a emulsão final a evaporação, centrifugar, congelar e liofilizar.
2. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 1 caracterizadopelo fato dos emulsificantes empregados para formar a emulsão a/o seremselecionados de poli(álcool vinílico), polivinilpirrolidona, lecitina, gelatina,albumina, brometo de didodecil dimetil amônio.
3. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 2 caracterizadopelo fato do emulsificante ser poli(álcool vinílico), lecitina ou albumina.
4. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com as reivindicações 1 a 3caracterizado pelo fato dos solventes orgânicos classe 2 e 3 seremdiclorometano, acetona, etanol ou acetato de etila.
5. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 1 caracterizadopelo fato de que a quantidade de solventes orgânicos classes 2 e 3 estarcompreendida na faixa de 1 a 50% p/v.
6. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com as reivindicações 1 a 5caracterizado pelo fato que os polímeros são selecionados de poli(ácido lático)e copolímeros, poli(ácido glicólico) e copolímeros, ácido poli-fi-hidroxibutirato,ácido polihidróxivalérico, poliesteramidas, policianoacrilatos,poli(aminoácidos), polianidridos policaprolactanas, alginato, quitosana, amido.
7. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 6 caracterizadopelo fato que o peso molecular numérico médio ou viscosimétrico dessespolímeros pode variar de 2.000 a 1.000.000.
8. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 6 caracterizadopelo fato que o polímero é o poli(ácido lático) e seus copolímeros.
9. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 8 caracterizadopelo fato que o peso molecular numérico médio ou viscosimétrico do poli(ácidolático) e seus copolímeros estão compreendidos na faixa de 10.000 a 200.000.
10. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 6 caracterizadopelo fato que os copolímeros de ácido lático e glicólico estão presentes emcomposições molares que variam de 5 a 95%.
11. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 1 a 10caracterizado pelo fato que a relação entre polímero e fármaco aprisionado é de1:1 a 1:10.
12. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 11 caracterizadopelo fato que a relação entre polímero e fármaco aprisionado é de 1:1.
13. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 1 a 12caracterizado pelo fato que a concentração final dos fármacos possam serajustadas para as faixas terapêuticas de 10 a 2.000 mg/dia de pirazinamida, 10 a600 mg/dia de rifampicina e 5 a 900 mg/dia de isonoazida.
14. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 1 a 13caracterizado pelo fato da solução aquosa de emulsificante empregar osemulsificantes poli(álcool vinílico), polivinilpirrolidona, carboximetilcelulose,lecitina, gelatina, albumina, surfactantes não iônicos como polioxietilenosorbitano de ésteres de ácido graxos (Tween 80, Tween 60), surfactantesaniônicos (brometo de didodecil dimetil amônio, lauril sulfato de sódio,estearato de sódio em conjunto ou separadamente.
15. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 14 caracterizadopelo fato da concentração de emulsificante estar compreendida na faixa de 0,01a 20% p/v.
16. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 15 caracterizadopelo fato da concentração de emulsificante estar compreendida na faixa de 0,1 ap/v.
17. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 1 a 16caracterizado pelo fato que o sistema injetor possui agulhas de calibre entre 0,5a 2 mm.
18. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 1 a 17caracterizado pelo fato que a dispersão da emulsão final é realizada navelocidade de 11.000 a 22.000 rpm.
19. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 1 a 18caracterizado pelo fato de adicionalmente serem empregados agentesantiespumantes na solução aquosa emulsificante.
20. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 19 caracterizadopelo fato dos agentes antiespumantes serem selecionados de alcoóis, saisminerais e derivados do óleo de silicone.
21. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 20 caracterizadopelo fato de que o agente antiespumante é etanol.
22. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 1 a 21caracterizado pelo fato de que a evaporação pode ser realizada em evaporadorrotatório a uma velocidade de evaporação do solvente orgânico de 0,1 a 40g/hora.
23. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS caracterizado por compreender as seguintes etapas:a) emulsificar os compostos hidrossolúveis, pirazinamida e/ou isoniazida, para formar uma emulsão a/o;b) dissolver as substâncias não emulsionáveis, polímero oupolímero/rifampicina em solventes orgânicos classe 2 e 3 de baixatoxicidade;c) Adicionar simultaneamente os produtos da etapa a) e b), com o auxíliode sistemas injetores, a uma solução aquosa de emulsificante sobultradispersão para formar a emulsão final;d) Levar a emulsão final a evaporação, congelar e liofilizar.
24. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 23 caracterizadopelo fato dos emulsificantes empregados para formar a emulsão a/o seremselecionados de poli(álcool vinílico), polivinilpirrolidona, lecitina, gelatina,albumina, brometo de didodecil dimetil amônio.
25. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 24 caracterizadopelo fato do emulsificante ser poli(álcool vinílico), lecitina ou albumina.
26. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 23 a 25caracterizado pelo fato dos solventes orgânicos classe 2 ou 3 seremdiclorometano, acetona, etanol ou acetato de etila.
27. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 26 caracterizadopelo fato de que a quantidade de solventes orgânicos classe 2 e 3 estarcompreendida na faixa de 1 a 50% p/v.
28. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com as reivindicações 23 a 27caracterizado pelo fato que os polímeros são selecionados de poli(ácido lático)e copolímeros, poli(ácido glicólico) e copolímeros, ácido poli-fi-Mdroxibutirato,ácido polihidróxivalérico, poliesteramidas, policianoacrilatos,poli(aminoácidos), polianidridospolicaprolactanas, alginato, quitosana, amido.
29. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 28 caracterizadopelo fato que o peso molecular numérico médio ou viscosimétrico dessespolímeros pode variar de 2.000 a 1.000.000.
30. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 28 caracterizadopelo fato que o polímero é o poli(ácido lático) e seus copolímeros.
31. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTATICOS de acordo com a reivindicação 30 caracterizadopelo fato que o peso molecular numérico médio ou viscosimétrico do poli(ácidolático) e seus copolímeros estão compreendidos na faixa de 10.000 a 200.000.
32. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 28 caracterizadopelo fato que os copolímeros de ácido lático e glicólico estão presentes emcomposições molares que variam de 5 a 95%.
33. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 23 a 32caracterizado pelo fato que a relação entre polímero e substância aprisionada,hidrofílica emulsionada ou hidrofóbica, é de 1:1 a 1:10.
34. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 33 caracterizadopelo fato que a relação entre polímero e substância aprisionada, hidrofílicaemulsionada ou hidrofóbica, é de 1:1.
35. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 23 a 34caracterizado pelo fato que a concentração final dos fármacos possam serajustadas para as faixas terapêuticas de 10 a 2.000 mg/dia de pirazinamida, 10 a600 mg/dia de rifampicina e 5 a 900 mg/dia de isonoazida.
36. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 23 a 35caracterizado pelo fato da solução aquosa de emulsificante empregar osemulsificantes poli(álcool vinílico), polivinilpirrolidona, carboximetilcelulose,lecitina, gelatina, albumina, surfactantes não iônicos como polioxietilenosorbitano de ésteres de ácido graxos (Tween 80, Tween 60), surfactantesaniônicos (brometo de didodecil dimetil amônio, lauril sulfato de sódio,estearato de sódio em conjunto ou separadamente.
37. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 36 caracterizadopelo fato da concentração de emulsificante estar compreendida na faixa de 0,01a 20% p/v.
38. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 37 caracterizadopelo fato da concentração de emulsificante estar compreendida na faixa de 0,1 a5 p/v.
39. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 23 a 38caracterizado pelo fato que o sistema injetor possui agulhas de calibre entre 0,5a 2 mm.
40. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 23 a 39caracterizado pelo fato que a dispersão da emulsão final é realizada navelocidade de 11.000 a 22.000 rpm.
41. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 23 a 39caracterizado pelo fato de adicionalmente serem empregados agentesantiespumantes na solução aquosa emulsificante.
42. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 41 caracterizadopelo fato dos agentes antiespumantes serem selecionados de alcoóis, saisminerais e derivados do óleo de silicone.
43. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com a reivindicação 42 caracterizadopelo fato de que o agente antiespumante é etanol.
44. PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DETUBERCULOSTÁTICOS de acordo com as reivindicações 23 a 43caracterizado pelo fato de que a evaporação pode ser realizada em evaporadorrotatório a uma velocidade de evaporação do solvente orgânico de 0,1 a 40g/hora.
45. NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS caracterizadas porserem obtidas de acordo com os processos das reivindicações 1 a 22.
46. NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS caracterizadas porserem obtidas de acordo com os processos das reivindicações 23 a 44.
47. NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS de acordo com asreivindicações 45 e 46 caracterizadas por terem tamanho de 20 a 500 nm.
48. NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS caracterizadas porconter pirazinamida, isoniazida e rifampicina e terem sido obtidas de acordocom os processos descritos nas reivindicações 1 a 22 e/ou 23 a 44.
49. NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS caracterizadas porconter pirazinamida e terem sido obtidas de acordo com os processos descritosnas reivindicações 1 a 22 e/ou 23 a 44.
50. NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS caracterizadas porconter isoniazida e terem sido obtidas de acordo com os processos descritos nasreivindicações 1 a 22 e/ou 23 a 44.
51. NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS caracterizadas porconter rifampicina e terem sido obtidas de acordo com os processos descritosnas reivindicações 1 a 22 e/ou 23 a 44.
52. NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS caracterizadas porconter pirazinamida e isoniazida e terem sido obtidas de acordo com osprocessos descritos nas reivindicações 1 a 22 e/ou 23 a 44.
53. NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS caracterizadas porconter pirazinamida e rifampicina e terem sido obtidas de acordo com osprocessos descritos nas reivindicações 1 a 22 e/ou 23 a 44.
54. NANOPARTÍCULAS DE TUBERCULOSTÁTICOS caracterizadas porconter isoniazida e rifampicina e terem sido obtidas de acordo com os processosdescritos nas reivindicações 1 a 22 e/ou 23 a 44.
55. USO DE NANOPARTÍCULAS caracterizadas por serem obtidas de acordocom os processos das reivindicações 1 a 22 e/ou 23 a 44 para o tratamento datuberculose e outras doenças pulmonares.
56. USO DE NANOPARTÍCULAS caracterizadas por serem obtidas de acordocom os processos das reivindicações 1 a 22 e/ou 23 a 44 para a formulação deinaladores, nebulizadores e aerossóis.
57. INALADOR, NEBULIZADOR E AEROSSOL caracterizadas por conternanopartículas obtidas de acordo com os processos das reivindicações 1 a 22e/ou 23 a 44.
58. FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA caracterizada por conternanopartículas obtidas de acordo com os processos das reivindicações 1 ae/ou 23 a 44 e excipientes farmaceuticamente aceitáveis.
59. PRODUTO caracterizado por conter nanopartículas obtidas de acordo comprocessos das reivindicações 1 a 22 e/ou 23 a 44.
BRPI0802164 2008-06-30 2008-06-30 processo de fabricaÇço de nanopartÍculas de tuberculostÁticos para o tratamento da tuberculose e outras doenÇas pulmonares e suas composiÇÕes farmacÊuticas para uso em aerossàis, inaladores e nebulizadores BRPI0802164A2 (pt)

Priority Applications (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
BRPI0802164 BRPI0802164A2 (pt) 2008-06-30 2008-06-30 processo de fabricaÇço de nanopartÍculas de tuberculostÁticos para o tratamento da tuberculose e outras doenÇas pulmonares e suas composiÇÕes farmacÊuticas para uso em aerossàis, inaladores e nebulizadores

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
BRPI0802164 BRPI0802164A2 (pt) 2008-06-30 2008-06-30 processo de fabricaÇço de nanopartÍculas de tuberculostÁticos para o tratamento da tuberculose e outras doenÇas pulmonares e suas composiÇÕes farmacÊuticas para uso em aerossàis, inaladores e nebulizadores

Publications (1)

Publication Number Publication Date
BRPI0802164A2 true BRPI0802164A2 (pt) 2010-03-02

Family

ID=41722400

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BRPI0802164 BRPI0802164A2 (pt) 2008-06-30 2008-06-30 processo de fabricaÇço de nanopartÍculas de tuberculostÁticos para o tratamento da tuberculose e outras doenÇas pulmonares e suas composiÇÕes farmacÊuticas para uso em aerossàis, inaladores e nebulizadores

Country Status (1)

Country Link
BR (1) BRPI0802164A2 (pt)

Cited By (1)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
CN103271911A (zh) * 2013-03-18 2013-09-04 戈朝晖 一种载有异烟肼、利福平白蛋白纳米粒制剂及制备方法

Cited By (1)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
CN103271911A (zh) * 2013-03-18 2013-09-04 戈朝晖 一种载有异烟肼、利福平白蛋白纳米粒制剂及制备方法

Similar Documents

Publication Publication Date Title
Pawar et al. Engineered nanocrystal technology: in-vivo fate, targeting and applications in drug delivery
Dolatabadi et al. Solid lipid nanoparticles as efficient drug and gene delivery systems: recent breakthroughs
Seyfoddin et al. Solid lipid nanoparticles for ocular drug delivery
Patidar et al. A review on novel lipid based nanocarriers
Haggag et al. Preparation and in vivo evaluation of insulin-loaded biodegradable nanoparticles prepared from diblock copolymers of PLGA and PEG
Marianecci et al. Niosomes from 80s to present: the state of the art
AU718753B2 (en) Protein stabilized pharmacologically active agents, methods for the preparation thereof and methods for the use thereof
Zhang et al. Nanosuspension drug delivery system: preparation, characterization, postproduction processing, dosage form, and application
Singhvi et al. Lyotropic liquid crystal nanoparticles: a novel improved lipidic drug delivery system
Alshora et al. Nanotechnology from particle size reduction to enhancing aqueous solubility
Karunakar et al. Nano structured lipid carrier based drug delivery system
Shah et al. Lipid-based nanocarriers for drug delivery and diagnosis
JPS63122620A (ja) ポリ乳酸マイクロスフエア及びその製造方法
Pandey et al. A recent update: Solid lipid nanoparticles for effective drug delivery
Hanumanaik et al. Solid lipid nanoparticles: a review
Mirza et al. A nanocrystal technology: to enhance solubility of poorly water soluble drugs
Munir et al. Solid lipid nanoparticles: a versatile approach for controlled release and targeted drug delivery
JP2002511078A (ja) 新規なリポソームの活性成分ベクター
Patil et al. The solid lipid nanoparticles A review
Harish et al. Unravelling the role of solid lipid nanoparticles in drug delivery: Journey from laboratory to clinical trial
BRPI0802164A2 (pt) processo de fabricaÇço de nanopartÍculas de tuberculostÁticos para o tratamento da tuberculose e outras doenÇas pulmonares e suas composiÇÕes farmacÊuticas para uso em aerossàis, inaladores e nebulizadores
Satapathy et al. Solid lipid nanoparticles: A novel carrier in drug delivery system
Manoharan et al. Various pharmaceutical disperse systems
Patel et al. Niosome: a vesicular drug delivery tool
Chakraborty et al. Antifungal gel: for different routes of administration and different drug delivery system

Legal Events

Date Code Title Description
B03A Publication of an application: publication of a patent application or of a certificate of addition of invention
B07D Technical examination (opinion) related to article 229 of industrial property law
B06F Objections, documents and/or translations needed after an examination request according art. 34 industrial property law
B07E Notice of approval relating to section 229 industrial property law

Free format text: NOTIFICACAO DE ANUENCIA RELACIONADA COM O ART 229 DA LPI

B07A Technical examination (opinion): publication of technical examination (opinion)
B09B Decision: refusal
B09B Decision: refusal

Free format text: MANTIDO O INDEFERIMENTO UMA VEZ QUE N?O FOI APRESENTADO RECURSO DENTRO DO PRAZO LEGAL