BR112021015099A2 - Métodos para tratar sintomas e distúrbios associados a doenças de armazenamento lisossômico - Google Patents

Métodos para tratar sintomas e distúrbios associados a doenças de armazenamento lisossômico Download PDF

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Tanya Zaremba FISCHER
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Abstract

métodos para tratar sintomas e distúrbios associados a doenças de armazenamento lisossômico. referência cruzada para pedidos relacionados. a presente invenção refere-se a métodos para tratar ou prevenir sintomas e distúrbios específicos que estão associados a doenças de armazenamento lisossômico usando compostos de quinuclidina da fórmula (i), opcionalmente em combinação com terapia de reposição enzimática. isso inclui dor, tal como dor abdominal, e distúrbios dermatológicos, tal como angioqueratoma, em um paciente com uma doença como a doença de fabry. a presente invenção ainda se refere a uma composição farmacêutica que compreende um composto de quinuclidina para uso nos referidos métodos.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTO-
DOS PARA TRATAR SINTOMAS E DISTÚRBIOS ASSOCIADOS A DOENÇAS DE ARMAZENAMENTO LISOSSÔMICO". REFERÊNCIA CRUZADA PARA PEDIDOS RELACIONADOS
[001] Este pedido é um pedido internacional que reivindica a prio- ridade e o benefício dos Pedidos Provisórios dos EUA No. 62/800.996, depositado em 4 de fevereiro de 2019, No. 62/851.433, depositado em 22 de maio de 2019, No. 62/894.167, depositado em 30 de agosto de 2019, nº 62/937.618, depositado em 19 de novembro de 2019, e nº 62/962.647, depositado em 17 de janeiro de 2020, os teores de cada um dos quais estão incorporados aqui em sua totalidade.
CAMPO
[002] Esta invenção refere-se a métodos para tratar ou prevenir sintomas e distúrbios particulares que estão associados a doenças de armazenamento lisossômico usando compostos de quinuclidina da fórmula (I), opcionalmente em combinação com terapia de reposição enzimática. Da mesma forma incluído é dor, tal como dor abdominal, e distúrbios dermatológicos, tal como angioqueratoma, em um paciente com uma doença tal como a doença de Fabry.
ANTECEDENTE Doenças de armazenamento lisossômico
[003] As doenças de armazenamento lisossômico (LSDs) são um grupo de cerca de 50 doenças metabólicas hereditárias raras causa- das por defeitos na função lisossômica. Geralmente, os pacientes com um LSD acumulam níveis prejudiciais de um substrato (isto é, material armazenado) em lisossomos devido a uma deficiência ou defeito em uma enzima responsável por metabolizar o substrato, ou devido a uma deficiência em um ativador enzimático necessário para a função enzi- mática adequada. A maioria dos LSDs é causada por um único defeito ou deficiência enzimática, geralmente de uma enzima envolvida no metabolismo de lipídios ou glicoproteínas. Alguns dos LSDs mais co- muns incluem a doença de Gaucher, a doença de Fabry e a doença de Niemann-Pick (tipo C). Gaucher, Fabry e Niemann-Pick são exemplos de esfingolipidoses. Cada uma dessas doenças está associada a uma constelação de sintomas que são diretamente ou indiretamente cau- sados por defeitos genéticos subjacentes. Como um resultado, é fre- quentemente difícil prever quais sintomas ou distúrbios associados a eles podem ser tratados de forma eficaz com diferentes métodos de tratamento. Os sintomas que são comuns em vários LSDs incluem al- terações nos movimentos oculares sacádicos, disfunção cognitiva e distúrbios da marcha, tal como ataxia. Estes sintomas são particular- mente comuns em doença de Gaucher (por exemplo, tipo 3) e na do- ença de Neiman-Pick (tipo C). Doença de Fabry e Doenças de Pele
[004] A doença de Fabry é causada por um defeito na enzima alfa-galactosidase, resultando no acúmulo de globotriaosilceramida (GL-3, da mesma forma conhecido como Gb3). O GL-3 acumula-se no plasma sanguíneo, tecidos e alguns órgãos. A doença é causada por uma mutação recessiva ligada ao X, tal que os homens podem ter sin- tomas graves, enquanto as mulheres podem variar de ser assintomáti- ca a moderada ou gravemente afetada. Um sintoma comum de Fabry é a dor no corpo inteiro ou dor localizada. Neuropatia periférica, mar- cada por complicações renais são da mesma forma comuns, incluindo doença renal crônica e insuficiência renal. O acúmulo de esfingolipídeo no músculo cardíaco pode causar hipertrofia cardíaca ou cardiomiopa- tia restritiva, bem como anormalidades do ritmo cardíaco, tal como ta- quicardia e bradicardias (incluindo bloqueio cardíaco completo). O en- volvimento da pele inclui a formação de angioceratomas (pápulas pe- quenas e indolores), e o envolvimento ocular pode incluir turvação das córneas (ceratopatia por vórtice) e anormalidades vasculares conjunti-
vais e retinais e cataratas.
[005] O acúmulo de GL-3 na pele e nos tecidos moles causa os primeiros sintomas da doença de Fabry, incluindo lesões de pele (por exemplo, angioceratomas), acroparestesia e hipoidrose. Veja Lidove, O. e outro, Dermatological and Soft-Tissue Manifestations of Fabry Disease: Characteristics and Response to Enzyme Replacement Ther- apy, cap. 24 em FABRY DISEASE: PERSPECTIVES FROM 5 YEARS OF FOS (Mehta, A. e outro Eds., Oxford PharmaGenesis 2006), avail- able online via NCBI Bookshelf, National Library of Medicine. Esses sintomas geralmente começam na infância, muitos anos antes do de- senvolvimento de lesões graves em órgãos, que são características dos estágios posteriores da doença. A pele inclui várias camadas: a epiderme, a derme e a hipoderme, cada uma com muitos tipos de cé- lulas. A doença de Fabry afeta principalmente os vasos endoteliais. As células endoteliais da derme superficial, logo abaixo da epiderme não vascular, são o principal alvo da doença. As células endoteliais do ner- vorum no perineuro são da mesma forma afetadas. Além disso, o GL-3 pode se acumular nos lisossomas de pericitos vasculares, células da glândula écrina e fibroblastos dérmicos.
[006] Os angioceratomas são lesões cutâneas vasculares benig- nas caracterizadas pela proliferação de vasos sanguíneos dilatados na derme superior. Eles ocorrem quando o acúmulo de GL-3 nas células endoteliais dérmicas leva à protuberância dos vasos e à incompetên- cia da parede do vaso, seguido por ectasia secundária. Estas são as principais lesões cutâneas encontradas em pacientes com doença de Fabry e podem começar a aparecer em crianças entre 5 e 15 anos (idade média de 13,5 anos. São encontradas em 83% dos homens e 80% das mulheres com doença de Fabry. Angioqueratomas se espa- lham com a idade para se tornarem visíveis nos lábios, mãos e dedos dos pés. Eles podem ser isolados ou agrupados e aparecem como pe-
quenas pápulas vermelhas a pretas, com uma superfície epidérmica lisa. Com a progressão da doença, as lesões crescem, atingindo um diâmetro de 10 mm, e tornam-se vermelho-escuras a pretas, com su- perfície verrucosa. Estudos de microscopia eletrônica mostram inclu- sões lisossomais elétron-densas em células endoteliais vasculares, pericitos vasculares, células de glândulas écrinas, fibroblastos dérmi- cos e perineuro.
[007] Além de angioqueratomas, Fabry está da mesma forma as- sociado a polineuropatia específica e infiltração da glândula sudorípa- ra, muitas vezes levando a anormalidades na sudorese na doença de Fabry. Os sintomas clássicos são hipoidrose (redução da sudorese) e anidrose (ausência de sudorese). Esses sintomas podem ter um efeito significativo na qualidade de vida, causando febre e intolerância ao calor e aos exercícios. A hipoidrose predispõe à acroparestesia ao tor- nar os pacientes intolerantes ao calor e aos exercícios. A redução da produção de lágrimas pelas glândulas lacrimais e a redução da produ- ção de saliva podem estar associadas à hipoidrose em pacientes com doença de Fabry.
[008] A hiperidrose é muito menos comum em pacientes com do- ença de Fabry do que a hipoidrose e parece ser mais comum em mu- lheres do que em homens. É provável que a hiperidrose seja uma ma- nifestação da neuropatia periférica que ocorre na doença de Fabry. Quando as glândulas cutâneas e mucosas são afetadas, pode ser ne- cessário que o paciente restrinja o tempo que passa em um ambiente aquecido ou em atividade física.
[009] Em pacientes com doença de Fabry, o linfedema parece estar relacionado ao acúmulo de glicolipídeos nos vasos linfáticos. Na ausência de terapia, o linfedema na doença de Fabry pode ser compli- cado por erisipela, com risco de infecção sistêmica. Microangiopatia linfática grave, levando ao linfedema, foi descrita em pacientes com doença de Fabry. No entanto, um estudo mostrou que alterações es- truturais e funcionais graves nos linfáticos iniciais da pele ocorrem igualmente em pacientes do sexo masculino e feminino com doença de Fabry, independentemente do linfedema ser manifesto.
[0010] A acroparestesia é da mesma forma um dos primeiros sin- tomas da doença de Fabry. Acredita-se que resulte em isquemia dos nervos periféricos secundária a anormalidades nas células do perineu- ro endoteliais e é caracterizada por formigamento, queimação crônica ou dor incômoda nas mãos e pés. Episódios agudos de dor incapaci- tante, durando de alguns minutos a vários dias podem ocorrer. Eles podem ocorrer espontaneamente, porém da mesma forma podem ser induzidos por calor, doença, estresse ou exercícios. Fadiga, febre mo- derada e dor nas articulações podem estar associadas a essas crises de dor aguda. Doença de Fabry e Dor
[0011] A dor é um sintoma debilitante de Fabry no que diz respeito à capacidade do paciente de se envolver nas atividades normais da vida diária. Um sintoma comum de Fabry é dor em todo o corpo, dor localizada nas extremidades ou dor gastrointestinal (por exemplo, dor abdominal), que se acredita ser devido a danos nas terminações ner- vosas periféricas e/ou devido ao acúmulo de lipídios na vasculatura capilar causando dor e obstrução do fluxo sanguíneo.
[0012] A terapia de reposição enzimática (ERT) é um dos únicos tratamentos atualmente aprovados para a doença de Fabry nos Esta- dos Unidos, com a enzima semissintética agalsidase beta (alfa- galactosidase). Outra enzima, a agalsidase alfa, é aprovada na Euro- pa, porém não nos Estados Unidos. Na Europa, o inibidor de molécula alfa-galactosidase pequena migalastate (1-desoxigalactonojirimicina) está da mesma forma aprovado para o tratamento de um subconjunto de pacientes com Fabry. Em alguns pacientes, o defeito na alfa-
galactosidase é causado pelo dobramento incorreto da proteína, e não por um erro na sequência de aminoácidos. Para alguns desses pacien- tes, migalastate foi constatado liga-se à proteína mal dobrada e faz com que ela se reoriente na conformação adequada – porém apenas os tipos de erros de dobramento incorreto são passíveis de correção.
[0013] ERT desse modo permanece a base do tratamento da do- ença de Fabry. ERT não tem sido altamente eficaz no alívio da dor as- sociada à doença de Fabry e o tratamento adicional com analgésicos, anticonvulsivos e agentes anti-inflamatórios não esteroides é comu- mente necessário. Portanto, permanece uma necessidade significativa não atendida de um tratamento para a doença de Fabry que da mes- ma forma controle eficazmente a dor da doença de Fabry.
[0014] Os compostos de quinuclidina descritos aqui têm atividade como inibidores da enzima glicosilceramida sintase (GCS). Estes compostos foram descritos como sendo geralmente úteis no tratamen- to de doenças de armazenamento lisossômico, tais como doença de Fabry, doença de Gaucher e doença de Niemann-Pick. Veja, por exemplo, WO 2012/129084 e U.S. 2016/0361301.
[0015] Existe uma necessidade real na técnica de desenvolver te- rapêuticos eficazes no alívio ou gestão da dor e distúrbios dermatoló- gicos associados à doença de Fabry.
SUMARIO DA INVENÇÃO
[0016] A presente invenção refere-se a um composto de quinucli- dina (Composto 1) de acordo com a fórmula (I), (I) ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo, on- de:
R1 é selecionado a partir de hidrogênio, halogênio (por exemplo, flúor), ciano, nitro, hidróxi, tio, amino, C1-6-alquila (por exemplo, metila ou eti- la), C2-6-alquenila, C2-6-alquinila, C1-6-alquilóxi, C2-6-alquenilóxi e C2-6- alquinilóxi, em que a referida alquila, alquenila, alquinila, alquilóxi, al- quenilóxi ou alquinilóxi é opcionalmente substituída com um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, ciano, nitro, hidróxi, tio ou amino; R2 e R3 são independentemente selecionados a partir de C1-3-alquila, opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) ha- logênios, ou R2 e R3 juntos formam um grupo ciclopropila ou ciclobuti- la, opcionalmente substituído por um ou mais (por exemplo, 1 ou 2) halogênios; R4, R5 e R6 são cada qual independentemente selecionados a partir de hidrogênio, halogênio, nitro, hidróxi, tio, amino, C1-6-alquila e C1-6- alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substi- tuída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, hidróxi, ciano e alquilóxi C1-6; e
[0017] A é um grupo arila ou heteroarila de 5 ou 6 membros, opci- onalmente substituído com 1, 2 ou 3 grupos independentemente sele- cionados a partir de um halogênio, hidróxi, tio, amino, nitro, C1-6 alcóxi ou C1-6 alquila.
[0018] Em um primeiro aspecto, o presente pedido fornece um mé- todo para tratar ou prevenir a dor, incluindo dor neuropática, dor gas- trointestinal (por exemplo, dor abdominal) e neuropatia periférica, em um indivíduo em necessidade do mesmo, o método compreendendo administrar ao indivíduo uma quantidade de um composto de quinucli- dina como descrito aqui, por exemplo, um composto de acordo com a Fórmula I.
[0019] Em outros aspectos, o presente pedido também fornece o uso dos compostos de quinuclidina descritos aqui, para o tratamento ou prevenção da dor, incluindo dor neuropática, dor gastrointestinal (por exemplo, dor abdominal), neuropatia periférica e distúrbios de pe- le (por exemplo, angioqueratoma, acroparestesia, hipoidrose, anidro- se, hiperidrose, linfedema e acroparestesia). Em algumas modalida- des, de qualquer um destes aspectos, o indivíduo em necessidade do mesmo é um indivíduo com doença de Fabry, doença de Gaucher, por exemplo, tipo 3, ou doença de Niemann-Pick Tipo C.
[0020] Características e vantagens adicionais de compostos, com- posições e métodos descritos aqui serão evidentes a partir da seguinte descrição detalhada.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0021] Embora modalidades específicas da presente divulgação sejam agora descritas com referência às preparações e esquemas, deve ser entendido que tais modalidades são apenas a título de exemplo e meramente ilustrativas de um pequeno número das muitas modalidades específicas possíveis que podem representar aplicações dos princípios da presente descrição. Várias mudanças e modificações serão óbvias para aqueles versados na técnica dado o benefício da presente descrição e são consideradas como estando dentro do espíri- to e escopo da presente descrição, como também definido nas reivin- dicações anexas. Definições
[0022] A menos que de outra maneira definido, todos os termos técnicos e científicos usados aqui têm os mesmos significados como comumente entendidos por alguém versado na técnica à qual esta descrição pertence. Embora quaisquer métodos e materiais semelhan- tes ou equivalentes aos descritos aqui possam ser usados na prática ou teste da presente invenção, métodos, dispositivos e materiais exemplares são agora descritos. Todas as publicações técnicas e de patentes citadas aqui estão incorporadas aqui por referência em sua totalidade. Nada aqui deve ser interpretado como uma admissão de que a invenção não tem o direito de anteceder tal descrição em virtude da invenção anterior.
[0023] A prática da presente descrição empregará, a menos que de outra maneira indicado, técnicas convencionais de cultura de teci- dos, imunologia, biologia molecular, microbiologia, biologia celular e DNA recombinante, que estão dentro da habilidade na técnica.
[0024] Todas as designações numéricas, por exemplo, pH, tempe- ratura, tempo, concentração, peso molecular, incluindo faixas, são aproximações que são variadas (+) ou (-) por incrementos de 0,1 ou 1,0, quando apropriado. Deve ser entendido, embora nem sempre ex- plicitamente declarado, que todas as designações numéricas são pre- cedidas do termo “cerca de”. Deve ser da mesma forma entendido, embora nem sempre explicitamente declarado, que os reagentes des- critos aqui são meramente exemplares e que seus equivalentes são conhecidos na técnica.
[0025] Quando aqui utilizado, o termo "opcionalmente substituído" é pretendido ser equivalente à frase "não substituído ou substituído por."
[0026] Quando aqui utilizado, a frase "em um método de tratamen- to ou prevenção" (tal como na frase "em um método de tratamento ou prevenção da dor") é pretendido ser equivalente à frase "no tratamento ou prevenção de" (tal como na frase “no tratamento ou prevenção da dor”).
[0027] Quando utilizado na especificação e reivindicações, a forma singular "um", "uma" e "o" incluem referências no plural, a menos que o contexto indique claramente o contrário. Por exemplo, o termo "uma célula" inclui uma pluralidade de células, incluindo misturas das mes- mas. A menos que especificamente declarado ou óbvio a partir do con- texto, quando utilizado aqui, o termo "ou" é entendido ser inclusivo. O termo "incluindo" é usado aqui para significar e é usado alternadamen- te com a frase "incluindo, porém não limitado a".
[0028] Quando aqui utilizado, o termo "compreendendo" ou "com- preende" é pretendido a significar que as composições e métodos in- cluem os elementos recitados, porém não excluindo outros. "Consis- tindo essencialmente em" quando usado para definir composições e métodos, deve significar a exclusão de outros elementos de qualquer significado essencial para a combinação para o propósito declarado. Desse modo, uma composição consistindo essencialmente nos ele- mentos como aqui definidos não excluiria vestígios de contaminantes do método de isolamento e purificação e transportadores farmaceuti- camente aceitáveis, tais como solução salina tamponada com fosfato, conservantes e similar. "Consistindo em" significará excluir mais do que elementos vestigiais de outros ingredientes e etapas substanciais do método para administrar as composições desta invenção ou etapas do processo para produzir uma composição ou atingir um resultado pretendido. As modalidades definidas por cada um desses termos de transição estão dentro do escopo desta invenção. O uso do termo "compreendendo" aqui é pretendido a abranger "consistindo essenci- almente em" e "consistindo em".
[0029] Uma "pessoa", "indivíduo" ou "paciente" é usado alterna- damente aqui e se refere a um vertebrado, tal como um mamífero. Os mamíferos incluem, porém não são limitados a murinos, ratos, coe- lhos, símios, bovinos, ovinos, suínos, caninos, felinos, animais de fa- zenda, animais de esporte, animais de estimação, equinos, primatas e seres humanos. Em uma modalidade, os mamíferos incluem cavalos, cães e gatos. Em algumas modalidades, o mamífero é um ser huma- no, por exemplo, um ser humano que sofre de uma doença ou distúr- bio particular, tal como a doença de Gaucher (por exemplo, GD-3) ou doença de Niemann-Pick Tipo C.
[0030] "Administração" é definida aqui como um meio de fornecer um agente ou uma composição contendo o agente a um indivíduo de uma maneira que resulta no agente estar dentro do corpo do indivíduo. Tal administração pode ser por qualquer via incluindo, sem limitação, oral, transdérmica (por exemplo, vagina, reto, mucosa oral), por inje- ção (por exemplo, subcutânea, intravenosa, parenteral, intraperitoneal, no CNS), ou por inalação (por exemplo, oral ou nasal). As preparações farmacêuticas são, evidentemente, apresentadas em formas adequa- das para cada rotina de administração.
[0031] “Tratar” ou “tratamento” de uma doença geralmente inclui: (1) inibir a doença, isto é, interromper ou reduzir o desenvolvimento da doença ou seus sintomas clínicos; e/ou (2) aliviar a doença, isto é, causar a regressão da doença ou dos seus sintomas clínicos.
[0032] "Impedimento" ou "prevenção" de uma doença geralmente inclui fazer com que os sintomas clínicos da doença não se desenvol- vam em um paciente que pode estar predisposto à doença, porém ainda não experimenta ou exibe os sintomas da doença.
[0033] O termo "sofrendo" no que se refere ao termo "tratamento" refere-se a um paciente ou indivíduo que foi diagnosticado com a do- ença. O termo "sofrendo" no que se refere ao termo "prevenção" refe- re-se a um paciente ou indivíduo que está predisposto à doença. Um paciente pode da mesma forma ser referido como “em risco de sofrer” de uma doença por causa de uma história de doença em sua linhagem familiar ou por causa da presença de mutações genéticas associadas à doença. Um paciente em risco de doença ainda não desenvolveu todas ou algumas das patologias características da doença.
[0034] Uma "quantidade eficaz" ou "quantidade terapeuticamente eficaz" é uma quantidade suficiente para efetuar os resultados benéfi- cos ou desejados. Uma quantidade eficaz pode ser administrada em uma ou mais administrações, aplicações ou dosagens. Tal liberação depende de uma série de variáveis, incluindo o período de tempo du- rante o qual a unidade de dosagem individual deve ser usada, a bio- disponibilidade do agente terapêutico e a rotina de administração. En- tende-se, no entanto, que os níveis de dose específicos dos agentes terapêuticos da presente invenção para qualquer indivíduo particular dependem de uma variedade de fatores, incluindo, por exemplo, a ati- vidade do composto específico utilizado, a idade, peso corporal, saúde geral, sexo e dieta do indivíduo, o tempo de administração, a taxa de excreção, a combinação de fármacos e a gravidade do distúrbio parti- cular a ser tratado e a forma de administração. As dosagens de trata- mento geralmente podem ser tituladas para otimizar a segurança e eficácia. Normalmente, as relações dosagem-efeito de testes in vitro e/ou in vivo podem fornecer orientações úteis sobre as doses adequa- das para administração ao paciente. Em geral, será desejável adminis- trar uma quantidade do composto que seja eficaz para atingir um nível sérico compatível com as concentrações consideradas eficazes in vi- tro. A determinação destes parâmetros está bem ao alcance da expe- riência na técnica. Estas considerações, bem como formulações efica- zes e procedimentos de administração são bem conhecidos na técnica e são descritos em livros de texto padrão. Consistente com esta defini- ção, quando aqui utilizado, o termo "quantidade terapeuticamente efi- caz" é uma quantidade suficiente para tratar (por exemplo, melhorar) um ou mais sintomas associados a uma doença ou distúrbio descrito aqui (por exemplo, em qualquer um dos Métodos 2 e seguintes ou Mé- todo 3 e seguintes) ex vivo, in vitro ou in vivo.
[0035] Quando aqui utilizado, o termo "excipiente farmaceutica- mente aceitável" abrange qualquer um dos excipientes farmacêuticos padrão, incluindo transportadores, tal como uma solução salina tam- ponada com fosfato, água e emulsões, tal como uma emulsão de óleo/água ou água/óleo e vários tipos de agentes umectantes. As composições farmacêuticas podem da mesma forma incluir estabiliza- dores e conservantes. Para exemplos de transportadores, estabiliza- dores e adjuvantes, veja Remington’s Pharmaceutical Sciences (20ª ed., Mack Publishing Co. 2000).
[0036] Quando aqui utilizado, o termo "profármaco" significa um derivado farmacológico de uma molécula de fármaco original que re- quer biotransformação, espontânea ou enzimática, dentro do organis- mo para liberar o fármaco ativo. Por exemplo, os profármacos são va- riações ou derivados dos compostos de quinuclidina descritos aqui que têm grupos cliváveis sob certas condições metabólicas, que quando clivados, tornam-se os compostos de quinuclidina descritos aqui, por exemplo um composto da Fórmula I. Tais profármacos são em seguida farmaceuticamente ativos in vivo quando sofrem solvólise sob condi- ções fisiológicas ou sofrem degradação enzimática. Os compostos de profármacos aqui podem ser chamados de simples, duplos, triplos, etc., dependendo do número de etapas de biotransformação necessá- rias para liberar o fármaco ativo dentro do organismo e do número de funcionalidades presentes em uma forma do tipo precursor. As formas de profármaco frequentemente oferecem vantagens de solubilidade, compatibilidade de tecido ou liberação retardada no organismo mamí- fero.
[0037] Os profármacos comumente conhecidos na técnica incluem derivados de ácido bem conhecidos, tais como, por exemplo, ésteres preparados por reação de compostos de ácido com um álcool adequa- do, amidas preparadas por reação de compostos de ácido com uma amina e grupos básicos reagidos para formar um derivado de base acilada. Outros derivados de profármaco podem ser combinados com outras características descritas aqui para aumentar a biodisponibilida- de. Como tal, aqueles versados na técnica apreciarão que alguns dos compostos presentemente descritos tendo, por exemplo, grupos amino ou hidróxi livres podem ser convertidos em profármacos. Os profárma- cos incluem compostos com um resíduo de aminoácido ou uma cadeia polipeptídica de dois ou mais (por exemplo, dois, três ou quatro) resí- duos de aminoácidos que são covalentemente ligados através de liga- ções peptídicas a grupos amino, hidróxi ou ácido carboxílico livres dos compostos presentemente descritos. Os resíduos de aminoácidos in- cluem os 20 aminoácidos de ocorrência natural comumente designa- dos por símbolos de três letras e da mesma forma incluem 4- hidroxiprolina, hidroxilisina, demosina, isodemosina, 3-metil-histidina, norvalina, beta-alanina, ácido gama-aminobutírico, citrulina, homocis- teína, homoserina, ornitina e sulfona de metionina. Os profármacos da mesma forma incluem compostos tendo uma porção de carbonato, carbamato, amida ou éster alquílico ligada covalentemente a qualquer um dos substituintes acima descritos aqui.
[0038] Quando aqui utilizado, o termo "sal farmaceuticamente aceitável" significa um sal de adição de ácido farmaceuticamente acei- tável ou um sal de adição de base farmaceuticamente aceitável de um composto atualmente descrito que pode ser administrado sem qual- quer efeito biológico indesejável substancial resultante ou qualquer interação(ões) deletéria(s) resultante(s) com qualquer outro compo- nente de uma composição farmacêutica na qual possa estar contido.
[0039] Quando aqui utilizado, o termo "C1-6-alquila" significa um radical livre saturado linear ou ramificado que consiste essencialmente em 1 a 6 átomos de carbono e um número correspondente de átomos de hidrogênio. Grupos C1-6-alquila exemplares incluem metila, etila, n- propila, isopropila, n-butila e isobutila. Outros grupos C1-6-alquila serão facilmente aparentes para aqueles versados na técnica, dado o bene- fício da presente descrição. Os termos "C1-3-alquila", "C1-4-alquila", etc., têm significados equivalentes, isto é, radical livre saturado linear ou ramificado consistindo essencialmente de 1 a 3 (ou 4) átomos de carbono e um número correspondente de átomos de hidrogênio.
[0040] Quando aqui utilizado, o termo "C2-6-alquenila" significa um radical livre insaturado linear ou ramificado que consiste essencial- mente em 2 a 6 átomos de carbono e um número correspondente de átomos de hidrogênio, cujo radical livre compreende pelo menos uma ligação dupla carbono-carbono. Grupos C2-6-alquenila exemplares in- cluem etenila, prop-1-enila, prop-2-enila, isopropenila, but-1-enila, 2- metil-prop-1-enila e 2-metil-prop-2-enila. Outros grupos C2-6-alquenila serão facilmente aparentes para aqueles versados na técnica, dado o benefício da presente descrição.
[0041] Quando aqui utilizado, o termo "C2-6-alquinil" significa um radical livre insaturado linear ou ramificado que consiste essencial- mente em 2 a 6 átomos de carbono e um número correspondente de átomos de hidrogênio, cujo radical livre compreende pelo menos uma ligação tripla carbono-carbono. Grupos C2-6-alquinila exemplares inclu- em etinila, prop-1-inila, prop-2-inila, but-1-inila e 3 metil-but-1-inila. Ou- tros grupos C2-6-alquenila serão facilmente evidentes para aqueles versados na técnica, dado o benefício da presente descrição.
[0042] Quando aqui utilizado, o termo "C1-6-alquilóxi" significa um radical livre saturado linear ou ramificado que consiste essencialmente em 1 a 6 átomos de carbono (e um número correspondente de átomos de hidrogênio) e um átomo de oxigênio. Um grupo C1-6-alquilóxi é liga- do por meio do átomo de oxigênio. Grupos C1-6-alquilóxi exemplares incluem metilóxi, etilóxi, n-propilóxi, isopropilóxi, n-butilóxi e isobutilóxi. Outros grupos C1-6-alquilóxi serão facilmente aparentes para aqueles versados na técnica, dado o benefício da presente descrição. Os ter- mos "C1-3-alquilóxi", "C1-4-alquilóxi" e similar têm um significado equiva- lente, ou seja, um radical livre linear ou ramificado saturado consistin- do essencialmente em 1 a 3 (ou 4) átomos de carbono (e um número correspondente de átomos de hidrogênio) e um átomo de oxigênio, em que o grupo está ligado por meio do átomo de oxigênio.
[0043] Quando aqui utilizado, o termo "C2-6-alquenilaoxi" significa um radical livre insaturado linear ou ramificado que consiste essenci- almente em 2 a 6 átomos de carbono (e um número correspondente de átomos de hidrogênio) e um átomo de oxigênio, cujo radical livre compreende pelo menos uma ligação dupla carbono-carbono. Um grupo C2-6-alquenilóxi é ligado por meio do átomo de oxigênio. Um exemplo de grupo C2-6-alcenilóxi é etenilóxi; outros serão facilmente evidentes para aqueles versados na técnica, dado o benefício da pre- sente descrição.
[0044] Quando aqui utilizado, o termo "C2-6-alquiniloxi" significa um radical livre insaturado linear ou ramificado que consiste essencial- mente em 2 a 6 átomos de carbono (e um número correspondente de átomos de hidrogênio) e um átomo de oxigênio, cujo radical livre com- preende pelo menos uma ligação tripla carbono-carbono. Um grupo C2-6-alquenilóxi é ligado por meio do átomo de oxigênio. Um exemplo de grupo C2-6-alcenilóxi é etinilóxi; outros serão facilmente evidentes para aqueles versados na técnica, dado o benefício da presente des- crição.
[0045] Quando aqui utilizado, o termo "heteroarila" significa um radical livre aromático com 5 ou 6 átomos (isto é, átomos do anel) que formam um anel, em que 1 a 5 dos átomos do anel são de carbono e os restantes 1 a 5 átomo(s) do anel (isto é, átomo(s) de hetero anel) é independentemente selecionado a partir do grupo que consiste em ni- trogênio, enxofre e oxigênio. Grupos heteroarila de 5 membros exem- plares incluem furila, tienila, tiazolila (por exemplo, tiazol-2-ila), pirazoli- la, isotiazolila, oxazolila, isoxazolila, pirrolila, triazolila, imidazolila, oxa- diazolila e tiadiazolila. Grupos heteroarila de 6 membros exemplares incluem piridila, pirimidila, pirazinila, piridazinila, 1,2,4-triazinila, ben- zoxazolila, benzotiazolila, benzisotiazolila, benzisoxazolila e benzimi-
dazolila. Outros grupos heteroarila serão facilmente evidentes para aqueles versados na técnica, dado o benefício da presente descrição. Em geral, o grupo heteroarila está tipicamente ligado à estrutura prin- cipal por meio de um átomo de carbono. No entanto, aqueles versados na técnica perceberão que certos outros átomos, por exemplo heteroá- tomos de anel, podem ser ligados à estrutura principal.
[0046] Quando aqui utilizado, o termo "arila" significa um radical livre aromático com 5 ou 6 átomos (isto é, átomos do anel) que for- mam um anel, em que todos os átomos do anel são de carbono. Um exemplo de grupo arila é um grupo fenila.
[0047] Quando aqui utilizado, o termo "alifático" significa um com- posto não aromático contendo átomos de carbono e hidrogênio, por exemplo, contendo 1 a 9 átomos de carbono. Os compostos alifáticos podem ser de cadeia linear ou ramificada, podem conter uma ou mais estruturas de anel e podem conter uma ou mais ligações duplas car- bono-carbono (desde que o composto não contenha uma estrutura de anel insaturado tendo caráter aromático). Exemplos de compostos ali- fáticos incluem etano, propileno, ciclobutano e ciclo-hexadieno.
[0048] Quando aqui utilizado, os termos "halo" e "halogênio" signi- ficam flúor, cloro, bromo ou iodo. Estes termos são usados indistinta- mente e podem referir-se a um grupo de radicais livres de halogênio ou a um átomo de halogênio como tal. Aqueles versados na técnica serão facilmente capazes de determinar a identificação de qual tendo em vista o contexto em que este termo é usado na presente descrição.
[0049] Quando aqui utilizado, o termo "ciano" significa um radical livre com um átomo de carbono ligado a um átomo de nitrogênio por meio de uma ligação tripla. O radical ciano é ligado por meio de seu átomo de carbono.
[0050] Quando aqui utilizado, o termo "nitro" significa um radical - NO2 que está ligado por meio de seu átomo de nitrogênio.
[0051] Quando aqui utilizado, os termos "hidróxi" e "hidroxila" sig- nificam um radical de -OH que está ligado por meio de seu átomo de oxigênio. O termo "tio" significa um radical de -SH que está ligado por meio de seu átomo de enxofre.
[0052] Quando aqui utilizado, o termo "amino" significa um radical livre com um átomo de nitrogênio e 1 ou 2 átomos de hidrogênio. Co- mo tal, o termo "amino" geralmente se refere a aminas primárias e se- cundárias. A esse respeito, quando aqui utilizado, uma amina terciária é representada pela fórmula geral RR’N-, em que R e R’ são radicais de carbono que podem ou não ser idênticos. No entanto, o termo "amino" geralmente pode ser usado aqui para descrever uma amina primária, secundária ou terciária, e aqueles versados na técnica serão facilmente capazes de averiguar a identificação de qual tendo em vista o contexto em que este termo é usado na presente descrição.
[0053] Quando aqui utilizado, o termo e "oxo" significa um radical de oxigênio que é ligado por meio de uma ligação dupla. Onde um átomo ligado a este oxigênio é um átomo de carbono, a ligação é uma ligação dupla carbono-oxigênio que pode ser denotada como -(C=O)- e que pode ser referida como uma cetona.
[0054] A recitação de uma lista de grupos químicos em qualquer definição de uma variável aqui inclui definições dessa variável como qualquer grupo único ou combinação de grupos listados. A recitação de uma modalidade para uma variável ou aspecto aqui inclui essa mo- dalidade como qualquer modalidade única ou em combinação com quaisquer outras modalidades ou porções das mesmas.
[0055] Quaisquer composições ou métodos fornecidos aqui podem ser combinados com uma ou mais de qualquer uma das outras com- posições e métodos fornecidos aqui.
[0056] As seguintes abreviaturas são usadas aqui: br Sinal amplo
CDI Carbonildi-imidazol CNS Sistema Nervoso Central d Dupleto DAPI 4',6-diamidino-2-fenilindol dd Dupleto de dupletos DME Dimetoxietano DMEM Meio Eagle Modificado por Dulbecco DMSO-d6 Dimetilsulfóxido-d6 DMF Dimetilformamida DNA Ácido desoxirribonucléico DTBZ Carbon-11 di-hidrotetrabenazina EDTA ácido etilenodiaminotetracético ELISA Ensaio imunoabsorvente ligado a enzima Et2O éter dietílico EtMgBr brometo de etilmagnésio EtOAc acetato de etila GL1 Glucosilceramida (GlcCer) GM1 Monossialotetra-hexosilgangliosídeo GM3 Monossialodi-hexosilgangliosídeo GSL Glicosfingolipídeo H&E mancha de hematoxilina e eosina HPLC Cromatografia líquida de alta pressão HSA Albumina de soro humano IPA Álcool isopropílico J constante de acoplamento LCMS Espectrometria de massa de cromatografia líquida m Multipleto ppm partes por milhão rHA albumina humana recombinante s Singleto
TBME Éter Terc-Butil Metílico THF Tetra-hidrofurano Tris Tris(hidroximetil)aminometano TWEEN20 Polissorbato 20 TWEEN80 Polissorbato 80 WT tipo silvestre UPLCMS espectrometria de massa de cromatografia líquida de ultra desempenho Compostos
[0057] A presente descrição se refere a compostos de quinuclidina para uso em métodos terapêuticos relacionados ao tratamento ou pre- venção das doenças e distúrbios discutidos aqui. Em todos os seus vários aspectos, a invenção se refere a um composto de quinuclidina (Composto 1) de acordo com a fórmula (I), (I) ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que: R1 é selecionado a partir de hidrogênio, halogênio (por exemplo, flúor), ciano, nitro, hidróxi, tio, amino, C1-6-alquila (por exemplo, metila ou eti- la), C2-6-alquenila, C2-6-alquinila, C1-6-alquilóxi, C2-6-alquenilóxi e C2-6- alquinilóxi, em que a referida alquila, alquenila, alquinila, alquilóxi, al- quenilóxi ou alquinilóxi é opcionalmente substituída com um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, ciano, nitro, hidróxi, tio ou amino; R2 e R3 são independentemente selecionados a partir de C1-3-alquila, opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) ha-
logênios, ou R2 e R3 juntos formam um grupo ciclopropila ou ciclobuti- la, opcionalmente substituído por um ou mais (por exemplo, 1 ou 2) halogênios; R4, R5 e R6 são cada qual independentemente selecionados a partir de hidrogênio, halogênio, nitro, hidróxi, tio, amino, C1-6-alquila e C1-6- alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substi- tuída por um ou mais (por exemplo, 1 , 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, hidróxi, ciano e alquilóxi C1-6; e A é um grupo arila ou heteroarila de 5 ou 6 membros (por exemplo, fenila ou tiazolil), opcionalmente substituído com 1, 2 ou 3 grupos in- dependentemente selecionados a partir de halogênio, hidróxi, tio, ami- no, nitro, C1-6 alcóxi e C1-6 alquila.
[0058] Em outras modalidades de quaisquer aspectos da presente descrição, a presente descrição também se refere a Compostos como segue:
[0059] 1.1 Composto 1, em que R1 é selecionado a partir de hidro- gênio, halogênio, ciano, nitro, hidróxi, tio, amino, C1-6 alquila, alquilóxi C1-6, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, ciano, nitro, hidróxi, tio ou amino;
[0060] 1.2 Composto 1, em que R1 é selecionado a partir de hidro- gênio, halogênio, C1-6 alquila, alquilóxi C1-6, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substituída com um ou mais (por exem- plo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, ciano, nitro, hidróxi, tio ou amino;
[0061] 1.3 Composto 1, em que R1 é selecionado a partir de hidro- gênio, halogênio, C1-4-alquila, C1-4-alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substituída com um ou mais (por exem- plo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, ciano, nitro, hidróxi, tio ou amino;
[0062] 1.4 Composto 1, em que R1 é selecionado a partir de hidro- gênio, halogênio, C1-4-alquila, C1-4-alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substituída com um ou mais (por exem- plo, 1, 2 ou 3, ou 1 ou 2) grupos selecionados a partir de ciano, nitro, hidróxi, tio ou amino;
[0063] 1.5 Composto 1, em que R1 é selecionado a partir de hidro- gênio, halogênio e C1-4-alquila, em que a referida alquila é opcional- mente substituída com um ou mais (por exemplo, 1 ou 2) grupos sele- cionados a partir de halogênio, hidróxi, tio ou amino;
[0064] 1.6 Composto 1, em que R1 é selecionado a partir de hidro- gênio, flúor, metila e etila, em que a referida metila ou etila é opcio- nalmente substituída com 1 ou 2 grupos selecionados a partir de halo- gênio, hidróxi, tio ou amino;
[0065] 1.7 Composto 1, em que R1 é selecionado a partir de hidro- gênio e metila, em que a referida metila é opcionalmente substituída com 1 ou 2 halogênios;
[0066] 1.8 Composto 1, em que R1 é hidrogênio;
[0067] 1.9 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,8, em que R1 não está ligado ao átomo de nitrogênio da porção de quinuclidina;
[0068] 1.10 Composto 1, ou qualquer um de 1.1-1.9, em que R2 e R3 são cada qual independentemente C1-3-alquila, opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) halogênios;
[0069] 1.11 Composto 1.11, em que R2 e R3 são cada qual inde- pendentemente, metila ou etila, opcionalmente substituída por 1 ou 2 halogênios;
[0070] 1.12 Composto 1.11, em que R2 e R3 são cada qual inde- pendentemente selecionados a partir de metila e etila, opcionalmente substituídas por um ou mais flúores, por exemplo, 1, 2 ou 4 flúores;
[0071] 1.13 Composto 1.11, em que R2 e R3 são cada qual inde- pendentemente, metila substituída com 0, 1, 2 ou 3 átomos de flúor;
[0072] 1.14 Composto 1.11, em que R2 e R3 são cada qual, metila ou trifluorometila;
[0073] 1.15 Composto 1.11, R2 e R3 são cada qual metila;
[0074] 1.16 Composto 1, ou qualquer um de 1.1-1.9, em que R2 e R3 juntos formam um grupo ciclopropila ou ciclobutila, opcionalmente substituído por um ou mais (por exemplo, 1 ou 2) halogênios;
[0075] 1.17 Composto 1.16, em que R2 e R3 juntos formam um grupo ciclopropila;
[0076] 1.18 Composto 1 ou qualquer um de 1.1-1.9, em que R2 e R3 são cada qual metila ou R2 e R3 juntos formam um grupo ciclopropi- la;
[0077] 1.19 Composto 1, ou qualquer um de 1.1-1.9, em que R4, R5 e R6 são cada qual independentemente selecionados a partir de hidrogênio, halogênio, C1-6-alquila e C1-6-alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, hidróxi, ciano e C1-6-alquilóxi;
[0078] 1.20 Composto 1, ou qualquer um de 1.1-1.9, em que R4, R5 e R6 são cada qual independentemente selecionados a partir de hidrogênio, halogênio, C1-3-alquila e C1-3-alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, hidróxi, ciano e C1-3-alquilóxi;
[0079] 1.21 Composto 1.19, em que R4, R5 e R6 são cada qual in- dependentemente selecionados a partir de hidrogênio, halogênio, C1-3- alquila e C1-3-alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcio- nalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, ciano e C1-3-alquilóxi;
[0080] 1.22 Composto 1.19, em que R4, R5 e R6 são cada qual in- dependentemente selecionados a partir de hidrogênio, halogênio, C1-3-
alquila e C1-3-alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcio- nalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio e C1-3-alquilóxi;
[0081] 1.23 Composto 1.19, em que R4, R5 e R6 são cada qual in- dependentemente selecionados a partir de halogênio, C1-3-alquila e C1- 3-alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente subs- tituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio e C1-3-alquilóxi
[0082] 1.24 Composto 1, ou qualquer um de 1.19-1.23, R4 é sele- cionado a partir de hidrogênio, halogênio, C1-3-alquila e C1-3-alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio e C1-3-alquilóxi;
[0083] 1.25 Composto 1.24, R4 é selecionado a partir de halogênio (por exemplo, flúor), C1-3-alquila (por exemplo, metila) e C1-3-alquilóxi (por exemplo, metóxi ou etóxi), em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio e C1-3-alquilóxi (por exem- plo, metóxi ou etóxi);
[0084] 1.26 Composto 1.26, R4 é selecionado a partir de halogênio (por exemplo, flúor) e C1-3-alquilóxi (por exemplo, metóxi ou etóxi), em que o referido alquilóxi é opcionalmente substituído por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio e C1-3 alquilóxi (por exemplo, metóxi ou etóxi);
[0085] 1.27 Composto 1.26, R4 é flúor ou C1-3-alquilóxi (por exem- plo, etóxi), opcionalmente substituído por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio e C1-3 alquilóxi (por exemplo, metóxi);
[0086] 1.28 Composto 1.26, em que R4 é flúor ou etóxi opcional- mente substituído por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) C1-3-
alquilóxi (por exemplo, metóxi);
[0087] 1.29 Composto 1, ou qualquer um de 1.19-1.28, em que R6 é hidrogênio;
[0088] 1.30 Composto 1, ou qualquer um de 1.19-1.28, em que R5 e R6 são cada qual hidrogênio;
[0089] 1.31 Composto 1, ou qualquer um de 1.19-1.28, R5 e R6 são cada qual hidrogênio, e R4 é flúor ou C1-3-alquilóxi (por exemplo, etóxi), opcionalmente substituído por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio e C1-3-alquilóxi (por exemplo, metóxi);
[0090] 1.32 Composto 1.31, em que R5 e R6 são cada qual hidro- gênio, e R4 é flúor ou etóxi opcionalmente substituído por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) C1-3-alquilóxi (por exemplo, metóxi);
[0091] 1.33 Composto 1.32, em que R5 e R6 são cada qual hidro- gênio, e R4 é flúor ou etóxi substituído com metóxi (por exemplo, 2- metoxietóxi);
[0092] 1.34 Composto 1.32, em que R4 é flúor ou 2-metoxietóxi;
[0093] 1.35 Composto 1, ou qualquer um de 1.1-1.34, em que pelo menos um de R4, R5 e R6 não é hidrogênio;
[0094] 1.36 Composto 1, ou qualquer um de 1.1-1.35, em que R6 é hidrogênio, e R4 e R5 estão posicionados nas posições 2, 4 ou 6 do anel fenila ao qual estão ligados (isto é, orto ou para ao substituinte A);
[0095] 1.37 Composto 1, ou qualquer um de 1.1-1.35, em que R6 é hidrogênio, e R4 e R5 estão posicionados independentemente nas po- sições 2 e 3 (isto é, orto e meta adjacentes), 3 e 4 (isto é, meta e para adjacentes), ou 3 e 5 (isto é, meta) do anel fenila ao qual estão ligados (em relação ao substituinte A);
[0096] 1.38 Composto 1, ou qualquer um de 1.1-1.35, em que R6 é hidrogênio, e R4 e R5 estão posicionados nas posições 3 e 5 (isto é, meta) do anel fenila ao qual estão ligados (em relação ao substituinte
A) ;
[0097] 1.39 Composto 1, ou qualquer um dos 1.1-1.35, em que R5 e R6 são hidrogênio, e R4 está posicionado na posição 2, 3 ou 4 do anel fenila ao qual está ligado (por exemplo, orto, meta ou para ou ao substituinte A);
[0098] 1.40 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,35, em que R5 e R6 são hidrogênio, e R4 está posicionado na posição 2 ou 4 do anel fenila ao qual está ligado (por exemplo, orto ou para ao substituinte A);
[0099] 1.41 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,35, em que R5 e R6 são hidrogênio, e R4 está posicionado na posição 4 do anel fenila ao qual está ligado (por exemplo, para ao substituinte A);
[00100] 1.42 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,35, em que ne- nhum de R4, R5 e R6 são hidrogênio, e cada um de R4, R5 e R6 estão independentemente posicionados nas posições 2, 4 ou 6 do anel fenila ao qual estão ligados (isto é, orto ou para em relação ao substituinte A);
[00101] 1.43 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,42, em que R4 está posicionado na posição 4 do anel fenila ao qual está ligado (isto é, para para o substituinte A);
[00102] 1.44 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,43, em que A é um grupo arila de 6 membros, um grupo heteroarila de 5 membros (por exemplo, contendo 1, 2 ou 3 heteroátomos no anel de heteroarila sele- cionado a partir de N, O e S), ou um grupo heteroarila de 6 membros (por exemplo, contendo 1, 2 ou 3 átomos de nitrogênio no anel de he- teroarila);
[00103] 1.45 Composto 1.44, em que A é um grupo arila de 6 mem- bros ou um grupo heteroarila de 5 membros (por exemplo, contendo 1, 2 ou 3 heteroátomos no anel de heteroarila selecionado a partir de N, O e S), opcionalmente em que o grupo heteroarila de 5 membros con- tém 1 ou 2 heteroátomos selecionados a partir de N e S (por exemplo,
um N e/ou um S);
[00104] 1.46 Composto 1.44 ou 1.45, em que A é selecionado a partir do grupo consistindo em fenila, furila, tienila, tiazolila, pirazolila, isotiazolila, oxazolila, isoxazolila, pirrolila, triazolila, imidazolila, oxadi- azolila e tiadiazolila;
[00105] 1.47 Composto 1.46, em que A é selecionado a partir do grupo que consiste em fenila, tienila, tiazolila, pirrolila e imidazolila;
[00106] 1.48 Composto 1.46, em que A é selecionado a partir do grupo consistindo em fenila e tiazolila, por exemplo, 2-tiazol-4-ila ou 4- tiazol-2-ila;
[00107] 1.49 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,48, em que A é não substituído
[00108] 1.50 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,48, em que A é substituído por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos indepen- dentemente selecionados a partir de um halogênio, hidróxi, tio, amino, nitro, C1-6alcóxi e C1-6alquila (por exemplo, metila);
[00109] 1.51 Composto 1.50, em que A é tiazolila substituída com um halogênio (por exemplo, flúor) ou C1-6 alquila (por exemplo, metila);
[00110] 1.52 Composto 1.50, em que A é fenila substituída com 1, 2 ou 3 grupos independentemente selecionados a partir de halogênio (por exemplo, flúor) e C1-6 alquila (por exemplo, metila);
[00111] 1.53 Composto 1.52, em que A é fenila substituída com 1 ou 2 átomos de flúor ou grupos metila;
[00112] 1.54 Composto 1, ou qualquer um de 1.1-1.53 em que os dois grupos ligados ao substituinte A (isto é, o anel fenila (- (C6H2R4R5R6)) e o grupo -C(R2R3)-) estão posicionados em um relação de 1,2-, 1,3- ou 1,4- entre si (isto é, orto, meta ou para);
[00113] 1.55 Composto 1.54, em que os dois grupos ligados ao substituinte A estão posicionados em uma relação de 1,3 entre si (isto é, meta);
[00114] 1.56 Composto 1.54, em que os dois grupos ligados ao substituinte A estão posicionados em uma relação de 1,4 entre si (isto é, para);
[00115] 1.57 Qualquer um dos Compostos 1.54 a 1.56, em que o substituinte A é um grupo heteroarila de 5 membros e pelo menos um dos dois grupos ligados ao substituinte A (isto é, o anel fenila (- (C6H2R4R5R6)) ou o grupo -C(R2R3)-) está ligado a um átomo de car- bono do anel de heteroarila, opcionalmente em que ambos os grupos estão ligados a átomos de carbono do anel de heteroarila;
[00116] 1.58 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,57, em que o Composto da Fórmula I pode ser representado por qualquer uma ou mais das seguintes subestruturas: (II); (III); (IV);
(V); (VI); (VII); (VIII); (IX); (X); (XI); (XII);
[00117] 1.59 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,58, em que o composto da Fórmula I, ou qualquer uma das Fórmulas II a XII, tem a configuração (S);
[00118] 1.60 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,58, em que o composto da Fórmula I, ou qualquer uma das Fórmulas II a XII, tem a configuração (R);
[00119] 1.61 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,60, em que o composto da Fórmula I, ou qualquer uma das Fórmulas II a XII, tem um excesso enantiomérico (por exemplo, da configuração (S)) de pelo menos 90%, por exemplo, pelo menos 92%, 94%, 95%, 96%, 97%, 98%, 99%, 99,5% ou 99,9%;
[00120] 1.62 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,58, em que o composto da Fórmula I, ou qualquer das Fórmulas II a XII, é racêmico (isto é, aproximadamente uma proporção de enantiômeros de 50:50), ou é uma mistura de enantiômeros de alguma outra proporção (por exemplo, inferior a 50:50 ou superior a 50:50);
[00121] 1.63 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,62, em que o Composto da Fórmula I é selecionado a partir do grupo que consiste em: Composto Composto No. (2-(4’-Fluoro-[1,1’-bifenil]-3-il)propan-2-il)carbamato de quinu- 1 clidin-3-ila (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato de (S)- 2 quinuclidin-3-ila (2-(4’-(2-metoxietoxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de 3 (S)-quinuclidin-3-ila [2-(bifenil-3-il)propan-2-il]carbamato de 1-azabiciclo[2.2.2]oct- 4 3-ila 5 2-(bifenil-4-il)propan-2-ilcarbamato de (S)-quinuclidin-3-ila 6 1-(Bifenil-4-il)ciclopropilcarbamato de quinuclidin-3-ila 1-(4’-fluorobifenil-4-il)ciclopropilcarbamato de (S)-quinuclidin-3- 7 ila [1-(2',4'-difluorobifenil-4-il)ciclopropil]carbamato de (S)-1- 8 azabiciclo[2.2.2]oct-3-ila [1-(4'-metoxibifenil-4-il)ciclopropil]carbamato de 1- 9 azabiciclo[2.2.2]oct-3-ila 2-(5-(4-Fluorofenil)tiofen-3-il)propan-2-ilcarbamato de quinucli- 10 din-3-ila
Composto Composto No. 2-(3-(4-fluorofenil)isotiazol-5-il)propan-2-ilcarbamato de (S)- 11 quinuclidin-3-ila 2-(4-(4-fluorofenil)tiazol-2-il)propan-2-ilcarbamato de (S)- 12 quinuclidin-3-ila (2-(4’-(2-metoxietoxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de 13 quinuclidin-3-ila (2-(3’-(2-metoxietoxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de 14 (S)-quinuclidin-3-ila (2-(4’-(2-metoxietoxi)-[1,1’-bifenil]-3-il)propan-2-il)carbamato de 15 quinuclidin-3-ila (2-(4’-(3-metoxipropoxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato 16 de quinuclidin-3-ila (2-(4’-(hidroximetil)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de 17 quinuclidin-3-ila (2-(4’-(2-hidroxietil)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de 18 quinuclidin-3-ila (2-(2-(4-(3-metoxipropoxi)fenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato 19 de quinuclidin-3-ila (2-(2-(4-(2-metoxietoxi)fenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato de 20 quinuclidin-3-ila 2-(5-(4-(2-metoxietoxi)fenil)piridin-2-il)propan-2-ilcarbamato de 21 quinuclidin-3-ila (2-(4’-(3-cianopropoxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato 22 de quinuclidin-3-ila (2-(4’-(cianometoxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de 23 quinuclidin-3-ila
[00122] 1.64 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,63, em que o composto é selecionado a partir de (2-(4’-fluoro-[1,1’-bifenil]-3- il)propan-2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila, (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol- 4-il)propan-2-il)carbamato de (S)-quinuclidin-3-ila e (2-(4’-(2- metoxietóxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de (S)-quinuclidin- 3-ila;
[00123] 1.65 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,63, em que o composto é (2-(4’-fluoro-[1,1’-bifenil]-3-il)propan-2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila;
[00124] 1.66 Composto 1 ou qualquer um de 1,1-1,63, em que o composto é (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila, por exemplo, (S)-(2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan- 2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila;
[00125] 1.67 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,66, em que o Composto da Fórmula I, ou qualquer um de II a XII, está na forma de base livre;
[00126] 1.68 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,66, em que o Composto da Fórmula I, ou qualquer um de II a XII, está na forma de sal farmaceuticamente aceitável;
[00127] 1.69 Composto 1.68, em que a referida forma de sal é uma forma de sal de adição de ácido;
[00128] 1.70 Composto 1.69, em que a referida forma de sal de adição de ácido é um sal selecionado a partir de cloridrato, bromi- drato, iodidrato, nitrato, sulfato, bissulfato, fosfato, fosfato ácido, aceta- to, lactato, citrato, citrato ácido, tartarato, bitartarato, sucinato, hidro- xissucincato, malato, maleato, fumarato, gluconato, sacarato, benzoa- to, metanossulfonato e pamoato;
[00129] 1.71 Composto 1.70, em que a forma de sal de adição de ácido é selecionada a partir de cloridrato, hidroxisucinato (por exem- plo, 2-hidroxisucinato) e malato;
[00130] 1.72 Composto 1.68, em que a referida forma de sal é uma forma de sal de adição de base;
[00131] 1.73 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,72, em que o composto é (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato de (S)-quinuclidin-3-ila em forma de sal de malato;
[00132] 1.74 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,73, em que o Composto da Fórmula I, ou qualquer um de II a XII, está na forma de um profármaco, como descrito aqui;
[00133] 1.75 Composto 1, ou qualquer um de 1,1-1,74, em que o
Composto da Fórmula I, ou qualquer um de II a XII, está na forma de um hidrato, solvato e/ou polimorfo. Sais
[00134] Os compostos presentemente descritos, por exemplo, qual- quer um dos Compostos 1 ou 1.1-1.75, que são de natureza básica são geralmente capazes de formar uma ampla variedade de sais dife- rentes com vários ácidos inorgânicos e/ou orgânicos. Embora tais sais sejam geralmente farmaceuticamente aceitáveis para administração a animais e seres humanos, é frequentemente desejável na prática iso- lar inicialmente um composto da mistura reacional como um sal farma- ceuticamente inaceitável e em seguida simplesmente converter o últi- mo de volta ao composto de base livre por tratamento com um rea- gente alcalino e, subsequentemente, converter a base livre em um sal de adição de ácido farmaceuticamente aceitável. Os sais de adição de ácido dos compostos básicos podem ser facilmente preparados usan- do técnicas convencionais, por exemplo tratando o composto de base com uma quantidade substancialmente equivalente do mineral ou áci- do orgânico escolhido em um meio de solvente aquoso ou em um sol- vente orgânico adequado, tal como, por exemplo, metanol ou etanol. Após evaporação cuidadosa do solvente, o sal sólido desejado é obti- do. Compostos presentemente descritos que são carregados positiva- mente, por exemplo contendo amônio quaternário, pode da mesma forma formar sais com o componente aniônico de vários ácidos inor- gânicos e/ou orgânicos.
[00135] Os ácidos que podem ser usados para preparar sais farma- ceuticamente aceitáveis de compostos de quinuclidina são aqueles que podem formar sais de adição de ácido não tóxicos, por exemplo sais contendo ânions farmacologicamente aceitáveis, tais como clore- to, brometo, iodeto, nitrato, sulfato ou bissulfato, fosfato ou fosfato áci- do, acetato, lactato, citrato ou citrato ácido, tartarato ou bitartarato, su-
cinato, malato, maleato, fumarato, gluconato, sacarato, benzoato, me- tanossulfonato e pamoato [isto é sais de 1,1'-metileno-bis-(2-hidroxi-3- naftoato)].
[00136] Compostos presentemente descritos que são de natureza ácida, por exemplo compostos contendo uma porção de tiol, são ge- ralmente capazes de formar uma grande variedade de sais diferentes com várias bases inorgânicas e/ou orgânicas. Embora tais sais sejam geralmente farmaceuticamente aceitáveis para administração a ani- mais e seres humanos, é frequentemente desejável na prática isolar inicialmente um composto da mistura reacional como um sal farmaceu- ticamente inaceitável e, em seguida, simplesmente converter o último de volta ao composto de ácido livre por tratamento com um reagente ácido e, subsequentemente, converter o ácido livre em um sal de adi- ção de base farmaceuticamente aceitável. Estes sais de adição de ba- se podem ser facilmente preparados usando técnicas convencionais, por exemplo tratando os compostos ácidos correspondentes com uma solução aquosa contendo os cátions farmacologicamente aceitáveis desejados e, em seguida, evaporando a solução resultante até à secu- ra, por exemplo sob pressão reduzida. Alternativamente, eles podem da mesma forma ser preparados misturando soluções alcanólicas infe- riores dos compostos ácidos e o alcóxido de metal alcalino desejado, e em seguida evaporando a solução resultante até a secura da mesma maneira que antes. Em ambos os casos, quantidades estequiométri- cas de reagentes podem ser empregadas a fim de garantir a plenitude da reação e rendimentos máximos do produto do sal sólido desejado.
[00137] As bases que podem ser utilizadas para preparar os sais de adição de base farmaceuticamente aceitáveis de compostos de quinu- clidina são aquelas que podem formar sais de adição de base não tó- xicos, por exemplo sais contendo cátions farmacologicamente aceitá- veis, tal como cátions de metal alcalino (por exemplo, potássio e só-
dio), cátions de metal alcalino terroso (por exemplo, cálcio e magné- sio), amônio ou outros sais de adição de amina solúveis em água, tal como N-metilglucamina (meglumina), alcanolamônio inferior , e outras bases de aminas orgânicas.
[00138] Em uma modalidade, o sal farmaceuticamente aceitável é um sal de sucinato. Em outra modalidade, o sal farmaceuticamente aceitável é um sal de 2-hidroxisucinato, por exemplo um sal de (S)-2- hidroxisucinato. Em outra modalidade, o sal farmaceuticamente acei- tável é um sal de cloridrato (isto é, um sal com HCl). Em outra modali- dade, o sal farmaceuticamente aceitável é um sal de malato. Pró-fármacos
[00139] A presente descrição também abrange profármacos dos compostos 1 e 1,1-1,75. Os profármacos farmaceuticamente aceitá- veis descritos aqui são derivados de compostos de quinuclidina que podem ser convertidos in vivo nos compostos de quinuclidina descritos aqui. Os profármacos, que podem ter alguma atividade, tornam-se farmaceuticamente ativos in vivo quando sofrem, por exemplo, solvóli- se em condições fisiológicas ou degradação enzimática. Os métodos para a preparação de profármacos de compostos como descrito aqui seriam aparentes para alguém versado na técnica com base na pre- sente descrição.
[00140] Em uma modalidade, a porção carbamato do composto de quinuclidina é modificada. Por exemplo, a porção carbamato do com- posto de quinuclidina pode ser modificada pela adição de água e/ou um ou dois álcoois alifáticos. Nesse caso, a ligação dupla carbono- oxigênio da porção de carbamato adota o que poderia ser considerada uma funcionalidade de hemiacetal ou acetal. Em uma modalidade, a porção de carbamato do composto de quinuclidina pode ser modifica- da pela adição de um diol alifático, tal como 1,2 etanodiol.
[00141] Em uma modalidade, um ou mais dos grupos hidróxi, tio ou amino no composto de quinuclidina são modificados. Por exemplo, um ou mais dos grupos hidróxi, tio e/ou amino no composto de quinuclidi- na podem ser modificados para formar derivados de ácido, por exem- plo ésteres, tioésteres (ou tiolésteres) e/ou amidas. Os derivados de ácido podem ser formados, por exemplo, por reação de um composto de quinuclidina que compreende um ou mais grupos hidróxi, tio ou amino com um agente de acetilação. Exemplos de agentes de acetila- ção incluem anidridos, tal como anidrido acético, cloretos de ácido, tal como cloreto de benzila e dicarbonatos, tal como dicarbonato de di- terc-butila. Estéreoquímica
[00142] A presente descrição também abrange estereoisômeros e mistura de estereoisômeros dos compostos 1 e 1,1-1,75. Estereoisô- meros (por exemplo, isômeros cis e trans) e todos os isômeros ópticos de um composto atualmente descrito (por exemplo, enantiômeros R- e S-), bem como racêmicas, diastereoméricas e outras misturas de tais isômeros estão dentro do escopo da presente descrição.
[00143] Em uma modalidade, o grupo quinuclidin-3-ila de um com- posto de quinuclidina, como definido aqui, tem a configuração R-. Des- ta maneira, o composto de quinuclidina pode ser selecionado a partir do grupo que consiste em compostos das fórmulas (Ia) a (XIIa): ((Ia) ((IIa)
((IIIa)
((IVa)
((Va)
((VIa)
((VIIa)
((VIIIa) ((IXa) ((Xa) ((XIa) ((XIIa) e sais e profármacos farmaceuticamente aceitáveis dos mesmos.
[00144] Em outra modalidade, o grupo quinuclidin-3-ila do composto de quinuclidina, como definido aqui, tem a configuração S-. Desta ma- neira, o composto de quinuclidina pode ser selecionado a partir do grupo que consiste em compostos das fórmulas (Ib) a (XIIb):
((Ib)
((IIb)
((IIIb)
((IVb)
((Vb)
(VIb)
((VIIb)
((VIIIb)
((IXb)
((Xb)
((XIb)
(XIIb) e os sais e profármacos farmaceuticamente aceitáveis dos mesmos.
[00145] Em uma modalidade, o composto de quinuclidina é um composto da fórmula (Xb) ou um sal ou profármaco farmaceuticamen- te aceitável do mesmo. Em outra modalidade, o composto de quinucli- dina é um composto da fórmula (XIIb) ou um sal ou profármaco farma- ceuticamente aceitável do mesmo.
[00146] Em uma modalidade, o grupo quinuclidin-3-ila do composto de quinuclidina, como definido aqui, existe em uma mistura de isôme- ros com as configurações R- e S-. Por exemplo, o composto de quinu- clidina pode ser uma mistura de compostos selecionados a partir do grupo consistindo em compostos das fórmulas (Ia) e (Ib), (IIa) e (IIb), (IIIa) e (IIIb), (IVa) e ( IVb), (Va) e (Vb), (VIa) e (VIb), (VIIa) e (VIIb), (VIIIa) e (VIIIb), (IXa) e (IXb), (Xa) e (Xb) , (XIa) e (XIb), e (XIIa) e (XIIb), e os sais e profármacos farmaceuticamente aceitáveis dos mesmos. Em uma modalidade, o composto de quinuclidina está pre- sente como uma mistura racêmica, por exemplo os isômeros R- e S- do grupo quinuclidin-3-ila estão presentes em quantidades aproxima- damente iguais. Em outra modalidade, o composto de quinuclidina es- tá presente como uma mistura de isômeros com as configurações R- e S-, em que os isômeros R- e S- estão presentes em quantidades dife- rentes. Em uma modalidade, o isômero S- está presente em um ex- cesso enantiomérico de pelo menos cerca de 5%, 10%, 25%, 40%, 70%, 80%, 90%, 95%, 97%, 98% ou 99%, por exemplo cerca de 100%. Em outra modalidade, o isômero R- está presente em um ex- cesso enantiomérico de pelo menos cerca de 5%, 10%, 25%, 40%,
70%, 80%, 90%, 95%, 97%, 98% ou 99%, por exemplo cerca de 100%.
[00147] Métodos para preparar compostos de quinuclidina enantio- enriquecidos e/ou enantiopuros seriam evidentes à pessoa versada na técnica com base na presente descrição.
[00148] Os compostos presentemente descritos podem existir em várias formas tautoméricas, incluindo a forma de enol e imina, e a for- ma de ceto e enamina e isômeros geométricos e misturas dos mes- mos. Os tautômeros existem como misturas de um conjunto tautoméri- co em solução. Na forma sólida, geralmente um tautômero predomina. Mesmo que um tautômero possa ser descrito, todos os tautômeros es- tão dentro do escopo da presente descrição.
[00149] Atropisômeros estão da mesma forma dentro do escopo da presente descrição. Atropisômeros referem-se a compostos que po- dem ser separados em isômeros rotacionalmente restritos. Outras formas
[00150] A presente descrição também abrange hidratos, solvatos e polimorfos do Composto 1 e 1,1-1,75. Hidratos, solvatos e polimorfos farmaceuticamente aceitáveis dos compostos de quinuclidina descritos aqui estão dentro do escopo da presente descrição. Os compostos de quinuclidina como descrito aqui podem estar em uma forma amorfa e/ou em uma ou mais formas cristalinas.
[00151] Os compostos isotopicamente rotulados estão da mesma forma dentro do escopo da presente descrição. Quando aqui utilizado, um "composto isotopicamente rotulado" refere-se a um composto pre- sentemente descrito incluindo sais farmacêuticos e profármacos dos mesmos, cada qual como descrito aqui, em que um ou mais átomos são substituídos por um átomo com uma massa atômica ou número de massa diferente da massa atômica ou número de massa normalmente encontrado na natureza. Exemplos de isótopos que podem ser incor-
porados em compostos presentemente descritos incluem isótopos de hidrogênio, carbono, nitrogênio, oxigênio, fósforo, flúor e cloro, tais como 2H, 3H, 13 C, 14 C, 15 N, 18 O, 17 O, 31 P, 32 P, 35 S, 18 Fe 36 Cl, respecti- vamente. Indicações médicas
[00152] Os compostos de quinuclidina e as composições farmacêu- ticas que os contêm, descritos aqui são úteis na terapia, em particular no tratamento terapêutico da dor, incluindo dor neuropática, dor gas- trointestinal (por exemplo, dor abdominal) e neuropatia periférica e dis- túrbios dermatológicos, como angioqueratoma, em um paciente com uma doença tal como a doença de Fabry. Os indivíduos a serem trata- dos de acordo com os métodos descritos aqui incluem vertebrados.
[00153] Em um primeiro aspecto , a presente invenção fornece um método (Método 2) para tratar ou prevenir a dor, incluindo dor neuro- pática, dor gastrointestinal (por exemplo, dor abdominal) e neuropatia periférica, em um indivíduo em necessidade do mesmo, o método compreendendo administrar ao indivíduo uma quantidade de um com- posto de quinuclidina como descrito aqui, por exemplo, um composto de acordo com a Fórmula I ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a 1,75. Da mesma forma for- necido é um composto de quinuclidina como descrito aqui, por exem- plo, um composto de acordo com a Fórmula I ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a 1,75, pa- ra uso em um método de tratamento ou prevenir a dor, incluindo dor neuropática, dor gastrointestinal (por exemplo, dor abdominal) e neu- ropatia periférica, em um indivíduo em necessidade do mesmo, por exemplo, para uso no Método 2 ou qualquer um de 2.1-2.51. Também fornecido é o uso de um composto de quinuclidina como descrito aqui, por exemplo, um composto de acordo com a Fórmula I ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a
1,75, na fabricação de um medicamento para uso em um método de tratamento ou prevenção da dor, incluindo dor neuropática, dor gas- trointestinal (por exemplo, dor abdominal) e neuropatia periférica, em um indivíduo em necessidade do mesmo, por exemplo, na fabricação de um medicamento para uso no Método 2 ou qualquer um de 2,1- 2,51.
[00154] Em outras modalidades particulares do Método 2, a presen- te descrição fornece:
[00155] 2.1. Método 2, em que o método compreende administrar ao indivíduo uma quantidade eficaz de um composto de acordo com a Fórmula I ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou qualquer um de 1,1 a 1,75;
[00156] 2.2. Método 2, em que o método compreende administrar ao indivíduo uma quantidade eficaz do Composto 1 ou qualquer um ou mais dos Compostos 1,1 a 1,75;
[00157] 2.3. Método 2 ou qualquer um de 2.1-2.2, em que o método compreende administrar ao indivíduo uma quantidade eficaz de uma composição farmacêutica compreendendo o composto de acordo com a Fórmula I ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou qualquer um de 1,1 a 1,75;
[00158] 2.4. Método 2 ou qualquer um de 2.1-2.2, em que o método compreende administrar ao indivíduo uma quantidade eficaz de uma composição farmacêutica compreendendo o Composto 1 ou qualquer um ou mais dos Compostos 1.1 a 1.75;
[00159] 2.5. Método 2.3 ou 2.4, em que a composição farmacêutica também compreende pelo menos um excipiente farmaceuticamente aceitável, como descrito aqui;
[00160] 2.6. Método 2 ou qualquer um de 2.1-2.5, em que o método compreende administrar uma forma de dosagem farmacêutica que compreende uma quantidade eficaz do composto ou uma quantidade eficaz da composição farmacêutica;
[00161] 2.7. Método 2.6, em que a forma de dosagem é uma forma de dosagem oral (por exemplo, uma pílula, cápsula, capsela, compri- mido, drágea, pó, grânulo, película, pastilha ou líquido);
[00162] 2.8. Método 2.7, em que a forma de dosagem é um com- primido para mastigar;
[00163] 2.9. Método 2.6, em que a forma de dosagem é uma forma de dosagem parenteral (por exemplo, em que a composição farmacêu- tica é formulada para injeção);
[00164] 2.10. Método 2.9, em que a injeção é intravenosa, intra- muscular, intratecal ou subcutânea, opcionalmente uma injeção estéril;
[00165] 2.11. Método 2.6, em que a forma de dosagem é uma for- ma de dosagem tópica ou retal;
[00166] 2.12 Método 2.6, em que a forma de dosagem é uma forma de dosagem intranasal (por exemplo, um aerossol);
[00167] 2.13. Método 2 ou qualquer um de 2.1 a 2.12, em que o método também compreende a administração concomitante de um se- gundo agente ativo, por exemplo, um segundo composto capaz de tra- tar ou prevenir a dor em um paciente em necessidade do mesmo, co- mo descrito aqui;
[00168] 2.14. Método 2.13, em que o segundo agente ativo é admi- nistrado na mesma composição farmacêutica ou forma de dosagem que o composto de quinuclidina;
[00169] 2.15. Método 2.13 ou 2.14, em que o segundo agente ativo é um inibidor da galactosidase (por exemplo, um inibidor da alfa- galactosidase, tal como migalastat);
[00170] 2.16. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.15, em que o indi- víduo é um animal mamífero;
[00171] 2.17. Método 2.16, em que o indivíduo é um animal primata;
[00172] 2.18. Método 2.17, em que o indivíduo é um humano;
[00173] 2.19. Método 2 ou qualquer um de 2.1-2.18, em que a dor é uma dor periférica, como neuropatia periférica;
[00174] 2.20. Método 2 ou qualquer um de 2.1-2.18, em que a dor é dor gastrointestinal (por exemplo, dor abdominal);
[00175] 2.21. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.18, em que a dor é uma dor de corpo inteiro;
[00176] 2.22. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.21, em que a dor é resistente ou não totalmente aliviada por tratamento com analgési- cos;
[00177] 2.23. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.21, em que a dor é resistente ou não totalmente aliviada por tratamento com agentes anti-inflamatórios não esteroides;
[00178] 2.24. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.23, em que o indi- víduo tem doença de Fabry;
[00179] 2.25. Método 2.24, em que a doença de Fabry não é passí- vel de tratamento com migalastate;
[00180] 2.26. Método 2, ou qualquer um de 2,1-2,25, em que o indi- víduo tem atividade alfa-galactosidase gravemente deficiente ou au- sente (por exemplo, <1% do normal, por exemplo, como medido em leucócitos circulantes);
[00181] 2.27. Método 2, ou qualquer um de 2,1-2,25, em que o indi- víduo é diagnosticado com uma mutação no gene GLA (por exemplo, um homem hemizigótico, uma mulher homozigótica ou uma mulher heterozigótica), opcionalmente em que a mutação é um códon sem sentido no gene GLA;
[00182] 2.28. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.27, em que o indi- víduo tem marcado acúmulo de GL-3 nos tecidos (por exemplo, nas células endoteliais capilares da pele ou no plasma);
[00183] 2.29. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.28, em que o indi- víduo é submetido a tratamento concomitante com terapia de reposi-
ção enzimática (ERT), por exemplo, usando agalsidase alfa ou agalsi- dase beta;
[00184] 2.30. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.28, em que o indi- víduo é submetido a tratamento concomitante com um inibidor de alfa- galactosidase (por exemplo, migalastat);
[00185] 2.31. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2,30, em que o indi- víduo tem uma concentração de glicosilceramida (GL1) no plasma de pelo menos 2 µg/mL, por exemplo, pelo menos 3 µg/mL, ou pelo me- nos 4 µg/mL em plasma;
[00186] 2.32. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.31, em que o indi- víduo tem uma concentração de glicosilsfingosina (liso-GL1) no plas- ma de pelo menos 65 ng/mL, por exemplo, pelo menos 70 ng/mL, ou pelo menos 80 ng/mL, em plasma;
[00187] 2.33. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.32, em que o indi- víduo tem uma concentração de GL3 no plasma de pelo menos 4 µg/mL, por exemplo, pelo menos 6 µg/mL, ou pelo menos 8 µg/mL no plasma;
[00188] 2.34. Método 2, ou qualquer um de 2,1-2,33, em que o indi- víduo é administrado com uma dose diária de cerca de 1 mg a cerca de 150 mg do composto de acordo com a Fórmula I (ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a 1,75), por exemplo, de 5 a 50 mg, ou de 10 a 40 mg, ou de 10 a 30 mg, ou de 10 a 20 mg, ou de 20 a 30 mg, ou de 30 a 40 mg, ou de 40 a 50 mg, ou de 5 a 25 mg, ou de 20 a 50 mg, ou de 5 a 15 mg, ou de 15 a 30 mg, ou cerca de 15 mg, ou selecionado a partir de 2, 5, 15, 25, 50, 100 ou 150 mg;
[00189] 2.35. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.34, em que o indi- víduo é um paciente humano adulto, por exemplo, de uma idade de 18 a 80 anos, por exemplo, de 18 a 60 anos, ou de 18 a 40 anos, ou de 18 a 30 anos, ou de 18 a 25 anos;
[00190] 2.36. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.34, em que o indi- víduo é um paciente pediátrico humano, por exemplo, de uma idade de 0 a 18 anos, por exemplo, de 1 a 15 anos, ou de 1 a 5 anos, ou de 5 a 10 anos, ou de 10 a 15 anos, ou de 10 a 18 anos;
[00191] 2.37. Método 2, ou qualquer um de 2,1-2,36, em que o mé- todo resulta na redução da concentração de GL-1 no plasma de pelo menos 30% após 2 semanas ou 4 semanas ou 8 semanas de trata- mento, por exemplo, pelo menos 40%, pelo menos 50 %, ou pelo me- nos 60%;
[00192] 2.38. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.37, em que o mé- todo resulta na redução da concentração de GL-3 no plasma de pelo menos 20% após 2 semanas ou 4 semanas ou 8 semanas de trata- mento, por exemplo, pelo menos 30%, pelo menos 40 %, ou pelo me- nos 50%;
[00193] 2.39. Método 2, ou qualquer um de 2,1-2,38, em que o mé- todo resulta na redução da concentração de GL-3 no plasma de pelo menos 40% após 26 semanas ou 52 semanas ou 104 semanas, por exemplo, pelo menos 50%, pelo menos 60% ou pelo menos 70%;
[00194] 2.40. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.39, em que o mé- todo resulta na redução da concentração de liso-GL-3 no plasma de pelo menos 25% após 18 semanas ou 26 semanas ou 52 semanas, por exemplo, pelo menos 35%, pelo menos 45 % ou pelo menos 50%;
[00195] 2.41. Método 2, ou qualquer um de 2,1-2,39, em que o mé- todo resulta na redução da concentração de GM3 no plasma de pelo menos 25% após 2 semanas ou 4 semanas ou 8 semanas, por exem- plo, pelo menos 30%, pelo menos 40% ou pelo menos 50%;
[00196] 2.42. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.39, em que o mé- todo resulta em uma redução na severidade da dor (por exemplo, na dor corporal e/ou dor gastrointestinal (por exemplo, dor abdominal)) dentro de 26 semanas ou 52 semanas ou 156 semanas;
[00197] 2.43. Método 2, ou qualquer um de 2.1-2.39, em que o mé- todo resulta na redução dos níveis de GL-3 na pele (por exemplo, célu- las endoteliais capilares da pele) dentro de 26 semanas ou 52 sema- nas ou 156 semanas, por exemplo, como mostrado pela extensão de inclusões de GL-3;
[00198] 2.44. Método 2, ou qualquer um de 2,1-2,43, em que o composto de acordo com a Fórmula I (ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a 1,75), ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo, é administrado por administração sistêmica, por exemplo, por meio de uma rotina pa- renteral ou rotina não parenteral;
[00199] 2.45. Método 2.44, em que a rotina de administração é oral (enteral);
[00200] 2.46. Método 2.44, em que a rotina de administração é pa- renteral, por exemplo, por injeção, tal como, por injeção intravenosa;
[00201] 2.47. Método 2, ou qualquer um de 2,1-2,46, em que o composto de acordo com a Fórmula I (ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a 1,75), ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável deste, é administrado por administração local, por exemplo, por administração tópica;
[00202] 2.48. Método 2, ou qualquer um de 2,1-2,49, em que o composto é (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato de (S)- quinuclidin-3-ila ou (2-(4’-fluoro-[1,1’-bifenil]-3-il)propan-2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila;
[00203] 2.49. Método 2.48, em que a dosagem do composto é de 15 mg/dia administrada oralmente;
[00204] 2.50. Método 2.49, em que a dosagem do composto é de 15 mg/dia em uma dose oral única;
[00205] 2.5 1. Método 2, ou qualquer um de 2,1-2,50, em que o in- divíduo recebe uma dose única diária de 5 mg, 10 mg, 15 mg ou 20 mg do composto, por exemplo, de (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan- 2-il)carbamato de (S)-quinuclidin-3-ila, opcionalmente na forma de sal de adição de ácido de sal de malato.
[00206] Em um segundo aspecto, a presente invenção fornece um método (Método 3) para tratar ou prevenir distúrbios dermatológicos causados pelo acúmulo de GL-3, incluindo angioqueratoma, hipoidro- se, anidrose, hiperidrose, linfedema e/ou acroparestesia, em um indi- víduo em necessidade do mesmo, o método compreendendo adminis- trar ao indivíduo uma quantidade eficaz de um composto de quinuclidi- na como descrito aqui, por exemplo, um composto de acordo com a Fórmula I ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1.1 a 1,75. É da mesma forma fornecido um composto de quinuclidina como descrito aqui, por exemplo, um com- posto de acordo com a Fórmula I ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a 1,75, para uso em um método de tratamento ou prevenir distúrbios dermatológicos cau- sados pelo acúmulo de GL-3, incluindo angioqueratoma, hipoidrose, anidrose, hiperidrose, linfedema e/ou acroparestesia, em um indivíduo em necessidade do mesmo, por exemplo, para uso no Método 3 ou qualquer um de 3.1-3.53. É da mesma forma fornecido o uso de um composto de quinuclidina como descrito aqui, por exemplo, um com- posto de acordo com a Fórmula I ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a 1,75, na fabricação de um medicamento para uso em um método de tratamento ou pre- venção de distúrbios dermatológicos causados pelo acúmulo de GL-3, incluindo angioqueratoma, hipoidrose, anidrose, hiperidrose, linfedema e/ou acroparestesia, em um indivíduo em necessidade do mesmo, por exemplo, na fabricação de um medicamento para uso no Método 3 ou qualquer um dos 3.1-3.53.
[00207] Em outras modalidades particulares do Método 3, a presen-
te descrição fornece:
[00208] 3.1. Método 3, em que o método compreende adminis- trar ao indivíduo uma quantidade eficaz de um composto de acordo com a Fórmula I ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qual- quer um dos Compostos 1 ou qualquer um de 1,1 a 1,75;
[00209] 3.2. Método 3, em que o método compreende adminis- trar ao indivíduo uma quantidade eficaz do Composto 1 ou qualquer um ou mais dos Compostos 1,1 a 1,75;
[00210] 3.3. Método 3 ou qualquer um dos 3.1-3.2, em que o método compreende administrar ao indivíduo uma quantidade eficaz de uma composição farmacêutica compreendendo o composto de acordo com a Fórmula I ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou qualquer um de 1,1 a 1,75;
[00211] 3.4. Método 3 ou qualquer um dos 3.1-3.2, em que o método compreende administrar ao indivíduo uma quantidade eficaz de uma composição farmacêutica que compreende o Composto 1 ou qualquer um ou mais dos Compostos 1.1 a 1.75;
[00212] 3.5. Método 3.3 ou 3.4, em que a composição farma- cêutica também compreende pelo menos um excipiente farmaceuti- camente aceitável, como descrito aqui;
[00213] 3.6. Método 3 ou qualquer um de 3.1-3.5, em que o método compreende administrar uma forma de dosagem farmacêutica que compreende uma quantidade eficaz do composto ou uma quanti- dade eficaz da composição farmacêutica;
[00214] 3.7. Método 3.6, em que a forma de dosagem é uma forma de dosagem oral (por exemplo, uma pílula, cápsula, capsela, comprimido, drágea, pó, grânulo, película, pastilha ou líquido);
[00215] 3.8. Método 3.7, em que a forma de dosagem é um comprimido para mastigar;
[00216] 3.9. Método 3.6, em que a forma de dosagem é uma forma de dosagem parenteral (por exemplo, em que a composição farmacêutica é formulada para injeção);
[00217] 3.10. Método 3.9, em que a injeção é intravenosa, in- tramuscular, intratecal ou subcutânea, opcionalmente uma injeção es- téril;
[00218] 3.11. Método 3.6, em que a forma de dosagem é uma forma de dosagem tópica ou retal;
[00219] 3.12. Método 3.6, em que a forma de dosagem é uma forma de dosagem intranasal (por exemplo, um aerossol);
[00220] 3.13. Método 3 ou qualquer um de 3.1 a 3.12, em que o método também compreende a administração simultânea de um se- gundo agente ativo, por exemplo, um segundo composto capaz de tra- tar ou prevenir a dor em um paciente em necessidade do mesmo, co- mo descrito aqui;
[00221] 3.14. Método 3.13, em que o segundo agente ativo é administrado na mesma composição farmacêutica ou forma de dosa- gem que o composto de quinuclidina;
[00222] 3.15. Método 3.13 ou 3.14, em que o segundo agente ativo é um inibidor da galactosidase (por exemplo, um inibidor da alfa- galactosidase, como migalastat);
[00223] 3.16. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.15, em que o indivíduo é um animal mamífero;
[00224] 3.17. Método 3.16, em que o indivíduo é um animal primata;
[00225] 3.18. Método 3.17, em que o indivíduo é um ser hu- mano;
[00226] 3.19. Método 3 ou qualquer um de 3.1-3.18, em que o distúrbio dermatológico é angioqueratoma;
[00227] 3.20. Método 3 ou qualquer um de 3.1-3.18, em que o distúrbio dermatológico é hipoidrose e/ou anidrose;
[00228] 3.21. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.18, em que o distúrbio dermatológico é linfedema;
[00229] 3.22. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.21, em que o distúrbio dermatológico é acroparestesia;
[00230] 3.23. Método 3.22, em que a dor da acroparestesia é resistente ou não totalmente aliviada pelo tratamento com analgésicos ou com agentes anti-inflamatórios não esteroides;
[00231] 3.24. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.23, em que o indivíduo tem doença de Fabry;
[00232] 3.25. Método 3.24, em que a doença de Fabry não é passível de tratamento com migalastate;
[00233] 3.26. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.25, em que o indivíduo tem atividade alfa-galactosidase gravemente deficiente ou ausente (por exemplo, <1% do normal, por exemplo, como medido em leucócitos circulantes);
[00234] 3.27. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.25, em que o indivíduo é diagnosticado com uma mutação no gene GLA (por exem- plo, um homem hemizigótico, uma mulher homozigótica ou uma mu- lher heterozigótica), opcionalmente em que a mutação é um códon sem sentido no gene GLA;
[00235] 3.28. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.27, em que o indi- víduo tem acúmulo marcado de GL-3 na pele e/ou no plasma;
[00236] 3.29. Método 3.28, em que o indivíduo tem acúmulo marca- do de GL-3 em uma ou mais das células endoteliais dos vasos superfi- ciais da pele, células endoteliais dos vasos da pele profundos, células do músculo liso dos vasos da pele profundos e células do perineuro;
[00237] 3.30. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.29, em que o indi- víduo é submetido a tratamento concomitante com terapia de reposi- ção enzimática (ERT), por exemplo, usando agalsidase alfa ou agalsi- dase beta;
[00238] 3.31. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.29, em que o indi- víduo é submetido a tratamento concomitante com um inibidor de alfa- galactosidase (por exemplo, migalastat);
[00239] 3.32. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.31, em que o indi- víduo tem uma concentração de glicosilceramida (GL1) no plasma de pelo menos 2 µg/mL, por exemplo, pelo menos 3 µg/mL, ou pelo me- nos 4 µg/mL em plasma;
[00240] 3.33. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.32, em que o indi- víduo tem uma concentração de glicosilsfingosina (liso-GL1) no plas- ma de pelo menos 65 ng/mL, por exemplo, pelo menos 70 ng/mL, ou pelo menos 80 ng/mL, em plasma;
[00241] 3.34. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.32, em que o indi- víduo tem uma concentração de GL3 no plasma de pelo menos 4 µg/mL, por exemplo, pelo menos 6 µg/mL, ou pelo menos 8 µg/mL no plasma;
[00242] 3.35. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.34, em que o indi- víduo é administrado com uma dose diária de cerca de 1 mg a cerca de 150 mg do composto de acordo com a Fórmula I (ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a 1,75), por exemplo, de 5 a 50 mg, ou de 10 a 40 mg, ou de 10 a 30 mg, ou de 10 a 20 mg, ou de 20 a 30 mg, ou de 30 a 40 mg, ou de 40 a 50 mg, ou de 5 a 25 mg, ou de 20 a 50 mg, ou de 5 a 15 mg, ou de 15 a 30 mg, ou cerca de 15 mg, ou selecionado a partir de 2, 5, 15, 25, 50, 100 ou 150 mg;
[00243] 3.36. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.35, em que o indi- víduo é um paciente humano adulto, por exemplo, de uma idade de 18 a 80 anos, por exemplo, de 18 a 60 anos, ou de 18 a 40 anos, ou de 18 a 30 anos, ou de 18 a 25 anos;
[00244] 3.37. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.35, em que o indi- víduo é um paciente pediátrico humano, por exemplo, de uma idade de
0 a 18 anos, por exemplo, de 1 a 15 anos, ou de 1 a 5 anos, ou de 5 a 10 anos, ou de 10 a 15 anos, ou de 10 a 18 anos;
[00245] 3.38. Método 3, ou qualquer um dos 3.1-3.36, em que o método resulta na redução da concentração de GL-1 no plasma de pelo menos 30% após 2 semanas ou 4 semanas ou 8 semanas de tra- tamento, por exemplo, pelo menos 40%, pelo menos 50 %, ou pelo menos 60%;
[00246] 3.39. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.38, em que o mé- todo resulta na redução da concentração de GL-3 no plasma de pelo menos 20% após 2 semanas ou 4 semanas ou 8 semanas de trata- mento, por exemplo, pelo menos 30%, pelo menos 40 %, ou pelo me- nos 50%;
[00247] 3.40. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.39, em que o mé- todo resulta na redução da concentração de GL-3 no plasma de pelo menos 40% após 26 semanas ou 52 semanas ou 104 semanas, por exemplo, pelo menos 50%, pelo menos 60% ou pelo menos 70%;
[00248] 3.41. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.40, em que o mé- todo resulta na redução da concentração de liso-GL-3 no plasma de pelo menos 25% após 18 semanas ou 26 semanas ou 52 semanas, por exemplo, pelo menos 35%, pelo menos 45 % ou pelo menos 50%;
[00249] 3.42. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.40, em que o mé- todo resulta na redução da concentração de GM3 no plasma de pelo menos 25% após 2 semanas ou 4 semanas ou 8 semanas, por exem- plo, pelo menos 30%, pelo menos 40% ou pelo menos 50%;
[00250] 3.43. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.40, em que o mé- todo resulta em uma redução dos níveis na pele (por exemplo, células endoteliais capilares da pele) dentro de 26 semanas ou 52 semanas ou 156 semanas, por exemplo, como mostrado pela extensão de GL-3 inclusões;
[00251] 3.44. Método 3.43, em que a redução nos níveis de GL-3 da pele (por exemplo, inclusões de GL-3) é encontrada em uma ou mais células endoteliais de vasos superficiais da pele, células endote- liais de vasos de pele profundos, células do músculo liso de vasos de pele profundos e células de perineuro, dentro de 26 semanas ou 52 semanas ou 156 semanas;
[00252] 3.45. Método 3, ou qualquer um de 3,1-3,44, em que o indi- víduo tem uma pontuação de pele GL-3 (medida em uma escala de 0 a 4, como descrito nos Exemplos) de 2 ou mais antes do tratamento, e o método resulta em uma queda de pelo menos um ponto na escala, por exemplo, uma queda de um ponto ou dois pontos; e/ou em que o indivíduo tem inclusões de GL-3 em células da pele (por exemplo, cé- lulas endoteliais) mostrando uma fração de volume citoplasmático de inclusão de GL-3 de pelo menos 0,25 (por exemplo, pelo menos 0,27 ou 0,3) antes do tratamento, e o método resulta em uma queda na fra- ção de volume citoplasmático de inclusões de GL-3 para menos do que 0,25 (por exemplo, menos do que 0,23 ou menos do que 0,20, ou menos do que 0,19).
[00253] 3,46. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.45, em que o composto de acordo com a Fórmula I (ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a 1,75), ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo, é administrado por administração sistêmica, por exemplo, por meio de uma rotina pa- renteral ou rotina não parenteral;
[00254] 3.47. Método 3.46, em que a rotina de administração é oral (enteral);
[00255] 3.48. Método 3.46, em que a rotina de administração é pa- renteral, por exemplo, por injeção, tal como, por injeção intravenosa;
[00256] 3.49. Método 3, ou qualquer um de 3,1-3.48, em que o composto de acordo com a Fórmula I (ou qualquer um de II-XII, Ia-XIIa ou Ib-XIIb, ou qualquer um dos Compostos 1 ou 1,1 a 1,75), ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo, é administrado por administração local, por exemplo, por administração tópica;
[00257] 3.50. Método 3, ou qualquer um de 3.1-3.49, em que o composto é (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato de (S)- quinuclidin-3-ila ou (2-(4’-fluoro-[1,1’-bifenil]-3-il)propan-2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila;
[00258] 3.51. Método 3.50, em que a dosagem do composto é de 15 mg/dia administrada oralmente;
[00259] 3.52. Método 3.51, em que a dosagem do composto é de 15 mg/dia em uma dose oral única;
[00260] 3.53. Método 3, ou qualquer um dos 3,1-3,52, em que o in- divíduo recebe uma dose única diária de 5 mg, 10 mg, 15 mg ou 20 mg do composto, por exemplo, de (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan- 2-il)carbamato de (S)-quinuclidin-3-ila, opcionalmente na forma de sal de adição de ácido de sal de malato.
[00261] Em algumas modalidades da presente descrição, uma pes- soa ou indivíduo é diagnosticado com uma doença ou distúrbio especí- fico e é da mesma forma diagnosticado como tendo uma mutação ge- nética específica, por exemplo, uma que é conhecida por ser a causa da doença ou distúrbio em questão, embora muitas vezes não possa ser provado que a doença ou distúrbio de um determinado paciente seja causado pela mutação específica que foi diagnosticada como tendo. Quando desta maneira utilizado, o termo "diagnosticado com uma mutação genética específica" significa que um indivíduo ou paci- ente foi testado, por exemplo, por sequenciamento de DNA ou RNA, perfil de proteína ou outros meios adequados, e constatou-se que ti- nha a mutação em questão. No entanto, como discutido também abai- xo, muitas doenças e distúrbios genéticos podem ter várias causas genéticas (por exemplo, mutações), e os pacientes podem ter várias mutações, cada uma das quais pode, em algumas circunstâncias, ser suficiente para causar a doença ou distúrbio, sem que seja submetido à prova de que uma mutação específica causa uma doença ou distúr- bio específico em um paciente específico.
[00262] Como discutido acima, uma das marcas registradas das doenças de armazenamento de glicogênio é o acúmulo anormal de vários glicolipídios ou glicoesfingolipídios nas células do corpo. Esse acúmulo é tanto uma causa dos sintomas e sinais observáveis da do- ença quanto um marcador diagnóstico que evidencia a presença e/ou progressão da doença. Quando aqui utilizado, a frase "acúmulo mar- cado" em referência à medição de GL-3, GL-1 e outros biomarcadores no plasma, pele ou outros tecidos moles, significa um acúmulo de mais de 25% sobre a concentração normal máxima do referido composto. Em algumas modalidades, "acúmulo marcado" significa mais do que 50% sobre a concentração normal máxima do referido composto.
[00263] Os métodos de acordo com o Método 2 et seq. e Método 3 et seq. pode ser benéfico para indivíduos que foram diagnosticados com uma doença de armazenamento lisossômico, particularmente do- ença de Fabry, porém que ainda não estão experimentando os sinto- mas de dor associados ao estado da doença, ou que apresentaram apenas os primeiros sintomas dermatológicos da doença. Os métodos de acordo com o Método 2 et seq. e Método 3 et seq. pode da mesma forma ser benéfico para indivíduos que estão em risco de desenvolver uma doença de armazenamento lisossômico, tal como a doença de Fabry, devido a, por exemplo, uma mutação no indivíduo ou linhagem familiar do indivíduo conhecida por causar tal doença. Portanto, em algumas modalidades dos métodos descritos aqui, o indivíduo foi di- agnosticado como estando em risco de desenvolver a referida doença ou distúrbio e o método previne ou retarda o início e/ou desenvolvi- mento dos sintomas de dor da doença ou distúrbio no indivíduo. Em algumas modalidades, o indivíduo foi diagnosticado como estando em risco de desenvolver a referida doença ou distúrbio em virtude de ter uma mutação em um gene, como descrito aqui. Composições Farmacêuticas
[00264] A presente descrição da mesma forma fornece composi- ções farmacêuticas compreendendo pelo menos um composto de qui- nuclidina como descrito aqui e pelo menos um excipiente farmaceuti- camente aceitável, por exemplo, para uso de acordo com os métodos descritos aqui. O excipiente farmaceuticamente aceitável pode ser qualquer um desses excipientes conhecidos na técnica, incluindo aqueles descritos em, por exemplo, Remington's Pharmaceutical Sci- ences, Mack Publishing Co. (edição A. R. Gennaro. 1985). As compo- sições farmacêuticas dos compostos presentemente descritos podem ser preparadas por meios convencionais conhecidos na técnica inclu- indo, por exemplo, misturando pelo menos um composto presente- mente descrito com um excipiente farmaceuticamente aceitável.
[00265] Desse modo, em um aspecto, a presente descrição fornece uma forma de dosagem farmacêutica compreendendo um composto de quinuclidina como descrito aqui e um excipiente farmaceuticamente aceitável, em que a forma de dosagem é formulada para fornecer, quando administrada (por exemplo, quando administrado oralmente), uma quantidade do referido composto suficiente para tratar uma doen- ça ou distúrbio como descrito aqui (por exemplo, em qualquer um dos Métodos 2 et seq ou Método 3 et seq).
[00266] Uma composição farmacêutica ou forma de dosagem da invenção pode incluir um agente e outro transportador, por exemplo composto ou composição, inerte ou ativo, tal como um agente detectá- vel, marcador, adjuvante, diluente, aglutinante, estabilizador, tampões, sais, solventes lipofílicos, conservante, adjuvante ou similar. Os trans- portadores da mesma forma incluem excipientes e aditivos farmacêuti- cos, por exemplo, proteínas, peptídeos, aminoácidos, lipídeos e car-
boidratos (por exemplo, açúcares, incluindo monossacarídeos, di-, tri-, tetra- e oligossacarídeos; açúcares derivados, tal como alditóis, ácidos aldônicos, açúcares esterificados e similar; e polissacarídeos ou polí- meros de açúcar), que podem estar presentes isoladamente ou em combinação, compreendendo sozinhos ou em combinação 1 a 99,99% em peso ou volume. Excipientes de proteína exemplares incluem al- bumina de soro, tal como albumina de soro humano (HSA), albumina humana recombinante (rHA), gelatina, caseína e similar. Componentes de aminoácido/anticorpo representativos, que podem da mesma forma funcionar em uma capacidade de tamponamento, incluem alanina, gli- cina, arginina, betaína, histidina, ácido glutâmico, ácido aspártico, cis- teína, lisina, leucina, isoleucina, valina, metionina, fenilalanina, aspar- tame, e similar. Excipientes de carboidratos estão da mesma forma pretendidos dentro do escopo desta invenção, exemplos dos quais in- cluem, porém não são limitados a monossacarídeos, tais como frutose, maltose, galactose, glicose, D-manose, sorbose e similar; dissacarí- deos, tais como lactose, sacarose, trealose, celobiose e similar; polis- sacarídeos, tais como rafinose, melezitose, maltodextrinas, dextranos, amidos e similar; e alditóis, tais como manitol, xilitol, maltitol, lactitol, xilitol sorbitol (glucitol) e mioinositol.
[00267] Os transportadores que podem ser usados incluem um tampão ou um agente de ajuste de pH; normalmente, o tampão é um sal preparado a partir de um ácido ou base orgânica. Tampões repre- sentativos incluem sais de ácido orgânico, tais como sais de ácido cí- trico, ácido ascórbico, ácido glucônico, ácido carbônico, ácido tartárico, ácido sucínico, ácido acético ou ácido ftálico; Tris, cloridrato de trome- tamina ou tampões de fosfato. Os transportadores adicionais incluem excipientes/aditivos poliméricos, tais como polivinilpirrolidonas, ficolls (um açúcar polimérico), dextratos (por exemplo, ciclodextrinas, tais como 2-hidroxipropil-β-ciclodextrina), polietilenoglicóis, agentes aroma-
tizantes, agentes antimicrobianos, adoçantes, antioxidantes, agentes antiestáticos, tensoativos (por exemplo, polissorbatos tal como “TWEEN 20” e “TWEEN 80”), lipídios (por exemplo, fosfolipídios, áci- dos graxos), esteroides (por exemplo, colesterol) e agentes quelantes (por exemplo, EDTA).
[00268] A presente descrição da mesma forma fornece composi- ções farmacêuticas e kits compreendendo as referidas composições, que contêm pelo menos um composto de quinuclidina como descrito aqui e pelo menos um outro agente farmaceuticamente ativo. Estas composições farmacêuticas e kits podem ser adaptados para permitir a administração simultânea, subsequente e/ou separada do composto de quinuclidina e o outro agente ativo. Por exemplo, o composto de quinuclidina e o outro agente ativo podem ser formulados em formas de dosagem separadas, por exemplo em comprimidos, cápsulas, liofi- lizados ou líquidos separados, ou podem ser formulados na mesma forma de dosagem, por exemplo no mesmo comprimido, cápsula, liofi- lizado ou líquido. Quando o composto de quinuclidina e o outro agente ativo são formulados na mesma forma de dosagem, o composto de quinuclidina e o outro agente ativo podem estar presentes substanci- almente em mistura, por exemplo dentro do núcleo de um comprimido, ou podem estar presentes substancialmente em regiões discretas da forma de dosagem, por exemplo em camadas separadas do mesmo comprimido. Em uma modalidade, a forma de dosagem farmacêutica compreende um outro agente que é capaz de tratar ou prevenir uma paralisia visual supranuclear, por exemplo, em um paciente tendo sido, diagnosticado ou predisposto a uma doença de armazenamento lisos- sômico, tal como Gaucher Tipo 3 ou Niemann-Pick Tipo C, ou dor, por exemplo, em um paciente tendo sido, diagnosticado ou predisposto a uma doença de armazenamento lisossômico, tal como doença de Fa- bry, como descrito aqui.
[00269] Em um outro aspecto, a presente descrição fornece uma composição farmacêutica que compreende: (i) um composto de quinu- clidina como descrito aqui; (ii) um outro agente ativo; e (iii) um excipi- ente farmaceuticamente aceitável. Em outra modalidade, o outro agen- te ativo é um agente que é capaz de tratar ou prevenir a dor ou um dis- túrbio dermatológico (por exemplo, angioqueratoma), por exemplo, em um paciente tendo sido, diagnosticado ou predisposto a uma doença de armazenamento lisossômico, tal como a doença de Fabry, como descrito aqui, por exemplo, quando administrado oralmente a um indi- víduo.
[00270] Os compostos de quinuclidina e composições farmacêuti- cas presentemente descritos podem ser usados em um animal ou ser humano. Desse modo, um composto presentemente descrito pode ser formulado como uma composição farmacêutica para administração oral, bucal, parenteral (por exemplo, intravenosa, intramuscular ou subcutânea), tópica, retal ou intranasal ou em uma forma adequada para administração por inalação ou insuflação. Em modalidades parti- culares, o composto de quinuclidina ou composição farmacêutica é formulado para administração sistêmica, por exemplo, por meio de ro- tinal não parenteral. Em uma modalidade, o composto de quinuclidina ou composição farmacêutica é formulado para administração oral, por exemplo na forma sólida. Tais modos de administração e os métodos para preparar composições farmacêuticas apropriadas são descritos, por exemplo, em Gibaldi’s Drug Delivery Systems in Pharmaceutical Care (1ª ed., American Society of Health-System Pharmacists 2007).
[00271] As composições farmacêuticas podem ser formuladas de modo a fornecer liberação lenta, prolongada ou controlada do ingredi- ente ativo nas mesmas usando, por exemplo, hidroxipropilmetilcelulo- se em proporções variáveis para fornecer o perfil de liberação deseja- do, outras matrizes poliméricas, lipossomas e/ou microesferas. As composições farmacêuticas podem da mesma forma conter opcional- mente agentes opacificantes e podem ser de uma composição que libera o(s) ingrediente(s) ativo(s) apenas, ou preferencialmente, em uma certa porção do trato gastrointestinal, opcionalmente, de forma retardada, por exemplo usando um revestimento entérico. Exemplos de composições de inclusão incluem substâncias poliméricas e ceras. O ingrediente ativo pode da mesma forma estar na forma microencap- sulada, se apropriado, com um ou mais veículos, excipientes ou dilu- entes farmaceuticamente aceitáveis bem conhecidos na técnica (veja, por exemplo, Remington). Os compostos presentemente descritos po- dem ser formulados para liberação prolongada de acordo com méto- dos bem conhecidos por aqueles versados na técnica. Exemplos de tais formulações podem ser encontrados em Patentes dos Estados Unidos 3.119.742; 3.492.397; 3.538.214; 4.060.598; e 4.173.626.
[00272] Em formas de dosagem sólidas para administração oral (por exemplo, cápsulas, comprimidos, pílulas, drágeas, pós, grânulos e similar), o ingrediente ativo é misturado com um ou mais veículos, ex- cipientes ou diluentes farmaceuticamente aceitáveis, tal como citrato de sódio ou fosfato dicálcico, e/ou qualquer um dos seguintes: (1) car- gas ou extensores, tais como amidos, lactose, sacarose, glicose, mani- tol, celulose microcristalina, fosfato de cálcio e/ou ácido silícico; (2) aglutinantes, tais como, por exemplo, carboximetilcelulose, alginatos, gelatina, amido de milho pré-gelatinizado, polivinilpirrolidona, hidroxi- propilmetilcelulose, sacarose e/ou acácia; (3) umectantes, tal como glicerol; (4) agentes desintegrantes, tais como ágar-ágar, carbonato de cálcio, glicolato de amido de sódio, amido de batata ou tapioca, ácido algínico, certos silicatos e carbonato de sódio; (5) agentes retardado- res de solução, tal como parafina; (6) aceleradores de absorção, tal como compostos de amônio quaternário; (7) agentes umectantes, tais como, por exemplo, laurilsulfato de sódio, álcool acetílico e monoeste-
arato de glicerol; (8) absorventes, tal como caulin e argila bentonítica; (9) lubrificantes, tais como talco, sílica, estearato de cálcio, estearato de magnésio, polietilenoglicóis sólidos, laurilsulfato de sódio e misturas dos mesmos; e (10) agentes colorantes. No caso de cápsulas, com- primidos e pílulas, as composições farmacêuticas podem da mesma forma compreender agentes tamponantes. As composições sólidas de um tipo similar podem da mesma forma ser preparadas usando cargas em cápsulas de gelatina mole e dura, e excipientes, tais como lactose ou açúcares do leite, bem como polietilenoglicóis de alto peso molecu- lar e similar.
[00273] Um comprimido pode ser feito por compressão ou molda- gem, opcionalmente com um ou mais ingredientes acessórios. Os comprimidos comprimidos podem ser preparados usando aglutinante (por exemplo, gelatina ou hidroxipropilmetilcelulose), lubrificantes, di- luentes inertes, conservantes, desintegrantes (por exemplo, glicolato de amido sódico ou carboximetilcelulose sódica reticulada), agentes tensoativos e/ou dispersantes. Comprimidos moldados podem ser fei- tos moldando-se em uma máquina adequada uma mistura do ingredi- ente ativo em pó umedecido com um diluente líquido inerte. Os com- primidos e outras formas de dosagem sólidas, tais como drágeas, cáp- sulas, pílulas e grânulos, podem ser opcionalmente marcados ou pre- parados com revestimentos e cascas, tais como revestimentos entéri- cos e outros revestimentos bem conhecidos na técnica.
[00274] Nas modalidades, as composições farmacêuticas são ad- ministradas oralmente na forma líquida. As formas de dosagem líqui- das para administração oral de um ingrediente ativo incluem emulsões farmaceuticamente aceitáveis, microemulsões, soluções, suspensões, xaropes e elixires. As preparações líquidas para administração oral podem ser apresentadas como um produto seco para constituição com água ou outro veículo adequado antes do uso. Além do ingrediente ativo, as formas de dosagem líquidas podem conter diluentes inertes comumente usados na técnica, tais como, por exemplo, água ou ou- tros solventes, agentes solubilizantes e emulsificantes, tais como álco- ol etílico, álcool isopropílico, carbonato de etila, acetato de etila , álcool benzílico, benzoato de benzila, propilenoglicol, 1,3-butilenoglicol, óleos (por exemplo, semente de algodão, amendoim, milho, germe, azeite, óleos de rícino e gergelim), glicerol, álcool tetra-hidrofurílico, polietile- noglicóis e ésteres de ácido graxo de sorbitano e misturas dos mes- mos. Além dos diluentes inertes, as composições farmacêuticas líqui- das podem incluir adjuvantes, tais como agentes umectantes, agentes emulsificantes e de suspensão, agentes adoçantes, aromatizantes, colorantes, perfumantes e conservantes e similar. As suspensões, além do(s) ingrediente(s) ativo(s), podem conter agentes de suspen- são, tais como, porém não limitado a, álcoois isoestearílicos etoxila- dos, polioxietileno sorbitol e ésteres de sorbitano, celulose microcrista- lina, meta-hidróxido de alumínio, bentonita, ágar-ágar e tragacanto, e misturas dos mesmos. As preparações líquidas adequadas podem ser preparadas por meios convencionais com um ou mais aditivos farma- ceuticamente aceitáveis, tais como um agente de suspensão (por exemplo, xarope de sorbitol, metilcelulose ou gorduras comestíveis hidrogenadas); agente emulsificantes (por exemplo, lecitina ou acácia); veículo não aquoso (por exemplo óleo de amêndoa, ésteres oleosos ou álcool etílico); e/ou conservante (por exemplo, p-hidroxibenzoatos de metila ou propila ou ácido sórbico). O(s) ingrediente(s) ativo(s) po- de(m) da mesma forma ser administrado(s) como bolo, eletuário ou pasta.
[00275] Para administração bucal, a composição pode assumir a forma de comprimidos ou pastilhas formuladas de uma maneira con- vencional.
[00276] Em modalidades, as composições farmacêuticas são admi-
nistradas por meios não orais, como por aplicação tópica, aplicação transdérmica, injeção e similar. Em modalidades relacionadas, as composições farmacêuticas são administradas parenteralmente por injeção, infusão ou implantação (por exemplo, intravenosa, intramus- cular, intra-arterial, subcutânea e similar).
[00277] Os compostos presentemente descritos podem ser formu- lados para administração parenteral por injeção, incluindo o uso de técnicas de cateterização ou infusão convencionais. As formulações para injeção podem ser apresentadas na forma de dosagem unitária, por exemplo em ampolas ou em recipientes de multidose, com um conservante adicionado. As composições podem assumir formas como suspensões, soluções ou emulsões em veículos oleosos ou aquosos e podem conter um agente de formulação, tal como um agente de sus- pensão, estabilização e/ou dispersão reconhecido por aqueles versa- dos na técnica. Alternativamente, o ingrediente ativo pode estar na forma de pó para reconstituição com um veículo adequado, por exem- plo água esterilizada apirogênica, antes do uso.
[00278] As composições farmacêuticas podem ser administradas diretamente ao sistema nervoso central. Desta maneira, em certas modalidades, as composições são administradas diretamente ao sis- tema nervoso central de modo a evitar a barreira hematoencefálica. Em algumas modalidades, a composição pode ser administrada por meio de injeção direta na medula espinhal. Nas modalidades, a com- posição é administrada por injeção intratecal. Em algumas modalida- des, a composição é administrada por meio de injeção intracerebro- ventricular. Em modalidades, a composição é administrada em um ventrículo lateral cerebral. Em modalidades, a composição é adminis- trada em ambos os ventrículos laterais cerebrais. Em modalidades adicionais, a composição é administrada por meio de injeção intra- hipocampal. As composições podem ser administradas em uma inje-
ção ou em múltiplas injeções. Em outras modalidades, a composição é administrada a mais de um local (por exemplo, a dois locais no siste- ma nervoso central).
[00279] As composições farmacêuticas podem estar na forma de injeções estéreis. As composições farmacêuticas podem ser esteriliza- das, por exemplo, por filtração através de um filtro de retenção de bac- térias ou pela incorporação de agentes esterilizantes na forma de composições sólidas estéreis que podem ser dissolvidas em água es- téril ou algum outro meio injetável estéril imediatamente antes do uso. Para preparar tal composição, o ingrediente ativo é dissolvido ou sus- penso em um veículo líquido parenteralmente aceitável. Os veículos e solventes exemplares incluem, porém não são limitados a água, água ajustada em um pH adequado por adição de uma quantidade apropri- ada de ácido clorídrico, hidróxido de sódio ou um tampão adequado, 1,3-butanodiol, solução de Ringer e solução isotônica de cloreto de sódio. A composição farmacêutica pode da mesma forma conter um ou mais conservantes, por exemplo, p-hidroxibenzoato de metila, etila ou n-propila. Para melhorar a solubilidade, um intensificador de disso- lução ou agente de solubilização pode ser adicionado ou o solvente pode conter 10-60% p/p de propilenoglicol ou similar.
[00280] As composições farmacêuticas podem conter uma ou mais soluções, dispersões, suspensões ou emulsões aquosas ou não aquo- sas isotônicas estéreis farmaceuticamente aceitáveis ou pós estéreis, que podem ser reconstituídos em soluções ou dispersões injetáveis estéreis imediatamente antes do uso. Essas composições farmacêuti- cas podem conter antioxidantes; tampões; bacteriostáticos; solutos, que tornam a formulação isotônica com o sangue do receptor preten- dido; agentes de suspensão; agentes espessantes; conservantes; e similar.
[00281] Exemplos de transportadores aquosos e não aquosos ade-
quados, que podem ser empregados nas composições farmacêuticas da invenção incluem água, etanol, polióis (tais como glicerol, propile- noglicol, polietilenoglicol e similar) e misturas adequadas dos mesmos, óleos vegetais, tais como azeite e ésteres orgânicos injetáveis, tal co- mo oleato de etila. A fluidez adequada pode ser mantida, por exemplo, pelo uso de materiais de revestimento, tal como a lecitina, pela manu- tenção do tamanho de partícula requerido no caso de dispersões e pe- lo uso de tensoativos. Em algumas modalidades, a fim de prolongar o efeito de um ingrediente ativo, é desejável retardar a absorção do composto por injeção subcutânea ou intramuscular. Isso pode ser rea- lizado pelo uso de uma suspensão líquida de material cristalino ou amorfo tendo baixa solubilidade em água. A taxa de absorção do in- grediente ativo depende em seguida de sua taxa de dissolução que, por sua vez, pode depender do tamanho do cristal e da forma cristali- na. Alternativamente, a absorção retardada de um ingrediente ativo administrado parenteralmente é realizada dissolvendo-se ou suspen- dendo-se o composto em um veículo oleoso. Além disso, a absorção prolongada da forma farmacêutica injetável pode ser provocada pela inclusão de agentes que retardam a absorção, tal como monoesteara- to de alumínio e gelatina.
[00282] As composições parenterais de liberação controlada podem estar na forma de suspensões aquosas, microesferas, microcápsulas, microesferas magnéticas, soluções oleosas, suspensões oleosas, emulsões ou o ingrediente ativo pode ser incorporado em transporta- dores biocompatíveis, lipossomas, nanopartículas, implantes ou dispo- sitivos de infusão. Os materiais para uso na preparação de microesfe- ras e/ou microcápsulas incluem, porém não são limitados a polímeros biodegradáveis/bioerodíveis, tais como poliglactina, cianoacrilato de poli(isobutila), poli(2-hidroxietil-L-glutamina) e ácido poli(láctico). Os transportadores biocompatíveis que podem ser usados na formulação de uma formulação parenteral de liberação controlada incluem carboi- dratos, tal como dextranos, proteínas, tal como albumina, lipoproteínas ou anticorpos. Os materiais para uso em implantes podem ser não biodegradáveis, por exemplo polidimetilsiloxano ou biodegradável tal como, por exemplo, poli(caprolactona), ácido poli(láctico), ácido po- li(glicólico) ou poli(ortoésteres).
[00283] Para administração tópica, um composto presentemente descrito pode ser formulado como uma pomada ou creme. Os com- postos presentemente descritos podem da mesma forma ser formula- dos em composições retais, tais como supositórios ou enemas de re- tenção, por exemplo contendo bases de supositório convencionais, tal como manteiga de cacau ou outros glicerídeos.
[00284] Para administração intranasal ou administração por inala- ção, os compostos presentemente descritos podem ser conveniente- mente administrados na forma de uma solução ou suspensão de um recipiente de pulverização de bomba que é espremido ou bombeado pelo paciente ou como uma apresentação de pulverização de aerossol de um recipiente pressurizado ou um nebulizador, com o uso de um propelente adequado, por exemplo diclorodifluorometano, triclorofluo- rometano, diclorotetrafluoroetano, dióxido de carbono ou outro gás adequado. No caso de um aerossol pressurizado, a unidade de dosa- gem pode ser determinada fornecendo uma válvula para distribuir uma quantidade medida. O recipiente pressurizado ou nebulizador pode conter uma solução ou suspensão do composto presentemente des- crito. Cápsulas e cartuchos (feitos, por exemplo, de gelatina) para uso em um inalador ou insuflador podem ser formulados contendo uma mistura de pó de um composto presentemente descrito e uma base de pó adequada, tal como lactose ou amido.
[00285] Geralmente, os agentes e composições descritos aqui são administrados em uma quantidade eficaz ou quantidade suficiente pa-
ra tratar ou prevenir uma paralisia visual supranuclear em um indivíduo em necessidade do mesmo. Normalmente, a dose pode ser ajustada dentro desta faixa com base em, por exemplo, idade, condição física, peso corporal, sexo, dieta, tempo de administração e outros fatores clínicos. A determinação de uma quantidade eficaz está bem dentro da capacidade dos especialistas na técnica.
[00286] Tendo sido geralmente descritos aqui, os seguintes exem- plos não limitantes são fornecidos para também ilustrar esta invenção.
EXEMPLOS Procedimentos gerais para síntese química Procedimento Geral A: Formação de carbamato com trifosgênio
[00287] Em uma suspensão de cloridrato de amina (1 equivalente) e trietilamina (3-4 equivalentes) em um THF (concentração ~ 0,2 M) em temperatura ambiente foi adicionado trifosgênio (0,35 equivalen- tes). A mistura reacional foi agitada durante 10 minutos e uma peque- na quantidade de éter (1-2 mL) foi adicionada. O sal de trietilamônio foi filtrado para proporcionar uma solução clara de isocianato em THF/éter.
[00288] Em uma solução de álcool (1,5 equivalentes) em THF (con- centração ~ 0,2 M) em temperatura ambiente foi adicionado NaH [60%, óleo] (1,5 equivalente). A mistura reacional foi agitada durante 15 minutos e a solução anterior (isocianato em THF/éter) foi adiciona- da gota a gota. Em uma preparação padrão, a reação foi extinta com salmoura. A solução foi extraída com EtOAc e a camada orgânica foi seca em Na2SO4, filtrada e concentrada. O material bruto foi purificado em combiflash (cartucho de SiO2, CHCl3 e 2N de NH3 em MeOH) para proporcionar o carbamato correspondente. Procedimento Geral B: Alquilação com organocério
[00289] Uma suspensão de CeCl3 (4 equivalentes) em THF (con- centração ~ 0,2 M) foi agitada em temperatura ambiente durante 1 ho-
ra. A suspensão foi resfriada a -78°C e MeLi/Éter [1,6 M] (4 equivalen- tes) foi adicionado gota a gota. O complexo de organocério foi deixado formar por um período de 1 hora e uma solução de nitrilo (1 equivalen- te) em THF (concentração 2,0 M) foi adicionada gota a gota. A mistura reacional foi aquecida até em temperatura ambiente e agitada durante 18 horas. A solução foi resfriada a 0°C e extinta com água (~ 1 mL) seguida pela adição de solução aquosa de hidróxido de amônio a 50% (~ 3 mL) até a formação de precipitado e assentada no fundo do fras- co. A mistura foi filtrada através de uma almofada de celite e concen- trada. O material bruto foi tratado com uma solução de HCl/dioxano [4,0 M]. O cloridrato de arilpropan-2-amina intermediário foi triturado em éter e usado na forma em que se encontra para a próxima etapa. Alternativamente, a amina de base livre bruta foi purificada em combi- flash (cartucho de SiO2, CHCl3 e 2N de NH3 em MeOH) para proporci- onar a arilpropilamina correspondente. Procedimento Geral C: Acoplamento de Suzuki
[00290] Em uma solução de haleto de arila (1 equivalente) em uma mistura de DME/água [4:1] (concentração ~ 0,2M) foi adicionado ácido borônico (2 equivalentes), catalisador de paládio (0,1-0,25 equivalente) e carbonato de sódio (2 equivalentes). A mistura reacional foi submeti- da a microondas 25 minutos a 150°C. Após filtrar através de um tam- pão de celite e concentrar, o produto bruto foi purificado em combiflash (cartucho de SiO2, CHCl3 e 2N de NH3 em MeOH) para fornecer o adu- tor de acoplamento correspondente.
[00291] Alternativamente: Em uma solução de haleto de arila (1 equivalente) em uma mistura de tolueno/água [20:1] (concentração ~ 0,2 M) foi adicionado ácido borônico (1,3-2,5 equivalentes), catalisador de paládio (0,05-0,15 equivalente), triciclo-hexilfosfina (0,15-0,45 equi- valente) e fosfato de potássio (5 equivalentes). A mistura reacional foi submetida a microondas 25 minutos a 150°C. Após filtrar através de um tampão de celite e concentrar, o produto bruto foi purificado em combiflash (cartucho de SiO2, CHCl3 e 2N de NH3 em MeOH) para for- necer o adutor de acoplamento correspondente. Procedimento Geral D: Ciclopropanação
[00292] A uma mistura de aril nitrilo (1 equivalente) e Ti(Oi-Pr)4 (1,7 equivalentes) com agitação a 70°C, foi adicionado gota a gota EtMgBr [3,0 M em éter] (1,1 equivalentes). A mistura reacional foi deixada aquecer até 25°C e agitada durante 1 hora. À mistura acima foi adicio- nado BF3·Et20 (3 equivalentes) gota a gota a 25°C. Após a adição, a mistura foi agitada por mais 2 horas, e em seguida extinta com HCl aquoso [2M]. A solução resultante foi em seguida basificada pela adi- ção de NaOH aquoso [2M]. O material orgânico foi extraído com éter etílico. As camadas orgânicas foram combinadas, secas em Na2SO4, filtradas e concentradas. O material em bruto foi purificado por croma- tografia de coluna em sílica gel (eluindo com éter de petróleo/EtOAc: 10/1 a 1/1) para proporcionar a 1-aril-ciclopropanamina corresponden- te. Procedimento Geral E: Acoplamento de biarila usando condições de Suzuki
[00293] Para uma solução agitada do componente de haleto de ari- la (1 equivalente) em 5:1 (v/v) dioxano/água (~ 0,15 M) ou 5:1 (v/v) N,N-dimetilformamida (~ 0,15 M), foi adicionado o componente de aril- boronato ou ácido arilborônico (1-1,5 equivalentes), carbonato de só- dio (2-3 equivalentes) e [1,1'-bis(difenilfosfino)ferroceno]dicloropaládio (II) (0,05 equivalentes). A mistura foi aquecida (90°C) durante a noite e depois filtrada através de um tampão de Celite. A Celite foi enxaguada com acetato de etila e o filtrado combinado foi lavado com salmoura, seco (Na2SO4) e concentrado. O resíduo foi purificado por cromatogra- fia instantânea em sílica. Procedimento Geral F: Formação de carbamato usando um isocianato gerado por meio de uma rotina de anidrido misturado/redisposição de Curtius
[00294] Em uma solução agitada do componente de ácido carboxí- lico (1 equivalente) em tetra-hidrofurano (~ 0,1 M) foi adicionada trieti- lamina (2 equivalentes). A reação foi resfriada (0°C) e tratada com clo- roformato de isobutila (1,5 equivalentes). Após 1 hora a 0°C, uma so- lução de azida de sódio (2 equivalentes) em água (~ 1 M) foi adiciona- da e a reação foi deixada aquecer até em temperatura ambiente. Após agitação durante a noite, a reação foi diluída com água e extraída com acetato de etila. Os extratos combinados foram lavados com solução aquosa de bicarbonato de sódio e salmoura, secos (Na2SO4) e con- centrados. A acil azida bruta foi também seca por meio de coevapora- ção com tolueno e, em seguida, absorvida em tolueno (~ 0,1 M). A so- lução agitada foi refluxada durante 2-2,5 horas, resfriada e tratada com um componente de álcool (1,25-2 equivalentes). A reação foi aquecida em refluxo durante a noite e, em seguida, concentrada. O resíduo foi absorvido em acetato de etila ou clorofórmio e lavado com carbonato de sódio aquoso (Na2SO4) e concentrado. O produto bruto foi purifica- do por cromatografia instantânea em sílica usando gradientes de sol- vente de clorofórmio/metanol (carbamatos menos polares) ou cloro- fórmio/metanol/amônia (carbamatos mais polares). Exemplo 1: Síntese de compostos de quinuclidina 1-azabiciclo[2.2.2]oct-3-il[2-(4'-fluorobifenil-3-il)propan-2-il]carbamato (Composto 1)
[00295] Usando o Procedimento Geral C, 1-azabiciclo[2.2.2]oct-3- il[2-(3-bromofenil)propan-2-il]carbamato (600 mg, 1,63 mmol), ácido 4- fluorofenil borônico (457 mg, 3,27 mmol) e acetato de paládio (II) pro- duziu o composto título como um sólido branco (373 mg; 60%). 1H RMN (400 MHz, CDCl3) δ 7,56 (s, 1H), 7,52 (dd, J = 5,4, 8,4 Hz, 2H), 7,42-7,38 (m, 3H), 7,12 (m, 2H), 5,18 (5, 1H), 4,62 (s, 1H), 2,66 (m,
6H), 1,72 (s, 6H), 2,01-0,83 (m, 5H) ppm. C RMN (100 MHz, CDCl3) δ 125,0, 124,0, 123,8, 116,0, 116,0, 71,3, 55,9, 55,5, 47,6, 46,7, 29,6, 25,6, 24,8, 19,8 ppm. Pureza: 98,0% UPLCMS (210 nm); tempo de retenção 0,95 min; (M + 1) 382,9. Anal. Calculado para C23H27FN2O2·0,37(CHCl3): C, 65,86; H, 6,47; N, 6,57. Encontrado: C, 65,85; H, 6,69; N, 6,49. 2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan-2-ilcarbamato de (S)-quinuclidin-3- ila (Composto 2)
[00296] A uma solução agitada de 4-fluorotiobenzamida (8,94 g, 57,6 mmol) em etanol (70 mL) foi adicionado 4-cloroacetoacetato de etila (7,8 mL, 58 mmol). A reação foi aquecida em refluxo durante 4 horas, tratada com uma alíquota de adição de 4-cloroacetoacetato de etila (1,0 mL, 7,4 mmol) e refluxada durante 3,5 horas adicionais. A reação foi em seguida concentrada e o resíduo foi particionado entre acetato de etila (200 mL) e NaHCO3 aquoso (200 mL). A camada or- gânica foi combinada com um extrato de retorno da camada aquosa (acetato de etila, 1 x 75 mL), seca (Na2SO4) e concentrada. O óleo ambarino resultante foi purificado por cromatografia instantânea usan- do um gradiente de hexano/acetato de etila para proporcionar 2-(2-(4- fluorofenil)tiazol-4-il)acetato de etila como um sólido de baixo ponto de fusão, quase incolor (13,58 g, 89%).
[00297] A uma solução agitada de 2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4- il)acetato de etila (6,28 g, 23,7 mmol) em DMF (50 mL) foi adicionado hidreto de sódio [dispersão de 60% em óleo mineral] (2,84 g, 71,0 mmol). A mistura espumosa foi agitada durante 15 minutos antes de resfriar em um banho de gelo e adicionar iodometano (4,4 mL, 71 mmol). A reação foi agitada durante a noite, permitindo o banho de resfriamento lentamente aquecer em temperatura ambiente. A mistura foi em seguida concentrada e o resíduo particionado entre acetato de etila (80 mL) e água (200 mL). A camada orgânica foi lavada com uma segunda porção de água (1 x 200 mL), seca (Na2SO4) e concentrada. O óleo ambarino resultante foi purificado por cromatografia instantânea usando um gradiente de hexano/acetato de etila para proporcionar 2- (2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)-2-metilpropanoato de etila como um óleo incolor (4,57 g, 66%).
[00298] A uma solução agitada de 2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)-2- metilpropanoato de etila (4,56 g, 15,5 mmol) em 1:1:1 THF/etanol/água (45 mL) foi adicionado mono-hidrato de hidróxido de lítio (2,93 g, 69,8 mmol). A reação foi agitada durante a noite, concentrada e redissolvi- da em água (175 mL). A solução foi lavada com éter (1 x 100 mL), aci- dificada pela adição de 1,0 N de HCl (80 mL) e extraída com acetato de etila (2 x 70 mL). Os extratos combinados foram secos (Na2SO4) e concentrados para gerar ácido 2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)-2- metilpropanóico como um sólido branco (4,04 g, 98%). Este material foi usado na próxima etapa sem purificação.
[00299] A uma solução agitada e resfriada (0°C) de ácido 2-(2-(4- fluorofenil)tiazol-4-il)-2-metilpropanóico (4,02 g, 15,2 mmol) em THF (100 mL) foi adicionada trimetilamina (4,2 mL, 30 mmol) seguido por cloroformato de isobutila (3,0 mL, 23 mmol). A reação foi agitada fria durante mais 1 hora antes de adicionar uma solução de azida de sódio (1,98 g, 30,5 mmol) em água (20 mL). A reação foi agitada durante a noite, permitindo o banho de resfriamento lentamente aquecer em temperatura ambiente. A mistura foi em seguida diluída com água (100 mL) e extraída com acetato de etila (2 x 60 mL). Os extratos combina- dos foram lavados com NaHCO3 aquoso (1 x 150 mL) e salmoura (1 x 100 mL), secos (Na2SO4) e concentrados. Após co-evaporação com tolueno (2 x 50 mL), o sólido branco resultante foi absorvido em tolue- no (100 mL) e refluxado durante 4 horas. (S)-3-quinuclidinol (3,87 g, 30,4 mmol) foi em seguida adicionado e o refluxo continuou durante a noite. A reação foi concentrada e o resíduo particionado entre acetato de etila (100 mL) e NaHCO3 aquoso (150 mL). A camada orgânica foi lavada com água (1 x 150 mL), seca (Na2SO4) e concentrada. O sólido esbranquiçado resultante foi purificado por cromatografia instantânea usando um gradiente de clorofórmio/metanol/amônia para produzir o composto título como um sólido branco (4,34 g, 73%). 1H RMN (400 MHz, CDCl3) δ 7,96-7,88 (m, 2H), 7,16-7,04 (m, 3H), 5,55 (br s, 1H), 4,69-4,62 (m, 1H), 3,24-3,11 (m, 1H), 3,00-2,50 (m, 5H), 2,01-1,26 (m, 11H) ppm. 13 C RMN (400 MHz, CDCl3) δ 166,4, 165,1, 163,8 (d, J = 250,3 Hz), 162,9, 155,0, 130,1 (d, J = 3,3 Hz), 128,4 (d, J = 8,5 Hz), 115,9 (d , J = 22,3 Hz), 112,5, 71,2, 55,7, 54,2, 47,5, 46,5, 28,0, 25,5, 24,7, 19,6 ppm. Pureza: 100% UPLCMS (210 nm e 254 nm); tempo de retenção 0,83 min; (M+1) 390. (2-(4’-(2-metoxietóxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de (S)- quinuclidin-3-ila (Composto 3)
[00300] Usando o Procedimento Geral E e as entradas de reação 2- (4-bromofenil)-2-metilpropanoato de etila e ácido 4-(2-metoxietóxi) fe- nilborônico, 2-(4’-(2-metoxietóxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)-2-metilpropanoato de etila foi preparado como um sólido esbranquiçado. A uma solução agi- tada deste composto (3,01 g, 8,78 mmol) em 1:1:1 (v/v/v) tetra- hidrofurano/etanol/água (45 mL) foi adicionado hidróxido de lítio mono- hidratado (1,47 g, 61,4 mmol). A mistura foi aquecida em refluxo du- rante a noite e depois concentrada. O resíduo foi dissolvido em água, tratado com 1 N de ácido clorídrico (65 mL) e extraído com acetato de etila. As camadas orgânicas combinadas foram lavadas com salmoura, secas (Na2SO4) e concentradas para proporcionar ácido 2-(4’-(2- metoxietóxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)-2-metilpropanóico como um sólido bran- co (2,75 g, 100%). Este intermediário e (S)-quinuclidin-3-ol foram rea- gidos de acordo com o Procedimento Geral F para proporcionar o composto título como um sólido vítreo incolor. 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 7,62-7,29 (m, 7H), 7,01 (d, J = 8,9 Hz, 2H), 4,47-4,37 (m,
1H), 4,17-4,08 (m, 2H), 3,72-3,62 (m, 2H), 3,32 (s, 3H), 3,09-2,25 (m, 6H), 2,05-1,18 (m, 11H) ppm. 13 C RMN (100 MHz, DMSO-d6) δ 157,9, 154,5, 146,7, 137,4, 132,5, 127,5, 125,7, 125,2, 114,8, 70,4, 70,0, 66,9, 58,2, 55,4, 54,2, 46,9, 45,9, 29,4, 25,3, 24,2, 19,2 ppm. Pureza: 100%, 100% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,87 min; (M+H+) 439,5. 1-azabiciclo[2.2.2]oct-3-il[2-(bifenil-3-il)propan-2-il]carbamato (Com- posto 4)
[00301] Usando o Procedimento Geral C, 1-azabiciclo[2.2.2]oct-3- il[2-(3-bromofenil)propan-2-il]carbamato (600 mg, 1,63 mmol), ácido fenilborônico (398 mg, 3,27 mmol) e acetato de paládio (II) produziu o composto título como um sólido branco (379 mg, 64%). 1H RMN (400 MHz, CDCl3) δ 7,61 (s, 1H), 7,56 (d, J = 7,4 Hz, 2H), 7,50-7,38 (m, 4H), 7,34 (m, 2H), 5,16 (s, 1H) , 4,63 (s, 1H), 3,39-2,09 (m, 6H), 1,72 (s, 6H), 2,02-0,73 (m, 5H) ppm. 13 C RMN (100 MHz, CDCl3) δ 154,8, 147,8, 141,6, 129,0, 129,0, 128,6, 127,5, 125,8, 125,0, 124,0, 71,6, 71,3, 55,9, 55,5, 47,6, 46,8, 31,5, 30,2, 30,0, 29,5, 25,6, 24,8, 19,8 ppm. Pureza: 99% UPLCMS (210 nm); tempo de retenção 0,84 min; (M+1) 365,0. Anal. Calculada para C23H28N2O2·0,29 (CHCl3): C, 70,02; H, 7,14; N, 7,01. Encontrado: C, 70,02; H, 7,37; N, 6,84. 2-(bifenil-4-il)propan-2-ilcarbamato de (S)-quinuclidin-3-ila (Composto 5)
[00302] Usando o Procedimento Geral B, bromobenzonitrila (2,00 g, 11,0 mmol) foi convertido na 2-(4-bromofenil)propan-2-amina corres- pondente (1,20 g, 51%) como um óleo marrom.
[00303] Usando o Procedimento Geral A, 2-(4-bromofenil)propan-2- amina (1,0 g, 4,7 mmol) e (S)-quinuclidin-3-ol produziu 2-(4- bromofenil)propan-2-ilcarbamato de (S)-quinuclidin-3-ila (1,0 g, 58%) como um óleo marrom.
[00304] Usando o Procedimento Geral C, o brometo acima (200 mg,
0,540 mmol), ácido fenilborônico (133 mg, 1,10 mmol) e [PdCl2(pddf)]CH2Cl2 produziu o composto título como um sólido branco (70 mg, 35%). 1H RMN (500 MHz, CDCl3) δ 7,60-7,53 (m, 4H), 7,47 (d, J = 8,5 Hz, 2H), 7,42 (t, J = 7,5 Hz, 2H), 7,33 (t, J = 7,5 Hz , 1H), 5,26 (br s, 1H), 4,64 (m, 1H), 3,33-3,15 (m, 1H), 3,10-2,45 (m, 5H), 2,40- 13 1,80 (m, 2H), 1,78-1,58 ( m, 7H), 1,55-1,33 (m, 2H) ppm. C RMN (125 MHz, CDCl3) δ 154,5, 146,1, 140,8, 139,5, 128,7, 127,2, 127,1, 127,1, 125,2, 70,9, 55,5, 55,1, 47,4, 46,4, 31,1, 29,5, 25,3, 24,5, 19,5 ppm. Pureza: 100% LCMS (214 nm e 254 nm); tempo de retenção 1,56 min; (M+1) 365. 1-(bifenil-4-il)ciclopropilcarbamato de quinuclidin-3-ila (Composto 6)
[00305] Usando o Procedimento Geral D, a bromobenzonitrila (3,00 g, 16,5 mmol) foi convertida na 1-(4-bromofenil)ciclopropanamina cor- respondente (1,80 g, 51%) como um sólido amarelo.
[00306] Usando o Procedimento Geral A, 1-(4- bromofenil)ciclopropanamina (1,0 g, 4,7 mmol) e quinuclidin-3-ol pro- duziram 1-(4-bromofenil)ciclopropil-carbamato de quinuclidin-3-ila (1,3 g, 75%) como um semi-sólido branco.
[00307] Usando o Procedimento Geral C, o carbamato acima (400 mg, 1,12 mmol), ácido fenilborônico (267 mg, 2,22 mmol) e [PdCl2(pddf)]CH2Cl2 o composto título como um óleo viscoso (100 mg, 25%). 1H RMN (500 MHz, CDCl3) δ 7,47 (d, J = 7,5 Hz, 2H), 7,43 (d, J = 8,0 Hz, 2H), 7,33 (t, J = 7,5 Hz, 2H), 7,26-7,15 (m , 3H), 5,93 (br s, 0,6H), 5,89 (br s, 0,4H), 4,67 (m, 1H), 3,20-3,06 (m, 1H), 2,88-2,42 (m, 5H), 1,98-1,08 (m, 9H) ppm. C RMN (125 MHz, CDCl3) δ 155,0, 13 141,0, 139,7, 138,2, 127,7, 126,1, 126,0, 124,8, 124,1, 70,0, 54,5, 46,3, 45,4, 34,1, 24,3, 23,2, 18,3, 17,0 ppm. Pureza: 100% LCMC (214 nm e 25 4 nm); tempo de retenção 1,52 min; (M+1) 363. 1-(4’-fluorobifenil-4-il)ciclopropilcarbamato de (S)-quinuclidin-3-ila (Composto 7)
[00308] Usando o Procedimento Geral C, 1-(4- bromofenil)ciclopropilcarbamato de (S)-quinuclidin-3-ila, ácido 4-F- fenilborônico e [PdCl2(pddf)]CH2Cl2 produziu o composto título como um sólido branco (45%). 1H RMN (500 MHz, DMSO-d6) δ 8,06-7,83 (d, 1H), 7,69-7,66 (m, 2H), 7,59-7,55 (m, 2H), 7,29-7,22 (m, 4H), 4,56-4,54 13 (m, 1H), 3,13-2,32 (m, 6H), 1,91-1,19 (m, 9H) ppm. C RMN (125 MHz, DMSO-d6) δ 163,2, 161,2, 156,4, 143,7, 136,9, 128,9, 128,8, 126,8, 125,6, 116,2, 116,0, 70,7, 55,8, 47,4, 46,4, 34,8, 25,7, 24,6, 19,6, 18,7, 18,6 ppm. Pureza: > 97% LCMS (214 nm e 254 nm); tempo de retenção 1,96 min; (M+1) 381,2. [1-(2’,4’-difluorobifenil-4-il)ciclopropil]carbamato de (S)-1- azabiciclo[2.2.2]oct-3-ila (Composto 8)
[00309] Usando o Procedimento Geral C, 1-(4- bromofenil)ciclopropilcarbamato de (S)-quinuclidin-3-ila (0,446 g, 1,22 mmol), ácido 2,4-difluorofenil borônico (0,386 g, 2,44 mmol) e Pd(OAc)2 (0,015 g, 0,067 mmol) produziu o composto título como um sólido castanho (0,111 g, 23%). 1H RMN (CDCl3) δ 7,43 (dd, J = 8,4, 1,6 Hz, 2H), 7,40-7,33 (m, 1H), 7,31 (d, J = 7,7 Hz, 2H), 6,99-6,81 (m, 2H), 5,54 (d, J = 48,0 Hz, 1H), 4,82-4,65 (m, 1H), 3,30-3,07 (m, 1H), 2,98-2,44 (m, 5H), 1,97 (d, J = 32,7 Hz, 1H) , 1,83 (d, J = 10,3 Hz, 1H), 1,64 (s, 1H), 1,52 (s, 1H), 1,39 (s, 1H), 1,31 (d, J = 6,8 Hz, 4H) ppm. 13 C RMN rotômero principal (CDCl3) δ 162,2 (dd, J = 12,8, 249,1 Hz), 159,8 (dd, J = 11,8, 251,0 Hz), 156,9, 156,0, 142,6, 133,1, 131,3 (m), 128,9, 125,6, 124,9 , 111,5 (dd, J = 3,9, 21,2 Hz) 104,4 (dd, J = 25,2, 29,4 Hz), 72,1, 71,6, 55,7, 47,4, 46,5, 35,7, 35,3, 25,5, 24,6, 24,4, 19,5, 18,1 ppm. Pureza: LCMS > 99,3% (214 nm & 254 nm); tempo de re- tenção 0,90 min; (M+1) 399,0. [1-(4'-metoxibifenil-4-il)ciclopropil]carbamato de 1-azabiciclo[2.2.2]oct- 3-ila (Composto 9)
[00310] Usando o Procedimento Geral C, 1-(4-
bromofenil)ciclopropilcarbamato de quinuclidin-3-ila (0,485 g, 1,33 mmol), ácido 4-metoxifenil borônico (0,404 g, 2,66 mmol) e Pd(OAc)2 (0,016 g, 0,071 mmol) produziu o composto título como um sólido cin- za (0,337 mg, 65%). 1H RMN (CDCl3) δ 7,48 (dd, J = 8,6, 5,5 Hz, 4H), 7,29 (d, J = 7,6 Hz, 2H), 6,96 (d, J = 8,8 Hz, 2H), 5,58 (d, J = 48,7 Hz, 1H), 4,83-4,63 (m, 1H), 3,84 (s, 3H), 3,20 (dd, J = 24,0, 15,5 Hz, 1H), 2,97-2,42 (m, 5H), 1,97 (d, J = 30,9 Hz, 1H), 1,81 (s, 1H), 1,75-1,33 13 (m, 3H), 1,28 (d, J = 6,8 Hz, 4H) ppm. C RMN rotômero principal (CDCl3) δ 159,1, 156,0, 141,4, 139,0, 133,4, 128,0, 126,7, 125,9, 114,2, 71,5, 55,7, 55,3, 47,4, 46,5, 35,3, 25,5, 24,6, 19,6, 17,8 ppm. Pureza: LCMS> 97,1% (214 nm e 254 nm); tempo de retenção 0,88 min; (M+1) 393,4. 2-(5-(4-Fluorofenil)tiofen-3-il)propan-2-ilcarbamato de quinuclidin-3-ila (Composto 10)
[00311] A uma solução agitada e resfriada (0°C) de 5-bromotiofeno- 3-carboxilato de etila (13,30 g, 56,57 mmol) em THF (100 mL) foi adi- cionada uma solução de brometo de metilmagnésio em éter dietílico [3,0 M] (55,0 mL), 165 mmol), gota a gota durante de 20 minutos. Após 2 horas, a solução reacional foi concentrada. O resíduo foi absorvido em NH4Cl aquoso (200 mL) e extraído com acetato de etila (2 x 100 mL). Os extratos combinados foram secos (Na2SO4) e concentrados. O óleo ambarino resultante foi purificado por cromatografia instantânea usando um gradiente de hexano/acetato de etila para proporcionar 2- (5-bromotiofen-3-il)propan-2-ol como um óleo ambarino pálido (8,05 g, 64%).
[00312] A uma solução agitada de 2-(5-bromotiofen-3-il)propan-2-ol (8,03 g, 36,3 mmol) em cloreto de metileno (80 mL) foi adicionada azi- da de sódio (7,08 g, 109 mmol) seguida por ácido trifluoroacético (8,0 mL; gota a gota durante de 5-6 minutos). A suspensão de espessa- mento foi agitada durante 1,5 horas antes de diluir com água (350 mL)
e extrair com acetato de etila (1 x 200 mL). A camada orgânica foi la- vada com NaHCO3 aquoso (1 x 250 mL), seca (Na2SO4) e concentra- da para proporcionar o produto de azida bruto. A uma solução agitada deste material em THF (160 mL) foi adicionada água (11 mL) seguida por trifenilfosfina (23,8 g, 90,7 mmol). A reação foi agitada durante 2 dias antes de se concentrar. O resíduo resultante foi dissolvido em acetato de etila (250 mL) e extraído com 1 N de HCl aquoso (4 x 75 mL). Os extratos combinados foram basificados com NH4OH concen- trado e extraídos com acetato de etila (2 x 100 mL). Esses extratos foram, sucessivamentes, secos (Na2SO4) e concentrados. O óleo am- barino resultante foi purificado por cromatografia instantânea usando um gradiente de cloreto de metileno/metanol/amônia para proporcionar uma mistura de 2-(5-bromotiofen-3-il)propan-2-amina e óxido de trife- nilfosfina (relação de ~70/30) como um óleo ambarino viscoso (1,32 g, 17%).
[00313] A uma solução agitada de 3-quinuclidinol (3,00 g, 23,6 mmol) em THF (100 mL) foi adicionado cloroformato de 4-nitrofenila (5,94 g, 29,5). Após agitação durante 4 horas, o precipitado foi removi- do por filtração, enxaguado com THF e seco ao ar na frita sob vácuo. A massa filtrada foi dissolvida em acetato de etila (150 mL) e lavada com NaHCO3 aquoso (1 x 150 mL) e água (2 x 150 mL). A camada orgânica foi seca (Na2SO4) e concentrada para proporcionar o produto de carbonato de 4-nitrofenil quinuclidin-3-ila bruto, que foi usado na próxima etapa sem purificação.
[00314] A uma solução agitada de 2-(5-bromotiofen-3-il)propan-2- amina (0,366 g, 1,66 mmol) em THF (10 mL) foi adicionado carbonato de 4-nitrofenil quinuclidin-3-ila (0,571 g, 1,95 mmol) e alguns grânulos de 4-(dimetilamino)piridina. A mistura foi refluxada durante a noite, concentrada e particionada entre acetato de etila (50 mL) e NaHCO3 aquoso (50 mL). A camada orgânica foi lavada novamente com
NaHCO3 aquoso (1 x 50 mL), seca (Na2SO4) e concentrada. A goma amarela suja resultante foi purificada por cromatografia instantânea usando um gradiente de clorofórmio/metanol/amônia para proporcionar (1-(5-bromotiofen-3-il)ciclopropil)carbamato de quinuclidin-3-ila como um sólido esbranquiçado (0,305 g, 49%).
[00315] Usando o Procedimento Geral C, (1-(5-bromotiofen-3- il)ciclopropil)carbamato de quinuclidin-3-ila (0,227 g, 0,742 mmol), áci- do 4-fluorofenil borônico (0,208 g, 1,49 mmol), triciclo-hexilfosfina (0,021 g , 0,075 mmol), fosfato de potássio (0,866, 4,08 mmol) e aceta- to de paládio (8,0 mg, 36 μmol) produziram o composto título como um sólido cinza (0,142 g, 49%). 1H RMN (400 MHz, CDCl3) δ 7,60-7,45 (m, 2H), 7,24-7,19 (m, 1H), 7,10-6,97 (m, 3H), 5,23 (br s, 1H), 4,72-4,61 (m, 1H), 3,30-3,04 (m, 1H), 3,03-2,25 (m, 5H), 2,09-1,02 (m, 11H) ppm. 13 C RMN (400 MHz, CDCl3) δ 162,3 (d, J = 247,1 Hz), 154,5, 149,8, 143,6, 130,7, 127,4 (d, J = 8,1 Hz), 121,8, 118,9, 115,8 (d, J = 21,6 Hz), 70,8, 55,5, 53,4, 47,3, 46,4, 29,0, 25,4, 24,4, 19,4 ppm. Pureza: 95,8% UPLCMS (210 nm e 254 nm); tempo de retenção 0,90 min; (M+1) 389. 2-(3-(4-fluorofenil) isotiazol-5-il)propan-2-ilcarbamato de (S)- quinuclidin-3-ila (Composto 11)
[00316] A solução agitada de 2-(3-(4-fluorofenil)isotiazol-5-il)propan- 2-amina (1,21 g, 5,12 mmol) em tolueno foi adicionada uma solução de fosgênio em tolueno [~ 1,9 M] (10,8 mL , 20,5 mmol). A reação foi aquecida em refluxo durante duas horas e depois concentrada. O resí- duo foi co-evaporado com tolueno (2 x 15 mL) para proporcionar o in- termediário de isocianato bruto como um óleo dourado. Este material foi absorvido em tolueno (10 mL) e tratado com (S)-3-quinuclidinol (0,749 g, 5,89 mmol). A reação foi aquecida em refluxo durante a noite e concentrada. O resíduo foi purificado por cromatografia instantânea usando um gradiente de clorofórmio/metanol/amônia para fornecer o composto título como um sólido branco (0,971 g, 49%). 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 8,09-8,00 (m, 2H), 7,87 (br s, 1H), 7,75 (s, 1H), 7,35-7,25 (m, 2H), 4,54-4,45 (m, 1H), 3,14-2,92 (m, 1H), 2,87-2,17 (m, 5H), 1,98-0,98 (m, 11H) ppm. 13 C RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 180,1, 165,6, 162,6 (d, J = 246,4 Hz), 154,7, 131,2 (d, J = 3,0 Hz), 128,7 (d, J = 8,4 Hz), 118,2, 115,7 (d, J = 21,8 Hz), 70,6, 55,3, 52,8, 46,9, 45,9, 29,9, 25,2, 24,2, 19,2 ppm. Pureza: 100% UPLCMS (210 nm e 254 nm); tempo de retenção 0,82 min; (M+1) 390. 2-(4-(4-fluorofenil)tiazol-2-il)propan-2-ilcarbamato de (S)-quinuclidin-3- ila (Composto 12)
[00317] A uma solução agitada de 3-amino-3-tioxopropanoato de etila (20,00g, 135,9 mmol) em etanol (120 mL) foi adicionado 2-bromo- 4'-fluoroacetofenona (29,49 g, 135,9 mmol). A mistura foi refluxada du- rante 1 hora, concentrada e particionada entre acetato de etila (300 mL) e NaHCO3 aquoso (400 mL). A camada orgânica foi combinada com um outro extrato da camada aquosa (acetato de etila, 1 x 100 mL), seca (Na2SO4) e concentrada. O sólido castanho claro resultante foi purificado por cromatografia instantânea usando um gradiente de hexano/acetato de etila para proporcionar 2-(4-(4-fluorofenil)tiazol-2- il)acetato de etila como um sólido esbranquiçado (29,92 g, 83%).
[00318] A uma solução agitada e resfriada (-78°C) de 2-(4-(4- fluorofenil)tiazol-2-il)acetato de etila (10,00 g, 37,69 mmol) em THF (250 mL) foi adicionada uma solução de t-butóxido potássio em THF [1,0 M] (136 mL, 136 mmol), gota a gota durante 15 minutos, seguido por 18-coroa-6 (1,6 mL, 7,5 mmol). Após 30 minutos adicionais a - 78°C, iodometano (8,5 mL) foi adicionado, gota a gota durante 5 minu- tos. A reação foi agitada fria por mais 2 horas antes de ser derramada em água (450 mL) e extraída com acetato de etila (2 x 150 mL). Os extratos combinados foram lavados com salmoura (1 x 200 mL), secos (Na2SO4) e concentrados. O óleo marrom resultante foi purificado por cromatografia instantânea usando um gradiente de hexano/acetato de etila para proporcionar 2-(4-(4-fluorofenil)tiazol-2-il)-2-metilpropanoato de etila como um óleo ambarino pálido (8,64 g, 78%)
[00319] A uma solução agitada de 2-(4-(4-fluorofenil)tiazol-2-il)-2- metilpropanoato de etila (0,900 g, 3,07 mmol) em 1:1:1 THF/etanol/água (15 mL) foi adicionado mono-hidrato de hidróxido de lítio (0,451 g, 10,7 mmol). Após agitação durante a noite, a reação foi concentrada e redissolvida em água (80 mL). A solução foi lavada com éter (1 x 50 mL), acidificada com a adição de 1 N de HCl (15 mL) e ex- traída com acetato de etila (2 x 50 mL). Os extratos combinados foram secos (Na2SO4) e concentrados para proporcionar ácido 2-(4-(4- fluorofenil)tiazol-2-il)-2-metilpropanóico como um sólido dourado pálido (0,808 g, 99%).
[00320] Em uma solução agitada e resfriada (0°C) de ácido 2-(4-(4- fluorofenil)tiazol-2-il)-2-metilpropanóico (0,784 g, 2,96 mmol) em THF (25 mL) foi adicionada trietilamina (0,82 mL, 5,9 mmol) seguida por cloroformato de isobutila (0,58 mL, 4,4 mmol). A reação foi agitada fria durante mais 1 hora antes de adicionar uma solução de azida de sódio (0,385 g, 5,92 mmol) em água (7 mL). A reação foi agitada durante a noite, permitindo o banho de resfriamento lentamente aquecer em temperatura ambiente. A mistura foi em seguida diluída com água (100 mL) e extraída com acetato de etila (2 x 60 mL). Os extratos combina- dos foram lavados com NaHCO3 aquoso (1 x 150 mL) e salmoura (1 x 100 mL), secos (Na2SO4) e concentrados. Após co-evaporação com tolueno (2 x 30 mL), o sólido esbranquiçado resultante foi absorvido em tolueno (25 mL) e refluxado durante 4 horas. (S)-3-quinuclidinol (0,753 g, 5,92 mmol) foi em seguida adicionado e o refluxo foi continu- ado por 3 horas. A reação foi concentrada e o resíduo foi purificado por cromatografia instantânea usando um gradiente de clorofór- mio/metanol/amônia para fornecer o composto título como um sólido branco (0,793 g, 69%). 1H RMN (400 MHz, CDCl3) δ 7,90-7,81 (m, 2H), 7,32 (s, 1H), 7,14-7,05 (m, 2H), 5,76 (br s, 1H), 4,72-4,65 (m, 1H) , 13 3,26-3,10 (m, 1H), 3,03-2,37 (m, 5H), 2,05-1,23 (m, 11H) ppm. C RMN (400 MHz, CDCl3) δ 177,6, 162,6 (d, J = 248,4 Hz), 154,8, 153,6, 130,8 (d, J = 3,2 Hz), 128,1 (d, J = 8,1 Hz), 115,9 (d, J = 21,7 Hz), 112,2, 71,6, 55,7, 47,4, 46,5, 29,1, 25,4, 24,7, 19,6 ppm. Pureza: 100% UPLCMS (210 nm e 254 nm); tempo de retenção 0,82 min; (M+1) 390. (2-(4’-(2-metoxietóxi)-[1,1'-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de quinu- clidin-3-ila (Composto 13)
[00321] Usando o Procedimento Geral F e as entradas de reação 2- (4’-(2-metoxietóxi)-[1,1'-bifenil]-4-il)-2-metilpropanoico (preparado co- mo descrito no Exemplo 3) e quinuclidin-3 -ol, o composto título foi ge- rado como um sólido vítreo incolor (23%). Os dados de RMN corres- ponderam aos do Exemplo 3. Pureza: 100%, 99,1% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,87 min; (M+H+) 439,0. (2-(3 ‘-(2-metoxietóxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de (S)- quinuclidin-3-ila (Composto 14)
[00322] Trocando ácido 4-(2-metoxietóxi)fenilborônico por ácido 3- (2-metoxietóxi)fenilborônico, a sequência de reação delineada no Exemplo 3 foi usada para preparar ácido 2-(3'-(2-metoxietóxi)-[1,1’- bifenil]-4-il)-2-metilpropanóico. Este intermediário e quinuclidin-3-ol fo- ram reagidos de acordo com o Procedimento Geral F para proporcio- nar o composto título como um sólido vítreo incolor. 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 7,63-7,31 (m, 6H), 7,24-7,10 (m, 2H), 6,92 (dd, J = 8,2, 1,9 Hz, 1H), 4,51-4,34 (m, 1H) ), 4,21-4,08 (m, 2H), 3,72-3,64 (m, 13 2H), 3,32 (s, 3H), 3,09-2,26 (m, 5H), 2,04-1,22 (m, 9H) ppm. C RMN (100 MHz, DMSO-d6) δ 158,9, 154,6, 147,6, 141,5, 137,6, 129,9, 126,3, 125,2, 118,9, 113,2, 112,5, 70,4, 70,0, 66,9, 58,2, 55,4, 54,2, 46,9, 45,9, 29,4 , 25,3, 24,2, 19,2 ppm. Pureza: 100%, 100% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,91 min; 15 (M+H+) 439,4.
(2-(4’-(2-metoxietóxi)-[1,1'-bifenil]-3-il)propan-2-il)carbamato de quinu- clidin-3-ila (Composto 15)
[00323] Trocando 2-(4-bromofenil)-2-metilpropanoato de etila por 2- (3-bromofenil)-2-metilpropanoato de etila, a sequência de reação deli- neada no Exemplo 3 foi usada para preparar ácido 2-(4’-(2- metoxietóxi)-[1,1'-bifenil]-3-il)-2-metilpropanóico. Este intermediário e quinuclidin-3-ol foram reagidos de acordo com o Procedimento Geral F para proporcionar o composto título como um sólido amarelo. 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 7,62-7,20 (m, 7H), 7,03 (d, J = 8,7 Hz, 2H), 4,48-4,35 (m, 2H), 4,18-4,08 (m, 2H), 3,72-3,62 (m, 2H), 3,32 (s, 3H), 13 3,10-2,19 (m, 6H), 2,10-1,10 (m, 11H) ppm. C RMN (100 MHz, DMSO-d6) δ 158,0, 154,6, 148,8, 139,5, 133,1, 128,5, 127,7, 123,8, 123,2, 122,7, 114,8, 70,4, 69,9, 67,0, 58,2, 55,3, 54,5, 47,0, 45,9, 29,4, 25,3, 24,2, 19,2 ppm. Pureza: 97,4%, 94,6% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,88 min; (M+H+) 439,3. (2-(4’-(3-metoxipropoxi)-[1,1'-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de qui- nuclidin-3-ila (Composto 16)
[00324] A uma solução agitada de 4-iodofenol (10,05 g, 45,68 mmol) em acetonitrila (100 mL) foi adicionado carbonato de potássio (6,95 g, 50,2 mmol) e 1-cloro-3-metoxipropano (6,4 mL, 57,1 mmol). A mistura foi aquecida em refluxo durante a noite e depois concentrada. O resíduo foi absorvido em água e extraído com acetato de etila. Os extratos combinados foram lavados com solução aquosa de bicarbo- nato de sódio, secos (Na2SO4) e concentrados. O material bruto foi purificado por cromatografia instantânea em sílica usando um eluente de hexano/acetato de etila para fornecer 1-iodo-4-(3- metoxipropoxi)benzeno como um óleo incolor (4,39 g, 33%). Este in- termediário e 2-metil-2-(4-(4,4,5,5-tetrametil-1,3,2-dioxaborolan-2- il)fenil)propanoato de etila foram reagidos de acordo com o Procedi- mento Geral E para proporcionar 2 -(4’-(3-metoxipropoxi)-[1,1’-bifenil]-
4-il)-2-metilpropanoato de etila. A uma solução agitada deste compos- to (0,693 g, 1,94 mmol) em 1:1:1 (v/v/v) tetra-hidrofurano/etanol/água (10 mL) foi adicionado mono-hidrato de hidróxido de lítio (0,326 g, 7,77 mmol). A mistura foi aquecida em refluxo durante a noite e depois con- centrada. O resíduo foi dissolvido em água, tratado com 1 N de ácido clorídrico (10 mL) e extraído com acetato de etila. As camadas orgâni- cas combinadas foram lavadas com salmoura, secas (Na2SO4) e con- centradas para proporcionar ácido 2-(4’-(3-metoxipropoxi)-[1,1'-bifenil]- 4-il)-2-metilpropanóico como um sólido ceroso, esbranquiçado (0,630 g, 99%). Este intermediário e quinuclidin-3-ol foram reagidos de acordo com o Procedimento Geral F para proporcionar o composto título como um sólido vítreo incolor (62%). 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 7,61- 7,29 (m, 7H), 7,00 (d, J = 8,8 Hz, 2H), 4,47-4,36 (m, 1H), 4,05 (t, J = 6,4 Hz, 2H), 3,48 (t, J = 6,3 Hz, 2H), 3,26 (s, 3H), 3,10-2,25 (m, 6H), 2,04-1,74 (m, 4H), 1,65-1,23 (m, 9H) ppm. 13C RMN (100 MHz, DMSO- d6) δ 158,0, 154,5, 146,7, 137,4, 132,4, 127,5, 125,7, 125,2, 114,8, 69,9, 68,5, 64,6, 57,9, 55,4, 54,2, 46,9, 46,0, 29,4, 29,0, 25,2, 24,1, 19,2 ppm. Pureza: 97,7%, 98,2% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,96 min; (M+H+) 453,5. (2-(4’-(hidroximetila)-[1,1'-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de quinu- clidin-3-ila (Composto 17)
[00325] Usando o Procedimento Geral E e as entradas de reação 2- (4-bromofenil)-2-metilpropanoato de etila e ácido 4-formilfenilborônico, 2-(4’-formil-[1,1’-bifenil]-4-il)-2-metilpropanoato de etila foi preparado como um sólido ambarino pálido. Este intermediário e quinuclidin-3-ol foram reagidos de acordo com o Procedimento Geral F para proporci- onar (2-(4’-formil-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de quinuclidin- 3-ila como um sólido amarelo espumoso. A uma solução agitada deste material (0,755 g, 1,92 mmol) em 2:1 (v/v) tetra-hidrofurano/etanol (15 mL) foi adicionado boro-hidreto de sódio (0,073 g, 1,93 mmol). Após
45 minutos, a reação foi diluída com água e extraída com clorofórmio. Os extratos combinados foram secos (Na2SO4) e concentrados em sí- lica. A cromatografia instantânea em sílica usando um eluente de clo- rofórmio/metanol/amônia forneceu o composto título como um sólido branco (0,323 g, 43%). 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 7,66-7,29 (m, 9H), 5,18 (t, J = 5,7 Hz, 1H), 4,53 (d, J = 5,7 Hz, 2H), 4,46-4,37 (m, 13 1H), 3,11-2,19 (m, 6H), 2,11-1,10 (m, 11H) ppm. C RMN (100 MHz, DMSO-d6) δ 154,7, 147,3, 141,5, 138,4, 137,7, 127,0, 126,2, 126,1, 125,3, 70,0, 62,6, 55,4, 54,2, 46,9, 45,9, 29,4, 25,3, 24,2, 19,2 ppm. Pureza: 97,5%, 99,1% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,73 min; (M+H+) 395. (2-(4’-(2-hidroxietil)-[1,1'-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de qui- nuclidin-3-ila (Composto 18)
[00326] Usando o Procedimento Geral E e as entradas de reação 1- (2-(benziloxi)etil)-4-bromobenzeno e 2-metil-2-(4-(4,4,5,5-tetrametil- 1,3,2-dioxaborolan-2-il)fenil)propanoato de etila, 2-(4’-(2- (benziloxi)etil)-[1,1’-bifenil]-4-il)-2-metilpropanoato de etila foi prepara- do como uma goma incolor. A uma solução agitada deste composto (1,34 g, 3,33 mmol) em 1:1:1 (v/v/v) tetra-hidrofurano/etanol/água (18 mL) foi adicionado mono-hidrato de hidróxido de lítio (0,698 g, 16,6 mmol). Após aquecimento ao refluxo durante a noite, a reação foi con- centrada e particionada entre água e éter dietílico. A emulsão resultan- te foi extraída repetidamente com solução aquosa de hidróxido de só- dio 0,2 N (5 x 50 mL). A porção clara da camada aquosa foi removida de cada vez. As camadas aquosas combinadas foram em seguida tra- tadas com 1,0 N de ácido clorídrico (80 mL) e a suspensão resultante de sólido branco foi extraída com acetato de etila. As camadas orgâni- cas combinadas foram secas (Na2SO4) e concentradas para proporci- onar ácido 2-(4’-(2-(benziloxi)etil)-[1,1'-bifenil]-4-il)-2-metilpropanóico como um sólido branco (1,20 g, 96%). Este composto e quinuclidin-3-
ol foram reagidos de acordo com o Procedimento Geral F para propor- cionar (2-(4’-(2-benziloxietil)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan- 2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila. A uma solução agitada deste material (0,435 g, 0,806 mmol) em metanol foi adicionado 1,0 N de ácido clorídrico (1 mL) e 10% de paládio em carbono (50% água; 0,087 g). A mistura foi ciclada várias vezes entre vácuo e uma purga de nitrogênio, recarregando com hidrogênio após a última evacuação. Após 1,25 horas, a reação foi filtrada através de Celite e concentrada. O resíduo foi absorvido em solução aquosa de carbonato de sódio e extraído com 4:1 (v/v) cloro- fórmio/isopropanol. Os extratos combinados foram secos (Na2SO4) e concentrados em sílica. A cromatografia instantânea em sílica usando um gradiente de clorofórmio/metanol/amônia forneceu o composto títu- lo purificado como um sólido incolor. 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 7,85-7,63 (m, 1H), 7,63-7,19 (m, 8H), 4,78-4,62 (m, 2H), 3,71-2,78 (m, 8H), 2,76 (t , J = 6,8 Hz, 2H), 2,26-1,96 (m, 2H), 1,96-1,40 (m, 9H) ppm. 13 C RMN (100 MHz, DMSO-d6) δ 153,8, 146,8, 138,7, 137,9, 137,6, 129,4, 126,3, 126,1, 125,3, 66,2, 62,1, 54,4, 52,8, 45,4, 44,5, 38,6, 29,5, 29,2, 24,0, 19,9 , 16,6 ppm. Pureza: 100%, 100% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,75 min; (M+H+) 409. (2-(2-(4-(3-metoxipropoxi)fenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato de qui- nuclidin-3-ila (Composto 19)
[00327] A uma suspensão agitada de 4-metoxitiobenzamida (9,99 g, 59,7 mmol) em etanol (75 mL) foi adicionado 4-cloroacetoacetato de etila (8,1 mL, 60 mmol). A mistura foi aquecida em refluxo durante 4 horas antes de resfriar, adicionando 4-cloroacetoacetato de etila adici- onal (0,81 mL, 6,0 mmol) e retornando ao refluxo. Após mais 4 horas de aquecimento, a reação foi concentrada e particionada entre acetato de etila e solução aquosa de bicarbonato de sódio. A camada orgânica foi combinada com extratos de acetato de etila adicionais, seca (Na2SO4) e concentrada. O produto bruto foi purificado por cromato-
grafia instantânea em sílica usando um gradiente de hexano/acetato de etila para proporcionar 2-(2-(4-metoxifenil)tiazol-4-il)acetato de etila como um óleo ambarino pálido (14,51 g, 87%). A uma solução agitada deste composto (14,48 g, 52,2 mmol) em N,N-dimetilformamida (125 mL) foi adicionado hidreto de sódio (dispersão a 60% em óleo mineral; 6,27 g, 157 mmol), porção a porção durante 15 minutos.
A suspensão vermelha resultante foi resfriada (0°C) e tratada, gota a gota durante 10 minutos, com iodometano (9,80 mL, 157 mmol). O banho de resfri- amento foi removido e a reação foi permitida agitar 4 horas antes de concentrar e particionar o resíduo entre acetato de etila e água.
A ca- mada orgânica foi lavada mais duas vezes com água, seca (Na2SO4) e concentrada.
O resíduo foi purificado por cromatografia instantânea em sílica usando um gradiente de hexano/acetato de etila para propor- cionar 2-(2-(4-metoxifenil)tiazol-4-il)-2-metilpropanoato de etila como um óleo ambarino pálido (14,12 g, 89%). A uma solução agitada deste intermediário (14,12 g, 46,24 mmol) em cloreto de metileno (250 mL) foi adicionado tribrometo de boro (11,0 mL, 116 mmol), gota a gota du- rante 5 minutos.
Após agitação durante a noite, a reação foi extinta pela adição lenta de metanol (~ 20 mL) e, em seguida, concentrada.
O resíduo foi absorvido em metanol (250 mL) e ácido sulfúrico concen- trado (7,0 mL). A solução agitada foi aquecida em refluxo durante 2 horas, concentrada e particionada entre acetato de etila e solução aquosa de bicarbonato de sódio.
A camada orgânica foi combinada com um segundo extrato de acetato de etila da camada aquosa, seca (Na2SO4) e concentrada para proporcionar 2-(2-(4-hidroxifenil)tiazol-4- il)-2-metilpropanoato de metila como um sólido branco (12,56 g, 98%). A uma solução agitada de 1-bromo-3-metoxipropano (1,66 g, 10,8 mmol) em acetona (30 mL) foi adicionado o intermediário de fenol (2,00 g, 7,21 mmol) e carbonato de potássio (1,25 g, 9,04 mmol). A mistura foi aquecida durante a noite em refluxo, filtrada e concentrada.
O resíduo foi purificado por cromatografia instantânea em sílica usan- do um gradiente de hexano/acetato de etila para proporcionar 2-(2-(4- (3-metoxipropoxi)fenil)tiazol-4-il)-2-metilpropanoato de metila como uma goma ambarina fraca ( 2,47 g, 98%). A uma solução agitada des- te composto (2,45 g, 7,01 mmol) em 1:1:1 (v/v/v) tetra- hidrofurano/etanol/água (45 mL) foi adicionado mono-hidrato de hidró- xido de lítio (1,47 g, 35,0 mmol). Após agitação durante a noite, a rea- ção foi concentrada e particionada entre água e éter dietílico. A cama- da aquosa foi tratada com 1,0 N de ácido clorídrico (40 mL) e extraída com acetato de etila. Os extratos combinados foram secos (Na2SO4) e concentrados para proporcionar ácido 2-(2-(4-(3- metoxipropoxi)fenil)tiazol-4-il)-2-metilpropanóico como um sólido bran- co (2,19 g, 40 93%). Este composto e quinuclidin-3-ol foram reagidos de acordo com o Procedimento Geral F para proporcionar o composto título como um sólido ambarino suave e fraco. 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 7,82 (d, J = 8,9 Hz, 2H), 7,36 (br s, 1H), 7,24 (br s, 1H), 7,03 (d, J = 8,9 Hz, 2H) , 4,49-4,41 (m, 1H), 4,07 (t, J = 6,4 Hz, 2H), 3,48 (t, J = 6,4 Hz, 2H), 3,26 (s, 3H), 3,09-2,26 (m, 6H), 2,02-1,91 (m, 2H), 1,91-1,03 (m, 11H) ppm. 13 C RMN (100 MHz, DMSO-d6) δ 165,8, 162,4, 160,0, 154,6, 127,5, 126,1, 114,9, 112,1, 70,1, 68,4, 64,8, 57,9, 55,4, 53,5, 46,9, 45,9, 28,9, 28,3, 25,2, 24,2, 19,2 ppm. Pureza: 100%, 100% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,87 min; (M+H+)
460. (2-(2-(4-(2-metoxietóxi)fenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato de quinu- clidin-3-ila (Composto 20)
[00328] A uma solução agitada de éter 2-bromoetil metílico (1,88 g, 13,5 mmol) em acetona foi adicionado 2-(2-(4-hidroxifenil)tiazol-4-il)-2- metilpropanoato de metila (preparado como descrito no Exemplo 19, 2,00 g, 7,21 mmol) e carbonato de potássio (1,56 g, 11,3 mmol). Após aquecer em refluxo durante a noite, a mistura foi tratada com éter 2-
bromoetilmetílico adicional (1,88 g, 13,5 mmol) e carbonato de potás- sio (1,56 g, 11,3 mmol). A reação foi aquecida em refluxo durante uma segunda noite, filtrada e concentrada. O resíduo foi purificado por cro- matografia instantânea em sílica usando um gradiente de hexa- no/acetato de etila para proporcionar 2-(2-(4-(2-metoxietóxi)fenil)tiazol- 4-il)-2-metilpropanoato de metila como um sólido branco (2,71 g, 90%). A uma solução agitada deste composto (2,71 g, 8,08 mmol) em 1:1:1 (v/v/v) tetra-hidrofurano/etanol/água (50 mL) foi adicionado mono- hidrato de hidróxido de lítio (1,70 g, 40,5 mmol). Após agitação durante a noite, a reação foi concentrada e particionada entre água e éter dietí- lico. A camada aquosa foi tratada com 1,0 N de ácido clorídrico (41 mL) e extraída com acetato de etila. Os extratos combinados foram secos (Na2SO4) e concentrados para proporcionar ácido 2-(2-(4-(2- metoxietóxi)fenil)tiazol-4-il)-2-metilpropanóico como um sólido branco (2,57 g, 99%). Este composto e quinuclidin-3-ol foram reagidos de acordo com o Procedimento Geral F para proporcionar o composto título como um sólido ambarino pálido. 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 7,82 (d, J = 8,8 Hz, 2H), 7,36 (br s, 1H), 7,24 (br s, 1H), 7,04 (d, J = 8,8 Hz, 2H) , 4,49-4,41 (m, 1H), 4,19-4,12 (m, 2H), 3,71-3,65 (m, 2H), 3,32 (s, 3H), 3,11-2,87 (m, 1H), 2,86-2,19 (m, 5H), 1,92-1,16 (m, 11H) ppm. 13 C RMN (100 MHz, DMSO-d6) δ 165,7, 162,9, 159,9, 154,6, 127,5, 126,2, 114,9, 112,2, 70,3, 70,1, 67,1, 58,2, 55,4, 53,5, 46,9, 45,9, 28,3, 25,2, 24,3, 19,2 ppm. Pureza: 100%, 100% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,85 min; (M+H+) 446. 2-(5-(4-(2-metoxietóxi)fenil)piridin-2-il)propan-2-ilcarbamato de quinu- clidin-3-ila (Composto 21)
[00329] Usando o Procedimento Geral E e as entradas de reação 5- bromopicolinonitrila e 2-(4-(2-metoxietóxi)fenil)-4,4,5,5-tetrametil-1,3,2- dioxaborolano, 5-(4-(2-metoxietóxi)fenil)picolinonitrila. Tricloreto de cé- rio (8,05 g, 21,6 mmol) foi carregado em um frasco e seco por aqueci-
mento (170°C) sob vácuo durante 3 horas.
O sólido foi absorvido em tetra-hidrofurano (20 mL) e agitado vigorosamente durante 30 minutos.
A suspensão foi resfriada a -78°C e tratada, gota a gota, com uma so- lução de 3,0 M de metil-lítio em éter dietílico (7,2 mL, 21,6 mmol). Após a adição, a reação foi agitada a -78°C durante 1 hora antes de adicionar uma solução do borato de arila anterior (1,83 g, 7,20 mmol) em tetra-hidrofurano (20 mL). A mistura foi mantida a -78°C durante 2 horas e em seguida permitida aquecer em temperatura ambiente.
Nes- te momento, a reação foi extinta pela adição de hidróxido de amônio aquoso (10 mL) e filtrada através de um tampão de Celite.
O filtrado foi extraído com acetato de etila e os extratos combinados foram lavados com salmoura, secos (Na2SO4) e concentrados.
O resíduo foi purifica- do por cromatografia instantânea em sílica usando eluente de acetato de etila para proporcionar 2-(5-(4-(2-metoxietóxi)fenil)piridin-2- il)propan-2-amina como um sólido amarelo (0,800 g, 39 %). Em uma suspensão agitada deste intermediário (0,500 g, 1,75 mmol) em água (10 mL) e ácido clorídrico concentrado (0,44 mL) foi adicionado tolue- no (10 mL). A mistura foi resfriada (0°C) e tratada com, simultanea- mente durante 1 hora, soluções de trifosgênio (0,776 g, 2,62 mmol) em tolueno (10 mL) e bicarbonato de sódio (2,2 g, 26 mmol) em água (20 mL). Após as adições, a reação foi agitada durante um adicional de 30 minutos antes da camada superior de tolueno ser removida e seca (Na2SO4). Ao mesmo tempo, uma solução agitada de quinuclidin-3-ol (0,445 g, 3,64 mmol) em tetra-hidrofurano (10 mL) foi tratada com hi- dreto de sódio (dispersão de 60% em óleo mineral; 0,154 g, 3,85 mmol). Esta mistura foi agitada durante 5 minutos e depois adicionada à solução de isocianato bruto em tolueno.
A reação foi agitada durante 10 minutos, extinta com a adição de salmoura (5 mL) e extraída com acetato de etila.
Os extratos combinados foram secos (Na2SO4) e con- centrados.
O resíduo foi purificado por cromatografia instantânea em sílica de fase reversa para proporcionar o composto título como um sólido amarelo claro (0,100 g, 13%). 1H RMN (500 MHz, CDCl3) δ 8,70-8,70 (d, J = 2,0 Hz, 1H), 7,83-7,81 (m, 1H), 7,49-7,47 (d, J = 9,0 Hz, 2H), 7,45-7,43 ( d, J = 8,0 Hz, 1H), 7,03-7,01 (d, J = 8,5 Hz, 2H), 6,63 (br s, 1H), 4,68-4,66 (m, 1H), 4,16 (t, J = 5,0 Hz, 2H), 3,77 (t, J = 5,0 Hz, 2H), 3,45 (s, 3H), 3,19-2,70 (m, 6H), 2,15-1,89 (m, 2H), 1,76 (s, 6H), 1,73-1,36 (m, 3H) ppm. C RMN (125 MHz, CDCl3) δ 162,7, 13 158,9, 154,9, 145,9, 134,8, 134,3, 130,1, 128,1, 119,2, 115,2, 71,0, 70,8, 67,4, 59,2, 55,9, 55,7, 47,4, 46,5, 46,4, 27,9, 25,4 , 24,6, 19,5 ppm. Pureza:> 99% (214 e 254 nm) LCMS; tempo de retenção: 1,32 min; (M+H+) 440,2. (2-(4’-(3-cianopropoxi)-[1,1'-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de qui- nuclidin-3-ila (Composto 22)
[00330] A uma solução agitada de 4-bromofenol (17,1 g, 98,8 mmol) em acetonitrila (150 mL) foi adicionado 1-bromobutilnitrila (12,3 mL, 124 mmol) e carbonato de potássio (15,0 g, 109 mmol). A mistura foi aquecida em refluxo durante a noite, resfriada e concentrada. O resí- duo foi absorvido em água e extraído com acetato de etila. Os extratos combinados foram secos (Na2SO4) e concentrados e o material bruto foi purificado por cromatografia instantânea em sílica usando um elu- ente de hexano/acetato de etila para proporcionar 4-(4-bromofenoxi) butanonitrila como um sólido branco (20,8 g, 88%). A uma solução agi- tada deste produto em N,N-dimetilformamida (100 mL), foi adicionado bis(pinacolato) diboro (4,60 g, 18,1 mmol), acetato de potássio (7,41 g, 75,5 mmol) e complexo de [1,1’-bis(difenilfosfino)ferroceno]- dicloropaládio (II) com diclorometano (0,616 g, 1,04 mmol). A mistura foi aquecida em refluxo durante a noite e depois concentrada. O resí- duo foi absorvido em acetato de etila e lavado com água e salmoura. A camada orgânica foi seca (Na2SO4) e concentrada e o produto bruto foi purificado por cromatografia instantânea em sílica usando um elu-
ente de hexano/acetato de etila para fornecer 4-(4-(4,4,5,5-tetrametil- 1,3,2-dioxaborolan-2-il)fenóxi)butanonitrila como um sólido branco (3,43 g, 79%). Este produto e (2-(4-bromofenil)propan-2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila (preparado pela reação de quinuclidin-3-ol e 2-(4- bromofenil)propan-2-amina usando o Procedimento Geral F) reagiram de acordo com o Procedimento Geral E para proporcionar o composto título como um sólido branco. 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 7,67- 7,26 (m, 7H), 7,02 (d, J = 8,8 Hz, 2H), 4,50-4,33 (m, 1H), 4,08 (t, J = 6,0 Hz, 2H), 3,14-2,18 (m, 8H), 2,04 (quin, J = 6,7 Hz, 2H), 1,94-1,70 (m, 11H) ppm. 13 C RMN (100 MHz, DMSO-d6) δ 157,7, 154,5, 146,8, 137,4, 132,7, 127,6, 125,7, 125,2, 120,2, 114,9, 70,0, 65,8, 55,4, 54,2, 46,9, 45,9, 29,4, 25,3, 24,7, 24,2, 19,2, 13,4 ppm. Pureza: 100%, 98,9% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,88 min; (M+H+) 448,6. (2-(4’-(cianometóxi)-[1,1'-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de quinucli- din-3-ila (Composto 23)
[00331] Usando o Procedimento Geral E e as entradas de reação (2-(4-bromofenil)propan-2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila (preparado pela reação de quinuclidin-3-ol e 2-(4-bromofenil)propan-2-amina utili- zando o Procedimento Geral F) e ácido 4-(cianometóxi)fenilborônico, o composto título foi preparado como um sólido ambarino claro. 1H RMN (400 MHz, DMSO-d6) δ 7,65 (d, J = 8,2 Hz, 2H), 7,60-7,31 (m, 5H), 7,15 (d, J = 8,9 Hz, 2H), 5,21 (s, 2H) , 4,53-4,30 (m, 1H), 3,18-2,19 (m, 6H), 2,05-1,18 (m, 11H) ppm. 13 C RMN (100 MHz, DMSO-d6) δ 155,8, 154,6, 147,2, 137,2, 134,4, 127,8, 126,0, 125,3, 116,7, 115,3, 70,0, 55,4, 54,2, 53,5, 46,9, 45,9, 29,4, 25,2, 24,2, 19,2 ppm. Pureza: 100%, 100% (210 e 254 nm) UPLCMS; tempo de retenção: 0,85 min; (M+H+) 420,3. Exemplo 2: Preparação de base livre de (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4- il)propan-2-il)carbamato de (S)-Quinuclidin-3-ila
Etapa 1: Dimetilação com iodeto de metila
[00332] Um frasco de 3N RB foi equipado com um termômetro, um funil de adição e uma entrada de nitrogênio. O frasco foi estimulado com nitrogênio e terc-butóxido de potássio (MW 112,21, 75,4 mmol, 8,46 g, 4,0 equivalente, pó branco) foi pesado e adicionado ao frasco por meio de um funil de pó seguido pela adição de THF (60 mL). A maior parte do terc-butóxido de potássio se dissolveu para proporcio- nar uma solução turva. Esta mistura foi resfriada em um banho de água gelada a 0-2°C (temperatura interna). Em um frasco separado, o éster de partida (MW 265,3, 18,85 mmol, 5,0 g, 1,0 equivalente) foi dissolvido em THF (18 mL + 2 mL como enxágue) e transferido para o funil de adição. Esta solução foi adicionada gota a gota à mistura res- friada durante um período de 25-30 min, mantendo a temperatura in- terna abaixo de 5°C durante a adição. A mistura reacional foi nova- mente resfriada a 0-2°C. Em um frasco separado, uma solução de io- deto de metila (MW 141,94, 47,13 mmol, 6,7 g, 2,5 equivalente) em THF (6 mL) foi preparada e transferida para o funil de adição. O frasco contendo a solução de iodeto de metila foi em seguida enxaguado com THF (1,5 mL) que foi em seguida transferido para o funil de adição já contendo a solução incolor clara de iodeto de metila em THF. Esta so- lução foi adicionada cuidadosamente gota a gota à mistura reacional castanha escura durante um período de 30-40 min, mantendo a tem- peratura interna abaixo de 10°C em todos os momentos durante a adi- ção. Após a adição estar completa, a mistura ligeiramente turva foi agi- tada durante um adicional de 1 hora, tempo durante o qual a tempera- tura interna caiu para 0-5°C. Após agitação durante uma hora a 0-5°C,
a mistura reacional foi extinta com a adição lenta gota a gota de HCl aquoso 5,0 M (8 mL) durante um período de 5-7 min. A temperatura interna foi mantida abaixo de 20°C durante esta adição. Após a adição, foi adicionada água (14 mL) e a mistura foi agitada durante 2-3 min. A agitação foi interrompida e as duas camadas foram separadas. As du- as camadas foram em seguida transferidas para um frasco 1N RB de 250 mL e o THF foi evaporado in vácuo tanto quanto possível para ob- ter uma camada bifásica de THF/produto e água. As duas camadas foram permitidas separar. Uma solução de THF do produto da Etapa 1 foi usada na próxima reação. Etapa 2: Hidrólise do éster etílico com mono-hidrato de LiOH
[00333] O éster bruto em THF foi adicionado ao frasco de reação. Separadamente, LiOH.H2O (MW 41,96, 75,0 mmol, 3,15 gramas, 2,2 equivalentes) foi pesado em um béquer de 100 mL ao qual foi adicio- nada uma barra de agitação. Água (40 mL) foi adicionada e a mistura foi agitada até que todo o sólido se dissolvesse para produzir uma so- lução incolor clara. Esta solução aquosa foi em seguida adicionada ao frasco RB de 250 mL contendo a solução do éster em tetra-hidrofurano (THF). Um condensador foi ligado ao gargalo do frasco e uma entrada de nitrogênio foi conectada ao topo do condensador. A mistura foi aquecida em refluxo durante 16 horas. Após 16 horas, o aquecimento foi interrompido e a mistura foi resfriada em temperatura ambiente. O THF foi evaporado em vácuo para proporcionar uma solução casta- nha. Uma alíquota da solução aquosa marrom foi analisada por HPLC e LC/MS para hidrólise completa do éster etílico. Água (15 mL) foi adi-
cionada e esta solução aquosa básica foi extraída com TBME (2 x 40 mL) para remover o éster t-butílico. A camada básica aquosa foi resfri- ada em um banho de água gelada a 0-10°C e acidificada com adição gota a gota de HCl concentrado em pH ~ 1 com agitação. A este sólido gomoso na solução aquosa ácida foi adicionado TBME (60 mL) e a mistura foi agitada e depois agitada vigorosamente para dissolver todo o ácido na camada de TBME. As duas camadas foram transferidas para um funil de separação e a camada de TBME foi separada. A so- lução aquosa ácida amarela pálida foi reextraída com TBME (40 mL) e a camada de TBME foi separada e combinada com a camada de TBME anterior. A camada aquosa ácida foi descartada. As camadas de TBME combinadas são secas em Na2SO4 anidroso, filtradas e eva- poradas em vácuo para remover TBME e obter o ácido cru como um óleo laranja/amarelo escuro que solidificou sob alto vácuo para um só- lido de cor amarela suja. O ácido cru foi pesado e cristalizado aqueci- mento-se em heptano/TBME (3:1, 5 mL/g de produto bruto) para pro- porcionar o ácido como um sólido amarelo. Etapa 3: Formação de ácido hidroxâmico com NH2OH.HCl
[00334] O ácido carboxílico (MW 265,3, 18,85 mmol, 5,0 g, 1,0 equivalente) foi pesado e transferido para um frasco de 1N RB de 25 mL sob nitrogênio. THF (5,0 mL) foi adicionado e o ácido foi facilmente dissolvido para proporcionar uma solução clara de amarelo escuro a castanho. A solução foi resfriada a 0-2°C (temperatura do banho) em um banho de gelo e N,N'-carbonildi-imidazol (CDI; MW 162,15, 20,74 mmol, 3,36 g, 1,1 equivalente) foi adicionado lentamente em pequenas porções durante um período de 10-15 minutos. O banho de gelo foi removido e a solução foi agitada em temperatura ambiente durante 1 hora.
Após 1 hora de agitação, a solução foi novamente resfriada em um banho de água gelada a 0-2°C (temperatura do banho). Cloridrato de hidroxilamina (NH2OH.HCl; MW 69,49, 37,7 mmol, 2,62 g, 2,0 equi- valente) foi adicionado lentamente em pequenas porções como um sólido durante um período de 3-5 minutos visto que esta adição era exotérmica.
Após a adição estar completa, água (1,0 mL) foi adiciona- da à mistura heterogênea gota a gota durante de um período de 2 mi- nutos e a mistura reacional foi agitada a 0-10°C no banho de água ge- lada durante 5 minutos.
O banho de resfriamento foi removido e a mis- tura reacional foi agitada sob nitrogênio em temperatura ambiente du- rante a noite durante 20-22 horas.
A solução tornou-se clara à medida que todo o NH2OH.HCl se dissolveu.
Após 20-22 horas, uma alíquota da mistura reacional foi analisada por Cromatografia Líquida de Alta Pressão (HPLC). O THF foi em seguida evaporado em vácuo e o resí- duo foi absorvido em diclorometano (120 mL) e água (60 mL). A mistu- ra foi transferida para um funil de separação onde foi agitada e as du- as camadas foram separadas.
A camada de água foi descartada e a camada de diclorometano foi lavada com 1 N de cloridrato (HCl; 60 mL). A camada de ácido foi descartada.
A camada de diclorometano foi seca em Na2SO4 anidroso, filtrada e o solvente evaporado em vá- cuo para proporcionar o ácido hidroxâmico bruto como um sólido ama- relo pálido que foi seco sob alto vácuo durante a noite.
Continuação da etapa 3: Conversão de ácido hidroxâmico em in- termediário cíclico (não isolado)
[00335] O ácido hidroxâmico bruto (MW 280,32, 5,1 g) foi transferi- do para um frasco 1N RB de 250 mL com uma entrada de nitrogênio. Uma barra de agitação foi adicionada seguida pela adição de acetoni- trila (50 mL). O sólido era insolúvel em acetonitrila. A mistura hetero- gênea amarela foi agitada durante 2-3 minutos sob nitrogênio e CDI (MW 162,15, 20,74 mmol, 3,36 g, 1,1 equivalente) foi adicionado em uma única porção em temperatura ambiente. Nenhuma exotermia foi observada. O sólido dissolveu-se imediatamente e a solução amarela clara foi agitada em temperatura ambiente durante 2-2,5 horas. Após 2-2,5 horas, uma alíquota foi analisada por HPLC e LC/MS que mos- trou a conversão do ácido hidroxâmico no intermediário cíclico deseja- do.
[00336] O acetonitrilo foi em seguida evaporado em vácuo para proporcionar o intermediário cíclico bruto como um óleo espesso avermelhado. O óleo foi absorvido em tolueno (60 mL) e a mistura avermelhada foi aquecida em refluxo por 2 horas, tempo durante o qual o intermediário cíclico liberou CO2 e redisposto ao isocianato (ve- ja abaixo).
Continuação da etapa 3: Conversão do isocianato em base livre
[00337] A mistura reacional foi resfriada a 50-60°C e (S)-(+)- quinuclidinol (MW 127,18, 28,28 mmol, 3,6 g, 1,5 equivalente) foi adi- cionado à mistura como um sólido em uma única porção. A mistura foi reaquecida em refluxo durante 18 horas. Após 18 horas, uma alíquota foi analisada por HPLC e LC/MS que mostrou conversão completa do isocianato no produto desejado. A mistura reacional foi transferida pa- ra um funil de separação e tolueno (25 mL) foi adicionado. A mistura foi lavada com água (2 x 40 mL) e as camadas de água foram separa- das. As camadas de água combinadas foram reextraídas com tolueno (30 mL) e a camada de água foi descartada. As camadas de tolueno combinadas foram extraídas com 1N de HCl (2 x 60 mL) e a camada de tolueno (contendo a impureza de O-acila) foi descartada. As cama- das de HCl combinadas foram transferidas para um frasco Erlenmeyer de 500 mL equipado com uma barra de agitação. Esta solução ama- relo clara/laranja avermelhada de agitação foi basificada em pH 10-12 pela adição gota a gota de 50% p/p de NaOH aquoso. A base livre de- sejada precipitou da solução como um sólido gomoso amarelo sujo que poderia capturar a barra de agitação. A esta mistura foi adicionado acetato de isopropila (100 mL) e a mistura foi agitada vigorosamente durante 5 minutos quando o sólido gomoso se transformou em acetato de isopropila. A agitação foi interrompida e as duas camadas foram separadas. A camada de acetato de isopropila amarela foi separada e a camada aquosa básica foi reextraída com acetato de isopropila (30 mL). A camada aquosa básica foi descartada e as camadas de acetato de isopropila combinadas foram secas em Na2SO4 anidroso, filtradas em frasco de RB pré-pesado e o solvente evaporado em vácuo para obter a base livre bruta como bege até sólido castanha que foi seco sob alto vácuo durante a noite. Continuação da etapa 3: Recristalização da base livre bruta
[00338] A base livre bruta de cor bege a castanha foi pesada e re-
cristalizada a partir de heptano/acetato de isopropila (3:1, 9,0 mL de solvente/g de base livre bruta). A quantidade apropriada de hepta- no/acetato de isopropila foi adicionada à base livre bruta juntamente com uma barra de agitação e a mistura foi aquecida em refluxo duran- te 10 minutos (a base livre foi inicialmente parcialmente solúvel, porém dissolvida para produzir uma solução laranja avermelhada clara quan- do aquecida em refluxo). A fonte de calor foi removida e a mistura foi deixada resfriar em temperatura ambiente com agitação quando se formou um precipitado branco. Após agitação em temperatura ambien- te durante 3-4 horas, o precipitado foi filtrado sob mangueira de vácuo usando um funil Buchner, lavado com heptano (20 mL) e seco sob mangueira de vácuo no funil de Buchner durante a noite. O precipitado foi transferido para um prato de cristalização e seco a 55°C durante a noite em um forno a vácuo. 1H RMN (400 MHz, CDCl3) δ 8,04 - 7,83 (m, 2H), 7,20 - 6,99 (m, 3H), 5,53 (s, 1H), 4,73 - 4,55 (m, 1H), 3,18 (dd, 13 J = 14,5 , 8,4 Hz, 1H), 3,05 - 2,19 (m, 5H), 2,0-1,76 (m, 11H) ppm. C RMN (100 MHz, CDCl3) δ 166,38, 165,02, 162,54, 162,8-155,0 (d, CF), 130,06, 128,43, 128,34, 116,01, 115,79, 112,46, 71,18, 55,70, 54,13, 47,42, 46,52, 27,94, 25,41, 24,67, 19,58 ppm. Exemplo 3: Preparação de formas cristalinas de sais de (2-(2-(4- fluorofenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato de (S)-quinuclidin-3-ila
[00339] Os sais cristalinos de (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan- 2-il)carbamato de (S)-quinuclidin-3-ila podem ser formados a partir da base livre preparada como descrito no Exemplo 23.
[00340] Por exemplo, a base livre de (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4- il)propan-2-il)carbamato de (S)-quinuclidin-3-ila (cerca de 50 mmol) é IPA dissolvido (140 ml) em temperatura ambiente e filtrada. O filtrado é adicionado em um frasco 1 L r.b. equipado com um agitador suspenso e entrada/saída de nitrogênio. O ácido L-málico (cerca de 50 mmol) é dissolvido em IPA (100 + 30 ml) em temperatura ambiente e filtrado. O filtrado é adicionado ao frasco de 1 litro acima. A solução resultante é agitada em temperatura ambiente (com ou sem sedimentação) sob nitrogênio durante 4 a 24 horas. Durante este período de tempo, os cristais se formam. O produto é coletado por filtração e lavado com uma pequena quantidade de IPA (30 ml). O sólido cristalino é seco em um forno a vácuo a 55˚C durante 72 horas para produzir o sal de mala- to desejado.
[00341] Formas cristalinas de outros sais, por exemplo sais de adi- ção de ácido com ácido sucínico ou HCl, podem ser preparadas de maneira análoga. Exemplo 4: Inibição de GCS in vitro (Composto 2 e análogos)
[00342] A inibição da atividade da glicosilceramida sintase pode ser medida com um ou mais ensaios. Um primeiro ensaio é um ensaio mi- crossômico que diretamente mede a conversão de ceramida em glico- silceramida por HPLC. Os microssomos são uma fonte de atividade de glicosilceramida sintase no ensaio microssômico. Um segundo ensaio é um ensaio fenotípico com base em em células que monitora a ex- pressão da superfície celular do lipídeo GM3 a jusante por imunofluo- rescência mediada por anticorpos. Protocolos específicos são forneci- dos abaixo. Ensaio microssômico de atividade de glicosilceramida sintase:
[00343] Ensaio enzimático que usa microssomos como fonte de ati- vidade da glicosilceramida sintase. O substrato de ceramida fluores- cente é liberado à enzima ligada à membrana como um complexo com a albumina. Após a reação, a ceramida e a glicosilceramida são sepa- radas e quantificadas por HPLC de fase reversa com detecção por flu- orescência. A atividade enzimática é avaliada usando um substrato rotulado por fluorescência e microssomos como fonte de glicosilcera- mida sintase. C6-NBD-Ceramida é complexada com albumina para li- berar a microssomos que são isolados de acordo com o procedimento descrito abaixo. A concentração final de C6-NBD-Ceramida em solu- ção de matéria prima é de 0,5 mM; a concentração final de BSA é 0,5 mM. A separação e quantificação do substrato e do produto (glicosilce- ramida) são realizadas por HPLC de fase reversa com detecção de fluorescência. Preparação de Microssomos a partir de células de melanoma humano A375;
[00344] Microssomos são isolados a partir de células de melanoma humano A375. Oito a dez milhões de células são colhidas por tripsini- zação e lavadas com PBS frio. As células são ressuspensas em tam- pão de lise frio contendo inibidores de protease. O lisado celular é so- nicado em gelo usando um sonicador de sonda. Após sonicação, o lisado celular é separado dos detritos por centrifugação a 10.000g du- rante 10 minutos a 4°C. O sobrenadante é removido e limpo por centri- fugação adicional a 100.000 g durante 1 hora a 4°C. A pelota é em se- guida ressuspensa no tampão de lise, dividido em alíquotas e armaze- nado a -80°C antes do uso. Ensaio de Glicosilceramida Sintase
[00345] Para determinar a inibição da glicosilceramida sintase, substratos a 2x de seus Km (ceramida fluorescente e UDP-glicose, 3 μΜ e 4 μΜ respectivamente) e microssomos (diluição 1:50) são com- binados 1:1 e incubados em temperatura ambiente por 1 hora no escu- ro em um agitador de placa. A reação é interrompida pela adição de 150 μL de 100 μΜ C8-ceramida em 50% de isopropanol aquoso; 10 μL da mistura final são analisados em HPLC (com detector de fluorescên- cia). A fase móvel é 1% de ácido fórmico adicionado a 81% de meta- nol/19% de água com taxa de fluxo de 0,5 mL/min. A fluorescência é detectada com λex = 470 nm e λem = 530 nm. Nestas condições, NBD- C6-GluCer teve um tempo de retenção de cerca de 1,7 minutos e NBD- C6-Cer elui da coluna após cerca de 2,1 minutos. Ambos os picos são separados um do outro e da linha de base e foram integrados automa- ticamente pelo software HPLC. A conversão percentual do substrato em produto é usada como leitura para o teste do inibidor. Ensaio imunossorvente ligado a GM3 fluorescente (FLISA):
[00346] Este é um ensaio fenotípico que mede a expressão de GM3 em células de melanoma de camundongo B16 ou de melanoma hu- mano C32 após tratamento com compostos teste. A expressão de GM3 na superfície celular é determinada por fluorescência mediada por anticorpos.
[00347] Os compostos são diluídos no meio e colocados em placas de 384 cavidades em DMSO. As células B16 e C32 são avaliadas em densidades de 20.000 células/ml e 62.500 células/ml, respectivamen- te, por cavidade. Cada curva de titulação contém 10 pontos que são analisados em duplicata em cada ciclo de teste. As placas são incuba- das durante 48 horas a 37°C, 5% de CO2 e são em seguida lavadas uma vez com TBS. Anticorpo anti-GM3 é adicionado a cada cavidade e as placas são em seguida incubadas por mais uma hora em tempe- ratura ambiente. As placas são subsequentemente lavadas duas ve- zes e incubadas por mais uma hora com o anticorpo secundário rotu- lado. Após a incubação final, as placas são lavadas duas vezes e a fluorescência em λex = D640/20 nm e λem = 657 nm é detectada em um leitor fluorescente. Resultados do ensaio
[00348] Os resultados de ensaios individuais de certos compostos exemplificados nestes ensaios são apresentados na Tabela abaixo. Os resultados dos ensaios microssomais são expressos como "GCS IC 50", que representa a concentração do composto que causa 50% de inibi- ção da atividade da glicosilceramida sintase. Os resultados dos ensai- os com base em células são expressos como "GM3 B16 IC50" ou "GM3 C32 IC50" para o ensaio B16 e o ensaio C32, respectivamente. Estes valores representam a concentração do composto que causa 50% de inibição da expressão de GM3 na superfície celular. Composto GCS IC50 GM3 B16 GM3 C32 No. (mM) IC50 (mM) IC50 (mM) 1 0,0019 0,0156 0,0021 2 0,0601 0,1068 0,0096 3 0,00414 0,0437 0,00131 4 0,0015 0,0116 0,0008 5 0,0012 0,0193 0,0003 6 0,0028 0,0181 0,0006 7 0,0014 0,0081 0,0004 8 0,0010 0,0075 0,0004 9 0,0014 0,0168 0,0004 10 0,0064 0,0213 0,0022 11 0,0149 0,0819 0,0018 12 0,0203 0,0878 0,0037 13 0,0035 0,0386 0,0007 14 0,0104 0,1096 0,0053 15 0,0267 0,0295 0,0049 16 0,0024 0,0666 0,0016 17 0,4544 0,8786 0,0216 18 0,1480 0,6555 0,0223 19 0,1701 0,1972 0,0426 20 0,3601 0,1065 0,0198 21 0,0506 0,2658 0,0111 22 0,0096 0,0865 0,0032 23 0,0026 0,0477 0,0008
[00349] Estes resultados comparativos demonstram que os com- postos de acordo com a presente descrição têm atividade in vitro com- parável como inibidores de GCS e, e como um resultado, são espera- dos demonstrar benefícios in vivo similares. Exemplo 5: Estudo clínico do Composto 2 em pacientes GD-3
[00350] Um estudo multinacional de 156 semanas, multipartes, de rótulo aberto, de segurança, tolerabilidade, farmacocinética, farmaco-
dinâmica e eficácia exploratória do Composto 2 em combinação com imiglucerase em pacientes adultos com doença de Gaucher tipo 3 es- tabilizada com imiglucerase.
[00351] Pacientes com 18 anos de idade ou mais com diagnóstico clínico de GD3 e deficiência documentada de atividade de beta- glicosidase ácida que receberam tratamento com ERT durante pelo menos 3 anos e com imiglucerase (Cerezyme) em uma dose mensal estável durante pelo menos 6 meses antes do registro foram incluídos no estudo. Os pacientes devem ter atingido as seguintes metas tera- pêuticas de DG: nível de hemoglobina de ≥11,0 g/dL para mulheres e ≥12,0 g/dL para homens; contagem de plaquetas ≥100,000/mm3; vo- lume do baço <10 múltiplos do normal (MN) ou esplenectomia total (desde que a esplenectomia tenha ocorrido > 3 anos antes da aleatori- zação); volume do fígado <1,5 MN; e sem crise óssea e livre de doen- ça óssea sintomática, tal como dor óssea atribuível a osteonecrose e/ou fraturas patológicas no último ano. Os pacientes devem ter GD3 apresentando apraxia oculomotora (paralisia supranuclear do olhar) caracterizada por uma anormalidade sacádica horizontal. (A) Análise Provisória de 26 semanas
[00352] Uma análise provisória foi realizada quando 5 pacientes completaram 26 semanas de tratamento simultâneo com (1) imigluce- rase (Cerezyme from Sanofi Genzyme) sob o regime estabelecido de cada paciente e (2) Composto 2 administrado oralmente a 15 mg/dia em uma dose única. Durante o estudo, os pacientes foram avaliados quanto à segurança e tolerabilidade, biomarcadores de CSF e plasma (glicosilceramida, GL-1; glicosilsfingosina, liso-GL1), farmacocinéticos, marcadores de doença sistêmica (baço e volume do fígado medidos por ressonância magnética (MRI), contagem de plaquetas, níveis de hemoglobina), indícios de doença pulmonar intersticial (tomografia computadorizada pulmonar de alta resolução (CT)) e movimento ocu-
lar sacádico horizontal.
[00353] No início do estudo, quatro pacientes tiveram envolvimento neurológico leve e um teve envolvimento neurológico moderado, como medido usando a Modified Severity Scoring Tool (mSST; Davies, e ou- tro, 2011). Todos os pacientes apresentaram evidências de doença pulmonar intersticial com base na CT do tórax. Um paciente apresen- tou anemia, evidenciada por um nível de hemoglobina plasmática de 10,6 g/dL.
[00354] Todos os pacientes não relataram eventos adversos graves ou duradouros decorrentes do tratamento. Os eventos relatados com mais frequência foram dor de cabeça e dor nas costas, e esses foram considerados apenas leves a moderados e transitórios em duração (provavelmente relacionados à punção lombar realizada para teste de CSF).
[00355] Foi constatado que o Composto 2 atravessa efetivamente a barreira hematoencefálica em todos os pacientes, como demonstrado na Tabela abaixo: Composto 2 em plasma Dia 1 (N=5) AUC0–24, ng∙h/mL (médio ± SD) 715 ± 225 Cmax, ng/mL (médio ± SD) 48,2 ± 19,2 tmax, h (mediano) 2,00 Semana 4 Semana 26 Composto 2 em CSF (N=5) (N=4) Concentração 4 horas pós dose, ng/mL 4,17 ± 0,83 4,71 ± 2,50 (médio ± SD)
[00356] A maior variabilidade da concentração de CSF do Compos- to 2 observada nas 26 semanas é atribuída a uma redução na exposi- ção de um dos pacientes (Paciente 5) nas semanas 12 a 26 por ra- zões desconhecidas. O paciente 1 foi excluído da determinação de CSF da Semana 26 devido a um erro na coleta da amostra.
[00357] Foi constatado que houve melhorias significativas nos bio- marcadores de plasma e CSF para GD-3 em 26 semanas. No início do estudo, a concentração média (± SD) de GL-1 em CSF foi de 7,1 ± 2,8 ng/mL (faixa 4,4-11,1 ng/mL), enquanto a concentração média (± SD) de liso-GL-1 em CSF foi de 39,3 ± 22,9 pg/mL (faixa de 20,1–67,6 pg/mL). Para comparação, a concentração saudável de GL-1 em CSF é de 4,5–5,9 ng/mL e o nível saudável de liso-GL-1 em CSF é inferior a 5,0 pg/mL. Em 4 semanas e em 26 semanas, as reduções individu- ais nos biomarcadores de LCR foram as seguintes (mostradas como redução percentual da concentração de CSF do início do estudo): Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente Média 1 2 3 4 5 (n=4)* GL-1 em 4 -86% -55% -53% -62% -36% -64% semanas GL-1 em 26 -86% -78% -58% -78% +4% -75% semanas Lyso-GL1 em -38% -16% -34% -39% -11% -32% 4 semanas Lyso-GL1 em -52% -42% -41% -57% +94% -48% 26 semanas *Exclui Paciente 5, que mostrou exposição reduzida em análise PK dos resultados das semanas 12-26
[00358] A gravidade da doença pulmonar intersticial foi caracteriza- da pela porcentagem do volume pulmonar afetado por ILD, medida por TC de alta resolução em quatro regiões pulmonares (arco aórtico, ca- rina, zona inferior L3, zona inferior L4). Os pacientes foram classifica- dos como tendo ILD grave (51-100% do volume pulmonar afetado), ILD moderado (26-50% do volume pulmonar afetado), ILD leve (1-25% do volume pulmonar afetado) ou normal (0% do volume pulmonar mostrando ILD). Todos os pacientes apresentaram ILD no início do estudo, e 4 de 5 pacientes apresentaram regressão de ILD após 26 semanas de tratamento (paciente 5 apresentou progressão leve de ILD): Arco Aórtico Carina Zona L3 Zona L4 Esquerdo Direito Es- Direito Es- Direito Es- Direito querdo querdo querdo Pa- Inicial Mo- Mod- Mo- Mo- Modelo Modelo Mo- Mo- ciente derado erado derado derado derado derado 1 Se- Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo mana 26 Pa- Inicial Mo- Mod- Mo- Mo- Mo- Modelo Mod Mod ciente derado erado derado derado derado 2 Se- Modelo Modelo Modelo Mo- Modelo Modelo Modelo Modelo mana derado 26 Pa- Inicial Mo- Mod- Mod Mo- Severo Mod Severo Severo ciente derado erado derado 3 Se- Modelo Modelo Modelo Modelo Mo- Mo- Mod Mod mana derado derado 26 Pa- Inicial Modelo Mod- Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo ciente erado 4 Se- Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo Modelo mana 26 Pa- Inicial Mo- Mod- Mo- Mo- Mo- Mo- Mo- Mo- ciente derado erado derado derado derado derado derado derado 5 Se- Mo- Mod- Mo- Mod Mo- Mo- Mod Mod mana derado erado derado derado derado 26
[00359] Todos os pacientes apresentaram ausência de deterioração sistêmica. Dois pacientes apresentaram reduções no volume esplênico de 10% ou mais. Não houve alterações clinicamente significativas nos níveis de hemoglobina. Em média, as contagens de plaquetas aumen- taram 17% desde o início até a semana 26, e os três pacientes com contagens de plaquetas mais baixas apresentaram aumento individual em 26 semanas de 23-42%. Os dados individuais do paciente para a contagem de plaquetas são mostrados na tabela abaixo (mostrado como 109 plaquetas/L): Paciente Paciente Paciente Paciente Paciente 1 2 3 4 5 Avaliação 192 207 259* 313 149 Dia 1 186* 192* n/a 307* 127* Semana 4 203 243 247 239 154 Semana 12 214 294 264 314 180 Semana 26 264 236 248 267 173 % de Mudança + 42% + 23% -4,3% -13% +36% do início do estudo para 26 semanas *indica figura usada no início do estudo
[00360] A quantificação dos movimentos oculares sacádicos hori- zontais e verticais (HSEM e VSEM, respectivamente) foi realizada em todos os 5 pacientes. Nos cinco pacientes, a velocidade de pico média (PV) das sacadas horizontais para a direita de 15° foi de 50,8°/s (+/- 8,1 °/s) no início do estudo e 47,5 °/min (+/- 12,6°/s) na semana 26 ; e a PV média das sacadas horizontais para a esquerda de 15° foi de 44,7°/s (+/- 17,9°/s) no início do estudo e 32,3°/s (+/- 15,9°/s) na Se- mana 26. Uma velocidade mais lenta implica um grau mais significante de comprometimento neurológico. A PV média das sacadas horizon- tais para a direita de 30° foi de 77,7°/s (+/- 16,4 °/s) no início do estudo e 68,1 °/min (+/- 24,7°/s) na semana 26; e a PV média das sacadas horizontais para a esquerda de 30° foi de 58,7 °/s (+/- 21,5°/s) no início do estudo e 49,9°/s (+/- 8,5°/s) na Semana 26. A faixa normal para sa- cadas horizontais de 15O e 30O foram relatadas anteriormente como > 200°/s e > 400°/s (Bremova-Ertl e outro, 2018). Em suma, nenhuma mudança clinicamente significativa em HSEM foram observadas du- rante o período de tratamento de 26 semanas. Tal como com medi- ções de HSEM, VSEM permaneceram estáveis entre a consulta inicial e a semana 26.
[00361] Quatro biomarcadores exploratórios foram quantificados no plasma, soro e/ou CSF de pacientes com GD3 na semana 4 e 26: qui- totriosidase (CHITO; uma enzima conhecida por estar elevada em pa- cientes com GD) foi medida em CSF e soro; GM3 (um marcador de glicoesfingolipídeo conhecido por estar elevado em pacientes com GD) foi medido em CSF e plasma; e a proteína B de melanoma não metas- tático de glicoproteína (GPNMB; supostamente um biomarcador de GD3 neuropático) foi medida em CSF. Os resultados são mostrados na tabela abaixo como mudança percentual do início do estudo na semana 4 e na semana 26 para cada parâmetro: Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 4 Paciente 5
CHITO CSF– Semana 4 -5% +11% +9% -6% -6% CSF– Semana -10% -11% +20% -1% +68% 26 Serum – Semana -11% +8% -7% -12% -1% 4 Serum – Semana -43% -55% -1% +98% -11% 26 GM3 CSF – Semana 4 -51% 0% -59% -59% 0% CSF – Semana -51% 0% -59% -59% 0% 26 Plasma – Sema- -70% -63% -65% -62% -47% na 4 Plasma – Sema- -86% -69% -74% -72% +10% na 26
GPNMB CSF – Semana 4 -63% +30% +9% -6% -2% CSF – Semana -14% 0% +45% +10% -8% 26 (B) Análise Provisória de 52 semanas
[00362] Uma segunda análise provisória foi realizada quando os primeiros 6 pacientes atingiram 52 semanas de tratamento, como des- crito acima na seção (A). Esta análise incluiu os Pacientes 1-5 como descrito na seção (A), bem como o novo Paciente 6. Todos os seis pa-
cientes tinham fenótipo de Gaucher homozigoto L444P (1448T/C).
[00363] Em 52 semanas, todos os pacientes permaneceram inscri- tos no estudo. Houve um total de 30 eventos adversos emergentes do tratamento relatados entre os seis pacientes, todos os quais foram de gravidade leve ou moderada, e nenhum dos quais foi considerado re- lacionado ao tratamento com Composto 2 ou imiglucerase. Os eventos foram principalmente dor de cabeça e dores nas costas, provavelmen- te relacionadas com punção lombar.
[00364] A análise das concentrações plasmáticas e CSF do Com- posto 2 mostra valores amplamente comparáveis aos valores obtidos na Semana 26. No entanto, o paciente 5 tem concentrações cerca de 50% mais baixas do Composto 2 no plasma e CSF na Semana 26, e concentrações indetectáveis na Semana 52. Acredita-se que isso se deva a erros de conformidade ou dosagem e, portanto, a análise é re- petida sem os dados da Semana 26 e 52 do Paciente 5 incluídos. Os dados sustentam a conclusão de que uma concentração de estado estacionário do Composto 2 é atingida no plasma e em CSF na ou an- tes da Semana 4: Composto 2 em plasma Dia 1 (N=6) AUC0–24, ng∙h/mL (médio ± SD) 729 ± 205 Cmax, ng/mL (médio ± SD) 49,1 ± 17,3 tmax, h (mediano) 2,00 Composto 2 em Plasma Dia 1 (N=6) Semana 4 Semana Semana (N=6) 26 (N=6) 52 (N=6) Concentração 2-4 horas pós 92,3 ± 102,0 ± 39,7 ± 12,6 69,8 ± 58,3 dose, ng/mL (médio ± SD) 36,4 49,5 Excluindo Paciente 5 112 84 Composto 2 em CSF Dia 1 (N=6) Semana 4 Semana Semana (N=6) 26 (N=6) 52 (N=6) Concentração 2-4 horas pós 4,56 ± 5,26 ± < LLOQ 4,43 ± 3,23 dose, ng/mL (médio ± SD) 1,20 2,49 Excluindo Paciente 5 6,13 5,32
[00365] Em 52 semanas, os dados também mostram melhorias sig- nificativas prolongadas em biomarcadores de plasma e CSF para GD-
3. Os resultados são similares aos obtidos em 26 semanas. Em todos os seis pacientes GD3, as concentrações de GL-1 e liso-GL-1 no plasma e CSF foram como segue: Lyso-GL-1 GL-1 Início do Estudo 52-semanas Início do estudo 52-semanas Plasma 29,3 ng/mL 15,2 ng/mL 6,21 µg/mL 1,59 µg/mL (6,3–159,0) (2,5–46,8) (4,2–8,3) (0,9–2,7) CSF 34,0 pg/mL 17,3 pg/mL 6,36 ng/mL 2,48 ng/mL (20,1–67,6) (5,8–37,4) (4,4–11,1) (1,0–6,1)
[00366] Desse modo, em 52 semanas em comparação com o início do estudo, as concentrações de plasma e CSF mudaram como segue: Lyso-GL-1 (% de mudança) GL-1 (% de mudança) Concentração de Plasma –56,7% –71,6% Concentração de CSF –55,9% –55,4%
[00367] Além disso, biomarcadores exploratórios foram quantifica- dos em CSF de pacientes com GD3: ceramida (o precursor de GL-1), quitotriosidase (CHITO), GM3 e GPNMB. Após 52 semanas de trata- mento, não foram observadas mudanças significantes nas concentra- ções de ceramida, CHITO ou GPNMB em CSF. Quatro dos seis paci- entes tiveram concentrações mensuráveis de GM3 em CSF no início do estudo, e cada um desses pacientes apresentou GM3 indetectável em CSF em 4 semanas, 26 semanas e 52 semanas.
[00368] Em 52 semanas, a quantificação dos movimentos oculares sacádicos horizontais e verticais foi realizada em todos os seis pacien- tes de maneira similar como descrito na seção (A). Entretanto, foi de- terminado que a metodologia usada para levar em conta o ruído (por exemplo, causado por piscar ou movimentos da cabeça) pode ter in- troduzido distorção nos resultados. O método de contabilização do ruí-
do foi, portanto, modificado e um conjunto de critérios de controle foi desenvolvido para avaliar a validade dos conjuntos de dados obtidos pelo leitor de movimentos oculares. Na reavaliação dos dados de mo- vimento sacádico do olho de 26 semanas e na avaliação dos dados de 52 semanas, foi constatado que o nível de ruído era muito alto para permitir tirar quaisquer conclusões dos dados.
[00369] Além disso, em 52 semanas, 5 de 6 pacientes mostraram melhorias na ataxia. O grau de ataxia no início e ao longo do estudo foi avaliado pela Escala de Avaliação e Classificação de Ataxia (SARA; Schmitz-Hübsch e outro [2006]), que avalia oito atributos distintos de ataxia cerebelar em uma escala de 0-40. Os oito atributos são marcha, postura, sentar, distúrbio da fala, finger chase, teste nose-finger, mo- vimento da mão rápido alternado e deslizamento do calcanhar. Os re- sultados da pontuação de ataxia SARA para todos os seis pacientes são apresentados no gráfico abaixo: Pontuação de SARA Cu- Em Avaliação Semana 26 Semana 52 mulativa Paciente 1 3,0 1,0 0,0 Paciente 2 3,0 2,0 1,5 Paciente 3 3,5 0,0 0,0 Paciente 4 3,0 5,0 7,5 Paciente 5 0,5 0,0 0,0 Paciente 6 4,0 2,0 3,0 Pontuação Média 2,83 1,67 2,00 Pontuação Média Excluin- 2,80 1,00 0,90 do Paciente 4
[00370] Como mostrado na tabela, cinco dos seis pacientes eram levemente atáxicos no início do estudo, com a pontuação de SARA cumulativa média sendo 2,8 (SD = 1,2). Os déficits mais comuns no início do estudo foram distúrbios de marcha. Excluindo o Paciente 5 devido ao baixo nível de exposição ao Composto 2 neste paciente e a pontuação de ataxia basal substancialmente normal do paciente (ape-
nas 0,5), em seguida 4 de 5 pacientes exibiram uma melhora na ataxia na Semana 52 (melhora média = -0,9; SD = 3,2). O paciente 4 exibiu um aumento na pontuação de ataxia, com a pontuação no início do estudo sendo 3 e na semana 52, 7,5. Deve-se notar que esta aparente deterioração foi impulsionada quase inteiramente por uma mudança no parâmetro de pontuação de 'postura' (pontuação de postura no início e semana 26 = 1; pontuação na semana 52 = 5) e que o paciente estava reclamando de dor no joelho esquerdo na hora do exame. Além disso, o indivíduo havia machucado o dedão do pé esquerdo antes do exa- me; essa lesão foi considerada resolvida 11 dias após o exame. Exclu- indo este efeito atípico do Paciente 4, o tratamento com o Composto 2 resultou em uma pontuação de SARA média significativamente diminu- ída na Semana 26, que foi também ligeiramente melhorada na Sema- na 52.
[00371] O teste de trilha (TMT) foi utilizado para avaliar a função cognitiva dos pacientes. O TMT é um dos testes neuropsicológicos mais amplamente usados e está incluído na maioria das baterias de teste. O TMT é uma ferramenta de diagnóstico para avaliar a inteligên- cia geral e disfunções cognitivas (Tombaugh e outro [2004]; Cavaco e outro [2013]). Na parte A do TMT, os indivíduos são solicitados a co- nectar um grupo de números em ordem crescente. Esta tarefa é uma combinação de busca visual e velocidade geral de processamento vi- sual e motor. Parte B apresenta uma sequência que alterna entre nú- meros e letras. Os indivíduos devem ativamente alternar entre as duas categorias ao conectá-los em ordem crescente, porém alternada. Por- tanto, considera-se que essa tarefa inclui um componente de função executiva, uma vez que o indivíduo deve alternar ativamente entre as categorias enquanto conecta os símbolos (MacPherson e outro
[2017]).
[00372] O TMT-A avalia principalmente a velocidade perceptiva e psicomotora. O TMT-B avalia mais especificamente a flexibilidade mental e as habilidades de deslocamento. A pontuação de TMT B me- nos TMT A é usada para remover a variância atribuível aos componen- tes de avaliação grafomotor e visual de TMT A. Esta pontuação deri- vada reflete os requisitos de tarefa exclusivos de TMT B.
[00373] Em um estudo de dados normativos para TMT A e TMT B em indivíduos residentes na comunidade com idade entre 18-89 anos (n = 911), os valores médios (SD) no grupo de 18-24 anos (n = 155) foram de 22,9 s (6,9) para TMT A e 49 s (12,7) para TMT B (Tom- bauch e outro [2004]). Em contraste, os tempos médios necessários para completar a Trilha A e a Trilha B para os pacientes do estudo fo- ram 67,8 s (SD = 60,3 s) e 193,8 s (SD = 197,0), respectivamente. No início do estudo, a diferença média no tempo necessário para comple- tar a Trilha B menos a Trilha A foi de 126,0 s (SD = 142,9 s). Isso mos- tra que os pacientes GD-3 neste estudo demonstraram algum grau de disfunção cognitiva no início do estudo.
[00374] Na Semana 52, o tempo médio necessário para completar a Trilha A foi de 56,5 s (SD = 55,2 s) e a Trilha B foi de 122,7 s (SD = 91,8 s). Quatro dos seis pacientes exibiram redução no tempo neces- sário para completar a Trilha A e seis de seis exibiram redução no tempo necessário para completar a Trilha B. Excluindo o Paciente 5 devido ao baixo nível de exposição ao Composto 2 neste paciente, quatro de cinco pacientes exibiram uma redução de TMT-A e cinco de cinco pacientes exibiram uma redução de TMT-B.
[00375] Na semana 52, 5 de 6 pacientes exibiram uma redução no tempo (TMT B - TMT A). Os resultados individuais são mostrados na tabela abaixo. TMT-A (s) – Em Semana 26 Semana 52 Mudança (%) do TMT-B (s) avaliação início do estudo para Semana 52 Paciente 1 13 21 16 + 23% Paciente 2 71 37 57 – 20%
Paciente 3 72 56 20 – 72% Paciente 4 116 (nenhum 66 – 43% dado) Paciente 5 74 60 72 – 3% Paciente 6 410 440 166 – 60% Média 126 (n=6) 123 (n=5) 66 (n=6) – 29%
[00376] Nas 52 semanas, a diferença média no tempo necessário para completar a Trilha B menos a Trilha A foi de 66,2 s (SD = 54,3). Excluindo o Paciente 5, quatro dos cinco pacientes exibiram uma me- lhora na Trilha B menos o Ensaio A na Semana 52, com uma melhora média de -71,4 s (-31,6%) (DP 99,3 s (37,6%)).
[00377] A função neurológica foi também avaliada usando imagem de ressonância magnética funcional (fMRI). O paciente 2 foi excluído porque nenhum dado de fMRI foi coletado na sessão da Semana 52. As sessões de avaliação de fMRI em estado de repouso foram reali- zadas na avaliação do início do estudo, visitas da semana 26 e da se- mana 52. Estimativas de conectividade de quatro indivíduos (Pacien- tes 1, 3, 4 e 5) foram inseridas em análises de segundo nível como um grupo “compatível”. O paciente 5 foi isolado devido à provável não conformidade com a medicação do estudo, como descrito acima. As análises foram realizadas como descrito em outro lugar (Smith e outro
[2009]).
[00378] Verificou-se que os indivíduos complacentes demonstram uma conectividade aprimorada entre um conjunto mais amplamente distribuído de regiões cerebrais do que o indivíduo não complacente, com o aumento da força entre os aspectos posterior e anterior como a característica mais proeminente. No nível anatômico, os indivíduos complacentes demonstram um fortalecimento generalizado e robusto das conexões entre as estruturas occipital-parietal e os alvos frontais, temporais e límbicos. As mudanças de conectividade no Paciente 5 foram mais modestas e restritas nas estruturas espacialmente proxi-
mais. No nível funcional, a conectividade aprimorada entre o modo pa- drão e as redes frontais mediais é vista em todos os indivíduos, exceto no Paciente 5. Isso sugere que o sinal dentro dessas redes díspares se torna mais coerente, de modo que a atividade cerebral pode ser transferida com mais eficiência entre a reserva cognitiva (posterior) e funções executivas de ordem superior (anterior). Um mapeamento re- cíproco consistente de redes de estado de repouso (RSNs) 2 e 3 (“cognição-linguagem-ortografia” e “cognição-espaço”) para RSNs 8 e 9 (executivo e frontoparietal esquerdo) é da mesma forma evidente. A distribuição espacial das mudanças de conectividade é muito mais fo- cal para o Paciente 5, refletindo principalmente a sobreposição entre as redes frontoparietal e medial. Ambas as perspectivas sugerem que o paciente que cumpriu integralmente o protocolo de tratamento de- senvolveu maior coerência entre os aspectos posterior e anterior do cérebro, de modo que todo o cérebro se torna passível de transferên- cia de informações eficiente. Onde aparente, a conectividade alterada para o Paciente 5 aparece dentro de um conjunto mais estreito de re- giões cerebrais anteriores e representa menos evidência holística de benefício terapêutico.
[00379] Os resultados são resumidos na tabela abaixo. A análise espacial da conectividade entre as diferentes regiões anatômicas do cérebro é realizada para definir um coeficiente de correlação para a intensidade média regressiva em voxel. Os resultados mostram que a conectividade entre a rede de modo padrão (repouso) e a rede de fun- ções executivas aumentou nos Pacientes 1, 3, 4 e 6, porém diminuiu no Paciente 5. Paciente 1 Paciente 3 Paciente 4 Paciente 5 Paciente 6 Mudança em + 0,20 +0,20 +0,20 -0,13 +0,70 Coeficiente de Correla- ção
[00380] Além disso, foi constatado que dois pacientes experimenta- ram reduções do volume do baço na semana 52, e a concentração média de plaquetas aumentou em 9,3% em média (variação de –8,2% a + 45,3%), todos os pacientes mantendo a meta terapêutica de mais de 120 x 109/L contagem de plaquetas. O aumento na concentração média de plaquetas foi impulsionado principalmente por aumentos em 3 dos 6 pacientes. Não houve alterações clinicamente significativas nos níveis de hemoglobina. Exemplo 6: Farmacocinéticos do Composto 2 em voluntários huma- nos saudáveis
[00381] Dois estudos clínicos da Fase 1 foram conduzidos para avaliar os farmacocinéticos, farmacodinâmica, segurança e tolerabili- dade do Composto 2 em voluntários humanos saudáveis na presença e ausência de alimentos. O Composto 2 é da mesma forma conheci- do como venglustat. Estudo 1
[00382] O estudo 1 foi um ensaio de centro único de 2 partes em voluntários saudáveis do sexo masculino. A Parte 1 foi um estudo de dose única ascendente sequencial duplo-cego, aleatorizado, controla- do por placebo do Composto 2 para segurança, tolerabilidade e PK. A Parte 2 foi um estudo cruzado de 2 sequências, 2 períodos e 2 trata- mentos, de rótulo aberto, corte único, aleatorizado, do Composto 2 para PK com e sem uma refeição rica em gordura.
[00383] A Parte 1 do estudo envolveu e aleatorizou 55 homens saudáveis (placebo, n = 14; doses de 2, 5, 15, 25, 50 e 100 mg, n = 6 cada; dose de 150 mg, n = 5). Oito homens saudáveis participaram da Parte 2.
[00384] Na Parte 1, os indivíduos foram aleatorizados para receber 2, 5, 15, 25, 50, 100 ou 150 mg do Composto 2 (forma de sal L- málico) ou placebo correspondente na manhã do primeiro dia após pe-
lo menos um jejum de 10 horas. Na Parte 2, os indivíduos foram alea- torizados para receber uma dose oral única de 5 mg de Composto 2 em jejum (pelo menos 10 horas antes e 4 horas após a administração) ou 30 minutos após um café da manhã com alto teor de gordura pa- dronizado (~ 815 kcal). Após um período de de 7 dias lavagem, os par- ticipantes foram transferidos para a outra condição.
[00385] No Estudo 1, Parte 1, o sangue foi coletado para as con- centrações plasmáticas do Composto 2 no momento da administração do fármaco do estudo (0 hora) e 0,5, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 16, 24, 48, 72 e 96 horas após a dose. Amostras de urina foram coletadas pa- ra análise das concentrações do Composto 2 começando 2 horas an- tes da administração do fármaco do estudo até 48 horas depois.
[00386] No Estudo 1, Parte 2, o sangue foi coletado para as con- centrações de plasma do Composto 2 em 0, 0,5, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 16, 24 e 48 horas após a dose.
[00387] Da Parte 1, foi constatado que após doses orais únicas de 2 a 150 mg de doses do Composto 2, a concentração plasmática má- xima (Cmax) ocorreu em um tempo médio de 3-5,5 horas antes das concentrações plasmáticas começarem a diminuir exponencialmente, com uma média geométrica t1/2 de 28,9 horas. A exposição aumentou quase proporcionalmente à dose em toda a faixa de dosagem: um aumento de 75 vezes na dose resultou em aumentos de 97,3, 89,2 e 85,9 vezes na média geométrica dos valores de Cmax, AUClast e AUCinf, respectivamente. Os resultados de PK são mostrados na tabela a se- guir (AUC = área sob a curva de concentração de tempo, seja para a última concentração mensurável ou extrapolada para o infinito; t1/2 = meia-vida terminal; CL/F = depuração total aparente do plasma; CV = coeficiente de variação; SD = desvio padrão; tmax = tempo para Cmax; Vss/F = volume aparente de distribuição no estado estacionário):
2 mg 5 mg 15 mg 25 mg 50 mg 100 mg 150 mg Parâmetro (N=6) (N=6) (N=6) (N=6) (N=6) (N=6) (N=5) Cmax, ng/mL 5,7 14,7 53,0 84,4 181 374 529 Médio (SD) (1,2) (1,61) (16,7) (31,8) (56) (38) (109) Média geométrica 5,6 14,6 50,7 79,9 173 372 520 (CV) (21,4) (10,9) (31,5) (37,7) (31) (10,3) (21) 3,50 5,50 3,50 5,00 4,00 3,00 4,00 tmax, mediano h (3,00- (4,00- (2,00- (4,00- (3,00- (2,00- (1,00- (faixa) 8,00) 8,00) 5,00) 8,00) 6,00) 4,00) 8,00) AUClast, ng●h/mL 214 560 1,830 3,380 6,310 13,000 18,600 Média (SD) (52) (71) (520) (1100) (1880) (2330) (5480) Média Geométrica 209 556 1,760 3,240 6,070 12,800 18,000 (CV) (24,3) (12,7) (29) (33) (30) (18) (30) AUCinf, ng●h/mL 243 652 2,070 3,810 7,130 14,400 20,600 Média (SD) (61) (122) (600) (1,080) (2,320) (3,010) (6,640) Média geométrica 237 643 1,990 3,690 6,800 14,100 19,900 (CV) (25) (19) (29) (28) (33) (21) (32) t1/2, h 29,2 33,3 29,7 30,2 28,9 27,8 26,9 Média (SD) (43) (8,1) (7,1) (5,5) (5,3) (3,6) (5,7) Média geométrica 28,9 32,5 29,0 29,8 28,5 27,6 26,4 (CV) (14,8) (24,4) (24,0) (18,1) (18,4) (12,8) (21,3) CL/F, L/h 6,43 5,86 5,85 5,18 5,75 5,38 5,80 Média (SD) (1,41) (1,01) (1,89) (1,31) (2,01) (1,25) (1,55) Média geométrica 6,3 5,8 5,6 5,0 5,5 5,3 5,6 (CV) (22,0) (17,3) (32,2) (25,3) (34,9) (23,4) (26,7) Vss/F, L 275 274 245 240 239 213 228 Média (SD) (54) (30) (81) (78) (62) (22) (50) Média geométrica 270 273 233 228 232 212 223 (CV) (20) (11) (33) (33) (26) (10) (22)
[00388] Da Parte 2, foi constatada que a administração de uma do- se de 5 mg com uma refeição rica em gordura não teve efeito sobre a exposição ao Composto 2 em comparação com as condições de je- jum. tmax mediano foi de 6,00 horas com alimentação ou em jejum. As relações de médias geométricas alimentadas/em jejum foram de 0,92 e 0,91 para Cmax e AUClast, respectivamente. A variabilidade dentro do indivíduo (isto é, alimentado vs em jejum) foi responsável por menos da metade da variabilidade total do indivíduo. Estudo 2
[00389] O estudo 2 foi um estudo de centro único, duplo-cego, alea- torizado, controlado por placebo, de dose repetida ascendente se- quencial da segurança, tolerabilidade, PK e farmacodinâmicos do Composto 2 em voluntários adultos saudáveis do sexo masculino e feminino.
[00390] O estudo inscreveu e aleatorizou 36 adultos saudáveis (19 homens e 17 mulheres) (n = 9 para cada grupo). Os indivíduos foram aleatorizados para receber doses diárias do Composto 2 de 5, 10 ou 20 mg (fornecidas como cápsulas de 5 mg da forma de sal L-málico) ou placebo por 14 dias após pelo menos um jejum de 10 horas.
[00391] Sangue foi coletado para as concentrações plasmáticas do Composto 2 como se segue: Dia 1 a 0, 0,5, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12 e 16 horas após a dose; Nos dias 2–5, 8, 11 e 13, a 0 h; No Dia 14, a 0,5, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12 horas após a dose; Nos dias 15-17, a 24, 48 e 72 horas, respectivamente, após a dose do dia 14. As amostras de urina foram coletadas para análise das concentrações do Compos- to 2 no Dia 1 (0 horas pós dose) e continuamente no Dia 14 de 0 a 24 horas pós dose. Os pontos finais farmacodinâmicos (concentrações plasmáticas de GL-1, GL-3 e GM3) foram avaliados nos dias 1–5, 8, 11, 13 e 14, 0 horas após dose; e no Dia 15, em 24 horas após a dose do Dia 14.
[00392] Foi constatado que em indivíduos que receberam 5, 10 ou 20 mg do Composto 2 uma vez ao dia por 14 dias, Cmax de plasma ocorreu em um tempo médio de 2–5 horas após a dose nos Dias 1 e
14. Os valores de Ctrough alcançaram um platô após o dia 5. A exposi- ção ao composto 2 aumentou quase proporcionalmente à dose ao longo da faixa de dose de 5–20 mg: este aumento de dose de 4 vezes resultou em aumentos de 3,76 e 3,69 vezes na média geométrica dos valores de Cmax e AUC0-24 no dia 14, respectivamente. Os resultados de PK do Estudo 2 são resumidos na seguinte tabela: Dia 1 Parâmetro 5 mg (N=9) 10 mg (N=9) 20 mg (N=9) Cmax, ng/mL Média (SD) 18,5 (3,2) 38,5 (7,4) 68,0 (15,7) Média geométrica 18,2 (17,3) 37,8 (19,3) 66,5 (23,1) (CV) tmax, h mediano 5,00 (2,00-8,17) 3,00 (2,00-5,00) 3,07 (2,00-6,00) (faixa) AUC0-24, ng●h/mL Média (SD) 296 (54) 635 (132) 1,100 (211) Média geométrica 292 (18) 623 (21) 1,080 (19) (CV) Dia 14 Cmax, ng/mL Média (SD) 37,0 (6,4) 89,7 (29,1) 142 (40) Média geométrica 36,5 (17,2) 86,0 (32,5) 137 (28,3) (CV) tmax, h mediano 3,00 (2,00–6,00) 2,00 (2,00–6,00) 3,00 (2,00–8,00) (faixa) AUC0-24, ng●h/mL Média (SD) 642 (121) 1,550 (464) 2,420 (705) Média geométrica 632 (19) 1,490 (30) 2,340 (29) (CV) Ctrough, ng/mL Média (SD) 19,4 (4,0) 49,9 (19,3) 73,3 (24,4) Média geométrica 19,0 (20,5) 47,5 (38,7) 69,9 (33,2) (CV) t1/2, h Média (SD) 29,3 (4,6) 31,3 (3,3) 35,0 (6,3) Média geométrica 29,0 (15,8) 31,2 (10,5) 34,5 (18,0) (CV) CLss/F, L/h Média (SD) 5,98 (1,17) 5,13 (1,25) 6,58 (1,70) Média geométrica 5,9 (19,5) 5,0 (24,4) 6,4 (25,8) (CV) CLR(0-24), L/h Média (SD) 1,55 (0,68) 1,49 (0,41) 2,07 (0,58) Média geométrica NAa (44,0) 1,4 (27,7) 2,0 (28,0) (CV)
[00393] Após 14 doses diárias de Composto 2, sua fração de ex-
creção urinária inalterada de 24 horas (média fe0-24) variou entre 26,3% e 33,1%, sem qualquer relação óbvia com a dose. CLR(0–24) mé- dia variou entre 1,49 L/h e 2,07 L/h, aproximadamente 3,18–3,86 ve- zes mais baixa do que a CL/F plasmática observada.
[00394] Plasma GL-1, GL-3 e GM3 em receptores de placebo per- maneceram similar ao início do estudo ao longo, enquanto os níveis de plasma de GL-1 e GM3 diminuíram desde o início do estudo e de for- ma dependente da dose nos 3 grupos de dose do Composto 2, como mostrado a seguir tabela (estimativas pontuais de relações de trata- mento para glicosilceramida (GL-1), globotriaosilceramida (GL-3) e gangliósido GM3 (GM3) no Dia 15 no estudo de dose crescente repe- tida): 90% de Intervalo de Parâmetro Comparação Estimativa Confiança GL-1 5 mg vs placebo 0,39 0,29–0,50 10 mg vs placebo 0,32 0,25–0,42 20 mg vs placebo 0,23 0,17–0,30 GL-3 5 mg vs placebo 0,61 0,47–0,79 10 mg vs placebo 0,69 0,53–0,89 20 mg vs placebo 0,67 0,51–0,89 GM3 5 mg vs placebo 0,56 0,45–0,70 10 mg vs placebo 0,49 0,39–0,60 20 mg vs placebo 0,40 0,32–0,50
[00395] Os efeitos prolongados máximos em GL-1 ocorreram no Dia 11 nos grupos de 5 e 10 mg e no Dia 8 no grupo de 20 mg. As re- duções de GL-1 calculadas médias do início do estudo no Dia 15 fo- ram de 41,9%, 69,6% e 74,6% nos respectivos grupos de 5, 10 e 20 mg. Os valores de GL-1 estavam abaixo do limite inferior de quantifi- cação (LLOQ) no início do estudo em 1 recipiente do Composto 2 de 5 mg e no Dia 15 em 3, 5 e 9 indivíduos nos grupos de 5, 10 e 20 mg, respectivamente.
[00396] Diminuições de GM3 prolongadas máximas ocorreram em todos os grupos de dose do Composto 2 começando no Dia 13. Os níveis de GM3 de plasma do Dia 15 médios foram 42,7%, 49,4% e 57,8% do início do estudo para os grupos de dose de 5, 10 e 20 mg, respectivamente. GM3 estava abaixo do LLOQ no Dia 15 em 1 e 2 in- divíduos nos grupos de dose de 10 e 20 mg, respectivamente.
[00397] O GL-3 de plasma da mesma forma diminuiu com o tempo em todos os grupos de dose do Composto 2, porém os valores de GL-3 do início do estudo variáveis e baixos em relação às reduções de GL-3 calculadas médias limitadas por LLOQ. Nos grupos de dose de placebo, 5-, 10 e 20 mg, os valores de GL-3 estavam abaixo de LLOQ em 1, 3, 1 e 6 indivíduos, respectivamente, no início do estudo e em 4, 9, 7 e 9 indivíduos, respectivamente, no Dia 15.
[00398] As reduções GL-1 de plasma estimadas médias do início do estudo (90% CI) atribuíveis ao Composto 2 Ctrough nos grupos de dose de 5, 10 e 20 mg (19,0, 47,5 e 69,9 ng/mL, respectivamente) foram 67,0% (54,4-79,7 %), 74,4% (63,7–85,2%) e 76,3% (64,8–87,8%), res- pectivamente. Conclusões
[00399] Nestes estudos, a exposição ao Composto 2 em indivíduos saudáveis (Cmax e AUC) foi quase proporcional à dose quando admi- nistrada em doses únicas variando de 2 a 150 mg ou como doses re- petidas uma vez ao dia variando de 5 a 20 mg por 14 dias. Em compa- ração com o jejum, uma refeição rica em gordura não teve efeito sobre a exposição em indivíduos que receberam uma dose única de 5 mg. Com doses repetidas uma vez ao dia de 5–20 mg, o estado de equilí- brio foi alcançado em 5 dias; nem a idade nem o sexo afetaram o acúmulo. Farmacodinamicamente, doses repetidas uma vez ao dia do Composto 2 reduziram as concentrações plasmáticas de GL-1 e GM3 de uma maneira dependente do tempo e da dose, consistente com a inibição de GCS mediada pelo Composto 2, embora os níveis basais de GL-3 fossem muito baixos para serem úteis como um biomarcador farmacodinâmico. A redução de GL-1 dependente da dose corroborou o mecanismo de ação pretendido do Composto 2: inibição da forma- ção de GL-1 a partir de ceramida por GCS.
[00400] Em todos os estudos, o perfil de segurança foi avaliado pe- lo monitoramento de eventos adversos emergentes do tratamento (TEAEs) até 10 dias após a última dose da medicação do estudo, in- cluindo eventos adversos graves [SAEs]), monitoramento de ECG, va- lores laboratoriais e exames físicos.
[00401] Não houve mortes, SAEs, TEAEs graves ou TEAEs que levaram à descontinuação do estudo em qualquer um dos estudos.
[00402] Nenhuma anormalidade hematológica ou bioquímica clini- camente relevante foi relatada em qualquer um dos estudos. Os sinais vitais não mostraram alterações relevantes do início do estudo em ne- nhum dos estudos. Os parâmetros de ECG não mostraram mudanças relevantes nos estudos de dose única ascendente e efeito alimentar; no estudo de dose ascendente múltipla, nenhum parâmetro de ECG mudou estatisticamente de forma significativa a partir do início do es- tudo médio versus placebo em receptores de Composto 2 em qual- quer dose. Deve ser entendido que, embora a invenção tenha sido descrita em conjunto com as modalidades acima, a descrição e exem- plos são pretendidos ilustrar e não limitar o escopo da invenção. Ou- tros aspectos, vantagens e modificações dentro do escopo da inven- ção serão evidentes para aqueles versados na técnica à qual a inven- ção pertence. Exemplo 7: Estudo clínico do Composto 2 em pacientes com doença de Fabry Método
[00403] Uma investigação de rótulo aberto de três anos do Com-
posto 2 em pacientes jovens com doença de Fabry clássica foi condu- zida a fim de avaliar a segurança a longo prazo, farmacodinâmicos e eficácia exploratória do Composto 2 em pacientes adultos de Fabry masculinos. Onze indivíduos inscritos no estudo e sete indivíduos completaram todos os aspectos do estudo. Todos os indivíduos eram do sexo masculino com diagnóstico de doença de Fabry clássica con- firmada pelo genótipo e atividade residual da alfa-galactosidase abaixo dos níveis de detecção (9 de 11 tinham mutação sem sentido no gene GLA). Todos os indivíduos tinham níveis de liso-GL3 no plasma de pe- lo menos 65 ng/mL e não tinham tratamento prévio específico para a doença de Fabry. A idade média do indivíduo era de 24 anos (faixa de 19-37).
[00404] Pacientes receberam uma dose oral diária de 15 mg de Composto 2. A eliminação dos depósitos de GL-3 na pele foi monito- rada por biópsias nas semanas 12, 26, 52 e 156, que foram avaliadas semiquantitativamente por microscopia de luz (focalizando em células endoteliais capilares da pele). Cada amostra foi pontuada independen- temente por 3 patologistas quanto a presença de inclusões de GL-3 em uma escala de quatro pontos, e classificada como 0 (ne- nhum/traço), 1 (leve), 2 (moderado) ou 3 (grave) de acordo com Eng e outro, N. Engl. J. Med. 345: 9-16 (2001). Uma única pontuação por pa- ciente por ponto de tempo foi derivada tomando a pontuação avaliada pela maioria dos três patologistas. Se uma pontuação majoritária não pudesse ser derivada, em seguida a pontuação mediana foi usada (re- sultando em algumas pontuações fracionárias). As amostras de plas- ma foram da mesma forma analisadas para GL-3, lyso-GL-3, GL-1 e GM3 no início do estudo e semanas 12, 26, 52 e 156. Pontuações de dor e sintomas abdominais foram analisados no início do estudo e se- manas 12, 26, 52, 104 e 156 usando o protocolo de pontuação SF-36.
[00405] Os pacientes foram avaliados usando o questionário Short
Form-36 (SF-36) em várias visitas desde o início do estudo até a se- mana 156. Este é um questionário de 36 itens usado para medir 8 vá- rios aspectos da saúde (vitalidade, funcionamento físico, dor corporal, percepções com saúde geral, funcionamento do papel físico, funcio- namento do papel emocional, funcionamento do papel social e saúde mental). A pontuação para cada um dos oito aspectos varia de 0 (in- capacidade máxima) a 100 (sem incapacidade) e, portanto, escores mais altos indicam bom estado de saúde. Além disso, os sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, distensão abdominal e eva- cuações, foram avaliados usando uma versão modificada do sistema de pontuação da gravidade do intestino inflamatório. As perguntas es- pecíficas feitas como parte dessas avaliações incluíram: (1) se o paci- ente sofreu de dor abdominal nos últimos dez dias, (2) qual foi a inten- sidade da dor abdominal sofrida nos últimos dez dias usando um 0 (sem dor) a 100 escala (dor muito forte) e (3) em quantos dias nos úl- timos dez dias o paciente teve dor abdominal. Resultados
[00406] Na semana 156, cinco pacientes mostraram uma redução de 1 ponto na pontuação de GL-3 da pele, dois pacientes tiveram eli- minação completa das inclusões de GL-3, um paciente não teve alte- rações e um paciente não teve amostras. Ao longo do estudo de 156 semanas, os níveis médios de GL-1 no plasma caíram 69%, os níveis médios de GM3 no plasma caíram 60%, os níveis médios de GL-3 no plasma caíram em 77% e os níveis médios de lyso-GL3 no plasma caí- ram 52%. Plasma GL-1 e GM3 mostraram uma queda muito rápida nas primeiras 2-4 semanas de tratamento. Todas as quatro medidas mostraram uma manutenção prolongada da carga plasmática reduzi- da, que foi amplamente estabilizada na semana 52.
[00407] Os dados de plasma e urina são resumidos na tabela abai- xo:
Parâmetro Mudança de medida do início do estudo em: medido: 26 semanas 52 semanas 104 semanas 156 semanas (n=9) (n=7) (n=7) (n=7) Plasma GL-3 –3,62 µg/mL –5,06 µg/mL –6,32 µg/mL –6,97 µg/mL (µg/mL) Plasma lyso- –30,99 ng/mL –37,10 –39,84 –48,13 GL-3 (ng/mL) ng/mL ng/mL ng/mL Plasma GL-1 –3,26 µg/mL –3,58 µg/mL –3,70 µg/mL –3,23 µg/mL (µg/mL) Plasma GM3 –10,77 µg/mL –8,84 µg/mL –9,92 µg/mL –8,12 µg/mL (µg/mL) Urina GL-3 –0,25 –0,20 –0,18 –0,18 (mg por mmol mg/mmol mg/mmol mg/mmol mg/mmol de urina crea- (n=8) (n=7) (n=7) (n=7) tinina)
[00408] Estes resultados demonstram que o Composto 2 adminis- trado em 15 mg/dia consistentemente reduz os níveis de GL-1, liso- GL-1 e GM3 no corpo de uma maneira geralmente progressiva.
[00409] Além disso, os dados de um ensaio de fase 3 controlado por placebo previamente concluído de agalsidase beta (Fabrazyme) foram analisados para comparação (veja Eng e outro, N. Eng. J. Med., 345: 9 (2001). Para comparação com agalsidase beta, o braço de con- trole histórico foi pacientes tratados com agalsidase beta no ensaio de fase 3, e mudança no GL-3 plasmático foi comparada em vários pon- tos de tempo até três anos. Os critérios de entrada e as características basais foram semelhantes entre os dois estudos. Para fortalecer a comparação, os pacientes que receberam o Composto 2 foram parea- dos com os pacientes do estudo de fase 3 com base nas pontuações de propensão usando variáveis do início do estudo de idade, plasma GL-3, sexo, UPCR (<500 mg/g versus 500-1000 mg/g versus> 1000 mg/g), e eGFR (<80 versus ≥ 80 mL/min/1,73m2). 11 pacientes rece- beram o Composto 2 foram pareados com 19 pacientes para a com-
paração do placebo e a 28 pacientes para a comparação da agalsida- se beta. Todos os pacientes nos três grupos eram do sexo masculino e demonstraram GL-3 plasmático elevado, UPCR de <500 m g/g e eGFR ≥ 80 mL/min/1,73m2. As idades médias foram semelhantes nos três grupos. A comparação mostra que o tratamento com o Composto 2 durante 26 semanas levou a uma redução significativa no GL-3 plasmático em comparação com o placebo, -3,62 µg/mL versus -1,06 µg/mL (P <0,0001). Enquanto o tratamento com o Composto 2 produ- ziu uma redução semelhante no GL-3 plasmático em 52 semanas em comparação com a agalsidase beta, em 104 semanas e em 156 se- manas, a redução de GL-3 plasmático do tratamento com o Composto foi significativamente maior (p = 0,0351 em 104 semanas; p = 0,0081 em 156 semanas). Os níveis de GL-3 plasmáticos após 156 semanas foram de 1,90 µg/mL para pacientes tratados com Composto 2, em comparação com 4,44 µg/mL para pacientes tratados com agalsidase beta.
[00410] Os resultados detalhados para as pontuações de inclusão de GL-3 de pele são mostrados nas tabelas abaixo (a pontuação de 0 não indicam inclusões de GL-3): Células Endoteliais, Vasos Superficiais Mudança de Pontuação Número de Pacientes em Cada Categoria de Mudan- de GL-3 de Pele ça (mudanças comparadas a pontuação de pele no ínicio do estudo) em: 12 sema- 26 sema- 52 sema- 156 sema- nas nas nas nas Pontuação 1 caiu para 0 2/6 (33%) Pontuação 1 inalterada 4/9 (44%) 4/9 (44%) 3/6 (50%) 1/6 (17%) Pontuação 1 subiu para 2 1/9 (11%) 1/9 (11%) Pontuação 2 caiu para 1 3/9 (33%) 3/9 (33%) 2/6 (33%) 3/6 (50%) Pontuação 2 inalterada 1/9 (11%) 1/9 (11%) 1/6 (17%)
Células Endoteliais, Vasos Profundos Mudança de Pontuação Número de Pacientes em Cada Categoria de Mudan- de GL-3 de Pele ça (mudanças comparadas a pontuação de pele no início do estudo) em: 12 sema- 26 sema- 52 sema- 156 sema- nas nas nas nas Pontuação 1 inalterada 1/9 (11%) 1/9 (11%) 1/6 (17%) Pontuação 2 caiu para 0.5 1/6 (17%) Pontuação 2 caiu para 1 2/9 (22%) 2/9 (22%) 3/6 (50%) 3/6 (50%) Pontuação 2 caiu para 1.5 1/6 (17%) Pontuação 2 inalterada 6/9 (67%) 6/9 (67%) 2/6 (33%) 1/6 (17%) Células do Músculo Liso, Vasos Profundos Mudança de Pontuação Número de Pacientes em Cada Categoria de Mudan- de GL-3 de Pele ça (mudanças comparadas a pontuação de pele no início do estudo) em: 12 sema- 26 sema- 52 sema- 156 sema- nas nas nas nas Pontuação 1.5 inalterada 2/9 (22%) Pontuação 1.5 subiu para 2/9 (22%) 1/5 (20%) 1/6 (17%) 2 Pontuação 2 caiu para 0.5 Pontuação 2 caiu para 1 1/6 (17%) Pontuação 2 caiu para 1.5 1/6 (17%) Pontuação 2 inalterada 7/9 (78%) 7/9 (78%) 4/5 (80%) 3/6 (50%) Células de Perineuro Mudança de Pontuação Número de Pacientes em Cada Categoria de Mudan- de GL-3 de Pele ça (mudanças comparadas a pontuação de pele no início do estudo) em: 12 sema- 26 sema- 52 sema- 156 sema- nas nas nas nas Pontuação 1 inalterada 1/6 (17%) Pontuação 1 subiu para 2 1/9 (11%) 1/9 (11%) 1/6 (17%) Pontuação 2 caiu para 1 1/6 (17%) Pontuação 2 caiu para 1.5 1/6 (17%) 1/6 (17%) Pontuação 2 inalterada 8/9 (89%) 8/9 (89%) 3/6 (50%) 4/6 (67%)
[00411] Além de pontuar as inclusões cutâneas de GL-3 por mi- croscopia de luz, a fração do volume do citoplasma da célula endotelial ocupada por inclusões de GL-3 foi estimada por contagem de pontos de imagens de microscopia eletrônica por um leitor mascarado. Ima- gens de pelo menos 50 capilares de células endoteliais superficiais foram obtidas usando microscopia eletrônica com aumento de 7500x. Testes t de dois lados foram usados para avaliar as diferenças entre os valores do início do estudo e pós-tratamento em cada ponto de tempo. Os resultados são mostrados na tabela abaixo: Início do es- 3 meses 6 meses (N 3 anos (N = tudo (N = 9) (N = 9) = 8) 6) Fração de volume (vo- 0,29 ± 0,03 0,29 ± 0,23 ± 0,04 0,18 ± 0,03 lume de inclu- 0,06 sões/volume citoplásmi- co total) Mudança do início do –1,9% –21,1% –38,7% estudo Valor de P vs. Início do 0,74 0,001 0,001 estudo
[00412] Estes resultados demonstram que o Composto 2 adminis- trado a 15 mg/dia reduz consistentemente os níveis de inclusões de GL-3 na pele de uma maneira geralmente progressiva. Os resultados foram geralmente mais pronunciados para células endoteliais de vasos superficiais em comparação com células endoteliais de vasos profun- dos e outros tecidos da pele.
[00413] Sete dos nove pacientes melhoraram as pontuações de dor corporal gerais na semana 26 (SF-36), enquanto três dos seis pacien- tes melhoraram as pontuações de dor corporal geral na semana 156 (SF-36). Entre os pacientes com dor gastrointestinal no início do estu- do, a gravidade da dor (dor abdominal) diminuiu em quatro de cinco na semana 26, e em quatro de quatro na semana 156. O número de dias com dor gastrointestinal foi reduzido em cinco de cinco pacientes na semana 26 e em três de quatro pacientes na semana 156.
[00414] Os resultados detalhados para medidas de dor abdominal são mostrados nas tabelas abaixo.
Dor Abdominal Número de Pacientes Relatando “Sim” para Dor Abdominal em 10-Dias Precen- dendo a Visita Início do 4 sema- 12 sema- 26 sema- 52 sema- 104 se- 156 se- estudo nas nas nas nas manas manas 6/11 4/11 2/10 3/9 (33%) 2/7 (28%) 2/7 (28%) 2/7 (28%) (55%) (36%) (20%) Pontuação de Severidade de Dor Abdominal em 10-Dias Precedendo Visita (valor médio, escala de 0-100) Início do 4 sema- 12 sema- 26 sema- 52 sema- 104 se- 156 se- estudo nas nas (n=2) nas (n=3) nas (n=1) manas manas (n=6) (n=4) (n=1) (n=2) 52,50 29,75 40,00 31,33 21,00 21,00 15,00 Número de Dias dentro de Precedentes de 10 Dias com Dor Abdominal (valor mé- dio) Início do 4 sema- 12 sema- 26 sema- 52 sema- 104 se- 156 se- estudo nas nas (n=2) nas (n=3) nas (n=3) manas manas (n=6) (n=4) (n=2) (n=2) 3,83 2,50 3,50 3,00 0,70 0,50 0,20
[00415] Estes resultados demonstram que o Composto 2 adminis- trado a 15 mg/dia reduz consistentemente a dor abdominal e o des- conforto no corpo de uma maneira geralmente progressiva.
[00416] Além disso, onde as características ou aspectos da inven- ção são descritos em termos de grupos Markush, aqueles versados na técnica reconhecerão que a invenção é da mesma forma desse modo descrita em termos de qualquer membro individual ou subgrupo de membros do grupo Markush.
[00417] Todas as publicações, pedidos de patentes, patentes e ou- tras referências mencionadas aqui estão expressamente incorporadas por referência em sua totalidade, na mesma medida como se cada uma fosse incorporada por referência individualmente. Em caso de conflito, a presente especificação, incluindo definições, prevalecerá.

Claims (32)

REIVINDICAÇÕES
1. Método para tratar ou prevenir distúrbios dermatológicos causados pelo acúmulo de GL-3, em um indivíduo em necessidade do mesmo, caracterizado pelo fato de que compreende a administração ao indivíduo de uma quantidade eficaz de um composto da fórmula (I), (I) ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que: R1 é selecionado a partir de hidrogênio, halogênio (por exemplo, flúor), ciano, nitro, hidróxi, tio, amino, C1-6-alquila (por exem- plo, metila ou etila), C2-6-alquenila, C2-6-alquinila, C1-6-alquilóxi, C2-6- alquenilóxi e C2-6-alquinilóxi, em que a referida alquila, alquenila, al- quinila, alquilóxi, alquenilóxi ou alquinilóxi é opcionalmente substituída com um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de halogênio, ciano, nitro, hidróxi, tio ou amino; R2 e R3 são independentemente selecionados a partir de C1-3-alquila, opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) halogênios, ou R2 e R3 juntos formam um grupo ciclopropila ou ciclobutila, opcionalmente substituído por um ou mais (por exemplo, 1 ou 2) halogênios; R4, R5 e R6 são cada qual independentemente selecionados a partir de hidrogênio, halogênio, nitro, hidróxi, tio, amino, C1-6-alquila e C1-6-alquilóxi, em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos seleciona- dos a partir de halogênio, hidróxi, ciano e C1-6-alquilóxi; e A é um grupo arila ou heteroarila de 5 ou 6 membros (por exemplo, fenila ou tiazolil), opcionalmente substituído com 1, 2 ou 3 grupos independentemente selecionados a partir de halogênio, hidróxi, tio, amino, nitro, C1-6 alcóxi e C1-6 alquila.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que R1 é selecionado a partir de hidrogênio, flúor, metila e etila, em que a referida metila ou etila é opcionalmente substituída por 1 ou 2 grupos selecionados a partir de halogênio, hidróxi, tio ou amino.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracteri- zado pelo fato de que R2 e R3 são cada qual independentemente sele- cionados a partir de grupos metila e etila, opcionalmente substituídas por um ou mais flúores.
4. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que R4 é selecionado a partir de um halogênio (por exemplo, flúor), C1-3-alquila (por exemplo, metila) e C1-3- alquilóxi (por exemplo, metóxi ou etóxi), em que a referida alquila ou alquilóxi é opcionalmente substituída por um ou mais (por exemplo, 1, 2 ou 3) grupos selecionados a partir de um halogênio e C1-3-alquilóxi (por exemplo, metóxi ou etóxi).
5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que R5 e R6 são cada qual hidrogênio.
6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que R4 é flúor ou 2-metoxietóxi, e R5 e R6 são hidrogênio.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que R4 está posicionado na posição 4 do anel fenila ao qual está ligado (isto é, para para o substituinte A).
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que A é fenila, opcionalmente substi- tuída com 1, 2 ou 3 grupos independentemente selecionados a partir de halogênio, hidróxi, tio, amino, nitro, C1-6alcóxi e C1-6alquila (por exemplo, metila).
9. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que os dois grupos ligados ao substituinte A estão posici- onados em uma relação 1,3- ou 1,4- entre si (isto é, meta ou para).
10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 7, caracterizado pelo fato de que A é um grupo heteroarila de 5 membros que contém 1 ou 2 heteroátomos selecionados a partir de N e S.
11. Método, de acordo com a reivindicação 10, caracteriza- do pelo fato de que os dois grupos ligados ao substituinte A estão po- sicionados em uma relação 1,3- entre si (isto é, meta).
12. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o referido composto é um composto da fórmula (II), (III) ou (IV), (II) (III) (IV) ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo.
13. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica-
ções 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o referido composto é um composto da fórmula (V), (V) ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo.
14. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o referido composto é um composto da fórmula (VI), (VII) ou (VIII), (VI) (VII) (VIII)
ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo.
15. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o referido composto é um composto da fórmula (IX) ou (XI), (IX) (XI) ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo.
16. Método, de acordo com a reivindicação 15, caracteriza- do pelo fato de que R4 é flúor.
17. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido composto é selecionado a partir de: (2-(4’- fluoro-[1,1’-bifenil]-3-il)propan-2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila; (2-(2- (4-fluorofenil)tiazol-4-il)propan-2-il)carbamato de (S)-quinuclidin-3-ila; (2-(4’-(2-metoxietóxi)-[1,1’-bifenil]-4-il)propan-2-il)carbamato de (S)- quinuclidin-3-ila; e os sais e profármacos farmaceuticamente aceitá- veis dos mesmos.
18. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido composto é (2-(4’-fluoro-[1,1’-bifenil]-3- il)propan-2-il)carbamato de quinuclidin-3-ila.
19. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido composto é (2-(2-(4-fluorofenil)tiazol-4-
il)propan-2-il)carbamato de (S)-quinuclidin-3-ila.
20. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 19, caracterizado pelo fato de que o indivíduo tem a doença de Fabry.
21. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 20, caracterizado pelo fato de que o distúrbio dermatológico é um ou mais dentre angioqueratoma, hipoidrose, anidrose, hiperidrose, linfedema e acroparestesia.
22. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 21, caracterizado pelo fato de que o indivíduo tem acúmulo marcado de GL-3 na pele e/ou no plasma.
23. Método, de acordo com a reivindicação 22, caracteriza- do pelo fato de que o indivíduo tem acúmulo marcado de GL-3 em uma ou mais das células endoteliais dos vasos superficiais da pele, células endoteliais dos vasos da pele profundos, células do músculo liso dos vasos da pele profundos e células do perineuro.
24. Método, de acordo com a reivindicação 22 ou 23, carac- terizado pelo fato de que a redução nos níveis de GL-3 da pele (por exemplo, inclusões de GL-3) é encontrada em uma ou mais das célu- las endoteliais de vasos superficiais da pele, células endoteliais de va- sos profundos da pele, células do músculo liso dos vasos profundos da pele e células do perineuro, dentro de 26 semanas ou 52 semanas ou 156 semanas.
25. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 22 a 24, caracterizado pelo fato de que o indivíduo tem uma pon- tuação de pele GL-3 (medida em uma escala de 0 a 4, como descrito nos Exemplos) de 2 ou mais antes do tratamento, e os resultados do método em uma queda de pelo menos um ponto na escala, por exem- plo, uma queda de um ponto ou dois pontos.
26. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica-
ções 22 a 25, caracterizado pelo fato de que o indivíduo tem inclusões de GL-3 em células da pele (por exemplo, células endoteliais) mos- trando uma fração de volume citoplasmático de inclusão de GL-3 de pelo menos 0,25 (por exemplo, pelo menos 0,27 ou 0,3) antes do tra- tamento, e o método resulta em uma queda na fração de volume cito- plasmático de inclusões de GL-3 para menos de 0,25 (por exemplo, menos do que 0,23 ou menos do que 0,20, ou menos do que 0,19).
27. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 26, caracterizado pelo fato de que o referido indivíduo é um mamífero, por exemplo, um ser humano.
28. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 27, caracterizado pelo fato de que o referido composto, ou sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo, é administrado por administração sistêmica, por exemplo, por meio de uma rotina não parenteral.
29. Método, de acordo com a reivindicação 28, caracteriza- do pelo fato de que o referido composto, ou sal ou profármaco farma- ceuticamente aceitável do mesmo, é administrado oralmente.
30. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 29, caracterizado pelo fato de que o indivíduo é submetido a tratamento concomitante com terapia de reposição enzimática (ERT), por exemplo, usando uma glicocerebrosidase (por exemplo, imigluce- rase, velaglucerase ou taliglucerase).
31. Método, de acordo com qualquer uma das reivindica- ções 1 a 30, caracterizado pelo fato de que o indivíduo é administrado com uma dose diária de cerca de 1 mg a cerca de 50 mg do composto, por exemplo, de 5 a 50 mg, ou de 10 a 40 mg, ou de 10 a 30 mg, ou de 10 a 20 mg, ou de 20 a 30 mg, ou de 30 a 40 mg, ou de 40 a 50 mg, ou de 5 a 25 mg, ou de 20 a 50 mg, ou de 5 a 15 mg, ou de 15 a 30 mg, ou cerca de 15 mg.
32. Composto, ou um sal ou profármaco farmaceuticamente aceitável do mesmo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 19, caracterizado pelo fato de que é para uso em um método para tratar ou prevenir distúrbios dermatológicos causados pelo acúmulo de GL-3, em um indivíduo em necessidade do mesmo do mesmo.
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