BR112021009766A2 - controle de temperatura de uma zona climática de uma fazenda de criação de insetos - Google Patents

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Abstract

CONTROLE DE TEMPERATURA DE UMA ZONA CLIMÁTICA DE UMA FAZENDA DE CRIAÇÃO DE INSETOS. A presente invenção se refere a uma fazenda de criação de insetos compreendendo uma zona climática (Z1, Z2) para o armazenamento dos insetos. A instalação compreende uma zona de ar condicionado (Z4) que compreende um sistema de ar condicionado, para colocar o ar em uma primeira temperatura e, simultaneamente, colocar o ar em uma segunda temperatura (T2). Um primeiro conjunto de dutos (C1) é configurado para transportar o ar na primeira temperatura da zona de ar condicionado (Z4) para a zona climática (Z1, Z2) e liberar o mesmo nessa zona, um segundo conjunto de dutos (C2) é configurado para transportar o ar na segunda temperatura da zona de ar condicionado (Z4) para a zona climática (Z1, Z2) e liberar o mesmo nessa zona. A instalação também compreende um dispositivo de extração de ar da zona climática (Z1, Z2). A presente invenção também se refere a um método correspondente para o condicionamento do ar em uma zona climática (Z1, Z2) de uma fazenda de criação de insetos.

Description

"CONTROLE DE TEMPERATURA DE UMA ZONA CLIMÁTICA DE UMA FAZENDA DE CRIAÇÃO DE INSETOS"
[001] A presente invenção refere-se ao campo da criação de insetos.
[002] Os insetos visados pela presente invenção são, por exemplo, os Coleópteros, os Dípteros, os Lepidópteros, os Isópteros, os Ortópteros, os Himenópteros, os Blatópteros, os Hemípteros, os Heterópteros, os Efemerópteros e os Mecópteros, de preferência, os Coleópteros, os Dípteros, os Ortópteros, e os Lepidópteros.
[003] O termo "inseto" é usado para designar qualquer estágio de desenvolvimento do ovo ou ooteca ao inseto adulto, e a presente invenção se refere mais particularmente à criação de insetos desde o estágio larval até o inseto adulto.
[004] A criação de insetos está crescendo. A produção de insetos apresenta muitos interesses, seja para a agroindústria, sendo certas espécies de insetos comestíveis ricas em proteínas, seja em outros campos industriais. Normalmente, o exoesqueleto dos insetos é composto em grande parte por quitina, um derivado conhecido da qual é a quitosana. As aplicações da quitina e/ou quitosana são inúmeras, tais como: cosmética (composição cosmética), médica e farmacêutica (composição farmacêutica, tratamento de queimaduras, biomateriais, curativos da córnea, fios cirúrgicos), dietética e alimentar, técnica (agente filtrante, texturizador, floculante ou adsorvente, em particular para a filtração ou despoluição da água), etc. Na verdade, a quitina e/ou quitosana são materiais biocompatíveis, biodegradáveis e não tóxicos.
[005] O documento FR3034622 apresenta uma fazenda adaptada para a criação de insetos em escala industrial. A criação usa recipientes de criação (normalmente tanques) que são empilhados, em uma ou mais colunas, de modo a formar unidades básicas de criação. As unidades básicas de criação são armazenadas e, quando é necessária a realização de uma operação de criação, os recipientes são levados para uma estação configurada para a realização da operação, agrupados em unidades básicas de criação ou individualmente desagrupados.
[006] Os insetos, portanto, vivem em uma área na qual crescem e se desenvolvem entre as operações de criação. Por isso, é importante nesta área garantir que prevaleçam condições ambientais favoráveis à sua saúde, ao seu bem- estar e rápido crescimento.
[007] Por condições ambientais, faz-se referência, em particular, à temperatura do ar, à umidade, e ao nível de dióxido de carbono (CO2) presente no ar.
[008] O documento CN107372375 indica em geral a importância do controle da temperatura, da umidade e do nível de CO2 em uma fazenda de bicho-da-seda. Este documento descreve uma instalação agrícola composta por um sensor de temperatura, de umidade do ar, e de CO2.
[009] No contexto da criação de insetos em escala industrial, no entanto, não é conhecido no estado da técnica um dispositivo que permita obter e manter condições ambientais homogêneas e corretamente controladas. Por exemplo, no que diz respeito ao controle da temperatura na fazenda de criação, duas questões principais surgem na criação em grande escala. Uma questão é que uma quantidade muito grande de insetos (normalmente várias dezenas de toneladas de insetos em uma fazenda de criação) gera uma grande quantidade de calor. Além disso, torna-se difícil garantir uma suficiente uniformidade de temperatura.
[010] No entanto, a faixa de temperatura ideal para o crescimento de insetos é geralmente muito estreita. No que diz respeito à larva da farinha, por exemplo, embora seja a mesma seja ativa entre 15° C e 40° C e possa sobreviver a uma temperatura ligeiramente inferior ou ligeiramente superior, a taxa de crescimento desta espécie é máxima a uma temperatura em torno de 25 C. De maneira similar,
em áreas da fazenda nas quais não se busca um crescimento máximo do inseto não é buscado, mas, sim, por exemplo, a sua postura de ovos, uma temperatura bastante precisa deverá ser mantida.
[011] A obtenção dessa temperatura em uma área de criação de grande porte, de forma relativamente homogênea, e sua manutenção apesar de possíveis variações temporais e espaciais, é um problema desconhecido e, a fortiori, não resolvido no estado da técnica.
[012] O mesmo se aplica ao nível de umidade do ar. De fato, embora uma faixa bastante ampla de umidade relativa seja tolerável, uma umidade muito baixa pode retardar o crescimento desse inseto, e uma umidade muito alta pode promover o desenvolvimento de doenças fúngicas.
[013] Assim, a presente invenção propõe uma fazenda de criação de insetos compreendendo uma zona climática cujas condições ambientais, em particular no que diz respeito à temperatura, são controladas por um sistema de ar condicionado configurado para a agricultura em grande escala.
[014] Assim, a presente invenção se refere a uma fazenda de criação de insetos compreendendo uma zona climática que compreende um conjunto de caixas para o armazenamento de insetos em recipientes de criação, e uma zona de ar condicionado que compreende um sistema de ar condicionado configurado para regular o ar em uma primeira temperatura. A fazenda compreende um primeiro conjunto de dutos configurados para transportar o ar na primeira temperatura da zona de ar condicionado para a zona climática, e liberar o dito ar na primeira temperatura para a dita zona climática. O sistema de ar condicionado é ainda configurado de modo a regular a temperatura do ar em uma segunda temperatura em conjunto com o controle de temperatura do ar na primeira temperatura. A fazenda também compreende um segundo conjunto de dutos configurados para transportar o ar na segunda temperatura da zona de ar condicionado para a zona climática, e liberar o dito ar na segunda temperatura para a dita zona climática. O ar na primeira temperatura e o ar na segunda temperatura se misturam na dita zona climática.
[015] Um suprimento de ar em duas temperaturas diferentes na fazenda permitirá um controle rápido e eficiente da sua temperatura ambiente. Além disso, em uma fazenda equipada de acordo com a presente invenção, será possível gerar um fluxo de ar que permite uma boa renovação do ar, mas também uma boa homogeneidade da temperatura na zona climática. Finalmente, o suprimento de ar de acordo com dois regimes distintos permitirá a otimização da necessidade de energia para o resfriamento da fazenda de criação.
[016] De acordo com certas modalidades, o dispositivo de extração de ar compreende um terceiro conjunto de dutos configurados para o retorno do ar da zona climática para a zona de ar condicionado.
[017] A extração do ar da zona climática considerada poderá ser feita em parte através do terceiro conjunto de dutos, o que permitirá a reciclagem de uma parte do ar proveniente da fazenda, e o seu resfriamento na zona de ar condicionado para o seu retorno para a fazenda (através do primeiro conjunto de dutos e/ou do segundo conjunto de dutos). A parte do ar que não é extraída pelo terceiro conjunto de dutos poderá ser extraída por meio de extratores de ar adequados, para a atmosfera externa à fazenda. A extração para o lado de fora da fazenda permitirá a renovação do ar e se comprova vantajoso quando o ar externo se encontra em uma temperatura mais baixa que a temperatura desejada para a zona climática (o que possibilitará o resfriamento da zona climática sem a necessidade de um consumo de energia para a obtenção de ar fresco, e, desta maneira, esta abordagem pode ser considerada como "resfriamento gratuito").
[018] O primeiro conjunto de dutos pode compreender uma pluralidade de canos para a distribuição de ar na primeira temperatura, cada qual sendo formado por um duto longitudinal compreendendo bicos de ejeção de ar distribuídos ao longo do dito cano para a distribuição de ar na primeira temperatura, e um segundo conjunto de dutos pode compreender uma pluralidade de canos para a distribuição de ar na segunda temperatura, cada qual sendo formado por um duto compreendendo bocais de ejeção de ar distribuídos ao longo do dito cano para a distribuição de ar na segunda temperatura.
[019] As caixas da zona climática podem ser organizadas em ambos os lados de corredores paralelos, um corredor sendo, nesse caso, um corredor de manuseio configurado para a passagem dos recipientes de criação na zona climática, bem como para a entrada dos recipientes de criação na zona climática e sua saída da zona climática, e um outro corredor é um corredor de ventilação que compreende uma sucessão, em uma sequência predefinida, de canos para a distribuição de ar na primeira temperatura e de canos para a distribuição de ar na segunda temperatura, os ditos canos para a distribuição de ar na primeira temperatura e na segunda temperatura estendendo-se em um sentido substancialmente vertical entre as caixas.
[020] Os corredores de ventilação podem compreender ainda canos de extração de ar do dispositivo de extração de ar, os ditos canos de extração de ar estendendo-se em um sentido substancialmente vertical entre as caixas.
[021] Os canos para a distribuição e extração de ar podem ser dispostos em cada corredor de ventilação na seguinte sequência, única ou repetida várias vezes: cano de extração de ar, cano para a distribuição de ar na primeira temperatura, cano para a distribuição de ar na segunda temperatura, cano para a distribuição de ar na primeira temperatura, cano para a distribuição de ar na segunda temperatura, cano para a distribuição de ar na primeira temperatura, cano de extração de ar.
[022] De maneira alternativa, os canos de distribuição de ar são dispostos em cada corredor de ventilação na seguinte sequência, única ou repetida várias vezes: cano para a distribuição de ar na primeira temperatura, cano para a distribuição de ar na segunda temperatura, cano para a distribuição de ar na primeira temperatura, cano para a distribuição de ar na segunda temperatura.
[023] Em uma fazenda de criação de insetos compreendendo um dispositivo de extração de ar, a fazenda pode compreender ainda aberturas de retorno de ar do dispositivo de extração de ar localizadas em uma extremidade dos ditos corredores.
[024] A fazenda de criação de insetos pode compreender ainda extratores de ar configurados para extrair o ar da zona climática para o lado de fora da fazenda.
[025] Os extratores de ar podem ficar na parte superior da zona climática, em torres justapostas contra uma parede da fazenda.
[026] Os canos para a distribuição de ar na primeira temperatura e os canos para a distribuição de ar na segunda temperatura podem ser dispostos acima das caixas.
[027] As caixas poderão, nesse caso, ser organizadas em uma ou mais camadas, cada qual compreendendo, em um mesmo plano horizontal, várias linhas paralelas, nas quais um cano para a distribuição de ar na primeira temperatura, e um cano para a distribuição de ar na segunda temperatura são dispostos acima de cada caixa, e um cano de extração de ar do dispositivo de extração de ar é disposto abaixo de cada caixa. Por exemplo, duas camadas sucessivas podem ser separadas por um piso isolante térmico.
[028] As caixas na zona climática podem ser organizadas, em uma ou mais camadas, em ambos os lados dos corredores paralelos configurados para a passagem dos recipientes de criação na zona climática, bem como para a entrada dos recipientes de criação na zona climática e sua saída da zona climática, sendo que acima de cada caixa se estende um cano para a distribuição de ar na primeira temperatura e um cano para a distribuição de ar na segunda temperatura, e acima de cada corredor se estende um cano para a distribuição de ar na primeira temperatura.
[029] As caixas podem ser organizadas em grupos de caixas, cada grupo de caixas sendo formado por um corredor ou pelas caixas diretamente localizadas em cada lado desse corredor, sendo possível que cada grupo de caixas seja separado dos grupos de caixas adjacentes por paredes de isolamento térmico.
[030] As caixas da zona climática podem ser organizadas em ambos os lados dos corredores paralelos e um corredor dos dois será, nesse caso, um corredor de manuseio configurado para a passagem de recipientes de criação na zona climática, bem como para a entrada dos recipientes de criação na zona climática e sua saída da zona climática, e um corredor dos dois é um corredor de ventilação acima do qual se estende um cano para a distribuição de ar na primeira temperatura, incluindo os bocais de ejeção de ar que são orientados para o chão da fazenda.
[031] Os bocais de ejeção de ar dos canos para a distribuição de ar na segunda temperatura T2 podem ser direcionados para um cano para a distribuição de ar na primeira temperatura.
[032] De acordo com qualquer modalidade, espaços livres podem ser vantajosamente configurados entre os canos de distribuição de ar e as caixas a fim de permitir a homogeneização da temperatura.
[033] Paredes podem ser formadas voltadas para os bocais de ejeção de ar dos canos de distribuição de ar, de modo a promover a mistura do ar introduzido na zona climática na primeira temperatura e na segunda temperatura, respectivamente.
[034] O sistema de ar condicionado pode ainda permitir o controle do nível de umidade do ar na primeira temperatura e/ou do ar na segunda temperatura.
[035] A zona climática pode compreender ainda pelo menos um borrifador de água.
[036] A primeira temperatura pode ser maior que a segunda temperatura,
com o sistema de ar condicionado sendo configurado de modo a produzir duas a quatro vezes mais ar na primeira temperatura do que ar na segunda temperatura.
[037] O primeiro conjunto de dutos e o dispositivo de extração de ar podem gerar a maior parte do fluxo de ar na zona climática, e o segundo conjunto de dutos permite a correção da temperatura.
[038] O primeiro conjunto de dutos e o segundo conjunto de dutos podem, cada um dos mesmos, compreender ramificações dotadas de válvulas de controle que tornam possível modular a taxa de fluxo de ar em cada uma das ditas ramificações.
[039] Em uma fazenda de criação de insetos compreendendo várias zonas climáticas distintas, o primeiro conjunto de dutos e o segundo conjunto de dutos podem compreender pelo menos uma ramificação distinta por zona climática.
[040] De acordo com outro aspecto, a presente invenção se refere a um método de condicionamento do ar em uma zona climática de uma fazenda de criação de insetos, o método compreendendo uma introdução de ar a uma primeira temperatura na zona climática juntamente com uma introdução de ar a uma segunda temperatura na zona climática, e com uma extração da dita zona climática em uma quantidade de ar similar à quantidade de ar introduzida, e o controle da quantidade de ar respectivamente introduzida na primeira temperatura e na segunda temperatura de acordo com a diferença entre uma temperatura de referência e uma temperatura medida em um ou mais pontos da zona climática. Em tal processo, a primeira temperatura pode ser maior que a segunda temperatura, e a primeira temperatura e a segunda temperatura podem ser, ambas, inferiores à temperatura de referência.
[041] Ainda outras características e vantagens da presente invenção tornar- se-ão evidentes na descrição a seguir.
[042] Nos desenhos em anexo, dados a título de exemplo não limitante:
[043] A Figura 1 mostra uma vista esquemática em três dimensões de um exemplo de organização geral de uma fazenda de criação de insetos de acordo com uma modalidade da presente invenção;
[044] A Figura 2 mostra uma vista esquemática tridimensional de um conjunto de recipientes de criação que podem ser usados em uma fazenda de criação de insetos;
[045] A Figura 3 mostra, em um diagrama de blocos, um primeiro exemplo de uma configuração geral de uma zona climática de uma fazenda de criação de insetos de acordo com uma modalidade da presente invenção;
[046] A Figura 4 mostra, em uma vista em planta esquemática, uma zona climática de acordo com a configuração da Figura 3, de acordo com uma primeira modalidade;
[047] A Figura 5 mostra, em vista esquemática em três dimensões, uma zona climática de acordo com a configuração das Figuras 3 e 4;
[048] A Figura 6 mostra, em uma vista em planta esquemática, uma zona climática de acordo com a configuração da Figura 3, de acordo com uma segunda modalidade;
[049] A Figura 7 mostra uma vista em planta esquemática de uma variante da zona climática da Figura 6;
[050] A Figura 8 mostra uma vista tridimensional esquemática de um exemplo da organização geral de uma fazenda de criação de insetos de acordo com uma modalidade da presente invenção;
[051] A Figura 9 mostra uma vista bidimensional de uma configuração exemplar do primeiro conjunto e do segundo conjunto de dutos em uma zona climática de uma fazenda de criação de insetos de acordo com a presente invenção;
[052] A Figura 10 mostra uma vista tridimensional esquemática de um segundo exemplo de configuração geral de uma zona climática de uma fazenda de criação de insetos de acordo com uma modalidade da presente invenção;
[053] A Figura 11 mostra uma vista esquemática da configuração da Figura 10 de acordo com um plano bidimensional;
[054] A Figura 12 mostra, em uma vista parcial tridimensional, uma variante da configuração das Figuras 10 e 11;
[055] A Figura 13 mostra a variante da Figura 12 em um plano bidimensional;
[056] A Figura 14 mostra, em um plano bidimensional, um terceiro exemplo de configuração geral de uma zona climática de uma fazenda de criação de insetos de acordo com uma modalidade da presente invenção;
[057] A Figura 15 mostra uma vista esquemática tridimensional de uma variante da zona climática da Figura 14.
[058] A Figura 1 mostra uma fazenda de criação de insetos, nesse caso representada sob a forma de uma vista esquemática tridimensional.
[059] A criação de insetos pode, em particular, ser considerada como uma instalação organizada que permite a postura de ovos por insetos adultos para a produção de larvas, algumas larvas sendo criadas até a fase adulta para a postura de novos ovos, sendo os adultos regularmente renovados (para exemplo, após sua morte) por jovens adultos que garantirão novas posturas, e assim por diante. O produto final da produção poderá ser ovos e/ou larvas e/ou ninfas e/ou insetos adultos.
[060] A fazenda representada, a título de exemplo, compreende uma primeira zona climática Z1 organizada para o armazenamento de insetos durante o seu crescimento.
[061] Nesta primeira zona climática Z1, os insetos crescem sob condições ambientais controladas, direcionadas e otimizadas (definidas por parâmetros ambientais que incluem temperatura, umidade, etc.).
[062] Tal como acima mencionado, a noção de criação de insetos compreende o crescimento de insetos adultos até um estágio desejado, mas poderá compreender ainda todas as fases que precedem a obtenção de um inseto adulto (ou imago), desde a postura dos ovos (ou ooteca) até a sua incubação, o estágio larval, qualquer estágio de ninfa, pupa (todos os estágios intermediários), etc. Sendo assim, a fazenda mostrada compreende uma segunda zona climática Z2, que é dedicada à reprodução e à postura de insetos. A zona de reprodução e postura poderá, alternativamente, ser provida em uma parte ou silo da primeira zona climática Z1.
[063] Embora a fazenda que serve de exemplo para a presente invenção compreenda duas zonas climáticas Z1, Z2, a fazenda da presente invenção poderá obviamente compreender uma única zona climática, ou mais de duas zonas climáticas.
[064] A fazenda representada na presente invenção compreende também uma terceira zona Z3, organizada para a execução de uma ou mais sequências ou operações de criação. A condução da criação envolve a implementação de uma sucessão de sequências ou operações de criação. Uma sequência ou "sequência operacional" compreende uma ou várias operações sucessivas predefinidas, e é realizada entre duas fases de crescimento (exceto quando se trata do envio dos insetos para outro processo).
[065] As operações de criação correspondem às operações que devem ser realizadas a fim de manter a vida, o bom crescimento e/ou a otimização das condições de criação dos insetos.
[066] A terceira zona Z3 compreende, em particular, uma ou mais estações de trabalho P1, P2 especializadas na realização de uma ou mais operações de criação.
[067] Os insetos (ovos, larvas, ninfas ou adultos) são criados em recipientes,
que podem ser agrupados em conjuntos chamados unidades básicas de criação. Durante as fases de crescimento, os recipientes são armazenados na primeira zona climática Z1, por exemplo, em caixas para paletes.
[068] Um exemplo de uma unidade básica de criação é mostrado na Figura 2 em uma representação tridimensional. A fim de facilitar o manuseio, cada unidade básica de criação poderá ser transportada por um palete, tal como mostrado na Figura 2.
[069] Em particular, os recipientes de criação 1, 2 podem ser caixotes ou tanques empilháveis. O termo “caixotes ou tanques empilháveis” indica, em particular, caixotes ou tanques que são sobrepostos uns sobre os outros de uma maneira ligeiramente encaixada, o que irá conferir uma certa estabilidade à coluna de caixotes então formada.
[070] Tal como mostrado na Figura 2, os recipientes 1, 2 são paletizados, ou seja, agrupados em unidades básicas BU em um palete de carregamento 3. O palete 3 pode, em particular, mas não exclusivamente, ser um palete de tamanho convencional, ou seja, tipicamente um palete do tipo “Europeu” ou um meio palete deste tipo.
[071] A título de exemplo, uma unidade básica de criação BU poderá tipicamente agrupar de oito a cem recipientes, e compreender uma, duas, três, quatro pilhas de recipientes, ou até mais. A altura de uma unidade básica de criação completa poderá ser da ordem de, por exemplo, entre 160 e 230 cm, e tipicamente da ordem de 200 cm.
[072] Durante as chamadas fases de crescimento, cada unidade básica pode ser armazenada em uma parte da primeira zona climática Z1 denominada silo, e que possui condições ambientais otimizadas para o estágio de desenvolvimento (ou maturidade) dos insetos da unidade básica considerada.
[073] Os silos são isolados uns dos outros por uma divisória adequada. Esta divisória dos silos pode utilizar cortinas de ar, ou qualquer outro meio de divisória, em particular divisórias físicas, que permitem separar duas zonas de forma a poder garantir duas condições atmosféricas distintas (temperatura, umidade, etc.) e separação sanitária entre os silos. A primeira zona climática Z1 pode compreender vários silos distintos.
[074] Os silos assim formados podem ser dedicados a diferentes estágios de maturidade dos insetos, ou a vários métodos de criação, de acordo com as modalidades da presente invenção, conduzidos em paralelo em uma fazenda.
[075] Por exemplo, a condução da criação pode compreender vários ciclos que podem estar associados a diferentes condições de criação, ou seja, a diferentes parâmetros ambientais ideais. Normalmente, a criação pode compreender: - um ciclo de incubação para a produção de novos insetos por adultos férteis, sendo este ciclo realizado em condições de temperatura e umidade relativamente altas; - um ciclo de reprodução, de juvenil a adulto jovem maduro fértil, incluindo ninfose em condições ambientais adequadas; - um ciclo de produção (ou “engorda”) da larva juvenil à madura para abate, com temperatura e umidade menores que às dos ciclos acima citados.
[076] No exemplo de uma fazenda de criação de insetos representada no presente documento, os insetos são armazenados na primeira zona climática Z1 durante o ciclo de produção. O ciclo de reprodução é realizado em um primeiro silo S1 da segunda zona climática Z2. O ciclo de incubação é realizado em um segundo silo S2 da segunda zona climática Z2.
[077] A seguir, na presente descrição, o termo zona climática será usado tanto para uma zona climática estritamente falando, quanto para um silo de uma zona climática, na medida em que um silo pode ser considerado como uma zona distinta na qual condições ambientais particulares precisam ser estabelecidas e mantidas.
[078] A fim de permitir o estabelecimento de condições ambientais controladas na(s) zona(s) climática(s), a fazenda de criação de insetos compreende ainda uma zona de ar condicionado Z4. A zona de ar condicionado permite, em particular, o suprimento de uma grande quantidade de ar para a zona climática Z1, Z2 regulado a uma temperatura desejada. A regulação de temperatura de modo geral diz respeito ao resfriamento do ar. Na verdade, a criação de milhões de insetos produz uma grande quantidade de calor, de tal modo que a manutenção de uma zona climática em uma temperatura desejada consista essencialmente em renovar o ar presente na fazenda por meio da provisão de ar fresco.
[079] O resfriamento do ar pode ser obtido na zona de ar condicionado Z4 por um sistema de ar condicionado que pode compreender vários dispositivos de resfriamento de ar. Dentre esses dispositivos, o sistema de ar condicionado pode compreender, por exemplo, uma ou mais torres de resfriamento de ar. O sistema de ar condicionado pode compreender uma ou mais unidades de resfriamento, por exemplo, uma ou mais unidades de resfriamento do tipo centrífugo. A zona de ar condicionado Z4 tem a particularidade de poder gerar simultaneamente dois fluxos de ar a diferentes temperaturas.
[080] Quando a temperatura fora da zona climática (normalmente do lado de fora da fazenda) é suficientemente baixa, ou seja, substancialmente mais baixa que a temperatura alvo na fazenda, o resfriamento do ar poderá ser obtido ou complementado pela admissão na fazenda de um ar que vem de fora. Para isso, extratores de ar evacuam o ar da zona climática para fora, o que é compensado pela entrada de ar (fresco) de fora para dentro da zona climática.
[081] De acordo com a presente invenção, a regulação térmica das zonas climáticas, ou dos silos das zonas climáticas, é realizada ao liberar para os mesmos dois fluxos de ar a diferentes temperaturas. Por exemplo, para uma determinada temperatura alvo, também chamada de temperatura de referência, da ordem de 25° C na zona climática ou no silo, o sistema de ar condicionado poderá gerar um primeiro fluxo de ar a uma primeira temperatura T1 e um segundo fluxo de ar em uma segunda temperatura T2. Por exemplo, a primeira temperatura T1 poderá ser da ordem de 14° C. Por exemplo, a segunda temperatura T2 poderá ser da ordem de 8° C.
[082] Assim, o controle de temperatura poderá implementar dois fluxos de ar em temperaturas abaixo da temperatura de referência. Por exemplo, o fluxo de ar na primeira temperatura poderá permitir baixar parcialmente a temperatura na zona climática Z1, Z2, e renovar a maior parte do ar na zona climática. Além disso, o fluxo de ar na primeira temperatura pode possibilitar a mobilização de uma grande quantidade de ar na zona climática Z1, Z2 e, se necessário, dar a esse ar um movimento de vórtice a fim de promover a agitação e a mistura do ar na dita zona climática. O ar na segunda temperatura poderá permitir que a temperatura seja rapidamente controlada a fim de atingir a temperatura alvo. O ar na segunda temperatura poderá, por exemplo, permitir a provisão de uma grande quantidade de frio para a zona climática, o qual será rápida e homogeneamente misturado com o fluxo de ar na primeira temperatura.
[083] A fim de suprir ar a cada zona climática Z1, Z2, a fazenda de criação de insetos compreende pelo menos dois conjuntos de dutos. Um primeiro conjunto de dutos C1 torna possível transportar o ar na primeira temperatura T1 da zona de ar condicionado Z4 para cada zona climática Z1, Z2. Um segundo conjunto de dutos C2 torna possível transportar o ar na segunda temperatura T2 para cada zona climática Z1, Z2.
[084] No exemplo de fazenda mostrado na presente invenção, um terceiro conjunto de dutos C3 permite o retorno do ar das zonas climáticas Z1, Z2 para a zona de ar condicionado Z4.
[085] O retorno do ar para a zona de ar condicionado Z4 permite, em particular, a recuperação na fazenda do ar a uma temperatura próxima à temperatura alvo ou de referência, a fim de gerar de uma maneira controlada os fluxos de ar na primeira temperatura T1 e na segunda temperatura T2. O benefício em termos da potência a ser utilizada para resfriar o ar é também importante quando a temperatura ambiente (do lado de fora da fazenda) é mais alta que a temperatura do ar que retorna para a zona de ar condicionado Z4 pelo terceiro conjunto de dutos C3.
[086] No entanto, todo ou parte do ar extraído da zona climática Z1, Z2 pode ser extraído por meio de extratores convencionais, por exemplo, localizados no nível do telhado da fazenda (onde o ar mais quente pode se acumular).
[087] A fim de garantir uma distribuição homogênea do ar provido pelo primeiro conjunto de dutos e pelo segundo conjunto de dutos para a zona climática, várias configurações são possíveis. Três configurações gerais são descritas abaixo, muitas variações sendo possíveis em cada uma dessas configurações.
[088] Uma primeira configuração é descrita em particular com referência às Figuras 3 a 9. Uma segunda configuração é descrita com referência às Figuras 10 a
14.
[089] Na primeira e na segunda configuração, o primeiro conjunto de dutos e o segundo conjunto de dutos compreendem canos de distribuição de ar na zona ou zonas climáticas. Um cano de distribuição de ar é um duto, reto ou curvado, dotado de bicos que permitem a ejeção de gás (normalmente ar) de dentro para fora do duto. Os bocais podem, em particular, ter uma orientação perpendicular à direção de extensão do cano de distribuição. O termo "direção de distribuição radial" é usado quando o cano tem uma seção circular, o que geralmente é o caso.
[090] Os bicos podem consistir de aberturas simples de um calibre específico, formadas na parede do cano de distribuição de ar.
[091] Um cano de distribuição de ar permite que o ar introduzido na zona climática Z1, Z2 se espalhe. A primeira configuração e a segunda configuração de zona climática apresentam diferentes arranjos de canos de distribuição de ar, possibilitando a obtenção de uma temperatura suficientemente homogênea na zona climática, e uma renovação satisfatória do ar.
[092] A primeira configuração geral, mostrada na Figura 3, se baseia em uma distribuição vertical dos canos de distribuição de ar na zona climática. As Figuras 3 a 9 mostram mais particularmente a primeira zona climática Z1 de uma fazenda de acordo com a Figura 1, organizada de acordo com esta primeira configuração geral.
[093] De acordo com esta primeira configuração, o sistema de ventilação assim implementado compreende dutos de transporte de ar 4 na parte superior (por exemplo, correndo abaixo do teto) da zona climática Z1. Os dutos de transporte de ar 4 pertencem respectivamente ao primeiro conjunto de dutos C1, ao segundo conjunto de dutos C2, ou ao terceiro conjunto de dutos C3.
[094] Os canos de distribuição de ar 5 se estendem verticalmente na zona climática Z1. Cada cano de distribuição de ar 5 pertence ao primeiro conjunto de dutos C1 ou ao segundo conjunto de dutos C2 e, por conseguinte, permite a introdução de ar na fazenda na primeira temperatura T1 ou na segunda temperatura T2.
[095] Opcionalmente, poderão ser providos canos de extração de ar 6, conectados ao terceiro conjunto de dutos C3. Os canos de extração de ar 6, nesse caso, apresentam com vantagem uma disposição vertical similar à dos canos de distribuição de ar 5, nesta primeira configuração de zona climática.
[096] Esta configuração de sistema de ventilação é particularmente adequada para uma zona climática que compreende caixas paralelas 7 destinadas a receber recipientes de insetos (por exemplo, agrupadas em conjuntos paletizados,
tal como as mostradas na Figura 2).
[097] As caixas paralelas 7 formam corredores paralelos 8 entre si. Nesta primeira configuração, é possível distinguir dois tipos dos corredores 8, de acordo com a sua atribuição funcional. Alguns corredores, referidos como corredores de ventilação 9, compreendem canos de distribuição de ar 5 e, quando apropriado, dutos de extração de ar 6. Deste modo, os dutos de transporte de ar 4 se estendem vantajosamente acima desses corredores alocados para o sistema de ventilação. Os canos de distribuição de ar 5, nesse caso, suprem ar condicionado para as caixas 7 que se encontram adjacentes ao corredor no qual as mesmas estão dispostas. Certos corredores referidos como corredores de manuseio 10 são providos para os movimentos dos recipientes de criação na zona climática, bem como para a sua entrada na zona climática e sua saída da zona climática (por exemplo, para a realização de uma operação de criação na terceira zona Z3 da fazenda).
[098] Quando os corredores de ventilação não possuem dutos de extração de ar, a extração do ar poderá ser feita nas extremidades dos corredores, ou em uma das extremidades dos corredores, a fim de definir um fluxo de ar orientado dentro dos corredores por meio de extratores convencionais e/ou por um meio de extração de ar conectado ao terceiro conjunto de dutos C3. De maneira alternativa, a extração de ar poderá ser feita em qualquer lado da fazenda, de acordo com a orientação desejada do fluxo de ar. Essa disposição poderá também ser implementada em adição aos dutos de extração de ar.
[099] Os movimentos dos recipientes, individualmente ou sob a forma de unidades básicas de criação BU, poderão ser realizados usando vários sistemas. Em particular, uma máquina de armazenamento e recuperação poderá ser provida, cuja máquina é capaz de se movimentar ao longo - ou entre - as caixas dos corredores de manuseio 10. A máquina de armazenamento e recuperação é, por exemplo, configurada de modo a mover as unidades básicas de criação BU em direção à ou a partir de uma interface com a terceira zona Z3. Essa interface pode compreender uma correia transportadora. Outros sistemas de manuseio ou, mais geralmente, sistemas de transporte poderão ser considerados para a recuperação dos recipientes de criação das caixas (ou para a instalação dos recipientes de criação nas caixas 7) e sua movimentação. Robôs, autômatos ou veículos de transporte autônomos poderão ser usados, possivelmente com elevadores adequados que permitam que os ditos robôs, autômatos, ou veículos autônomos se movimentem entre os níveis verticais das caixas 7.
[0100] Os corredores de manuseio 10 são, portanto, providos com dispositivos que compreendem uma estrutura fixa para o transporte das unidades básicas BU (a máquina de armazenamento e recuperação, o elevador) ou são deixados substancialmente livres de qualquer obstáculo a fim de a movimentação dos meios autônomos (robôs, autômatos ou veículos autônomos).
[0101] A Figura 4 ilustra, em uma vista em planta superior, uma zona climática em conformidade com a configuração geral da Figura 3. Em cada corredor de ventilação 9, os canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura são dispostos alternadamente com os canos 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura.
[0102] Esta alternância visa garantir uma boa homogeneidade de temperatura na zona climática. A alternância dos canos de distribuição de ar pode consistir da seguinte sequência: um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, seguido de um cano 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura, seguido de um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, etc. No entanto, outras sequências de alternância serão possíveis no sentido de garantir uma homogeneidade ideal na temperatura do ar. De maneira similar, os canos de extração de ar 6 podem ser dispostos entre os canos de distribuição de ar, de preferência em uma sequência regular. A distribuição entre os canos de distribuição de ar e os canos de extração de ar contribui para o estabelecimento de um fluxo que permite uniformidade de temperatura e a renovação do ar na fazenda. Este fluxo é opcionalmente otimizado por uma divisória parcial entre os canos de distribuição de ar, um exemplo do que é descrito a seguir com referência à Figura 5.
[0103] No exemplo aqui mostrado, a seguinte sequência é provida ao longo de cada corredor de ventilação 9: um cano de extração de ar 6, seguido de um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, seguido de um cano 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura, seguido de um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, seguido de um cano 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura, seguido de um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, seguido de um cano de extração de ar 6, seguido, se necessário, de uma nova sequência idêntica (ou seja, começando com um novo cano de extração de ar 6), etc.
[0104] Na Figura 4, as setas que partem dos canos de distribuição de ar 51, 52 ilustram a direção principal de introdução de ar a partir dos ditos canos de distribuição de ar. De maneira similar, as setas direcionadas para os canos de extração 6 ilustram a direção na qual o ar é aspirado para dentro dos ditos canos de extração de ar 6.
[0105] Sendo assim, os canos para a distribuição de ar na primeira temperatura 51 tendem a soprar o ar na direção das caixas 7, a fim de garantir uma boa renovação do ar nos recipientes de criação. Os canos para a distribuição de ar na segunda temperatura 52 tendem a soprar o ar na segunda temperatura na direção do corredor de ventilação 9, na direção dos canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, de modo que o ar na segunda temperatura se misture com o ar na primeira temperatura antes de um fluxo de ar relativamente uniforme atinja os recipientes de criação.
[0106] Os canos de extração de ar 6 aspiram o ar das caixas 7 de modo que um fluxo de renovação de ar seja adequadamente estabelecido nos ditas caixas.
[0107] A Figura 4 é uma vista em planta bidimensional. No entanto, fluxos idênticos são providos ao longo de toda a altura da zona climática, ou, pelo menos, nos vários níveis verticais da zona climática, de modo a garantir uma temperatura substancialmente idêntica e aceitável ao longo de toda a altura da zona climática.
[0108] A Figura 5 ilustra esse aspecto. Em particular, a Figura 5 mostra uma vista esquemática tridimensional de uma caixa 7 e os canos de distribuição e extração de ar adjacentes a essa caixa 7.
[0109] Três planos P1, P2, P3 de fluxo de ar são mostrados, a título de ilustração do estabelecimento do fluxo de ar não somente na parte inferior da zona climática, tipicamente próximo ao chão (no nível do primeiro plano P1), mas também em uma parte intermediária da zona climática (no nível do plano P2) e na parte superior da zona climática, tipicamente próxima a um teto (no nível do plano P3).
[0110] A Figura 5 também ilustra a possibilidade de instalação de divisórias 11, fazendo com que se torne possível desviar os fluxos de ar de modo a orientar os ditos fluxos de ar no interior da zona climática e melhorar a homogeneidade da temperatura do ar que chega às caixas 7 e aos recipientes de criação.
[0111] Tipicamente, as divisórias 11 podem ser dispostas opostas aos bocais de saída dos canos de distribuição de ar 5. No que diz respeito aos canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, essa abordagem, em particular, faz com que se torne possível impedir a entrada de um fluxo de ar direto nas caixas a partir dos ditos canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura 51. Tal fluxo de ar direto poderá ter uma velocidade muito alta e, ao mesmo tempo, ser desfavorável à boa mistura do ar na primeira temperatura T1 com o ar na segunda temperatura T2.
[0112] Além disso, divisórias 11 podem ser providas entre os canos de distribuição de ar 5 e os canos de extração 6, a fim de limitar a proporção de ar introduzido na zona climática que não participará da renovação do ar nos recipientes de criação presentes nas caixas 7.
[0113] A Figura 6 ilustra, em uma vista em planta superior, uma zona climática em conformidade com a configuração geral da Figura 3, de acordo com uma segunda modalidade exemplar. Tal como na modalidade da Figura 4, em cada corredor de ventilação 9, os canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura são dispostos de maneira alternada com os canos 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura.
[0114] Em particular, no exemplo aqui mostrado, a seguinte sequência é provida ao longo de cada corredor de ventilação 9: um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura é seguido de um cano 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura, seguido de um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, seguido de um cano 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura, e assim por diante.
[0115] De acordo com essa configuração, a extração de ar é realizada em um ou mais lados da fazenda. Neste caso, aberturas de retorno de ar 62 são formadas em uma primeira face da zona climática, vantajosamente localizada próxima à ou na direção da zona de ar condicionado Z4. Em particular, as aberturas de retorno de ar 62 são vantajosamente localizadas em uma extremidade dos corredores (em particular nos corredores de ventilação 9) da fazenda. As aberturas de retorno de ar suprem o terceiro conjunto de dutos C3, permitindo um retorno do ar da zona climática para a zona de ar condicionado. O ar proveniente do terceiro conjunto de dutos é, nesse caso, mais uma vez regulado, ou seja, no todo ou em parte na primeira temperatura T1 ou na segunda temperatura T2.
[0116] Os extratores de ar 63 ficam posicionados em um ou mais lados da zona climática. Os extratores de ar 63 ficam vantajosamente localizados na parte superior da zona climática, onde o ar mais quente tende a ficar situado. Os extratores de ar 63 permitem que o ar quente presente na fazenda seja extraído para o lado de fora, de tal modo que o ar então extraído seja trocado pelo ar proveniente do exterior. A renovação do ar, deste modo, poderá ser feita através da introdução de ar proveniente do primeiro e do segundo conjunto de dutos ou, possivelmente, através das aberturas da zona climática. Quando o ar externo fica a uma temperatura substancialmente mais baixa que a temperatura desejada para a fazenda, essa provisão de ar externo permitirá o resfriamento da zona climática sem o emprego de um meio para o abaixamento da temperatura do ar (dos sistemas de ar condicionado ou equivalente), de tal maneira que apenas o custo de energia deste resfriamento corresponda à energia requerida para a extração do ar da zona climática pelos extratores de ar 63. Isso pode, por conseguinte, ser referido como um "resfriamento gratuito".
[0117] Em uma vista similar à da Figura 6, a Figura 7 mostra uma variante da modalidade da Figura 6 que torna possível a otimização da homogeneidade da temperatura do ar na zona climática.
[0118] De acordo com a configuração mostrada na Figura 7, a sequência provida ao longo de cada corredor de ventilação 9 é idêntica à da configuração da Figura 6: um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura é seguido de um cano 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura, seguido de um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, seguido de um cano 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura, e assim por diante. No entanto, os canos de distribuição de ar, respectivamente na primeira temperatura e na segunda temperatura, são dispostos em uma disposição escalonada entre dois corredores de ventilação consecutivos. Sendo assim, na direção transversal (considerando que os corredores definem a direção longitudinal), cada cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura é cercado por canos 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura, e cada cano 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura é circundado por canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, exceto, é claro, os canos localizados nos corredores na borda da zona climática.
[0119] De maneira similar, de acordo com uma variante não mostrada, um deslocamento diferente poderá ser aplicado entre os canos de dois corredores de ventilação sucessivos (por exemplo, um deslocamento na metade da distância longitudinal entre dois canos de distribuição de ar).
[0120] Além disso, os extratores de ar ficam localizados na parte superior da fazenda, podem ser instalados no topo das torres a fim de reforçar a estrutura da fazenda. Em particular, os extratores de ar 63 podem ser instalados no topo das torres 64 justapostas contra uma parede da fazenda, de tal modo que não apenas os extratores de ar 63 não constituam uma carga a ser suportada pela estrutura da fazenda, mas, sim, as torres que suportam os mesmos poderão reforçar a dita estrutura da fazenda. Essa configuração é mostrada na Figura 8.
[0121] Na configuração exemplar mostrada na Figura 3, os canos de distribuição de ar são supridos por conjuntos de dutos que se estendem sob o teto da zona climática. De maneira similar, os canos de recuperação de ar são conectados ao terceiro conjunto de dutos que se estendem também na parte superior da fazenda.
[0122] No entanto, outras configurações são possíveis. A Figura 9 mostra uma configuração alternativa exemplar em uma vista em planta bidimensional da zona climática. De acordo com esta configuração, todas as caixas são dispostas tal como na configuração descrita com referência às Figuras 3 a 8. Em particular, as caixas paralelas 7 formam, entre as mesmas, corredores paralelos 8, compreendendo corredores de ventilação 9 e corredores de manuseio 10 (tipicamente um corredor dentre dois é um corredor de ventilação, e um corredor dentre dois é um corredor de manuseio).
[0123] Uma máquina de armazenamento e recuperação ou qualquer outro meio de manuseio adequado (em particular, robôs, autômatos ou veículos de transporte autônomos) poderá ser provido em cada corredor de manuseio 10.
[0124] Em contrapartida à configuração da Figura 3, um dos dois conjuntos de dutos que permitem a introdução de ar na zona climática, neste caso, o segundo conjunto de dutos C2 que abastece os canos 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura, se estende na parte inferior da zona climática. No exemplo mostrado, o primeiro conjunto de dutos C1 que supre os canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura se estende na parte superior da zona climática.
[0125] O fato de um conjunto de dutos se localizar na parte inferior faz com que se torne possível limitar a massa das infraestruturas a ser suportada pela estrutura da zona climática na parte superior da mesma. Isso também permite limitar o comprimento total dos dutos na fazenda, o que é vantajoso tanto em termos econômicos quanto em termos de confiabilidade.
[0126] Obviamente, a configuração inversa àquela apresentada na Figura 9 pode ser considerada, ou seja, com o primeiro conjunto de dutos que supre os canos para a distribuição de ar na primeira temperatura estendendo-se na parte inferior, e o segundo conjunto de dutos que supre os canos para a distribuição de ar na segunda temperatura estendendo-se na parte superior. De modo geral, o primeiro conjunto de dutos, o segundo conjunto de dutos e, opcionalmente, o terceiro conjunto de dutos (para extração de ar) podem se estender na parte inferior da zona climática.
[0127] Na parte superior ou na parte inferior da fazenda, o conjunto de dutos pode compreender ou ser constituído de um coletor ou câmara de ar.
[0128] Nos canos de distribuição de ar, cujo suprimento é feito por baixo, o fluxo de ar é ascendente, enquanto nos canos de distribuição de ar, cujo suprimento é feito de cima, o fluxo de ar é descendente. No entanto, em ambos os casos, os bocais de ejeção de ar de cada cano são vantajosamente configurados (em número, distribuição, forma, e seção transversal) de modo que o fluxo de ar ejetado seja substancialmente homogêneo ao longo de toda a altura das caixas 7 na zona climática.
[0129] Em termos gerais, é preferível que o fluxo de ar que atinge e passa através dos recipientes de criação tenha uma velocidade baixa, de tal maneira que esse fluxo de ar não consiga levantar o material de criação presente nos recipientes.
[0130] Em todas as configurações que utilizam canos de distribuição de ar verticais, tais como os acima descritos, a distribuição do ar é vantajosamente realizada ao longo de toda a altura sobre a qual estão presentes os recipientes de criação de insetos. Em particular, a distribuição de ar é feita até aproximadamente 50 cm abaixo do recipiente mais baixo (tipicamente a caixa). O recipiente de criação mais baixo pode ser posicionado a uma certa altura do chão da fazenda, por exemplo, a aproximadamente 1,5 m do chão, o que torna possível acomodar um determinado número de sistemas técnicos (mecanismos de máquina de armazenamento e recuperação, conjuntos de dutos tais como os descritos acima, etc.), como também permite uma fácil limpeza da fazenda, por exemplo, usando robôs de limpeza.
[0131] A segunda configuração geral se baseia em uma distribuição horizontal de canos de distribuição de ar na zona climática. Tipicamente, os canos de distribuição de ar são dispostos acima das caixas 7. As Figuras 10 a 15, mais particularmente, mostram a primeira zona climática Z1 de uma fazenda de acordo com a Figura 1, organizada de acordo com esta segunda configuração geral.
[0132] A Figura 10 mostra uma primeira variante desta segunda configuração, em uma vista tridimensional, enquanto a Figura 11 mostra a variante da Figura 10 em um plano bidimensional.
[0133] De acordo com a segunda configuração, as caixas 7 são organizadas em uma ou mais camadas sobrepostas verticalmente, cada qual compreendendo, em um mesmo plano horizontal, várias linhas paralelas 71, 72, 73. As Figuras 10 e 11 mostram uma zona climática que compreende três camadas, a saber, uma camada inferior S1, uma camada intermediária S2 e uma camada superior S3.
[0134] Na variante da segunda configuração mostrada nas Figuras 10 e 11, um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura e um cano 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura são dispostos acima de cada linha 71, 72,
73. Um cano de extração de ar 6 é disposto abaixo de cada linha. Esta configuração garante que haja um fluxo de ar através das caixas a fim de renovar o ar em torno das unidades básicas (ou recipientes de criação unitários) contidas nas ditas caixas.
[0135] A fim de prover uma temperatura homogênea em cada uma das camadas e, em particular, evitar que a camada superior S3 tenha uma temperatura substancialmente mais alta que a das camadas abaixo da mesma, as camadas poderão ser separadas umas das outras por um piso isolante térmico. Além disso, nesta configuração, é possível garantir uma temperatura próxima entre as diferentes camadas ao controlar as diferentes taxas de introdução de ar na primeira temperatura e na segunda temperatura em cada uma das camadas S1, S2, S3. Tipicamente, uma vez que ar na primeira temperatura é menos frio que o ar na segunda temperatura, pode-se fazer uma provisão para a distribuição de uma maior quantidade de ar na segunda temperatura (em proporção ao ar na primeira temperatura) de acordo com uma altura maior da camada considerada.
[0136] Na segunda configuração geral, se a zona climática for organizada de acordo com a primeira variante das Figuras 10 e 11, em conformidade com a segunda variante das Figuras 12 e 13, ou de acordo com outra variante alternativa, a dita zona climática poderá vantajosamente compreender corredores paralelos configurados para a passagem dos recipientes de criação na zona climática, bem como para a entrada dos recipientes de criação na zona climática e a saída dos mesmos da zona climática. Esses movimentos dos recipientes de criação, os quais, se necessário, poderão ser agrupados em unidades básicas, poderão ser feitos por meio de vários dispositivos, dentre os quais uma máquina de armazenamento e recuperação, uma correia transportadora, um robô, um autômato, ou um veículo autônomo.
[0137] De acordo com a variante da segunda configuração mostrada nas Figuras 12 e 13, nenhum cano de extração de ar é provido abaixo de cada caixa. A extração de ar poderá ser feita nas extremidades dos corredores, por extratores convencionais e/ou por meios de extração de ar conectados ao terceiro conjunto de dutos C3. Uma extração de ar em uma das extremidades dos corredores também permitirá a criação de um fluxo de ar regular e orientado dentro da zona climática, de acordo com a orientação dos corredores. De maneira alternativa, a extração de ar poderá ser realizada em qualquer lado da zona climática, de acordo com a orientação desejada do fluxo de ar. Além disso, na variante mostrada, a zona climática é organizada em grupos de caixas. Cada grupo de caixas é composto por um corredor, e as caixas ficam situadas em cada lado do corredor, ou seja, as caixas ficam diretamente adjacentes ao mesmo. As Figuras 12 e 13, portanto, representam, cada uma das mesmas, um único grupo de caixas. Uma camada de uma zona climática organizada de acordo com a segunda configuração de modo geral compreende uma pluralidade de grupos de caixas adjacentes. Opcionalmente, por exemplo, a fim de alocar dois grupos de caixas em diferentes silos, os ditos grupos de caixas adjacentes poderão ser separados por uma parede de isolamento térmico.
[0138] No exemplo mostrado, em um grupo de caixas, acima de cada caixa 7 é estendido um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura, e um cano 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura, e acima de cada corredor 8 é estendido um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura.
[0139] As caixas da camada mostrada são de dois andares, ou seja, as mesmas são adequadas para armazenar unidades básicas BU em dois níveis.
[0140] Os canos 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura são vantajosamente localizados acima dos canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura. Esta configuração torna possível dispor os canos 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura (sendo a segunda temperatura T2 mais fria do que a primeira temperatura T1) mais distantes das caixas 7 e dos recipientes de criação, o que evitará que um ar muito frio seja suprido aos recipientes de criação (o ar na segunda temperatura T2 será necessariamente misturado com o ar menos frio, tipicamente na primeira temperatura T1, antes de se aproximar dos recipientes de criação).
[0141] Divisórias 11 poderão ser dispostas entre os canos de distribuição de ar de modo a desviar os fluxos de ar que saem dos canos de distribuição de ar a fim de orientar o fluxo de ar dentro da zona climática e melhorar a uniformidade de temperatura do ar que chega às caixas 7 e aos recipientes de criação que as mesmas contêm.
[0142] Em particular, uma divisória 11 poderá ser disposta em uma posição contrária aos bocais de cada um dos canos de distribuição de ar, de tal modo que o fluxo de ar que vem de cada cano incida sobre a divisória respectivamente posicionada contrária ao dito cano. A título de ilustração, na Figura 13, as setas partindo dos canos de distribuição de ar 51, 52 ilustram a direção principal de introdução de ar a partir dos ditos canos de distribuição de ar. Os canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura e os canos 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura localizados diretamente acima das caixas 7 sopram em um sentido substancialmente horizontal, em direção ao centro do corredor 8 que separa as caixas, de modo a criar um fluxo de ar direto entre os ditos canos e as caixas. O cano para a distribuição de ar na primeira temperatura 51 localizado acima do corredor 8 sopra no sentido descendente, em direção a uma divisória 11 que promove a mistura do ar que vem dos diferentes canos de distribuição de ar, e evita a criação de um fluxo direto em direção ao fundo do corredor 8, as zonas localizadas no topo (nível superior das caixas 7) sendo as mais difíceis de resfriar, apresentando a tendência de acumular ar quente nas mesmas.
[0143] A Figura 14 mostra, em uma vista em planta bidimensional, um terceiro exemplo de configuração geral de uma zona climática de uma fazenda de criação de insetos. De acordo com esta configuração, as caixas são dispostas na configuração descrita com referência às Figuras 3 a 9. Em particular, as caixas paralelas 7 formam, entre si, corredores paralelos 8, compreendendo corredores de ventilação 9 e corredores de manuseio 10 (tipicamente um corredor dentre dois corredores sendo um corredor de ventilação, e um corredor dentre dois sendo um corredor de manuseio).
[0144] Uma máquina de armazenamento e recuperação ou qualquer outro meio de manuseio adequado (incluindo robôs, autômatos ou veículos de transporte autônomos) poderá ser provido em cada corredor de manuseio 10.
[0145] Um cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura se estende acima de cada corredor de ventilação 9. Os bocais de ejeção de ar de cada cano 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura são orientados em direção ao chão de cada zona climática e do correspondente corredor de ventilação 9. Sendo assim, os canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura provêem a maior parte do suprimento de ar na zona climática e do fluxo de ar nos mesmos. Os canos 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura se estendem entre os canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura. Por exemplo, um ou dois canos 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura poderão ser providos entre dois canos sucessivos para a distribuição de ar na primeira temperatura 51.
[0146] Os canos 52 para a distribuição de ar na segunda temperatura compreendem bocais de distribuição orientados em direção ao cano ou canos adjacentes para a distribuição de ar na primeira temperatura. O ar na segunda temperatura T2 é, assim, misturado com o ar na primeira temperatura T1 antes de chegar às caixas 7, e é conduzido pelo fluxo de ar principal proveniente dos canos 51 para a distribuição de ar na primeira temperatura.
[0147] A Figura 15 mostra uma vista esquemática tridimensional de uma variante da zona climática da Figura 14.
[0148] De acordo com essa modalidade mostrada, a extração do ar é feita nas extremidades dos corredores 8 por extratores de ar. Os extratores são vantajosamente posicionados na parte superior dos corredores de manuseio 10. Em cooperação com o fluxo de distribuição de ar principal na zona climática dos corredores de ventilação em direção ao chão, tal extração organiza um fluxo de ar geral na zona de ventilação que passa pelas caixas 7, em todos os níveis das ditas caixas 7. Isso permite uma renovação do ar em todas as caixas e uma boa homogeneidade do ar (em temperatura, umidade e teor de CO2) em toda a zona climática.
[0149] A configuração da Figura 15 tem ainda a particularidade (opcional nesta configuração e, além disso, aplicável a todas as configurações da presente invenção, em particular às configurações detalhadas acima descritas, e tal como mostrado na Figura 7) de que a zona de ar condicionado fica diretamente adjacente à zona climática. Em particular, a zona de ar condicionado Z4, nesse caso, fica disposta acima da zona climática. A zona climática Z4 compreende, em particular, várias estações de processamento de ar 61. Cada estação de processamento de ar 61 torna possível colocar o ar na primeira temperatura T1 ou na segunda temperatura T2.
[0150] Outras disposições da zona de ar condicionado Z4 podem ser consideradas, em particular, em um lado, no chão, no teto ou contra uma parede da zona climática. A fazenda de criação de insetos pode compreender ainda várias zonas de ar condicionado, que poderão, por exemplo, compreender, cada uma das mesmas, uma ou mais estações de processamento de ar 61.
[0151] Sendo assim, nas três configurações previstas e acima descritas, espaços livres são providos entre os canos de distribuição de ar e as caixas a fim de permitir a homogeneização da temperatura do ar. Esses espaços estão localizados nos corredores de ventilação 9 da primeira configuração geral ilustrada nas Figuras 3 a 9, ou acima das caixas na segunda configuração geral ilustrada nas Figuras 10 a 13, ou acima e entre as caixas, tal como na terceira configuração geral ilustrada nas Figuras 14 e 15. As paredes 11 providas contrárias aos bocais de ejeção de ar dos canos de distribuição, respectivamente, na primeira temperatura e na segunda temperatura, promovem ainda a agitação do ar introduzido na zona climática, respectivamente, na primeira temperatura e na segunda temperatura.
[0152] O controle de temperatura na zona climática pode ser obtido regulando a quantidade de ar respectivamente introduzido na primeira temperatura e na segunda temperatura de acordo com a diferença entre uma temperatura de referência e uma temperatura medida em um ou mais pontos da zona climática. No caso de serem desejadas diferentes temperaturas de referência (por exemplo, quando a zona climática é dividida em vários silos, ou quando vários sensores de temperatura indicam que existe uma grande diferença de temperatura entre diferentes pontos da zona climática), as quantidades e as proporções de ar na primeira temperatura e na segunda temperatura poderão ser reguladas por meio de válvulas de regulagem, em diferentes ramificações do primeiro conjunto de dutos e em diferentes ramificações do segundo conjunto de dutos. Na fazenda de criação de insetos exemplar mostrada na Figura 1, o primeiro conjunto de dutos C1 tem uma primeira ramificação B1 para a introdução de ar na primeira zona climática Z1, e uma segunda ramificação B2 para a introdução de ar na segunda zona climática Z2. As válvulas de regulagem V1, V2 permitem a distribuição do ar respectivamente introduzido na primeira zona climática Z1 e na segunda zona climática Z2.
[0153] Uma configuração similar poderá ser provida para o segundo conjunto de dutos. Da mesma maneira, dentro de uma mesma zona climática, cada conjunto de dutos poderá ter diversas ramificações nas quais a passagem do ar poderá ser regulada de forma independente.
[0154] O nível de umidade constitui, tal como acima indicado, outro parâmetro ambiental, cujo controle e comando serão importantes no sentido de promover o crescimento dos insetos e limitar o risco de desenvolvimento de certas doenças. O sistema de ar condicionado presente na zona de ar condicionado Z4 é vantajosamente configurado de modo a regular o nível de umidade do ar na primeira temperatura e/ou o nível de umidade do ar na segunda temperatura. Quando apenas um dos níveis de umidade do ar na primeira temperatura e do ar na segunda temperatura pode ser regulado, o mesmo poderá ser adaptado de acordo com o nível de umidade do ar na outra temperatura, e de acordo com a razão entre o ar introduzido na primeira temperatura e o ar introduzido na segunda temperatura. Além disso, cada zona climática poderá compreender outros dispositivos de umidificação do ar (por exemplo, borrifadores) que possibilitam a correção do nível de umidade, de forma a atingir um nível de umidade desejado. O fluxo de ar gerado pela introdução ou extração do ar na ou da zona climática em questão, e a cinemática do ar descrita com referência ao controle da temperatura na zona climática permitirão uma boa homogeneidade do nível de umidade do ar na zona climática.
[0155] Por fim, o nível de dióxido de carbono também constitui um parâmetro ambiental cujo controle é importante. A manutenção de um nível de dióxido de carbono em um nível aceitável (abaixo de um limite predefinido) é obtida por uma suficiente renovação do ar. Para este fim, uma taxa mínima de renovação do ar poderá ser definida. A renovação do ar é provida por uma concomitante introdução e extração de uma quantidade de ar suficiente. Por conseguinte, poderá ser necessário, de acordo com o nível de dióxido de carbono na zona climática, introduzir um ar menos frio na zona climática, porém em maior quantidade. Por exemplo, a quantidade de ar introduzido na segunda temperatura T2 (que se espera ser mais frio do que o ar na primeira temperatura T1) poderá ser limitada, enquanto a quantidade de ar introduzido na primeira temperatura poderá ser maior.
[0156] A presente invenção assim desenvolvida permite uma regulação efetiva dos parâmetros ambientais em uma fazenda de criação de insetos, em particular no contexto de uma atividade agrícola em escala industrial. Esta regulação, em particular da temperatura, é obtida pela introdução de ar em duas temperaturas diferentes na mesma zona climática. Deste modo, os fluxos de ar poderão ter funções bem diferentes. Por exemplo, o ar introduzido em uma primeira temperatura poderá participar no resfriamento do ar na zona climática, mas também, em cooperação com um meio de extração de ar, na geração da maior parte do fluxo de ar na zona climática. O fluxo gerado terá a função de renovar o ar na zona climática como também a função de homogeneizar o ar, seja em termos de temperatura, umidade, ou nível de dióxido de carbono. O ar introduzido em uma segunda temperatura, geralmente inferior à primeira temperatura, permitirá uma rápida correção da temperatura na zona climática. Sendo assim, a passagem do ar introduzido na zona climática na primeira temperatura poderá ser tipicamente (e de acordo com os requisitos de resfriamento) duas a quatro vezes maior que a passagem do ar introduzido na zona climática na segunda temperatura.
[0157] Um controle efetivo dos parâmetros ambientais em grandes zonas climáticas (em particular de, por exemplo, várias centenas de metros quadrados, com pé-direito de vários metros) torna possível imaginar a criação de insetos em escala industrial, com rendimento maximizado e boas condições para a vida e crescimento de insetos em uma fazenda.

Claims (21)

REIVINDICAÇÕES
1. Fazenda de criação de insetos compreendendo uma zona climática (Z1, Z2) que compreende um conjunto de caixas (7) para o armazenamento dos insetos em recipientes de criação (1, 2) e uma zona de ar condicionado (Z4) que compreende um sistema de ar condicionado configurado para regular o ar a uma primeira temperatura (T1), a fazenda compreendendo um primeiro conjunto de dutos (C1) configurados para transportar o ar na primeira temperatura (T1) da zona de ar condicionado (Z4) para a zona climática (Z1, Z2) e liberar o dito ar na primeira temperatura (T1) para a dita zona climática (Z1, Z2), a fazenda sendo CARACTERIZADA pelo fato de que o sistema de ar condicionado é configurado ainda para regular a temperatura do ar para uma segunda temperatura (T2) em conjunto com a regulação de temperatura do ar para a primeira temperatura (T1), e pelo fato de que a fazenda compreende um segundo conjunto de dutos (C2) configurados para transportar o ar na segunda temperatura (T2) da zona de ar condicionado (Z4) para a zona climática (Z1, Z2) e liberar o dito ar na segunda temperatura (T2) para a dita zona climática (Z1, Z2), o dito ar na primeira temperatura e o dito ar na segunda temperatura misturando-se na dita zona climática.
2. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que a fazenda compreende um dispositivo de extração de ar que compreende um terceiro conjunto de dutos (C3) configurados para o retorno do ar da zona climática. (Z1, Z2) para a zona de ar condicionado (Z4).
3. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, CARACTERIZADA pelo fato de que o primeiro conjunto de dutos (C1) compreende uma pluralidade de canos (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura, cada qual sendo formado por um duto compreendendo bocais de ejeção de ar distribuídos ao longo do dito cano (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura, e pelo fato de que o segundo conjunto de dutos (C2) compreende uma pluralidade de canos (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura (52), cada qual sendo formado por um duto compreendendo bocais de ejeção de ar distribuídos ao longo do dito cano (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura.
4. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADA pelo fato de que as caixas (7) da zona climática (Z1, Z2) são organizadas em ambos os lados dos corredores paralelos (8) e pelo fato de que um corredor (8) dentre dois é um corredor de manuseio (10) configurado para a passagem de recipientes de criação (1, 2) na zona climática (Z1, Z2), bem como para a entrada de recipientes de criação (1, 2) na zona climática (Z1, Z2) e sua saída da zona climática (Z1, Z2), e um corredor (8) dentre dois é um corredor de ventilação (9) que compreende uma sucessão, em uma sequência predefinida, de canos (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura e de canos (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura, os ditos canos (51, 52) para a distribuição de ar na primeira temperatura e na segunda temperatura estendendo-se em um sentido substancialmente vertical entre as caixas (7).
5. Fazenda de criação de insetos, de acordo com as reivindicações 2 e 4, CARACTERIZADA pelo fato de que os corredores de ventilação (9) compreendem ainda os dutos de extração de ar (6) do dispositivo de extração de ar, os ditos dutos de extração de ar estendendo-se em um sentido substancialmente vertical entre as caixas.
6. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 5, CARACTERIZADA pelo fato de que os canos para a distribuição (51, 52) e extração de ar (6) podem ser dispostos em cada corredor de ventilação (9) na seguinte sequência, única ou repetida várias vezes: cano de extração de ar (6), cano (51)
para a distribuição de ar na primeira temperatura, cano (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura, cano (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura, cano (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura.
7. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADA pelo fato de que os canos de distribuição de ar (51, 52) (6) são dispostos em cada corredor de ventilação (9) na seguinte sequência, única ou repetida várias vezes: cano (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura, cano (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura, cano (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura, cano (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura.
8. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 2 e uma das reivindicações 4 a 7, CARACTERIZADA pelo fato de compreender ainda as aberturas de retorno de ar (62) do dispositivo de extração de ar, localizadas em uma extremidade dos ditos corredores (8).
9. Fazenda de criação de insetos de acordo com uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADA pelo fato de compreender ainda extratores de ar (63) configurados para extrair o ar da zona climática para o lado de fora da fazenda.
10. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 9, CARACTERIZADA pelo fato de que os extratores de ar (63) ficam na parte superior da zona climática, em torres (64) justapostas contra uma parede da fazenda.
11. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADA pelo fato de que os canos (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura e os canos (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura são dispostos acima das caixas (7).
12. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 11, CARACTERIZADA pelo fato de que as caixas (7) são organizadas em uma ou mais camadas (S1, S2, S3) cada qual compreendendo, em um mesmo plano horizontal,
várias linhas paralelas (71, 72, 73) nas quais um cano (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura e um cano (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura são dispostos acima de cada linha (71, 72, 73), e um cano de extração de ar (6) do dispositivo de extração de ar é disposto abaixo de cada linha (71, 72, 73).
13. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 12, CARACTERIZADA pelo fato de que as caixas (7) da zona climática (Z1, Z2) são organizadas, em uma ou mais camadas (S1, S2, S3), em ambos os lados dos corredores paralelos (8) configurados para a passagem dos recipientes de criação (1, 2) na zona climática (Z1, Z2), bem como para a entrada dos recipientes de criação (1, 2) na zona climática (Z1, Z2) e sua saída da zona climática (Z1, Z2) e pelo fato de que acima de cada caixa (7) se estende um cano (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura e um cano (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura, e acima de cada corredor (8) se estende um cano (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura.
14. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 12, CARACTERIZADA pelo fato de que as caixas (7) da zona climática são organizadas em ambos os lados dos corredores paralelos (8) e pelo fato de que um corredor (8) dentre dois é um corredor de manuseio (10) configurado para a passagem dos recipientes de criação (1, 2) na zona climática (Z1, Z2), bem como para a entrada dos recipientes de criação (1, 2) na zona climática (Z1, Z2) e sua saída da zona climática (Z1, Z2), e um corredor (8) dentre dois é um corredor de ventilação (9) acima do qual se estende um cano (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura do qual os bicos de ejeção de ar são orientados para um terreno da fazenda.
15. Fazenda de criação de insetos, de acordo com a reivindicação 14, CARACTERIZADA pelo fato de que os bocais de ejeção de ar dos canos (52) para a distribuição de ar na segunda temperatura (52) são orientados para um cano (51) para a distribuição de ar na primeira temperatura.
16. Fazenda de criação de insetos, de acordo com uma das reivindicações 3 a 15, CARACTERIZADA pelo fato de que as paredes (11) são providas com frente para os bicos de ejeção de ar dos canos de distribuição de ar (51, 52) de modo a promover a mistura do ar introduzido na zona climática (Z1, Z2) respectivamente na primeira temperatura (T1) e na segunda temperatura (T2).
17. Fazenda de criação de insetos, de acordo com uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADA pelo fato de que o sistema de ar condicionado permite ainda o controle do nível de umidade do ar na primeira temperatura (T1) e/ou do ar na segunda temperatura (T2).
18. Fazenda de criação de insetos, de acordo com uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADA pelo fato de que a primeira temperatura (T1) é maior que a segunda temperatura (T2), o sistema de ar condicionado sendo configurado para produzir duas a quatro vezes mais ar na primeira temperatura (T1) do que o ar na segunda temperatura (T2).
19. Fazenda de criação de insetos, de acordo com uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADA pelo fato de que o primeiro conjunto de dutos (C1) e o segundo conjunto de dutos (C2) podem compreender, cada um dos mesmos, ramificações (B1, B2) providas com válvulas de controle (V1, V2), tornando possível modular a taxa de fluxo de ar em cada uma das ditas ramificações.
20. Método para o condicionamento do ar em uma zona climática de uma fazenda de criação de insetos, o método sendo CARACTERIZADO pelo fato de compreender as etapas de introduzir ar a uma primeira temperatura (T1) na zona climática (Z1, Z2) juntamente com a introdução de ar a uma segunda temperatura (T2) na zona climática (Z1, Z2), e extrair da dita zona climática (Z1, Z2) uma quantidade de ar similar à quantidade de ar introduzida, e controlar a quantidade de ar respectivamente introduzida na primeira temperatura (T1) e na segunda temperatura (T2) de acordo com a diferença entre uma temperatura de referência e uma temperatura medida em um ou mais pontos da zona climática.
21. Método para o condicionamento do ar, de acordo com a reivindicação 20, CARACTERIZADO pelo fato de que a primeira temperatura (T1) é maior que a segunda temperatura (T2), a primeira temperatura (T1) e a segunda temperatura (T2) sendo ambas mais baixas que a temperatura de referência.
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