BR112020019598A2

BR112020019598A2 - Dispositivo para administração de um fluido

Info

Publication number: BR112020019598A2
Application number: BR112020019598-7A
Authority: BR
Inventors: Frank Altermann; Dominic Kamenzin; Thomas Schmidt; Manuel Mattes; Robin Sauter; Daniel Seeh
Original assignee: Intervet International Bv
Priority date: 2018-03-26
Filing date: 2019-03-26
Publication date: 2021-01-05
Also published as: CN111936185B; US20210069417A1; CN111936185A; RU2020134799A; EP3773804B1; WO2019185604A1; US11534550B2; EP3773804A1; CN115399911A; JP2021519127A; DE102018107102A1; JP7401451B2; US20230158240A1; ES2973763T3

Abstract

é fornecido um dispositivo para administrar um fluido, com um cilindro (16, 116) que tem uma extremidade de dispensação aberta (17), um pistão (36) que é deslocável entre uma posição de extremidade dianteira e traseira no cilindro (16, 116) e é conectado a uma haste de pistão (35) que se sobressai ao longo de uma primeira direção além de uma extremidade traseira do cilindro (16, 116) oposta à extremidade de dispensação aberta (17) e é guiada em um bloco de recebimento (10), uma válvula de não retorno (18) fechando a extremidade de dispensação aberta (17), e um dispositivo de tensionamento (s) que é conectado à haste de pistão (35, 135) e está disposto no bloco de recebimento (10). o dispositivo de tensionamento (s) tem uma rampa (52) que é rotativa por meio de um motor (12) e tem uma pista de rampa (53) que se estende ao longo de uma linha helicoidal, em que a pista de rampa (53) sobe a partir de um primeiro platô ao longo de uma região de inclinação (s1, s2) para um segundo platô e desce a partir do segundo platô para o primeiro platô através de um flanco de transição (46). o dispositivo de tensionamento (s), além disso, tem um rolete (51) que está em contato com a pista de rampa (53) e é montado rotativamente em um arrastador (50), que está conectado a essa extremidade da haste de pistão (35, 135) que se sobressai para fora do cilindro (16, 116) e, portanto, após a rotação da rampa (52), a pista de rampa (53) percorre abaixo do rolete (51), que assim rotaciona, em que o rolete (51) tem uma região de suporte (55) que repousa sobre a região de inclinação (s1, s2) da pista de rampa (53) e pelo menos uma região lateral (56, 57) contígua lateralmente que tem um diâmetro externo menor do que a região de suporte (55) e que não repousa na região de inclinação (s1, s2) da pista de rampa (53), em que, durante a rotação da rampa, tanto a região de suporte (55) quanto a região lateral (56, 57) entram em contato com uma borda (54) da pista de rampa (53), a referida borda conectando o segundo platô ao flanco de transição (46).

Description

DISPOSITIVO PARA ADMINISTRAÇÃO DE UM FLUIDO

[001] A presente invenção refere-se a um dispositivo para a administração de um fluido, dispositivo esse que pode ter a forma de, por exemplo, uma seringa de auto-enchimento sem uma agulha, com a qual um fármaco líquido pode ser administrado a animais.

[002] Tais dispositivos para a administração de um fluido devem ser tão leves quanto possível, terem uma longa vida útil e estarem associados a baixos custos de manutenção e despesas.

[003] É o objetivo da invenção fornecer um dispositivo para administrar um fluido que realize pelo menos uma das propriedades mencionadas.

[004] A invenção é definida na reivindicação 1. Refinamentos vantajosos são especificados nas reivindicações dependentes.

[005] O dispositivo de acordo com a invenção para administrar um fluido compreende um cilindro que tem uma extremidade de dispensação aberta, um pistão que pode ser deslocado entre uma posição de extremidade dianteira e traseira no cilindro e está conectado a uma haste de pistão que se sobressai ao longo de uma primeira direção além de uma extremidade traseira do cilindro oposta à extremidade de dispensação aberta e é guiada em um bloco de recebimento, uma válvula de não retorno (ou válvula de admissão) fechando a extremidade de dispensação aberta e um dispositivo de tensionamento que está conectado à haste de pistão e está disposto no bloco de recebimento. O dispositivo de tensionamento pode mover a haste de pistão em uma operação de tensionamento, quando o pistão está em sua posição de extremidade dianteira, ao longo da primeira direção até que o pistão esteja em sua posição de extremidade traseira, a fim de, desse modo, encher o cilindro com o fluido a ser administrado e a fim de pré-tensionar a haste de pistão em direção à extremidade de dispensação aberta. Além disso, o dispositivo de tensionamento, quando o pistão está em sua posição de extremidade traseira, pode liberar a haste de pistão em uma operação de dispensação e, portanto, o pistão se move contra a primeira direção até sua posição de extremidade dianteira por causa da pré-tensão aplicada e, no processo, o fluido no cilindro é dispensado via válvula de não retorno para administração.

[006] O dispositivo de administração, de acordo com a invenção, tem, adicionalmente, uma rampa rotativa por meio do motor e tem uma pista de rampa que se estende ao longo de uma linha helicoidal. A pista de rampa sobe a partir de um primeiro platô ou nível ao longo de uma região de inclinação para um segundo platô ou segundo nível e desce a partir do segundo platô para o primeiro platô via um flanco de transição. Portanto, a pista de rampa tem uma única curva e pode ser referida como sendo helicoidal com um degrau.

[007] O dispositivo de tensionamento compreende, adicionalmente, um rolete que está em contato com a pista de rampa e é montado rotativamente em um arrastador, que está conectado àquela extremidade da haste de pistão que se sobressai para fora do cilindro e, portanto, após a rotação da rampa, a pista de rampa corre abaixo do rolete, que, desse modo, rotaciona. O rolete é, preferencialmente, montado de modo que seu eixo de rotação seja perpendicular à primeira direção (ou perpendicular ao eixo longitudinal da haste de pistão).

[008] Para a operação de tensionamento, a pista de rampa, iniciando a partir do contato do rolete com o primeiro platô, pode ser rotacionada de tal maneira que o rolete corra na região de inclinação até o segundo platô e o pistão é, desse modo, movido para sua posição de extremidade traseira. Para a operação de dispensação, a pista de rampa, começando a partir de um contato do rolete com o segundo platô, pode ser rotacionada até que o rolete via flanco de transição alcance o primeiro platô e o pistão é, desse modo, movido para sua posição de extremidade dianteira.

[009] A distância do segundo platô a partir do primeiro platô ao longo do eixo de rotação da rampa corresponde, preferencialmente, à distância a partir da fronte à posição de extremidade traseira do pistão ao longo da primeira direção e, portanto, ao curso do pistão.

[010] O movimento de rotação do motor é, portanto, convertido por meio da rampa e do rolete em um movimento de translação da haste de pistão ao longo de seu eixo longitudinal. O dispositivo de administração pode, portanto, ser tensionado por meio do motor e, portanto, um usuário precisa apenas atuar um elemento de acionamento, por exemplo, um botão de pressão, um comutador, um comutador seletor ou um botão, a fim de liberar a operação de dispensação e, portanto, administrar o fluido. Portanto, é possível, por exemplo, que muitos animais sejam injetados rapidamente, um em seguida do outro, com medicação.

[011] No caso do dispositivo de administração de acordo com a invenção, o rolete tem uma região de suporte que repousa sobre a região de inclinação da pista de rampa e pelo menos uma região lateral lateralmente adjacente que tem um diâmetro externo menor que aquele da região de suporte e que não repousa na região de inclinação da pista de rampa. Durante a operação de dispensação, tanto a região de suporte como a região lateral podem entrar em contato com uma borda da pista de rampa, a referida borda conectando o segundo platô ao flanco de transição. Isso leva à vantagem de haver uma resistência ao rolamento ou fricção relativamente baixa entre o rolete e a pista de rampa na região de inclinação. Durante a transferência através da borda para a operação de dispensação, tanto a região de recebimento como a região lateral repousam na borda e, portanto, a superfície de suporte é ampliada aqui e, assim, há presente uma pressão menor. Isto é vantajoso uma vez que, durante a transferência do rolete através da borda, a maior força atua sobre o rolete e, portanto, picos de pressão indesejáveis podem ser reduzidos. Portanto, a durabilidade do rolete é aumentada.

[012] Particularmente, o rolete em cada lado da região de suporte pode ter uma região lateral adjacente lateralmente com um diâmetro externo menor do que aquele da região de suporte. Isso leva a uma redução adicional da pressão no rolete durante a transferência através da borda.

[013] O rolete pode ser projetado de modo que o diâmetro externo da região de suporte seja constante. O diâmetro externo da respectiva região lateral pode diminuir em uma direção ao encontro da lateral do rolete (ou em uma direção oposta à região de suporte ou conforme a distância a partir da região de suporte torna-se maior).

[014] O rolete pode ter a forma de um rolete de plástico. A rampa pode ser composta de metal.

[015] A região de inclinação da pista de rampa pode ter uma primeira porção adjacente ao primeiro platô e uma segunda porção adjacente, em que a inclinação da segunda porção é maior do que a inclinação da primeira porção.

[016] O efeito, portanto, é alcançado com vantagem de que, no começo da operação de tensionamento, a pista de rampa tem uma inclinação menor, como resultado disso o motor precisa aplicar menos força ou torque. Isso é vantajoso durante a partida do motor, pois mais corrente é usada durante a partida. Assim que a primeira porção se funde com a segunda porção, o referido problema inicial foi superado e, portanto, uma inclinação maior pode ser facilmente realizada. Isso aumenta a durabilidade do motor.

[017] A região de inclinação da pista de rampa pode ser projetada de maneira que ambas as porções sejam lineares em relação ao ângulo de rotação do parafuso. Entretanto, também é possível que a primeira porção e/ou a segunda porção tenham um perfil não linear em relação ao ângulo de rotação. Neste caso, a inclinação da respectiva porção é preferencialmente a inclinação média da respectiva porção. O perfil não linear da respectiva porção é preferencialmente um perfil no qual a inclinação local aumenta à medida que o ângulo de rotação aumenta. O perfil não linear da respectiva porção pode ser, preferencialmente, um perfil de curvatura côncava.

[018] Particularmente, a região do ângulo de rotação (ou o comprimento do ângulo de rotação) da primeira porção pode ser menor que a região do ângulo de rotação (ou o comprimento do ângulo de rotação) da segunda porção. A razão da região do ângulo de rotação da primeira porção em relação à região do ângulo de rotação da segunda porção é, preferencialmente, não mais que 4/6 e não menos que 1/9.

[019] O cilindro, juntamente com a válvula de não retorno, pode ter a forma de um conjunto dianteiro trocável, o qual também pode ser denominado conjunto trocável, o qual é conectado de maneira liberável ao bloco de recebimento.

[020] Todo o conjunto dianteiro que está sujeito a maior quantidade de desgaste durante a operação do dispositivo para administrar um fluido (preferencialmente um líquido) pode, então, ser trocado por um novo (preferencialmente estruturalmente idêntico) conjunto dianteiro que é, então, conectado ao bloco de recebimento. A durabilidade de todo o dispositivo para administrar um fluido é, portanto, significativamente aumentada.

[021] O conjunto trocável pode ser disposto na extremidade dianteira do dispositivo de acordo com a invenção. Particularmente, por exemplo, durante o uso correto do dispositivo de acordo com a invenção, parte do conjunto trocável pode estar em contato com o animal ao qual o fluido se destina a ser administrado. A este respeito, pelo menos esta parte do conjunto trocável se sobressai a partir do resto do dispositivo de acordo com a invenção. O conjunto trocável pode ter uma parte que forma a extremidade distal do dispositivo de acordo com a invenção e, portanto, por esta razão, o conjunto trocável também pode ser denominado como um conjunto dianteiro trocável.

[022] Entende-se, aqui, particularmente, um conjunto dianteiro trocável como significando que o conjunto dianteiro como um todo pode ser separado do bloco de recebimento e trocado por um conjunto dianteiro estruturalmente idêntico que é conectado para troca ao bloco de recebimento. Entretanto, também é possível que o conjunto dianteiro que é separado do bloco de recebimento seja mantido (por exemplo, peças desgastadas, tais como vedações, sendo trocadas) e, em seguida, sendo conectado novamente ao bloco de recebimento.

[023] Uma vez que o conjunto dianteiro é completamente separado do bloco de recebimento e é, então, mantido ou trocado, contaminações indesejáveis podem ser evitadas de maneira confiável. Isso fica significativamente mais difícil e associado a custos mais elevados se, por exemplo, apenas as primeiras vedações do tipo O-ring desgastadas no conjunto dianteiro sejam trocadas individualmente quando o conjunto dianteiro, conforme anteriormente habitual, é instalado de tal maneira que não pode ser separado do resto do dispositivo de administração sem ser destruído.

[024] A conexão liberável entre o conjunto dianteiro e o bloco de recebimento pode ser, particularmente, uma conexão de parafuso. Entretanto, qualquer outro tipo de conexão removível também é possível, tal como, por exemplo, uma conexão de baioneta.

[025] O dispositivo de administração de acordo com a invenção pode ter um bocal para administrar o fluido sem uma agulha, o referido bocal sendo conectado através da válvula de não retorno à extremidade de dispensação aberta do cilindro e sendo parte do conjunto dianteiro. Portanto, é possível que o bocal também seja trocado ao mesmo tempo que o conjunto dianteiro é trocado.

[026] Alternativamente, o dispositivo pode ter uma agulha ou cânula que é conectada através da válvula de não retorno à extremidade de dispensação aberta do cilindro e faz parte do conjunto dianteiro. A agulha e a cânula podem, por sua vez, ser trocáveis.

[027] O dispositivo de administração de acordo com a invenção pode ter precisamente um cilindro com precisamente uma haste de pistão e precisamente um conjunto dianteiro. Entretanto, também é possível que o dispositivo de administração tenha dois ou mais cilindros com duas ou mais hastes de pistão e dois ou mais conjuntos frontais que são todos projetados de maneira idêntica e, portanto, dois ou mais fluidos idênticos ou diferentes podem ser admitidos simultaneamente. Os cilindros individuais podem ter volumes idênticos ou diferentes.

[028] O dispositivo de administração de acordo com a invenção tem, particularmente, a forma de um dispositivo de administração de auto- enchimento que usa a operação de tensionamento para permitir que o cilindro seja enchido com o fluido a ser administrado (por exemplo, um líquido a ser administrado).

[029] Isto pode ser realizado, por exemplo, de tal maneira que o enchimento do cilindro já ocorra durante toda a operação de tensionamento. Alternativamente, o dispositivo de administração pode ser projetado de tal maneira que, durante a operação de tensionamento, uma pressão negativa seja acumulada no cilindro, a referida pressão negativa sendo, então, usada para o fluido para ser sugado para dentro do cilindro devido à pressão negativa quando o pistão está em sua posição final traseira. Para este propósito, por exemplo, a extremidade distal do pistão pode ter um orifício cego que se estende na direção longitudinal da haste de pistão e a partir do qual um ou mais furos radiais se ramificam, os furos radiais, na posição de extremidade traseira do pistão, produzindo uma conexão de fluido a um reservatório do fluido a ser administrado.

[030] O dispositivo de administração de acordo com a invenção pode ter o motor que é usado para realizar a operação de tensionamento. Pode-se afirmar também que o motor fornece a energia necessária para a acumulação do pré-tensionamento da haste de pistão. O motor pode ser montado particularmente no bloco de recebimento.

[031] Para operar o motor e possíveis consumidores adicionais, a fonte de energia fornecida pode ser, por exemplo, uma bateria e/ou uma bateria de armazenamento. A fonte de energia pode ser formada, por exemplo, na base ou como base do dispositivo de administração. Além disso, a fonte de energia pode ser trocável ou instalada fixamente.

[032] O dispositivo de tensionamento pode ter uma mola que pré- tensiona a haste de pistão em direção à extremidade de dispensação aberta quando o pistão está na posição de extremidade traseira.

[033] No caso do dispositivo de administração de acordo com a invenção, o bloco de recebimento pode ter a forma de um bloco de recebimento integral que é produzido por um método de produção aditiva.

[034] Esse método de produção aditiva também pode ser denominado como impressão 3D e pode ser, por exemplo, um método de sinterização a laser.

[035] Isso faz com que o bloco de recebimento seja capaz de ser produzido com um peso relativamente baixo e alta rigidez e resistência. O peso total do dispositivo de administração é, portanto, mantido o mais baixo quanto possível, tornando a operação do mesmo agradável e durável para um usuário.

[036] Além disso, a formação integral do bloco de recebimento por meio do método de produção aditiva leva, de maneira vantajosa, à possibilidade de o bloco de recebimento ser formado de maneira extremamente compacta, o que não é possível com os métodos de produção de usinagem convencionais.

[037] O material usado para o bloco de recebimento é, preferencialmente, um metal (ou uma liga metálica) e, particularmente, titânio e, portanto, o bloco de recebimento é composto por metal (ou uma liga metálica) e, particularmente, por titânio. Além disso, alumínio, aço (por exemplo, aço maraging), aço inoxidável, titânio, uma liga de níquel e/ou uma liga de cobalto-cromo podem ser usados como material para o bloco de recebimento. Outros materiais possíveis são ligas AlSiMg, ligas CoCrMo e ligas de níquel-cromo. Além disso, materiais soldáveis podem ser usados. Todos estes materiais podem apresentar-se em uma forma (por exemplo em pó), a fim de produzir o bloco de recebimento a partir deles por meio de um método de produção aditiva (e particularmente por meio de sinterização a laser).

[038] O bloco de recebimento pode ter um rolamento de motor, um cilindro guia para a haste de pistão, pelo menos um receptáculo para uma placa de controle, um receptáculo para uma conexão de fluido para um contentor de fluido e/ou pelo menos um ponto de fixação de alojamento, que é/são formado(s) integralmente com o bloco de recebimento.

[039] O pistão pode ser formado integralmente com a haste de pistão. Neste caso, a extremidade dianteira da haste de pistão forma o pistão. Entretanto, também é possível que o pistão seja um elemento separado que é conectado à haste de pistão.

[040] Será evidente que as características supracitadas e aquelas ainda explicadas abaixo são utilizáveis não apenas nas combinações indicadas, mas também em outras combinações ou individualmente sem se afastar do escopo da presente invenção.

[041] A invenção será explicada em mais detalhes abaixo usando modalidades exemplares com referência às figuras anexas que também divulgam características essenciais para a invenção. Essas modalidades exemplares servem apenas para fins ilustrativos e devem ser interpretadas como restritivas. Por exemplo, uma descrição de uma modalidade exemplar com uma multiplicidade de elementos ou componentes não deve ser interpretada no sentido de que todos os referidos elementos ou componentes são necessários para fins de implementação. Pelo contrário, outras modalidades exemplares também podem conter elementos e componentes alternativos, menos elementos ou componentes ou elementos ou componentes adicionais. Elementos ou componentes de várias modalidades exemplares podem ser combinados entre si, salvo se indicado o contrário. Modificações e alterações que são descritas para uma das modalidades exemplares também podem ser aplicadas a outras modalidades exemplares. A fim de evitar repetições, elementos idênticos ou mutuamente correspondentes nas várias figuras são denotados pelos mesmos sinais de referência e não serão explicados repetidamente. Nas figuras: A fig. 1 mostra uma vista em perspectiva de uma modalidade exemplar do dispositivo 1 de administração de acordo com a invenção; A fig. 2 mostra uma vista esquemática em corte do dispositivo 1 de administração da fig. 1; A fig. 3 mostra uma vista esquemática em corte ampliada do primeiro conjunto dianteiro 13;

A fig. 4 mostra uma vista esquemática em corte do primeiro conjunto dianteiro 13 e da extremidade distal 30 do bloco de recebimento 10 em um estado não conectado entre si; A fig. 5 mostra uma vista esquemática em corte do primeiro conjunto dianteiro 13 aparafusado na extremidade distal do bloco de recebimento 10, com o pistão 36 estando em sua posição de extremidade traseira; A fig. 6 mostra uma vista em corte de acordo com a fig. 5, em que o pistão 36 está em sua posição de extremidade dianteira e a gaiola de acionamento 21 está em sua posição de liberação para a operação de administração; A fig. 7 mostra uma ilustração em perspectiva do bloco de recebimento 10 juntamente com o dispositivo de tensionamento S, em que o dispositivo de tensionamento S está na posição básica na qual o pistão 36 está na sua posição de extremidade dianteira; A fig. 8 mostra uma ilustração em perspectiva do bloco de recebimento 10 juntamente com o dispositivo de tensionamento S de acordo com a fig. 7, em que o dispositivo de tensionamento S está na sua posição tensionada, na qual o pistão 36 está na sua posição de extremidade traseira; A fig. 9 mostra uma vista em corte do bloco de recebimento 10 juntamente com o dispositivo de tensionamento S de acordo com a fig. 8; A fig. 10 mostra uma ilustração detalhada em perspectiva e ampliada da parte traseira do dispositivo de tensionamento S com o rolete 51 e a rampa 52 de uma modificação do dispositivo 1 de administração de acordo com a invenção com apenas um arranjo cilindro-pistão; A fig. 11A mostra um diagrama para ilustrar o perfil da pista de rampa 53, em que o ângulo de rotação é traçado ao longo do eixo x e o curso ao longo do eixo longitudinal da haste de pistão 36 é traçado ao longo do eixo y, A fig. 11B mostra um diagrama para ilustrar o perfil modificado da pista de rampa 53, em que o ângulo de rotação é traçado ao longo do eixo x e o curso ao longo do eixo longitudinal da haste de pistão 36 é traçado ao longo do eixo y, A fig. 12 mostra uma ilustração em perspectiva do rolete 51; A fig. 13 mostra uma vista superior do rolete 51; As figs. 14 e 15 mostram ilustrações em perspectiva do bloco de recebimento 10; A fig. 16 mostra uma vista superior do bloco de recebimento 10, e A fig. 17 mostra uma vista em corte do bloco de recebimento 10.

[042] Na modalidade exemplar mostrada na fig. 1, o dispositivo 1 de acordo com a invenção para administrar um fluido (por exemplo, um líquido) compreende um alojamento 2 que compreende uma base 3, a qual também pode ter a forma de uma base 3 vertical, uma porção de retenção 4 para prender o dispositivo 1, um acionador 5, o qual é disposto na porção de retenção 4 e se destina a atuar o dispositivo 1, uma região de cabeça 6 com uma região de dispensação 7 e um receptáculo 8 na extremidade superior da região de cabeça 6.

[043] Na modalidade exemplar descrita aqui, o dispositivo 1 de acordo com a invenção, o qual também pode ser denominado como o dispositivo 1 de administração, é projetado para administrar simultaneamente dois fármacos diferentes em animais, em que a administração do fármaco é realizada através da pele sem agulhas.

[044] No caso do dispositivo 1 de administração de acordo com a invenção, fornece-se um arranjo cilindro-pistão separado para cada medicamento, conforme também será descrito em detalhes abaixo, o referido arranjo cilindro-pistão tendo, em cada caso, a forma de um tipo de dispositivo de auto-enchimento, de tal maneira que um movimento do pistão em direção à extremidade de dispensação faça com que o fluido seja injetado e, um movimento oposto do pistão, cause o enchimento do cilindro para a próxima operação de injeção.

[045] Conforme pode ser inferido a partir da ilustração esquemática em corte do dispositivo 1 de administração na fig. 2, o dispositivo 1 de administração compreende um bloco de recebimento 10 que comporta uma placa 11 de controle e um motor 12, e dois conjuntos dianteiros 13, 14, dos quais apenas o conjunto dianteiro 13 é visível na ilustração da fig. 2 Uma vez que os conjuntos dianteiros 13 e 14 são construídos de maneira idêntica, essencialmente apenas o conjunto dianteiro 13 será descrito em detalhes abaixo. Um contentor M de medicamento contendo um fármaco líquido para o conjunto dianteiro 13 é mostrado esquematicamente no receptáculo 8.

[046] Uma ilustração em corte do conjunto dianteiro 13 é mostrada na fig. 3. O conjunto dianteiro 13 compreende um inserto 15 na qual um cilindro 16 de seringa com uma extremidade de dispensação aberta 17 se forma. Uma válvula de não retorno 18 (ou uma válvula de admissão 18) é disposta na lateral de saída na extremidade de dispensação aberta 17. Quando a válvula de não retorno 18 é aberta, a extremidade de dispensação aberta 17 conduz a um bocal 18 através do qual o fluido a ser dispensado (aqui o fármaco líquido correspondente) é dispensado.

[047] A válvula de não retorno 18 é pré-tensionada através de uma mola 20 em direção à extremidade de dispensação aberta 17 e fecha a extremidade de dispensação aberta 17 na posição da válvula de não retorno 18 que é mostrada na fig. 3.

[048] Além disso, o conjunto dianteiro 13 compreende uma gaiola de acionamento 21 que se estende sobre o bocal 19, é pressionada por meio de uma mola 22 na direção a partir da extremidade de dispensação aberta 17 em direção ao bocal 19 e é pré-tensionada. A gaiola de acionamento 21 é montada de maneira deslocável ao longo do eixo longitudinal do conjunto dianteiro 13 (da esquerda para a direita na fig. 3) e, portanto, quando o dispositivo 1 de administração é colocado no local da pele correspondente do animal, a referida gaiola de acionamento é deslocada na direção a partir do bocal 19 em direção à extremidade de dispensação aberta 17 e, no processo, aciona, por exemplo, um sensor de contato (não mostrado) que permite o acionamento da operação de administração, conforme também será descrito em detalhes abaixo.

[049] O inserto 15 tem canais de alimentação 25 percorrendo radialmente em uma extremidade proximal 24 do cilindro 16 de seringa situado opostamente à extremidade de dispensação aberta 17, canais de alimentação através dos quais passa o fluido a ser administrado ou o fármaco líquido para dentro do cilindro 16 de seringa para uma próxima operação de injeção.

[050] Uma rosca externa 27 é formada e uma bucha guia 28 disposta na extremidade proximal 26 do conjunto dianteiro 13 e, portanto, o conjunto dianteiro 13 pode ser aparafusado em uma extremidade distal 30 do bloco de recebimento 10 (fig. 4), visto que se fornece uma rosca interna 31 para a rosca externa 27 do conjunto frontal 13 na extremidade distal 30. A Fig. 4 mostra o conjunto dianteiro 13 e a extremidade distal 30 do bloco de recebimento 10 antes da operação de aparafusar. Na fig. 5, os dois elementos 13, 30 são aparafusados entre si de modo que uma haste de pistão 35 que é guiada no bloco de recebimento 10 se projete levemente com um pistão 36 formado em sua extremidade distal no cilindro 16 de seringa e a haste de pistão 35 é guiada através da bucha guia 28. Conforme descrito em detalhes abaixo, a haste de pistão 35 pode ser movida a partir da posição básica mostrada na fig. 5 em direção à extremidade de dispensação aberta 17 para a posição de injeção ou dispensação mostrada na fig. 6 e a partir de referida posição de volta à posição básica mostrada na fig. 5.

[051] Caso a haste de pistão 35 esteja na posição básica, sua extremidade distal e, portanto, o pistão 36 estará em sua posição de extremidade traseira (fig. 5). Quando a haste de pistão 35 está na posição de dispensação, o pistão 36 está na sua posição de extremidade dianteira (fig. 6).

[052] Quando a haste de pistão 35 está posicionada na posição básica mostrada na fig. 5, o cilindro 16 da seringa é enchido com o fármaco líquido a ser injetado. Um movimento da haste de pistão 35 em direção à extremidade de dispensação aberta 17, então, leva à abertura da válvula de não retorno 18 e, assim, ao líquido sendo dispensado através do bocal 19 como um jato que corta a pele do animal em tal extensão que o fármaco possa ser administrado na pele através de referido corte.

[053] Durante o movimento para trás a partir da posição de dispensação mostrada na fig. 6 para a posição básica mostrada na fig. 5 (um movimento ao longo de uma primeira direção), a válvula de não retorno 18 fecha e uma pressão negativa é produzida no cilindro 16 de seringa, referida pressão negativa sendo maior conforme a haste de pistão 35 é movida para longe da extremidade de dispensação aberta 17. Assim que a haste de pistão 35 é trazida para sua posição básica, há uma conexão de fluido entre o cilindro 16 da seringa e pelo menos um dentre os canais de alimentação 25. A fim de realizar a conexão de fluido, um orifício cego 37 axial é formado na extremidade distal do pistão 36 e pelo menos um furo transversal 38 é formado, o qual se estende radialmente a partir do furo cego 37 e cuja extremidade é voltada ao lado oposto do furo cego 37 conduz a um dos canais de alimentação 25. Uma vez que os canais de alimentação 25, por sua vez, levam a uma câmara 32, a qual é formada entre o inserto 15 e a extremidade distal 30 do bloco de recebimento 10 e é conectada através de um elemento de conexão 33 ao contentor de medicamento M, mostrado apenas na fig. 2, o fármaco líquido é sugado, devido à pressão negativa presente no cilindro 16 de seringa, para fora do contentor de medicamento M através do elemento de conexão 33, da câmara 32, do(s) canal(is) de alimentação 25, do(s) furo(s) transversal(is) 38 e do furo cego 37 no cilindro 16 de seringa de modo que este seja enchido com o fármaco líquido. Portanto, o fármaco pode ser administrado novamente durante a próxima operação de acionamento, em que, no início do movimento da haste de pistão 35 a partir da posição básica para a posição de injeção, parte do fármaco líquido é pressionado de volta à câmara 32 através de canais de alimentação 25. Esta pressão para trás é vantajosa, visto que o pistão 36 ou a haste de pistão 35 podem, desse modo, ser acelerados mais facilmente, o que leva a uma pressão mais alta com a qual o restante do fármaco no cilindro 16 de seringa atua e que é desejável para a injeção sem agulha descrita.

[054] O conjunto dianteiro 13 que compreende, particularmente, o cilindro 16 de seringa, a válvula de não retorno 18 e o bocal 19 é projetado para ser trocável como um todo. Ele pode ser aparafusado por meio de sua rosca externa 27 e desparafusado novamente da rosca interna 31 correspondente, a qual é formada na extremidade distal 30 do bloco de recebimento 10. Visto que o conjunto dianteiro 13 está sujeito a desgaste durante a operação do dispositivo 1 de administração, um conjunto dianteiro 13 desgastado pode, portanto, ser facilmente trocado por um conjunto dianteiro 13 novo estruturalmente idêntico. Isto leva vantajosamente ao dispositivo 1 de administração ser usado como um todo durante mais tempo, visto que os componentes do dispositivo 1 de administração que são mais suscetíveis a desgaste podem ser facilmente trocados.

[055] Uma vez que o conjunto dianteiro 13 pode ser completamente trocado, contaminações indesejáveis podem ser evitadas de maneira confiável, o que seria significativamente mais difícil de evitar e estaria associado a custos mais elevados se, por exemplo, as vedação do tipo O-ring primeiramente desgastadas nos dispositivos de administração conhecidos na técnica fossem trocadas individualmente na região do cilindro conectada de maneira fixa e não trocável ao resto do dispositivo conhecido na técnica.

[056] Conforme melhor visto na figs.7 a 9, o bloco de recebimento 10 tem um primeiro cilindro de recebimento 40, para dentro do qual a haste de pistão 35 para o primeiro conjunto dianteiro 13 é guiada e um segundo cilindro de recebimento, 140 no qual uma haste de pistão 135 para o segundo conjunto frontal 14 é guiado. Uma vez que a construção dos dois arranjos de cilindro- pistão e, portanto, dos dois cilindros de recebimento 40, 140 é idêntica, essencialmente apenas o primeiro arranjo cilindro-pistão com o primeiro cilindro de recebimento 40 será descrito abaixo na descrição do bloco de recebimento 10. Os elementos correspondentes no caso do segundo cilindro de recebimento 140 são denotados por sinais de referência que são maiores em 100 do que no caso dos elementos do primeiro cilindro de recebimento 40, mas não serão descritos novamente.

[057] A haste de pistão 35 percorre através do primeiro cilindro de recebimento 40, no qual uma mola 41 para mover a haste de pistão 35 a partir da posição básica tensionada mostrada na fig. 5 para a posição de injeção mostrada na fig. 6 está contido. Uma extremidade distal 42 da mola 41 vai de encontro a uma porção de interrupção 43 da haste de pistão 35. A extremidade proximal 44 da mola 41 vai de encontro a uma bucha guia 45, a qual é aparafusada na extremidade proximal do primeiro cilindro de recebimento 40 e, portanto, durante um movimento da haste de pistão, a partir da posição de injeção mostrada na fig. 6, ao longo da primeira direção para a posição básica pré-tensionada mostrada na fig. 5, a mola 41 é comprimida e, portanto, pré- tensionada, conforme ilustrado na fig. 9.

[058] Conforme pode ser deduzido particularmente a partir da ilustração em perspectiva ampliada na fig. 10, a extremidade da haste de pistão 35 que se projeta de maneira proximal para fora do cilindro de recebimento 40 é conectada a um arrastador 50, o qual tem um rolete 51 montado rotativamente, em que o eixo de rotação do rolete 51 se estende substancialmente perpendicular ao eixo longitudinal da haste de pistão 35.

[059] A ilustração em perspectiva na fig. 10 mostra uma modificação do dispositivo 1 de administração de acordo com a invenção. Nesta modificação, apenas um único arranjo de cilindro-pistão é formado e o arrastador 50 é conectado à extremidade proximal da haste de pistão 35 e à extremidade proximal de uma haste guia 39, a qual é montada de maneira deslocável no bloco de recebimento 10.

[060] O rolete 51 percorre em uma rampa 52, a qual rotaciona sob o rolete 51 e é rotacionada pelo motor 12 em torno de um eixo paralelo ao eixo longitudinal da haste de pistão 35. Uma bateria e/ou bateria de armazenamento que pode ser recarregada é fornecida como fonte de alimentação para o motor. A bateria e/ou a bateria de armazenamento podem ser dispostas, por exemplo, na base 3 ou como a base 3 do dispositivo 1 de administração.

[061] A rampa 52 tem uma pista de rampa 53 que percorre com uma única volta ao longo de uma linha helicoidal, conforme pode ser visto particularmente nas figs. 7, 8 e 10.

[062] Na fig. 11A, o ângulo de rotação α é traçado em relação à diferença de angulação z paralela à direção longitudinal da haste de pistão 35, em que o ponto de partida é que, no ângulo de rotação de α0°= 0 °, a menor altura de angulação z0 está presente e o pistão 36 está em sua posição de extremidade dianteira. Caso a rampa 52 seja, então, rotacionada, a pista de rampa 53 percorre sob o rolete 51 e leva ao movimento rotacional da pista de rampa 53 sendo convertido em um movimento de translação do rolete 51 em conjunto com o arrastador 50 e, portanto, a haste de pistão 35 ao longo o eixo longitudinal da haste de pistão 35, de modo que a haste de pistão 35 seja movida a partir de sua posição de injeção mostrada na fig. 6 para sua posição básica mostrada na fig. 5.

[063] Para esta finalidade, a pista da rampa 53 desenrolada de acordo com a fig. 11A percorre de tal modo que haja um primeiro platô (inclinação = 0 ou apenas um pouco maior ou um pouco menor que zero) a partir do ângulo de rotação α0 a um ângulo de rotação α1. A partir do ângulo de rotação α1, a pista de rampa 53 tem uma primeira porção de inclinação linear S1 presente até o ângulo de rotação α2. No ângulo de rotação α2 (e a altura de angulação z1 correspondente), a angulação funde-se em uma segunda porção de inclinação S2 linear que tem uma inclinação maior do que a primeira porção de inclinação S1 linear (entre os ângulos de rotação α1 e α2). A segunda inclinação está presente tanto quanto o ângulo de rotação α3 e, em seguida, funde-se em um segundo platô no qual a altura de angulação z2 não aumenta (ou aumenta apenas muito ligeiramente ou diminui apenas muito ligeiramente) no caso de um aumento adicional no ângulo de rotação até ao ângulo de rotação α4 menor que 360°.

[064] No ângulo de rotação α5, uma borda 54 é formada devido ao flanco de transição 46 que conecta o segundo platô ao primeiro platô.

[065] Na região de α3 a α4, a haste de pistão 35 está em sua posição tensionada básica de acordo com a fig. 5. Portanto, o dispositivo 1 de administração está pronto para aplicar o fármaco líquido.

[066] Caso o acionador 5 seja, então, atuado e a gaiola de acionamento 21 esteja na posição de acionamento, o motor 12 rotaciona a rampa 52 adicionalmente, de modo que, quando o ângulo de rotação α5 é excedido, o rolete 51 percorre sobre a borda 54 e, devido ao tensionamento da mola 41, cai abruptamente de volta da altura a partir de angulação z2 para a altura de angulação z0 do primeiro platô e, portanto, o fluido presente no cilindro 16 de seringa é injetado da maneira descrita.

[067] O motor 12, então, rotaciona a rampa 52 adicionalmente até o segundo platô e interrompe o movimento de rotação aqui, de modo que o cilindro 16 da seringa seja, desse modo, enchido novamente com o fármaco líquido e a haste de pistão 35 seja trazida novamente para sua posição básica tensionada. O dispositivo 1 de administração é, portanto, fornecido para uma operação de administração adicional. O dispositivo 1 de administração pode, desse modo, ser enrolado e acionado repetidamente.

[068] As duas porções de inclinação S1 e S2 formam uma região de inclinação que percorre a partir do primeiro platô até o segundo platô. As duas porções de inclinação S1 e S2 não precisam percorrer linearmente em relação ao ângulo de rotação. Conforme mostrado a título de exemplo na fig. 11B, elas também podem ter uma curvatura côncava (na qual a inclinação local aumenta conforme o ângulo de rotação aumenta). Entretanto, mesmo neste caso, a inclinação média da primeira porção de inclinação S1 é menor que a inclinação média da segunda porção de inclinação S2.

[069] A combinação do motor 12, rampa 52, arrastador 50 com rolete 51, mola 41, 141 e bucha guia 45, 145 pode ser denominada como o dispositivo de tensionamento S.

[070] Conforme se pode ver particularmente nas figs. 12 e 13, o rolete 51 compreende uma região central 55 com um diâmetro externo constante.

Este é unido em ambos os lados por uma região lateral 56, 57 respectiva na qual o diâmetro externo diminui em direção à lateral.

[071] As duas regiões laterais 56 e 57 são, cada uma, unidas por uma região de extremidade 58, 59, a qual é arredondada de modo que o rolete 51 não tenha quaisquer bordas. Após a rotação da rampa 52, a região central 55 encontra-se na pista de rampa 53 na região do ângulo de rotação de α1 a α3 (particularmente de α0 a α5), ao passo que as regiões laterais 56 e 57 não repousam na referida região do ângulo de rotação, mas, em vez disso, entram em contato com a pista de rampa 53 apenas ao percorrer sobre a borda 54. A resistência ao rolamento do rolete 51 durante o tensionamento da haste de pistão 35 (rotação da pista de rampa a partir do primeiro ao segundo platô) pode, portanto, ser tão pequena quanto possível. Durante a transferência do segundo platô ou superior (região do ângulo de rotação α3 a α4) da pista de rampa 53 ao platô inferior (região do ângulo de rotação α1 para α2), as regiões laterais 56 e 57 também estão em contato com a borda 54, cujo resultado é uma distribuição vantajosa das forças entre o rolete 51 e a borda 54 da pista de rampa 52 sobre uma superfície de suporte maior (região central 55 e as duas regiões laterais 56, 57) e, portanto, uma pressão menor está presente. A durabilidade do dispositivo 1 e particularmente do rolete 51 é, desse modo, aumentada.

[072] As características da inclinação da pista de rampa 53 descritas em conjunto com as figs. 11A e 11B são vantajosos, visto que, no início (região do ângulo de rotação α1 a α2), há uma inclinação menor e, portanto, menos torque deve ser fornecido pelo motor 50. Isto é vantajoso precisamente durante a partida do motor 50 a partir do primeiro platô, visto que o motor 50 consome habitualmente mais corrente nesta região. Quando a altura de angulação z1 é atingida, a inclinação mais alta na região do ângulo de rotação de α2 a α3 pode ser facilmente superada pelo motor 50.

[073] Estas características de inclinação da pista de rampa 52 levam, vantajosamente, ao aumento da durabilidade do motor 50.

[074] Conforme pode ser melhor deduzido a partir das ilustrações das figs. 14 a 17, o bloco de recebimento 10 é formado integralmente. Aqui, por exemplo, foi feito uso de um método de produção aditiva, tal como, por exemplo, sinterização a laser, sinterização seletiva a laser ou sinterização direta a laser de metal, com o qual estruturas mais finas e/ou mais complexas podem ser produzidas em comparação aos métodos de usinagem. Portanto, o bloco de recebimento 10 pode ser fornecido com um peso relativamente baixo e pode ser garantido que o dispositivo 1 de administração seja altamente durável.

[075] Exemplos do material usado para o bloco de recebimento 10 podem incluir alumínio, aço (por exemplo, aço maraging), aço inoxidável, titânio, uma liga de níquel e/ou uma liga de cobalto-cromo. O material para a sinterização a laser tem, preferencialmente, a forma de pó metálico. Para produção em camadas ou aditiva do bloco de recebimento 10, uma fina camada do material em pó pode ser aplicada a uma plataforma de construção. Um feixe de laser funde o pó exatamente nos pontos predeterminados por dados gerados por computador de projeto de componente do bloco de recebimento 10. A plataforma de construção é, então, abaixada, e uma camada fina adicional de material em pó é aplicada. O material é derretido novamente e liga-se aos pontos definidos à camada que se encontra abaixo. Estas etapas são repetidas até que todo o bloco de recebimento 10 seja formado.

[076] Além dos cilindros de recebimento 40, 140 já descritos, o bloco de recebimento 10 compreende quatro pontos de recebimento 60, 61, 62 e 63 de placa, nos quais a placa 11 pode ser colocada e, por exemplo, aparafusada ao bloco de recebimento 10.

[077] Além disso, o bloco de recebimento compreende um rolamento de motor 64 para receber e montar o motor 12.

[078] Além disso, quatro pontos de fixação 65, 66, 67 e 68 são formados para o alojamento 2 externo do dispositivo 1 de administração. Porções dos receptáculos 265, 266, 267 e 268 correspondentes do alojamento 2 externo são mostradas nas figs. 7 a 9.

[079] Na extremidade distal do bloco de recebimento 10 fornece-se a região de distribuição 7 em forma de guarda-chuva, a qual, além da rosca interna 31 e 131 correspondente para o primeiro e segundo conjunto dianteiro 13 e 14, também possui receptáculos 69 e 169 para o respectivo sensor de acionamento (não mostrado) que detecta a posição da gaiola de acionamento 21, 121.

[080] Além disso, um receptáculo do tipo O-ring 70, no qual um O-ring 71 (por exemplo, figs. 9, 16 e 17) pode ser inserido, é formado na região de dispensação 7 a fim de garantir a vedação em relação ao alojamento 2 adjacente no estado instalado.

[081] Além disso, o bloco de recebimento 10 para cada cilindro 40, 140 de recebimento compreende um receptáculo 72, 172, dentro do qual pode ser inserido o elemento de conexão correspondente 33, 133, o qual também pode ser denominado como um adaptador de fluido.

[082] O elemento de conexão 33, 133 é preferencialmente produzido por usinagem.

[083] Titânio é preferencialmente usado como o material para o bloco de recebimento 10. Este material é, em primeiro lugar, relativamente leve e, em segundo lugar, garante a resistência desejada. Certamente, qualquer outro material adequado para métodos de produção aditiva pode ser usado.

[084] A descrição acima foi baseada na intenção de administrar simultaneamente dois medicamentos diferentes. Entretanto, o dispositivo 1 de administração de acordo com a invenção também pode ser projetado de tal maneira que o bloco de recebimento 10 tenha apenas um cilindro de recebimento 40 individual e, portanto, também apenas um único medicamento possa ser administrado durante uma operação de acionamento. O segundo cilindro de recebimento 140 e a segunda combinação cilindro-haste de pistão são, então, preferencialmente omitidos.

[085] As modalidades exemplares descritas anteriormente foram baseadas no dispositivo 1 de administração tendo a forma de um dispositivo 1 de administração sem agulhas. Entretanto, também pode ter a forma de um dispositivo 1 de administração com uma agulha ou uma cânula e, portanto, neste caso, a agulha ou cânula se destina a perfurar a pele do animal e, em seguida, ocorre a aplicação do fármaco líquido da maneira descrita.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Dispositivo para administrar um fluido, caracterizado pelo fato de que compreende um cilindro (16, 116) que tem uma extremidade de dispensação aberta (17), um pistão (36) que é deslocável entre uma posição de extremidade dianteira e traseira no cilindro (16, 116) e é conectado a uma haste de pistão (35) que se sobressai ao longo de uma primeira direção além de uma extremidade traseira do cilindro (16, 116) oposta à extremidade de dispensação aberta (17) e é guiada em um bloco de recebimento (10), uma válvula de não retorno (18) fechando a extremidade de dispensação aberta (17), e um dispositivo de tensão (S) que é conectado à haste de pistão (35, 135) e está disposto no bloco de recebimento (10), em que o dispositivo de tensionamento (S), quando o pistão (36) está em sua posição de extremidade dianteira, pode mover a haste de pistão (35, 135) em uma operação de tensionamento ao longo da primeira direção até que o pistão (36) esteja em sua posição de extremidade traseira a fim de, desse modo, encher o cilindro (16, 116) com o fluido a ser administrado e a fim de pré-tensionar a haste de pistão (35, 135) em direção à extremidade de dispensação aberta (17), e em que o dispositivo de tensionamento (S), quando o pistão (36) está em sua posição de extremidade traseira, pode liberar a haste de pistão (35, 135) em uma operação de dispensação e, portanto, o pistão (36) se move contra a primeira direção tão distante quanto sua posição de extremidade dianteira por causa da pré-tensão aplicada e, no processo, o fluido no cilindro (16, 116) é dispensado através da válvula de não retorno (18) para administração,

o dispositivo de tensionamento (S) tem uma rampa (52) que é rotativa por meio de um motor (12) e tem uma pista de rampa (53) que se estende ao longo de uma linha helicoidal, em que a pista de rampa (53) sobe a partir de um primeiro platô ao longo de uma região de inclinação (S1, S2) para um segundo platô e desce a partir do segundo platô para o primeiro platô através de um flanco de transição (46), em que o dispositivo de tensionamento (S), além disso, tem um rolete (51) que está em contato com a pista de rampa (53) e é montado rotativamente em um arrastador (50), que está conectado a essa extremidade da haste de pistão (35, 135) que se sobressai para fora do cilindro (16, 116) e, portanto, após a rotação da rampa (52), a pista de rampa (53) percorre abaixo do rolete (51), que assim rotaciona, em que, para a operação de tensionamento, a pista de rampa (53), começando a partir de um contato do rolete (51) com o primeiro platô, é rotacionada de tal maneira que o rolete (51) percorre na região de inclinação tão distante quanto o segundo platô e o pistão (36) é, desse modo, movido para sua posição de extremidade traseira, em que, para a operação de dispensação, a pista de rampa (53), começando a partir de um contato do rolete (51) com o segundo platô, é rotacionada até que o rolete (51) através do flanco de transição (46) alcance o primeiro platô e o pistão (36) seja, assim, movido para sua posição de extremidade dianteira, em que o rolete (51) tem uma região de suporte (55)que repousa sobre a região de inclinação (S1, S2) da pista de rampa (53) e pelo menos uma região lateral (56, 57) adjacente lateralmente que tem um diâmetro externo menor do que a região de suporte (55) e que não repousa na região de inclinação (S1, S2) da pista de rampa (53),

em que, durante a operação de dispensação, tanto a região de suporte (55) quanto a região lateral (56, 57) entram em contato com uma borda (54) da pista de rampa (53), a referida borda conectando o segundo platô ao flanco de transição (46).

2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o rolete (51) em cada lado da região de suporte (55) tem uma região lateral (56, 57) adjacente lateralmente com um diâmetro externo menor do que aquele da região de suporte (55).

3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o diâmetro externo da respectiva região lateral (56, 57) diminui em uma direção em direção à lateral do rolete (51).

4. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o rolete (51) é montado no arrastador (50) de tal maneira que o eixo de rotação do referido rolete é perpendicular à primeira direção.

5. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o cilindro (16, 116), junto com a válvula de não retorno (18), tem a forma de um conjunto dianteiro (13, 14) trocável que é conectado de maneira liberável ao bloco de recebimento (10).

6. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que a conexão liberável entre o conjunto dianteiro (13, 14) e o bloco de recebimento (10) é uma conexão de parafuso.

7. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 5 ou 6, caracterizado pelo fato de que o dispositivo tem um bocal (19) para administrar o fluido sem uma agulha, o referido bocal sendo conectado à extremidade de dispensação aberta do cilindro (16, 116) através da válvula de não retorno (18) e sendo parte do conjunto dianteiro (13, 14).

8. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de tensionamento (S) tem uma mola (41, 141) que pré- tensiona a haste de pistão (35, 135) em direção à extremidade de dispensação aberta quando o a haste de pistão (36) está na posição de extremidade traseira.

9. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que o motor (12) é montado no bloco de recebimento (10).

10. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que a região de inclinação da pista de rampa (53) tem uma primeira porção (S1) contígua ao primeiro platô e uma segunda porção (S2) contígua, em que a inclinação da segunda porção (S2) é maior do que a inclinação da primeira porção (S1).

11. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que ambas as porções (S1, S2) percorrem linearmente em relação ao ângulo de rotação da linha helicoidal.

12. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma das duas porções (S1, S2) não percorre linearmente em relação ao ângulo de rotação da linha helicoidal.

13. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 12, caracterizado pelo fato de que o comprimento do ângulo de rotação da primeira porção (S1) é menor do que o comprimento do ângulo de rotação da segunda porção (S2).

14. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que o bloco de recebimento (10) tem a forma de um bloco de recebimento (10) integral que é produzido por um método de produção aditiva.

15. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o bloco de recebimento (10) tem a forma de um bloco de recebimento (10) de metal.

16. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 14 ou 15, caracterizado pelo fato de que o bloco de recebimento (10) tem um rolamento de motor (64), um cilindro guia (40, 140) para a haste de pistão (35, 135), pelo menos um receptáculo (60, 61, 62, 63) para uma placa de controle (11), um receptáculo (72, 172) para uma conexão de fluido (33) para um contentor de fluido (M) e/ou pelo menos um ponto de fixação (65, 66, 67, 68) de alojamento que é/são formado(s) integralmente com o bloco de recebimento (10).

17. Invenção de produto, processo, sistema, kit, meio ou uso, caracterizada pelo fato de que compreende um ou mais elementos descritos no presente pedido de patente.