BR112020017604A2 - Inibidores de arginase - Google Patents

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BR112020017604A2
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cancer
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BR112020017604-4A
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Corinne Nicole FOLEY
Rebecca Louise GRANGE
Tezcan Guney
Jaroslaw Kalisiak
Eric Thomas NEWCOMB
Anh Thu TRAN
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Arcus Biosciences, Inc.
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Abstract

a presente invenção refere-se a compostos que são inibidores de pelo menos um de arg1 e arg2 e composições que contêm os compostos e métodos para sintetizar os compostos. o uso de tais compostos e composições para o tratamento de um arranjo diverso de doenças, distúrbios e condições que incluem distúrbios relacionados ao câncer e imunológicos que são mediados, pelo menos em parte por arg1 e arg2 também são descritos no presente documento.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para “INIBIDO- RES DE ARGINASE”.
REFERÊNCIAS CRUZADAS A PEDIDOS RELACIONADOS
[001] Este pedido é um pedido que reivindica o benefício da prio- ridade sob 35 U.S.C § 119(e) do Pedido Provisório U.S. No. 62/638.412 depositado em 5 de março de 2018, que está incorporado aqui por re- ferência em sua totalidade para todos os propósitos.
DECLARAÇÃO QUANTO AOS DIREITOS A INVENÇÕES FEITAS SOB PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PATROCINADO FEDERAL- MENTE
[002] NÃO APLICÁVEL REFERÊNCIA A UMA “LISTAGEM DE SEQUÊNCIAS”, UMA TA- BELA OU UM APÊNDICE DE LISTAGEM PROGRAMA DE COMPU-
TADOR APRESENTADO EM UM DISCO COMPACTO
[003] NÃO APLICÁVEL
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[004] A arginase desempenha um papel fundamental no ciclo he- pático da ureia, metabolizando a L-arginina em L-ornitina e ureia. Além disso, a arginase foi demonstrada ser responsável por ou participar da disfunção imune desencadeada pela inflamação, escape imune do tu- mor, imunossupressão e imunopatologia da doença infecciosa [Bronte V, Zanovello P (2005b). Regulation of immune responses by L-arginine metabolism. Nat Rev Immunol 5: 641–654].
[005] Em humanos, existem duas isoenzimas arginase, arginase I (ARG-l) e arginase II (ARG-2). Elas catalisam a mesma reação bioquí- mica, mas diferem na expressão celular, regulação e localização subce- lular [Jenkinson et al. (1996). Comparative properties of arginases. Comp Biochem Physiol B Biochem Mol Biol 114: 107–132]. ARG-l de- pleta a arginina do microambiente tumoral, levando a função prejudi- cada de células T, tal como a proliferação e secreção interrompidas de citocinas. [Rodriguez et al (2002). Regulation of T cell receptor CD3zeta chain expression by L-arginine. J Biol Chem 277: 21123–21129; Munder, Arginase in the Immune System, British Journal of Pharmacol- ogy (2009) 158 638–651]. Níveis elevados de arginase foram encontra- dos em pacientes com vários cânceres, incluindo câncer gástrico, cólon, mama e pulmão [Suer et al (1999). Arginase and ornithine, as markers in human non-small cell lung carcinoma. Cancer Biochem Biophys 17:125–31; Singh et al (2000). Arginase activity in human breast cancer cell lines: N(omega)-hydroxy-L- arginine selectively inhibits cell prolifer- ation and induces apoptosis in MDA-MB-468 cells. Cancer Res 60:3305–12].
[006] Como tal, existe uma necessidade na técnica de inibidores de arginase. A presente invenção aborda esta necessidade e também fornece vantagens relacionadas.
BREVE SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[007] A presente invenção refere-se a compostos que inibem a ar- ginase e composições (por exemplo, composições farmacêuticas) que compreendem os compostos. Tais compostos, incluindo métodos de sua síntese e composições são descritos em detalhes abaixo.
[008] A presente invenção também se refere ao uso de tais com- postos e composições para o tratamento e/ou prevenção de arranjo di- verso de doenças, distúrbios e condições mediadas, no todo ou em parte, pela arginase. Tais doenças, distúrbios e condições estão descri- tos em detalhes em outro lugar neste presente documento. A menos que indicado de outra maneira, quando as utilizações dos compostos da presente invenção são aqui descritas, deve ser entendido que tais com- postos podem estar na forma de uma composição (por exemplo, uma composição farmacêutica).
[009] Como discutido a seguir, embora os compostos da presente invenção sejam considerados efetuar sua atividade pela inibição da ar- ginase, uma compreensão precisa do mecanismo de ação subjacente dos compostos não é necessária para a prática da invenção.
[0010] A arginase é uma enzima que existe em mamíferos em duas isoformas: ARG-1 é encontrada no citosol e é expressa principalmente no fígado, enquanto que a ARG-2 é encontrada na mitocôndria e ex- pressa no rim, intestino delgado, cérebro, monócitos e macrófagos. A arginase catalisa a conversão do aminoácido L-arginina em ornitina e ureia, que é um importante precursor das vias metabólicas a jusante, permitindo a regeneração de tecidos, proliferação celular e respostas anti-inflamatórias. A L-arginina também pode ser metabolizada pelo óxido nítrico sintase (NOS), resultando em óxido nítrico, um composto altamente reativo importante no mecanismo citotóxico de macrófa- gos. Acredita-se que ARG-1 seja expressa preferencialmente em célu- las supressoras derivadas de mieloide (MDSC) em tumores infiltrantes, resultando em uma depleção de arginina do microambiente tumo- ral. Essa depleção resulta ainda em uma perda de expressão da cadeia zeta de TCR, o principal elemento de transdução de sinal de TCR, cau- sando a proliferação prejudicada e diminuição da produção de citoci- nas. Como tal, certas modalidades da presente invenção fornecem compostos e métodos de tratamento de câncer pelo aumento dos níveis de arginina em um microambiente tumoral, permitindo assim a ativação das células T citotóxicas do corpo. [Timosenko, Modulation of cancer- specific immune responses by amino acid degrading enzymes. Immu- notherapy (2017) 9(1), 83–97]
[0011] Em um aspecto particular, a presente invenção fornece com- postos que possuem a Fórmula (I):
(I) ou um sal, hidrato ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que X é CH2, NH ou O; R1 é um membro selecionado do grupo que consiste em H, -Xa-NH2, –C(O)-Xa-NH2 e -Rc, em que Xa é um C1-4 alquileno que é não substituído ou substituído com um ou dois Ra; cada Ra é independentemente selecionado do grupo que consiste em C1-6 alquila e aril(C1-4 alquil); em que a C1-6 alquila é não substituída ou substituída com hidroxila, metoxila, amino, tiol, -CO2H, -CONH2, e -NHCONH2; e a arila é selecionada do grupo que consiste fenila, hidroxifenila, metoxifenila e indol; e Rc é um anel heterocíclico saturado com quatro a seis mem- bros que possui um vértice de anel selecionado do grupo que consiste em O e NH; ou é C1-6 alquila que é não substituído ou substituído com um ou três substituintes independentemente selecionados do grupo que consiste em halogênio, hidroxila e amino; ou R1 é um aminoácido que ocorre naturalmente; cada R2 é independentemente selecionado do grupo que consiste em H e C1-6 alquila; ou dois grupos R2 são combinados com os átomos aos quais cada um está acoplado para formar um anel mono ou bicíclico com cinco a oito membros, que é não substituído ou substituído com um a quatro substituintes selecionados independentemente do grupo que consiste em halogênio, hidroxila e metila
[0012] Em algumas modalidades, a presente invenção contempla métodos para tratar ou prevenir o câncer em um indivíduo (por exemplo,
um humano), compreendendo a administração ao indivíduo de uma quantidade terapeuticamente eficaz de pelo menos um inibidor de argi- nase aqui descrito. Em algumas modalidades, a presente invenção in- clui métodos de tratamento ou prevenção de um câncer em um indivíduo pela administração ao indivíduo de pelo menos um dos compostos des- critos no presente documento em uma quantidade eficaz para retardar, parar ou reverter a progressão da imunossupressão mediada pela argi- nase. Em algumas modalidades, a imunossupressão mediada pela ar- ginase é mediada por uma célula supressora de origem mieloide (MDSC).
[0013] Exemplos dos cânceres que podem ser tratados usando os compostos e as composições aqui descritas incluem, mas não estão li- mitadas a: câncer de próstata, colorretal, pâncreas, colo do útero, estô- mago, endométrio, cérebro, fígado, bexiga, ovário, testículo, cabeça, pescoço, pele (incluindo melanoma e carcinoma basal), do revestimento mesotelial, células sanguíneas brancas (incluindo linfoma e leucemia) esôfago, mama, músculo, tecido conjuntivo, pulmão (incluindo carci- noma pulmonar de células pequenas e carcinoma pulmonar de células não pequenas), glândula adrenal, tireoide, rim ou osso; glioblastoma, mesotelioma, carcinoma de células renais, carcinoma gástrico, sar- coma, coriocarcinoma, carcinoma basocelular cutâneo e seminoma tes- ticular. Em algumas modalidades da presente invenção, o câncer é me- lanoma, câncer de cólon, câncer pancreático, câncer de mama, câncer de próstata, câncer de pulmão, leucemia, um tumor cerebral, linfoma, sarcoma, câncer de ovário, câncer de cabeça e pescoço, câncer cervi- cal ou sarcoma de Kaposi. Os cânceres que são candidatos ao trata- mento com os compostos e composições da presente invenção são dis- cutidos mais adiante.
[0014] A presente invenção contempla métodos de tratamento de um indivíduo que recebe um transplante de medula óssea ou trans- plante de células-tronco de sangue periférico pela administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um inibidor de arginase.
[0015] Em certas modalidades, a presente invenção contempla mé- todos para tratar ou prevenir um distúrbio infeccioso (por exemplo, uma infecção viral) em um indivíduo (por exemplo, um humano) compreen- dendo administrar ao indivíduo uma quantidade terapeuticamente eficaz de pelo menos um inibidor de arginase (por exemplo, um novo inibidor da presente invenção). Em algumas modalidades, o distúrbio infeccioso é uma infecção viral (por exemplo, uma infecção viral crônica), uma in- fecção bacteriana, uma infecção fúngica ou uma infecção parasitá- ria. Em certas modalidades, a infecção viral é pelo vírus da imunodefici- ência humana ou citomegalovírus.
[0016] Em ainda outras modalidades, a presente invenção contem- pla métodos para tratar ou prevenir uma doença, distúrbio ou condição imunológica relacionada em um indivíduo (por exemplo, um humano), compreendendo administrar ao indivíduo uma quantidade terapeutica- mente eficaz de pelo menos um inibidor de arginase aqui des- crito. Exemplos de doenças relacionadas ao sistema imune, distúrbios e condições são descritos a seguir.
[0017] Outras doenças, distúrbios e condições que podem ser tra- tadas ou prevenidas, no todo ou em parte, pela modulação da atividade da arginase são indicações candidatas para os compostos inibidores da arginase da presente invenção.
[0018] A presente invenção contempla ainda o uso de inibidores de arginase aqui descritos em combinação com um ou mais agentes adici- onais. O um ou mais agentes adicionais podem funcionar através de mecanismos de ação distintos. Em algumas modalidades, tais agentes compreendem a radiação (por exemplo, terapia de radiação localizada ou terapia de radiação de corpo inteiro) e/ou outras modalidades de tra- tamento de natureza não farmacológica. Quando a terapia de combina- ção é utilizada, os compostos aqui descritos e os agentes adicionais podem estar na forma de uma única composição ou de composições múltiplas e as modalidades de tratamento podem ser administradas si- multaneamente, sequencialmente ou por meio de algum outro regime. Por exemplo, a presente invenção contempla um regime de tratamento em que uma fase de radiação é seguida por uma fase de quimiotera- pia. A terapia de combinação pode ter um efeito aditivo ou sinér- gico. Outros benefícios da terapia combinada são descritos a seguir.
[0019] Em modalidades particulares, a presente invenção contem- pla o uso de inibidores de arginase aqui descritos em combinação com inibidores de ponto de verificação imunológico. O bloqueio de pontos de restrição imunológicos, que resulta na amplificação de respostas de cé- lulas T específicas para o antígeno, tem mostrado ser uma abordagem promissora na terapêutica do câncer humano. Exemplos de pontos de restrição imunológicos (ligantes e receptores), alguns dos quais são se- letivamente regulados positivamente em vários tipos de células tumo- rais, que são candidatos ao bloqueio incluem PD1 (proteína de morte celular programada 1); PDL1 (ligante de PD1); BTLA (atenuador de lin- fócitos B e T); CTLA4 (antígeno 4 associado a linfócito T citotó- xico); TIM3 (proteína 3 da membrana da célula T); LAG3 (gene 3 de ati- vação de linfócito); TIGIT (imunoreceptor de célula T com domínios Ig e ITIM); e Killer Inhibitory Receptors. Inibidores de ponto de verificação imunológico e terapia de combinação com os mesmos são discutidos em detalhes em outro lugar no presente documento.
[0020] Em outras modalidades, a presente invenção fornece méto- dos para o tratamento de câncer em um indivíduo, compreendendo ad- ministrar ao indivíduo uma quantidade terapeuticamente eficaz de pelo menos um inibidor de arginase e pelo menos um agente quimioterapêu- tico, tais agentes incluindo, mas não limitados a agentes alquilantes (por exemplo, mostardas de nitrogênio, tais como clorambucil, ciclofosfa- mida, isofamida, mecloretamina, melfalan e mostarda de uracila; aziridi- nas, tais como tiotepa; ésteres de metanossulfonato, tal como busulfan; análogos de nucleosídeo (por exemplo, gemcitabina); nitroso ureias, tais como carmustina, lomustina e estreptozocina; inibidores da topoiso- merase 1 (por exemplo, irinotecan); complexos de platina, tais como cis- platina, carboplatina e oxaliplatina; alquilantes bio-redutores, tais como mitomicina, procarbazina, dacarbazina e altretamina); terapias basea- das em antraciclina (por exemplo, doxorrubicina, daunorrubicina, epirru- bicina e idarrubicina); agentes que rompem a fita de DNA (por exemplo, bleomicina); inibidores da topoisomerase II (por exemplo, amsacrina, dactinomicina, daunorrubicina, idarrubicina, mitoxantrona, doxorrubi- cina, etoposídeo e teniposídeo); agentes que se ligam aos sulcos me- nores do DNA (por exemplo, plicamidina); antimetabolitos (por exemplo, antagonistas de folato, tais como metotrexate e trimetrexate; antagonis- tas de pirimidina, tais como fluorouracil, fluorodesoxiuridina, CB3717, azacitidina, citarabina e floxuridina; antagonistas de purina, tais como mercaptopurina, 6-tioguanina, fludarabina, pentostatina; asparaginase; e inibidores da ribonucleotídeo redutase, tal como hidroxiureia); agentes interativos da tubulina (por exemplo, vincristina, estramustina, vinblas- tina, docetaxol, derivados de epotilone e paclitaxel); agentes hormonais (por exemplo, estrogênios; estrogênios conjugados; etinilestradiol; die- tilestilbesterol; clortrianisen; idenestrol; progestinas, tais como caproato de hidroxiprogesterona, medroxiprogesterona e megestrol; e androgê- nios, tais como testosterona, propionato de testosterona, fluoximeste- rona e metiltestosterona); corticosteroides adrenais (por exemplo, pred- nisona, dexametasona, metilprednisolona e prednisolona); agentes de liberação de hormônio luteinizante ou antagonistas de hormônio de libe- ração de gonadotropina (por exemplo, acetato de leuprolide e acetato de goserelina); e antígenos anti-hormonais (por exemplo, tamoxifen, agentes anti-androgênicos, tais como flutamida; e agentes antiadrenais, como mitotano e aminoglutetimida). A presente invenção também con- templa o uso de inibidores de arginase em combinação com outros agentes conhecidos na técnica (por exemplo, trióxido de arsênio) e ou- tros agentes quimioterápicos desenvolvidos no futuro.
[0021] Em algumas modalidades direcionadas para métodos de tra- tamento de câncer, a administração de uma quantidade terapeutica- mente eficaz de um inibidor de arginase aqui descrito em combinação com pelo menos um agente quimioterapêutico resulta em uma taxa de sobrevivência ao câncer maior do que a taxa de sobrevivência ao câncer observada pela administração de qualquer um deles sozinho. Em outras modalidades direcionadas para métodos de tratamento de câncer, a ad- ministração de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um inibidor de arginase aqui descrito em combinação com pelo menos um agente quimioterapêutico resulta em uma redução do tamanho do tumor ou uma desaceleração do crescimento do tumor maior do que a redução do tamanho do tumor ou do crescimento do tumor observada pela ad- ministração de um único agente.
[0022] Em outras modalidades, a presente invenção contempla mé- todos para tratar ou prevenir o câncer em um indivíduo, compreendendo administrar ao indivíduo uma quantidade terapeuticamente eficaz de pelo menos um inibidor de arginase aqui descrito e pelo menos um ini- bidor de transdução de sinal (STI). Em uma modalidade particular, o pelo menos um STI é selecionado do grupo que consiste em inibidores bcr/abl quinase, inibidores do receptor do fator de crescimento epidér- mico (EGF), inibidores do receptor de her-2/neu e inibidores da farnesil transferase (FTIs). Outros candidatos a agentes de DST são apresen- tados no presente documento em outra parte.
[0023] A presente invenção também contempla métodos para au- mentar a rejeição de células de tumor em um indivíduo, compreendendo administrar um inibidor de arginase em conjunto com pelo menos um agente quimioterápico e/ou terapia de radiação, em que a rejeição re- sultante de células tumorais é maior do que aquela obtida pela adminis- tração do inibidor de arginase, do agente quimioterápico ou da radiote- rapia sozinhos.
[0024] Em outras modalidades, a presente invenção fornece méto- dos para o tratamento do câncer em um indivíduo, compreendendo ad- ministrar ao indivíduo uma quantidade terapeuticamente eficaz de pelo menos um inibidor de arginase e pelo menos um imunomodulador dife- rente de um inibidor de arginase. Em modalidades particulares, o pelo menos um imunomodulador é selecionado do grupo que consiste em CD40L, B7, B7RP1, anti-CD40, anti-CD38, anti-ICOS, ligante 4-IBB, va- cina contra o câncer de células dendríticas, IL2, IL12, ELC/CCL19, SLC/ CCL21, MCP-1, IL-4, IL-18, TNF, IL-15, MDC, IFN-a /-13, M-CSF, IL-3, GM-CSF, IL-13, anti -IL-10, inibidores da indoleamina 2,3-dioxigenase 1 (IDO1) e antagonistas do receptor da adenosina 2. Outros agentes imu- nomoduladores candidatos são apresentados em outro lugar neste do- cumento.
[0025] A presente invenção contempla modalidades que compreen- dem métodos para tratar ou prevenir um distúrbio infeccioso (por exem- plo, uma infecção viral) em um indivíduo (por exemplo, um humano) compreendendo administrar ao indivíduo de uma quantidade terapeuti- camente eficaz de pelo menos um inibidor de arginase aqui descrito e uma quantidade terapeuticamente eficaz de um agente anti-infeccioso.
[0026] Em algumas modalidades da presente invenção, o agente terapêutico adicional é uma citocina, incluindo, por exemplo, fator esti- mulante de colônia de granulócitos-macrófagos (GM-CSF) ou flt3-li- gante. A presente invenção também contempla métodos para tratar ou prevenir uma infecção viral (por exemplo, uma infecção viral crônica) incluindo, mas não se limitando ao vírus da hepatite C (HCV), vírus do papiloma humano (HPV), citomegalovírus (CMV), vírus de Epstein-Barr (EBV), vírus da varicela zoster, vírus coxsackie e vírus da imunodefici- ência humana (HIV). A utilização dos compostos aqui descritos para tra- tar (isoladamente ou como um componente da terapia de combinação) a infecção é discutida mais adiante.
[0027] Em modalidades adicionais, o tratamento de um distúrbio in- feccioso é realizado por meio da coadministração de uma vacina em combinação com a administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um inibidor de arginase da presente invenção. Em algumas modalidades, a vacina é uma vacina antiviral, incluindo, por exemplo, uma vacina anti-HIV. Em outras modalidades, a vacina é eficaz contra tuberculose ou malária. Em ainda outras modalidades, a vacina é uma vacina contra um tumor (por exemplo, uma vacina eficaz contra o mela- noma); a vacina contra um tumor pode compreender células tumorais geneticamente modificadas ou uma linhagem celular geneticamente modificada, incluindo células tumorais geneticamente modificadas ou uma linhagem celular geneticamente modificada que tenha sido trans- fectada para expressar fator estimulador de granulócitos-macrófagos (GM-CSF). Em modalidades particulares, a vacina inclui um ou mais peptídeos imunogênicos e/ou células dendríticas.
[0028] Em algumas modalidades, a presente invenção contempla métodos de uso dos compostos aqui descritos em combinação com um ou mais agentes antimicrobianos.
[0029] Em certas modalidades destinadas ao tratamento de uma in- fecção pela administração de um inibidor de arginase e pelo menos um agente terapêutico adicional, um sintoma de infecção observado após a administração do inibidor de arginase e do agente terapêutico adicional é melhorado em relação ao mesmo sintoma de infecção observado de- pois de administrar qualquer um deles sozinho. Em algumas modalida- des, o sintoma de infecção observado pode ser redução na carga viral, aumento na contagem de células T CD4+, diminuição em infecções oportunistas, aumento do tempo de sobrevida, erradicação de infecção crônica ou uma combinação dos mesmos.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0030] NÃO APLICÁVEL
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0031] Antes da presente invenção ser ainda descrita, deve ser en- tendido que a invenção não está limitada às modalidades particulares aqui descritas e também deve ser entendido que a terminologia usada neste documento tem o propósito de descrever modalidades particula- res apenas e não é pretendida ser limitante.
[0032] Quando uma faixa de valores é fornecida, é entendido que cada valor interveniente, até o décimo da unidade do limite inferior a menos que o contexto dite claramente o contrário, entre o limite superior e inferior dessa faixa e qualquer outro declarado ou valor intermediário nessa faixa declarada, está abrangido dentro da invenção. Os limites superior e inferior dessas faixas menores podem ser independente- mente incluídos nas faixas menores e também estão incluídos na inven- ção, sujeitas a qualquer limite especificamente excluído na faixa decla- rada. Onde o intervalo declarado inclui um ou ambos os limites, os in- tervalos que excluem um ou ambos os limites incluídos também estão incluídos na invenção. A menos que definido de outra forma, todos os termos técnicos e científicos usados aqui têm o mesmo significado como comumente compreendido por aquele versado na técnica a qual essa invenção pertence.
[0033] Como usado aqui, as formas no singular "um", "uma" e "o/a" incluem referências no plural, a menos que o contexto dite claramente o contrário. É ainda observado que as reivindicações podem ser elabo- radas para excluir qualquer elemento opcional. Como tal, esta declara- ção se destina a servir como base antecedente para o uso de tal termi- nologia exclusiva, tal como "unicamente", "apenas" e similares em co- nexão com a citação de elementos de reivindicação ou uso de uma limi- tação "negativa".
[0034] As publicações discutidas aqui são fornecidas apenas para sua divulgação antes da data de depósito do presente pedido. Além disso, as datas de publicação fornecidas podem ser diferentes das datas de publicação reais, que podem precisar ser confirmadas independen- temente. Geral
[0035] São fornecidos aqui, por exemplo, compostos e composi- ções para a inibição da arginase e composições farmacêuticas que com- preendem os mesmos. Também são fornecidos aqui, por exemplo, mé- todos de tratamento ou prevenção de uma doença, distúrbio ou condi- ção ou um sintoma dos mesmos, mediado pela inibição da arginase. Definições
[0036] A menos que indicado de outra forma, as expressões a se- guir pretendem ter o significado descrito abaixo. Outras expressões são definidas em outra parte ao longo da especificação.
[0037] A expressão "alquila", por si só ou como parte de outro subs- tituinte, significa, salvo indicação em contrário, um radical de hidrocar- boneto de cadeia linear ou ramificada, que possui o número de átomos de carbono designado (isto é, C1-8 significa um a oito carbonos). Alquila pode incluir qualquer número de carbonos, tal como C1-2, C1-3, C1-4, C1-5, C1-6, C1-7, C1-8, C1-9, C1-10, C2-3, C2-4, C2-5, C2-6, C3-4, C3-5, C3-6, C4-5, C4-6 e
C5-6. Exemplos de grupos alquila incluem metila, etila, n-propila, isopro- pila, n-butila, t-butila, isobutila, sec-butila, n-pentila, n-hexila, n-heptila, n-octila e similares.
[0038] A expressão "alquileno" se refere a um radical alifático linear ou ramificado, saturado, que possui o número de átomos de carbono indicado e que liga pelo menos dois outros grupos, isto é, um radical de hidrocarboneto divalente. As duas porções ligadas ao alquileno podem estar ligadas ao mesmo átomo ou a átomos diferentes do grupo alqui- leno. Por exemplo, um alquileno de cadeia linear pode ser o radical di- valente de -(CH2) n-, onde n é 1, 2, 3, 4, 5 ou 6. Grupos alquileno repre- sentativos incluem, mas não estão limitados a metileno, etileno, propi- leno, isopropileno, butileno, isobutileno, sec-butileno, pentileno e hexi- leno. Os grupos alquileno, muitas vezes referidos como grupos X1 ou X2 no presente pedido, podem ser substituídos ou não substituí- dos. Quando um grupo que compreende X1 ou X2 é opcionalmente substituído, é entendido que as substituições opcionais podem ser na porção alquileno.
[0039] Como usada aqui, uma linha ondulada, " " que cruza uma ligação simples, dupla ou tripla em qualquer estrutura química aqui ilus- trada, representa o ponto de acoplamento da ligação simples, dupla ou tripla para o restante da molécula. Adicionalmente, uma ligação que se estende até o centro de um anel (por exemplo, um anel de fenila) é des- tinada para indicar o acoplamento em qualquer um dos vértices do anel disponíveis. Aquele versado na técnica entenderá que substituintes múltiplos mostrados como estando ligados a um anel ocuparão os vér- tices do anel que fornecem compostos estáveis e são de outra forma estericamente compatíveis. Para um componente divalente, uma repre- sentação deve incluir a orientação (para frente ou para trás). Por exem- plo, o grupo "-C(O)NH-" pretende incluir uma ligação em qualquer ori- entação: -C(O)NH- ou -NHC(O)- e similarmente, “-O-CH2CH2-“ pretende incluir ambos -O-CH2CH2- e -CH2CH2-O-.
[0040] As expressões "halo" ou "halogênio", por si próprias ou como parte de outro substituinte, significam, a menos que indicado de outra forma, um átomo de flúor, cloro, bromo ou iodo. Além disso, expressões tais como "haloalquila", pretendem incluir mono-haloalquila e poli-halo- alquila. Por exemplo, a expressão "C1-4 haloalquila” inclui trifluormetila, 2,2,2-trifluoretila, 4-clorobutila, 3-bromopropila e similares.
[0041] A expressão "arila" significa, a menos que indicado em con- trário, um grupo hidrocarboneto poli-insaturado, tipicamente aromático, que pode ter um único anel ou anéis múltiplos (até três anéis) que são fundidos entre si ou ligados covalentemente. Exemplos não limitativos de grupos arila incluem fenila, naftila e bifenila.
[0042] As expressões acima (por exemplo, "alquila" e "arila"), em algumas modalidades, serão opcionalmente substituídas. Substituintes selecionados para cada tipo de radical são fornecidos abaixo.
[0043] Substituintes opcionais para os radicais alquila (incluindo aqueles grupos frequentemente referidos como alquileno, alquenila e alquinila) podem ser uma variedade de grupos selecionados entre: ha- logênio OR’, -NR’R”, -SR’, -SiR’R”R”’, -OC(O)R’, -C(O)R’, -CO2R’, -CONR’R”, - OC(O)NR’R”, -NR”C(O)R’, -NR’-C(O)NR”R”’, -NR”C(O)2R’, -NH- C(NH2)=NH, -NR’C(NH2)=NH, -NH-C(NH2)=NR’, -S(O)R’, -S(O)2R’, - S(O)2NR’R”, -NR’S(O)2R”, -CN (ciano), -NO2, arila, ariloxila, oxo, ciclo- alquila e heterocicloalquila, em um número que varia de zero a (2 m’+1), onde m’ é o número total de átomos de carbono em tal radical. R', R” e R”' se referem independentemente a hidrogênio, C1-8 alquila não substi- tuída, arila não substituída, arila substituída com 1 a 3 halogênios, gru- pos C1-8 alcoxila ou C1-8 tioalcoxila ou grupos aril-C1-4 alquila não subs- tituídos. Quando R’ e R” estão acoplados ao mesmo átomo de nitrogê- nio, eles podem ser combinados com o átomo de nitrogênio para formar um anel com 3, 4, 5, 6 ou 7 membros. Por exemplo, -NR’R” pretende incluir 1-pirrolidinila e 4-morfolinila.
[0044] Similarmente, substituintes opcionais para os grupos arila são variados e são selecionados geralmente entre: -halogênio, -OR’, - OC(O)R’, -NR’R”, -SR’, -R’, -CN, -NO2, -CO2R’, -CONR’R”, -C(O)R’, - OC(O)NR’R”, -NR”C(O)R’, -NR”C(O)2R’, -NR’- C(O)NR”R”’, -NH-C(NH2)=NH, -NR’C(NH2)=NH, -NH-C(NH2)=NR’, - S(O)R’, -S(O)2R’, -S(O)2NR’R”, -NR’S(O)2R”, -N3, perfluoro(C1-C4)alco- xila e perfluoro(C1-C4)alquila, em um número que varia entre zero ao número total de valências abertas sobre o sistema de anel aromático; e onde R’, R” e R”” são selecionados independentemente entre hidrogê- nio, C1-8 alquila, C1-8 haloalquila, C3-6 cicloalquila, C2-8 alquenila e C2-8 al- quinila. Outros substituintes adequados incluem cada um dos substituin- tes arila acima acoplados a um átomo do anel por uma cadeia de alqui- leno com 1 a 6 átomos de carbono.
[0045] Dois dos substituintes em átomos adjacentes do anel de arila podem ser opcionalmente substituídos por um substituinte de fórmula - T-C(O)-(CH2)q-U-, em que T e U são independentemente -NH-, -O-, - CH2- ou uma ligação simples e q é um número inteiro entre 0 a 2. Alter- nativamente, dois dos substituintes em átomos adjacentes do anel de arila ou heteroarila podem ser opcionalmente substituídos por um subs- tituinte de fórmula -A-(CRfRg)r-B-, em que A e B são independentemente -CH2-, -O-, -NH-, -S-, -S(O)-, -S(O)2-, -S(O)2NR’- ou uma ligação sim- ples, r é um número inteiro entre 1 a 3 e Rf e Rg são cada um indepen- dentemente H ou halogênio. Uma das ligações simples do novo anel assim formado pode opcionalmente ser substituída por uma ligação du- pla. Alternativamente, dois dos substituintes em átomos adjacentes do anel de arila ou heteroarila podem ser opcionalmente substituídos por um substituinte da fórmula -(CH2)s-X-(CH2)t-, onde s e t são independen- temente números inteiros entre 0 a 3,e X é s -O-, -NR’-, -S-, -S(O)-, -
S(O)2-, ou -S(O)2NR’-. O substituinte R’ em -NR’- e -S(O)2NR’- é seleci- onado entre hidrogênio ou C1-6 alquila não substituída.
[0046] Como usada aqui, a expressão "heteroátomo" pretende in- cluir oxigênio (O), nitrogênio (N), enxofre (S) e silício (Si).
[0047] A expressão "sais farmaceuticamente aceitáveis" pretende incluir sais dos compostos ativos que são preparados com ácidos ou bases relativamente não tóxicos, dependendo dos substituintes particu- lares encontrados nos compostos aqui descritos. Quando os compostos da presente invenção contêm funcionalidades relativamente ácidas, os sais de adição básica podem ser obtidos pelo contato da forma neutra de tais compostos com uma quantidade suficiente da base desejada, pura ou em um solvente inerte adequado. Exemplos de sais derivados de bases inorgânicas farmaceuticamente aceitáveis incluem alumínio, amônio, cálcio, cobre, férrico, ferroso, lítio, magnésio, manganês, man- ganoso, potássio, sódio, zinco e similares. Sais derivados de bases or- gânicas farmaceuticamente aceitáveis incluem sais de aminas primá- rias, secundárias e terciárias, incluindo aminas substituídas, aminas cí- clicas, aminas de ocorrência natural e similares, tais como arginina, be- taína, cafeína, colina, N,N'-dibenziletilenodiamina, dietilamina, 2-dietila- minoetanol, 2-dimetilaminoetanol, etanolamina, etilenodiamina, N-etil- morfolino, N-etilpiperidino, glucamina, glicosamina, histidina, hidraba- mina, isopropilamina, lisina, metilglucamina, morfolino, piperazina, pipe- ridina, resinas de poliamina, procaína, purinas, teobromina, trietilamina, trimetilamina, tripropilamina, trometamina e similares. Quando os com- postos da presente invenção contêm funcionalidades relativamente bá- sicas, os sais de adição ácida podem ser obtidos por contato da forma neutra de tais compostos com uma quantidade suficiente do ácido de- sejado, puro ou em um solvente inerte adequado. Exemplos de sais de adição ácida incluem aqueles derivados de ácidos inorgânicos tais como ácidos clorídrico, hidrobromico, nítrico, carbônico, mono-hidrogênio car- bônico, fosfórico, mono-hidrogênio fosfórico, di-hidrogênio fosfórico, sul- fúrico, mono-hidrogênio sulfúrico, hidriódico ou fosforoso e similares, as- sim como os sais derivados de ácidos orgânicos relativamente não tóxi- cos como ácidos acético, propiônico, isotírico, malônico, benzoico, suc- cínico, subérico, fumárico, mandélico, ftálico, benzenosulfônico, p-tolil- silfônico, cítrico, tartárico, metanosulfônico e similares. Também estão incluídos os sais de aminoácidos, tais como arginato e similares, e sais de ácidos orgânicos, tais como ácidos glicurônicos ou galacturônicos e similares (veja, por exemplo, Berge, SM, et al, "Pharmaceutical Salts", Journal of Pharmaceutical Science, 1977, 66, 1-19). Certos compostos específicos da presente invenção contêm funcionalidades básicas e áci- das que permitem que os compostos sejam convertidos em sais de adi- ção de base ou de ácido.
[0048] As formas neutras dos compostos podem ser regeneradas pelo contato do sal com uma base ou ácido e isolamento do composto parental da maneira convencional. A forma parental do composto difere das várias formas de sal em certas propriedades físicas, tais como so- lubilidade em solventes polares, mas por outro lado os sais são equiva- lentes à forma parental do composto para os propósitos da presente invenção. Além das formas de sal, a presente invenção fornece com- postos que estão em uma forma de profármaco. Os profármacos dos compostos descritos no presente documento são aqueles compostos que rapidamente sofrem alterações químicas sob condições fisiológicas para fornecer os compostos da presente invenção. Além disso, os pro- fármacos podem ser convertidos nos compostos da presente invenção por métodos químicos ou bioquímicos em um ambiente ex vivo. Por exemplo, os profármacos podem ser convertidos lentamente nos com- postos da presente invenção quando colocados em um reservatório de adesivo transdérmico com uma enzima ou reagente químico ade- quado. Os profármacos são descritos com mais detalhes em outro lugar neste presente documento.
[0049] Além das formas de sal, a presente invenção fornece com- postos que estão em uma forma de profármaco. Os profármacos dos compostos descritos no presente documento são aqueles compostos que rapidamente sofrem alterações químicas sob condições fisiológicas para fornecer os compostos da presente invenção. Além disso, os pro- fármacos podem ser convertidos nos compostos da presente invenção por métodos químicos ou bioquímicos em um ambiente ex vivo. Por exemplo, os profármacos podem ser convertidos lentamente nos com- postos da presente invenção quando colocados em um reservatório de adesivo transdérmico com uma enzima ou reagente químico adequado.
[0050] Certos compostos da presente invenção podem existir em formas não solvatadas, bem como em formas solvatadas, assim como em formas solvatadas, incluindo formas hidratadas. Em geral, as formas solvatadas são equivalentes às formas não solvatadas e são pretendi- das estar incluídas no escopo da presente invenção. Certos compostos da presente invenção podem existir em múltiplas formas cristalinas ou amorfas. Em geral, todas as formas físicas são equivalentes para os usos contemplados pela presente invenção e se destinam a estar dentro do escopo da presente invenção.
[0051] Certos compostos da presente invenção possuem átomos de carbono assimétrico (centros ópticos) ou ligações duplas; os racematos, diastereisômeros, isômeros geométricos, regioisômeros e isômeros in- dividuais (por exemplo, enantiômeros separados) são todos pretendidos estar incluídos no escopo da presente invenção. Quando uma represen- tação estereoquímica é mostrada, isso significa se referir ao composto no qual um dos isômeros está presente e substancialmente livre do ou-
tro isômero. “Substancialmente livre de” outro isômero indica pelo me- nos uma proporção de 80/20 dos dois isômeros, mais preferivelmente 90/10 ou 95/5 ou mais. Em algumas modalidades, um dos isômeros es- tará presente em uma quantidade de pelo menos 99%.
[0052] Os compostos da presente invenção também podem conter proporções não naturais de isótopos atômicos em um ou mais dos áto- mos que constituem esses compostos. As proporções não naturais de um isótopo podem ser definidas como variando entre a quantidade en- contrada na natureza e uma quantidade que consiste em 100% do átomo em questão. Por exemplo, os compostos podem incorporar isó- topos radioativos, como por exemplo trítio (3H), iodo-l25 (125I) ou car- bono-14 (14C) ou isótopos não radioativos, tais como deutério (2H) ou carbono-13 (13C). Tais variações isotópicas podem fornecer utilidades adicionais àquelas descritas em outras partes deste pedido. Por exem- plo, variantes isotópicas dos compostos da invenção podem encontrar utilidade adicional, incluindo, mas não se limitadas a reagentes para di- agnóstico e/ou imagem ou como agentes terapêuticos citotóxicos/radio- tóxicos. Adicionalmente, variantes isotópicas dos compostos da inven- ção podem ter características farmacocinéticas e farmacodinâmicas al- teradas que podem contribuir para aumentar a segurança, tolerabilidade ou eficácia durante o tratamento. Todas as variações isotópicas dos compostos da presente invenção, sejam radioativos ou não, pretendem estar englobadas no escopo da presente invenção.
[0053] As expressões "paciente" ou "indivíduo" são usados indistin- tamente para se referir a um humano ou um animal não humano (por exemplo, um mamífero).
[0054] As expressões "administração", "administrar" e similares, conforme se aplicam a, por exemplo, um indivíduo, célula, tecido, órgão ou fluido biológico, se referem ao contato de, por exemplo, um inibidor de arginase, uma composição farmacêutica que compreende o mesmo,
ou um agente de diagnóstico para o indivíduo, célula, tecido, órgão ou fluido biológico. No contexto de uma célula, a administração inclui o con- tato (por exemplo, in vitro ou ex vivo) de um reagente com a célula, as- sim como o contato de um reagente com um fluido, onde o fluido está em contato com a célula.
[0055] As expressões "tratar", "tratando", tratamento" e similares se referem a um curso de ação (tal como a administração de um inibidor de arginase ou uma composição farmacêutica que compreende o mesmo) iniciado após uma doença, distúrbio ou condição, ou um sin- toma do mesmo, que tenha sido diagnosticado, observado e similares, de modo a eliminar, reduzir, suprimir, mitigar ou melhorar, temporária ou permanentemente, pelo menos uma das causas subjacentes de uma doença, distúrbio ou condição que aflige um indivíduo, ou pelo menos um dos sintomas associados a uma doença, distúrbio, condição que aflige um indivíduo. Assim, o tratamento inclui inibir (por exemplo, inter- romper o desenvolvimento ou o desenvolvimento adicional da doença, distúrbio ou condição ou associação de sintomas clínicos) uma doença ativa.
[0056] A expressão "com necessidade de tratamento", conforme usada aqui, se refere a um julgamento feito por um médico ou outro cuidador de que um indivíduo requer ou se beneficiará do trata- mento. Esse julgamento é feito com base em uma variedade de fatores que pertencem à competência de um médico ou cuidador.
[0057] As expressões "prevenir", "prevenindo", "prevenção" e simi- lares se referem a um curso de ação (tal como a administração de um inibidor de arginase ou uma composição farmacêutica que compreen- dendo o mesmo) iniciado de uma maneira (por exemplo, antes do início de uma doença, distúrbio, condição ou sintoma dos mesmos) de modo a prevenir, suprimir, inibir ou reduzir, temporariamente ou permanente- mente, o risco de um indivíduo de desenvolver uma doença, distúrbio,
condição ou similares (como determinado, por exemplo, pela ausência de sintomas clínicos) ou retardar o início dos mesmos, geralmente no contexto de um indivíduo predisposto a ter uma doença, distúrbio ou condição particulares. Em certos casos, as expressões também se re- ferem a retardar a progressão da doença, distúrbio ou condição ou inibir sua progressão para um estado prejudicial ou indesejado.
[0058] A expressão “necessitado de prevenção” como usada aqui se refere ao julgamento feito por um médico ou outro cuidador de que o indivíduo requer ou se beneficiará do cuidado preventivo. Esse julga- mento é feito com base em uma variedade de fatores que pertencem à competência de um médico ou cuidador
[0059] A frase "quantidade terapeuticamente eficaz" se refere à ad- ministração de um agente a um indivíduo, sozinho ou como parte de uma composição farmacêutica e em uma dose única ou como parte de uma série de doses, em uma quantidade capaz de ter qualquer efeito positivo detectável sobre qualquer sintoma, aspecto ou característica de uma doença, distúrbio ou condição quando administrado ao indivíduo. A quantidade terapeuticamente eficaz pode ser determinada pela medida dos efeitos fisiológicos relevantes e pode ser ajustada em conexão com o regime de dosagem e análise do diagnóstico da condição do indivíduo e similares. Por exemplo, a medida do nível sérico de um inibidor de arginase (ou, por exemplo, um metabolito deste) em um determinado momento pós-administração pode ser indicativo de que uma quantidade terapeuticamente eficaz tenha sido usada.
[0060] A frase "em uma quantidade suficiente para efetuar uma mu- dança" significa que há uma diferença detectável entre um nível de um indicador medido antes (por exemplo, um nível basal) e após a adminis- tração de uma terapia particular. Os indicadores incluem qualquer parâ- metro objetivo (por exemplo, concentração sérica) ou parâmetro subje- tivo (por exemplo, a sensação de bem-estar de um indivíduo).
[0061] A expressão "moléculas pequenas" se refere a compostos químicos que possuem um peso molecular que é menor do que cerca de 10 kDa, menor do que cerca de 2 kDa ou menor do que cerca de 1 kDa. As moléculas pequenas incluem, mas não estão limitadas a molé- culas inorgânicas, moléculas orgânicas, moléculas orgânicas que con- têm um componente inorgânico, moléculas que compreendem um átomo radioativo e moléculas sintéticas. Terapeuticamente, uma molé- cula pequena pode ser mais permeável para as células, menos susce- tível à degradação e menos provável de desencadear uma resposta imune do que moléculas grandes.
[0062] A expressão "ligante" se refere a, por exemplo, um peptídeo, um polipeptídeo, uma molécula associada à membrana ou ligada à membrana, ou um complexo dos mesmos, que pode atuar como um agonista ou antagonista de um receptor. Um ligante abrange ligantes naturais e sintéticos, por exemplo, citocinas, variantes de citocinas, aná- logos, muteínas e composições de ligação derivadas de anticorpos, as- sim como pequenas moléculas. A expressão também abrange um agente que não é nem agonista nem antagonista, mas que pode se ligar a um receptor sem influenciar significativamente suas propriedades bi- ológicas, por exemplo, sinalização ou adesão. Além disso, a expressão inclui um ligante ligado à membrana que tenha sido alterado, por exem- plo, por métodos químicos ou recombinantes, para uma versão solúvel do ligante ligado à membrana. Um ligante ou receptor pode ser inteira- mente intracelular, isto é, pode residir no citosol, núcleo, ou algum outro compartimento intracelular. O complexo de um ligante e receptor é de- nominado "complexo ligante-receptor".
[0063] As expressões "inibidores" e "antagonistas" ou "ativadores" e "agonistas" se referem a moléculas inibitórias ou ativadoras, respecti- vamente, por exemplo, para a ativação de, por exemplo, um ligante, re-
ceptor, cofator, gene, célula, tecido ou órgão. Os inibidores são molécu- las que diminuem, bloqueiam, previnem, retardam a ativação, inativam, dessensibilizam ou regulam negativamente, por exemplo, um gene, pro- teína, ligante, receptor ou célula. Ativadores são moléculas que aumen- tam, ativam, facilitam, aumentam a ativação, sensibilizam ou regulam positivamente, por exemplo, um gene, proteína, ligante, receptor ou cé- lula. Um inibidor também pode ser definido como uma molécula que re- duz, bloqueia ou inativa uma atividade constitutiva. Um “agonista” é uma molécula que interage com um alvo para causar ou promover um au- mento na ativação do alvo. Um “antagonista” é uma molécula que se opõe à(s) ação(ações) de um agonista. Um antagonista previne, reduz, inibe ou neutraliza a atividade de um agonista, e um antagonista tam- bém pode prevenir, inibir ou reduzir a atividade constitutiva de um alvo, por exemplo, um receptor alvo, mesmo onde não há agonista identifi- cado.
[0064] As expressões "modular", "modulação" e similares se refe- rem à capacidade de uma molécula (por exemplo, um ativador ou um inibidor) para aumentar ou diminuir a função ou atividade da arginase, direta ou indiretamente. Um modulador pode atuar sozinho ou pode usar um cofator, por exemplo, uma proteína, um íon metálico ou uma molé- cula pequena. Exemplos de moduladores incluem compostos de molé- culas pequenas e outras moléculas bio-orgânicas. Numerosas bibliote- cas de compostos de moléculas pequenas (por exemplo, bibliotecas combinatórias) estão disponíveis comercialmente e podem servir como um ponto de partida para a identificação de um modulador. Aquele ver- sado na técnica é capaz de desenvolver um ou mais ensaios (por exem- plo, ensaios bioquímicos ou baseados em células) nos quais tais biblio- tecas de compostos podem ser rastreadas a fim de identificar um ou mais compostos que possuem as propriedades desejadas; depois, o químico experiente é capaz de otimizar tal um ou mais compostos, por exemplo, pela síntese e avaliação de análogos e seus derivados. Estu- dos de modelagem sintética e/ou molecular também podem ser utiliza- dos na identificação de um Ativador.
[0065] A "atividade" de uma molécula pode descrever ou se referir à ligação da molécula a um ligante ou a um receptor; à atividade catalí- tica; à capacidade de estimular a expressão de gene ou sinalização, di- ferenciação ou maturação celular; à atividade antigênica; à modulação das atividades de outras moléculas; e similares. A expressão "atividade proliferativa" abrange uma atividade que promove, que é necessária para, ou que está especificamente associada a, por exemplo, divisão celular normal, assim como câncer, tumores, displasia, transformação celular, metástase e angiogênese.
[0066] Como usado aqui, "comparável", "atividade comparável", "atividade comparável a", "efeito comparável", "efeito comparável à" e similares são expressões relativas que podem ser vistas quantitativa- mente e/ou qualitativamente. O significado das expressões é frequente- mente depende do contexto em que são usadas. Por exemplo, dois agentes que ativam um receptor podem ser vistos como tendo um efeito comparável de uma perspectiva qualitativa, mas os dois agentes podem ser vistos como sem um efeito comparável de uma perspectiva quanti- tativa se um agente só for capaz de atingir 20% da atividade do outro agente conforme determinado em um ensaio aceito na técnica (por exemplo, um ensaio de dose-resposta) ou em um modelo animal aceito na técnca. Ao comparar um resultado com outro resultado (por exemplo, um resultado para um padrão de referência), "comparável" frequente- mente (mas nem sempre) significa que um resultado se desvia de um padrão de referência em menos do que 35%, em menos do que 30%, em menos do que 25%, em menos do que 20%, em menos do que 15%, em menos do que 10%, em menos do que 7%, em menos do que 5%, em menos do que 4%, em menos do que 3%, em menos do que 2%, ou em menos do que 1%. Em modalidades particulares, um resultado é comparável a um padrão de referência se ele se desviar em menos do que 15%, em menos do que 10% ou em menos do que 5% do padrão de referência. Por exemplo, mas sem limitação, a atividade ou efeito pode se referir à eficácia, estabilidade, solubilidade ou imunogenici- dade.
[0067] "Substancialmente puro" indica que um componente consti- tui mais do que cerca de 50% do conteúdo total da composição e, nor- malmente, mais do que cerca de 60% do conteúdo total do polipeptí- deo. Mais tipicamente, "substancialmente puro" se refere a composi- ções nas quais pelo menos 75%, pelo menos 85%, pelo menos 90% ou mais da composição total é o componente de interesse. Em alguns ca- sos, o polipeptídeo constituirá mais do que cerca de 90% ou mais do que cerca de 95% do conteúdo total da composição.
[0068] As expressões "se liga especificamente" ou "se liga seletiva- mente", quando se referem a um ligante/receptor, anticorpo/antígeno ou outro par de ligação, indicam uma reação de ligação que é determinante da presença da proteína em uma população heterogênea de proteínas e outras biológicos. Assim, sob condições designadas, um ligante espe- cificado se liga a um determinado receptor e não se liga em uma quan- tidade significativa a outras proteínas presentes na amostra. O anti- corpo ou composição de ligação derivada do sítio de ligação ao antígeno de um anticorpo, do método contemplado se liga ao seu antígeno, ou uma variante ou muteína do mesmo, com uma afinidade que é pelo me- nos duas vezes maior, pelo menos dez vezes maior, pelo menos 20 ve- zes maior ou pelo menos 100 vezes maior do que a afinidade com qual- quer outro anticorpo ou composição de ligação derivada do mesmo. Em uma modalidade particular, o anticorpo terá uma afinidade que é maior do que cerca de 109 litros/mol, como determinado, por exemplo, pela análise Scatchard (Munsen, et al. 1980 Analyt. Biochem. 107:220-239).
[0069] A expressão "resposta", por exemplo, de uma célula, tecido, órgão ou organismo, abrange uma mudança no comportamento bioquí- mico ou fisiológico, por exemplo, concentração, densidade, adesão ou migração dentro de um compartimento biológico, taxa de expressão de gene ou estado de diferenciação, onde a mudança está correlacionada com a ativação, estimulação ou tratamento ou com mecanismos inter- nos, tal como a programação genética. Em certos contextos, as expres- sões “ativação”, “estimulação” e similares se referem à ativação celular regulada por mecanismos internos, assim como por fatores externos ou ambientais; enquanto que as expressões “inibição”, “regulação nega- tiva” e similares se referem aos efeitos opostos.
[0070] As expressões "polipeptídeo", "peptídeo" e "proteína", usa- das indistintamente aqui, se referem a uma forma polimérica de amino- ácidos de qualquer extensão, que pode incluir aminoácidos genetica- mente codificados e não geneticamente codificados, aminoácidos qui- micamente ou bioquimicamente modificados ou derivatizados e polipep- tídeos que possuem arcabouços polipeptídicos modificados. As expres- sões incluem proteínas de fusão, que incluem, mas não se limitam a proteínas de fusão com uma sequência de aminoácidos heteróloga, pro- teínas de fusão com sequências líderes heterólogas e homólogas, com ou sem resíduos de metionina N-terminal; proteínas marcadas imunolo- gicamente; e similares.
[0071] Como usadas neste documento, as expressões "variantes" e "homólogos" são usadas alternativamente para se referir a sequências de aminoácidos ou DNA que são similares às sequências de aminoáci- dos ou ácidos nucleicos de referência, respectivamente. A expressão abrange variantes que ocorrem naturalmente e variantes que não ocor- rem naturalmente. As variantes que ocorrem naturalmente incluem ho- mólogos (polipeptídeos e ácidos nucleicos que diferem na sequência de aminoácidos ou nucleotídeos, respectivamente, de uma espécie para outra) e variantes alélicas (polipeptídeos e ácidos nucleicos que diferem na sequência de aminoácidos ou nucleotídeos, respectivamente, de um indivíduo para outro dentro de uma espécie). Assim, variantes e homó- logos abrangem sequências de DNA que ocorrem naturalmente e pro- teínas codificadas por elas e suas isoformas, assim como variantes de processamento de uma proteína ou gene. As expressões também abrangem sequências de ácido nucleico que variam em uma ou mais bases de uma sequência de DNA de ocorrência natural, mas ainda se traduzem em uma sequência de aminoácidos que corresponde à prote- ína de ocorrência natural devido à degeneração do código genético. Va- riantes e homólogos que não ocorrem naturalmente incluem polipeptí- deos e ácidos nucleicos que compreendem uma alteração na sequência de aminoácidos ou nucleotídeos, respectivamente, onde a alteração na sequência é introduzida artificialmente (por exemplo, muteínas); por exemplo, a mudança é gerada no laboratório por intervenção humana (“mão do homem”). Portanto, variantes e homólogos que não ocorrem naturalmente também podem se referir àqueles que diferem das se- quências que ocorrem naturalmente por uma ou mais substituições con- servativas e/ou marcadores e/ou conjugados.
[0072] A expressão "muteínas", como usada aqui, se refere ampla- mente a proteínas recombinantes mutadas. Essas proteínas geralmente carregam substituições de aminoácidos simples ou múltiplas e são fre- quentemente derivadas de genes clonados que foram submetidos a mu- tagênese direcionada ao sítio ou aleatória, ou de genes completamente sintéticos.
[0073] As expressões "DNA", "ácido nucleico", "molécula de ácido nucleico", "polinucleotídeo" e similares são usadas aqui indistintamente para se referir a uma forma polimérica de nucleotídeos de qualquer ex- tensão, seja desoxirribonucleotídeos ou ribonucleotídeos, ou seus aná-
logos. Exemplos não limitantes de polinucleotídeos incluem ácidos nu- cleicos lineares e circulares, RNA mensageiro (mRNA), DNA comple- mentar (cDNA), polinucleotídeos recombinantes, vetores, sondas, inici- adores e similares. Arginase e sua Inibição
[0074] Como descrito acima, uma compreensão precisa do meca- nismo de ação subjacente dos compostos, através do qual os compos- tos da presente invenção efetuam sua atividade, não é necessária para a prática da invenção, os compostos (ou um subconjunto dos mesmos) são considerados inibidores da arginase. Embora os compostos da in- venção sejam geralmente referidos aqui como inibidores da arginase, deve ser entendido que a expressão "inibidores da arginase" abrange compostos que agem individualmente através da inibição da arginase, mas também agem através de mecanismos adicionais. Identificação de Inibidores de Arginase que possuem Característi- cas Desejáveis.
[0075] A presente invenção é direcionada, em parte, para a identifi- cação de inibidores da arginase com pelo menos uma propriedade ou característica que seja de relevância terapêutica.
[0076] Os candidatos a inibidores podem ser identificados usando, por exemplo, um ensaio ou modelo aceito na técnica, exemplos dos quais são descritos no presente documento.
[0077] Após a identificação, os candidatos a inibidores podem ser avaliados adicionalmente usando técnicas que fornecem dados com re- lação às características dos inibidores (por exemplo, parâmetros farma- cocinéticos, meios de determinar a solubilidade ou estabilidade). As comparações dos candidatos a inibidores com um padrão de referência (que pode ser o "melhor da classe" dos inibidores atuais) são indicativas da viabilidade potencial de tais candidatos. Compostos da Invenção
[0078] São fornecidos aqui compostos que possuem a Fórmula (I)
(I) ou um sal farmaceuticamente aceitável, hidrato ou solvato, em que, X é CH2, NH ou O; R1 é um membro selecionado do grupo que consiste em H, -Xa-NH2, –C(O)-Xa-NH2 e -Rc, em que Xa é um C1-4 alquileno que é não substituído ou substitu- ído com um ou dois Ra; cada Ra é selecionado independentemente do grupo que consiste em C1-6 alquila e aril(C1-4 alquil); em que a C1-6 alquila é não substituída ou substituída com hidroxila, metoxila, amino, tiol, -CO2H, -CONH2, e -NHCONH2; e arila é selecionada do grupo que consiste em fenila, hidroxifenila, metoxifenila e indol; e Rc é um anel heterocíclico saturado com quatro a seis membros que possui um vértice de anel selecionado do grupo que consiste em O e NH; ou é C1-6 alquila que é não substituída ou substi- tuída com um a três substituintes independentemente selecionados do grupo que consiste em halogênio, hidroxila e amino; ou R1 é um aminoácido que ocorre naturalmente; cada R2 é selecionado independentemente do grupo que consiste em H e C1-6 alquila; ou dois grupos R2 são combinados com os átomos aos quais eles estão acoplados para formar um anel mono ou bicíclico com cinco a oito membros, que é não substituído ou subs- tituído com um a quatro substituintes independentemente selecionados do grupo que consiste em halogênio, hidroxila e metila.
[0079] Em algumas modalidades da Fórmula (I), X é CH2, NH ou O R1 é um membro selecionado do grupo que consiste em H, -Xa-NH2 e –C(O)-Xa-NH2; em que Xa é um C1-4 alquileno que é não substituído ou substituído com um ou dois Ra; cada Ra é selecionado independentemente do grupo que consiste em C1-6 alquila e aril(C1-4 alquil); em que a C1-6 alquila é não substituído ou substituído hidroxila, metoxila, amino, tiol, -CO2H, -CONH2 e -NHCONH2; e arila é selecionada do grupo que consiste em fenila, hidroxifenila, metoxifenila e indol; ou R1 é um aminoácido que ocorre naturalmente; e cada R2 é selecionado independentemente do grupo que consiste em H e C1-6 alquila; ou dois grupos R2 são combinados com os átomos aos quais cada um está acoplado para formar um anel com cinco ou seis membros.
[0080] Em um grupo selecionado de modalidades, os compostos de Fórmula (I) são fornecidos possuindo a fórmula:
[0081] Em outro grupo selecionado de modalidades, os compostos de Fórmula (I) são fornecidos possuindo a fórmula:
[0082] Em outro grupo selecionado de modalidades, os compostos de Fórmula (I) são fornecidos possuindo a fórmula:
[0083] Em outro grupo selecionado de modalidades, os compostos de Fórmula (I) são fornecidos possuindo a fórmula:
[0084] Ainda outro grupo selecionado de modalidades, os compos- tos de Fórmula (I) são fornecidos possuindo a fórmula: em que m é 1, 2 ou 3.
[0085] Em algumas modalidades, os compostos de Fórmula (I) são fornecidos possuindo a fórmula: em que R1 é um aminoácido que ocorre naturalmente.
[0086] Ainda em outras modalidades selecionadas, os compostos de Fórmula (I) são fornecidos possuindo a fórmula:
[0087] Em algumas modalidades selecionadas, os compostos de Fórmula (I) tem a fórmula:
[0088] Em algumas modalidades selecionadas, qualquer um dos compostos da Tabela 1 é fornecido.
[0089] Em algumas modalidades selecionadas, as formas deutera- das dos compostos de Fórmula (I) são fornecidas. O deutério pode ser substituído independentemente por hidrogênio em qualquer posição onde o hidrogênio possa estar presente. Métodos de síntese
[0090] Em geral, os compostos fornecidos neste documento podem ser preparados por métodos convencionais, conforme descrito nos Exemplos abaixo. Profármacos e Outros Meios de Liberação de Fármaco e/ou Exten- são da Meia-Vida
[0091] Em alguns aspectos da presente invenção, os compostos aqui descritos são administrados na forma de profármacos.
[0092] A fim de efetuar a extensão da atividade terapêutica, as mo- léculas de fármacos podem ser manipuladas para utilizar veículos para liberação. Tais veículos são usados de uma forma não covalente, com a porção do fármaco físico-quimicamente formulada em uma mistura de solvente-veículo ou pelo acoplamento covalente permanente de um ve- ículo reagente a um dos grupos funcionais da porção de fármaco (veja de modo geral WO 20150202317).
[0093] Várias abordagens não covalentes são favorecidas. A título de exemplo, mas sem limitação, em certas modalidades, formulações de depósito que compreendem a encapsulação não covalente do fár- maco em veículos poliméricos são empregadas. Em tais formulações, a molécula do fármaco é combinada com o material do veículo e proces- sada de modo que a molécula do fármaco seja distribuída dentro do veículo. Os exemplos incluem agregados de micropartículas de polí- mero-fármaco (por exemplo, Degradex® Microspheres (Phosphorex, Inc.)), que são administrados como uma suspensão injetável; agrega- dos de molécula de polímero-fármaco formulados como géis (por exem- plo, Lupron Depot® (AbbVie Inc.)), que são administrados como uma única injeção em bolus; e formulações lipossomais (por exemplo, Depo- Cyt® (Pacira Pharmaceuticals)), onde o veículo pode ser uma entidade polimérica ou não polimérica capaz de solubilizar o fármaco. Nessas for- mulações, a liberação da molécula do fármaco pode ocorrer quando o veículo se dilata ou se deteriora fisicamente. Em outros casos, a degra- dação química permite a difusão do fármaco no ambiente biológico; tais processos de degradação química podem ser auto-hidrolíticos ou cata- lisados por enzimas. Entre outras limitações, o encapsulamento não co- valente do fármaco requer a prevenção da liberação descontrolada do fármaco e a dependência do mecanismo de liberação do fármaco após a biodegradação pode causar variabilidade entre os pacientes.
[0094] Em modalidades particulares, moléculas de fármacos, inclu- indo moléculas pequenas e moléculas grandes, são conjugadas a um veículo através de ligações covalentes permanentes. Certas moléculas pequenas terapêuticas que exibem baixa solubilidade em fluidos aquo- sos podem ser solubilizadas por conjugação a polímeros hidrofílicos, exemplos dos quais são descritos no presente documento em outro lu- gar. Em relação às proteínas de moléculas grandes, a extensão da meia-vida pode ser alcançada, por exemplo, pela modificação covalente permanente com uma porção de palmitoila e pela modificação covalente permanente com outra proteína que por sua vez tem uma meia-vida es- tendida (por exemplo, Albuferon®). Em geral, as moléculas do fármaco apresentam atividade biológica diminuída quando um veículo é conju- gado covalentemente ao fármaco.
[0095] Em certos casos, limitações associadas a qualquer molécula de fármaco que compreende misturas de polímeros não covalentes ou ligação covalente permanente podem ser abordadas com sucesso em- pregando uma abordagem de profármaco para a conjugação química do fármaco ao veículo de polímero. Neste contexto, os agentes terapêu- ticos que são inativos ou menos ativos do que a própria porção de fár- maco são previsivelmente transformados em entidades moleculares ati- vas. A atividade biológica reduzida do profármaco em comparação com o fármaco liberado é vantajosa se for desejada uma liberação lenta ou controlada do fármaco. Em tais casos, a liberação do medicamento ocorre ao longo do tempo, reduzindo assim a necessidade de adminis- tração repetida e frequente do medicamento. Uma abordagem de pro- fármaco também pode ser vantajosa quando a própria porção do fár- maco não é absorvida, ou tem uma absorção menor do que ótima, no trato gastrointestinal; nesses casos, o profármaco facilita a absorção da porção de fármaco e é então clivado em algum momento posterior (por exemplo, através do metabolismo de primeira passagem). A molécula de fármaco biologicamente ativa está tipicamente ligada à fração de ve- ículo polimérico por uma ligação temporária formada entre a porção de veículo e um grupo hidroxila, amino ou carboxila da molécula de fár- maco.
[0096] As abordagens descritas acima estão associadas a várias li- mitações. A ativação do profármaco pode ocorrer por clivagem enzimá- tica ou não enzimática da ligação temporária entre o veículo e a molé- cula do fármaco, ou uma combinação sequencial de ambos (por exem- plo, uma etapa enzimática seguida por uma modificação não enzimá- tica). Em um ambiente in vitro livre de enzima (por exemplo, uma solu- ção aquosa de tampão), uma ligação temporária, tal como um éster ou amida, pode sofrer hidrólise, mas a taxa de hidrólise correspondente pode ser tal que está fora da faixa terapeuticamente útil. Em contraste,
em um ambiente in vivo, esterases ou amidases estão tipicamente pre- sentes e as esterases e amidases podem causar aceleração catalítica significativa da cinética de hidrólise em duas vezes até várias ordens de magnitude (veja, por exemplo, Greenwald et al., (1999) J Med Chem 42(18):3857-67).
[0097] Como descrito aqui, os profármacos podem ser classificados como i) bio-precursores e ii) profármacos ligados a veículos. Os bio-pre- cursores não contêm um grupo de transporte e são ativados pela cria- ção metabólica de um grupo funcional. Em contraste, nos profármacos ligados ao veículo, a substância ativa é conjugada a uma porção do ve- ículo por meio de uma ligação temporária em um grupo funcional da entidade bioativa. Os grupos funcionais preferidos são os grupos hidro- xila ou amino. A química de acoplamento e as condições de hidrólise dependem do tipo de grupo funcional empregado. O veículo pode ser biologicamente inerte (por exemplo, PEG) ou pode ter propriedades de direcionamento (por exemplo, um anticorpo). A clivagem da porção de veículo de um profármaco ligado ao veículo resulta na entidade bioativa de interesse e a natureza do grupo funcional desprotegido da entidade bioativa muitas vezes contribui para a sua bioatividade.
[0098] A patente e a literatura científica descrevem muitos profár- macos macromoleculares onde a ligação temporária é uma ligação de éster lábil. Nestes casos, o grupo funcional da entidade bioativa é um grupo hidroxila ou um ácido carboxílico (veja, por exemplo, Cheng et al. (2003) Bioconjugate Chem 14: 1007-17). Além disso, muitas vezes é vantajoso para bio-macromoléculas e certos fármacos de moléculas pe- quenas ligar o veículo a um grupo amino da entidade bioativa (por exem- plo, a terminação N ou grupos amino de lisina das proteínas). Durante a preparação do profármaco, os grupos amino podem ser tratados de forma mais quimio-seletiva devido à sua maior nucleofilicidade em com- paração com os grupos hidroxílicos ou fenólicos. Isso é especialmente relevante para proteínas e peptídeos que contêm uma grande variedade de diferentes funcionalidades reativas, onde reações de conjugação não seletivas levam a misturas de produtos indesejados que requerem ex- tensa caracterização ou purificação, diminuindo assim o rendimento da reação e a eficiência terapêutica da porção ativa.
[0099] Em geral, as ligações amida são mais estáveis contra a hi- drólise do que as ligações éster, e a taxa de clivagem da ligação amida pode ser muito lenta para utilidade terapêutica em um profármaco ligado a um veículo. Como resultado, pode ser vantajoso adicionar componen- tes químicos estruturais a fim de efetuar o controle sobre a capacidade de clivagem da ligação amida do profármaco. Esses componentes quí- micos de controle de clivagem adicionais que não são fornecidos nem pela entidade transportadora nem pelo fármaco são geralmente deno- minados "ligantes". Os ligantes de profármacos podem ter um efeito im- portante na taxa de hidrólise da ligação temporária e a variação da na- tureza química dos ligantes frequentemente resulta em propriedades particulares. A ativação de um profármaco porções biologicamente ati- vas que contêm amina pelas enzimas específicas para a liberação dire- cionada requer que a estrutura do ligante exiba um motivo estrutural reconhecido como um substrato pela enzima endógena correspon- dente. Nestes casos, a clivagem da ligação temporária ocorre em um processo de uma etapa que é catalisado pela enzima. Por exemplo, a liberação enzimática da citarabina é realizada pela protease plasmina, cuja concentração é relativamente alta em vários tipos de massa tumo- ral.
[00100] A variabilidade entre pacientes é uma grande desvantagem da clivagem enzimática predominante. Os níveis de enzimas podem di- ferir significativamente entre os indivíduos, resultando na variação bio- lógica da ativação do profármaco pela clivagem enzimática. Os níveis de enzimas também podem variar dependendo do local de administra- ção (por exemplo, para injeção subcutânea, certas áreas do corpo pro- duzem efeitos terapêuticos mais previsíveis do que outras). Além disso, é difícil estabelecer uma correlação in vivo - in vitro das propriedades farmacocinéticas para profármacos dependentes de enzimas ligadas a veículos.
[00101] Outros veículos de profármacos que usam ligações tempo- rárias a grupos amino na fração do fármaco são baseados em um me- canismo de cascata. A clivagem em cascata é ativada por compostos de ligação que são compostos por uma combinação estrutural de um grupo de mascaramento e um grupo de ativação. O grupo de mascara- mento é ligado ao grupo de ativação por meio de uma primeira ligação temporária, tal como um éster ou um carbamato. O grupo de ativação está ligado a um grupo amino da molécula do fármaco por meio de uma segunda ligação temporária (por exemplo, um carbamato). A estabili- dade ou suscetibilidade à hidrólise da segunda ligação temporária de- pende da presença ou ausência do grupo de mascaramento. Na pre- sença do grupo de mascaramento, a segunda ligação temporária é al- tamente estável e improvável de liberar a molécula de fármaco com ci- nética terapeuticamente útil, enquanto que na ausência do grupo de mascaramento, essa ligação se torna altamente lábil, resultando na cli- vagem rápida e na liberação da porção de fármaco.
[00102] A clivagem da primeira ligação temporária é a etapa de limi- tação de taxa no mecanismo de cascata. A primeira etapa pode induzir um rearranjo molecular do grupo de ativação (por exemplo, uma elimi- nação de 1,6, conforme descrito em Greenwald et al. (1999) J Med Chem 42: 3657-67) e o rearranjo torna a segunda ligação temporária muito mais lábil, tal que sua clivagem seja induzida. Idealmente, a taxa de clivagem da primeira ligação temporária é idêntica à taxa de libera- ção desejada para a molécula do fármaco em um determinado cenário terapêutico. Além disso, é desejável que a clivagem da segunda ligação temporária seja substancialmente instantânea depois de sua labilidade ter sido induzida pela clivagem da primeira ligação temporária.
[00103] Outra modalidade compreende profármacos que contêm amino poliméricos com base na lactonização de trimethyl lock (ver, por exemplo, Greenwald et al. (2000) J Med Chem 43 (3): 457-87). Neste sistema de profármaco, o ácido o-hidroxifenil-dimetilpropiônico substitu- ído é ligado a PEG por um grupo éster, carbonato ou carbamato como uma primeira ligação temporária e a um grupo amino de uma molécula de fármaco por meio de uma ligação amida como uma segunda ligação temporária . A etapa determinante da taxa na liberação do fármaco é a clivagem enzimática da primeira ligação, que é seguida pela clivagem rápida da amida pela lactonização, liberando um produto secundário de lactona aromática. A principal desvantagem dos sistemas de profárma- cos descritos por Greenwald et al. é a liberação de produtos secundá- rios de molécula pequena aromática altamente reativos e potencial- mente tóxicos, como metidos de quinona ou lactonas aromáticas, após a clivagem da ligação temporária. As entidades potencialmente tóxicas são liberadas em uma estequiometria 1:1 com o fármaco e podem as- sumir altas concentrações in vivo.
[00104] Em certas modalidades de profármacos em cascata que compreendem grupos de ativação aromáticos com base na eliminação de 1,6, o grupo de mascaramento é estruturalmente separado do veí- culo. Isto pode ser realizado pelo emprego de uma ligação estável entre o veículo do polímero e o grupo de ativação, em que a ligação estável não participa do mecanismo de clivagem em cascata. Se o veículo não estiver servindo como um grupo de mascaramento e o grupo de ativa- ção for acoplado ao veículo por meio de uma ligação estável, a liberação de produtos colaterais potencialmente tóxicos (tal como o grupo de ati- vação) é evitada. A ligação estável do grupo de ativação e do polímero também suprime a liberação de intermediários de ligação de fármaco com farmacologia indefinida.
[00105] Um primeiro exemplo da abordagem descrita no parágrafo anterior compreende um sistema de profármaco polimérico com base em um grupo de ativação de ácido mandélico (veja, por exemplo, Sha- bat et al. (2004) Chem Eur J 10: 2626-34). Nesta abordagem, o grupo de mascaramento está ligado ao grupo de ativação por uma ligação car- bamato. O grupo de ativação é conjugado permanentemente a um polí- mero de poliacrilamida por meio de uma ligação amida. Após a ativação enzimática do grupo de mascaramento por um anticorpo catalítico, o grupo de mascaramento é clivado por ciclização e o fármaco é libe- rada; o grupo de ativação ainda está conectado ao polímero de poliacri- lamida após a liberação do fármaco. Um sistema de profármaco similar é baseado em um grupo de ativação de ácido mandélico e um grupo de mascaramento ligado a éster clivável enzimaticamente (veja, por exem- plo, Lee et al. (2004) Angew Chem 116: 1707-10).
[00106] Quando os ligantes mencionados acima são usados, a etapa de eliminação de 1,6 ainda gera um intermediário aromático altamente reativo. Mesmo que a porção aromática permaneça permanentemente ligada ao veículo polimérico, podem ocorrer reações colaterais com sub- produtos potencialmente tóxicos ou efeitos imunogênicos. Assim, é van- tajoso gerar tecnologias de ligação para formar profármacos poliméricos de agentes ativos contendo amina usando ligantes de profármaco alifá- ticos que não são dependentes de enzima e não geram intermediários aromáticos reativos durante a clivagem. Um exemplo usa PEG5000-ani- drido maleico para a modificação reversível de grupos amino em ativa- dor de plasminogênio do tipo tecidual e uroquinase (veja, por exemplo, (1987) Garman et al. FEBS Lett 223 (2): 36l-65). Regeneração da en- zima funcional do conjugado PEG-uPA após incubação em tampão com pH 7,4 pela clivagem da ligação de ácido maleâmico, segue a cinética de primeira ordem com uma meia-vida de aproximadamente 6 ho- ras. Uma desvantagem da ligação do ácido maleâmico é a falta de es- tabilidade do conjugado em valores de pH mais baixos.
[00107] Uma abordagem adicional compreende um sistema de pro- fármaco em cascata de PEG com base no ligante N,N-bis-(2-hidroxietil) glicina amida (bicina) (veja, por exemplo, (2004) J Med Chem 47: 726- 34). Neste sistema, duas moléculas transportadoras de PEG são liga- das por meio de ligações temporárias a uma molécula de bicina aco- plada a um grupo amino da molécula do fármaco. As primeiras etapas na ativação do profármaco envolvem a clivagem enzimática das primei- ras ligações temporárias que conectam ambas as moléculas transpor- tadoras de PEG com os grupos hidróxi do grupo de ativação da bi- cina. Diferentes ligações entre PEG e bicina resultam em diferentes ci- néticas de ativação de profármaco. A segunda etapa na ativação do pro- fármaco envolve a clivagem da segunda ligação temporária que conecta o grupo de ativação de bicina ao grupo amino da molécula do fármaco. Uma desvantagem deste sistema é a hidrólise lenta dessa segunda li- gação amida de bicina temporária, que resulta na liberação de um inter- mediário que pode mostrar propriedades farmacocinéticas, imunogêni- cas, toxicidade e farmacodinâmica diferentes quando comparada cm a molécula de fármaco parental nativo.
[00108] Em modalidades particulares, dipeptídeos são utilizados para o desenvolvimento de profármacos para direcionamento ou trans- porte direcionado, já que são substratos para enzimas ou sistemas de bio-transporte. A via não enzimática para a formação de profármaco di- peptídico, ou seja, a capacidade de sofrer ciclização intramolecular para formar a dicetopiperazina correspondente (DKP) e liberar o fármaco ativo, não está bem definida.
[00109] Em algumas modalidades, os dipeptídeos são acoplados a uma porção do fármaco por meio de ligações éster, como foi descrito para ésteres dipeptídicos do fármaco paracetamol (Gomes et al. (2005) Bio & Med Chem Lett). Neste caso, a reação de ciclização consiste em um ataque nucleofílico da amina N-terminal do peptídeo no átomo de carbono do éster para formar um intermediário tetraédrico, que é se- guido por uma transferência de próton da amina para o grupo de saída oxiânion com formação simultânea de uma ligação peptídica para dar o produto DKP cíclico e o fármaco livre. Este método é aplicável a fárma- cos que contêm hidroxila in vitro, mas foi descoberto que compete com a hidrólise enzimática da ligação éster in vivo, já que os ésteres dipep- tídicos correspondentes liberaram o paracetamol em uma taxa muito mais rápida do que em tampão (Gomes et al. (Moléculas 12 (2007) 2484-2506). A susceptibilidade de profármacos baseados em dipeptí- deo às peptidases pode ser abordada pela incorporação de pelo menos um aminoácido não natural no motivo de dipeptídeo. No entanto, as en- zimas endógenas capazes de clivar ligações éster não estão limitadas a peptidases e a dependência enzimática de tal clivagem de profármaco ainda dá origem a um desempenho in vivo imprevisível.
[00110] Em algumas modalidades, a dependência de enzima é inten- cionalmente manipulada em profármacos DKP, tal como onde profár- macos de éster dipeptídicos são formilatados na terminação amino do dipeptídeo e a deformilação enzimática é usada para iniciar a formação de dicetopiperazina e a clivagem subsequente da ligação éster do di- peptídeo, seguida pela liberação da molécula da fármaco (ver, por exemplo, USP 7.163.923). Como um exemplo adicional, um octapeptí- deo é acoplado por uma ligação éster ao grupo 4-hidroxila da vinblastina e sofre clivagem da ligação éster pela formação de DKP após a remoção enzimática específica do hexapeptídeo N-terminal (ver Brady et al. (2002) J Med Chem 45: 4706-15).
[00111] O escopo da reação de formação de DKP também foi esten-
dido para profármacos de amida. Por exemplo, USP 5.952.294 des- creve a ativação de profármacos usando a formação de dicetopipera- zina para profármacos de dipeptidil amida de citarabina. Neste caso, a ligação temporária é formada entre a carbonila de um dipeptídeo e o grupo amino aromático da citarabina. No entanto, é improvável que um efeito de liberação lenta possa ser alcançado para tais conjugados, uma vez que não há veículo ou outra porção que prolongamento da meia- vida ou funcionalidade presente.
[00112] Também foram descritos profármacos dipeptídicos que com- preendem peptídeos bioativos, tais como GLP-1, capazes de liberar o peptídeo através da formação de dicetopiperazina da extensão dipeptí- dica (veja, por exemplo, WO 2009/099763). A porção do peptídeo bioa- tivo pode incluir uma cadeia de PEG adicional em um de seus resíduos da cadeia lateral de aminoácidos para obter a circulação estendida do peptídeo bioativo. No entanto, essa abordagem está associada a várias desvantagens significativas. Primeiro, a cadeia de PEG deve ser ligada ao peptídeo sem comprometer sua bioatividade, o que pode ser difícil de obter para muitos agentes bioativos baseados em peptídeos. Em se- gundo lugar, como o próprio peptídeo peguilado é bioativo, a pró-porção dipeptídica tem um efeito na bioatividade do peptídeo e pode afetar ne- gativamente suas propriedades de ligação ao receptor.
[00113] Tecnologias exemplificadoras específicas que podem ser usadas com os compostos da presente invenção incluem aquelas de- senvolvidas pela ProLynx (San Francisco, CA) e Ascendis Pharma (Palo Alto, CA). A plataforma da tecnologia ProLynx utiliza conjuntos de novos ligantes que são pré-programados para clivar em diferentes taxas para permitir a liberação previsível e sustentada de moléculas pequenas e peptídeos a partir de conjugados macromoleculares semissólidos circu- lantes. A tecnologia permite a manutenção de níveis séricos desejados no estado estacionário de agentes terapêuticos por semanas a meses.
[00114] A plataforma de tecnologia Ascendis combina os benefícios de profármacos e tecnologias de liberação sustentada para aumentar as propriedades de moléculas pequenas e peptídeos. Enquanto em cir- culação, os profármacos proprietários liberam o agente terapêutico pa- rental ativo não modificado em taxas predeterminadas governadas pelo pH fisiológico e condições de temperatura. Como o agente terapêutico é liberado em sua forma não modificada, ele retém seu mecanismo de ação original. Modificações para Intensificar as Características do Inibidor
[00115] É frequentemente benéfico, e às vezes imperativo, melhorar uma ou mais propriedades físicas das modalidades de tratamento aqui descritas e/ou a maneira pela qual elas são administradas. As melhorias das propriedades físicas incluem, por exemplo, métodos para aumentar a solubilidade em água, biodisponibilidade, meia-vida sérica e/ou meia- vida terapêutica; e/ou a modulação da atividade biológica.
[00116] As modificações conhecidas na técnica incluem peguilação, fusão com Fc e fusão com albumina. Embora geralmente associados a agentes de moléculas grandes (por exemplo, polipeptídeos), tais modi- ficações foram recentemente avaliadas com moléculas pequenas espe- cíficas. A título de exemplo, Chiang, M. et al. (J. Am. Chem. Soc., 2014, l36 (9): 3370-73) descrevem um agonista de molécula pequena do re- ceptor de adenosina 2a conjugado com o domínio Fc de imunoglobu- lina. O conjugado de molécula pequena-Fc reteve potentes interações do receptor Fc e do receptor de adenosina 2a e mostrou propriedades superiores em comparação com a molécula pequena não conjugada. A ligação covalente de moléculas de PEG a moléculas pequenas terapêu- ticas também foi descrita (Li, W. et al, Progress in Polymer Science, 2013 38: 421-44).
[00117] Outras modificações conhecidas incluem deuteração para melhorar a farmacocinética, a farmacodinâmica e os perfis de toxici- dade. Devido à maior massa atômica do deutério, a clivagem da ligação carbono-deutério requer mais energia do que a ligação carbono-hidro- gênio. Como essas ligações mais fortes são mais difíceis de quebrar, a taxa de metabolismo do medicamento é mais lenta em comparação com as formas não deuteradas, o que permite uma dosagem menos fre- quente e pode reduzir ainda mais as toxicidades. (Charles Schmidt, Na- ture Biotechnology, 2017, 35 (6): 493-494; Harbeson, S. e Tung, R Med- chem News, 2014 (2): 8-22). Usos Terapêuticos e Profiláticos
[00118] A presente invenção contempla o uso de inibidores de argi- nase aqui descritos no tratamento ou prevenção de uma ampla gama de doenças, distúrbios e/ou condições e/ou os sintomas dos mes- mos. Embora utilizações particulares sejam descritas em detalhes a se- guir, deve ser entendido que a presente invenção não é tão limi- tada. Além disso, embora as categorias gerais de doenças, distúrbios e condições particulares sejam estabelecidas a seguir, algumas das do- enças, distúrbios e condições podem ser membros de mais de uma ca- tegoria, e outros podem não ser membros de nenhuma das categorias descritas.
[00119] Em algumas modalidades, as doenças, distúrbios e/ou con- dições aqui descritas são mediadas, pelo menos em parte, pela argi- nase.
[00120] Em algumas modalidades, os inibidores de arginase descri- tos no presente documento são administrados em uma quantidade efi- caz para retardar, parar ou reverter a atividade de imunossupressão me- diada pela arginase.
[00121] Distúrbios relacionados à oncologia. De acordo com a pre- sente invenção, um inibidor de arginase pode ser usado para tratar ou prevenir uma condição ou distúrbio proliferativo, incluindo um câncer,
por exemplo, câncer de útero, colo do útero, mama, próstata, testículos, trato gastrointestinal (por exemplo, esôfago, orofaringe, estômago, in- testino delgado ou grosso, cólon ou reto), rim, célula renal, bexiga, osso, medula óssea, pele, cabeça ou pescoço, fígado, vesícula biliar, coração, pulmão, pâncreas, glândula salivar, glândula adrenal, tireoide, cérebro (por exemplo, gliomas), gânglios, sistema nervoso central (SNC) e sis- tema nervoso periférico (SNP) e cânceres do sistema hematopoiético e do sistema imunológico (por exemplo, baço ou timo). A presente inven- ção também fornece métodos de tratamento ou prevenção de outras doenças, distúrbios ou condições relacionadas ao câncer, incluindo, por exemplo, tumores imunogênicos, tumores não imunogênicos, tumores dormentes, cânceres induzidos por vírus (por exemplo, cânceres de cé- lulas epiteliais, cânceres de células endoteliais, carcinomas de células escamosas e papilomavírus), adenocarcinomas, linfomas, carcinomas, melanomas, leucemias, mielomas, sarcomas, teratocarcinomas, cânce- res quimicamente induzidos, metástases e angiogênese. A invenção contempla a inibição da arginase a fim de reverter a depleção de argi- nina que deixa as células T sob privação e impede sua ativação e proli- feração (Rodriguez et al (2004), Arginase I production in the tumor mi- croenvironment by mature myeloid cells inhibits T-cell receptor expres- sion and antigen-specific T-cell responses. Cancer Res. 64(16), 5839– 5849). Em modalidades particulares, o tumor ou câncer é câncer de có- lon, câncer de ovário, câncer de mama, melanoma, câncer de pulmão, glioblastoma, ou leucemia. O uso das expressões doenças, distúrbios e condições relacionadas ao câncer é destinado a se referir-se a condi- ções que estão associadas, direta ou indiretamente, ao câncer e in- cluem, por exemplo, angiogênese e condições pré-cancerosas, tais como a displasia.
[00122] Em certas modalidades, um câncer pode ser metastático ou em risco de se tornar metastático, ou pode ocorrer em um tecido difuso,
incluindo cânceres do sangue ou da medula óssea (por exemplo, leuce- mia). Em algumas outras modalidades, os compostos da invenção po- dem ser usados para superar a tolerância das células T.
[00123] Em algumas modalidades, a presente invenção fornece mé- todos para o tratamento de uma condição proliferativa, câncer, tumor ou condição pré-cancerosa com um inibidor de arginase e pelo menos um agente terapêutico ou de diagnóstico adicional, exemplos dos quais são apresentados no presente documento em outro lugar.
[00124] Distúrbios Imunes e Inflamatórios. Como usadas aqui, as ex- pressões como "doença imunológica", "condição imunológica", "distúr- bio imunológico", "doença inflamatória", "condição inflamatória", "distúr- bio inflamatório" e similares destinam-se a abranger amplamente qual- quer condição relacionada à imunidade (por exemplo, uma doença au- toimune) ou um distúrbio com um componente inflamatório que pode ser tratado pelos inibidores de arginase aqui descritos, de modo que algum benefício terapêutico seja obtido. Essas condições frequentemente es- tão intimamente ligadas a outras doenças, distúrbios e condições. A tí- tulo de exemplo, uma “condição imunológica” pode se referir a condi- ções proliferativas, tais como câncer, tumores e angiogênese; incluindo infecções (agudas e crônicas), tumores e cânceres que resistem à erra- dicação pelo sistema imunológico.
[00125] Os inibidores de arginase da presente invenção podem ser usados para aumentar ou melhorar uma resposta imune; para melhorar a imunização, incluindo o aumento da eficácia da vacina; e para aumen- tar a inflamação. As deficiências imunológicas associadas a doenças de deficiência imunológica, tratamento médico imunossupressor, infecção aguda e/ou crônica e envelhecimento podem ser tratadas usando os compostos aqui descritos. Os inibidores de arginase também podem ser usados para estimular o sistema imunológico de pacientes que sofrem de supressão imunológica induzida por iatrogenia, incluindo aqueles que foram submetidos a transplantes de medula óssea, quimioterapia ou radioterapia.
[00126] Em modalidades particulares da presente divulgação, os ini- bidores de arginase são usados para aumentar ou intensificar uma res- posta imune a um antígeno, pelo fornecimento de atividade adju- vante. Em uma modalidade particular, pelo menos um antígeno ou va- cina são administrados a um indivíduo em combinação com pelo menos um inibidor de arginase da presente invenção para prolongar uma res- posta imune ao antígeno ou vacina. Também são fornecidas composi- ções terapêuticas que incluem pelo menos um agente antigênico ou componente de vacina, incluindo, mas não se limitando a vírus, bacté- rias e fungos, ou porções desses, proteínas, peptídeos, antígenos es- pecíficos para o tumor e vacinas de ácido nucleico, em combinação com pelo menos um inibidor de arginase da presente invenção.
[00127] Uma lista não limitante de doenças, distúrbios e condições relacionadas com a imunidade e inflamação que podem ser tratadas ou prevenidas com os compostos e composições da presente invenção in- cluem artrite (por exemplo, artrite reumatoide), insuficiência renal, lúpus, asma, psoríase, colite, pancreatite, alergias, fibrose, complicações cirúr- gicas (por exemplo, onde as citocinas inflamatórias impedem a cura), anemia e fibromialgia. Outras doenças e distúrbios que podem estar as- sociados à inflamação crônica incluem doença de Alzheimer, insuficiên- cia cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral, estenose da válvula aórtica, arteriosclerose, osteoporose, doença de Parkinson, infecções, doença inflamatória intestinal (por exemplo, doença de Crohn e colite ulcerativa), dermatite de contato alérgica e outros eczemas, esclerose sistêmica, transplante e esclerose múltipla.
[00128] Entre outras doenças relacionadas ao sistema imunológico, é contemplado que a inibição da função da arginase também pode de-
sempenhar um papel na tolerância imunológica e na prevenção da re- jeição fetal no útero.
[00129] Em algumas modalidades, um inibidor de arginase aqui des- crito pode ser combinado com um agente imunossupressor para reduzir o número de células efetoras imunes.
[00130] Algumas das doenças, distúrbios e condições acima menci- onados para os quais um inibidor de arginase pode ser particularmente eficaz (devido a, por exemplo, limitações das terapias atuais) são des- critos em mais detalhes a seguir.
[00131] A artrite reumatoide (AR), que geralmente é caracterizada por inflamação crônica no revestimento da membrana (a sinóvia) das articulações, afeta aproximadamente 1% da população dos U.S. (-2,1 milhões de pessoas). Uma maior compreensão do papel das citocinas, incluindo TNF-a e IL-1, no processo inflamatório permitiu o desenvolvi- mento e a introdução de uma nova classe de fármacos antirreumáticos modificadores da doença (DMARDs). Os agentes (alguns dos quais se sobrepõem às modalidades de tratamento para AR) incluem ENBREL (etanercept), REMICADE (infliximab), HUMIRA (adalimumab) e KINE- RET (anakinra). Embora alguns desses agentes aliviem os sintomas, inibam a progressão de danos estruturais e melhorem a função física em populações específicas de pacientes, ainda há necessidade de agentes alternativos com eficácia melhorada, mecanismos de ação complementares e poucos/menos efeitos adversos severos.
[00132] A psoríase, uma constelação de doenças crônicas da pele imunomediadas comuns, afeta mais de 4,5 milhões de pessoas nos U.S., das quais 1,5 milhões são considerados como tendo uma forma moderada a grave da doença. Além disso, mais de 10% dos pacientes com psoríase desenvolvem a artrite psoriásica, que danifica o osso e o tecido conjuntivo ao redor das articulações. Uma melhor compreensão da fisiologia subjacente da psoríase resultou na introdução de agentes que, por exemplo, visam a atividade de linfócitos T e citocinas respon- sáveis pela natureza inflamatória da doença. Esses agentes incluem os inibidores de TNF-α (também usados no tratamento da artrite reuma- toide (AR)), incluindo ENBREL (etanercept), REMICADE (infliximab) e HUMIRA (adalimumab)) e inibidores de células T, como AMEVIVE (ale- facept) e RAPTIVA (efalizumab). Embora vários desses agentes sejam eficazes em alguma extensão em certas populações de pacientes, ne- nhum mostrou tratar todos os pacientes eficazmente.
[00133] Distúrbios relacionados à Micróbios. A presente invenção contempla o uso dos inibidores de arginase aqui descritos no tratamento e/ou prevenção de qualquer doença viral, bacteriana, fúngica, parasitá- ria ou outra doença, distúrbio ou condição infecciosa para a qual o tra- tamento com um inibidor de arginase pode ser benéfico.
[00134] Exemplos de doenças, distúrbios e condições virais que são contemplados incluem, mas não estão limitados a hepatite pelo vírus B (HBV), a hepatite pelo vírus C (HCV), vírus do papiloma humano (HPV), HIV, AIDS (incluindo suas manifestações tais como caquexia, demência e diarreia), vírus herpes simplex (HSV), vírus de Epstein-Barr (EBV), ví- rus da varicela zoster, vírus coxsackie e citomegalovírus (CMV).
[00135] Outros exemplos de tais doenças e distúrbios incluem infec- ções estafilocócicas e estreptocócicas (por exemplo, Staphylococcus aureus e Streptococcus sanguinis, respectivamente), leishmania, toxo- plasma, tricomonas, giardia, Candida albicans, Bacillus anthracis e Pseudomonas aeruginosa. Em algumas modalidades, doenças ou dis- túrbios incluem infecção por Mycobacterium (por exemplo, Mycobacte- rium leprae ou Mycobacterium tuberculosis) ou uma infecção causada por Listeria monocytogenes ou Toxplasma gondii. Os compostos da in- venção podem ser usados para tratar sepse, diminuir ou inibir o cresci- mento bacteriano e reduzir ou inibir citocinas inflamatórias.
[00136] Outras modalidades contemplam o tratamento de uma infec- ção parasitária, incluindo, mas não se limitando a Leishmania donovani, Leishmania tropica, Leishmania major, Leishmania aethiopica, Leishma- nia mexicana, Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium ovale ou Plasmodium malariae. Frequentemente, a terapia antiparasitá- ria é administrada profilaticamente (por exemplo, antes de um indivíduo viajar para uma área com alta frequência de infecção parasitária).
[00137] Outras Distúrbios. As modalidades da presente invenção contemplam a administração dos inibidores da arginase aqui descritos a um indivíduo para o tratamento ou prevenção de qualquer outro dis- túrbio que pode se beneficiar de pelo menos algum nível de inibição da arginase. Tais doenças, distúrbios e condições incluem, por exemplo, distúrbios cardiovasculares (por exemplo, isquemia cardíaca), gastroin- testinais (por exemplo, doença de Crohn), metabólicos (por exemplo, diabetes), hepáticos (por exemplo, fibrose hepática, NASH e NAFLD), pulmonares (por exemplo , DPOC e asma), distúrbios oftalmológicos (por exemplo, retinopatia diabética) e renais (por exemplo, insuficiência renal). Composições Farmacêuticas
[00138] Os inibidores de arginase da presente invenção podem estar na forma de composições adequadas para administração a um indiví- duo. Em geral, tais composições são "composições farmacêuticas" que compreendem um inibidor de arginase e um ou mais diluentes, veículos ou excipientes farmaceuticamente aceitáveis ou fisiologicamente acei- táveis. Em certas modalidades, os inibidores de arginase estão presen- tes em uma quantidade terapeuticamente aceitável. As composições farmacêuticas podem ser utilizadas nos métodos da presente inven- ção; assim, por exemplo, as composições farmacêuticas podem ser ad- ministradas ex vivo ou in vivo a um indivíduo, a fim de praticar os méto- dos terapêuticos e profiláticos e os usos aqui descritos.
[00139] As composições farmacêuticas da presente invenção podem ser formuladas para serem compatíveis com o método pretendido ou via de administração; vias de administração exemplificadoras estão descri- tas aqui. Além disso, as composições farmacêuticas podem ser utiliza- das em combinação com outros agentes ou compostos terapeutica- mente ativos, conforme descrito aqui, a fim de tratar ou prevenir as do- enças, distúrbios e condições contempladas pela presente invenção.
[00140] As composições farmacêuticas que contêm o ingrediente ativo (por exemplo, um inibidor da função da arginase) podem estar em uma forma adequada para uso oral, por exemplo, como comprimidos, cápsulas, pastilhas, suspensões aquosas ou oleosas, pós ou grânulos dispersíveis, emulsões, cápsulas duras ou moles ou xaropes, soluções, microesferas ou elixires. As composições farmacêuticas pretendidas para uso oral podem ser preparadas de acordo com qualquer método conhecido na técnica para a fabricação de composições farmacêuticas e tais composições podem conter um ou mais agentes tais como, por exemplo, agentes edulcorantes, agentes aromatizantes, agentes coran- tes e agentes conservantes a fim de fornecer preparações farmaceuti- camente elegantes e palatáveis. Comprimidos, cápsulas e similares contêm o ingrediente ativo em mistura com excipientes farmaceutica- mente aceitáveis não tóxicos que são adequados para a fabricação de comprimidos. Estes excipientes podem ser, por exemplo, diluentes, tais como carbonato de cálcio, carbonato de sódio, lactose, fosfato de cálcio ou fosfato de sódio; agentes de granulação e desintegração, por exem- plo, amido de milho ou ácido algínico; agentes de ligação, por exemplo amido, gelatina ou goma arábica e agentes lubrificantes, por exemplo estearato de magnésio, ácido esteárico ou talco.
[00141] Os comprimidos, cápsulas e similares adequados para admi- nistração oral podem não ser revestidos ou revestidos por técnicas co-
nhecidas para retardar a desintegração e a absorção no trato gastroin- testinal e, assim, fornecer uma ação sustentada. Por exemplo, um ma- terial de retardo de tempo, tal como monoestearato de glicerila ou dies- tearato de glicerila, pode ser empregado. Eles também podem ser re- vestidos por técnicas conhecidas para formar comprimidos terapêuticos osmóticos para liberação controlada. Os agentes adicionais incluem partículas biodegradáveis ou biocompatíveis ou uma substância polimé- rica, tal como poliésteres, ácidos de poliamina, hidrogel, polivinilpirroli- dona, polianidridos, ácido poliglicólico, etileno-vinilacetato, metilcelu- lose, carboximetilcelulose, sulfato de protamina ou copolímeros de lac- tídeo/glicolídeo, copolímeros de polilactídeo/glicolídeo ou copolímeros de etilenovinilacetato para controlar a distribuição de uma composição administrada. Por exemplo, o agente oral pode ser aprisionado em mi- crocápsulas preparadas por técnicas de coacervação ou por polimeriza- ção interfacial, pelo uso de hidroximetilcelulose ou microcápsulas de ge- latina ou microcápsulas de poli(metilametacrilato), respectivamente, ou em um sistema de liberação de fármaco coloidal. Os sistemas de dis- persão coloidal incluem complexos de macromoléculas, nanocápsulas, microesferas e sistemas à base de lipídeos, incluindo emulsões de óleo em água, micelas, micelas mistas e lipossomas. Os métodos para a pre- paração das formulações acima mencionadas ficarão evidentes para os especialistas na técnica.
[00142] As formulações para uso oral também podem ser apresenta- das como cápsulas de gelatina dura em que o ingrediente ativo é mis- turado com um diluente sólido inerte, por exemplo, carbonato de cálcio, fosfato de cálcio, caulim ou celulose microcristalina, ou como cápsulas de gelatina mole em que o ingrediente ativo é misturado com água ou um meio oleoso, por exemplo óleo de amendoim, parafina líquida ou óleo de oliva.
[00143] As suspensões aquosas contêm os materiais ativos em mis- tura com excipientes adequados para a sua fabricação. Esses excipien- tes podem ser agentes de suspensão, por exemplo carboximetilcelulose de sódio, metilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose, alginato de sódio, po- livinilpirrolidona, goma de tragacanto e goma de acácia; agentes disper- santes ou umectantes, por exemplo, um fosfatídeo de ocorrência natural (por exemplo, lecitina) ou produtos de condensação de um óxido de al- quileno com ácidos graxos (por exemplo, estearato de polioxietileno) ou produtos de condensação de óxido de etileno com álcoois alifáticos de cadeia longa (por exemplo, para heptadecaetilenoxicetanol), ou produ- tos de condensação de óxido de etileno com ésteres parciais derivados de ácidos graxos e um hexitol (por exemplo, monooleato de polioxieti- leno sorbitol), ou produtos de condensação de óxido de etileno com és- teres parciais derivados de ácidos graxos e anidridos de hexitol (por exemplo, monooleato de polietileno sorbitano). As suspensões aquosas também podem conter um ou mais conservantes.
[00144] As suspensões oleosas podem ser formuladas pela suspen- são do ingrediente ativo em um óleo vegetal, por exemplo, óleo de amendoim, óleo de oliva, óleo de gergelim ou óleo de coco, ou em um óleo mineral, tal como parafina líquida. As suspensões oleosas podem conter um agente espessante, por exemplo cera de abelha, parafina dura ou álcool cetílico. Agentes edulcorantes, tais como aqueles apre- sentados acima e agentes flavorizantes podem ser adicionados para fornecer uma preparação oral palatável.
[00145] Os pós e grânulos dispersíveis adequados para a prepara- ção de uma suspensão aquosa pela adição de água fornecem o ingre- diente ativo em mistura com um agente dispersante ou umectante, agente de suspensão e um ou mais conservantes. Agentes dispersan- tes ou umectantes e agentes de suspensão adequados são exemplifi- cados aqui.
[00146] As composições farmacêuticas da presente invenção tam- bém podem estar na forma de emulsões de óleo em água. A fase oleosa pode ser um óleo vegetal, por exemplo, óleo de oliva ou óleo de amen- doim, ou um óleo mineral, por exemplo, parafina líquida ou misturas destes. Os agentes emulsionantes adequados podem ser gomas que ocorrem naturalmente, por exemplo, goma de acácia ou goma de traga- canto; fosfatídeos que ocorrem naturalmente, por exemplo, soja, lecitina e ésteres ou ésteres parciais derivados de ácidos graxos; anidridos de hexitol, por exemplo, monooleato de sorbitana; e produtos de conden- sação de ésteres parciais com óxido de etileno, por exemplo, monoole- ato de polioxietileno sorbitana.
[00147] As composições farmacêuticas tipicamente compreendem uma quantidade terapeuticamente eficaz de um inibidor de arginase contemplado pela presente invenção e um ou mais agentes de formula- ção farmaceuticamente e fisiologicamente aceitáveis. Diluentes, veícu- los ou excipientes farmaceuticamente aceitáveis ou fisiologicamente aceitáveis incluem, mas não estão limitados a antioxidantes (por exem- plo, ácido ascórbico e bissulfato de sódio), conservantes (por exemplo, álcool benzílico, metil parabenos, etil ou n-propil, p-hidroxibenzoato), agentes emulsionantes, agentes de suspensão, agentes de dispersão, solventes, cargas, agentes de volume, detergentes, tampões, veículos, diluentes e/ou adjuvantes. Por exemplo, um veículo adequado pode ser solução salina fisiológica ou solução salina tamponada com citrato, pos- sivelmente suplementada com outros materiais comuns em composi- ções farmacêuticas para administração parenteral. Solução salina tam- ponada neutra ou solução salina misturada com albumina sérica são outros veículos exemplificadores. Aqueles versados na técnica reco- nhecerão prontamente uma variedade de tampões que podem ser usa- dos nas composições farmacêuticas e formas de dosagem aqui contem- pladas. Os tampões típicos incluem, mas não estão limitados a ácidos fracos farmaceuticamente aceitáveis, bases fracas ou suas mistu- ras. Como exemplo, os componentes do tampão podem ser materiais solúveis em água, tais como ácido fosfórico, ácidos tartárico, ácido lác- tico, ácido succínico, ácido cítrico, ácido acético, ácido ascórbico, ácido aspártico, ácido glutâmico e seus sais. Os agentes de tamponamento aceitáveis incluem, por exemplo, um tampão Tris, ácido N-(2-hidroxietil) piperazin-N'-(2-etanossulfônico) (HEPES), ácido 2-(N-morfolino)etanos- sulfônico (MES), sal de sódio do ácido 2-(N-morfolino)etanossulfônico (MES), ácido 3-(N-morfolino)propanossulfônico (MOPS) e ácido N-tris [hidroximetil]metil-3-aminopropanossulfônico (TAPS).
[00148] Após uma composição farmacêutica ter sido formulada, ela pode ser armazenada em frascos estéreis como uma solução, suspen- são, gel, emulsão, sólido ou pó desidratado ou liofilizado. Tais formula- ções podem ser armazenadas em uma forma pronta para uso, uma forma liofilizada que requer reconstituição antes do uso, uma forma lí- quida que requer diluição antes do uso ou outra forma aceitável. Em algumas modalidades, a composição farmacêutica é fornecida em um recipiente de uso único (por exemplo, um frasco de uso único, ampola, seringa ou autoinjetor (similar a, por exemplo, um EpiPen®)), enquanto que um recipiente de uso múltiplo (por exemplo, um frasco multiuso) é fornecido em outras modalidades.
[00149] As formulações também podem incluir veículos para prote- ger a composição contra a rápida degradação ou eliminação do corpo, como uma formulação de liberação controlada, incluindo lipossomas, hi- drogéis, profármacos e sistemas de distribuição microencapsula- dos. Por exemplo, um material para retardo de tempo, tal como monoes- tearato de glicerila ou estearato de glicerila sozinhos ou em combinação com uma cera, pode ser empregado. Qualquer aparelho de distribuição de fármaco pode ser usado para distribuir um inibidor de arginase, in- cluindo implantes (por exemplo, bombas implantáveis) e sistemas de cateter, bombas para injeção lenta e dispositivos, todos os quais são bem conhecidos por aquele versado na técnica.
[00150] As injeções de depósito, que geralmente são administradas por via subcutânea ou intramuscular, também podem ser utilizadas para liberar os inibidores de arginase aqui descritos durante um período de tempo definido. As injeções de depósito são geralmente baseadas em sólido ou óleo e geralmente compreendem pelo menos um dos compo- nentes da formulação aqui descritos. Aquele versado na técnica está familiarizado com as formulações e usos possíveis de injeções de de- pósito.
[00151] As composições farmacêuticas podem estar na forma de uma suspensão aquosa ou oleosa injetável estéril. Esta suspensão pode ser formulada de acordo com a técnica conhecida usando os agen- tes dispersantes ou umectantes adequados e agentes de suspensão mencionados aqui. A preparação injetável estéril também pode ser uma solução ou suspensão injetável estéril em um diluente ou solvente não tóxico parenteral aceitável, por exemplo, como uma solução em 1,3-bu- tanodiol. Os diluentes, solventes e meios de dispersão que podem ser empregados incluem água, solução de Ringer, solução isotônica de clo- reto de sódio, Cremophor EL™ (BASF, Parsippany, NJ) ou solução sa- lina tamponada com fosfato (PBS), etanol, poliol (por exemplo, glicerol, propilenoglicol e polietilenoglicol líquido) e suas misturas adequadas. Além disso, óleos fixos estéreis são convencionalmente empregados como um solvente ou meio de suspensão. Para este propósito, qualquer óleo fixo brando pode ser empregado, incluindo mono- ou diglicerídeos sintéticos. Além disso, ácidos graxos, tais como o ácido oleico, encon- tram uso na preparação de injetáveis. A absorção prolongada de formu- lações injetáveis particulares pode ser alcançada pela inclusão de um agente que retarde a absorção (por exemplo, monoestearato de alumí- nio ou gelatina).
[00152] A presente invenção contempla a administração dos inibido- res da arginase na forma de supositórios para administração retal. Os supositórios podem ser preparados misturando o fármaco com um exci- piente não irritante adequado que é sólido à temperatura ambiente, mas líquido na temperatura retal e, portanto, derreterá no reto para liberar o fármaco. Tais materiais incluem, mas não estão limitados a manteiga de cacau e polietileno glicois.
[00153] Os inibidores da arginase contemplados pela presente inven- ção podem estar na forma de qualquer composição farmacêutica ade- quada (por exemplo, sprays para uso nasal ou para inalação) conhecida atualmente ou desenvolvida no futuro. Vias de Administração
[00154] A presente invenção contempla a administração de inibido- res de arginase, e composições dos mesmos, de qualquer maneira apropriada. As vias de administração adequadas incluem oral, parente- ral (por exemplo, intramuscular, intravenosa, subcutânea (por exemplo, injeção ou implante), intraperitoneal, intracisterna, intra-articular, intrpe- ritoneal, intracerebral (intraparenquimatoso) e intracerebroventricular), nasal, vaginal, sublingual, intraocular, retal, tópico (por exemplo, trans- dérmico), bucal e inalação. As injeções de depósito, que geralmente são administradas por via subcutânea ou intramuscular, também podem ser utilizadas para liberar os inibidores de arginase aqui descritos durante um período de tempo definido.
[00155] Modalidades particulares da presente invenção contemplam a administração oral. Terapia de Combinação
[00156] A presente invenção contempla o uso de inibidores de argi- nase sozinhos ou em combinação com um ou mais agentes terapêuticos ativos. Os agentes terapêuticos ativos adicionais podem ser pequenas moléculas químicas; macromoléculas, tais como proteínas, anticorpos,
peptibodies, peptídeos, DNA, RNA ou fragmentos de tais macromolécu- las; ou terapias celulares ou genéticas. Em tal terapia de combinação, os vários agentes ativos frequentemente têm mecanismos de ação di- ferentes e complementares. Tal terapia de combinação pode ser espe- cialmente vantajosa ao permitir uma redução da dose de um ou mais dos agentes, reduzindo ou eliminando assim os efeitos adversos asso- ciados a um ou mais dos agentes. Além disso, essa terapia de combi- nação pode ter um efeito terapêutico ou profilático sinérgico na doença, distúrbio ou condição subjacente.
[00157] Em certas modalidades, “combinação” significa incluir tera- pias que podem ser administradas separadamente, por exemplo, formu- ladas separadamente para administração separada (por exemplo, como pode ser fornecido por um kit) e terapias que podem ser administradas juntas em uma única formulação (isto é, uma “coformulação”).
[00158] Em certas modalidades, os inibidores de arginase são admi- nistrados ou aplicados sequencialmente, por exemplo, onde um agente é administrado antes de um ou mais outros agentes. Em outras modali- dades, os inibidores de arginase são administrados simultaneamente, por exemplo, quando dois ou mais agentes são administrados ao mesmo tempo ou quase ao mesmo tempo; os dois ou mais agentes po- dem estar presentes em duas ou mais formulações separadas ou com- binados em uma única formulação (isto é, uma coformulação). Indepen- dentemente do fato dos dois ou mais agentes serem administrados se- quencialmente ou simultaneamente, eles são considerados administra- dos em combinação para os fins da presente invenção.
[00159] Os inibidores de arginase da presente invenção podem ser usados em combinação com pelo menos um outro agente (ativo) de qualquer maneira apropriada nas circunstâncias. Em uma modalidade, o tratamento com pelo menos um agente ativo e pelo menos um inibidor de arginase da presente invenção é mantido durante um período de tempo. Em outra modalidade, o tratamento com pelo menos um agente ativo é reduzido ou descontinuado (por exemplo, quando o indivíduo está estável), enquanto que o tratamento com um inibidor de arginase da presente invenção é mantido em um regime de dosagem cons- tante. Em uma outra modalidade, o tratamento com pelo menos um agente ativo é reduzido ou descontinuado (por exemplo, quando o indi- víduo está estável), enquanto o tratamento com um inibidor de arginase da presente invenção é reduzido (por exemplo, dose mais baixa, dosa- gem menos frequente ou regime de tratamento mais curto). Em ainda outra modalidade, o tratamento com pelo menos um agente ativo é re- duzido ou descontinuado (por exemplo, quando o indivíduo está estável) e o tratamento com o inibidor de arginase da presente invenção é au- mentado (por exemplo, dose mais alta, dosagem mais frequente ou re- gime de tratamento mais longo). Em ainda outra modalidade, o trata- mento com o pelo menos um agente ativo é mantido e o tratamento com o inibidor de arginase da presente invenção é reduzido ou descontinu- ado (por exemplo, dose mais baixa, dosagem menos frequente ou re- gime de tratamento mais curto). Em ainda outra modalidade, o trata- mento com o pelo menos um agente ativo e o tratamento com o inibidor de arginase da presente invenção são reduzidos ou descontinuados (por exemplo, dose mais baixa, dosagem menos frequente ou regime de tratamento mais curto).
[00160] Distúrbios Relacionados à Oncologia. A presente invenção fornece métodos para tratar e/ou prevenir uma condição proliferativa, câncer, tumor ou doença pré-cancerosa, distúrbio ou condição com um inibidor de arginase e pelo menos um agente terapêutico ou de diagnós- tico adicional. Em algumas modalidades, o agente terapêutico ou de di- agnóstico adicional é a radiação, um agente imunomodulador ou agente quimioterápico ou agente diagnóstico. Os agentes imunomoduladores adequados que podem ser usados na presente invenção incluem
CD40L, B7 e B7RP1; ativação de anticorpos monoclonais (mAbs) para receptores estimuladores, tais como ant-CD40, anti-CD38, anti-ICOS e ligante 4-IBB; carregamento de antígeno de células dendríticas (in vitro ou in vivo); vacinas anticâncer, tais como vacinas contra o câncer de células dendríticas; citocinas/quimiocinas, tais como, ILL IL2, IL12, IL18, ELC/CCL19, SLC/CCL21, MCP-1, IL-4, IL-18, TNF, IL-15, MDC, IFNa/ b, M-CSF, IL-3, GM-CSF, IL-13 e anti-IL-10; lipopolissacarídeos bacte- rianos (LPS); inibidores da indoleamina 2,3-dioxigenase 1 (IDO1) e oli- gonucleotídeos imunoestimuladores.
[00161] Em certas modalidades, a presente invenção fornece méto- dos para a supressão do crescimento do tumor que compreendem ad- ministrar um inibidor de arginase aqui descrito em combinação com um inibidor de transdução de sinal (STI) para alcançar a supressão aditiva ou sinérgica do crescimento do tumor. Conforme usada aqui, a expres- são "inibidor de transdução de sinal" se refere a um agente que inibe seletivamente uma ou mais etapas em uma via de sinalização. Os inibi- dores de transdução de sinal (STIs) da presente invenção incluem: (i) inibidores de bcr/abl quinase (por exemplo, GLEEVEC); (ii) inibidores do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGF), incluindo inibidores da quinase e anticorpos; (iii) inibidores do receptor her-2/neu (por exem- plo, HERCEPTIN); (iv) inibidores das quinases da família Akt ou da via de Akt (por exemplo, rapamicina); (v) inibidores da quinase do ciclo ce- lular (por exemplo, flavopiridol); (vi) inibidores de fosfatidil inositol qui- nase e (vii) inibidores da fosfoinositideo quinase, tais como inibidores da PI3K. Os agentes envolvidos na imunomodulação também podem ser usados em combinação com os inibidores da arginase aqui descritos para a supressão do crescimento do tumor em pacientes com câncer.
[00162] Exemplos de agentes quimioterapêuticos incluem, mas não estão limitados a tiotepa e ciclosfosfamida; sulfonatos de alquila tal como busulfan, improsulfan e piposulfan; aziridinas tal como benzo- dopa, carboquone, meturedopa, e uredopa; etileniminas e metilmelami- nas incluindo altretamina, trietilenomelamina, trietilenofosforamida, trie- tilenetiofosforamida e trimetilolomelamima; mostardas de nitrogênio tal como clorambucil, clornafazina, colofosfamida, estramustina, ifosfa- mida, mecloretamina, cloridrato de óxido de mecloretamina, melfalan, novembicia, fenesterina, prednimustina, trofosfamida, mostarda de ura- cil; nitrosureias tal como carmustina, clorozotocina, fotemustina, lomus- tina, nimustina, ranimustina; antibioticos tais como aclacinomisins, acti- nomicina, autramicina, azaserina, bleomicinas, cactinomicina, caliquea- micina, carabicina, caminomicina, carzinofilina, cromomicinas, dactino- micina, daunorubicina, detorubicina, 6-diazo-5-oxo-L-norleucina, doxo- rubicina, epirubicina, esorubicina, idarubicina, marcelomicina, mitomici- nas, ácido micofenólico, nogalamicina, olivomicinas, peplomicina, potfi- romicina, puromicina, quelamicina, rodorubicina, estreptonigrina, es- treptozocina, tubercidina, ubenimex, zinostatina, zorubicina; antimeta- bolitos tais como metotrexate e 5-fluorouracil (5-FU); análogos de ácido fólico tais como denopterina, metotrexate, pteropterina, trimetrexate; análogos de purina tais como fludarabina, 6-mercaptopurina, tiamiprina, tioguanina; análogos de pirimidina tais como ancitabina, azacitidina, 6- azauridina, carmofur, citarabina, dideoxiuridina, doxifluridina, enocita- bina, floxuridina, 5-FU; estrogênios tais como calusterona, propionato de dromostanolone, epitiostanol, mepitiostane, testolactona; antiadre- nais tais como aminoglutetimida, mitotano, trilostano; reforçador de ácido fólico tal como ácido frolinico; aceglatone; glicosideo de aldofos- famida; ácido aminolevulinico; amsacrina; bestrabucil; bisantreno; eda- traxate; defofamina; demecolcina; diaziquona; elformitina; acetato de eliptinio; etoglucid; nitrato de gálio; hidroxiureia; lentinan; lonidamina; mitoguazone; mitoxantrona; mopidamol; nitracrina; pentostatina; fena-
met; pirarubicina; ácido podofilínico; 2-etilahidrazida; procarbazina; ra- zoxane; sizofiran; espirogermânio; ácido tenuazonico; triaziquone; 2,2',2''-triclorotrietilamina; uretan; vindesina; dacarbazina; manomus- tina; mitobronitol; mitolactol; pipobroman; gacitosina; arabinosideo (Ara- C); ciclofosfamida; tiotepa; taxoides, por exemplo, paclitaxel e doxeta- xel; clorambucil; gemcitabina; 6-tioguanina; mercaptopurina; meto- trexate; platina e complexos de coordenação de platina tais como cis- platina, carboplatina e oxaliplatina; vinblastina; etoposideo (VP-16); ifos- famida; mitomicina C; mitoxantrone; vincristina; vinorelbina; navelbina; novantrone; teniposideo; daunomicina; aminopterina; xeloda; iberonato; CPT11; inibidores da topoisomerase; difluorometilornitina (DMFO); ácido retinoico; esperamicinas; capecitabina; antraciclinas; e sais, áci- dos ou derivados farmaceuticamente aceitáveis de qualquer um dos an- teriores.
[00163] Os agentes quimioterapêuticos também incluem agentes anti-hormonais que atuam para regular ou inibir a ação hormonal em tumores, tais como antiestrogênios, incluindo, por exemplo, tamoxifen, raloxifen, 4(5)-imidazois que inibem a aromatase, 4-hidroxitamoxifen, trioxifen, keoxifen, onapristona e toremifeno; e antiandrogênios, tais como flutamida, nilutamida, bicalutamida, leuprolide e goserelina; e sais, ácidos ou derivados farmaceuticamente aceitáveis de qualquer um dos anteriores. Em certas modalidades, a terapia de combinação com- preende um regime de quimioterapia que inclui um ou mais agentes qui- mioterápicos. Em certas modalidades, a terapia de combinação com- preende a administração de um hormônio ou agente hormonal relacio- nado.
[00164] Modalidades de tratamento adicionais que podem ser usa- das em combinação com um inibidor de arginase incluem radioterapia, um anticorpo monoclonal contra um antígeno tumoral, um complexo de um anticorpo monoclonal e toxina, um adjuvante de célula T, transplante de medula óssea ou células que apresentam antígeno (por exemplo, terapia com células dendríticas), incluindo agonistas de TLR que são usados para estimular tais células que apresentam antígeno.
[00165] Em certas modalidades, a presente invenção contempla o uso dos compostos aqui descritos em combinação com a terapia celular adotiva, uma forma nova e promissora de imunoterapia personalizada na qual células imunes com atividade antitumor são administradas a pa- cientes com câncer. A terapia com células adotivas está sendo explo- rada usando linfócitos que infiltram o tumor (TIL) e células T manipula- das para expressar, por exemplo, receptores de antígenos quiméricos (CAR) ou receptores de células T (TCR). A terapia de células adotivas geralmente envolve a coleta de células T de um indivíduo, modificando- as geneticamente para atingir um antígeno específico ou para aumentar seus efeitos antitumorais, amplificando-as para um número suficiente e infundindo as células T geneticamente modificadas em um paciente com câncer. As células T podem ser coletadas do paciente para o qual as células expendidas são reinfundidas mais tarde (por exemplo, autólo- gas) ou podem ser coletadas de pacientes doadores (por exemplo, alo- gênicas).
[00166] Em certas modalidades, a presente invenção contempla o uso dos compostos aqui descritos em combinação com terapias basea- das em RNA de interferência para silenciar a expressão do gene. O RNAi começa com a clivagem de RNAs de fita dupla mais longos em pequenos RNAs de interferência (siRNAs). Uma fita do siRNA é incor- porada a um complexo de ribonucleoproteína conhecido como com- plexo de silenciamento induzido por RNA (RISC), que é então usado para identificar moléculas de mRNA que são pelo menos parcialmente complementares à fita de siRNA incorporada. RISC pode se ligar a ou clivar o mRNA, sendo que ambos inibem a tradução.
[00167] Em certas modalidades, a presente invenção contempla o uso dos compostos aqui descritos em combinação com antagonistas do receptor 2 de adenosina (A2R). A adenosina pode se ligar e ativar quatro receptores acoplados à proteína G diferentes: A1R, A2aR, A2bR, e A3R. A ligação da adenosina ao receptor A2aR, que é expresso em células T, células natural killer e células mieloides, tais como células dendríticas, leva ao aumento dos níveis intracelulares de AMP cíclico e ao compro- metimento da maturação e/ou ativação de tais células. Esse processo prejudica significativamente a ativação do sistema imunológico contra as células cancerosas. Além disso, A2AR foi implicado no aumento sele- tivo de citocinas anti-inflamatórias, promovendo a regulação positiva de PD-1 e CTLA-4, promovendo a geração de células T reguladoras de LAG-3 e Foxp3+ e mediando a inibição de células T reguladoras. PD-1, CTLA-4 e outros pontos de verificação imunológicos serão discutidos mais adiante. A combinação de antagonistas de A2R nas combinações aqui descritas pode fornecer pelo menos um efeito aditivo tendo em vista seus diferentes mecanismos de ação.
[00168] Em certas modalidades, a presente invenção contempla o uso dos compostos aqui descritos em combinação com ectonucleotí- deos que catalisam a conversão de ATP em adenosina. As atividades enzimáticas de CD39 e CD73 desempenham papéis estratégicos na ca- libração da duração, magnitude e natureza química dos sinais purinér- gicos liberados para várias células (por exemplo, células imunes). A al- teração dessas atividades enzimáticas pode mudar o curso ou ditar o resultado de vários eventos fisiopatológicos, incluindo câncer, doenças autoimunes, infecções, aterosclerose e lesão de isquemia-reperfu- são. Estudos que usam tecidos que superexpressam CD73 e que usam camundongos knock-out para CD73 forneceram evidências de que os inibidores de CD73 têm utilidade potencial para melanomas, câncer de pulmão, câncer de próstata e câncer de mama (veja, por exemplo, Sadej R. (2006) Melanoma Res 16: 213-22). Como os níveis de expressão mais elevados de CD73 estão associados à neovascularização do tu- mor, invasividade, resistência à quimioterapia e metástase, os inibidores de CD73 podem ser usados para controlar a progressão e metástase do tumor.
[00169] Inibidores de Ponto de Verificação Imunológico. A presente invenção contempla o uso de inibidores da função da arginase aqui des- critos em combinação com inibidores do ponto de verificação imunoló- gico.
[00170] O tremendo número de alterações genéticas e epigenéticas que são características de todos os cânceres fornece um conjunto di- versificado de antígenos que o sistema imunológico pode usar para dis- tinguir as células tumorais de suas contrapartes normais. No caso das células T, a amplitude final (por exemplo, níveis de produção ou prolife- ração de citocinas) e qualidade (por exemplo, o tipo de resposta imune gerada, tal como o padrão de produção de citocinas) da resposta, que é iniciada através do reconhecimento do antígeno pelo receptor de cé- lulas T (TCR), é regulado por um equilíbrio entre os sinais co-estimula- dores e inibitórios (pontos de verificação imunológicos). Sob condições fisiológicas normais, os pontos de verificação imunológicos são cruciais para a prevenção da autoimunidade (ou seja, a manutenção da auto- tolerância) e também para a proteção dos tecidos contra danos quando o sistema imunológico está respondendo à infecção patogênica. A ex- pressão de proteínas de ponto de verificação imunológico pode ser des- regulada por tumores como um importante mecanismo de resistência imunológica.
[00171] As células T têm sido o foco principal dos esforços para ma- nipular terapeuticamente a imunidade antitumor endógena devido a i) sua capacidade de reconhecimento seletivo de peptídeos derivados de proteínas em todos os compartimentos celulares; ii) sua capacidade de reconhecer e matar diretamente as células que expressam o antígeno
(por células efetoras T CD8+; também conhecidas como linfócitos T ci- totóxicos (CTLs)); e iii) sua capacidade de orquestrar diversas respostas imunes por células auxiliares T CD4+, que integram mecanismos efeto- res adaptativos e inatos.
[00172] No cenário clínico, o bloqueio de pontos de verificação imu- nológicos - que resulta na amplificação de respostas de células T espe- cíficas para o antígeno - tem se mostrado uma abordagem promissora na terapêutica do câncer humano.
[00173] A imunidade mediada por células T inclui várias etapas se- quenciais, cada uma das quais é regulada por sinais estimuladores e inibitórios contrabalançados, a fim de otimizar a resposta. Embora quase todos os sinais inibitórios na resposta imune, em última análise, modulem as vias de sinalização intracelular, muitos são iniciados por meio de receptores de membrana, cujos ligantes são ligados à mem- brana ou solúveis (citocinas). Embora os receptores e ligantes coesti- muladores e inibitórios que regulam a ativação das células T frequente- mente não sejam superexpressos em cânceres em relação aos tecidos normais, os ligantes e receptores inibitórios que regulam as funções efe- toras das células T nos tecidos são comumente superexpressos em cé- lulas tumorais ou células não transformadas associadas ao microambi- ente tumoral. As funções do receptor solúvel e ligado à membrana - pon- tos de verificação imunológicos do ligante podem ser moduladas usando anticorpos agonistas (para vias coestimulatórias) ou anticorpos antago- nistas (para vias inibitórias). Assim, em contraste com a maioria dos an- ticorpos atualmente aprovados para a terapia do câncer, os anticorpos que bloqueiam os pontos de verificação imunológicos não têm como alvo as células tumorais diretamente, mas sim os receptores de linfóci- tos ou seus ligantes para aumentar a atividade antitumoral endó- gena. [Ver Pardoll, (abril de 2012) Nature Rev. Cancer 12: 252-64].
[00174] Exemplos de pontos de verificação imunológicos (ligantes e receptores), alguns dos quais são seletivamente regulados positiva- mente em vários tipos de células tumorais, que são candidatos ao blo- queio incluem PD1 (proteína 1 de morte celular programada); PDL1 (li- gante de PD1); BTLA (atenuador de linfócitos B e T); CTLA4 (antígeno 4 associado a linfócitos T citotóxicos); TIM3 (proteína 3 da membrana da célula T); LAG3 (gene 3 de ativação de linfócitos); TIGIT (imuno-re- ceptor de células T com domínios Ig e ITIM); e Killer Inhibitory Recep- tors, que podem ser divididos em duas classes com base em suas ca- racterísticas estruturais: i) receptores similares a imunoglobulina de cé- lula natural killer (KIRs), e ii) receptores de lectina do tipo C (membros da família de receptores transmembrana tipo II). Outros pontos de veri- ficação imunológicos menos bem definidos foram descritos na literatura, incluindo ambos os receptores (por exemplo, o receptor 2B4 (também conhecido como CD244) e ligantes (por exemplo, certos ligantes inibi- dores da família B7, tal como B7-H3 (também conhecido como CD276) e B7-H4 (também conhecido como B7-S1, B7x e VCTN1)). [Ver Pardoll, (abril de 2012) Nature Rev. Cancer 12: 252-64].
[00175] A presente invenção contempla o uso dos inibidores da fun- ção arginase aqui descritos em combinação com inibidores dos recep- tores e ligantes de ponto de verificação imunológico mencionados acima, assim como ligantes e receptores de pontos de verificação imu- nológicos ainda a serem descritos. Certos moduladores de pontos de verificação imunológicos estão disponíveis atualmente, enquanto outros estão em estágio avançado de desenvolvimento. Para ilustrar, quando foi aprovado para o tratamento do melanoma em 2011, o anticorpo mo- noclonal CTLA4 totalmente humanizado ipilimumabe (YERVOY; Bristol- Myers Squibb) tornou-se o primeiro inibidor do ponto de verificação imu- nológico a receber aprovação regulatória nos EUA. As proteínas de fu- são que compreendem CTLA4 e um anticorpo (CTLA4-Ig; abatcept (ORENCIA; Bristol-Myers Squibb)) têm sido utilizadas para o tratamento da artrite reumatoide, e outras proteínas de fusão demonstraram ser efi- cazes em pacientes de transplante renal que são sensibilizados para Vírus de Epstein Barr. Anticorpos para PD1 estão em desenvolvimento (por exemplo, nivolumab (Bristol-Myers Squibb) e lambrolizumab (Merck)), e anticorpos anti-PDL1 também estão sendo avaliados (por exemplo, MPDL3280A (Roche)). O nivolumab tem se mostrado promis- sor em pacientes com melanoma, câncer de pulmão e rim.
[00176] Em um aspecto da presente invenção, os inibidores de argi- nase reivindicados são combinados com um agente imuno-oncológico que é (i) um agonista de um receptor estimulador (incluindo um coesti- mulador) ou (ii) um antagonista de um receptor inibitório (incluindo um coinibitório) do sinal nas células T, os quais resultam na amplificação das respostas das células T específicas para o antígeno. Algumas das moléculas estimuladoras e inibidoras são membros da superfamília das imunoglobulinas (IgSF). Uma família importante de ligantes ligados à membrana que se ligam a receptores coestimuladores ou coinibidores é a família B7, que inclui B7-1, B7-2, B7-H1 (PD-L1), B7-DC (PD-L2), B7-H2 (ICOS-L), B7-H3, B7-H4, B7-H5 (VISTA), e B7-H6. Outra família de ligantes ligados à membrana que se ligam a receptores coestimula- dores ou coinibidores é a família TNF, família de moléculas que se liga a membros da família do receptor cognato TNF, que inclui CD40 e CD4OL, OX-40, OX-40L, CD70, CD27L, CD30, CD3OL, 4-1BBL, CD137 (4-1BB), TRAIL/Apo2-L, TRAILR1/DR4, TRAILR2/DR5, TRAILR3, TRAILR4, OPG, RANK, RANKL, TWEAKR/Fn14, TWEAK, BAFFR, EDAR, XEDAR, TACI, APRIL, BCMA, LT13R, LIGHT, DcR3, HVEM, VEGI/TL1A, TRAMP/DR3, EDAR, EDA1, XEDAR, EDA2, TNFR1, Linfo- toxina a/TNF13, TNFR2, TNFa, LT13R, Linfotoxina a 1132, FAS, FASL, RELT, DR6, TROY, NGFR.
[00177] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é uma citocina que inibe a ativação de células T (por exemplo, ILA-6, ILA-10, TGF-B,
VEGF e outras citocinas imunossupressoras) ou uma citocina que esti- mula a ativação de células T, para estimular uma resposta imune.
[00178] Em um aspecto, as respostas de células T podem ser esti- muladas por uma combinação dos inibidores de arginase descritos e um ou mais de (i) um antagonista de uma proteína que inibe a ativação de células T (por exemplo, inibidores de ponto de verificação imune), tal como CTLA- 4, PD-1, PD-L1, PD-L2, LAG-3, TIM-3, Galectina 9, CEA- CAM-l, BTLA, CD69, Galectina-l, TIGIT, CD113, GPR56, VISTA, 2B4, CD48, GARP, PD1H, LAIR1, TIM-l e TIM-4 e/ou (ii) um agonista de uma proteína que estimula a ativação de células T, como B7-1, B7-2, CD28, 4-1BB (CD137), 4-1BBL, ICOS, ICOS-L, OX40, OX40L, GITR, GITRL, CD70, CD27, CD40, DR3 e CD2. Outros agentes que podem ser com- binados com os inibidores de arginase da presente invenção para o tra- tamento de câncer incluem antagonistas de receptores inibidores em células NK ou agonistas de receptores ativadores em células NK. Por exemplo, os compostos aqui podem ser combinados com antagonistas de KIR, como lirilumab.
[00179] Ainda outros agentes para terapias de combinação incluem agentes que inibem ou depletam macrófagos ou monócitos, incluindo, mas não se limitando a antagonistas de CSF-1R, tais como anticorpos antagonistas de CSF-1R incluindo RG7155 (W011/70024, W011/ 107553, W011/131407, W013/87699, W013/119716, W013/132044) ou FPA-008 (W011/140249; W013169264; W014/036357).
[00180] Em outro aspecto, os inibidores de arginase descritos podem ser usados com um ou mais dos agentes agonistas que ligam os recep- tores coestimuladores positivos, agentes de bloqueio que atenuam a si- nalização através de receptores inibitórios, antagonistas e um ou mais agentes que aumentam sistemicamente a frequência de células T anti- tumor, agentes que superam as vias imunossupressoras distintas den- tro do microambiente do tumor (por exemplo, bloqueiam o envolvimento do receptor inibitório (por exemplo, interações PD-L1/PD-1), depletam ou inibem Tregs (por exemplo, usando o anticorpo monoclonal anti- CD25 (por exemplo, daclizumab) ou pela depleção de esferas anti-CD25 ex vivo) ou revertem/previnem a anergia ou exaustão de célula T) e agentes que desencadeiam a ativação imune inata e/ou a inflamação em sítios de tumor.
[00181] Em um aspecto, o agente imuno-oncológico é um antago- nista de CTLA-4, tal como um anticorpo antagonista de CTLA-4. Os an- ticorpos CTLA-4 adequados incluem, por exemplo, YERVOY (ipilimu- mab) ou tremelimumab.
[00182] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é um antago- nista de PD-1 tal como um anticorpo antagonista de PD-1. Anticorpos para PD-1 adequados incluem, por exemplo, OPDIVO (nivolumab), KEYTRUDA (pembrolizumab), ou MEDI-0680 (AMP-514; W02012/145493). O agente imuno-oncológico também pode incluir pi- dilizumab (CT-011), embora sua especificidade pela ligação a PD-1 te- nha sido questionada. Outra abordagem para atingir o receptor de PD- 1 é a proteina recombinante do domínio extracelular de PD-L2 (B7-DC) fundida a porção Fc de IgGl, chamada AMP-224.
[00183] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é um antago- nista de PD-Ll tal como um anticorpo antagonista de PD-Ll. Anticorpos para PD-Ll incluem, por exemplo, MPDL3280A (RG7446; W02010/077634), durvalumab (MEDI4736), BMS-936559 (W02007/005874), e MSB0010718C (W02013/79174).
[00184] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é um antago- nista de LAG-3, tal como um anticorpo antagonista de LAG-3. Anticor- pos para LAG3 incluem, por exemplo, BMS-986016 (W010/19570, W014/08218), ou IMP-731 ou IMP-321 (W008/132601, W009/44273).
[00185] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é um agonista de CD137 (4-1BB), tal como um anticorpo agonista de CD137. Anticor- pos adequados para CD137 incluem, por exemplo, urelumab e PF- 05082566 (W012/32433).
[00186] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é um agonista de GITR, tal como um anticorpo agonista de GITR. Anticorpos adequa- dos para GITR por exemplo, BMS-986153, BMS-986156, TRX-518 (W006/105021, W009/009116) e MK-4166 (W011/028683).
[00187] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é um agonista de OX40, tal como um anticorpo agonista de OX40. Anticorpos adequa- dos para OX40 incluem, por exemplo, MEDI-6383 ou MEDI-6469.
[00188] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é um antago- nista de OX4OL, tal como um anticorpo antagonista de OX40. Anticor- pos adequados para OX4OL incluem, por exemplo, RG-7888 (W006/029879).
[00189] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é um agonista de CD40, tal como um anticorpo agonista de CD40. Em outra modali- dade ainda, o agente imuno-oncológico é um antagonista de CD40, tal como um anticorpo antagonista de CD40. Anticorpos adequados para CD40 incluem, por exemplo, lucatumumab ou dacetuzumab.
[00190] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é um agonista de CD27, tal como um anticorpo agonista de CD27. Anticorpos para CD27 adequados incluem, por exemplo, varlilumab.
[00191] Em outro aspecto, o agente imuno-oncológico é MGA271 (to B7H3) (W011/109400).
[00192] A presente invenção abrange sais, ácidos ou derivados far- maceuticamente aceitáveis de qualquer um dos acima.
[00193] Doenças Metabólicas e Cardiovasculares. A presente inven- ção fornece métodos para tratar e/ou prevenir certas doenças, distúrbios e condições cardiovasculares e/ou metabólicas, assim como distúrbios associados aos mesmos, com um inibidor de arginase e pelo menos um agente terapêutico ou de diagnóstico adicional.
[00194] Exemplos de agentes terapêuticos úteis na terapia de com- binação para o tratamento de hipercolesterolemia (e também ateroscle- rose) incluem as estatinas (por exemplo, CRESTOR, LESCOL, LIPI- TOR, MEVACOR, PRAVACOL e ZOCOR), que inibem a síntese enzi- mática do colesterol; resinas de ácidos biliares (por exemplo, COLES- TID, LO-CHOLEST, PREVALITE, QUESTRAN e WELCHOL), que se- questram o colesterol e evitam sua absorção; ezetimiba (ZETIA), que bloqueia a absorção do colesterol; ácido fíbrico (por exemplo, TRICOR), que reduz os triglicerídeos e pode aumentar modestamente o HDL; nia- cina (por exemplo, NIACOR), que reduz modestamente o colesterol LDL e os triglicerídeos; e/ou uma combinação dos mencionados acima (por exemplo, VYTORIN (ezetimiba com sinvastatina). Tratamentos alterna- tivos para colesterol que podem ser candidatos para uso em combina- ções com os inibidores de arginase aqui descritos incluem vários tipos de suplementos e ervas (por exemplo, alho, policosanol e guggul).
[00195] A presente invenção abrange sais, ácidos ou derivados far- maceuticamente aceitáveis de qualquer um dos acima.
[00196] Doenças Imunológicas e Inflamatórias. A presente invenção fornece métodos para tratar e/ou prevenir doenças, distúrbios e condi- ções relacionadas ao sistema imunológico; e doenças, distúrbios e con- dições que possuem um componente inflamatório; com um inibidor de arginase e pelo menos um agente terapêutico ou de diagnóstico adicio- nal.
[00197] Exemplos de agentes terapêuticos úteis na terapia de com- binação incluem, mas não são limitados aos seguintes: fármacos anti- inflamatórios não esteroidais (NSAID), tais como aspirina, ibuprofeno e outros derivados do ácido propiônico (alminoprofeno, benoxaprofeno, ácido bucloxico, carprofeno, fenbufeno, fenoprofeno, fluprofeno, flurbi- profeno, indoprofeno, cetoprofeno, miroprofeno, naproxeno, oxaprozin,
pirprofeno, pranoprofeno, suprofeno, ácido tiaprofenico e tioxaprofeno), derivados do ácido acético (indometacina, acemetacina, alclofenac, cli- danac, diclofenaco, fenclofenac, ácido fenclozic, fentiazac, fuirofenac, ibufenac, isoxepac, oxpinac, sulindac, tiopinac, tolmetin, zidometacina e zomepirac), derivados do ácido fenâmico (ácido flufenâmico, ácido me- clofenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflumico e ácido tolfenâmico), derivados de ácido bifenilcarboxílico (diflunisal e flufenisal), oxicams (isoxicam, piroxicam, sudoxicam e tenoxican), salicilatos (ácido acetil- salicílico, sulfasalazina) e as pirazolonas (apazona, bezpiperilon, fepra- zona, mofebazona, fenilbutazona). Outras combinações incluem inibi- dores da ciclooxigenase-2 (COX-2).
[00198] Outros agentes ativos para combinação incluem esteroides, tais como prednisolona, prednisona, metilprednisolona, betametasona, dexametasona ou hidrocortisona. Tal combinação pode ser especial- mente vantajosa, uma vez que um ou mais efeitos adversos do este- roide podem ser reduzidos ou mesmo eliminados diminuindo gradativa- mente a dose de esteroide necessária.
[00199] Exemplos adicionais de agentes ativos que podem ser usa- dos em combinações para o tratamento, por exemplo, da artrite reuma- toide, incluem fármacos anti-inflamatórios supressores de citocina (CSAIDs); anticorpos para, ou antagonistas de, outras citocinas huma- nas ou fatores de crescimento, por exemplo, TNF, LT, IL-10, IL-2, IL-6, IL-7, IL-8, IL-15, IL-16, IL-18, EMAP-II, GM-CSF, FGF ou PDGF.
[00200] Combinações particulares de agentes ativos podem interferir em diferentes pontos na cascata autoimune e inflamatória subsequente, e incluem antagonistas de TNF, tais como anticorpos anti-TNF quiméri- cos, humanizados ou humanos, REMICADE, fragmentos de anticorpos anti-TNF (por exemplo, CDP870) e receptores solúveis p55 ou p75 de TNF, seus derivados, p75TNFRIgG (ENBREL) ou p55TNFR1gG (LE- NERCEPT), receptor solúvel de IL-13 (sIL-13) e também inibidores da enzima conversora de TNFa (TACE); da mesma forma, os inibidores de IL-1 (por exemplo, inibidores da enzima conversora de interleucina-1) podem ser eficazes. Outras combinações incluem Interleucina 11, anti- P7s e ligante da glicoproteína p-selectina (PSGL). Outros exemplos de agentes úteis em combinação com os inibidores de arginase aqui des- critos incluem interferon-131a (AVONEX); interferon-131b (BETASE- RON); copaxone; oxigênio hiperbárico; imunoglobulina intrave- nosa; clabribina; e anticorpos para, ou antagonistas de, outras citocinas humanas ou fatores de crescimento (por exemplo, anticorpos para o li- gante de CD40 e CD80).
[00201] Doenças microbianas. A presente invenção fornece métodos para tratar e/ou prevenir doenças, distúrbios e condições virais, bacteri- anas, fúngicas e parasitárias, assim como distúrbios a eles associados, com um inibidor de arginase e pelo menos um agente terapêutico ou de diagnóstico adicional (por exemplo, um ou mais outros agentes antivi- rais e/ou um ou mais agentes não associados com a terapia viral).
[00202] Essa terapia de combinação inclui agentes antivirais que têm como alvo vários estágios do ciclo de vida viral e que possuem diferen- tes mecanismos de ação, incluindo, mas não se limitando aos seguintes: inibidores da remoção do revestimento viral (por exemplo, amantadina e rimantidina); inibidores da transcriptase reversa (por exemplo, aciclo- vir, zidovudina e lamivudina); agentes que atingem a integrase; agentes que bloqueiam a ligação de fatores de transcrição ao DNA viral; agentes (por exemplo, moléculas antissenso) que impactam a tradução (por exemplo, fomivirsen); agentes que modulam a tradução/função de ribo- zima; inibidores de protease; moduladores de montagem viral (por exemplo, rifampicina); antirretrovirais, tais como, por exemplo, análogos de nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa (por exemplo, azi- dotimidina (AZT), ddl, ddC, 3TC, d4T); inibidores da transcriptase re- versa não nucleosídeos (por exemplo, efavirenz, nevirapina); análogos de nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa; e agentes que evi- tam a liberação de partículas virais (por exemplo, zanamivir e oseltami- vir). O tratamento e/ou prevenção de certas infecções virais (por exem- plo, HIV) frequentemente envolve um grupo (“coquetel”) de agentes an- tivirais.
[00203] Outros agentes antivirais contemplados para uso em combi- nação com um inibidor de arginase incluem, mas não estão limitados a, os seguintes: abacavir, adefovir, amantadina, amprenavir, ampligen, ar- bidol, atazanavir, atripla, boceprevirertet, cidofovir, combivir, darunavir, delavirdina, didanosina, docosanol, edoxudina, emtricitabina, enfuvir- tida, entecavir, famciclovir, fosamprenavir, foscamet, fosfo- net, http://en.wikipedia.org/wiki/Fusion_inhibitor ganciclovir, ibacitabina, imunovir, idoxuridina, imiquimod, indinavir, inosina, vários interferons (por exemplo, peginterferon alfa-2a), lopinavir, loviride, maravirelfma, morviroxidina, metisazona, nexavir, penciclovir, peramivir, pleconarila, podofilotoxina, raltegravir, ribavirina, ritonavir, piramidina, saquinavir, estavudina, telaprevir, tenofovir, tipranavir, trifluridina, trizivir, tromanta- dina, truvada, valaciclovir, valganciclovir, vicriviroc, vidarabina, virami- dina e zalcitabina.
[00204] A presente invenção contempla o uso dos inibidores da fun- ção da arginase aqui descritos em combinação com agentes antiparasi- tários. Esses agentes incluem, mas não estão limitados a tiabendazol, pamoato de pirantel, mebendazol, praziquantel, niclosamida, bitionol, oxamniquine, metrifonato, ivermectina, albendazol, eflornitina, melarso- prol, pentamidina, benzonidazol, nifurtimox e nitrotimidazol. A pessoa versada na técnica está ciente de outros agentes que podem ser úteis para o tratamento de doenças parasitárias.
[00205] As modalidades da presente invenção contemplam o uso dos inibidores de arginase aqui descritos em combinação com agentes úteis no tratamento ou prevenção de distúrbios bacterianos. Os agentes antibacterianos podem ser classificados de várias maneiras, incluindo com base no mecanismo de ação, com base na estrutura química e com base no espectro de atividade. Exemplos de agentes antibacterianos in- cluem aqueles que têm como alvo a parede celular bacteriana (por exemplo, cefalosporinas e penicilinas) ou a membrana celular (por exemplo, polimixinas), ou que interferem com enzimas bacterianas es- senciais (por exemplo, sulfonamidas, rifamicinas e quinolinas). A maio- ria dos agentes antibacterianos que visam a síntese de proteínas (por exemplo, tetraciclinas e macrolídeos) são bacteriostáticos, enquanto que agentes, tais como os aminoglicosídeos, são bactericidas. Outro meio de categorizar os agentes antibacterianos é baseado em sua es- pecificidade de alvo; os agentes de "espectro estreito" têm como alvo tipos específicos de bactérias (por exemplo, bactérias Gram-positivas, tais como Streptococcus), enquanto que os agentes de "amplo espec- tro" têm atividade contra uma gama mais ampla de bactérias. Aquele versado na técnica está ciente dos tipos de agentes antibacterianos que são apropriados para uso em infecções bacterianas específicas.
[00206] As modalidades da presente invenção contemplam o uso dos inibidores de arginase aqui descritos em combinação com agentes úteis no tratamento ou prevenção de distúrbios fúngicos. Os agentes antifúngicos incluem polienos (por exemplo, anfotericina, nistatina e pi- maricina); azóis (por exemplo, fluconazol, itraconazol e cetocona- zol); alilaminas (por exemplo, naftifine e terbinafine) e morfolinas (por exemplo, amorolfine); e antimetabolitos (por exemplo, 5-fluorcitosina).
[00207] A presente invenção abrange sais, ácidos ou derivados far- maceuticamente aceitáveis dos agentes (e membros das classes de agentes) descritos acima. Dosagem
[00208] Os inibidores de arginase da presente invenção podem ser administrados a um indivíduo em uma quantidade que depende, por exemplo, da meta da administração (por exemplo, o grau de resolução desejado); a idade, peso, sexo, saúde e condição física do indivíduo ao qual a formulação está sendo administrada; a via de administração; e a natureza da doença, distúrbio, condição ou sintoma da mesma. O re- gime de dosagem também pode levar em consideração a existência, natureza e extensão de quaisquer efeitos adversos associados aos agentes a serem administrados. As quantidades de dosagem eficazes e os regimes de dosagem podem ser facilmente determinados a partir de, por exemplo, ensaios de segurança e de escalonamento de dose, estudos in vivo (por exemplo, modelos em animais) e outros métodos conhecidos por aquele versado na técnica.
[00209] Em geral, os parâmetros de dosagem ditam que a quanti- dade de dosagem seja menor do que uma quantidade que poderia ser irreversivelmente tóxica para o indivíduo (a dose máxima tolerada (MTD)) e não inferior a uma quantidade necessária para produzir um efeito mensurável no indivíduo. Essas quantidades são determinadas, por exemplo, pelos parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos associados com ADME, levando em consideração a via de administra- ção e outros fatores.
[00210] Uma dose eficaz (ED) é a dose ou quantidade de um agente que produz uma resposta terapêutica ou efeito desejado em alguma fra- ção dos indivíduos que a tomam. A "dose efetiva média" ou ED50 de um agente é a dose ou quantidade de um agente que produz uma res- posta terapêutica ou efeito desejado em 50% da população à qual é administrado. Embora a ED50 seja comumente usada como uma me- dida da expectativa razoável do efeito de um agente, não é necessaria- mente a dose que um médico pode considerar apropriada, levando em consideração todos os fatores relevantes. Assim, em algumas situações a quantidade efetiva é maior do que a ED50 calculada, em outras situa- ções a quantidade efetiva é menor do que a ED50 calculada, e ainda em outras situações a quantidade efetiva é igual a ED50 calculada.
[00211] Além disso, uma dose eficaz dos inibidores de arginase da presente invenção pode ser uma quantidade que, quando administrada em uma ou mais doses a um indivíduo, produz um resultado desejado em relação a um indivíduo saudável. Por exemplo, para um indivíduo que experimenta um distúrbio particular, uma dose eficaz pode ser aquela que melhora um parâmetro de diagnóstico, medida, marcador e similares desse distúrbio em pelo menos cerca de 5%, pelo menos cerca de 10%, pelo menos cerca de 20% , pelo menos cerca de 25%, pelo menos cerca de 30%, pelo menos cerca de 40%, pelo menos cerca de 50%, pelo menos cerca de 60%, pelo menos cerca de 70%, pelo menos cerca de 80%, pelo menos cerca de 90%, ou mais de 90%, onde 100% é definido como o parâmetro diagnóstico, medida, marcador e similares exibidos por um indivíduo normal.
[00212] Em certas modalidades, os inibidores de arginase contem- plados pela presente invenção podem ser administrados (por exemplo, oralmente) em níveis de dosagem de cerca de 0,01 mg/kg a cerca de 50 mg/kg, ou cerca de 1 mg/kg a cerca de 25 mg/kg de peso corporal do indivíduo por dia, uma ou mais vezes ao dia, para obter o efeito tera- pêutico desejado.
[00213] Para a administração de um agente oral, as composições po- dem ser fornecidas na forma de comprimidos, cápsulas e similares con- tendo de 1,0 a 1000 miligramas do ingrediente ativo, particularmente 1,0, 3,0, 5,0, 10,0, 15,0, 20,0, 25,0 , 50,0, 75,0, 100,0, 150,0, 200,0, 250,0, 300,0, 400,0, 500,0, 600,0, 750,0, 800,0, 900,0 e 1000,0 miligra- mas do ingrediente ativo.
[00214] Em certas modalidades, a dosagem do inibidor de arginase desejado está contida em uma "forma de dosagem unitária". A frase "forma de dosagem unitária" se refere a unidades fisicamente discretas, cada unidade contendo uma quantidade predeterminada do inibidor de arginase, sozinho ou em combinação com um ou mais agentes adicio- nais, suficiente para produzir o efeito desejado. Será apreciado que os parâmetros de uma forma de dosagem unitária dependerão do agente particular e do efeito a ser alcançado. Kits
[00215] A presente invenção também contempla kits que compreen- dem um composto aqui descrito e suas composições farmacêuticas. Os kits estão geralmente na forma de uma estrutura física que abriga vários componentes, como descrito abaixo e podem ser utilizados, por exem- plo, na prática dos métodos descritos acima.
[00216] Um kit pode incluir um ou mais dos compostos aqui descritos (fornecidos, por exemplo, em um recipiente estéril), que podem estar na forma de uma composição farmacêutica adequada para administração a um indivíduo. Os compostos aqui descritos podem ser fornecidos em uma forma que está pronta para uso (por exemplo, um comprimido ou cápsula) ou em uma forma que requer, por exemplo, reconstituição ou diluição (por exemplo, um pó) antes da administração. Quando os com- postos descritos no presente documento estão em uma forma que pre- cisa ser reconstituída ou diluída por um usuário, o kit também pode in- cluir diluentes (por exemplo, água estéril), tampões, excipientes farma- ceuticamente aceitáveis e similares, embalados juntos ou separada- mente dos compostos aqui descrito. Quando a terapia de combinação é contemplada, o kit pode conter os vários agentes separadamente ou eles já podem estar combinados no kit. Cada componente do kit pode estar contido dentro de um recipiente individual e todos os vários recipi- entes podem estar dentro de uma única embalagem. Um kit da presente invenção pode ser projetado para as condições necessárias para man- ter adequadamente os componentes alojados nele (por exemplo, refri- geração ou congelamento).
[00217] Um kit pode conter um rótulo ou bula, que inclui informações de identificação para os componentes nele contidos e instruções para seu uso (por exemplo, parâmetros de dosagem, farmacologia clínica do (s) ingrediente(s) ativo(s), incluindo mecanismo de ação, farmacociné- tica e farmacodinâmica, efeitos, contraindicações, etc.). As etiquetas ou insertos podem incluir informações do fabricante, como números de lote e datas de validade. O rótulo ou inserto informativo pode estar, por exemplo, integrado na estrutura física que aloja os componentes, con- tido separadamente dentro da estrutura física, ou afixado a um compo- nente do kit (por exemplo, uma ampola, tubo ou frasco).
[00218] Os rótulos ou insertos podem incluir adicionalmente, ou ser incorporadas a, um meio legível por computador, tal como um disco (por exemplo, disco rígido, cartão, disco de memória), disco óptico, tal como CD ou DVD-ROM/RAM, DVD, MP3, fita magnética ou uma mídia de ar- mazenamento elétrica, como RAM e ROM ou híbridos desses, tais como mídia de armazenamento magnético/óptico, mídia FLASH ou cartões do tipo de memória. Em algumas modalidades, as instruções reais não es- tão presentes no kit, mas são fornecidos meios para obter as instruções de uma fonte remota, por exemplo, através da Internet.
EXPERIMENTAL
[00219] Os exemplos a seguir são apresentados de modo a fornecer àqueles versados na técnica uma divulgação e descrição completas de como fazer e usar a presente invenção, e não se destinam a limitar o escopo do que os inventores consideram sua invenção, nem pretendem representar que os experimentos abaixo foram realizadas ou que são todas os experimentos que podem ser realizadas. Deve ser entendido que descrições exemplificadoras escritas no tempo presente não foram necessariamente realizadas, mas sim que as descrições podem ser re- alizadas para gerar dados e similares de uma natureza aqui des- crita. Esforços têm sido feitos para garantir a precisão com relação aos números usados (por exemplo, quantidades, temperatura, etc.), mas al- guns erros experimentais e desvios devem ser considerados.
[00220] Salvo indicação em contrário, as partes são partes em peso, o peso molecular é o peso molecular ponderado médio, a temperatura está em graus Celsius (°C) e a pressão está ou é próxima da atmosfé- rica. Abreviações padronizadas são usadas, incluindo as seguintes: wt = tipo selvagem; bp = par(es) de base; kb = quilobase(s); nt = nucleotí- deo (s); aa = aminoácido(s); s ou seg = segundo(s); min = minuto(s); h = hora(s); ng = nanograma; pg = micrograma; mg = miligrama; g = grama; kg = quilograma; dl ou dL = decilitro; µl ou µL = microlitro; ml ou mL = mililitro; 1 ou L = litro; mM = micromolar; mM = milimolar; M = mo- lar; kDa = quilodalton; i.m. = intramuscular (sim); i.p. = intraperito- neal; SC ou SQ = subcutâneo; QD = diariamente; BID = duas vezes ao dia; QW = semanalmente; QM = mensalmente; HPLC = cromatografia líquida de alto desempenho; BW = peso corporal; U = unidade; ns = não estatisticamente significativo; PBS = solução salina tamponada com fos- fato; IHC = imunohistoquímica; DMEM = Meio de Eagle Modificado por Dulbeco; EDTA = ácido etilenodiaminotetracético. Materiais e Métodos
[00221] Os seguintes materiais e métodos gerais foram usados, onde indicado, ou podem ser usados nos Exemplos abaixo:
[00222] Métodos padronizados em biologia molecular são descritos na literatura científica (veja, por exemplo, Sambrook e Russell (2001) Molecular Cloning, 3ª ed., Cold Spring Harbor Laboratory Press, Cold Spring Harbor, NY; e Ausubel, et al. (2001) Current Protocols in Molec- ular Biology, Vols. 1-4, John Wiley and Sons, Inc. New York, NY, que descreve a clonagem em células bacterianas e mutagênese de DNA (Vol. 1), clonagem em células de mamíferos e leveduras (Vol. 2), glico- conjugados e expressão de proteínas (Vol. 3) e bioinformática (Vol. 4).
[00223] A literatura científica descreve métodos para purificação de proteínas, incluindo imunoprecipitação, cromatografia, eletroforese, centrifugação e cristalização, assim como análise química, modificação química, modificação pós-traducional, produção de proteínas de fusão e glicosilação de proteínas (ver, por exemplo, Coligan, et al. (2000) Cur- rent Protocols in Protein Science, Vols. 1-2, John Wiley and Sons, Inc., NY).
[00224] Pacotes de programa e bancos de dados para determinar, por exemplo, fragmentos antigênicos, sequências líder, enovelamento de proteínas, domínios funcionais, sítios de glicosilação e alinhamentos de sequência, estão disponíveis (veja, por exemplo, GCG Wisconsin Package (Accelrys, Inc., San Diego, CA); e DeCypherTM (TimeLogic Corp., Crystal Bay, NV).
[00225] A literatura está repleta de ensaios e outras técnicas expe- rimentais que podem servir de base para a avaliação dos compostos descritos aqui. Por exemplo, ensaios de ligação de ligante com base em espectrometria de massa (ver, por exemplo, Massink, A. et al. Purinergic Signaling (2015) 11:581. https://doi.org/10.l007/s11302-015-9477-0; Di- onisotti S. et al., J Pharmacol Exp Ther. (1996) 298: 726-732) para de- terminar várias propriedades dos compostos da presente invenção.
[00226] Os ensaios funcionais também podem ser empregados para avaliar os compostos da presente invenção. Exemplos Métodos Gerais:
[00227] Aqueles versados na técnica reconhecerão que há uma va- riedade de métodos disponíveis para preparar moléculas representadas nas reivindicações.
[00228] Uma variedade dos métodos descritos acima foi usada para preparar os compostos da invenção, alguns dos quais são exemplifica- dos nos exemplos. As formas deuteradas dos exemplos abaixo podem ser sintetizadas usando intermediários deuterados apropriados.
Exemplo 1: ácido (3aR,4S,5S,6aR)-5-amino-4-[3-(dihidroxiboranil)pro- pil]-octa-hidrociclopenta[c]pirrolo-5-carboxílico Etapa 1 Etapa 2
1. Separação quiral 1,4 dioxana Etapa 4 Etapa 5 Etapa 3 Etapa 6 Etapa 7
[00229] Etapa 1: A uma solução de 5-oxo-hexahidrociclopenta[c]pir- rolo-2(1H)-carboxilato de cis-terc-butila (11,49 g, 51 mmol) em THF ani- dro (155 mL) a -78°C foi adicionada uma solução de bis(trimetilasi- lil)amida de lítio (61,2 mL, 1,0 M em THF) por gotejamento ao longo de 20 minutos. Depois de agitar por mais 30 minutos, uma solução de bro- meto de alila (5,3 mL, 61,2 mmol) em THF (15 mL) foi adicionada por gotejamento ao longo de 15 minutos. Depois que a adição estava com- pleta, o banho gelado foi removido e a mistura agitada em temperatura ambiente 12 horas, em cujo momento ela foi vertida em água/EtOAc e as camadas separadas. A camada aquosa foi extraída duas vezes com EtOAc. As camadas orgânicas combinadas foram lavadas com HCl 1M aquoso, salmoura, secas sobre MgSO4, e filtradas. O resíduo bruto foi purificado por cromatografia de coluna (SiO2, CH2Cl2/Hexanos (1:1) → CH2Cl2/Hexanos (1:1)/EtOAc, 3:1) fornecendo um produto de alilação como um óleo incolor (4,74 g, 35% de rendimento). ESI MS [M-iBu+H]+ para C11H16NO3, calculado 210,1, encontrado 210,0.
[00230] Etapas 2-4: A uma solução de clorofórmio anidro (3,55 mL,
44,65 mmol) e clorotrimetilsilano (4,3 mL, 33,9 mmol) em THF anidro (40,6 mL) a -78℃ foi adicionada uma solução de bis(trimetilsilil)amida de lítio (33,9 mL, 1,0 M em THF) por gotejamento ao longo de 30 minu- tos. Depois de mais 30 minutos a -78℃, o banho gelado foi substituído por um banho a -30℃. Simultaneamente, uma solução de cetona da Etapa 1 (4,74 g, 17,86 mmol) em DMF anidro (12,8 mL) e uma solução de acetato de tetrabutilamônia (538 mg, 1,79 mmol) em DMF anidro (1,28 mL) foram adicionadas à mistura de reação ao longo de 15 minu- tos. O banho gelado foi removido e agitada por mais 2 horas em tempe- ratura ambiente antes de testar negativo para a cetona de partida por TLC (3:3:1 Hexanos/CH2Cl2/EtOAc; coloração com ninhidrina). A mis- tura de reação foi então vertida em uma solução de cloreto de amônia sat. aq. e extraída com hexanos (3 × 250 mL). As camadas orgânicas combinadas foram lavadas com salmoura, secas sobre MgSO4, filtradas e concentradas. O resíduo bruto resultante foi usado na próxima Etapa sem purificação adicional. A uma solução a 0℃ de éter silílico bruto em THF anidro (45 mL) foi adicionado ácido acético (1,02 mL, 17,86 mmol) seguido por uma solução de fluoreto de tetrabutilamônia (17,86 mL, 1M em THF) por gotejamento ao longo de 15 minutos. A mistura foi agitada por mais 10 minutos, vertida em uma solução de bicarbonato de sódio gelada (150 mL), e extraída com EtOAc (3 × 150 mL). As camadas or- gânicas combinadas foram lavadas com salmoura, secas sobre MgSO4, filtradas e concentradas. O produto racâmico pode ser separado em enantiômeros usando uma coluna quiral (Chiralpak-AD; 3,5 % i-PrOH em hexanos) com o segundo pico sendo o enantiômero desejado. ESI MS [M-iBu+H]+ for C12H17Cl3NO3, calculado 328,0 e 330,0, encontrado 328,0 e 330,0.
[00231] A uma solução de álcool terciário em 15ºC em 1,4-dioxana (30 mL), foi adicionada uma solução pré-resfriada de azida de sódio (3,5 g, 53,6 mmol) e hidróxido de sódio (2,14 g, 53,6 mmol) em água (26,8 mL) por gotejamento ao longo de 30 minutos. A mistura resultante foi agitada à temperatura ambiente durante 30 horas, vertida em solução de cloreto de amônia aquosa saturada (100 mL) e depois extraída com EtOAc (3 x 150 mL). As camadas orgânicas combinadas foram lavadas com salmoura, secas sobre MgSO4, filtradas e concentradas. O resíduo bruto resultante foi usado na próxima etapa sem purificação adicio- nal. ESI MS [M-H]- para C16H23N4O4, calculado 335,2, encontrado 335,0.
[00232] Ao ácido carboxílico bruto e carbonato de potássio (12,3 g, 89,3 mmol) em acetonitrila anidra (45 mL) a 0°C foi adicionado brometo de benzila (2,3 mL, 19,65 mmol). A mistura resultante foi agitada vigo- rosamente em temperatura ambiente durante 16 horas, depois do que os voláteis foram removidos por evaporação rotativa. Ao resíduo sólido foram adicionados hexanos e água e, em seguida, as duas camadas foram separadas. A camada aquosa foi extraída com hexanos (2 x 150 mL). As camadas orgânicas combinadas foram lavadas com salmoura e secas sobre MgSO4, filtradas e concentradas. O resíduo bruto foi pu- rificado por cromatografia em coluna (SiO2, Hexanos→Hexanos/ EtOAc, 3:1) fornecendo o éster benzílico intermediário como um óleo incolor (2,41 g, 35% ao longo de quatro Etapas). ESI MS [M-iBu+H]+ para C19H23N4O4, calculado 371,2, encontrado 371,0.
[00233] Etapa 5: Uma solução de alceno (2,41 g, 5,65 mmol) em di- clorometano (15 mL) foi desgaseificada (3 ciclos de preenchimento vac/N2). Dicloreto de bis(1,5-ciclooctadieno)diirídio (I) (114 mg, 0,1695 mmol) e 1,2-bis (difenilfosfino)etano (135 mg, 0,339 mmol) foram adici- onados a esta solução e a mistura resultante foi desgaseificada uma segunda vez (3 ciclos de preenchimento de vácuo/N2). Após maturação por 20 minutos, a mistura foi resfriada a 0°C e uma solução previamente desgaseificada de pinacolborano (1,1 mL, 7,91 mmol) em diclorometano (5 mL) foi adicionada durante 1,5 horas por meio de bomba de infu- são. O banho gelado foi removido e a mistura de reação foi agitada por mais 25 minutos em temperatura ambiente, momento em que foi resfri- ada novamente para 0°C, diluída com diclorometano (100 mL) e água (30 mL) foi adicionada. Após agitação por 15 minutos, as camadas fo- ram separadas, e a camada aquosa foi extraída com diclorometano (2 x 100 mL). As camadas orgânicas combinadas foram lavadas com sal- moura, secas sobre MgSO4, filtradas e concentradas. O resíduo bruto resultante foi purificado por cromatografia em coluna (SiO2, Hexanos → Hexanos/EtOAc, 6:1), óleo incolor (2,59 g, 83% de rendimento). 1H RMN: (400 MHz, CDCl3) δ 7,37 (s, 5H), 5,21 (d, J = 3,1 Hz, 2H), 3,46 - 3,21 (m, 3H), 2,94 - 2,79 (m, 1H), 2,60 - 2,41 (m, 2H), 1,95 - 1,85 (m, 1H), 1,80 - 1,70 (m, 1H), 1,48 - 1,33 (m, 12H), 1,29 - 1,08 (m, 14H), 0,73 - 0,62 (m, 2H). ESI MS [M-N2-iBu+H2+Na]+ for C25H37BN2O6Na, calcu- lado 495,3, encontrado 495,2.
[00234] Etapa 6: α-azida de éster benzílico (700 mg, 1,26 mmol) em uma mistura 1:1 de etanol anidro (2,1 mL) e acetato de etila (2,1 mL) sob N2 foi adicionada Pd/C (90 mg, 0,126 mmol, 15%). A atmosfera foi substituída por hidrogênio (borbulhando através da solução por 5 minu- tos) e agitada em balão de hidrogênio por 3 horas. A atmosfera de hi- drogênio foi substituída por N2, a mistura de reação foi cuidadosamente filtrada através de Celite e subsequentemente lavada com etanol (2 x 5 mL). O volume do solvente foi reduzido para aproximadamente 2 mL e filtrada através de um filtro de seringa de 0,22 µm. O solvente foi remo- vido para fornecer intermediário de aminoácido bruto (390 mg) como um sólido quase branco. ESI MS [M-iBu+H]+ para C18H32BN2O6, calculado 383,2, encontrado 383,2.
[00235] Etapa 7: HCl aquoso (3,0 mL, 6,0 M) foi adicionado ao inter- mediário de aminoácido (produto da etapa 6, 380 mg, 0,867 mmol). O vaso de reação foi selado, aquecido a 90°C e agitado nessa temperatura durante 3 horas. O solvente foi removido sob vácuo, água (aproximada-
mente 10 mL) foi adicionada e novamente removida sob vácuo para re- duzir qualquer HCl residual. O sólido quase branco resultante foi dissol- vido em água (aproximadamente 5 mL) e purificado por HPLC de fase reversa (Coluna RediSep C18 Gold, gradiente de 0 a 20% de acetonitrila e água com aditivo de TFA 0,1%) para dar o produto como um sólido branco. Este material foi convertido no sal de bis cloridrato pela adição de HCl 1M e subsequente liofilização (repetida duas vezes) para forne- cer o composto totalmente desprotegido como um sólido branco (160 mg, 56% de rendimento). 1Ή RMN (400 MHz, D20) δ 3,56 (dd, J = 12,2, 8,5 Hz, 1H), 3,47 (dd, J = 11,8, 8,3 Hz, 1H), 3,39 - 3,29 (m, 1H), 3,24 (dd, J = 12,2, 4,6 Hz, 1H), 3,17 (dd, J = 11,9, 5,6 Hz, 1H), 3,00 - 2,87 (m, 1H), 2,68 (dd, 0,7 = 13,7, 8,9 Hz, 1H), 2,15 - 2,05 (m, 1H), 1,82 (dd, 0,7 = 13,6, 9,2 Hz, 1H), 1,66-1,52 (m, 1H), 1,50-1,40 (m, 1H), 1,39-1,24 (m, 2H), 0,82 - 0,70 (m,2H). ESI MS [M-H2O+H]+ para C11H20BN2O3, cal- culado 239,2, encontrado 239,0. Exemplo 2: ácido 5-Amino-2-(2-aminoacetil)-4-[3-(dihidroxiboranil)pro- pil]-octahidrociclopenta[c]pirrolo-5-carboxilíco Etapa 1 Etapa 2 Etapa 4 Etapa 3
[00236] Etapa 1: α-azida de éster benzílico (0,40 g, 0,72 mmol, 1,0 equiv.) foi dissolvida em CH2Cl2 (5,8 mL) e resfriada a 0°C. TFA (1,44 mL, 18,0 mmol, 25,0 equiv.) foi adicionado por gotejamento durante 15 minutos e a reação foi agitada a 0°C por 1 h. Após a conclusão, a mis- tura de reação foi diluída com CH2Cl2 e lavada com solução aquosa sa- turada de NaHCO3. A camada aquosa foi extraída com CH2Cl2 (3 x 20 mL). Os extratos orgânicos combinados foram lavados com salmoura, secos (Na2SO4), filtrados e concentrados por evaporação rotativa para se obter o produto de amina como um óleo amarelo (0,32 g, rendimento de 99%), que foi transportado para a próxima etapa sem purificação adi- cional. ESI MS [M+H]+ para C24H36BN4O4, calculado 455,3, encontrado 455,2.
[00237] Etapa 2: A amina (produto da Etapa 1) (0,32 g, 0,72 mmol, 1,0 equiv.) foi dissolvida em DMSO (3,6 mL) e tratada com Et3N (0,3 mL, 2,2 mmol, 3,0 equiv.). Éster N-hidroxisuccinimida de Boc-glicina (0,24 g, 0,86 mmol, 1,2 equiv.) foi então adicionado como um sólido e a mistura de reação foi agitada em temperatura ambiente durante 4 h. A reação foi então extinta com solução aquosa saturada de NH4Cl e diluída com EtOAc. A mistura foi extraída com EtOAc (3 x 20 mL). Os extratos orgâ- nicos combinados foram lavados com salmoura e secos (Na2SO4), fil- trados e concentrados por evaporação rotativa para fornecer o produto bruto. A purificação por cromatografia flash com sílica ((0%  60% EtOAc em hexanos) forneceu a amida de glicina como um óleo amarelo (0,34 g, 77% de rendimento). ESI MS [M-Boc+2H]+ para C26H39BN5O5, calculado 512,4, encontrado 512,4.
[00238] Etapa 3: α-azida de éster benzílico (produto da Etapa 2) (0,34 g, 0,56 mmol) em uma mistura 1:1 de etanol anidro (1,5 mL) e acetato de etila (1,5 mL) sob N2 foi adicionado paládio a 10% sobre car- bono (115 mg, 0,11 mmol). A atmosfera foi substituída por hidrogênio (borbulhando através da solução por 10 minutos) e agitada em um balão de hidrogênio por 3 horas. A atmosfera de hidrogênio foi substituída por N2, a mistura de reação foi cuidadosamente filtrada através de uma al- mofada de Celite e subsequentemente lavada com etanol (2 x 5 mL). O volume do solvente foi reduzido para aproximadamente 10 mL e filtrada através de um filtro de seringa de 0,22 µm. O solvente foi removido para fornecer o intermediário de aminoácido bruto (0,16 g) como um sólido quase branco. ESI MS [M+H]+ para C24H43BN3O7, calculado 496,3, en- contrado 496,3.
[00239] Etapa 4: HCl aquoso (3,0 mL, 4,0 M) foi adicionado ao ami- noácido intermediário (produto da Etapa 3, 0,16 g, 0,87 mmol). O vaso de reação foi selado, aquecido a 50°C e agitado durante 2 horas. O pro- duto bruto foi então diretamente purificado por HPLC de fase reversa (coluna RediSep C18 Gold, gradiente de 0 a 20% de acetonitrila e água), fornecendo o produto como um sólido branco. A liofilização subse- quente forneceu o composto totalmente desprotegido como um sólido branco (45 mg, rendimento de 25% em duas etapas). 1H RMN (400 MHz, D2O) δ 4,01 - 3,82 (m, 2H), 3,71 - 3,57 (m, 2H), 3,52 - 3,34 (m, 2H), 3,30 - 3,10 (m, 1H), 2,92 - 2,71 (m, 1H), 2,67 (m, 1H), 2,10 - 1,96 (m, 1H), 1,77 (dt, J = 13,9, 7,1 Hz, 1H), 1,61 - 1,25 (m, 4H), 0,78 (t, J = 6,5 Hz, 2H). ESI MS [M-H2O+H]+ para C13H23BN3O4, calculado 296,2, encontrado 296,1. Exemplo 3: ácido (3aR,4S,5S,6aR)-5-amino-2-[(2S)-2-aminopropanoil]- 4-[3-(di-hidroxiboranil)propil]-octahidrociclopenta[c]pirrolo-5-carboxílico
[00240] O composto do título foi sintetizado seguindo o mesmo pro- cedimento experimental descrito no Exemplo 2. 1H RMN (400 MHz, D2O) δ 4,38 - 4,26 (m, 1H), 3,88 - 3,65 (m , 3H), 3,62 - 3,35 (m, 2H), 3,28 - 3,10 (m, 1H), 2,95 - 2,75 (m, 1H), 2,68 (ddd, J = 14,1, 10,0, 6,3 Hz, 1H), 2,12 - 1,93 (m, 1H), 1,89-1,65 (m, 1H), 1,64-1,23 (m, 6H), 0,87-0,70
(m, 2H). ESI MS [M-H2O+H]+ para C14H25BN3O4, calculado 310,1, en- contrado 310,0. Exemplo 4: ácido 5-amino-4-[3-(di-hidroxiboranil)propil]-2-(oxetan-3-il)- octa-hidrociclopenta[c]pirrolo-5-carboxilico Etapa 1 Etapa 2
[00241] Etapa 1: α-azida de éster benzílico (0,44 g, 0,77 mmol) foi dissolvido em CH2Cl2 (10 mL) e 3-oxetanona (55 mg, 0,77 mmol) foi adicionada seguida por Na(OAc)3BH sólido (326 mg, 1,54 mmol). A re- ação foi agitada em temperatura ambiente durante a noite, então extinta com NaHCO3 saturado (2 x 10 mL). A camada orgânica foi seca sobre MgSO4, filtrada e evaporada para dar o produto bruto que foi usado sem purificação adicional.
[00242] Etapa 2: O material bruto da Etapa 1 foi dissolvido em MeOH (5 mL), purgado com N2 e 10% Pd/C (200 mg, 50% de umidade) foi adicionado. A mistura foi agitada vigorosamente sob atmosfera de H2 (balão) durante 2h ou até que a análise de LCMS mostrasse o consumo completo do material de partida. A mistura de reação foi filtrada, evapo- rada e o resíduo foi agitado com NaOH 2M (2 mL) a 50°C durante 1 hora, depois resfriado até a temperatura ambiente e neutralizado com HCl 1M. O produto foi purificado por cromatografia C18 em fase reversa (gradiente de 0 a 20% de acetonitrila e água), fornecendo o produto como um sólido branco (10 mg, 3%). 1H RMN (400 MHz, D2O) δ 4,87 - 4,81 (m, 2H), 4,41 - 4,32 (m, 1H), 4,03 - 3,68 (m, 1H), 3,60 - 3,05 (m, 4H), 2,90 - 2,75 (m , 2H), 2,52 - 2,43 (m, 1H), 2,05 - 1,90 (m, 1H), 1,77 - 1,64 (m, 1H), 1,48 - 1,39 (m, 1H), 1,32-1,04 (m, 4H), 0,66 -0,59
(m, 2H). ESI MS [M-H2O+H]+ para C14H24BN2O4, calculado 295,2, en- contrado 295,2. Exemplo 5: ácido 5-amino-2-(1-cloro-3-hidroxipropan-2-il)-4-[3- (dihi- droxiboranil) propil]-octa-hidrociclopenta [c] pirrolo-5-carboxílico
[00243] O composto do título foi sintetizado seguindo o mesmo pro- cedimento experimental descrito no Exemplo 4, mas na desproteção fi- nal foi usada uma solução de HCl 3M. 1H RMN (400 MHz, D2O) δ 4,05 - 3,80 (m, 5H), 3,64 - 3,51 (m, 2H), 3,26 - 2,95 (m, 3H), 2,85 - 2,72 (m, 1H), 2,52 - 2,40 ( m, 1H), 2,13 - 2,03 (m, 1H), 1,81-1,70 (m, 1H), 1,50- 1,41 (m, 1H), 1,46-1,05 (m, 3H), 0,69-0,59 (m, 2H). ESI MS [M-H2O+H]+ para C14H25BClN2O4, calculado 331,2, encontrado 331,2. Exemplo 6: ácido 5-amino-4-{3-[(1R,2R,6S,8R)-2,9,9-trimetil-3,5-dioxa- 4-boratriciclo[6.1.1.0²,⁶]decan-4-ia]propil}-octahidrociclopenta[c]pirrolo- 5-carboxílico.
[00244] Ao Exemplo 1 (60 mg, 0,18 mmol) em acetonitrila anidra (6 mL) foi adicionado (1R,2R,3S,5R)-(-) pinanodiol (46,5 mg, 0,27 mmol, 1,5 equiv.). Esta mistura foi sonicada durante 10 minutos, uma barra de agitação foi adicionada, aquecida a 80°C durante 2,5 h, em seguida o solvente foi removido. O resíduo resultante foi triturado com éter dietílico (3 x 4 mL), filtrado e o sólido seco sob alto vácuo durante 12 h. Foi obtido o bis-cloridrato do éster pinanodiol do ácido borônico (40 mg) como um sólido quase branco. 1H RMN (400 MHz, D2O) δ 4,41 (d ../ = 8,7 Hz, 1H), 3,60 - 3,40 (m, 2H), 3,39 - 3,12 (m, 3H), 2,92 (s, 1H), 2,70 - 2,60 (m, 1H),
2,46 - 2,33 (m, 2H), 2,25 (s, 1H), 2,13 - 1,68 (m, 3H), 1,86 - 1,70 (m, 1H), 1,60 (s, 1H), 1,52 - 1,13 (m, 8H), 0,98 (d, J = 10,7 Hz, 1H), 0,93 - 0,70 (m, 6H). ESI MS [M+H]+ para C21H36BN2O4, calculado 391,3, encontrado 391,2. Métodos Analíticos
[00245] LC: Agilent 1100 series; Espectrômetro de massa: Agilent G6120BA, quadrupolo simples
[00246] Método LC-MS: LCMS coluna Waters XSelect® HSS C18 3,5 um (2,1 x 75 mm), 35°C, taxa de fluxo de 0,9 mL/min, um gradiente em 2,5 min de 0 a 100% B com 0,5 min de lavagem com 100% B; A = 0,1% de ácido fórmico/5% de acetonitrila/94,9% água; B = 0,1% de ácido fórmico/5% água/94,9% de acetonitrila
[00247] Coluna flash: ISCO Rf+
[00248] HPLC em fase reversa: ISCO-EZ; Coluna: Kinetex 5 m EVO C18 100 A; 250 × 21,2 mm (Phenomenex) Medida da potência do composto pelo ensaio enzimático acoplado à arginase usando ARG1 e ARG2 recombinantes humanas
[00249] ARG1 e ARG2 recombinantes humanas purificadas foram preparados em Bicina 50 mM, pH 8,5, MnCl2 100 µM, glicerol 20% e DTT 1 mM até uma concentração estoque final de 14,4 µM e 7,56 µM, respectivamente. 2,5 nM de ARG1 ou ARG2 foram incubados com con- centrações variáveis de compostos em fosfato de sódio 10 mM, pH 7,4, MnCl2 0,1 mM e DMSO 2,5% em um volume total de 40 µl em uma mi- croplaca de 384 poços (Coming™ # 3640) a 37°C por 1 h. A reação enzimática da arginase foi iniciada pela adição de 10 µl de L-Arginina 4 mM pré-incubada em fosfato de sódio 10 mM, pH 7,4 e MnCl2 0,1 mM a 37°C na mistura de enzima e composto, dando as condições finais da reação: 2 nM de ARG1 ou ARG2 e 0,8 mM de L-Arginina em fosfato de sódio 10 mM, pH 7,4, MnCl2 0,1 mM e 2% de DMSO com concentrações variáveis de compostos. Após 2 h de incubação a 37°C, a reação enzi- mática de arginase foi interrompida pela transferência de 10 µl de rea- ção em 10 µl de mistura de detecção (204 µM de ácido amino-2-borono- 6-hexanoico, 0,25 µl de mistura de enzima arginase, 0,25 µl de Arginase Developer, 0,25 µl de Arginase Converter Enzyme in Arginase Assay Buffer do Arginase Activity Colorimetric Assay Kit, BioVision Inc. #K755- 100) em uma microplaca transparente de 384 poços (Greiner #781801). A placa foi imediatamente colocada em um leitor de placas (Synergy™ Neo2 Multi-Mode Microplate Reader) para monitorar a ab- sorção a 570 nm a 37°C. Os valores de absorção em 12 ~ 20 min foram usados para calcular a potência do composto. O valor do branco de DMSO (inibição MIN = 100% de atividade) foi usado como um controle negativo. O controle positivo foi estabelecido pela adição de 8 µl de en- zima e mistura de DMSO em 10 µl de mistura de detecção seguido pela adição de 2 µl de L-arginina (inibição MAX = 0% de atividade). Para cal- cular o percentual de atividade, a Equação 1 foi usada. Abs 570nm éo valor em uma determinada concentração de composto: 𝐴𝑏𝑠570 𝑛𝑀 − 𝑀𝐴𝑋 %𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = × 100 Equação 1 𝑀𝐼𝑁 − 𝑀𝐴𝑋
[00250] A concentração de composto que resultou na perda de 50% da atividade enzimática (IC50) foi calculada por GraphPad Prism usando a Equação 2 onde N é o coeficiente de Hill: 𝐓𝐨𝐩 − 𝐁𝐨𝐭𝐭𝐨𝐦 %𝑨𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝐁𝐨𝐭𝐭𝐨𝐦 + [𝐈] 𝑵 Equação 2 𝟏+( ) 𝑰𝑪𝟓𝟎
[00251] Um contraexame foi realizado para identificar qualquer inibi- ção das enzimas de acoplamento pelos compostos de teste. 10 µl de 0,26 mM de ureia com concentrações variáveis de compostos em fos- fato de sódio 10 mM, pH 7,4, MnCl2 0,1 mM e DMSO 2% foram adicio- nados a 10 µl de mistura de detecção no lugar da mistura de reação enzimática de arginase.
A absorção foi monitorada a 570 nm como des- crito acima.
Os valores de um branco sem substrato (sem ureia; inibição MAX = 0% de atividade) e um branco com DMSO (inibição MIN = 100% de atividade) foram usados como controles positivo e negativo, respec- tivamente.
Uma curva plana de resposta à dose era esperada para com- postos que não inibiam qualquer uma das enzimas de acoplamento.
A inatividade no contraexame foi usada para confirmar que os resultados refletiam com precisão os valores de IC50 para ARG1 e ARG2. Tabela 1: Exemplos Específicos (Potência: IC50 da inibição de Argi- nase 1: + significa > 1 µM, ++ significa 100 nM a 1 µM, +++ significa < 100 nM) Exemplo Potência
++
+++
++
++
++ ++ +++ ++
[00252] Modalidades particulares desta invenção estão aqui descri- tas, incluindo o melhor modo conhecido pelos inventores para realizar a invenção. Após a leitura da descrição anterior, variações das modalida- des descritas podem se tornar aparentes para os indivíduos versados na técnica e é esperado que aqueles versados na técnica possam em- pregar tais variações conforme apropriado. Consequentemente, é pre- tendido que a invenção seja praticada de outra forma que não conforme especificamente descrito aqui, e que a invenção inclua todas as modifi- cações e equivalentes do assunto em questão nas reivindicações em anexo, conforme permitido pela lei aplicável. Além disso, qualquer com- binação dos elementos acima descritos em todas as variações possíveis dos mesmos é abrangida pela invenção, a menos que indicado de outra forma aqui ou de outra forma claramente contradita pelo contexto.
[00253] Todas as publicações, pedidos de patente, números de acesso e outras referências citadas neste pedido estão aqui incorpora- das por referência, como se cada publicação individual ou pedido de patente fosse especificamente e individualmente indicado para ser in- corporado por referência.

Claims (61)

REIVINDICAÇÕES
1. Composto, caracterizado pelo fato de que apresenta a Fórmula (I) (I) ou um sal, hidrato ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, em que X é CH2, NH ou O; R1 é um membro selecionado do grupo que consiste em H, -Xa-NH2, –C(O)-Xa-NH2 e -Rc, em que Xa é um C1-4 alquileno que é não substituído ou substituído com um ou dois Ra; cada Ra é independentemente selecionado do grupo que consiste em C1-6 alquila e aril(C1-4 alquil); em que a C1-6 alquila é não substituída ou substituída com hidroxila, metoxila, amino, tiol, -CO2H, -CONH2, e -NHCONH2; e a arila é selecionada do grupo que consiste em fenila, hidroxifenila, metoxifenila e indol; e Rc é um anel heterocíclico saturado com quatro a seis mem- bros que possui um vértice de anel selecionado do grupo que consiste em O e NH; ou é C1-6 alquila que é não substituído ou substituído com um ou três substituintes independentemente selecionados do grupo que consiste em halogênio, hidroxila e amino; ou R1 é um aminoácido que ocorre naturalmente; cada R2 é independentemente selecionado do grupo que consiste em H e C1-6 alquila; ou dois grupos R2 são combinados com os átomos aos quais cada um está acoplado para formar um anel mono ou bicíclico com cinco a oito membros, que é não substituído ou substituído com um a quatro substituintes selecionados independentemente do grupo que consiste em halogênio, hidroxila e metila.
2. Composto de acordo com a reivindicação 1, ou um sal, hidrato ou solvato farmaceuticamente aceitável do mesmo, caracteri- zado pelo fato de que X é CH2, NH ou O; R1 é um membro selecionado do grupo que consiste em H, -Xa-NH2 e –C(O)-Xa-NH2; em que Xa é um C1-4 alquileno que é não substituído ou subs- tituído com um ou dois Ra; cada Ra é independentemente selecionado do grupo que consiste em C1-6 alquila e aril(C1-4 alquil); em que a C1-6 alquila é não substituída ou substituída com hidroxila, metoxila, amino, tiol, -CO2H, -CONH2, e -NHCONH2; e a arila é selecionada do grupo que consiste fenila, hidroxifenila, metoxifenila e indol; ou R1 é um aminoácido que ocorre naturalmente; cada R2 é independentemente selecionado do grupo que consiste em H e C1-6 alquila; ou dois grupos R2 são combinados com os átomos aos quais cada um está acoplado para formar um anel mono ou bicíclico com cinco a oito membros.
3. Composto de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que apresenta a fórmula:
4. Composto de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que apresenta a fórmula:
5. Composto de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que apresenta a fórmula:
6. Composto de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que apresenta a fórmula:
7. Composto de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que apresenta a fórmula: em que m é 1, 2 ou 3.
8. Composto de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que apresenta a fórmula: em que R1 é um aminoácido que ocorre naturalmente.
9. Composto de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que apresenta a fórmula:
10. Composto de acordo com a reivindicação 5, caracteri- zado pelo fato de que apresenta a fórmula:
11. Composto de acordo com a reivindicação 1, caracteri- zado pelo fato de ser selecionado entre os compostos da Tabela 1.
12. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de que compreende um composto como definido em qualquer uma das rei- vindicações 1 a 11, e um excipiente farmaceuticamente aceitável.
13. Método de tratamento de uma doença, distúrbio ou con- dição, mediada pelo menos em parte por ARG1, ARG2 ou ambos ARG1 e ARG2, caracterizado pelo fato de que compreende a administração de uma quantidade terapeuticamente eficaz de um composto, como de- finido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11 a um indivíduo em necessidade do mesmo.
14. Método de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que a dita doença, distúrbio ou condição é mediada pelo menos em parte por ARG1.
15. Método de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que a dita doença, distúrbio ou condição é mediada pelo menos em parte por ARG2.
16. Método de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que a dita doença, distúrbio ou condição é mediada pelo menos em parte por ARG1 e ARG2.
17. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 14 a 16, caracterizado pelo fato de que o dito composto é administrado em uma quantidade eficaz para retardar, parar ou reverter a progressão da imunossupressão mediada por arginase.
18. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 14 a 16, caracterizado pelo fato de que a dita doença, distúrbio ou con- dição é câncer.
19. Método de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que o dito câncer é um câncer de próstata, cólon, reto, pân- creas, colo do útero, estômago, endométrio, cérebro, fígado, bexiga, ovário, testículo, cabeça, pescoço, pele (incluindo melanoma e basal carcinoma), revestimento mesotelial, glóbulos brancos (incluindo lin- foma e leucemia), esôfago, mama, músculo, tecido conjuntivo, pulmão (incluindo carcinoma do pulmão de células pequenas e carcinoma do pulmão de células não pequenas), glândula adrenal, tireoide, rim ou osso; ou é câncer colorretal, câncer de cabeça e pescoço, glioblastoma, mesotelioma, carcinoma de células renais, carcinoma gástrico, sarcoma (incluindo sarcoma de Kaposi), coriocarcinoma, carcinoma basocelular cutâneo ou seminoma testicular.
20. Método de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo fato de que o dito câncer é selecionado do grupo que consiste em melanoma, câncer colorretal, câncer pancreático, câncer de mama, cân- cer de próstata, câncer de pulmão, leucemia, um tumor cerebral, lin- foma, câncer de ovário, sarcoma de Kaposi, carcinoma de célula renal, câncer de cabeça e pescoço e câncer de esôfago.
21. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 14 a 16, caracterizado pelo fato de que a referida doença, distúrbio ou condição é uma doença, distúrbio ou condição relacionada ao sistema imunológico.
22. Método de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo fato de que a referida doença, distúrbio ou condição imunológica é selecionada a partir do grupo que consiste em artrite reumatoide, insu- ficiência renal, lúpus, asma, psoríase, colite, pancreatite, alergias, fi- brose, anemia, fibromialgia, doença de Alzheimer, insuficiência cardíaca congestiva, acidente vascular cerebral, estenose da válvula aórtica, ar- teriosclerose, osteoporose, doença de Parkinson, infecções, doença de Crohn, colite ulcerosa, dermatite de contato alérgica e outros eczemas, esclerose sistêmica e esclerose múltipla.
23. Combinação, caracterizada pelo fato de que compreende um composto, como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11, e pelo menos um agente terapêutico adicional.
24. Combinação de acordo com a reivindicação 23, caracte- rizada pelo fato de que o dito pelo menos um agente terapêutico adicio- nal é um agente quimioterapêutico, um agente imunomodulador e/ou modulador de inflamação ou radiação.
25. Combinação de acordo com a reivindicação 23, caracte- rizada pelo fato de que o dito pelo menos um agente terapêutico adicio- nal é um inibidor do ponto de verificação imunológico.
26. Combinação de acordo com a reivindicação 25, caracte- rizada pelo fato de que o dito inibidor do ponto de verificação imunoló- gico bloqueia a atividade de pelo menos um de PD1, PDL1, BTLA, LAG3, um membro da família B7, TIM3, TIGIT ou CTLA4.
27. Combinação de acordo com a reivindicação 26, caracte- rizada pelo fato de que o dito inibidor do ponto de verificação imunoló- gico bloqueia a atividade de PD1 ou PDL1.
28. Combinação de acordo com a reivindicação 27, caracte- rizada pelo fato de que o dito inibidor de ponto de controle imunológico é selecionado a partir do grupo que consiste em nivolumab, pembrolizu- mab, lambrolizumab, avelumab, atezolizumab e durvalumab.
29. Combinação, de acordo com a reivindicação 27 ou 28,
caracterizada pelo fato de que compreende ainda um agente terapêu- tico adicional que bloqueia a atividade de TIGIT.
30. Combinação de acordo com a reivindicação 29, caracte- rizada pelo fato de que o dito agente terapêutico adicional bloqueia a atividade de TIGIT pela ativação de seu ligante.
31. Combinação de acordo com a reivindicação 25, caracte- rizada pelo fato de que o dito inibidor do ponto de verificação imunoló- gico bloqueia a atividade de TIGIT.
32. Combinação de acordo com a reivindicação 31, caracte- rizada pelo fato de que o dito inibidor do ponto de verificação imunoló- gico bloqueia a atividade de TIGIT pela ativação do seu ligante.
33. Combinação de acordo com qualquer uma das reivindi- cações 25 a 32, caracterizada pelo fato de que compreende ainda um inibidor de A2R.
34. Combinação de acordo com qualquer uma das reivindi- cações 25 a 33, caracterizada pelo fato de que compreende ainda um inibidor de CD73.
35. Combinação de acordo com qualquer uma das reivindi- cações 25 a 32, caracterizada pelo fato de que compreende ainda um agente quimioterapêutico.
36. Combinação de acordo com a reivindicação 35, caracte- rizada pelo fato de que o dito agente quimioterapêutico compreende um agente quimioterapêutico à base de platina ou à base de antraciclina.
37. Combinação de acordo com a reivindicação 36, caracte- rizada pelo fato de que o dito agente quimioterapêutico é selecionado a partir do grupo que consiste em cisplatina, carboplatina, oxaliplatina e doxorrubicina.
38. Combinação de acordo com qualquer uma das reivindi- cações 25 a 37, caracterizada pelo fato de que compreende ainda radi- ação.
39. Combinação de acordo com a reivindicação 23, caracte- rizada pelo fato de que o dito pelo menos um agente terapêutico adicio- nal é um agente quimioterapêutico.
40. Combinação de acordo com a reivindicação 39, caracte- rizada pelo fato de que o dito agente quimioterapêutico compreende um agente quimioterapêutico à base de platina ou à base de antraciclina.
41. Combinação de acordo com a reivindicação 40, caracte- rizada pelo fato de que o dito agente quimioterapêutico é selecionado a partir do grupo que consiste em cisplatina, carboplatina, oxaliplatina e doxorrubicina.
42. Combinação, de acordo com a reivindicação 40 ou 41, caracterizada pelo fato de que compreende ainda a radiação.
43. Método de tratamento de câncer em um indivíduo, carac- terizado pelo fato de que o dito método compreende a administração ao dito indivíduo de uma quantidade eficaz de um composto como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11 e pelo menos um agente terapêutico adicional.
44. Método de acordo com a reivindicação 43, caracterizado pelo fato de que o dito pelo menos um agente terapêutico adicional é um agente quimioterapêutico, um agente imunomodulador e/ou um agente modulador de inflamação ou radiação.
45. Método de acordo com a reivindicação 43, caracterizado pelo fato de que o dito pelo menos um agente terapêutico adicional é um inibidor do ponto de verificação imunológico.
46. Método de acordo com a reivindicação 45, caracterizado pelo fato de que o dito inibidor do ponto de verificação imunológico blo- queia a atividade de pelo menos um de PD1, PDL1, BTLA, LAG3, um membro da família B7, TIM3, TIGIT ou CTLA4.
47. Método de acordo com a reivindicação 46, caracterizado pelo fato de que o dito inibidor do ponto de verificação imunológico blo- queia a atividade de PD1 ou PDL1.
48. Método de acordo com a reivindicação 47, caracterizado pelo fato de que o dito inibidor do ponto de verificação imunológico é selecionado do grupo que consiste em nivolumab, pembrolizumab, lam- brolizumab, avelumab, atezolizumab e durvalumab.
49. Método de acordo com a reivindicação 47 ou 48, carac- terizado pelo fato de que compreende ainda um agente terapêutico adi- cional que bloqueia a atividade de TIGIT.
50. Método de acordo com a reivindicação 49, caracterizado pelo fato de que o dito agente terapêutico adicional bloqueia a atividade de TIGIT pela ativação do seu ligante.
51. Método de acordo com a reivindicação 45, caracterizado pelo fato de que o dito inibidor do ponto de verificação imunológico blo- queia a atividade de TIGIT.
52. Método de acordo com a reivindicação 51, caracterizado pelo fato de que o dito inibidor do ponto de verificação imunológico blo- queia a atividade de TIGIT pela ativação do seu ligante.
53. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 45 a 52, caracterizado pelo fato de que compreende ainda um inibidor de A2R.
54. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 45 a 53, caracterizado pelo fato de que compreende ainda um inibidor de CD73.
55. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 45 a 52, caracterizado pelo fato de que compreende ainda um agente quimioterapêutico.
56. Método de acordo com a reivindicação 55, caracterizado pelo fato de que o dito agente quimioterapêutico compreende um agente quimioterapêutico à base de platina ou à base de antraciclina.
57. Método de acordo com a reivindicação 56, caracterizado pelo fato de que o dito agente quimioterapêutico é selecionado a partir do grupo que consiste em cisplatina, carboplatina, oxaliplatina e doxor- rubicina.
58. Método de acordo com a reivindicação 56 ou 57, carac- terizado pelo fato de que compreende ainda a radiação.
59. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 43 a 58, caracterizado pelo fato de que o dito composto e o dito pelo menos um agente terapêutico adicional são administrados em combina- ção.
60. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 43 a 58, caracterizado pelo fato de que o dito composto e o dito pelo menos um agente terapêutico adicional são administrados sequencial- mente.
61. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 43 a 58, caracterizado pelo fato de que os referidos períodos de trata- mento para a administração do dito composto e o dito pelo menos um agente terapêutico adicional se superpõem.
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