BR112020008321A2 - implante dentário em zircônia ou alumina com funções elétricas curativas e respetivo método de obtenção. - Google Patents

implante dentário em zircônia ou alumina com funções elétricas curativas e respetivo método de obtenção. Download PDF

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Abstract

IMPLANTE DENTÁRIO EM ZIRCÔNIA OU ALUMINA COM FUNÇÕES ELÉTRICAS CURATIVAS E RESPETIVO MÉTODO DE OBTENÇÃO. A presente divulgação refere-se a um implante dentário que compreende, no seu interior, canais verticais e radiais que terminam em forma de orifícios na superfície lateral e inferior do implante e em que cada canal é preenchido por material condutor elétrico, de modo a promover múltiplos campos elétricos ao longo da superfície do implante. Os campos elétricos variam entre 5 a 100 mv. Descreve-se um implante dentário definindo um eixo ao longo do seu comprimento, obtido a partir de um bloco sinterizado, que compreende, no seu interior, canais longitudinais e radiais que terminam em forma de orifícios na superfície do implante e em que cada canal compreende um material condutor elétrico para promover múltiplos campos elétricos ao longo da superfície do implante.

Description

IMPLANTE DENTÁRIO EM ZIRCÔNIA OU ALUMINA COM FUNÇÕES ELÉTRICAS
CURATIVAS E RESPETIVO MÉTODO DE OBTENÇÃO Domínio técnico
[001] A presente divulgação insere-se na área da medicina dentária, mais especificamente na área dos implantes dentários. A presente divulgação refere-se a um implante dentário cerâmico com capacidade elétrica para a regeneração óssea e efeito antibacteriano. Antecedentes
[002] Existem várias propostas para implantes dentários que possuem estímulos elétricos cujo objetivo é ajudar a regeneração dos tecidos ósseos adjacentes ao implante. A maioria das propostas, entre as quais se apresentam os seguintes exemplos de patentes US8,374,697, CN103006343 e WO2006043748, propõe um implante em que os eletrodos são montados na parte superior e na parte inferior do implante, respetivamente, sendo ambos montados no corpo principal do implante. O eletrodo que atua na parte inferior do implante passa pelo interior do corpo do implante. O implante descrito nestes documentos permite a criação de um campo elétrico (e magnético) entre estes dois polos.
[003] Outra abordagem, apresentada no documento de patente US2003/0153965, propõe o uso de materiais compósitos de matriz polimérica e/ou cerâmica para, juntamente com reforços eletricamente condutores, por exemplo nano tubos de carbono, serem usados para transmitir corrente elétrica ao longo de dois polos do implante. Por sua vez, o documento de patente US5738521 propõe a colocação dos dois polos elétricos, um deles no implante e outro numa zona do osso, fora do implante, de forma a criar um campo elétrico entre estes dois pontos.
[004] Em todas as soluções apresentadas, existem sempre dois polos, montados em pontos distintos do implante, normalmente em pontos extremos do implante, ou mesmo um dos polos é colocado fora do implante, entre os quais é criado um campo elétrico. Este campo elétrico gerará correntes elétricas entre os dois polos e, desta forma, estimula o crescimento ósseo nas zonas de passagem de corrente, através dos tecidos da mandíbula e/ou maxila. A corrente elétrica fluirá aleatoriamente pelas zonas de menor resistência elétrica dos tecidos ósseos.
[005] Um novo conceito de implante é proposto neste documento e consiste num dispositivo onde são criados múltiplos campos elétricos, alocados em múltiplos pontos da superfície do implante estrategicamente definidos, sendo que o circuito de fios elétricos faz parte integrante do componente, contribuindo também para a sua resistência mecânica. A forma de obtenção do implante também é proposta neste documento.
[006] Estes fatos são descritos de forma a ilustrar o problema técnico visado pela presente divulgação. Descrição Geral
[007] A presente divulgação diz respeito a um implante dentário cerâmico à base de zircônia ou alumina, ou suas misturas, que compreende internamente um circuito elétrico que permite que cheguem campos elétricos a múltiplos pontos da superfície do implante, permitindo que este circuito elétrico faça parte integrante do corpo do implante.
[008] Conforme referido, o implante é composto por um cerâmico ou compósito cerâmico, biocompatível, com função estética, que poderá compreender compostos bioativos e/ou antibacterianos. Este implante caracteriza-se por compreender, no seu interior, um circuito elétrico que se destina a fazer chegar campos elétricos a múltiplos pontos da superfície do implante, através de fios elétricos polarizados positivamente e negativamente, que chegam a múltiplos pontos da superfície do implante. Para o efeito, o implante compreende, no seu interior, canais de distribuição vertical ao longo da direção principal do implante, e radial em várias alturas do implante, que permitirão que existam, na superfície do implante, múltiplos campos elétricos. Com as correntes elétricas transmitidas pelo implante ao osso, permitirá a sua regeneração de um modo mais rápido, bem como terá um efeito antibacteriano, ajudando a eliminar biofilmes de bactérias. Este circuito é alimentado por uma pequena bateria que fica alojada no topo do implante, ou no interior do pilar ou da coroa, juntamente com um chip que coordena os estímulos elétricos, nomeadamente intensidade de campo elétrico, frequência de aplicação e duração de aplicação, e/ou alternativamente por um componente piezoelétrico, que é acionado pela força de mastigação. O componente piezoelétrico consistirá num material biocompatível, por exemplo Titanato de Bário BaTiO3, ou compostos 'niobate perovskite', ((K, Na)NDO3), apelidados de KNN, e que gera um campo elétrico quando sujeito a uma deformação, devido a uma carga como a de mastigação.
[009] O cerâmico deverá ser à base de zircônia ou alumina, ou suas misturas, contendo eventualmente hidroxiapatita, BTCP, biovidros, entre outros materiais que estabilizem o cerâmico ou zircônia, e/ou bioativos e/ou antibacterianos.
[010] O material do circuito elétrico é constituído por prata, ou ouro, ou platina, ou outro metal biocompatível, ou outro material biocompatível e eletricamente condutor.
[011] O circuito elétrico caracteriza-se por fazer parte integrante do implante, não sendo uma montagem de fios ou eletrodos. O circuito elétrico é o responsável pela emissão dos campos elétricos para os diversos pontos do implante, mas contribui também para a resistência mecânica do mesmo.
[012] O processo para obtenção do implante baseia-se na seguinte abordagem. Compactação e pré-sinterização de um bloco a partir de pós de zircônia e/ou alumina, podendo estas conter elementos estabilizadores da zircônia tais como ítria, céria, magnésio, entre outros, e podendo ainda conter elementos bioativos, tais como hidroxiapatita, BTCP, biovidros, ou outros materiais bioativos. Alternativamente, podem usar-se blocos comerciais já compactados e pré-sinterizados; seguido de usinagem do bloco pré-sinterizado por via mecânica com ferramentas de corte, ou por ablação a laser, para a criação dos canais internos, distribuidores dos campos elétricos até à superfície do implante (lateral e inferior); seguido de sinterização final do componente; seguido de preenchimento dos canais do bloco de zircônia por um material condutor elétrico e biocompatível, tal como prata, ouro, platina, ou um polímero, tais como Polyether ether ketone (PEEK), Poly(methyl methacrylate) (PMMA), ou outro polímero biocompatível, carregado de micro ou nano partículas metálicas, ou de outro reforço que torne o polímero condutor elétrico, utilizando um processo de fundição sob pressão; seguido de montagem da unidade de comando, da pilha e/ou do componente piezoelétrico, no topo do implante, no pilar, ou no interior da coroa.
[013] A proposta agora apresentada apresenta várias inovações e vantagens, nomeadamente:
[014] A primeira grande vantagem do implante proposto neste documento é a existência de múltiplos campos elétricos criados na superfície do implante, em virtude da existência de múltiplos eletrodos negativos e positivos. Desta forma, em vez de um único campo elétrico, são criados múltiplos campos elétricos dispersos na superfície do implante, tornando assim muito mais eficiente o estímulo para a regeneração óssea e efeito antibacteriano. Em vez de um único campo elétrico criado em torno do implante, que originará um fluxo de corrente através dos tecidos, de forma aleatória, podendo por isso ser eficaz onde passa a corrente, mas pouco eficaz onde a corrente não passa, a presente proposta apresenta uma solução para que se criem fluxos de corrente ao longo de toda a superfície do implante, tornando o processo de regeneração óssea e efeito antibacteriano, através de estímulos elétricos e/ou magnéticos, muito mais eficaz, garantindo o seu efeito em toda a superfície do implante.
[015] A segunda grande vantagem do implante proposto é que o circuito de fios internos do implante faz parte integrante do corpo do implante, contribuindo desta forma para a sua resistência mecânica. Na presente proposta, e contrariamente às soluções já existentes, onde os polos elétricos são montados no implante, constituindo assim componentes adicionais do implante, nesta proposta, o circuito elétrico está integrado no implante, formando um material compósito.
[016] A terceira grande vantagem do implante proposto é que este pode funcionar acionado por uma pilha ou pelas forças de mastigação. Numa fase inicial, onde, de forma intencional, poderão não existir cargas de mastigação, os estímulos elétricos serão promovidos por uma unidade de controle, que controlará a frequência, tempos e potências dos campos elétricos, e por uma pilha, que fornecerá a energia elétrica. Numa segunda fase, onde já existem forças de mastigação, esta unidade de controle e pilha serão substituídas por um dispositivo piezoelétrico que criará os campos elétricos quando acionado pelas forças de mastigação. Esta vantagem permite que, ao contrário das patentes existentes, esta solução atue durante o período de estabilização secundária, ou seja, nos primeiros meses após colocação do implante, com recurso à pilha, assim como durante toda a vida do implante, com recurso ao elemento piezoelétrico. Esta solução permite mimetizar o efeito piezoelétrico do colágeno contido no osso, tornando esta solução de implante mais próxima do funcionamento natural do próprio osso.
[017] Descreve-se um implante dentário definindo um eixo ao longo do seu comprimento, obtido a partir de um bloco sinterizado, que compreende, no seu interior, canais longitudinais e radiais que terminam em forma de orifícios na superfície do implante e em que cada canal compreende um material condutor elétrico para criar múltiplos campos elétricos ao longo da superfície do implante. Ao longo do implante refere-se ao longo do referido eixo longitudinal do implante.
[018] Numa realização, os canais radiais terminam em forma de orifícios numa superfície lateral do implante e os canais longitudinais terminam em forma de orifícios numa superfície de topo do referido implante.
[019] Numa realização, os canais radiais terminam em forma de orifícios numa superfície lateral, estando o respetivo material condutor elétrico ligado de forma a alternar polos elétricos ao longo da superfície do implante.
[020] Numa realização, os canais longitudinais e radiais terminam em forma de orifícios na superfície lateral inferior do implante.
[021] Uma realização compreende um componente eletrônico localizado no pilar ou coroa, que compreende uma bateria com um circuito integrado, dito chip, ou um componente piezoelétrico.
[022] Numa realização, o componente eletrônico está configurado para que os referidos campos elétricos variem entre 5 a 100 mv.
[023] Numa realização, o material condutor elétrico é metal, ou polímero carregado com partículas, ou fibras, que tornem o polímero condutor elétrico.
[024] Numa realização, o metal é selecionado entre prata, ouro, platina, ou outro metal ou liga metálica biocompatível e eletricamente condutor.
[025] Numa realização, o polímero é selecionado de entre PEEK ou PMMA, ou outro polímero biocompatível.
[026] Numa realização, o polímero compreende ainda partículas de prata, ou nanotubos de carbono, ou outro material biocompatível que torne o polímero eletricamente condutor.
[027] Numa realização, o bloco sinterizado do implante é de material cerâmico, ou compósito cerâmico.
[028] Numa realização, o referido bloco sinterizado do implante é de zircônia, alumina, ou uma mistura destes.
[029] Numa realização, o referido implante compreende entre 1 a 20% de ítria e/ou céria e/ou magnésio.
[030] Uma realização compreende hidroxiapatita e/ou BTCP e/ou biovidros.
[031] Descreve-se ainda um processo de obtenção do implante dentário de qualquer uma das realizações descritas que compreende os seguintes passos: misturar os materiais cerâmicos constituintes do implante e prensá-los a uma pressão entre 10 a 200 MPa até se obter um bloco compacto; pré-sinterizar o bloco obtido; usinar os blocos por fresagem ou por ablação a laser, de modo a obter os implantes com os canais longitudinais e radiais e os respetivos orifícios; sinterizar os blocos a uma temperatura entre os 1200 a 1600ºC por um período de 1 a horas.
[032] Numa realização, a fundição por cera perdida compreende os seguintes passos: colocar os implantes no sistema de alimentação, em forma de árvore, composto por cera; adicionar cera nos orifícios do implante; imergir o sistema de alimentação, que contém os implantes, em gesso até se obter uma moldagem em gesso; aquecer a moldagem a uma temperatura de 400ºC para extração da cera; colocar a moldagem num forno a 800ºC por um período de 2 horas;
retirar a moldagem e vazar o metal na moldagem em gesso e pelos orifícios do implante.
[033] Numa realização, o preenchimento dos canais interiores por um polímero eletricamente condutor compreende os seguintes passos: o implante com os orifícios é colocado dentro de um molde de material grafite ou semelhante, em que o molde é compreendido por um corpo principal, por uma parte inferior e por uma parte superior, juntamente com o implante; o polímero é colocado dentro do molde e estes são aquecidos até o compósito polimérico atingir o estado líquido, pastoso ou semissólido, e impregnar os orifícios.
[034] Numa realização, a impregnação dos orifícios é feita por pressão aplicada, sob vácuo, o que origina o escoamento do compósito polimérico para dentro dos orifícios dos implantes, para os preencher. Breve descrição das figuras
[035] Para uma mais fácil compreensão, juntam-se em anexo as figuras, as quais representam realizações preferenciais que não pretendem limitar o objeto da presente descrição: Figura 1: representação esquemática de exemplo de um implante cerâmico constituído pelo corpo principal (1) (a), antes da usinagem dos canais internos, que darão origem ao circuito elétrico interno, e após usinagem dos canais internos (b), que darão origem ao circuito elétrico interno, e local para alojamento da bateria e componentes eletrônicos ou elemento piezoelétrico, no topo do implante; evidenciam- se ainda cortes com vistas de topo (c) do sistema de fios elétricos evidenciando o circuito com uma polaridade, por exemplo a negativa (2) e com a outra polaridade, por exemplo a positiva (3); Figura 2: representação esquemática de exemplo de uma moldagem em gesso (4), contendo os implantes (1), e sobre os quais será vazado metal no estado líquido (6), que fluirá pelo canal de alimentação (5), e que preencherá o circuito elétrico interno ((2) e (3) na Fig. 1) dos implantes (1); Figura 3: representação esquemática de exemplo de uma moldagem, por exemplo em grafite, constituída por um corpo principal (8), e por exemplo uma parte inferior (10) e uma parte superior (9), onde é colocado o implante (1) com os canais que constituirão o circuito elétrico e o local para o componente eletrônico e pilha, ou componente piezoelétrico, já feitos, e onde também é colocado o pó ou grânulos do material polimérico, que é condutor elétrico (7). É aplicada pressão (11) e temperatura (12), preferencialmente em vácuo, para preenchimento dos canais que constituirão o circuito elétrico, pelo compósito polimérico; Figura 4: representação esquemática de exemplo de um implante cerâmico constituído pelo corpo principal, após usinagem e preenchimento (14) dos canais internos, constituintes do circuito elétrico interno, e exemplo dos campos elétricos criados (15), e bateria e componentes eletrônicos ou elemento piezoelétrico (13), e sobre o qual se montará a coroa (16).
Descrição detalhada
[036] A presente divulgação consiste num implante dentário, que é constituído por um cerâmico ou compósito cerâmico (1) (Figura 1), biocompatível, com função estética, e eventualmente bioativo, que contêm, no seu interior, um circuito elétrico (2) (3) que se destina a fazer chegar campos elétricos a múltiplos pontos da superfície do implante (15) . Este circuito é alimentado por uma pequena bateria que fica alojada no topo do implante, num eventual pilar, ou na coroa, juntamente com um chip que coordena os estímulos elétricos (13), e/ou alternativamente por um componente piezoelétrico (13), que é acionado pela força de mastigação.
[037] A presente divulgação consiste num implante dentário que é constituído por um cerâmico ou compósito cerâmico (1) (Figura 1), biocompatível, com função estética, e eventualmente bioativo, que contêm, no seu interior, um circuito elétrico (2) (3) que se destina a fazer chegar campos elétricos a múltiplos pontos da superfície do implante (15). Este circuito é alimentado por uma pequena bateria que fica alojada no topo do implante, num eventual pilar, ou na coroa, juntamente com um chip que coordena os estímulos elétricos (13), e/ou alternativamente por um componente piezoelétrico (13), que é acionado pela força de mastigação.
[038] Num modo preferencial, o material do implante consiste num cerâmico à base de zircônia, contendo eventualmente percentagens de alumina, ou de alumina contendo eventualmente zircônia. Para além destes, pode conter pequenas percentagens, por exemplo entre 1% (v/v) a 20% (v/v), de ítria, céria, magnésia, entre outros materiais estabilizadores da zircônia, ou ainda hidroxiapatita, BTCP, biovidros, entre outros materiais bioativos e/ou antibacterianos.
[039] Estes materiais, após misturados, são prensados com pressões entre 10 a 200MPa, preferencialmente entre 50 e 100 MPa. Os blocos poderão ser depois pré- sinterizados a temperaturas entre 800ºC e 1200ºC, por períodos entre 0,5 e 5 horas. Alternativamente, podem ser utilizados blocos pré-sinterizados vendidos comercialmente.
[040] Os blocos prensados e/ou pré-sinterizados são então sujeitos a usinagem por via mecânica, com ferramentas de corte, em equipamentos controlados numericamente, para a criação de uma zona de alojamento dos componentes eletrônicos e piezoelétricos e dos canais internos (2) (3), que consistirão no circuito elétrico. Estes canais terão uma distribuição vertical, ao longo da direção principal do implante, e radial, em várias alturas do implante. Alternativamente, pode ser utilizado o método de ablação a laser para usinagem dos orifícios que consistirão nos canais internos. Os polos elétricos, positivo e negativo, ficam aos pares (+ -) ao longo da superfície do implante, de forma a criarem múltiplos micro campos elétricos (15).
[041] Os blocos usinados serão seguidos de sinterização final do componente, que ocorrerá a temperaturas entre os 1200ºC e os 1600ºC, por períodos entre 1h a 5h, entre períodos de aquecimento e arrefecimento, que podem durar entre 2 a 4 horas cada, com rampas de aquecimento de cerca de 5º C/minuto.
[042] Após sinterização final, os implantes serão sujeitos ao preenchimento dos seus canais internos, por um material eletricamente condutor. No caso do material condutor ser metálico, por exemplo, prata, ouro, ou platina, entre outros que sejam biocompatíveis, estes serão impregnados no implante cerâmico recorrendo ao método de fundição por cera perdida. De forma resumida, os implantes serão montados num sistema de alimentação (5), por exemplo, em forma de árvore, em cera, sendo os orifícios preenchidos com cera. Em seguida a árvore de cera, que contém os implantes, é imersa em gesso, dentro de um recipiente, dando origem a uma moldagem em gesso
(4). Em seguida, esta moldagem é sujeita a temperatura, até cerca de 400ºC, por cerca de 30 minutos, para extração da cera. Em seguida, a moldagem em gesso é sujeita a um ciclo de cozimento do gesso, em que atinge cerca de 800ºC por um período de cerca de 2 horas. Finalmente, a moldagem em gesso é retirada do forno e o metal líquido (6) que constituirá o circuito elétrico é vazado para o interior da moldagem (5), que contém os implantes, preenchendo as cavidades da moldagem e os orifícios internos dos implantes (2) e (3).
[043] No caso do material condutor ser de matriz polimérica, por exemplo Polyether ether ketone (PEEK), ou Poly(methyl methacrylato) (PMMA), ou outro polímero biocompatível, carregado de um material que o torne condutor elétrico, por exemplo, partículas em prata, nano tubos de carbono, entre outros, este compósito de matriz polimérica (7) é colocado dentro de um molde, por exemplo em grafite, por exemplo, constituído por um corpo principal (8), por uma parte inferior (10) e por uma parte superior (9), juntamente com o implante (1) já contendo os orifícios (2) e (3), e estes são aquecidos (12) até o compósito polimérico atingir o estado líquido, pastoso ou semissólido e impregnar os orifícios. Esta impregnação é feita devido à pressão aplicada (11), sob vácuo, o que origina o escoamento do compósito polimérico para dentro dos orifícios dos implantes, preenchendo-os completamente.
[044] Os implantes ficarão agora com uma geometria próxima da final, com os canais elétricos completamente preenchidos (14). Poderão eventualmente ser sujeitos a usinagem para definição final da geometria ou da rosca. Poderão ainda ser sujeitos a um polimento, ou tratamento de superfície por jateamento de partículas, ataque ácido, laser, entre outros, destinados a criar uma textura superficial adequada a uma boa ligação aos tecidos ósseos.
[045] No topo do implante, ou no pilar, caso o implante o possua, poderá então ser montada a central de processamento de sinal e a pilha (13), ou alternativamente o componente piezoelétrico (13), que darão origem aos campos elétricos, distribuídos ao longo da superfície do implante (15). Os campos elétricos na superfície do implante poderão ser da ordem dos 5 a 100 mv. A coroa (16) será cimentada ou aparafusada sobre o corpo do implante. No caso do sistema eletrônico ser constituído por um controlador e uma bateria, estes (13) deverão operar enquanto não existem forças de mastigação, e podem depois ser removidos e os campos elétricos passarem a ser promovidos por um componente piezoelétrico, que atuará com as forças de mastigação, ao longo de toda a vida do implante. O componente piezoelétrico consistirá num material biocompatível, por exemplo Titanato de Bário BaTiO3, ou compostos niobate perovskite, ((K, Na)NLDO3), apelidados de KNN, e que geram um campo elétrico quando sujeitos a uma deformação, devido a uma carga como a de mastigação. Rets. Bibliográficas:
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[2] CN 103006343 B - Dental implant micro-electrical stimulation healing device
[3] WO 2006043748 A1 - Apparatus for accelerating osseointergration
[4] US 2003/0153965 A1 - Electrically conducting nanocomposite materials for biomedical applications.
[5] US 5738521 A - Method for accelerating osseointegration of metal bone implants using electrical stimulation.
[046] Numa realização da presente divulgação, o implante dentário pode compreender, no seu interior, canais verticais (ou seja, canais longitudinais ao longo do implante dentário definindo um eixo ao longo do seu comprimento) e radiais que terminam em forma de orifícios na superfície lateral e inferior do implante e em que cada canal compreende um material condutor elétrico, de modo a promover múltiplos campos elétricos ao longo da superfície do implante.
[047] Numa realização, o implante pode compreender um componente eletrônico localizado no pilar ou coroa que consiste numa bateria com um chip ou num componente piezoelétrico.
[048] Numa realização, os campos elétricos variarem entre 5 a 100 mv.
[049] Numa realização, o material condutor elétrico pode ser metal ou polímero carregado com partículas ou fibras que torne o polímero condutor elétrico.
[050] Numa realização, o metal ser selecionado entre prata, ouro, platina, ou outro metal biocompatível e eletricamente condutor.
[051] Numa realização, o polímero pode ser selecionado de entre PEEK, PMMA, ou outro polímero biocompatível.
[052] Numa realização, o polímero pode compreender ainda partículas de prata, nanotubos de carbono, ou outro material biocompatível que torne o polímero eletricamente condutor.
[053] Numa realização, o implante pode ser de material cerâmico, ou compósito cerâmico.
[054] Numa realização, o implante pode ser de zircônia, alumina, ou uma mistura destes.
[055] Numa realização, o implante pode compreender ainda entre 1 a 20% de ítria e/ou céria e/ou magnésia.
[056] Numa realização, o implante pode compreender ainda hidroxiapatita e/ou TCP e/ou biovidros.
[057] Numa realização, o processo de obtenção do implante pode compreender os seguintes passos: a. misturar os materiais cerâmicos constituintes dos implantes e prensá-los a uma pressão entre 10 a 200 MPa até se obter um bloco compacto; b. pré-sinterizar o bloco obtido; c. usinar os blocos por frezagem, de modo a obter os implantes com os canais verticais e radiais e os respetivos orifícios; d. sinterizar os blocos a uma temperatura entre os 1200 a 1600ºC por um período de 1a5 horas.
[058] Numa realização, o processo pode compreender canais que podem ser produzidos alternativamente por ablação a laser.
[059] Numa realização, o processo de fundição por cera perdida pode compreender os seguintes passos: a. colocar os implantes no sistema de alimentação, em forma de árvore, composto por cera; b. adicionar cera nos orifícios do implante;
c. imergir o sistema de alimentação, que contém os implantes, em gesso até se obter uma moldagem em gesso; d. aquecer a moldagem a uma temperatura de 400ºC para extração da cera; e. colocar a moldagem num forno a 800ºC por um período de 2 horas; f. retirar a moldagem e vazar o metal na moldagem em gesso e pelos orifícios do implante.
[060] Numa realização, o processo do preenchimento dos canais interiores por um polímero eletricamente condutor pode compreender os seguintes passos: a. o implante com os orifícios é colocado dentro de um molde de material grafite ou semelhante, em que o molde é constituído por um corpo principal, por uma parte inferior, e por uma parte superior, juntamente com o implante; b. o polímero é colocado dentro do molde e aquecido até o compósito polimérico atingir o estado líquido, pastoso ou semissólido, e impregnar os orifícios.
[061] Numa realização, o processo de impregnação dos orifícios pode ser feito por pressão aplicada, sob vácuo, o que origina o escoamento do compósito polimérico para dentro dos orifícios dos implantes, preenchendo-os completamente.
[062] A presente divulgação não é, naturalmente, de modo algum restrita às realizações descritas neste documento e uma pessoa com conhecimentos médios da área poderá prever muitas possibilidades de modificação da mesma e de substituições de características técnicas por outras equivalentes, dependendo dos requisitos de cada situação, tal como definido nas reivindicações anexas.
[063] As seguintes reivindicações definem adicionalmente realizações preferenciais.

Claims (18)

REIVINDICAÇÕES
1. Implante dentário definindo um eixo ao longo do seu comprimento, obtido a partir de um bloco sinterizado, caracterizado por compreender, no seu interior, canais longitudinais e radiais que terminam em forma de orifícios na superfície do implante; e em que cada canal compreende um material condutor elétrico para criar múltiplos campos elétricos ao longo da superfície do implante.
2. Implante dentário, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado pelos canais radiais terminarem em forma de orifícios numa superfície lateral do implante e os canais longitudinais terminarem em forma de orifícios numa superfície de um topo do referido implante.
3. Implante dentário, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelos canais radiais terminarem em forma de orifícios numa superfície lateral, estando o respetivo material condutor elétrico ligado de forma a alternar polos elétricos ao longo da superfície do implante.
4. Implante dentário, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelos canais longitudinais e radiais terminarem em forma de orifícios na superfície lateral e inferior do implante.
5. Implante dentário, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender um componente eletrônico localizado no pilar ou coroa, compreender uma bateria com um circuito integrado, dito chip, ou um componente piezoelétrico.
6. Implante dentário, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado pelo componente eletrônico estar configurado para que os referidos campos elétricos variem entre 5 a 100 mv.
7. Implante dentário, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo material condutor elétrico ser metal ou polímero carregado com partículas ou fibras que tornem o polímero condutor elétrico.
8. Implante dentário, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado pelo metal ser selecionado entre prata, ouro, platina, ou outro metal ou liga metálica biocompatível e eletricamente condutor.
9. Implante dentário, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo polímero ser selecionado de entre PEEK ou PMMA ou outro polímero biocompatível.
10. Implante dentário, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado pelo polímero compreender ainda partículas de prata ou nanotubos de carbono, ou outro material biocompatível que torne o polímero eletricamente condutor.
11. Implante dentário, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelo bloco sinterizado do implante ser de material cerâmico ou compósito cerâmico.
12. Implante dentário, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado pelo referido bloco sinterizado do implante ser de zircônia ou alumina ou mistura destes.
13. Implante dentário, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado pelo referido implante compreender entre 1 a 20% de ítria e/ou céria e/ou magnésio.
14. Implante dentário, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender hidroxiapatita e/ou BTCP e/ou biovidros.
15. Processo de obtenção do implante dentário de qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado por compreender os seguintes passos: misturar os materiais cerâmicos constituintes do implante e prensá-los a uma pressão entre 10 a 200 MPa até se obter um bloco compacto; pré-sinterizar o bloco obtido; usinar os blocos por fresagem ou por ablação a laser, de modo a obter os implantes com os canais longitudinais e radiais e os respetivos orifícios; sinterizar os blocos a uma temperatura entre os 1200 a 1600ºC por um período de 1 a horas.
16. Processo, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado pela fundição por cera perdida compreender os seguintes passos: colocar os implantes no sistema de alimentação, em forma de árvore, composto por cera; adicionar cera nos orifícios do implante; imergir o sistema de alimentação, que contém os implantes, em gesso até se obter uma moldagem em gesso;
aquecer a moldagem a uma temperatura de 400ºC para extração da cera; colocar a moldagem num forno a 800ºC por um período de 2 horas; retirar a moldagem e vazar o metal na moldagem em gesso e pelos orifícios do implante.
17. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15-16, caracterizado pelo preenchimento dos canais interiores por um polímero eletricamente condutor compreender os seguintes passos: o implante com os orifícios é colocado dentro de um molde de material grafite ou semelhante, em que o molde é compreendido por um corpo principal, por uma parte inferior, e por uma parte superior, juntamente com o implante; o polímero é colocado dentro do molde e estes são aquecidos até o compósito polimérico atingir o estado líquido, pastoso ou semissólido, e impregnar os orifícios.
18. Processo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15-17, caracterizado pela impregnação dos orifícios ser feita por pressão aplicada, sob vácuo, o que origina o escoamento do compósito polimérico para dentro dos orifícios dos implantes, para os preencher.
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