BR112020006552A2

BR112020006552A2 - dispositivo de preensão para obuses

Info

Publication number: BR112020006552A2
Application number: BR112020006552-8A
Authority: BR
Inventors: Jean Luc Hasler
Original assignee: Nexter Systems
Priority date: 2017-10-12
Filing date: 2018-09-28
Publication date: 2020-10-13
Also published as: PL3694802T3; ZA202001500B; FR3072372B1; FR3072372A1; WO2019072600A1; DK3694802T3; IL273870A; ES2905630T3; US11312597B2; SG11202003289QA; KR20200066699A; KR102503104B1; EP3694802A1; EP3694802B1; US20210198085A1

Abstract

DISPOSITIVO DE PREENSÃO PARA OBUSES, que compreende um par de garras (10) destinadas a agarrar um obus (100), sendo que cada garra (10) pode girar para uma posição fechada, por meio da pressão da extremidade superior de cada garra (10) aplicada sobre o obus (100). Um meio de travamento (30) conecta as extremidades superiores (10b) das garras (10) e compreende duas hastes de conexão (14) e um segmento central (13) que conecta essas hastes de conexão (14). As hastes de conexão são articuladas em relação às garras (10) por uma primeira articulação (16) e por uma segunda articulação (61) no segmento central (13). Uma mola (15) conecta cada primeira articulação (16) a um ponto central (13b) do segmento. Um batente móvel (17) localizado acima do meio de travamento (30) é adaptado para empurrar o meio de travamento (30) para baixo até que o meio de travamento (30) fique abaixo de uma posição de equilíbrio instável.

Description

“DISPOSITIVO DE PREENSÃO PARA OBUSES” Campo Técnico

[001] O campo técnico da presente invenção é o de dispositivos de preensão para obuses e, em particular, para obuses de grande calibre.

Fundamentos da Invenção

[002] Para manipular obuses de grande calibre (diâmetro maior que 80 milímetros) de maneira simples e rápida, a Patente Francesa nº FR3041622 descreve o uso de uma pinça para obuses contendo um par de garras destinadas a agarrar um obus, sendo que cada garra gira entre uma posição aberta e uma posição fechada, em torno de um eixo de rotação paralelo ao eixo longitudinal do obus, sendo que o eixo de rotação de cada garra fica localizado entre uma extremidade inferior e uma extremidade superior da garra, e a referida extremidade superior de cada garra permite o fechamento da garra pela pressão dessa extremidade superior sobre um obus a ser agarrado.

[003] De acordo com esta patente, a extremidade superior de cada garra possui um entalhe destinado a interferir em uma lingueta de um came, para que as garras fiquem mantidas na posição fechada.

[004] A posição fechada das garras está, portanto, diretamente ligada às geometrias relativas do came e da garra.

[005] O came é integrado a um palete rotativo, cuja rotação, que é causada pela pressão sobre uma área próxima de uma maca, possibilita girar o came e, assim, liberar a lingueta da trajetória rotativa do entalhe da garra, que tem o efeito de liberar a abertura da garra.

[006] De acordo com esta patente, a preensão de um obus, por um lado, é feita em sua base, e, por outro, na sua ogiva. As geometrias das garras e de seu came são, portanto, definidas em função das dimensões dessas partes do obus.

[007] Se alguém deseja manusear obuses de tipos diferentes e, portanto, de comprimentos diferentes, as geometrias das garras não são adaptadas e, portanto, a preensão poderá causar acidentes.

Sumário da Invenção

[008] A presente invenção apresenta um dispositivo único para o manuseio de obuses de comprimentos variáveis e garante uma aderência mais segura ao obus transportado.

[009] A presente invenção refere-se a um dispositivo de preensão para obus, o qual compreende pelo menos um par de garras destinadas a agarrar um obus, sendo que cada garra gira entre uma posição aberta e uma posição fechada, em torno de um eixo de rotação paralelo ao eixo longitudinal do obus; o eixo de rotação de cada garra é integrado a uma estrutura e localiza-se entre uma extremidade inferior e uma extremidade superior da garra; a pressão da extremidade superior de cada garra aplicada sobre o obus provoca o fechamento das garras; o dispositivo de preensão é caracterizado pelo fato de compreender um meio de travamento, que conecta as extremidades superiores das garras e compreende duas hastes de conexão e um segmento central que conecta as referidas hastes de conexão, sendo que as referidas hastes de conexão são articuladas em relação às garras por uma primeira articulação e são articuladas por uma segunda articulação no segmento central; um meio de retorno elástico conecta cada primeira articulação no chamado ponto central, o qual é disposto no meio do segmento central; o dispositivo de preensão compreende pelo menos um batente móvel integrado com uma alavanca de acionamento, sendo que o referido batente fica localizado acima do meio de travamento e é capaz de empurrar o meio de travamento para baixo, até que o meio de travamento fique abaixo de uma posição de equilíbrio instável.

[010] Vantajosamente, o dispositivo compreende pelo menos dois pares de garras coaxiais.

[011] Vantajosamente, o dispositivo compreende dois batentes, sendo que cada batente compreende uma alavanca e cada batente destina-se a pressionar uma das hastes de conexão do meio de travamento.

[012] Vantajosamente, a estrutura inclui um suporte deslizante destinado a interferir na parte superior do obus, a fim de encaixar o obus no dispositivo.

[013] Vantajosamente, o dispositivo compreende pelo menos uma cunha na sua parte traseira, a qual se destina a pressionar uma face traseira da base do obus, a fim de posicionar o obus, longitudinalmente, em relação ao dispositivo.

[014] Vantajosamente, cada alavanca pode estar integrada a dois batentes, sendo que cada batente atua sobre uma haste de conexão associada a um par diferente de garras.

[015] A presente invenção será mais bem compreendida mediante a leitura da descrição abaixo, a qual é feita à luz dos desenhos anexos.

Breve Descrição das Figuras

[016] A Figura 1 representa uma vista em perspectiva de três quartos de um dispositivo, de acordo com a presente invenção, contendo um obus.

[017] A Figura 2 representa uma vista em corte parcial transversal, de acordo com o plano de corte paralelo deslocado A-A representado na Figura 1.

[018] As Figuras 3a, 3b e 3c representam vistas esquemáticas de um dispositivo, de acordo com a presente invenção, durante três etapas sucessivas de preensão de um obus.

[019] As Figuras 4a, 4b e 4c representam vistas esquemáticas de um dispositivo, de acordo com a presente invenção, durante três etapas sucessivas de liberação de um obus.

[020] As Figuras 5a, 5b e 5c representam vistas esquemáticas detalhadas de um meio de travamento montado em um dispositivo, de acordo com a presente invenção, durante o fechamento das garras do dispositivo.

Descrição Detalhada da Invenção

[021] De acordo com a Figura 1, um dispositivo de preensão de obus (1) destinado a ser enganchado na extremidade de um braço manipulador (braço não mostrado) compreende uma estrutura (2) que compreende dois pares de garras (10). Cada par de garras (10) destina-se a agarrar um obus (100) em uma porção cilíndrica do seu corpo. Cada garra (10) é montada de forma rotativa entre uma posição aberta e uma posição fechada, graças a um eixo (11) de rotação situado entre uma extremidade inferior (10a) e uma extremidade superior da garra (10).

[022] Como mostra a Figura 2, as extremidades superiores (10b) das garras (10) estão conectadas em pares por um meio de travamento (30).

[023] Este meio de travamento (30), detalhado nas Figuras 5a, 5b, 5c, compreende um segmento central (13), sendo que cada uma de suas extremidades carrega uma haste de conexão (14), que está conectada a uma extremidade superior (10b) de uma garra (10).

[024] As hastes de conexão (14) são articuladas em relação às garras (10) na altura das primeiras articulações (16) e em relação ao segmento central (13), na altura das segundas articulações (61).

[025] Deve-se observar que a Figura 2 é uma vista em corte ao longo de dois planos paralelos. Então:

[026] - a parte esquerda da Figura 2 mostra o dispositivo cortado na altura do eixo (11) da garra localizada na parte traseira do obus e atrás dessa garra (10), o que permite visualizar uma haste de conexão (14);

[027] - a parte direita da Figura 2 mostra o dispositivo cortado atrás da parte da estrutura (2) que sustenta o eixo (11) da garra (10) localizada na frente do obus, o que torna possível visualizar uma mola de tensão (15) e seu ponto de fixação central (13b).

[028] O meio de retorno elástico (15), neste caso, as molas de tensão (15), conecta as primeiras articulações (16) a um ponto chamado ponto central (13b) do segmento central (13). Este ponto central (13b) está situado longitudinalmente no meio do segmento central (13), abaixo de uma linha horizontal L, que passa através de cada uma das articulações (16 e 61), quando as hastes de conexão (14) estão alinhadas de acordo com a Figura Sc.

[029] Portanto, de acordo com as Figuras 3a, 3b e 3c, para agarrar um obus (100), o dispositivo (1) é abaixado sobre o obus (100) com as garras (10) na posição aberta. A extremidade superior (10b) de cada garra (10) é posicionada sobre o obus (100).

[030] Nesta posição, o meio de travamento (30) está na configuração mostrada na Figura 5a. As molas (15) exercem uma força que tende a aproximar as primeiras articulações (16) do ponto central (13b) e, portanto, mover a segunda articulação (61) para baixo, que faz as garras (10) abrirem, mantendo-as nessa posição aberta.

[031] De acordo com a Figura 3b, o suporte e a descida do dispositivo (1) sobre o obus (100) fazem com que as garras (10) girem em torno de seus eixos (11), para a posição fechada, e envolvam o obus (100). Durante esta fase, as extremidades superiores (10b) das garras (10) se desviam umas das outras.

[032] O dispositivo de travamento (30) passa por uma posição de equilíbrio instável ilustrada na Figura 5b, na qual a primeira (16) e a segunda (61) articulação de cada haste de conexão (14) se alinhham com o ponto central (13b). Cada linha reta que conecta uma primeira articulação (16)

e uma segunda articulação (61) é paralela à força de tração da mola (15), considerando que constitui uma posição instável para o meio de travamento (30). Nesta posição, a força de tração fornecida por cada mola está no seu máximo.

[033] Continuando o movimento de fechamento das garras (10), as hastes de conexão (14) girarão gradualmente até se alinharem (Figura 5c). Conforme mencionado anteriormente, deve-se observar que, uma vez que as hastes de conexão (14) estão alinhadas, o ponto central (13b) do segmento central (13) fica localizado abaixo de uma linha horizontal L que passa através de cada uma das articulações (16 e 61), possibilitando, assim, forçar a passagem da posição de equilíbrio instável pelas segundas articulações (61). As garras (10) ficam, então, na sua posição mais fechada. Uma vez passada a posição de equilíbrio instável da Figura 5b, as molas (15) têm o efeito de aproximar as hastes de conexão (14) da posição da Figura 5c, que corresponde ao fechamento máximo das garras (10).

[034] Para interromper o movimento das hastes de conexão (14), um batente (17) colocado acima do meio de travamento (30) (também visível na Figura 2) bloqueia a subida das segundas articulações (61), interferindo nas hastes de conexão (14) ou no segmento central (13).

[035] O obus (100) é então bloqueado pelas garras (10), conforme pode ser observado na Figura 3c.

[036] Para liberar o obus (100), o dispositivo (1) é trazido sobre uma maca (200), de acordo com a Figura 4a. A maca é semelhante àquela descrita pela Patente Francesa No. FR3041622 e possui, em ambos os lados, elementos de suporte (19) denominados amortecedores (19), que se destinam a interferir nas alavancas (18) do dispositivo (1), girando em relação à estrutura (2), em torno de dos eixos (20), e integrados aos batentes (17) - (vide também Figuras 1 e 2).

[037] Ao abaixar o dispositivo (1) que carrega o obus

7I8 (100), conforme mostrado na Figura 4b, a interferência dos amortecedores (19) fará com que as alavancas (18) girem, o que empurrará os batentes (17) contra as hastes de conexão (14) até que as segundas articulações (61) fiquem abaixo da posição de equilíbrio instável definida anteriormente, causando a rápida abertura das garras (10) - (acionadas pelas molas (15)), conforme pode ser observado na Figura 4c, e a remoção do obus (100) na maca (200).

[038] As garras (10) são então travadas na posição aberta pela simples ação de tração das molas (15). O dispositivo (1) está pronto para pegar um novo obus (100).

[039] Portanto, pode-se observar que o dispositivo, de acordo com a presente invenção, pode adaptar-se ao manuseio de obuses com dimensões substancialmente diferentes, sendo possível obter a posição de travamento para girar garras diferentes. O principal é passar o meio de travamento (30) além de sua posição de equilíbrio instável. Neste caso, as molas (15) garantem o travamento das garras. A rigidez das molas (15) será escolhida de tal maneira que seja suficiente para impedir que as vibrações retornem o meio de travamento (30) à posição de liberação do obus (100) durante as vibrações (Figura 3a).

[040] Conforme mostrado nas Figuras 4a a 4c, O dispositivo (1) pode incluir um suporte deslizante (60), que pode ser empurrado por uma mola (67) através da estrutura (2) e contra a parte superior de um obus, a fim de prendê-lo quando estiver fechado no dispositivo (1), por meio da aplicação de uma força vertical, para combater a aceleração em todos os eixos.

[041] Deve-se observar na Figura 1 que a estrutura (2) compreende um par de calços (32) destinados a pressionar uma face traseira da base (105) do obus (100), a fim de posicionar o obus (100) longitudinalmente em relação ao dispositivo (1). A estrutura (2) também compreende, em cada lado, elementos de fixação (33) - (apenas um é visível na Figura 1), que se destinam a limitar a rotação das alavancas (18) e,

portanto, o deslocamento descendente dos batentes associados (17). Deve-se observar também que, de acordo com a modalidade da Figura 1, cada alavanca (18) é integrada a dois batentes (17), sendo que cada um dos batentes (17) se destina a atuar em um meio de travamento associado a um par de garras diferente.

Portanto, as alavancas (18) ficam localizadas longitudinalmente a meia distância dos pares de garras (10) - (Figura 1).

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. DISPOSITIVO DE PREENSÃO (1) para obuses (100) compreendendo pelo menos um par de garras (10) destinadas a agarrar um obus (100), sendo que cada garra (10) gira entre uma posição aberta e uma posição fechada ao redor de um eixo de rotação (11) paralelo ao eixo longitudinal do obus (100); o eixo de rotação (11) de cada garra (10) é integrado a uma estrutura e localizado entre uma extremidade inferior (10a) e uma extremidade superior (10b) da garra (10); a pressão da extremidade superior de cada garra (10) aplicada sobre o obus (100) faz com que as garras (10) se fechem, sendo o dispositivo de preensão caracterizado pelo fato de compreender um meio de travamento (30) que conecta as extremidades superiores (10b) das garras (10) e compreende duas hastes de conexão (14) e um segmento central (13) que conecta essas hastes de conexão (14), as referidas hastes de conexão são articuladas em relação às garras (10) por uma primeira articulação (16) e por uma segunda articulação (61) no segmento central (13), um meio de retorno elástico (15) conecta cada primeira articulação (16) a um ponto central (13b) disposto no meio do segmento central (13); o dispositivo compreende pelo menos um batente móvel (17) integrado com uma alavanca de acionamento (18), sendo que o referido batente fica localizado acima do meio de travamento (30) e é capaz de empurrar o meio de travamento (30) para baixo, até que o meio de travamento (30) fique abaixo de uma posição de equilíbrio instável.

2. DISPOSITIVO DE PREENSÃO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de compreender pelo menos dois pares de garras coaxiais.

3. DISPOSITIVO DE PREENSÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo fato de compreender dois batentes (17), sendo que cada batente (17) compreende uma alavanca (18) e cada batente (17) destina-se a pressionar uma das hastes de conexão (14) do meio de travamento.

4. DISPOSITIVO DE PREENSÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado pelo fato de a estrutura (2) compreender um suporte deslizante (60) destinado a interferir na parte superior do obus (100), para encaixar o obus no dispositivo.

5. DISPOSITIVO DE PREENSÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 4, caracterizado pelo fato de compreender pelo menos uma cunha (32) em sua parte traseira, a qual se destina a pressionar uma face traseira da base do obus, para posicionar o obus, longitudinalmente, em relação ao dispositivo.

6. DISPOSITIVO DE PREENSÃO, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de cada alavanca (18) ser integrada a dois batentes (17), sendo que cada batente (17) se destina a atuar sobre uma haste de conexão (14) associada a um par de garras diferente.

8 7 > ua 3 0 . fa 100 u sf 100 LADA A ju ati sem ES Ce, Y" OT ME a 1 Ss i' “ra, o da / o ” . dO AL NA 20 ANA HÁ f-. ih |

10a 105 FIGURA 1

16 17 | 13 ) so O

AU AV NM L ds Sl.

ERRO 18 O DOS <) S 14

TEILNT 106 2 db a Po o Ç Í | 10

O 10a : ; X 100 FIGURA 2

» 20 18 ALT == 18 —— 7 FE CG 30 n/7O Fe " 5 "A 16 — FIGURA3a 100 10a 10a E 22 6 20 S e 18

PA Ta UE Qu ( 1 ") FIGURA 3b 10 100

N À 10a 10a 18 SG Ss 18 TT o aaa 30 " Q Va SA! FIGURA 3c 10 10

NX J

18 17 17 20 is

EB AE ço, " uu O 1 A NE À FIGURA 4a O CG 16 á 10p 10b 60 100 10 À ia 10a 200 ZE AA — 1 1% 7 a BO

OC E O MD 1* u aa os mA 19 Piva sims O Q FIGURA 4b 6o FALA 10b u 10D 10 100 » NO 192 / SN / 200 18 nO s 19 L 2) d 19 <Q Pare TD ss - F FIGURA 4c Ç 1 10b 60 10p " 100 1 10a 10a 200

" u4 4 xs . NZ E S CO SS 15 NX FIGURA 5a 16 16 & ES is EAD 's Di 1 FIGURA 5b 16 uau A 2 9 à 6 --fe a. &) - 1 TP ; 13b FIGURA 5c