BR112019013611A2 - Usos terapêuticos de um pó de inseto - Google Patents

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Abstract

a presente invenção se refere a um pó coleóptero para uso no tratamento de vibriose, que particularmente afeta o camarão branco.

Description

“USOS TERAPÊUTICOS DE UM PÓ DE INSETO” [001] A presente invenção se refere a um pó de inseto e ao uso do mesmo, em particular, em aquacultura.
[002] Aquacultura é, hoje, um dos setores mais dinâmicos na indústria alimentícia. Aquacultura se refere, em particular, à produção de peixes (piscicultura), mariscos (cultura de mariscos) ou também crustáceos (cultura lagostins e cultura de camarões).
[003] A alta demanda por peixes resultou em um aumento significativo no preço de alimentação destinada para criação de peixes, mariscos e crustáceos.
[004] Um dos produtos mais usados em aquacultura é farinha de peixe. A mesma é uma refeição facilmente digerível que é muito rica em proteínas animais (rica em aminoácidos do tipo lisina e metionina). Uma demanda crescente acompanhada por um fornecimento limitado resultou em um aumento significativo em seu preço, criando um risco para o crescimento sustentável de aquacultura. Dessa forma, existe uma alta demanda por fontes alternativas de proteínas de alta qualidade e, renovável até onde possível, para rações de aquacultura.
[005] Pós de inseto ou refeição de insetos oferecem fontes de proteína de substituição natural, assim como a possibilidade de produção em massa com uma pegada ecológica mínima. Em particular, determinados besouros, tais como Tenebrio molitor, têm o benefício de serem adequados para produção em massa intensiva.
[006] Além disso, peixes de viveiro, mariscos ou crustáceos, devido ao agrupamento de um grande número de indivíduos nas bacias de criação, são muito normalmente submetidos a epidemias de origem bacteriana, tais como, por exemplo, Vibrio parahaemolyticus, que dizimaram mais de 70% da população de camarões de viveiro em determinadas regiões.
[007] Vibrio parahaemolyticus é uma bactéria que infecta principalmente mariscos (em particular, ostras e amêijoas), crustáceos (em particular, camarões) e
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[008] Portanto, existe uma necessidade de um meio eficaz de prevenir o risco de infecções e/ou para combater eficazmente epidemias bacterianas.
[009] Com essa finalidade, os inventores demonstraram que a administração de pó de inseto torna possível prevenir e curar infecções bacterianas.
[010] Dessa forma, a presente invenção também se refere a um pó de inseto para uso como um medicamento.
[011] “Pó de inseto” pretende significar uma composição, na forma de partículas, preparada apenas a partir de insetos e, opcionalmente, água.
[012] O nível de umidade residual no pó de inseto está compreendido entre 2 e 15%, preferencialmente, entre 5 e 10%, mais preferencialmente, entre 4 e 8%. Esse nível de umidade pode ser, por exemplo, determinado de acordo com o método que se origina de Regulamento de EC 152/2009 de 27-01-2009 (103°C/4h).
[013] Será observado que, no contexto do presente pedido, e a menos que estipulado de outro modo, as faixas de valores indicadas devem ser entendidas como incluindo limites.
[014] Por todo este pedido, quando nenhuma base de dados é especificada para um regulamento, um padrão ou uma diretriz, a mesma é um regulamento, o padrão ou a diretriz em vigor na data de depósito.
[015] Quando o pó de inseto é moído para um tamanho de partícula aceitável para nutrição humana ou animal, o último pode ser referido como “refeição de insetos”. “Tamanho de partícula aceitável para nutrição humana ou animal” pretende significar um tamanho de partícula compreendido entre 100 pm e 1,5 mm, preferencialmente, compreendido entre 300 pm e 1 mm, mais preferencialmente, entre 500 e 800 pm.
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3/37 [016] “Insetos” pretende significar, em particular, Coleópteros, Díptera, Lepidópteros, Ortópteros, Himenópteros, Dictópteros, agrupados, em particular, a Blatópteros, incluindo Isópteros, e os Mantópteros, Fasmópteros, Hemípteros, Heterópteros, Efemerópteros e Mecópteros, preferencialmente, Coleópteros ou misturas dos mesmos.
[017] Preferencialmente, os besouros preferenciais, de acordo com a invenção, pertencem às famílias dos Tenebrionidae, Melolonthidae, Dermestidae, Coccinellidae, Cerambycidae, Carabidae, Buprestidae, Cetoniidae, Dryophthoridae ou misturas dos mesmos.
[018] Mais preferencialmente, os mesmos são os seguintes besouros: Tenebrio molitor, Alphitobius diaperinus, Zophobas morio, Tenebrio obscurus, Tribolium castaneum e Rhynchophorus ferrugineus ou misturas dos mesmos.
[019] Vantajosamente, o pó de inseto é obtido a partir do estágio de larva das espécies de inseto mencionadas acima.
[020] O pó de inseto, de acordo com a invenção, pode ser administrado a seres humanos ou animais com uma intenção de um tratamento preventivo ou curativo.
[021] Esse pó de inseto torna possível, em particular, combater eficazmente as infecções bacterianas causadas pelas bactérias do gênero Vibrio espécies, em particular, infecções bacterianas causadas por Vibrio parahaemolyticus.
[022] Na verdade, quando camarões brancos infectados com Vibrio parahaemolyticus são alimentados com pó de inseto em vez de farinha de peixe, a taxa de mortalidade dos camarões brancos é, desse modo, limitada. Isso resulta provavelmente do fortalecimento das defesas imunológicas dos camarões brancos, devido ao estímulo de seu sistema imunológico e/ou ao melhor desenvolvimento das células de hepatócitos dos mesmos (consultar Exemplo 4 doravante).
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4/37 [023] Mais particularmente, a invenção se refere a um pó de inseto para uso no tratamento de vibriose.
[024] “Vibriose” pretende significar todas as infecções bacterianas causadas por bactérias do gênero Vibrio spp, que pertencem à família Vibrionaceae, bactérias que vivem em água. Conforme indicado acima, essas bactérias são patogênicas a seres humanos (tendo capacidade de causar sérias infecções) e/ou a animais, em particular, animais aquáticos, tendo capacidade, dessa forma, de infectar seres humanos através de sua nutrição.
[025] Preferencialmente, essas bactérias são as Vibrio aestuarianus, responsáveis pela doença da ostra, Vibrio parahaemolyticus, responsáveis por enterite e gastroenterite ou Vibrio splendidus, responsável por doença infecciosa na ostra-do-pacífico. Preferencialmente, o pó de inseto é destinado ao uso no tratamento de vibriose causada por Vibrio parahaemolyticus.
[026] Mais particularmente, o pó de inseto pode ser usado no tratamento de vibriose em moluscos e crustáceos.
[027] O termo “moluscos” pretende significar um animal invertebrado com um corpo macio, que consiste em uma cabeça, um pé e uma massa visceral. Dentre sete classes de moluscos, podem ser mencionados três ramificações principais: os gastrópodes, os bivalves e os cefalópodes.
[028] O grupo de gastrópodes em conjunto, em particular, caracóis, lesmas ou também lapas. O grupo de bivalves, em conjunto, em particular, amêijoas, ostras ou também mexilhões. O grupo de cefalópodes, em conjunto, em particular, polvos, lulas ou também chocos.
[029] Os moluscos aos quais a invenção se refere podem ser animais terrestres ou animais aquáticos, preferencialmente, aquáticos. “Aquático” pretende significar animais de água doce ou animais marinhos, preferencialmente, marinhos.
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5/37 [030] Preferencialmente, os moluscos ao quais a invenção se refere pertencem aos grupos dos bivalves que compreendem, em particular, os Palaeotaxodonta, Cryptodonta, Pteriomorphia, Palaeoheterodonta, Heterodonta e Anomalodesmata.
[031] Preferencialmente, os moluscos são selecionados a partir dos Mytilida (amêijoas) e dos Ostreida (ostras). O grupo de Ostreida, em conjunto, em particular, os Ostrea, os Crassostrea (ostras-do-pacífico), os Ostreola (ostras planas europeias) ou também os Saccostrea.
[032] Em particular, as espécies de moluscos relacionadas são: Mytilus edulis, Mytilus galloprovincialis, Tapes rhomboides (amêijoa vermelha), Venerupis decussata (amêijoa-boa), Venerupis phllippinarum (amêijoa japonesa), Venerupis aurea (amêijoa dourada), Corbicula fluminea (amêijoa asiática), Ostrea edulis (ostra plana europeia), Crassostrea angulata (ostra portuguesa), Crassostrea gigas (ostra japonesa), Ostreola conchaphila (ostra limpa), Crassostrea virginica (ostra americana ou ostra de Virgínia).
[033] O termo “crustáceos” pretende significar animais cujos corpos são cobertos por um exoesqueleto de quitina e proteína chamado exocutícula, que é normalmente impregnando com carbonato de cálcio. Esse grupo compreende animais de tamanhos variados que pertencem às classes mais baixas, tais como os Branchiopoda, Cephalocarida, Malacostraca, Maxillopoda, Ostracoda, Remipedia.
[034] Ainda mais preferencialmente, as espécies de crustáceos às quais a invenção se refere pertencem à ordem dos Decápodes.
[035] O termo “decápodes” pretende significar crustáceos que têm 5 pares de pernas. As espécies de decápodes são agrupadas em duas subclasses: os Dendrobranchiata e os Pleocyemata.
[036] Dentre os Dendrobranchiata, podem ser mencionados, por seus nomes vulgares, os camarões que pertencem à superfamília Penaeoidea Rafinesque.
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6/37 [037] Dentre os Pleocyemata, podem ser mencionados, por seu nome vulgar, as lagostas agachadas que pertencem à infraordem dos Anomura, os caranguejos que pertencem à subseção dos Heterotremata ou as infraordens dos Brachyura ou dos Paguroidea, os camarões que pertencem à infraordem Caridea, os lagostins e as lagostas que pertencem à infraordem dos Astacidea ou também lagostas espinhosas que pertencem à infraordem dos Chelata.
[038] Preferencialmente, os crustáceos aos quais a invenção se refere são camarões. Os camarões podem ser espécies marinhas ou de água doce. Vantajosamente, as mesmas são espécies de camarões adequadas para a cultura de camarões ou a cultura de água doce.
[039] Vantajosamente, as espécies de camarões aos quais a invenção se refere pertencem à família Penaeidae e, em particular, ao gênero Penaeus.
[040] Preferencialmente, as espécies de camarões às quais a invenção se refere são as seguintes: o camarão branco-do-pacífico (Litopenaeus vannamei), o camarão-tigre gigante (Penaeus monodon), o camarão-azul (Penaeus stylirostris), o camarão carnudo (Penaeus chinensis), o camarão imperial ou camarão kuruma (Penaeus japonicus), o camarão indiano (Penaeus indicus), o camarão banana (Penaeus merguiensis), o camarão de pasta akimi (Metapenaeus spp) e o camarão de rio gigante (Macrobrachium rosenbergii), também preferencialmente, Litopenaeus vannamei.
[041] Camarões têm diversos estágios de desenvolvimento: três estágios de larva, a saber os estágios Náupilo, Zoea, Mysis, então, os mesmos sofrem metamorfose em pós-larvas. O pó de inseto é particularmente adequado para os estágios pós-larva e/ou adultos.
[042] A invenção se refere, portanto, bastante particularmente a um pó de inseto para uso no tratamento de vibriose em bivalves e decápodes.
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7/37 [043] A mesma também se refere a um pó de inseto para uso no tratamento de entente em camarões.
[044] Em particular, o pó de inseto pode ser utilizado para uso no tratamento de síndrome de mortalidade prematura de camarão/síndrome de necrose hepatopancreática aguda em camarões.
[045] Síndrome de mortalidade prematura de camarão/síndrome de necrose hepatopancreática aguda em camarões (conhecidas como “EMS/AHPNS”) é responsável por uma taxa de mortalidade que excedeu 70% em camarões infectados com Vibrio parahaemolyticus.
[046] Quando infectados, o camarão parece fraco e desorientado. O mesmo tem, algumas vezes, lesões negras em sua cutícula. Determinadas cepas bacterianas muito virulentas podem dizimar até 80% de camarão de viveiro, tal como o camarão-tigre gigante (Penaeus monodon) e o camarão branco-do-pacífico (Penaeus vannamei).
[047] Vantajosamente, o pó de inseto usado, de acordo com a invenção, compreende pelo menos 67% em peso de proteínas e pelo menos 0,1% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de inseto.
[048] O termo “proteínas” pretende significar a quantidade de proteínas brutas. A quantificação de proteínas brutas é bem conhecida por um elemento versado na técnica. A título de exemplo, o método Dumas ou o método Kjeldahl pode ser mencionado. Preferencialmente, o método Dumas, que corresponde ao padrão NF EN ISO 16634-1 (2008), é usado.
[049] Exemplos de tal pó são descritos nos Exemplos 1 a 3 doravante.
[050] Preferencialmente, o pó de inseto compreende 68% em peso de proteínas brutas, mais preferencialmente, 70% em peso de proteínas brutas, mais
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8/37 preferencialmente, 71% em peso de proteínas brutas, em que as porcentagens em peso são dadas em relação ao peso total de pó de inseto.
[051] De acordo com a invenção, “quitina” pretende significar qualquer tipo de derivado de quitina, isto é, qualquer tipo de derivado de polissacarídeo que compreende unidades de N-acetil-glucosamina e unidades de D-glucosamina, em particular, os copolímeros de quitina-polipeptídeo (algumas vezes denominados como “compósito de quitina/polipeptídeo”). Esses copolímeros também podem ser combinados com pigmentos, normalmente do tipo melanina.
[052] Pensa-se que quitina é o segundo polímero mais sintetizado no mundo, após a celulose. Na verdade, quitina é sintetizada por diversas espécies no mundo: a mesma constitui parcialmente o exoesqueleto de crustáceos e insetos e a parede lateral que cerca e protege fungos. Mais particularmente, em insetos, quitina constitui, dessa forma, 3 a 60% de seu exoesqueleto.
[053] O teor de quitina é determinado pela extração da mesma. Tal método pode ser o método AOAC 991,43.
[054] De acordo com uma primeira modalidade, o pó de inseto usado de acordo com a invenção compreende pelo menos 67% em peso de proteínas e pelo menos 5% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de inseto.
[055] Preferencialmente, esse pó de inseto compreende entre 5 e 16% em peso de quitina, mais preferencialmente, entre 8 e 14% de quitina, em que as porcentagens em peso são dadas em relação ao peso total de pó de inseto.
[056] Vantajosamente, esse pó de inseto tem um teor de cinza menor ou igual a 4% em peso em relação ao peso total de pó de inseto e, ainda mais vantajosamente, menor ou igual a 3,5%.
[057] Cinza constitui o resíduo que resulta da combustão da composição de acordo com a invenção.
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9/37 [058] O método para determinar o teor de cinza é bem conhecido por um elemento versado na técnica. Preferencialmente, a cinza foi determinada de acordo com o método estabelecido pelo Regulamento de EC 152/2009 de 27-01-2009.
[059] O teor de gordura desse pó de inseto está preferencialmente, compreendido entre 5 e 20% em peso em relação ao peso total de pó de inseto, mais preferencialmente, entre 9 e 17%.
[060] Os métodos para determinar o teor de gordura são bem conhecidos por um elemento versado na técnica. A título de exemplo e de uma forma preferencial, esse teor será determinado de acordo com o método de Regulamento de EC 152/2009.
[061] Vantajosamente, as proteínas desse pó de inseto têm uma digestibilidade maior ou igual a 85% em peso em relação ao peso total de proteínas brutas.
[062] A digestibilidade é uma digestibilidade de pepsina medida pelo método descrito em Diretriz 72/199/EC.
[063] Preferencialmente, a digestibilidade é maior ou igual a 86%, mais preferencialmente, maior ou igual a 88%.
[064] Vantajosamente, esse pó de inseto usado de acordo com a invenção compreende entre 35 e 65% em peso de proteínas solúveis em relação ao peso total de proteínas e pelo menos 50% das proteínas solúveis têm um tamanho menor ou igual a 12,400 g/mol.
[065] “Peso total de proteínas” pretende significar o peso de proteínas brutas presentes no pó de inseto de acordo com a invenção.
[066] O termo “proteínas solúveis” pretende significar, dentre as proteínas brutas, aquelas que são solúveis em uma solução aquosa, cujo pH está compreendido entre 6 e 8, vantajosamente entre 7,2 e 7,6.
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10/37 [067] Preferencialmente, a solução aquosa é uma solução de tampão cujo pH está compreendido entre 6 e 8, vantajosamente entre 7,2 e 7,6. Preferencialmente, a solução de tampão é uma solução de tampão de fosfato de NaCI, cujo pH é igual a 7,4 +/- 0,2.
[068] Vantajosamente, esse pó de inseto compreende entre 38 e 60% em peso, preferencialmente, entre 43 e 55% em peso de proteínas solúveis em relação ao peso total de proteínas brutas.
[069] Preferencialmente, pelo menos 60%, preferencialmente, pelo menos 70% das proteínas solúveis têm um tamanho menor ou igual a 12,400 g/mol.
[070] Mais particularmente, as proteínas solúveis têm um tamanho compreendido entre 6,500 e 12,400 g/mol.
[071] Vantajosamente, menos que 10%, preferencialmente, menos que 8%, mais preferencialmente, menos que 6% das proteínas solúveis têm um tamanho maior ou igual a 29,000 g/mol.
[072] Esse pó de inseto pode ser preparado por meio de um método que compreende as seguintes etapas:
i) exterminar os insetos, ii) prensar os insetos a fim de obter uma torta de prensagem e iii) moer a torta de prensagem.
[073] Os insetos podem ser exterminados por meio de escaldamento ou branqueamento, conforme descrito em mais detalhes doravante no Exemplo 1.
[074] De modo semelhante, as etapas de prensa e moagem são descritas em mais detalhes nesse exemplo.
[075] Finalmente, o método de preparação de acordo com a invenção também pode compreender uma etapa de secar a torta de prensagem.
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11/37 [076] A etapa de secagem é vantajosamente executada após a etapa de prensagem e antes da etapa de moagem e também é descrita em mais detalhes doravante no Exemplo 1.
[077] De acordo com uma segunda modalidade, o pó de inseto usado de acordo com a invenção compreende pelo menos 71% em peso de proteínas e compreende entre 0,1% e 2% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de inseto.
[078] Preferencialmente, esse pó de inseto tem um teor de proteína maior ou igual a 72% em peso, mais preferencialmente, maior ou igual a 74% em peso, ainda mais preferencialmente, maior ou igual a 75% em peso, em relação ao peso de pó seco total.
[079] Mais particularmente, esse pó tem um teor de quitina compreendido entre 0,5 e 3% em peso, mais preferencialmente, compreendido entre 0,8 e 2% em peso, ainda mais preferencialmente, compreendido entre 0,8 e 1,7% em peso, em relação ao peso de pó seco total.
[080] Preferencialmente, esse pó compreende entre 5 e 20% em peso, preferencialmente, entre 7 e 17% em peso de lipídios, em relação ao peso de pó seco total.
[081] Mais particularmente, esse pó compreende entre 1 e 10% em peso, preferencialmente, entre 2 e 6% em peso de cinza, em relação ao peso de pó seco total.
[082] Vantajosamente, as proteínas desse pó de inseto têm uma digestibilidade maior ou igual a 85% em peso em relação ao peso total de proteínas brutas.
[083] Preferencialmente, a digestibilidade é maior ou igual a 88%, mais preferencialmente, maior ou igual a 92%.
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12/37 [084] Esse pó de inseto pode ser preparado por meio de um método que compreende as seguintes etapas:
- exterminar os insetos,
- separar as cutículas da parte macia dos insetos,
- separar a parte macia dos insetos em uma fração sólida, uma fração de gordura e uma fração aquosa,
- secar a fração sólida a fim de obter uma fração sólida seca,
- moer a fração sólida seca a fim de obter um pó de inseto.
[085] Os insetos podem ser exterminados por meio de escaldamento ou branqueamento, conforme descrito em mais detalhes doravante no Exemplo 1.
[086] A cutícula é a camada externa (ou exoesqueleto) secretada pela epiderme dos insetos. A mesma é geralmente formada de três camadas: a epicutícula, exocutícula e endocutícula.
[087] “Parte macia” pretende significar a carne (que compreende, em particular, os músculos e vísceras) e o suco (que compreende, em particular, os fluidos biológicos, água e hemolinfa) dos insetos. Em particular, a parte macia não consiste no suco dos insetos.
[088] A separação das cutículas da parte macia dos insetos pode ser executada com o uso de uma filtro prensa ou um separador de correia.
[089] “Separador de correia” pretende significar um dispositivo que compreende uma correia de aperto (filtro prensa de correia) e um tambor perfurado.
[090] Vantajosamente, no presente pedido, o pó de inseto é obtido a partir de uma espécie de inseto que pertence à ordem dos Coleópteros, preferencialmente, das espécies Tenebrio molitor, independentemente da modalidade da invenção. O pó de inseto é, então, um pó de besouro e, mais particularmente, um pó de Tenebrio molitor.
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13/37 [091] A invenção se refere, portanto, mais particularmente a um pó de besouro e, em particular, a um pó de Tenebrio molitor, para uso:
- como um medicamento,
- no tratamento de vibriose, em particular, em bivalves e decápodes,
- no tratamento de enterite do camarão e/ou no tratamento de síndrome de mortalidade prematura de camarão/síndrome de necrose hepatopancreática aguda em camarões.
[092] A invenção também se refere a um regime nutricional para moluscos e/ou crustáceos, que compreende pelo menos 5% em peso de pó de inseto.
[093] “Regime de nutrição” pretende significar um conjunto de ingredientes de nutrição (ou constituintes) em dadas proporções, destinados a serem consumidos pelos moluscos e/ou crustáceos.
[094] O pó de inseto pode ser usado de acordo com a invenção como uma alternativa à farinha de peixe geralmente administrada no regime nutricional de moluscos e crustáceos. O mesmo pode substituir farinha de peixe parcial ou totalmente. Preferencialmente, o pó de inseto substitui farinha de peixe a 50% ou mais, em peso farinha de peixe, ainda mais preferencialmente, a 75% ou mais, em peso de farinha de peixe.
[095] A substituição da farinha de peixe pelo pó de inseto torna vantajosamente possível impulsionar o sistema imunológico dos moluscos e/ou dos crustáceos, em particular, devido à alta digestibilidade das proteínas e lipídios do pó de inseto. Além disso, isso aumenta a densidade assim como o comprimento das vilosidades intestinais, em particular, no camarão branco enquanto se aumenta o tamanho das células de hepatócitos. Dessa forma, essa substituição de farinha de peixe por pó de inseto apresenta uma alternativa que é rica em proteínas e lipídios, não muito cara e torna possível prevenir e/ou curar determinadas doenças, tais como vibriose de camarão.
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14/37 [096] O regime nutricional administrado aos moluscos ou aos crustáceos compreende vantajosamente pelo menos 10% em peso de pó de inseto, preferencialmente, pelo menos 15% em peso de pó de inseto, ainda mais preferencialmente, pelo menos 25% em peso de pó de inseto.
[097] De acordo com uma modalidade vantajosa da invenção, o regime nutricional administrado aos moluscos ou aos crustáceos compreende 20% em peso de pó de inseto.
[098] Preferencialmente, o pó de inseto substitui totalmente a farinha de peixe geralmente administrada aos moluscos e aos crustáceos. Dessa forma, o regime nutricional administrado aos moluscos ou aos crustáceos compreende vantajosamente 25% em peso de pó de inseto.
[099] Esse regime é particularmente adequado para os camarões, em que os outros constituintes do regime, assim como suas proporções, são definidos no manual “Nutrient requirements of fish and shrimp” publicado pelo Conselho de Pesquisa Nacional (NRC) in 2011.
[0100] Vantajosamente, o regime nutricional de acordo com a invenção compreende um pó de inseto que compreende pelo menos 71% em peso de proteínas e que compreende entre 0,1 e 2% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de inseto.
[0101] Preferencialmente, o pó de inseto é um pó de besouro, mais preferencialmente, um pó de Tenebrio molitor.
[0102] A invenção também se refere ao uso de um pó de inseto que compreende pelo menos 67% em peso de proteínas e que compreende pelo menos 0,1% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de inseto, como um suplemento nutricional na nutrição humana ou animal.
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15/37 [0103] O pó de inseto usado como um suplemento nutricional na nutrição humana ou animal pode compreender pelo menos 67% em peso de proteínas e pelo menos 5% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de inseto. Esse, então, é o pó de inseto da primeira modalidade descrita acima, incluindo todas as características vantajosas, particulares e preferenciais e o método para obter o mesmo.
[0104] Alternativamente, o pó de inseto usado como um suplemento nutricional na nutrição humana ou animal pode compreender pelo menos 71% em peso de proteínas e compreender entre 0,1% e 2% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de inseto. Esse, então, é o pó de inseto da segunda modalidade descrita acima, incluindo todas as características vantajosas, particulares e preferenciais e o método para obter o mesmo.
[0105] Vantajosamente, o pó de inseto é um pó de besouro, mais preferencialmente, um pó de Tenebrio molitor.
[0106] Vantajosamente, a invenção se refere ao uso de um pó de inseto, em particular, aqueles descritos acima, como um suplemento nutricional na nutrição dos moluscos e/ou dos crustáceos.
[0107] Finalmente, a invenção se refere a um suplemento nutricional que compreende um pó de inseto, tal como descrito acima.
[0108] Vantajosamente, o pó de inseto é usado como um suplemento nutricional na nutrição de camarões, em particular, camarões de viveiro.
[0109] Outras características e vantagens da invenção se tornarão evidentes a partir dos exemplos a seguir, dados a título de ilustração, com referência a:
[0110]- Figura 1 é um diagrama que mostra o peso final dos camarões brancos alimentados de acordo com regimes nutricionais diferentes, incluindo ou não incluindo pó de inseto no lugar da farinha de peixe;
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16/37 [0111] - Figura 2 é um diagrama que mostra o ganho de peso dos camarões brancos alimentados de acordo com regimes nutricionais diferentes, incluindo ou não incluindo pó de inseto no lugar da farinha de peixe;
[0112] - Figura 3 é um diagrama que mostra a atividade de fend oxidase como uma função da redução bacteriana do patógeno, em camarões brancos infectados com Vibrio parahaemolyticus e alimentados de acordo com regimes nutricionais diferentes, incluindo ou não incluindo pó de inseto no lugar da farinha de peixe; e [0113] - Figura 4 é um diagrama que mostra a taxa de sobrevivência dos camarões infectados com Vibrio parahaemolyticus como uma função do regime nutricional fornecido, incluindo ou não incluindo pó de inseto no lugar da farinha de peixe.
EXEMPLO 1: Método para a preparação de um pó de inseto [0114] A composição de acordo com a invenção é preparada a partir de larvas de Tenebrio molitor. Mediante recebimento das larvas, as últimas podem ser armazenadas a 4 °C por 0 a 15 dias em seus tanques de criação sem forte degradação antes de serem exterminados. O peso em relação à idade das larvas usadas é variado e, como um resultado, sua composição pode variar, conforme ilustrado na Tabela 1 abaixo:
Biomassa (Insetos) mg 23 35 58 80 108 154
Matéria seca %* 34 34 34,2 37,9 39,6 39,5
Cinza %* 1,59 1,52 1,6 1,75 1,67 1,43
Proteína bruta %* 22,6 22,2 22 23,2 23,1 23,2
Lipídios %* 6,62 6,88 7,98 10,3 10,9 11,7
* As % são expressas em peso seco em relação ao peso líquido de larvas.
Tabela 1: Composição bioquímica das larvas de Tenebrio molitor de acordo com o peso da mesma.
Etapa 1: Branqueamento dos insetos
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17/37 [0115] Larvas vivas (+4 °C a + 25 °C) são transportadas em camadas com uma espessura compreendida entre 2 e 10 cm, em uma correia transportadora perfurada (1 mm), para uma câmara de branqueamento. Os insetos são, dessa forma, branqueados com vapor (bocais ou leito de vapor) a 98 °C ou com água a 100 °C (bocais de aspersão) ou em modo misturado (água + vapor). O tempo de residência na câmara de branqueamento está compreendido entre 1 a 15 minutos, idealmente 5 min.
[0116] A temperatura das larvas após branqueamento está compreendida entre 75 °C e 98 °C.
Etapa 2: Prensagem [0117] Uma vez branqueadas, as larvas são transportadas para o funil de enchimento de uma prensa de parafuso único contínua. Enquanto passam pela prensa, as larvas são mantidas a uma temperatura acima de 70 °C a fim de aumentar os rendimentos de deslubrificação. O princípio de deslubrificação é pressurizar o material dentro de uma gaiola cilíndrica por meio de uma disposição de parafusos e anéis dispostos no eixo central. A gaiola é alinhada dentro com barras distribuídas em seções e mantidas separadas por espaços de espessuras diferentes dependendo da área de trabalho. Os interstícios dispostos dessa forma permitem o fluxo de uma fração de óleo e limitam a passagem da chamada matéria “seca”, a fração de proteína, que será chamada de “torta de prensagem”, sendo, dessa forma, envolvida na pressurização.
[0118] Os rendimentos de prensagem obtidos estão compreendidos entre 48 e 55%.
[0119] Ytorta= (massatorta/ massasuco+ massatorta) [0120] A torta de prensagem obtida contém 35 a 40% de matéria seca, 67 a 75% de proteínas e 13 a 17% de gorduras, em que as porcentagens em peso são dadas em relação ao peso seco de torta de prensagem.
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Etapa 3: Secagem [0121] A torta de prensagem é, então, disposta em uma bandeja em uma camada delgada (aproximadamente 2 cm) e é seca em ar ventilado/agitado a 90 °C por 5 horas a fim de obter uma torta de prensagem que tem um teor de matéria seca maior que 92%.
[0122] Essa etapa torna possível preservar contra qualquer contaminação que ocorreu desde a morte.
[0123] A Wa (atividade de água) após secagem é 0,35. Os resultados microbiológicos mostram uma ausência de valores de Salmonella spp (método: IRIS Salmonella BKR 23/07-10/11) e Enterobacteria menores que 10 CFU/g (método: NF ISO 2128-2, dezembro de 2004, 30 °C e 37 °C).
Etapa 4: Moagem [0124] A torta de prensagem seca, que compreende principalmente proteínas, é finalmente moída com o uso de um moinho de martelos contínuo (6 partes móveis reversíveis - espessura 8 mm). O moedor é alimentado por um funil com uma aba de controle de taxa de fluxo (180 kg/h). O grelhador perfurado usado para controlar a granulometria de saída é 0,8 mm. A velocidade de rotação do motor é 3,000 rpm (motorização elétrica, potência absorvida 4 kW (5,5 CV)).
EXEMPLO 2: Caracterização do pó de inseto obtido no Exemplo 1 [0125] O pó de inseto preparado no Exemplo 1 foi caracterizado.
1. Análise
1.1. Determinação do teor de umidade [0126] O teor de umidade é determinado de acordo com o método que originado Regulamento de EC 152/2009 de 27-01-2009 (103 °C/4 h).
1.2. Determinação da quantidade de proteínas brutas [0127] As proteínas brutas são determinadas de acordo com o método chamado método Dumas e que corresponde ao padrão NF EN ISO 16634-1 (2008).
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1.3. Determinação da quantidade de quitina [0128] Fibras dietéticas da refeição de insetos são essencialmente compostos por quitina, a última foi, portanto, medida de acordo com o método ADAC 991,43. Os valores obtidos dessa forma são, consequentemente, sobrestimados ligeiramente.
1.4. Determinação da quantidade de gordura [0129] A gordura foi determinada de acordo com o método de Regulamento de EC 152/2009.
1.5. Determinação da quantidade de cinza [0130] A cinza bruta foi determinada de acordo com o método sob o Regulamento de EC 152/2009 de 27-01-2009.
1.6. Determinação da quantidade de fósforo [0131] O fósforo é medido por meio de ICP (plasma acoplado induzido) com calibração interna.
1.7. Determinação de energia [0132] O valor de energia é obtido com os coeficientes do Regulamento da UE 1169/201.
1.8. Determinação das quantidades de aminoácidos e ácidos graxos [0133] Essa determinação foi executada por meio de cromatografia gasosa após hidrólise e derivação dos aminoácidos e ácidos graxos, respectivamente.
1.9. Determinação de digestibilidade de pepsina [0134] A digestibilidade de pepsina é medida pelo método descrito na Diretriz 72/199/EC.
2. Resultados
0135] O pó de inseto é detalhado na Tabela 2 abaixo.
n Mlbl
Umidade %* 5,32 C12:0 %* 0,03
Proteína %* 67,09 C14:0 %* 0,22
Quitina %* 8,0 C15:0 %* 0,01
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Gordura %* 13,6 C16:0 %* 1,33
Cinza %* 3,21 C16:1 %* 0,05
Fósforo total %* 0,75 C16:1n-7 %* 0,16
Energia MJ/kg 23,74 C17:0 %* 0,02
C17:1 %* 0,01
C18:0 %* 0,35
Arginina %* 2,56 C18:1n-9 %* 3,03
Histidina %* 1,39 C18:1n-7 %* 0,04
Isoleucina %* 2,11 C18:2n-6 %* 2,96
Leucina %* 3,99 C18:2tn-6 %* 0,02
Lisina %* 3,32 C18:3n-3 %* 0,14
Treonina %* 1,87 C20:0 %* 0,02
Valina %* 2,91 C20:1n-9 %* 0,01
Metionina %* 1,43 C20:2n-6 %* 0,01
Cisteína %* 0,63 C22:0 %* 0,01
Fenilalanina %* 1,98 * Porcentagens em peso são expressas em relação ao peso total da composição de pó.
Tirosina %* 2,68
Taurina %* 0,42
Ácido aspártico + asparagina %* 4,51
Ácido glutâmico + glutamina %* 6,36
Alanina %* 3,83
Glicina %* 2,54
Prolina %* 3,18
Serina %* 2,94
Tabela 2: Composição do pó de inseto [0136] Além disso, uma digestibilidade de pepsina de 90+/-2% é obtida.
EXEMPLO 3: Método alternativo para a preparação de um pó de inseto [0137] 200 g de larvas de T. molitor são introduzidas em uma proveta, colocadas em um banho de água a 100 °C e que contém 200 ml de água trazidos para fervura previamente. Após 5 minutos, a proveta é removida do banho de água, as larvas são drenadas, então, misturadas com um volume de água de 200 ml. O líquido obtido dessa forma é passado para uma prensa do tipo parafuso duplo. A torta de prensagem obtida dessa forma é seca por 24 horas em um forno a 70 °C, então, moída para 250 pm. Um pó de inseto é obtido dessa forma.
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EXEMPLO 4: Efeitos do pó de inseto obtido no Exemplo 1 nos camarões brancos, em particular, em sua resistência à bactéria patogênica Vibrio parahaemolyticus [0138] Três experimentos foram conduzidos a fim de avaliar a apetência dos pós de inseto em camarões (Experimento 1), a digestibilidade das proteínas, dos lipídios e a energia dos pós de inseto em camarões (Experimento 2) e a eficácia do pó de inseto no crescimento e na imunidade de camarões brancos (Experimento 3).
1. Material e métodos dos experimentos conduzidos [0139] A farinha de peixe usada para todos esses experimentos é uma farinha de peixe que origina da Tailândia e que compreende um teor de proteína bruta de 56%, expresso em relação ao peso total da dita farinha de peixe.
[0140] De modo semelhante, o pó de inseto usado é idêntico para todos esses experimentos e corresponde ao pó de inseto obtido no Exemplo 1.
Estatística [0141] Esses experimentos foram projetados de uma forma completamente aleatória (CMCA). Todos os dados foram analisados por meio de ANOVA (análise de variação). O teste de múltiplas faixas de Duncan foi usado a fim de determinar as diferenças entre os meios dos regimes nutricionais diferentes. A notação alfabética foi usada para marcara as diferenças em um nível de significância 0,05 alfa. Toda a pesquisa para os Experimentos 2 e 3 foi conduzida no Laboratório de Alimentação e Nutrição de Animal Aquático, Departamento de Aquacultura, Capacidade de Pescarias, Kasetsart University, Bangkok, Tailândia.
Experimento 1: Teste de apetência de pós de inseto em camarões brancos em relação a um regime nutricional comum constituído por 15% de farinha de peixe
a. Os regimes nutricionais diferentes do experimento
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22/37 [0142] A capacidade de atração dos pós de inseto a camarões brancos foi avaliada de uma forma completamente aleatória com o uso dos 5 regimes a seguir, cada um repetido quatro vezes:
- Regime 1 (R1): Controle 30% de farinha de peixe (doravante chamada FM);
- Regime 2 (R2): Controle negativo 15% de FM; 0% de pó de inseto (doravante chamado INSM);
- Regime 3 (R3): Controle negativo 10% de FM; 5% de INSM;
- Regime 4 (R4): Controle negativo 5% de FM; 10% de INSM;
- Regime 5 (R5): Controle negativo 0% de FM; 15% de INSM;
[0143] Quatro replicados de cada regime foram usados a fim de avaliar apetência.
b. Formulações e produção dos regimes nutricionais [0144] Os regimes foram formulados com ingredientes que são úteis em resposta às necessidades nutricionais conhecidas de camarões brancos, descritos em particular, no manual de referência do Conselho de Pesquisa Nacional (NCR) publicado em 2011.
[0145] O pó de inseto usado nos regimes experimentais de nutrição é aquele obtido no Exemplo 1.
[0146] A capacidade de atração dos pós de inseto a camarões brancos foi avaliada em cinco regimes nutricionais detalhados abaixo, cuja composição é apresentada na Tabela 3 abaixo.
[0147] As composições aproximadas das rações testadas, tais como a umidade, proteínas, lipídios, fibras, cinza, foram analisadas de acordo com a descrição do AOAC (2000) que é o método de referência internacional.
Ingrediente da fórmula R1 INSM 0% FM 30% R2 INSM 0% FM 15% R3 INSM 5% FM 10% R4 INSM 10% - FM 5% R5 INSM 15% - FM 0%
Farinha de peixe 30,0 15,0 10,0 5,0 0,0
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Ingrediente da fórmula R1 INSM 0% FM 30% R2 INSM 0% FM 15% R3 INSM 5% FM 10% R4 INSM 10% - FM 5% R5 INSM 15% - FM 0%
Soja 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0
Glúten de trigo 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0
Pó de fígado de lula 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0
Farinha de trigo 24,0 24,0 24,0 24,0 24,0
Trincas de arroz 2,2 1,2 1,2 1,2 1,2
Concentrado de proteína de soja 0,0 15,0 15,0 15,0 15,0
Pó de inseto 0,0 0,0 5,0 10,0 15,0
Glúten de milho 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0
Óleo de atum 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
Óleo de soja 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0
Lecitina de soja 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0
Fosfato monocálcico 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0
Aglutinante 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7
Pré-mistura de vitaminas 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Composição química por AOAC (2000)
Umidade (%) 7,38 7,14 7,09 7,25 7,18
Proteínas (%) 37,38 36,88 37,06 37,84 38,81
Lipídios (%) 7,18 6,50 6,97 7,23 7,60
Fibra (%) 2,69 2,95 3,09 3,33 3,68
Cinza (%) 10,39 8,02 7,70 6,58 5,96
Energia (Kcal/Kg) 4.560,14 4,467,36 4,477,59 4,487,82 4,498,05
Tabela 3: Composições dos regimes nutricionais dos camarões brancos que contêm pó de inseto no lugar da farinha de peixe
c. Protocolo de nutrição dos camarões brancos [0148] Os camarões brancos foram alimentados com grânulos que contêm 36% de proteínas brutas e 7% de lipídios brutos, a uma quantidade de aproximadamente 5% do peso corporal médio dos camarões/dia (isto é, 1,5 a 2% peso corporal por alimentação) colocando-se as rações em uma bandeja e fornecendo-se 3 alimentações por dia.
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24/37 [0149] Por 10 dias e apenas para a alimentação a 13:00 horas, o tempo necessário para os camarões ingerirem a alimentação inicialmente, em que o número de camarões alcança a comida dentro dos 15 minutos após o depósito das rações na bandeja e o consumo das rações por alimentação foram registrados.
[0150] Quatro replicados de cada regime foram usados a fim de avaliar capacidade de atração.
[0151] Alimentação não consumida foi coletada da bandeja uma hora após seu depósito e liofilizada a -40 °C, então, pesada a fim de determinar o consumo nutricional total.
[0152] Ao longo de um estudo de 10 dias, a ingestão de comida de cada bandeja em cada regime foi calculada a fim de determinar a apetência, focando no tempo necessário para ingerir a alimentação, a quantidade de rações consumida e o número de camarões que consome as rações.
Experimento 2: Estudo da digestibilidade das proteínas, dos lipídios e da energia dos pós de inseto em camarões brancos [0153] A digestibilidade in vivo das proteínas, dos lipídios e da energia do pó de inseto em camarões brancos foi determinada por um método indireto. Três centenas de camarões com um peso médio de 5 a 8 g foram aleatoriamente distribuídos em cada um dos vinte aquários. Dez repetições com dez camarões, cada alimentação com um regime nutricional de referência composto de 25% de farinha de peixe e 5% de farinha de lula, 63,7% de farinha de trigo, glúten e isolado de soja e lecitina de soja, 3% de mistura de óleo de atum e óleo de soja, 3,3% de pré-mistura de vitaminas e 1% de óxido crômico como marcador de digestibilidade.
[0154] Outro regime nutricional foi fornecido aos outros 200 camarões (20 repetições de 10 camarões), composto por 30% de pó de inseto mais 1% de óxido crômico como marcador, 63,7% de farinha de trigo, glúten e isolado de soja e lecitina
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25/37 de soja, 3% de uma mistura de óleo de atum e óleo de soja, 3,3% de pré-mistura de vitaminas e 1% de óxido crômico como marcador de digestibilidade.
[0155] O período de aclimatação foi uma semana. Após esse período, os camarões foram alimentados com os regimes nutricionais alocados em excesso (4%) três vezes por dia. Duas horas após a alimentação, os aquários foram limpos e, meia hora antes da alimentação a seguir, a matéria fecal foi coletada, por 1 a 2 semanas.
[0156] As amostras que originaram de cada regime nutricional foram coletadas em conjunto no final do experimento, a fim de ter material suficiente para análise. As mesmas foram secas em um forno de ar quente a 65 °C. As amostras das rações e da matéria fecal foram analisadas para lipídios e proteínas (AOAC, 2000). O óxido crômico foi determinado (Scott, 1978). O coeficiente de digestibilidade aparente (ADC) foi calculado conforme descrito por Cho et al. (1985).
[0157] Coeficiente de digestibilidade aparente (ADC %) = 100-(lndicador no regime nutricional em %)/lndicador na matéria fecal em % [0158] Coeficiente de digestibilidade aparente de nutrientes (ADC Nu%) = 100-(lndicador no regime nutricional em % X nutrientes na matéria fecal em %)/lndicador na matéria fecal em % X nutrientes no regime nutricional em %)
Experimento 3: Eficácia do pó de inseto no desempenho de crescimento e na imunidade de camarões brancos (Litopenaeus vanammei)
a. Projeto dos testes [0159] O experimento foi projetado de uma forma completamente aleatória (CMCA) com 5 regimes com 4 replicados.
________[0160] Os regimes nutricionais diferentes são indicados na Tabela 4 abaixo.
Regime nutricional Descrição Nível de farinha de peixe no regime nutricional Pó de inseto que substitui proteínas de farinha de peixe
T1 INSM substitui 0% de FM 25% 0%
T2 INSM substitui 18,75% 25% (5,15% INSM)
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25% de FM
T3 INSM substitui 50% de FM 12,5% 50% (10,30% INSM)
T4 INSM substitui 75% de FM 6,25% 75% (15,40% INSM)
T5 INSM substitui 100% de FM 0% 100% (20,50% INSM)
Tabela 4: Os regimes nutricionais diferentes [0161] O experimento foi executado em 20 aquários de vidro, em que cada um tem capacidade de 100 litros, com 70 litros de água salgada a 15 ppt (partes por trilhão). Camarões brancos jovens (aprox. 3 a 4 g) foram estocados a uma densidade de 40 camarões/m2 (10 por aquário). O pó de inseto foi misturado na nutrição enquanto o óleo de peixe foi gradualmente reduzido. As rações preparadas dessa forma foram fornecidas aos camarões 3 vezes por dia a uma quantidade compreendida entre 3 e 5% do peso corporal médio dos camarões por 8 semanas. A cada 2 a 3 dias, o desperdício de alimentação foi sifonado e 15 a 20% da água renovado.
[0162] Os ingredientes dos regimes nutricionais diferentes foram moídos para 150 a 250 microns, misturados em conjunto, então, 25% de água foi adicionado antes de passar através do cortador de Hobart. Os grânulos obtidos dessa forma foram secos em um forno de ar quente.
[0163] As composições aproximadas dos regimes nutricionais testadas, tais como a umidade, as proteínas, os lipídios, as fibras, a cinza e a energia, foram analisadas de acordo com a descrição de AOAC (2000). Essa composição química, assim como a composição de ingredientes, é resumida na Tabela 5 abaixo.
Matéria T1 INSM substitui 0% de FM T2 INSM substitui 25% de FM T3 INSM substitui 50% de FM T4 INSM substitui 75% de FM T5 INSM substitui 100% de FM
Farinha de peixe 25 18,75 12,5 6,25 0
Soja 25 25 25 25 25
Glúten de trigo 10 10 10 10 10
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Pó de fígado 5 5 5 5 5
Farinha de 26.7 26,6 26,65 26,15 25,55
Pó de inseto 0 5,15 10,3 15,4 20,5
Óleo de atum 2 2 2 2 2
Óleo de soja 1 0,85 0,75 0,65 0,55
Lecitina de 2 2 2 2 2
Lisina 0 0,1 0,2 0,3 0.4
Metionina 0 0,05 0,1 0,15 0,2
Fosfato monocálcico 0 1,2 2,2 3,3 4,5
Rocha calcária/conch a de ostra 0 0 0 0,5 1
Carbamida 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7
Pré-mistura de vitaminas 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Composição química por AOAC (2000)
Umidade (%) 9,38 8,82 8,75 9,02 9,45
Proteínas (%) 35,30 35.66 35,73 36,39 36,37
Lipídios (%) 7,18 7,16 7,18 7,06 7,06
Fibra (%) 2,86 2,86 2,85 2,79 2,78
Cinza (%) 8,25 8,02 7,35 6,65 6,03
Energia (Kcal/Kg) 4,470,38 4,434,08 4,404,79 4,362,88 4,318,97
Tabela 5: Composição dos regimes experimentais de nutrição
b. Parâmetros [0164] Os dados necessários para esse experimento se referem ao desenvolvimento de crescimento dos camarões sob condições de teste. Esses incluem:
- Desempenho de crescimento
- O peso vivo ou peso médio do camarão, o ganho de peso
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- A taxa de crescimento específica (SGR: {(Ln peso Semana 8) - (Ln peso Semana 0)} X100)/(período de cultura em dias)
- A taxa de conversão de alimentação (FCR: consumo de alimentação/produção de camarão)
- Sobrevivência (de acordo com o método de pesquisa de laboratório normaiytaxa de mortalidade
- Estado imunológico [0165] O estado imunológico é determinado no fim do estudo contando-se o total de hemócitos, a atividade de fenol-oxidase, as proteínas de hemolinfa.
[0166] Morfologia das vilosidades intestinais e hepatopâncreas.
[0167] No fim do estudo, histopatologia das vilosidades intestinais e hepatopâncreas foi executada.
Teste de resistência ao patógeno Vibrio parahaemolyticus.
[0168] A resistência dos camarões brancos do Pacífico a Vibrio parahaemolyticus foi estudada a fim de determinar a capacidade dos camarões para resistir às bactérias patogênicas.
[0169] Após alimentar os camarões com um regime nutricional experimental por 8 semanas, trinta camarões em cada regime foram amostrados e foram o sujeito de uma injeção de patógenos, a saber a bactéria Vibrio parahaemolyticus, 4,3/105 CFU (unidade de formação de colônia)/ml (4,6 logCFU/ml) injetada de modo intramuscular. A mortalidade foi registrada por 10 dias. A capacidade de redução de bactérias foi determinada.
Resultados dos Experimentos 1,2 e 3
Resultados do Experimento 1 [0170] A apetência do pó de inseto no regime nutricional do camarão branco (Litopenaeus vannamei) foi estudada, focando no tempo de início do consumo das rações pelos camarões, em que o número de camarões que consome as rações
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29/37 dentro de 15 minutos e a quantidade de rações consumidas durante a alimentação observada. Os resultados da capacidade de atração do pó de inseto foram apresentados na Tabela 6 abaixo. A capacidade de atração, em termos da quantidade de rações consumida durante a alimentação observada, o tempo de início de consumo das rações e o número de camarões que consome as rações não são significativamente diferentes entre os regimes nutricionais diferentes (p>0,05). O consumo nutricional diário por alimentação dos camarões alimentados com 30% de farinha de peixe (R1) parece ser estável, enquanto os grupos de camarões alimentados com 15% de farinha de peixe com e sem pó de inseto de Tenebrio molitor (R2-R5) mostram uma ampla variação no consumo de rações por alimentação. O tempo necessário para os camarões começarem a consumir as rações e o número de camarões que consome as rações é completamente estável após cinco dias do estudo. Esses elementos podem significar que a alimentação baseada no pó de inseto de Tenebrio molitor não mostraram atração maior nos regimes nutricionais dos camarões brancos. Além disso, isso também demonstra que a redução na farinha de peixe nos regimes nutricionais dos camarões brancos não tem um efeito significativo no consumo nutricional pelos camarões.
Atração R1 INSM 0 % - FM 30% R2 INSM 0 % - FM 15% R3 INSM 5 % - FM 10% R4 INSM 10 % - FM 5 % R5 INSM 15 % - FM 0 % valor P
Consumo nutricional (g por de alimentação) 1,32 1,25 1,18 1,12 1,19 0,340
Tempo de início de consumo de rações (segundos) 31,35 30,18 27,35 31,13 28,78 0,685
Número de camarões que consome rações dentro de 15 minutos 5,40 5,28 4,85 4,38 4,80 0,307
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Tabela 6: Capacidade de atração da alimentação baseada em pó de inseto no regime nutricional de camarões brancos com uma taxa de inclusão de 15% em farinha de peixe
Resultados do Experimento 2 [0171] A digestibilidade in vivo do pó de inseto de Tenebrio molitor em camarões brancos foi determinada pelo método indireto de acordo com Cho et al. (1985). A digestibilidade aparente de nutrientes é apresentada na Tabela 7 abaixo. Os resultados indicam que o pó de inseto de Tenebrio molitor tem um alto teor de proteínas e lipídios e uma digestibilidade de energia de 96 a 97%.
Digestibilidade aparente Pó de inseto
Digestibilidade de proteínas (%) 97,47+1,66
Digestibilidade de lipídios (%) 97,85+0,36
Digestibilidade de energia (%) 96,05+1,20
Tabela 7: Digestibilidade aparente dos nutrientes no pó de inseto de acordo com o Exemplo 1 (média + TE).
Resultados do Experimento 3
Eficácia do pó de inseto no desempenho de camarões brancos [0172] Os efeitos do pó de inseto no desempenho de camarões brancos (L. vannamei) foram estudados por 8 semanas. Os resultados no desenvolvimento de crescimento dos camarões foram apresentados na Tabela 8, assim como nas Figuras 1 e 2. Os resultados mostraram que a partir da 8a semana, o desenvolvimento de crescimento dos camarões em termos de peso final, ganho de peso, ganho diário médio e a taxa de crescimento específica foram significativamente maiores em relação ao controle (p<0,05). Os camarões alimentados com pó de inseto tiveram uma taxa de crescimento melhor que o controle (em que o dito controle tem 25% de farinha de peixe, sem um suplemento de pó de inseto). O consumo nutricional ao longo das 8 semanas, entretanto, não foi significativamente diferente (p>0,05). A taxa de sobrevivência ao longo de 8
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31/37 semanas também não foi significativamente diferente (p>0,05). A taxa de conversão de alimentação foi significativamente menor a partir da semana 8 para T2 a T5 em relação ao regime de controle (p<0,05). A razão de eficiência de proteína não é significativamente diferente (p>0,05).
[0173] Consequentemente, o pó de inseto pode promover a taxa de crescimento de camarões em um regime nutricional que reduz a farinha de peixe até uma substituição de 100% (taxa de inclusão de farinha de peixe 25% no regime de controle). O motivo é a alta digestibilidade das proteínas e dos lipídios do pó de inseto.
Desempenho de crescimento Período S T1 INSM substitu i 0% de FM T2 INSM substitu i 25% de FM T3 INSM substitu i 50% de FM T4 INSM substitu i 75% de FM T5 INSM substitu i 100% de FM valor p
Produção (g/aquário) 0 semana s 24,03a 22,48 a 24,00 a 24,95 a 21,87a 0,094
2 semana s 32,33 a 32,48 a 33,73 a 32,18a 32,12a 0,910
4 semana s 53,28 a 55,10a 54,75 a 59.62 a 56,13a 0.493
6 semana s 62,75 a 65,52 a 68,82 a 72,30 a 63,20 a 0,340
8 semana s 63,77 b 72,22 ab 79,00 a 78,55 a 71,62ab 0,025
Número de camarões (per aquário) 0 semana s 10 10 10 10 10 /
Final peso (g/indivíduo) 0 semana s 1,60 a 1,50 a 1,60 a 1,66 a 1,46 a 0,098
2 semana s 2,21 a 2,22 a 2,29 a 2,17a 2,17a 0,831
4 semana s 3,76 a 3,86 a 3,85 a 4,11 a 3,93 a 0,662
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Desempenho de crescimento Período s T1 INSM substitu i 0% de FM T2 INSM substitu i 25% de FM T3 INSM substitu i 50% de FM T4 INSM substitu i 75% de FM T5 INSM substitu i 100% de FM valor p
6 semana s 4,88 a 5,08 a 5,29 a 5,42 a 4,97a 0,537
8 semana s 5,54 b 6,43 a 6,87a 6,65 a 6,23 ab 0,030
Ganho de peso (g/indivíduo) 2 semana s 0,60 a 0,72 a 0,69 a 0,51 a 0,71 a 0,213
4 semana s 2,16a 2,36 a 2,25 a 2,45 a 2,47 a 0,592
6 semana s 3,28 a 3,58 a 3,69 a 3,76 a 3,51 a 0,665
8 semana s 3,94 b 4,93 a 5,27a 4,99 a 4,77 a 0,021
Ganho de peso diário (g/indivíduo/di a) 2 semana s 0,04a 0,05 a 0,05 a 0,04 a 0,05 a 0,019
4 semana s 0,08 a 0,08 a 0,08 a 0,09 a 0,09 a 0,628
6 semana s 0,08 a 0,09 a 0,09 a 0,09 a 0,08 a 0,672
8 semana s 0,07 b 0,09 a 0,09 a 0,09 a 0,09 a 0,007
Taxa de crescimento específica (%/dia) 2 semana s 2,29 a 2,81 a 2,56 a 1,88 a 2,82 a 0,087
4 semana s 3,05 a 3,38 a 3,12a 3,24 a 3,52 a 0,254
6 semana s 2,66 a 2,89 a 2,84a 2,81 a 2,91 a 0,577
8 semana s 2,22 b 2,59 a 2,60 a 2,47 a 2,59 a 0,016
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Desempenho de crescimento Período s T1 INSM substitu i 0% de FM T2 INSM substitu i 25% de FM T3 INSM substitu i 50% de FM T4 INSM substitu i 75% de FM T5 INSM substitu i 100% de FM valor p
Consumo nutricional (g/indivíduo) 2 semana s 0,53 a 0,50 a 0,53 a 0,55 a 0.48 a 0,097
4 semana s 1,67a 1,63 a 1,72 a 1,65 a 1,60 a 0,695
6 semana s 4,04 a 4,04 a 4,07a 4,15a 4,14a 0,977
8 semana s 6,17a 6,40 a 6,26 a 6,46 a 6,27a 0,975
Consumo nutricional diário (g/indivíduo/di a) 2 semana s 0,04a 0,04 a 0,04a 0,04 a 0,03 a 0,068
4 semana s 0,06 a 0,06 a 0,06 a 0,06 a 0,06 a 0,605
6 semana s 0,10a 0,10a 0,10a 0,10a 0,10a 0,946
8 semana s 0,11 a 0,11 a 0,11 a 0,12a 0,11 a 0,985
Taxa de conversão nutricional 2 semana s 0,90 a 0,80 a 0,84a 1,21 a 0,69 a 0,119
4 semana s 0,78 a 0,71 a 0,78 a 0,68 a 0,66 a 0,270
6 semana s 1,24 a 1,16a 1,11 a 1,13a 1,20 a 0,683
8 semana s 1,59 a 1,32 b 1,20 b 1,30 b 1,32 b 0,052
Taxa de sobrevivência (%) 2 semana s 97,78 a 97,78 a 97,78 a 98,89 a 98,89 a 0,924
4 semana s 94,44 a 95,56 a 94,44 a 96,67 a 95,56 a 0,909
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Desempenho de crescimento Período s T1 INSM substitu i 0% de FM T2 INSM substitu i 25% de FM T3 INSM substitu i 50% de FM T4 INSM substitu i 75% de FM T5 INSM substitu i 100% de FM valor p
6 semana s 85,56 a 86,67 a 86,67 a 88,89 a 84,44 a 0,719
8 semana s 76,67 a 75,56 a 76,67 a 78,89 a 76,67 a 0,896
Razão de eficiência de proteína 10 semana s 1,80 a 2,13a 2,33 a 2,12a 2,06 a 0,106
Comentário: As médias com os mesmos expoentes dentro das fileiras não são significativamente diferentes (p>0,05).
Tabela 8: Desempenho de crescimento dos camarões brancos alimentados com um regime nutricional que compreende pó de inseto no lugar da farinha de peixe e comparação com o controle (sem pó de inseto).
Imunidade dos camarões [0174] A imunidade dos camarões sob condições normais foi estudada ao longo de 8 semanas de experimento. Os resultados apresentados na Tabela 9 mostraram que não houve diferença significativa em relação ao controle (p>0,05) no número total de hematócitos, o teor de proteína da hemolinfa e a atividade de fenoloxidase. Consequentemente, o pó de inseto pode substituir farinha de peixe até 100% (taxa de inclusão de farinha de peixe 25% na fórmula nutricional) sem qualquer efeito indesejável na imunidade dos camarões.
[0175] O estado de resistência após injeção de Vibrio parahemolyticus é estudado ao longo de 6 horas. A imunidade dos camarões na Tabela 9 mostra uma alta (p<0,05) atividade de fenol-oxidase no grupo de camarões alimentados com o pó de inseto que substitui 50 a 100% da farinha de peixe (taxa de inclusão da farinha de peixe no regime nutricional de 10,3 a 20,6%). Mais particularmente, na Figura 3, uma correlação negativa é observada entre a presença de bactérias e atividade de
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35/37 fenol-oxidase. Além disso, existe uma forte correlação negativa entre a redução de bactérias e o aumento da inclusão de pó de inseto no regime nutricional (p<0,05).
Imunidade Estado T1 INSM substitui 0% de FM T2 INSM substitui 25% de FM T3 INSM substitui 50% de FM T4 INSM substitui 75% de FM T5 INSM substitui 100% de FM valor P
Número total de hematócitos (x106 células/ml) Normal 1,01a 1,24 a 1,16a 1,28 a 1,31 a 0,160
Injeção 0,89 a 1,16a 1,03 a 1,16a 1,10a 0,299
Teor de proteína da hemolinfa (g/dl) Normal 4,54 a 5,71 a 4,93 a 6,24a 6,01 a 0,674
Injeção 5,83 a 6,21 a 4,99 a 3,53 a 4,06 a 0,066
Atividade de fenoloxidase (unidade/mg proteína) Normal 113,24a 141,70a 135,43 a 137,93 a 121,98a 0,961
Injeção 29,29c 30,24c 66,29b 74,32ab 104,64a 0,002
Capacidade de redução (ou remoção de bactérias (Log UFC/ml) Injeção 4,33 a 4,25 ab 4,03 bc 3,82cd 3,72d 0,001
Comentário: As médias com os mesmos expoentes dentro das fileiras não são significativamente diferentes (p>0,05).
Tabela 9: Imunidade dos camarões brancos alimentados com pó de inseto de Tenebrio molitor como substituição para farinha de peixe e em comparação com o controle (sem pó de inseto).
Mortalidade dos camarões [0176] A mortalidade dos camarões após exposição a Vibrio parahaemolyticus, 4,3 x 105 ufc/ml, foi apresentada a Tabela 10, assim como na Figura 4. Os camarões alimentados com regimes nutricionais em que a farinha de
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36/37 peixe foi reduzida (em 50 a 100%) e suplementados com pó de inseto de Tenebrio molitor (substituindo a farinha de peixe em 50 a 100%) mostraram uma taxa de mortalidade significativamente menor (P<0,05) do que o regime de controle nutricional com 25% de farinha de peixe (T1) e do que o grupo de camarões alimentados com regimes nutricionais em que a farinha de peixe foi reduzida e suplementados com pó de inseto (25% de farinha de peixe substituído). Isso pode resultar da alta digestibilidade de lipídio e proteína do pó de inseto e de uma possível melhor qualidade dos lipídios em relação a óleo de soja, permitindo que os camarões obtenham mais nutrientes.
Dia(s) após T1 INSM substitui 0% de FM T2 INSM substitui 25% de FM T3 INSM substitui 50% de FP T4 INSM substitui 75% de FM T5 INSM substitui 100% de FM valor p
injeção patógeno do
Dia 1 0,00 0,00 0,00 0,00 ab 0,00 *
Dia 2 10,00 a 3,33 ab 0,00b 6,67 ab 0,00 b 0,029
Dia 3 23,33 a 13,33ab 3,33 b 13,33ab 3,33 b 0,008
Dia 4 30,00 a 23,33 ab 6,67 b 13,33ab 10,00 b 0,048
Dia 5 40,00 a 30,00 ab 10,00 b 13,33ab 13,33ab 0,014
Dia 6 40,00 a 30,00 ab 10,00 b 13,33ab 13,33ab 0,014
Dia 7 40,00 a 30,00 ab 10,00c 16,67bc 13,33bc 0,017
Dia 8 40,00 a 30,00 ab 10,00c 16,67bc 13,33bc 0,017
Dia 9 40,00 a 30,00 ab 10,00c 16,67bc 13,33bc 0,017
Dia 10 43,33 a 30,00 ab 10,00c 16,67bc 13,33bc 0,005
Taxa de mortalidade (%) 43,33 a 30,00 ab 10,00c 16,67bc 13,33bc 0,005
Taxa de sobrevivência (%) 56,67c 70,00 bc 90,00 a 83,33 ab 86,67 ab 0,005
Comentário: As médias com os mesmos expoentes dentro das fileiras não são significativamente diferentes (p>0,05).
* nenhuma análise estatística, o valor é o mesmo.
Tabela 10: Taxa de mortalidade cumulativa após injeção do patógeno Vibrio parahaemolyticus em camarões brancos alimentados com regimes nutricionais que
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37/37 compreendem pó de inseto no lugar da farinha de peixe e em comparação com o controle (sem pó de inseto).
Histologia do hepatopâncreas e as vilosidades intestinais dos camarões [0177] A histologia hepatopancreática dos camarões alimentados com o regime de controle nutricional e os regimes com o pó de inseto mostraram células B e células R maiores. Essas células produzem enzimas de regulamento de nutriente. Nos regimes nutricionais T2 a T5, as células B (secretória) e R (reserva) aumentaram mais do que no regime de controle T1. Isso significa que as células de hepatócitos, que têm mais nutrientes acumulados, podem ser reservas de glicogênio e/ou lipídios, como um resultado da alta digestibilidade de proteína ou lipídio do pó de inseto. A densidade e o comprimento de vilosidades intestinais foram altos sob todos os regimes nutricionais.
3. Conclusão [0178] Pó de inseto, em particular, de Tenebrio molitor, pode substituir farinha de peixe, até 100% de substituição da farinha de peixe, sem qualquer efeito negativo no desenvolvimento de crescimento, a saúde dos camarões e a histologia do hepatopâncreas e as vilosidades intestinais em camarões de tamanho pequeno (1 a 5 g) com um perfil nutricional equivalente entre os regimes nutricionais que compreendem farinha de peixe e/ou pó de inseto. Quando o pó de inseto substitui entre 25 e 100% da farinha de peixe no regime nutricional em camarões durante mais de 6 semanas, o camarão pode ter a melhor taxa de crescimento e uma alta digestibilidade. O grupo de camarões alimentados com pó de inseto de Tenebrio molitor como substituição para farinha de peixe a 50 ou 100% mostrou uma melhor resistência ao patógeno Vibrio parahaemolyticus.

Claims (12)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Pó de besouro CARACTERIZADO pelo fato de que é para uso no tratamento de vibriose.
  2. 2. Pó de besouro, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADO pelo fato de que é para uso no tratamento de vibriose em bivalves e decápodes.
  3. 3. Pó de besouro, de acordo com a reivindicação 2, CARACTERIZADO pelo fato de que é para uso no tratamento de enterite de camarão.
  4. 4. Pó de besouro, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADO pelo fato de que é para uso no tratamento de síndrome de mortalidade prematura de camarão/síndrome de necrose hepatopancreática aguda em camarões.
  5. 5. Pó de besouro para uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende pelo menos 67% em peso de proteínas e pelo menos 0,1% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de besouro.
  6. 6. Pó de besouro para uso, de acordo com a reivindicação 5, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende pelo menos 67% em peso de proteínas e pelo menos 5% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de besouro.
  7. 7. Pó de besouro para uso, de acordo com a reivindicação 5, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende pelo menos 71% em peso de proteínas e que compreende entre 0,1 e 2% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de besouro.
  8. 8. Pó de besouro para uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, CARACTERIZADO pelo fato de que é obtido a partir da espécie Tenebrio molitor.
  9. 9. Regime nutricional para moluscos e/ou crustáceos CARACTERIZADO pelo fato de que compreende pelo menos 5% em peso de pó de besouro, em que o
    Petição 870190060963, de 28/06/2019, pág. 49/53
    2/2 pó de besouro compreende pelo menos 71% em peso de proteínas e compreende entre 0,1 e 2% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de besouro.
  10. 10. Regime nutricional, de acordo com a reivindicação 9, CARACTERIZADO pelo fato de que compreende 20% em peso de pó de besouro.
  11. 11. Uso de um pó de besouro CARACTERIZADO pelo fato de que compreende pelo menos 67% em peso de proteínas e que compreende pelo menos 0,1% em peso de quitina, em que as porcentagens são dadas em relação ao peso total de pó de besouro, como um suplemento nutricional na nutrição humana ou animal.
  12. 12. Uso do pó de besouro, de acordo com a reivindicação 11, CARACTERIZADO pelo fato de que é como um suplemento nutricional na nutrição de moluscos e/ou crustáceos.
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