BR112019013425B1 - Uso de pelo menos uma preparação à base da planta do gênero glycyrrhiza, um antídoto produzido da mesma, e o uso de dito antídoto - Google Patents

Uso de pelo menos uma preparação à base da planta do gênero glycyrrhiza, um antídoto produzido da mesma, e o uso de dito antídoto Download PDF

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Abstract

A presente invenção refere-se ao uso de pelo menos uma preparação à base de planta do gênero Glycyrrhiza selecionada do grupo que compreende: farinha de uma planta do gênero Glycyrrhiza seca inteira; farinha das folhas da planta do gênero Glycyrrhiza seca; farinha das raízes da planta do gênero Glycyrrhiza seca; extrato seco aquoso da planta do gênero Glycyrrhiza; extrato seco aquoso/etanólico da planta do gênero Glycyrrhiza; e extrato aquoso da planta do gênero Glycyrrhiza, opcionalmente em conjunto com pelo menos um agente auxiliar, de modo a reduzir o efeito tóxico de pelo menos uma toxina fúngica polipeptídica em produtos agrícolas.

Description

[001] A presente invenção refere-se ao uso de pelo menos um extrato da planta do gênero Glycyrrhiza, e a um antídoto para aplica-ção oral, para reduzir o efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina de polipeptídeo, e o uso do referido antídoto.
[002] As preparações da planta do gênero Glycyrrhiza ou alcaçuz têm sido utilizadas como remédios desde os tempos antigos, e tam-bém são mencionadas na medicina tradicional chinesa como uma das 50 ervas fundamentais. Glycyrrhiza é um termo do grego que já descreve a principal propriedade da raiz desta planta, ou seja, que possui gosto doce e que é, além do mais, a raiz "glycos" que significa doce e "rhize" que significa raiz. Entre todas as espécies do gênero Glycyrrhiza, a Glycyrrhiza glabra é provavelmente a mais relevante, que constitui o mais importante representante de alcaçuzes além de Glycyrrhiza uralensis, que é utilizada principalmente na medicina tradicional chinesa. As substâncias contidas na raiz do alcaçuz, inter alia, são conhecidas há muito tempo pelas suas ações anti-inflamatórias e mucolíticas, um componente principal entre os ingredientes determinantes da eficácia da raiz de alcaçuz que é, sobretudo, o ácido glicirrí- zico, em particular o ácido 18-beta-glicirrízico. O teor de ácido glicirrí- zico varia em função do tratamento da raiz de alcaçuz e sua origem. Assim, diferentes teores de ácido glicirrízico podem ser obtidos de uma e da mesma raiz, dependendo do seu tratamento. Como outros ingredientes importantes da raiz de alcaçuz, cerca de 9% de substâncias contendo nitrogênio, até 3,5% de gordura, pequenos teores de tanino, até mais do que 30% de amido, óleos essenciais, L- asparagina, até 10% de água-mãe, e ao redor de 4% de resinas, ácido málico e ácido oxálico foram identificados.
[003] Um componente importante da raiz de alcaçuz, o ácido gli- cirrízico, foi inter alia investigado por Liu et al. (Zhongguo Zhong Yao Za Zhi, 2014, 39(19), 3841 et seq.) em relação ao seu efeito na ex-pressão de citocina induzida por lipopolissacarídeo-(LPS) em macró- fagos e observou-se que apresenta atividade anti-inflamatória.
[004] As fungitoxinas são produtos metabólicos secundários tóxicos formados por fungos de mofo. Dependendo do seu tipo e concen-tração nos alimentos, elas possuem efeitos negativos sobre o desempenho e a saúde dos animais de criação, pois podem provocar toxicoses de fungitoxina. Esses efeitos negativos incluem perda de desempenho, náusea, diarréia, redução da fertilidade, enfraquecimento do sistema imunológico, desenvolvimento de câncer e danos ao sistema nervoso. As fungitoxinas constituem assim um risco para a saúde e, consequentemente, um risco econômico que é pelo menos grande.
[005] Será ainda intensificado por fungos de mofo que podem simultaneamente formar diferentes fungitoxinas e metabólitos secundários. Portanto, métodos analíticos modernos, que são altamente precisos, na maioria dos casos detectaram várias fungitoxinas e meta- bólitos secundários em matérias-primas e, portanto, também em amostras de ração. Streit et al., Toxins, 2013, 5, 504, et seq. encontraram fungitoxinas e metabólitos secundários em mais de 90% das matérias-primas e amostras de ração testadas. Foram detectados de 7 a 69 metabólitos por amostra. Devido à presença de efeitos sinérgicos não investigados com detalhes, concentrações já muito baixas de fun- gitoxinas de ocorrência simultânea podem ter efeitos adversos em animais de criação.
[006] Espécies diferentes de fungos de mofo produzem fungitoxi- nas prejudiciais à agricultura, e. Aspergillus, Fusarium e Penicillium (Frisvad et al, Adv. Exp. Med. Biol., 2006, 571, 3, et seq.). As toxinas de mofos mais conhecidas e mais amplamente examinadas no campo da nutrição animal incluem aflatoxinas, por exemplo, aflatoxina B1, tri- cotecenos, por exemplo, desoxinivalenol, zearalenona, ocratoxina A e fumonisinas, por exemplo, fumonisina B1.
[007] O documento CN10512673A (D1) descreve um produto de chá contendo madeira doce que pode ser utilizado para inibir e prevenir cargas de toxina ou efeitos das toxinas.
[008] O documento RASHIN MOHSENI ET AL: “Antitoxin charac-teristic of licorice extractr: the inhibitory effect on aflatoxin production in Aspergillus parasiticus”, JOURNAL OF FOOD SAFETY, WILEY- BLACKWELL PUBLISHING, INC, UNITED STATES, Bd. 34, No. 2, January 1, 2014 (2014-01-01) afirma que os extratos de Glycyrrhiza glabra possuem atividade antitoxina e são capazes de reduzir a produção de aflatoxinas.
[009] A esta altura, mais de 500 fungitoxinas diferentes e seus metabólitos secundários são conhecidos, beauvericina (CAS-No: 26048-05-5), eniatinas (CAS-No: 11113-62-5) tais como a eniatina A (CAS-No: 2503-13-1), A1 (CAS-No: 4530-21-6), B (CAS-No: 917-13-5), B1 (CAS-No: 19914-20-6), B2, B3 e apicidina (CAS-No: 183506-663) sendo representantes importantes. No artigo de Streit et al. (Toxins, 2012, 4, 788 et seq.), a beauvericina foi encontrada em 89%, eniatinas diferentes em 96% e apicidina em 66% das amostras. As eniatinas puderam ser detectadas em 37%, 68% e 76%, respectivamente, das amostras de alimento testadas (n = 4251), amostras de ração (n = 3640) e em 141 amostras diferentes de cereais não processadas (n = 2647), enquanto que a beauvericina foi detectada em 20%, 21% e 54%, respectivamente, das amostras de alimentos testados (n = 732), amostras de ração (n = 861) e 198 amostras diferentes de cereais não processados (n = 554). Todas as amostras foram coletadas na Europa no período entre 2000 e 2013 (EFSA Journal, 2014, 12, 3802).
[0010] As eniatinas (ENNs), beauvericina (BEA) e apicidina (API) podem ser classificadas em um grupo comum devido ao seu tipo de síntese. Elas são formadas através da biossíntese de peptídeo e compartilham uma estrutura de polipeptídeo. As eniatinas e beauvericina apresentam estruturas simétricas e compreendem três ligações peptí- dicas com ligações alternadas de éster e amida. A apicidina não é simetricamente estruturada, compreendendo quatro ligações peptídicas que são ligações de amida. No que se segue, as eniatinas, beauverici- na e apicidina são comumente referidas como “fungitoxinas polipeptí- dicas” como um subgrupo das fungitoxinas. Os distúrbios e doenças provocadas por fungitoxinas polipeptídicas em indivíduos tais como seres humanos e animais são aqui referidos como “toxicoses de fungi- toxina polipeptídica”. Em contraste, o desoxinivalenol e a aflotoxina B1 são preparados por uma via completamente diferente, isto é, através da biossíntese de isobutila, e possuem uma estrutura de poli-isopreno.
[0011] Toxicoses de fungitoxina polipeptídica provocadas por enia- tinas, beauvericina e apicidina:
[0012] As eniatinas são conhecidas de apresentar efeitos citotóxi- cos sobre as linhagens celulares de mamífero em ensaios in vitro. Teores elevados de eniatina podem ser detectados no jejuno, no fígado e no tecido adiposo de ratos, a partir dos quais se poderia concluir que a absorção mais elevada ocorre no jejuno ou no intestino delgado. McKee et al. (J. Nat. Prod, 1997, 60, 431 et seq.) demonstraram que doses elevadas de eniatinas eram letais para testar camundongos em um estudo, mesmo doses baixas levaram à perda de peso.
[0013] A bauvericina, pelo menos em aves domésticas, está ligada com um aumento no peso do coração. Já baixas concentrações de beauvericina causam efeitos tóxicos em ensaios in vitro.
[0014] Park et al. (Appl. Environ. Microbiol., 1999, 86, 126 et seq.) mostraram que a apicidina, que é um inibidor cíclico da histona desa- cetilase, possui efeitos tóxicos em ratos, perceptíveis por perda de peso, sangramentos no abdômen, intestino e bexiga, seguidos pela morte. Além do mais, efeitos antiproliferativos e citotóxicos podem ser detectados nas linhagens celulares de mamíferos.
[0015] Sinais gerais de toxicoses fungitoxinas polipeptídicas em animais de criação, em particular suínos e aves domésticas, incluem falta de apetite e diarréia, que têm efeitos negativos nos parâmetros de desempenho tais como peso do animal vivo, relação de conversão alimentar ou peso do ovo.
[0016] A primeira etapa para evitar toxinas nocivas, isto é, tanto fungitoxinas quanto fungitoxinas polipeptídicas, é a aplicação de práticas agrícolas adequadas e boas condições de armazenamento de produtos agrários. As análises de amostras de ração demonstraram, no entanto, que estas medidas são insuficientes. Assim, aditivos para alimentação animal têm sido utilizados para proteger os animais dos efeitos adversos das fungitoxinas sobre a sua saúde e desempenho. Eles compreendem diferentes ingredientes.
[0017] Aditivos de ração eficientes já foram aplicados no caso de contaminação por fungitoxina da ração animal com aflatoxinas, zeara- lenonas, tricotecenos, ocratoxina A e fumonisinas. No entanto, até agora, nenhum aditivo de ração que atua sobre as fungitoxinas poli- peptídicas, beauvericina, eniatinas e/ou apicidina, foi conhecido.
[0018] Existe assim uma necessidade substancial de reduzir os teores de fungitoxinas polipeptídicas nos alimentos e rações na maior extensão possível, e reprimir, na medida do possível, quaisquer fungi- toxinas polipeptídicas neles contidas, através do uso de aditivos de ração e/ou substâncias ou grupos de substância que absorvam ou degradam ou tornam inofensivas essas fungitoxinas polipeptídicas.
[0019] Para resolver este objetivo, pelo menos uma preparação de planta do gênero Glycyrrhiza selecionada do grupo de farinha, extrato aquoso, extrato aquoso/etanólico, extrato seco aquoso e extrato seco aquoso/etanólico de uma planta do gênero Glycyrrhiza inteira ou de raízes da planta do gênero Glycyrrhiza, opcionalmente juntamente com pelo menos um excipiente para uso oral, é utilizada de acordo com a presente invenção para reduzir o efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina polipeptídica selecionada do grupo de eniatinas, em particular eniatina A, eniatina A1, eniatina B, eniatina B1, eniatina B2 ou eniatina B3; beauvericina e apicidina em produtos agrários. Observou-se surpreendentemente que quando se utiliza uma preparação de planta do gênero Glycyrrhiza selecionada do grupo das farinhas, extrato aquoso, extrato aquoso/etanólico, extrato seco aquoso e extrato seco aquoso/etanólico de uma planta do gênero Glycyrrhiza inteira ou das raízes da planta do gênero Glycyrrhiza, é possível inibir os efeitos tóxicos das fungitoxinas polipeptídicas selecionadas do grupo das eni- atinas, em particular eniatina A, eniatina A1, eniatina B, eniatina B1, eniatina B2 ou eniatina B3; beauvericina e apicidina em produtos agrários a tal ponto que os riscos de um indivíduo consumi-los, em particular seres humanos ou animais, não mais existem ou, em particular, são substancialmente reduzidos.
[0020] Uma redução quase completa, em particular substancial, do efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina polipeptídica selecionada do grupo de eniatinas, apicidina ou beauvericina será alcançada se uma planta do gênero Glycyrrhiza do grupo que consiste em Glycyrrhiza glabra e Glycyrrhiza uralensis for utilizada.
[0021] Quando se utiliza um extrato seco aquoso da planta do gê-nero Glycyrrhiza, em particular das raízes da planta de Glycyrrhiza glabra, que contém entre 4% (p/p) e 10% (p/p), em particular 7% (p/p), do ácido glicirrízico, uma redução ainda maior dos efeitos de fungitoxi- nas polipeptídicas específicas, ie beauvericina, eniatinas e também apicidina, pode surpreendentemente ser alcançada, embora o próprio ácido glicirrízico é conhecido de não mostrar nenhuma atividade por si só, e a quantidade utilizada de ácido glicirrízico é, portanto, considerada apenas como uma medida equivalente para os ingredientes ativos. Através do uso de pelo menos uma preparação de planta do gênero Glycyrrhiza de acordo com a presente invenção, tornou-se possível, em particular, eliminar completamente o efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina polipeptídica específica selecionada do grupo de enia- tinas, em particular eniatina A, eniatina A1, eniatina B e eniatina B1; beauvericina e apicidina, ou reduzi-lo a tal ponto que nenhum efeito prejudicial sobre o animal ou mesmo organismo humano deve ser esperado.
[0022] A dosagem exata das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza e, portanto, a garantia de uma redução amplamente completa dos efeitos tóxicos de fungitoxinas polipeptídicas, isto é, eniati- nas, apicidina e beauvericina, será possível se, como em correspondência com um desenvolvimento adicional da invenção, o extrato seco, em particular das raízes da planta Glycyrrhiza glabra, com ácido glicir- rízico entre 4% (p/p) e 10% (p/p), em particular 7% (p/p), ou uma quantidade equivalente de um das outras preparações de planta do gênero Glycyrrhiza de acordo com a presente invenção, for utilizada em uma quantidade de pelo menos 1 g, preferivelmente de 1 g a 100 g, de uma maneira particularmente preferida de 7 g a 50 g para frangos de corte, de um maneira particularmente preferida de 5 g a 30 g para galinhas poedeiras e, de uma maneira particularmente preferida de 5 g a 30 g para porcos, em particular leitões de reprodução, por tonelada de produto agrário, em particular de ração ou produto alimentar.
[0023] Equivalência refere-se às concentrações dos materiais fito- gênicos ou substâncias contidas nas preparações de planta do gênero Glycyrrhiza. Uma substância bem caracterizada e facilmente quantifi- cável é o ácido glicirrízico, o qual é encontrado nas raízes de Glycyrrhiza. A fração de ácido glicirrízico nas preparações de plantas do gênero Glycyrrhiza serve como um indicador da concentração da totalidade de agentes fitogênicos ou substâncias ativas.
[0024] Por quantidade equivalente de preparações de planta do gênero Glycyrrhiza, essas quantidades em que a quantidade total de ácido glicirrízico é igual são compreendidas. Assim, 100 g de um extrato seco com ácido glicirrízico a 4% (p/p) são, por exemplo, equivalentes a 50 g de um extrato seco com ácido glicirrízico a 8% (p/p). Se, por exemplo, 50 g de um extrato seco aquoso com 10% (p/p) de ácido gli- cirrízico for utilizado por tonelada de alimento, a administração de 100 g de outra preparação de planta do gênero Glycyrrhiza, em particular de outro extrato seco aquoso, com um teor de ácido glicirrízico a 5% (p/p) será equivalente a este.
[0025] A eficácia das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza ou antídotos de Glycyrrhiza, ou antídotos, de acordo com a invenção, em particular os seus efeitos positivos nos parâmetros de desempenho de animais de criação que sofrem de toxicoses de fungitoxina polipep- tídica, aumenta com uma quantidade crescente de preparações de planta do gênero Glycyrrhiza ou antídotos de Glycyrrhiza, ou antídotos, utilizados. Com concentrações de fungitoxina polipeptídica em alimentos ou produtos de alimentação de 34 ppb de eniatina A, 40 ppb de eniatina A1, 510 ppb de eniatina B, 392 ppb de eniatina B1, 4 ppb de eniatina B2, 0,34 ppb de eniatina B3, 717 ppb de beauvericina e 122 ppb de apicidina, claros efeitos positivos sobre os parâmetros de desempenho, em particular um aumento do peso e da taxa de postura de ovos, e assim uma boa eficácia das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza ou antídotos de Glycyrrhiza, ou antídotos, contra toxicoses de fungitoxina polipeptídica, são reconhecíveis. A quantidade ideal de uso das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza ou antídotos de Glycyrrhiza, ou antídotos, sempre se correlacionará com a concentra- ção de fungitoxinas polipeptídicas. Quanto mais fungitoxinas polipeptí- dicas no alimento ou na ração, tanto maiores são as quantidades necessárias de preparações de planta do gênero Glycyrrhiza ou antídotos de Glycyrrhiza, ou antídotos.
[0026] Resultados especialmente bons serão obtidos se as prepa-rações de planta do gênero Glycyrrhiza forem utilizadas de tal modo que o produto agrário seja selecionado de alimentos ou rações consistindo, ou contendo pelo menos um produto contaminado com pelo menos uma fungitoxina polipeptídica e selecionado do grupo de cereais, milho, arroz, soja e outras leguminosas, colza, pastos e ervas.
[0027] Com isso, assim como em correlação com um outro desen-volvimento da invenção, as preparações de planta do gênero Glycyrrhiza são utilizadas de tal modo que o excipiente contido adicional é selecionado do grupo que consiste de veículos inertes, vitaminas, minerais, substâncias fitogênicas, enzimas e outros componentes para desintoxicar micotoxinas tais como enzimas de degradação de micoto- xinas, em particular aflatoxina oxidases, ergotamina hidrolases, ergo- tamina amidases, zearalenona esterases, zearalenona lactonases, ze- aralenona hidrolases, ocratoxina amidases, fumonisina aminotransferases, fumonisina carboxiltransferases, aminopoliol aminoxidases, de- soxinivalenol epóxido hidrolases, desoxinivalenol desidrogenases, deoxilnivalenol oxidases, tricoteceno desidrogenases, tricoteceno oxidases; e microrganismos transformadores de micotoxinas tais como DSM 11798; e substâncias de ligação à micotoxina, por exemplo, paredes celulares microbianas ou materiais inorgânicos tais como bento- nita, tornou-se possível também degradar, ou tornar inócuas, outras fungitoxinas polipeptídicas de ocorrência parcial mesmo em grandes quantidades além das fungitoxinas polipeptídicas: eniatinas, beauveri- cina e apicidina.
[0028] Além do uso das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza para reduzir o efeito tóxico de fungitoxinas polipeptídicas em alimentos ou rações, também tem sido exigido um produto que contrarie os efeitos adversos de tais fungitoxinas polipeptídicas após uma possível ingestão do mesmo.
[0029] Para resolver este objetivo, a presente invenção ainda tem em vista um antídoto para a aplicação oral para reduzir o efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina polipeptídica, selecionado do grupo de eniatinas, em particular eniatina A, eniatina A1, enidina B, eniatina B1, eniatina B2 ou eniatina B3; beauvericina e apicidina compreendendo pelo menos uma preparação de planta do gênero Glycyrrhiza, selecionada do grupo de farinha, extrato aquoso, extrato aquoso/etanólico, extrato seco aquoso e extrato seco aquoso/etanólico de uma planta do gênero Glycyrrhiza inteira ou das raízes da planta do gênero Glycyrrhiza, opcionalmente em conjunto com pelo menos um excipien- te. A aplicação oral de pelo menos uma preparação de planta do gênero Glycyrrhiza, opcionalmente em conjunto com pelo menos um outro excipiente, como um antídoto, permite a neutralização ou inibição ou prevenção dos efeitos adversos das fungitoxinas polipeptídicas simultaneamente com a sua ingestão. Com isso, a preparação da planta do gênero Glycyrrhiza é selecionada do grupo de farinha, extrato aquoso, extrato aquoso/etanólico, extrato seco aquoso e extrato seco aquo- so/etanólico da planta do gênero Glycyrrhiza inteira ou das raízes da planta do gênero Glycyrrhia, ela pode ser ingerida juntamente com o alimento ou produto alimentar possivelmente contaminado de modo a impedir imediatamente qualquer efeito nocivo sobre o organismo.
[0030] Para uma ação particularmente eficaz do antídoto, a pelo menos uma fungitoxina polipeptídica pode ser selecionada do grupo das eniatinas, em particular eniatina A, eniatina A1, enidina B e eniati- na B1, eniatina B2 ou eniatina B3; beauvericina e apicidina, com em concordância com o desenvolvimento da invenção. Isto é, em particu lar, de relevância porque as eniatinas têm sido, por exemplo, mostra-das de interagir com as proteínas e, por exemplo, inibir o colesterol aciltransferase nos microssomos do fígado de rato. Além do mais, foi observado que as eniatinas estão contidas em até 76% de todos os grãos selecionados de cereais, milho ou arroz, de tal modo que possuem uma participação substancial nos efeitos adversos exercidos pelas fungitoxinas polipeptídicas. A beavericina também foi examinada quanto ao seu efeito tóxico em camundongos e aves domésticas, e descobriu-se que a beauvericina é capaz de se acumular nos ovos das aves. A ingestão de ração contaminada provoca uma redução do peso dos ovos das aves domésticas, em particular das galinhas poedeiras, uma redução da taxa de postura dos ovos e um aumento na relação de conversão alimentar dos animais de criação em geral. A beauveri- cina também foi detectada em até 54% dos grãos não tratados.
[0031] O antídoto irá apresentar uma atividade particularmente vantajosa e, em particular, uniformemente boa se a planta do gênero Glycyrrhiza for selecionada do grupo que consiste de Glycyrrhiza gla-bra e Glycyrrhiza uralensis.
[0032] Assim, como em correspondência com um desenvolvimento adicional da invenção, o extrato seco aquoso contendo de 4% (p/p) a 10% (p/p), em particular 7% (p/p), de ácido glicirrízico, é utilizado, as fungitoxinas polipeptídicas contidas nos alimentos ou produtos alimentares podem se tornar completamente inofensivas após a digestão, em que os efeitos adversos do ácido glicirrízico conhecidos da literatura, a saber, sintomas como hipertensão ou retenção de água, serão evitados.
[0033] De acordo com um outro desenvolvimento da invenção, é preferível proceder de tal modo que pelo menos 1 g do extrato seco aquoso com uma concentração de ácido glicirrízico de 7% (p/p), preferivelmente de 1 g a 100 g, de uma maneira particularmente preferida de 7 g a 50 g para frangos de corte, de um modo particularmente preferido de 5 g a 40 g para galinhas poedeiras, e de um modo particularmente preferido de 5 g a 30 g para porcos, em particular leitões reprodutores, ou quantidades equivalentes, são utilizadas por tonelada de produto agrário, em particular ração ou produto alimentar. Tornou- se possível por tal uso tornar quase completamente inofensivas as fungitoxinas polipeptídicas eniatina, beauvericina e apicidina em rações ou produtos alimentares, de modo a prevenir com segurança, ou mesmo proteger contra, a ocorrência de efeitos adversos tais como sintomas de envenenamento em seres humanos e animais.
[0034] Além disso, como em correspondência com um desenvol-vimento adicional da invenção, o antídoto é ainda concebido de tal modo que ele contém mais do que 50% (p/p), de preferência mais do que 90% (p/p), em particular 100% (w / w), da pelo menos uma preparação de planta do gênero Glycyrrhiza, tornou-se possível utilizar os efeitos sinérgicos dos ingredientes das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza. Ao fazê-lo, observou-se surpreendentemente que o componente mais conhecido das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza, isto é, o próprio ácido glicirrízico, não apresenta qualquer atividade contra as fungitoxinas polipeptídicas. A ação positiva das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza de acordo com a invenção contra fungitoxinas polipeptídicas é, portanto, baseada em outros ingredientes da raiz de alcaçuz ainda não conhecidos com detalhes, ou ingredientes da raiz de alcaçuz não conhecidos detalhadamente em termos de atividade, contribuindo ainda para o efeito desejado, em particular a prevenção de impactos adversos das fungitoxinas polipep- tídicas.
[0035] Pelo fato de que o antídoto é ainda desenvolvido de tal modo que pelo menos um excipiente é selecionado do grupo que consiste de veículos inertes, vitaminas, minerais, substâncias fitogênicas, enzi- mas e outros componentes para desintoxicar micotoxinas, tais como enzimas de degradação de micotoxinas, em particular aflatoxina oxi-dases, ergotamina hidrolases, ergotamina amidases, zearalenona esterases, zearalenona lactonases, zearalenona hidrolases, ocratoxina amidases, fumonisina aminotransferases, fumonisina carboxiltransfe- rases, aminopoliol aminoxidases, desoxinivalenol epóxido hidrolases, desoxinivalenol desidrogenases, deoxilnivalenol oxidases, tricoteceno desidrogenases, tricoteceno oxidases; e microrganismos transformadores de micotoxinas tais como DSM 11798; e substâncias de ligação à micotoxina, por exemplo, paredes celulares microbianas ou materiais inorgânicos tais como bentonita, tornou-se possível expandir os efeitos positivos para outras substâncias potencialmente nocivas tais como as micotoxinas do grupo de fumonisinas, aflatoxinas, desoxinivalenol, tri- cotecenos ou ocratoxinas.
[0036] A este respeito, pode ser preferivelmente procedido de tal modo que o antídoto seja utilizado para a produção de uma prepara-ção para uso oral para prevenir ou tratar toxicoses de fungitoxina poli- peptídica. Uma tal preparação pode, em particular, ser utilizada para a profilaxia e tratamento de toxicoses de fungitoxina polipeptica provocadas por fungitoxinas polipeptídicas selecionadas do grupo de enidi- nas, em particular eniatina A, eniatina A1, eniatina B, eniatina B1, enia- tina B2 ou eniatina B3; beauvericina e apicidina. Desse modo, é particularmente possível prevenir ou remediar os efeitos nocivos das fungi- toxinas polipeptídicas sem envolver ao mesmo tempo quaisquer efeitos adversos provocados pelo ácido glicirrízico, tais como hipertensão ou similares.
[0037] Por indivíduos devem ser compreendidos seres humanos e animais, ainda em particular animais de criação, de preferência suínos e aves domésticas tais como frangos de corte ou galinhas poedeiras, perus, bovinos ou vitelos.
[0038] As toxicoses de fungitoxina polipeptídicas acima de tudo podem ser provocadas por rações ou produtos alimentares contami-nados, isto é, aqueles contaminados com fungitoxinas polipeptídicas, quantidades de fungitoxina polipeptídica tão baixas quanto cerca de 500 ppb já apresentam efeitos tóxicos. Uma toxicose de fungitoxina polipeptídica, em particular na pecuária, é aqui definida como uma doença desencadeada por fungitoxinas polipeptídicas selecionadas do grupo das eniatinas, em particular eniatina A, eniatina A1, eniatina B, eniatina B1, eniatina B2 ou eniatina B3; beauvericina e apicidina e que leva a uma deterioração de pelo menos um parâmetro de desempenho em pelo menos 4%, preferivelmente 10%, em relação ao grupo de controle positivo.
[0039] Com frangos de corte, sinais externos claros de toxicose de fungitoxina polipeptídica, em particular deteriorações dos parâmetros de desempenho, ocorrem pelo menos a partir de uma concentração global de fungitoxina polipeptídica de cerca de 5000 ppb, em particular 4986,34 ppb.
[0040] Com galinhas poedeiras, os sinais externos claros de toxi- cose de fungitoxina polipeptídica, em particular deteriorações dos parâmetros de desempenho, ocorrem pelo menos a partir de uma concentração global de fungitoxina polipeptídica de cerca de 2000 ppb, em particular 1985 ppb.
[0041] Em suínos, em particular leitões de reprodução, sinais ex-ternos claros de toxicose de fungitoxina polipeptídica, em particular deteriorações dos parâmetros de desempenho, ocorrem pelo menos a partir de uma concentração global de fungitoxina polipeptídica de cerca de 7000 ppb, em particular 7183,6 ppb.
[0042] Qualquer antídoto acima descrito ou preparação de planta do gênero Glycyrrhiza pode ser utilizado como antídotos de Glycyrrhiza para o tratamento e/ou profilaxia de toxicoses de fungitoxi- na polipeptídica, um extrato seco aquoso da raiz de Glycyrrhiza glabra sendo preferível.
[0043] A quantidade eficaz do antídoto de Glycyrrhiza é uma função da quantidade das fungitoxinas polipeptídicas contidas na ração ou alimento contaminado e pode também depender do indivíduo em questão. A quantidade efetiva de um antídoto de Glycyrrhiza na forma de um extrato seco aquoso a 100% da raiz de Glycyrrhiza glabra com uma concentração de ácido glicirrízico de 7% (p/p), por quilograma de ração ou alimento, equivale aproximadamente a: - pelo menos 1 mg, 1 mg a 100 mg, preferivelmente de 7 mg a 50 mg para frangos de corte; - pelo menos 1 mg, 1 mg a 100 mg, preferivelmente de 5 mg a 40 mg para galinhas poedeiras; - pelo menos 1 mg, 1 mg a 100 mg, de um modo preferido de 5 mg a 40 mg, para suínos, em particular leitões de reprodução.
[0044] Ficará claro para o especialista versado que o extrato seco aquoso a 100% da raiz de Glycyrrhiza glabra com uma concentração de ácido glicirrízico de 7% (p/p) pode ser substituído por qualquer outro antídoto de Glycyrrhiza aqui descrito assim que este último for utilizado em uma quantidade equivalente.
[0045] Esta quantidade eficaz é suficiente para tornar quase com-pletamente ineficaz a atividade tóxica das fungitoxinas polipeptídicas, quase eliminando assim os efeitos adversos das fungitoxinas polipep- tídicas sobre a saúde dos indivíduos e nos seus parâmetros de desempenho.
[0046] No que se segue a invenção será explicada com maiores detalhes por meio das modalidades exemplares.
Exemplo 1: Produção das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza
[0047] Nos seguintes testes e exemplos, um extrato seco secado por pulverização contendo como produto final ácido glicirrízico a 7% (p/p) e ácido glicirretínico a 0,003% (p/p) foi utilizado como preparação de planta do gênero Glycyrrhiza. Os teores de ácido glicirrízico e de ácido glicirretínico podem variar em função do material de partida e da operação do processo, como conhecido do especialista versado. Tais preparações de planta do gênero Glycyrrhiza com concentrações di-vergentes de ácido glicirrízico e ácido glicirretínico, também são incluídas pela invenção, as suas quantidades de aplicação tendo que ser adaptadas aos teores de ingredientes fitogênicos a fim de garantir o uso de quantidades respectivamente equivalentes, com base no teor de ácido glicirrízico.
[0048] Para produzir este extrato, procedeu-se da seguinte forma: Após a colheita da raiz de Glycyrrhiza glabra com 3 a 4 anos de idade, ela foi inicialmente desintegrada e triturada com água até uma polpa fina, dita polpa tendo sido fervida e concentrada durante várias horas, em particular 3 horas. O extrato, após ter sido filtrado e deixado em repouso, é ainda extraído através da extração com vapor aquoso sob pressão reduzida. Deste modo, forma-se um sumo concentrado natural, o qual é subsequentemente fervido ainda sob agitação constante e ainda mais concentrado para se obter o extrato aquoso de Glycyrrhiza.
[0049] Em uma outra etapa de processamento e secagem, o extrato aquoso de Glycyrrhiza é secado por pulverização. Esta técnica de evaporação de alta velocidade baseia-se na secagem de pequenas gotículas em um gás de secagem temperado e inerte. Ao fazer isso, a formulação líquida é atomizada em gotículas finas e uniformemente distribuída no ar de secagem da torre de pulverização. Isto leva a um aumento na área total da superfície do líquido e permite que o produto seja seco dentro de um curto período de tempo. O produto final é um pó seco de circulação livre de tamanho de partícula relativamente uni-forme, isto é, o extrato seco de Glycyrrhiza. Depois disso, o produto é qualitativamente avaliado e pode ser dissolvido novamente pela ingestão oral de indivíduos, ou para a realização de testes adicionais (Kara- saaslaan und Dalgici, J. Food Sci. Technol., 2014, 51(11), 3014 et seq.; Bauer et al., Lehrbuch der Pharmazeutischen Technologie, 2012, ISBN 978-3-8047-2552-2).
Exemplo 2: Efeito protetor in vitro do extrato seco de Glycyrrhiza con-tra fungitoxinas polipeptídicas
[0050] De modo a testar as correlações das fungitoxinas polipeptí- dicas no tecido epitelial sob condições controladas, estudos in vitro foram executados. Nesse particular, sistemas de teste bem caracterizados baseados em culturas celulares e descritos na literatura foram empregados. Para aditivos alimentares, células epiteliais do respectivo órgão em questão, por exemplo, no presente caso as células IPEC-J2 do intestino de suíno foram preferidas. As células epiteliais utilizadas do intestino de suíno oferecem a vantagem de serem células não transformadas ainda tendo todas as importantes propriedades das células intestinais normais e grandes semelhanças fisiológicas tais como a formação de proteínas viáveis de junções estreitas, que são acima de tudo essenciais para a barreira intestinal, assim como a expressão de enzimas e sistemas de transporte característicos (por exemplo, P- glicoproteína, transportadores do citocromo P450 3A4, vit. B 12, etc.).
[0051] Tais sistemas de teste in vitro constituem métodos importantes e aprovados para a previsão de resultados in vivo, o que permite ainda a renúncia dos estudos de biodisponibilidade. Uma linhagem celular humana, células Caco-2, que são muito similares às células IPEC-J2 em muitos aspectos, já foi publicada no final da década de 1980 para investigar o transporte de substâncias farmacêuticas. Mais tarde, boas correlações entre os dados de permeabilidade obtidos das monocamadas de células e a taxa de absorção oral foram encontradas. É por isso que este modelo encontrou seu caminho na indústria farmacêutica. Além disso, a agência americana de aprovação, FDA, publicou uma diretiva sobre isso, fornecendo um contexto para o assim chamado Biopharmaceutics Classification System (BCS), a determinação da permeabilidade intestinal por meio de sistemas de cultura de células validados. Com base nesses dados in vitro, a renúncia aos estudos de biodisponibilidade é possível em certos casos.
[0052] Para os exames in vitro de um extrato seco de Glycyrrhiza, este foi extraído de novo, produzindo assim um extrato secundário de Glycyrrhiza. O extrato secundário de Glycyrrhiza foi preparado em que 1 g do extrato seco de Glycyrrhiza e 9 ml de etanol a 70% foi cada um pesado, misturado e agitado em 700 rpm durante uma hora na temperatura ambiente. Depois disso, a solução foi centrifugada e o sobrena- dante líquido foi filtrado estéril utilizando um filtro de 0,2 μm e ainda diluído com meio IPEC-J2. O extrato secundário de Glycyrrhiza foi testado in vitro nas seguintes concentrações: 250 μg, 500 μg e 1000 μg de extrato seco de Glycyrrhiza por ml de meio na formulação de teste, no que se segue também referido como 250, 500 e 1000 μg/ml de extrato secundário de Glycyrrhiza.
[0053] O fato de que os extratos etanólicos são capazes de dissol-ver mais ingredientes do que os extratos puramente aquosos, e assim estão mais próximos da situação in vivo, em que devido às condições ácidas ou básicas e várias enzimas no trato gastrointestinal, também mais ingredientes são solubilizados do que por uma extração puramente aquosa, foi a razão essencial para os extratos secundários com etanol a 70% terem sido preparados para os ensaios in vitro.
[0054] Na literatura, o ácido glicirrízico é considerado de ser um dos principais componentes fitogênicos da raiz de alcaçuz. As concen-trações de ácido glicirrízico e ácido glicirretínico nos extratos de Glycyrrhiza secundários preparados foram determinadas utilizando LC- MS/MS (Agilent 1290 Infinity and Sciex 5500 QTrap). Para este fim, estes extratos foram, cada um, separados utilizando uma coluna de bifenila Kinetex (100 x 3 mm). O monitoramento de múltiplas reações (MRM) foi em 471/105 e 471/119 Da para o ácido glicirretínico, e 823/453 e 823/647 Da para o ácido glicirrízico. Devido à boa solubili-dade do ácido glicirrízico e do ácido glicirretínico, pode-se antecipar que a quantidade total contida no extrato seco aquoso também é dissolvida no extrato secundário. Os extratos secos de Glycyrrhiza preparados continham ácido glicirrízico 7% (p/p) e ácido glicirretínico 0,03% (p/p).
[0055] A eficácia da forma de dosagem in vivo é sempre uma função da biodisponibilidade da substância e, em consequência, também de um processo biocinético - isto geralmente não se aplica às experiências in vitro. Por esta razão, concentrações mais elevadas frequentemente devem ser utilizadas em experimentos in vitro de modo a serem capazes de observar os mesmos efeitos que in vivo (Gülden and Seibert, ALTEX 22, Special Issue 2, 2005). As concentrações de 250 μg, 500 μg e 1000 μg de extrato seco de Glycyrrhiza por ml de meio, que são utilizadas nos presentes ensaios in vitro, correspondem às concentrações in vivo de 250 g a 1 kg de extrato seco de Glycyrrhiza por tonelada de ração ou alimento. Isto é por um fator de 33 a 50 mais do que os 5 g/t a 30 g/t utilizados nos testes in vivo (cfe. os Exemplos de 3 a 5).
[0056] A técnica TEER descrita por Geens and Niewold (Cyto- technology, 2011, 63, 415 e seq.) foi utilizada de forma adaptada. Neste modelo in vitro, as células epiteliais suínas intestinais (IPEC-J2, DSMZ No.: ACC 701, Parágrafos de 1 a 15) são cultivadas em uma inserção sobre uma membrana de poliéster permeável (1,12 cm2 de área de superfície, 0,4 μm de tamanho de poro, 12 mm de diâmetro de membrana) e diferenciadas na incubadora durante um período de 8 dias a 39 °C e 5% de CO 2. Por inserção, 1 x 10A5 células em 0,5 ml de meio são aplicadas à respectiva membrana. Durante dito período de diferenciação, o meio utilizado foi aspirado a cada dois dias e substituído por meio novo. A inserção foi fixada em uma placa de cultura de células de 12 reservatórios, e as células foram fornecidas com 1,5 ml de meio por baixo (compartimento basolateral) e com 0,5 ml de meio por cima (compartimento apical). Esses compartimentos refletem o lado intestinal (apical “A”) e o lado do sangue (basolateral “B”). O meio é um meio DMEM/Ham’s F12 (1:1) acrescido de 1% IST, 2,5 mM Gluta- max, 16 mM Hepes, 6 ng/ml de EGF, 5% de soro fetal de vitelo e 100 IU/ml de penicilina e 100 μg/ml de estreptomicina.
[0057] As células diferenciadas formam uma barreira celular, es-tando fortemente interligadas por proteínas de junção estreita. Estas células são, além do mais, orientadas de uma maneira polarizada como no intestino suíno e podem ser utilizadas como um modelo representativo. Visto que a barreira intestinal constitui a primeira linha de defesa no trato digestivo contra patógenos e toxinas, é importante para a saúde que ela permaneça intacta. A integridade da barreira celular é medida por meio de um medidor de volt-ohm: A resistência elétrica entre os dois compartimentos é referida como valor TEER (resistência elétrica transepitelial) e representada em kOhm x cm2. O medidor de volt-ohm deve ser ajustado para “power” e “R” antes de cada medição. O eletrodo mais longo é então introduzido no compartimento basolate- ral, e o eletrodo mais curto é introduzido no compartimento apical. Ao fazê-lo, a camada celular não deve ser tocada.
[0058] O extrato secundário de Glycyrrhiza com uma concentração de 100 mg/ml é diluído com meio para a concentração desejada (250 μg/ml, 500 μg/ml ou 1000 μg/ml). O meio utilizado no compartimento apical é aspirado e suplementado com 250 ml de toxina e 250 μl de extrato de alcaçuz (ambos concentrados duplamente no meio) e incubado por mais 72 horas a 39 °C e 5% de CO 2. Após 24 h, 48 h e 72 h, a medição de TEER é executada. Todas as medições são efetuadas em pelo menos três repetições, das quais os valores médios são obtidos para cálculos adicionais.Tabela 1: Período de tempo do ensaio de cultura celular de TEER
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[0059] O valor de TEER foi constante com as células não tratadas (controle celular) do dia 8 ao dia 11, da mesma forma após a adição do extrato secundário de Glycyrrhiza nas concentrações de 250 μg/ml, 500 μg/ml ou 1000 μg/ml (controle de Glycyrrhiza) no dia 8.
[0060] Através da adição das fungitoxinas polipeptídicas, beauve- ricina, eniatinas e apicidina, em diferentes concentrações (0,2 a 10 μM) (controle negativo) no dia 8, o valor de TEER foi, no entanto, diminuído, uma vez que as toxinas danificam a barreira intestinal.
[0061] A adição simultânea das fungitoxinas polipeptídicas em concentrações de 0,438 μM para apicidina, 5 μM para eniatina A, B, B1, beauvericina e 10 μM para eniatina A1, cada uma juntamente com o extrato secundário de Glycyrrhiza em concentrações de 250 μg/ml, 500 μg/ml ou 1000 μg/ml, mostraram uma diminuição significativamente menor ou nenhuma diminuição do valor de TEER em comparação com o respectivo controle negativo. A adição do extrato secundário de Glycyrrhiza pode assim contrariar os efeitos negativos das fungitoxinas polipeptídicas (cfe. a Tabela 2). O cálculo dos efeitos protetores dos extratos secundários de Glycyrrhiza em relação às fungitoxinas poli- peptídicas foi executado de acordo com a seguinte fórmula:Efeito protetor (%) = (valor médio de TEER (toxina + extra- to)/valor médio de TEER (toxina) x 100) - 100
[0062] Por exemplo, para eniatina A [5 μM] incubada com 1000 μg/ml de extrato secundário de Glycyrrhiza, após 24 horas:valor médio de TEER da eniatina A: 3,928 kOhm x cm2 valor médio de TEER da eniatina A + extrato secundário de Glycyrrhiza: 6,451 kOhm x cm2Efeito protetor: (6,451 kOhm x cm2/3,928 kOhm x cm2) x 100) - 100 = 64,2%
[0063] Após a última medição de TEER no dia 11, um teste de ci- totoxicidade (teste vermelho neutro) foi realizado para excluir um efeito citotóxico das concentrações testadas de toxina e extrato de alcaçuz. Os testes foram realizados exclusivamente na faixa de concentração não citotóxica com viabilidade celular acima de 99%.Tabela 2: Efeito protetor de 250 μg/ml, 500 μg/ml e 1000 μg/ml do ex-trato de Glycyrrhiza contra eniatinas A, A1, B, B1, beauvericina e api- cidina em três diferentes momentos de medição (24, 48 e 72 horas, correspondendo aos dias 9, 10 e 11).
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[0064] Os efeitos protetores mais fortes do extrato secundário de Glycyrrhiza foram observados com eniatina A ([1000 μg/ml] em 24 e 48 h, [500 μg/ml] em 72 h) e A1 ([1000 μg/ml] em 48 h e 72 h). Com todas as toxinas, uma melhora dependente da concentração por extratos secundários de Glycyrrhiza pode ser observada. Também foram observados bons efeitos contra as eniatinas B e B1, a maior concentração do extrato de Glycyrrhiza (1000 μg/ml) tendo, sobretudo, um impacto positivo no valor de TEER. Efeitos positivos contra beauvericina e api- cidina foram observados em 500 μg/ml e 1000 μg/ml de extrato secundário de Glycyrrhiza.
Efeito do ácido glicirrízico
[0065] Para investigar um possível efeito do ácido glicirrízico contra as eniatinas A, A1, B, B1, beauvericina e apicidina, o ácido glicirrí- zico em vez do extrato secundário de Glycyrrhiza foi testado em uma concentração de 70 μg/ml (que corresponde a 1000 μg/ml de extrato secundário de Glycyrrhiza) no teste de TEER como descrito acima. Todavia, nenhum efeito positivo pode ser mostrado em relação aos controles negativos. Isto indica claramente de uma forma surpreendente que o efeito positivo das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza não depende do agente fitogênico mais conhecido da planta do gênero Glycyrrhiza, a saber o ácido glicirrízico.
Ensaios de ligação
[0066] De modo a compreender melhor o mecanismo dos efeitos positivos ou protetores das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza, foram executados ensaios de ligação com o extrato seco de Glycyrrhiza aquoso e as fungitoxinas polipeptídicas.
[0067] Para este fim, 1000 ml de solução tampão (1,36 g de acetato triidrato de sódio e 0,79 g de acetato de cálcio, pH = 8,0) foram pré- incubados com 100 g de matriz de ração (ração de leitão que consiste de 50% (p/p) de trigo, 10% (p/p) de farelo de trigo, 20% (p/p) de soja, 10% (p/p) de cevada, 10% (p/p) de minerais) (24 h a 4 oC) de modo a minimizar os efeitos de adsorção das toxinas hidrofóbicas no vidro. Depois disso, os sólidos foram extraídos por centrifugação e a solução transparente foi transferida para dentro de frascos de vidro de 50 ml cada. A esses 50 ml, apenas extrato seco de Glycyrrhiza aquoso com 7% (p/p) de ácido glicirrízico foi adicionado de modo que a concentração do extrato na formulação de ensaio de ligação elevou-se para 3 mg/l e 3g/l, respectivamente. Depois disso, as toxinas, eniatinas A, A1, B, B1, beauvericina e apicidina, foram adicionadas de tal modo que as concentrações no ensaio de ligação cada uma atingiu 100 ppb. As formulações de ensaio de ligação foram subsequentemente incubadas a 37 °C sob agitação constante durante 24 horas. No início e após 24 horas, as amostras foram tiradas e analisadas com relação às eniati- nas A, A1, B, B1, beauvericina e apicidina por meio de LC-MS/MS conforme descrito acima. Nenhuma redução da concentração de toxina pode ser medida em qualquer uma das concentrações de extrato testadas (3 g/l ou 3 mg/l). Exclui-se, portanto, que o efeito protetor positivo das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza seja efeutado por uma adsorção ou absorção das toxinas nos componentes ou através das substâncias dissolvidas da preparação de planta do gênero Glycyrrhiza.
Exemplo 3: Teste de alimentação com frangos de corte
[0068] Para avaliar o efeito das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza contra as fungitoxinas polipeptídicas em aves domésticas, testes de alimentação com frangos de corte foram executados utilizando um antídoto de Glycyrrhiza como aditivo alimentar. O antídoto de Glycyrrhiza compreende um extrato seco de Glycyrrhiza aquoso 100% das raízes da planta de Glycyrrhiza glabra com uma concentração de ácido glicirrízico de 7% (p/p). O extrato seco aquoso de Glycyrrhiza foi preparado como descrito no Exemplo 1.
[0069] Para esta finalidade, 800 frangos de corte Ross tendo um peso inicial de 40 g foram designados a quatro grupos de teste, cada um em 10 baias com 20 pintos cada. A ração foi administrada ad lib.
[0070] O grupo controle positivo recebeu ração normal de galinha (fase 1, dias 0 a 14: milho 58%, soja HP 31,25%, pré-mistura BR 5%, universal 6,25%, megafat 1,25%, óleo de soja 2,50%, aminoácidos 0,50%, fosfato de monocálcio 0,25% Fase 2, dias 15 a 35: milho 6%, soja HP 29,35%, pré-mistura BR 5%, universal 6,0%, megafat 2,50%, óleo de soja 2,00%, aminoácidos 0,15%).
[0071] O grupo de controle negativo recebeu ração de galinha da mesma formulação que o grupo de controle positivo, ainda contaminada com fungitoxinas polipeptídicas. A contaminação total com fungito- xinas polipeptídicas foi de 4986,34 ppb, a ração final de galinha compreendendo beauvericina em 1197 ppb, eniatinas em 2763,34 ppb (ENN A 34 ppb, ENN A1 175 ppb, ENN B 1700 ppb, ENN B1 803 ppb, ENN B2 51 ppb, ENN B3 0,34) e apicidina em 1026 ppb. A contaminação natural por aflatoxina e desoxinivalenol foi cada uma < 1 ppb e, portanto, insignificante.
[0072] Os dois grupos de teste receberam a mesma ração conta-minada com fungitoxinas polipeptídicas como o grupo de controle negativo e, além disso, o antídoto de Glycyrrhiza em uma taxa de mistura de 7 g (grupo de teste 1) e 50 g (grupo de teste 2) por tonelada de ração. O período de teste foi de 35 dias, os animais tendo sido pesados nos dias 0 e 35.
[0073] Os parâmetros de desempenho, peso vivo e taxa de con-versão alimentar, são representados nas Tabelas 4 e 5. Os animais do grupo controle negativo sofreram de toxicose de fungitoxina polipeptí- dica, que provocou fezes líquidas e uma redução significativa do peso vivo (deterioração de 11,4%) e uma deterioração da relação de conversão alimentar (deterioração de 4,9%) em comparação com o grupo de controle positivo. A administração do antídoto de Glycyrrhiza nos dois grupos de teste provocou uma redução do efeito tóxico das fungi- toxinas polipeptídicas e, portanto, uma toxicose de fungitoxina polipep- tídica muito menos pronunciada ou não presente, melhorando assim acentuadamente, em ambas as taxas de mistura, o peso vivo dos frangos de corte e a relação de conversão alimentar em relação ao grupo controle negativo.
[0074] O antídoto de Glycyrrhiza ou a preparação de planta do gê-nero Glycyrrhiza de acordo com a invenção pode assim ser utilizado para reduzir o efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina polipeptídi- ca nos produtos agrários e para aumentar os parâmetros de desempenho, peso vivo e relação de conversão alimentar de alimentos contaminados com fungitoxinas polipeptídicas com relação aos animais de criação, em particular frangos de corte, e também para o tratamento e prevenção de toxicoses de fungitoxina polipeptídica.Tabela 4: Efeito do antídoto de Glycyrrhiza ou da preparação de planta do gênero Glycyrrhiza sobre o peso vivo
Figure img0004
Tabela 5: Efeito do antídoto de Glycyrrhiza ou da preparação de plantas do gênero Glycyrrhiza sobre a relação de conversão alimentar em um período de observação de 35 dias
Figure img0005
Exemplo 4: Teste de alimentação com galinhas poedeiras
[0075] Para avaliar o efeito das preparações de planta do gênero Glycyrrhiza contra fungitoxinas polipeptídicas em aves domésticas, testes de alimentação com galinhas poedeiras foram executados utilizando um antídoto de Glycyrrhiza como aditivo alimentar. O antídoto de Glycyrrhiza compreendia um extrato seco aquoso de Glycyrrhiza 100% das raízes da planta de Glycyrrhiza glabra com uma concentração de ácido glicirrízico de 7% (p/p). O extrato seco aquoso de Glycyrrhiza foi preparado como descrito no Exemplo 1.
[0076] Para este fim, 160 galinhas poedeiras Lohmann Brown foram designadas a quatro grupos de teste, cada um em 10 baias com 4 galinhas cada. O alimento foi administrado ad lib. O teste começou na idade de 22 semanas.
[0077] O grupo de controle positivo recebeu ração de galinha poe-deira comum (trigo 32,1%, milho 30,00%, soja HP 25,00%, carbonato de cálcio 8,60%, pré-mistura de galinha poedeira 2,00%, óleo de canola 1,90%, Biotronic SE forte 0,40%) (Biotronic é uma marca comercial da Erber Aktiengesellschaft).
[0078] O grupo de controle negativo recebeu ração de galinha po-edeira da mesma formulação que o grupo de controle positivo, ainda contaminado com fungitoxinas polipeptídicas. A contaminação total com fungitoxinas polipeptídicas foi de 1985 ppb, a ração final de galinha poedeira compreendendo beauvericina em 835 ppb, eniatinas em 1028 ppb (ENN A 35 ppb, ENN A1 76 ppb, ENN B 510 ppb, ENN B1 392 ppb, ENN B2 15 ppb ) e apicidina em 122 ppb. A contaminação natural por aflatoxina e desoxinivalenol foi cada um < 1 ppb e, portanto, insignificante.
[0079] Os dois grupos de teste receberam a mesma ração conta-minado com fungitoxinas polipeptídicas como o grupo de controle negativo e, além disso, o antídoto de Glycyrrhiza em uma taxa de mistura de 5 g (grupo de teste 1) e 40 g (grupo de teste 2) por tonelada de ração. O período de teste foi de 14 dias.
[0080] Os parâmetros de desempenho, taxa de postura (porcenta-gem de galinhas colocando um ovo por dia), peso médio do ovo e relação de conversão alimentar, foram determinados durante o período de teste e estão representados na Tabela 6. Os animais do grupo de controle negativo sofreram de toxicose de fungitoxina polipeptídica, que provocou fezes líquidas e, em particular, uma deterioração significativa dos parâmetros de desempenho (taxa de postura: deterioração de 6,1%; peso do ovo: deterioração de 3,6%; relação de conversão alimentar: deterioração de 7,1%). A administração do antídoto de Glycyrrhiza nos dois grupos de teste provocou uma redução do efeito tóxico das fungitoxinas polipeptídicas e, portanto, uma toxicose de fungitoxina polipeptídica muito menos pronunciada ou não presente, melhorando assim acentuadamente, em ambas as taxas de mistura, os parâmetros de desempenho em relação ao grupo de controle negativo.
[0081] O antídoto de Glycyrrhiza ou a preparação de planta do gê-nero Glycyrrhiza de acordo com a invenção pode assim ser utilizado para reduzir o efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina polipeptídi- ca em produtos agrícolas e também para aumentar os parâmetros de desempenho, taxa de postura, peso médio do ovo e relação de conversão alimentar, dos alimentos contaminados com fungitoxinas poli- peptídicas para animais de criação, em particular galinhas poedeiras, e também para o tratamento e prevenção de toxicoses de fungitoxina polipeptídica.Tabela 6: Parâmetros de desempenho
Figure img0006
Exemplo 5: Teste de alimentação com leitões reprodutores
[0082] Para avaliar o efeito de preparações de planta do gênero Glycyrrhiza contra fungitoxinas polipeptídicas em suínos, um teste de alimentação com leitões reprodutores foi executado utilizando um antídoto de Glycyrrhiza como aditivo alimentar. O antídoto de Glycyrrhiza compreendeu um extrato seco aquoso de Glycyrrhiza 100% das raízes da planta de Glycyrrhiza glabra com uma concentração de ácido glicir- rízico de 7% (p/p). O extrato seco aquoso de Glycyrrhiza foi preparado como descrito no Exemplo 1.
[0083] Para esta finalidade, 120 leitões de reprodução foram de-signados em quatro grupos de teste, cada um em 10 baias com 3 leitões cada. O alimento foi administrado ad lib. O teste começou com leitões de 4 semanas de idade pesando 7,7 kg.
[0084] O grupo de controle positivo recebeu ração de leitão de re-produção regular (fase 1, dias 1 a 14: milho 32,00%, cevada 34,90%, pré-mistura de proteína 23%, óleo de girassol 1,00%, dextrose 4,00%, lactose 3,00%, pré-mistura para leitão 2,1%. Fase 2, dias 15 a 56: milho 41,00%, cevada 35,00%, soja HP 20,00%, óleo de girassol 0,50%, pré-mistura para leitão 3,5%).
[0085] O grupo de controle negativo recebeu ração para leitões reprodutores da mesma formulação que o grupo de controle positivo, ainda contaminado com fungitoxinas polipeptídicas. A contaminação total com fungitoxinas polipeptídicas foi de 7183,6 ppb, a ração final do leitão de reprodução compreendendo beauvericina em 717 ppb, enia- tinas em 4733,6 ppb (ENN A 86 ppb, ENN A1 40 ppb, ENN B 1492 ppb, ENN B1 3111 ppb, ENN B2 4 ppb, ENN B3 0,6 ppb) e apicidina em 1733 ppb. A contaminação natural por aflatoxina e desoxinivalenol foi cada um < 1 ppb e, portanto, insignificante.
[0086] Os dois grupos de teste receberam a mesma ração conta-minada com fungitoxinas polipeptídicas como o grupo de controle negativo e, além disso, o antídoto de Glycyrrhiza em uma taxa de mistura de 5 g (grupo de teste 1) e 30 g (grupo de teste 2) por tonelada de ração. O período de teste foi de 56 dias.
[0087] Os parâmetros de desempenho, peso vivo e relação de conversão alimentar, foram determinados no final do período de teste e são representados na Tabela 7. Os animais dos grupos de controle negativos sofreram toxicidade de fungitoxina polipeptídica, que provocou falta de apetite, diarréia e, em particular, uma deterioração significativa dos parâmetros de desempenho (peso vivo: deterioração de 17,1%; relação de conversão alimentar: deterioração de 6,4%). A administração do antídoto de Glycyrrhiza nos dois grupos de teste provocou uma redução do efeito tóxico das fungitoxinas polipeptídicas e, portanto, uma toxicose de fungitoxina polipeptídica muito menos pronunciada ou não presente, melhorando assim acentuadamente, em ambas as taxas de mistura, os parâmetros de desempenho em relação ao grupo de controle negativo.
[0088] O antídoto de Glycyrrhiza ou a preparação de planta do gê-nero Glycyrrhiza de acordo com a invenção pode assim ser utilizado tanto para reduzir o efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina poli- peptídica em produtos agrários quanto para aumentar os parâmetros

Claims (15)

1. Uso de pelo menos uma preparação de planta do gênero Glycyrrhiza selecionada do grupo de farinha, extrato aquoso, extrato aquoso/etanólico, extrato seco aquoso e extrato seco aquoso/etanólico de uma planta do gênero Glycyrrhiza inteira ou de raízes da planta do gênero Glycyrrhiza, opcionalmente em conjunto com pelo menos um excipiente para uso oral, caracterizado pelo fato de que é para reduzir o efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina polipeptídica selecionado do grupo de eniatinas, em particular eniatina A, eniatina A1, eniati- na B, eniatina B1, eniatina B2 ou eniatina B3; beauvericina e apicidina em produtos agrários.
2. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a planta do gênero Glycyrrhiza é selecionada do grupo que consiste em Glycyrrhiza glabra e Glycyrrhiza uralensis.
3. Uso de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o extrato seco aquoso é utilizado com uma concentração de ácido glicirrízico de 4% (p/p) a 10% (p/p), em particular 7% (p/p).
4. Uso de acordo com as reivindicações 1, 2 ou 3, caracte-rizado pelo fato de que o extrato seco aquoso é utilizado na quantidade de pelo menos 1 g, 1 g a 100 g, preferivelmente de 7 g a 50 g, preferivelmente de 5 g a 40 g, de preferência de 5 g a 30 g por tonelada de produto agrário, ou uma quantidade de uma das outras preparações de planta do gênero Glycyrrhiza de acordo com a reivindicação 1, 2 ou 3, com a quantidade total equivalente de ácido glicirrízico, é utilizada por tonelada de produto agrário.
5. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina polipeptídica selecionada do grupo das eniatinas, em particular eniatina A, eniatina A1, eniátina B, eniatina B1, eniatina B2 ou eniatina B3; beauvericina ou apicidina é, em particular, completamente eliminado.
6. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que o produto agrário é selecionado de alimentos ou rações que consistem em, ou contém, pelo menos um produto selecionado do grupo de cereais, milho, arroz, soja e outras leguminosas, colza, pastos, ervas.
7. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que o excipiente é selecionado do grupo que consiste em veículos inertes, vitaminas, minerais, substâncias fi- togênicas, enzimas e outros componentes para a desintoxicação de micotoxinas, tais como enzimas de degradação de micotoxinas, em particular aflatoxina oxidases, ergotamina hidrolases, ergotamina amidases, zearalenona esterases, zearalenona lactonases, zearalenona hidrolases, ocratoxina amidases, fumonisina aminotransferases, fumo- nisina carboxiltransferases, aminopoliol aminoxidases, desoxinivalenol epóxido hidrolases, desoxinivalenol desidrogenases, deoxilnivalenol oxidases, tricoteceno desidrogenases, tricoteceno oxidases; e microrganismos transformadores de micotoxinas tais como DSM 11798; e substâncias de ligação à micotoxina, por exemplo, paredes celulares microbianas ou materiais inorgânicos tais como bentonita.
8. Antídoto para aplicação oral para reduzir o efeito tóxico de pelo menos uma fungitoxina polipeptídica selecionada do grupo de eniatinas, em particular eniatina A, eniatina A1, eniatina B, eniatina B1, eniatina B2 ou eniatina B3; beauvericina e apicidina, caracterizado pelo fato de que compreende pelo menos uma preparação de planta do gênero Glycyrrhiza selecionada do grupo de farinha, extrato aquoso, extrato aquoso/etanólico, extrato seco aquoso e extrato seco aquo- so/etanólico de uma planta do gênero Glycyrrhiza inteira ou de raízes, opcionalmente em conjunto com pelo menos um excipiente.
9. Antídoto de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a planta do gênero Glycyrrhiza é selecionada do grupo que consiste em Glycyrrhiza glabra e Glycyrrhiza uralensis.
10. Antídoto de acordo com qualquer uma das reivindica-ções 7 a 9, caracterizado pelo fato de que o extrato seco aquoso compreende 4% (p/p) a 10% (p/p) de ácido glicirrízico, preferivelmente 7% (p/p) de ácido glicirrízico.
11. Antídoto de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que de 1 mg a 100 mg, preferivelmente de 7 mg a 50 mg, de preferência de 5 mg a 40 mg, preferivelmente de 5 mg a 30 mg do extrato seco aquoso por quilograma de alimento ou ração, ou uma quantidade de pelo menos uma das outras preparações de planta do gênero Glycyrrhiza de acordo com a reivindicação 9 ou 10, com uma quantidade equivalente de ácido glicirrízico, é utilizada.
12. Antídoto de acordo com qualquer uma das reivindica-ções 7 a 11, caracterizado pelo fato de que compreende mais do que 50% (p/p), de preferência mais do que 90% (p/p), em particular 100% (p/p), da pelo menos uma preparação de planta do gênero Glycyrrhiza.
13. Antídoto de acordo com qualquer uma das reivindica-ções 7 a 12, caracterizado pelo fato de que pelo menos um excipiente é selecionado do grupo que consiste em veículos inertes, vitaminas, minerais, substâncias fitogênicas, enzimas e outros componentes para a desintoxicação de micotoxinas, tais como enzimas de degradação de micotoxinas, em particular aflatoxina oxidases, ergotamina hidrolases, ergotamina amidases, zearalenona esterases, zearalenona lactonases, zearalenona hidrolases, ocratoxina amidases, fumonisina aminotransferases, fumonisina carboxiltransferases, aminopoliol aminoxida- ses, desoxinivalenol epóxido hidrolases, desoxinivalenol desidrogena- ses, deoxilnivalenol oxidases, tricoteceno desidrogenases, tricoteceno oxidases; e microrganismos transformadores de micotoxinas tais como DSM 11798; e substâncias de ligação à micotoxina, por exemplo, paredes celulares microbianas ou materiais inorgânicos tais como bento- nita.
14. Uso de um antídoto como definido em qualquer uma das reivindicações 7 a 13 para a produção de uma preparação para uso oral para a profilaxia e/ou tratamento de toxicoses de fungitoxina polipeptídica, caracterizado pelo fato de que as toxicoses de fungitoxi- na polipeptídica são provocadas por fungitoxinas polipeptídicas selecionadas do grupo de eniatinas, em particular eniatina A, eniatina A1, eniatina B, eniatina B1, eniatina B2 ou eniatina B3; beauvericina ou apicidina.
15. Uso de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que como quantidades eficazes de dito antídoto de Glycyrrhiza, de 1 mg a 100 mg, preferivelmente de 7 mg a 50 mg, preferivelmente de 5 mg a 40 mg, de preferência de 5 mg a 30 mg, de um antídoto como definido na reivindicação 12 por quilograma de alimento ou ração, ou quantidades de um antídoto como definido em qualquer uma reivindicações 8 a 10, são utilizados como quantidades eficazes de dito ácido de antídoto de Glycyrrhiza.
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