BR112019009644B1 - Dispositivo de suspensão para um eixo de veículo compreendendo rodas apropriadas a circular - Google Patents
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Abstract
Um dispositivo de suspensão (DS) equipado de um eixo (TV) de veículo compreendendo rodas apropriadas a circular. Esse dispositivo (DS) compreende uma mola (RS) e um amortecedor (AS) montados em paralelo, um circuito inercial (CI) compreendendo ao menos uma primeira mangueira (T1) apresentando comprimento e seção predefinidos, e apropriados para produzir de maneira controlada uma inércia fluídica, uma cilindro (VS) montado em paralelo mola (IRS) e amortecedor (AS) e compreendendo uma câmara (CH) acoplada à primeira mangueira (T1, e meios de controle (MC) apropriados a controlar a inércia fluídica produzida pelo circuito inercial (CI) em função de ao menos uma informação representativa de um valor no curso de ao menos um parâmetro escolhido do veículo.
Description
[001] A invenção se refere a dispositivos de suspensão que equipam os eixos de veículos compreendendo rodas próprias a rodar ou vias (eventualmente trilhos de trem).
[002] Certos veículos, geralmente do tipo automotivo, compreendem ao menos um eixo acoplado à sua carroceria compreendendo dois dispositivos de suspensão associados respectivamente à cada uma das rodas e compreendendo cada uma mola (geralmente helicoidal) e um amortecedor montados em paralelo.
[003] Esses dispositivos de suspensão ditos << metálicos >> oferecem um campo de regulagem que é limitado em rigidez e em amortecimento.
[004] Isto resulta de uma parte, que a rigidez deverá ser suficientemente grande para garantir as placas do veículo desocupado, carregado e em funcionamento, e suficientemente pequena para permitir uma frequência de filtragem baixa (tipicamente inferior à 1.6 Hz em geral) em de outra parte, que o amortecimento deva ser suficiente para controlar o modo de ressalto da roda e, para garantir o comportamento da rota em um solo acidentado e suficientemente plano para permitir uma filtragem das irregularidades da roda à altas velocidades.
[005] Para que os referidos dispositivos de suspensão possam oferecer prestações de conforto vertical de alto nível se flexibilizando a suspensão, da maneira análoga aos dispositivos de suspensão hidráulica cujos custos são muito elevados, se deve adicionar meios de correção de altura complexos e onerosos.
[006] Uma solução alternativa, oferecendo prestações de nível intermediário entre o << metálico >> e << hidráulico >> consiste em se utilizar um efeito de inércia.
[007] Assim, foi proposto no documento << Investigation on semi-active control of vehicle using adaptative inerter >>, Panshuo Li, James Lam e Kie Chung, o 21 congresso internacional de som e vibração, 13-17 de Julho de 2014, Beijing/China, de utilizar meios de inércia (ou << inerte >>) permitindo limitar s sustentação do modo da carroceria.
[008] Igualmente, foi proposto no documento << On the benefits of semi-active suspensions with inerters >>, Xin-Jie Zhanga, Mehdi Ahmadianb and Kong-Hui Guo, Shock and Vibration 19 (2012) 257-272 257, DOI 10.3233/SAV-2011- 06828>>, para controlar o esforço ideal da suspensão para contribuir para que a ligação ao solo com os meios de inércia tenham um ganho sobre um critério de energia vibratória do deslocamento da massa suspensa devido à rodagem em uma rota meio degradada.
[009] Essas soluções propostas não comprovaram ser satisfatórias uma vez que elas alteram a frequência do modo de ressalto da roda (classicamente situada na faixa de 12 Hz) em torno de 5 Hz e que esse modo de ressalto de roda não é mais amortecido convenientemente pelo amortecedor da suspensão.
[0010] A invenção tem notadamente por objetivo aperfeiçoar a situação no caso de um dispositivo de suspensão metálica.
[0011] Ela propõe efetivamente nesse sentido um dispositivo de suspenção, destinado a fazer parte de um eixo de veículo compreendendo rodas próprias para rodar (em uma estrada ou em uma via (eventualmente via férrea)), e compreendendo uma mola e um amortecedor montados em paralelo.
[0012] Esse dispositivo de suspensão se caracteriza por compreende:
[0013] - um circuito inercial compreendendo ao menos uma primeira mangueira apresentando comprimento e seção predefinidos, eventualmente acoplada à um reservatório de fluido, e apropriado para produzir de maneira controlada uma inércia fluídica;
[0014] - um cilindro montado em paralelo da mola e do amortecedor e compreendendo uma câmara acoplada à primeira mangueira;
[0015] - meios de controle próprios para controlar a inércia fluídica pelo circuito inercial em função de ao menos uma informação representativa de um valor no curso de ao menos um parâmetro escolhido do veículo.
[0016] Face à essa ativação direcionada de inércia fluídica, se poderá realizar em tempo real o esforço da suspensão e garantir o controle de manutenção do modo da carroceria (tipicamente entre 0.5 Hz e 2.0 Hz) e uma excelente filtragem dos sobressaltos (tipicamente entre 2.0 Hz e 6.0 Hz), visto as trepidações (tipicamente entre 6 Hz e 20 Hz).
[0017] O dispositivo de suspensão de acordo com a invenção poderá compreender outras características que poderão ser tidas separadamente ou em combinação, e principalmente:
[0018] - cada parâmetro poderá ser escolhido entre (ao menos) uma aceleração vertical do veículo, uma velocidade do veículo, folgas da suspensão, um ângulo do volante do veículo, uma velocidade de ação em um volante do veículo, um estado da rota ou via na qual circula o veículo, uma ação sobre um sistema de frenagem do veículo, uma ação sobre uma aceleração do veículo, e um modo de conduta escolhido por um condutor do veículo;
[0019] - a primeira mangueira poderá compreender primeira e segunda extremidades acopladas respectivamente à entradas/saídas da câmara e de um reservatório de fluido, e seus meios de controle podendo compreender primeiros meios de ação instalados entre as entradas/saídas da câmara e do reservatório de fluido a fim de controlar a conexão/desconexão da primeira mangueira;
[0020] - seu circuito inercial poderá compreender uma segunda mangueira apresentando comprimento e seção predefinidos, e tendo uma primeira extremidade conectada à segunda extremidade da primeira mangueira e uma segunda extremidade acoplada à entrada/saída do reservatório de fluido. Nesse caso, esses meios de controle poderão igualmente compreenderem segundos meios de ação instalados entre a primeira extremidade da segunda mangueira e a entrada/saída do reservatório de fluido a fim de controlar a conexão/desconexão da segunda mangueira;
[0021] - seu circuito inercial poderá igualmente compreender uma terceira mangueira apresentando comprimento e seção predefinidos, e tendo uma primeira extremidade conectada à segunda extremidade da segunda mangueira e uma segunda extremidade acoplada à entrada/saída do reservatório do fluído. Nesse caso, seus meios de controla poderão igualmente compreender terceiros meios de ação instalados entre a primeira extremidade da terceira mangueira e a entrada/saída do reservatório de fluido a fim de controlar a conexão/desconexão da terceira mangueira;
[0022] - os meios de ação poderão ser do tipo ativo. Nesse caso, seus meios de controle poderão ser próprios para controlar cada dos meios de ação em função de um princípio de comando em função de cada informação representativa do valor em curso de ao menos um parâmetro escolhido do veículo;
[0023] - os meios de ação poderão ser dispostos sob a forma de válvula solenoide podendo ser do tipo total ou nada proporcional;
[0024] - em variante, os meios de ação poderão ser do tipo passivo;
[0025] - os meios de ação poderão ser dispostos sob a forma de pares de válvulas limitadoras de pressão montadas em paralelo de acordo com sentidos opostos;
[0026] - em variante, os meios de ação poderão ser luzes que se abrem e se fecham em função das folgas da suspensão;
[0027] - cada dos meios de ação poderá ser associado à um bocal que é apropriado a induzir uma parte da carga escolhida. Em variante, seu amortecedor poderá ser do tipo não linear ou bem controlado;
[0028] - ele poderá igualmente compreender em paralelo do circuito inercial uma membrana de dissociação própria para variar a taxa de fluxo no circuito inercial em função da amplitude da folga da suspensão. Em variante, ela poderá compreender uma mola não linear montada em série com o cilindro e compreendendo um primeiro valor inferior de rigidez para prevenir os efeitos de inércia fluídica na presença de pequenas amplitudes de folga da suspensão à altas frequências de excitação, e um segundo valor superior de rigidez para permitir os efeitos da inércia fluídica na presença de grandes amplitudes de folga da suspensão para baixas frequências de excitação.
[0029] A invenção propõe igualmente um veículo, eventualmente do tipo automotivo, e compreendendo ao menos um eixo compreendendo rodas apropriadas à rodas (em uma estrada ou uma via) e dois dispositivos de suspensão do ripo daquele apresentado aqui anteriormente.
[0030] Outras características de vantagens da invenção se tornarão aparentes após detalhada descrição da mesma, de acordo com os desenhos em anexo, apresentados em caráter exemplificativo e não limitativo, nos quais:
[0031] - A Figura 1 ilustra esquematicamente, em uma vista em corte, uma parte de um exemplo do eixo de veículo equipado de um primeiro exemplo de realização de um dispositivo de suspensão de acordo com a invenção, ao reservatório de fluido externo;
[0032] - A Figura 2 ilustra esquematicamente em uma vista em corte, uma parte de um exemplo do eixo do veículo equipado de uma variante do dispositivo de suspensão da Figura 1, para o reservatório de fluido interno;
[0033] - A Figura 3 ilustra esquematicamente, em uma vista em corte, uma parte de um exemplo do eixo de veículo equipado de um segundo exemplo de realização de um dispositivo de suspensão de acordo com a invenção para o reservatório de fluido externo; e
[0034] - A Figura 4 ilustra esquemática\mente, em uma vista em corte, uma parte de um exemplo de eixo de veículo equipado de uma variante do dispositivo de suspensão da Figura 3 para o reservatório de fluido interno.
[0035] A invenção tem notadamente por objeto propor um dispositivo de suspensão DS destinado a equipar um eixo TV (dianteiro ou traseiro) de um veículo.
[0036] Nesse sentido, se considera à título de exemplo não limitativo, que o eixo TV é destinado a equipar um veículo automotivo, como por exemplo um automóvel. Mas a invenção não está limitada à esse tipo de veículo. Ela se refere com efeito a todo veículo compreendendo um eixo solidário à uma parte de sua carroceria e podendo rodar sobre uma estrada ou uma via (eventualmente via férrea).
[0037] Se encontra esquematicamente representado nas Figuras 1 à 4 duas partes de um eixo TV de veículo automotivo, equipadas respectivamente com dois exemplos de realização de um dispositivo de suspensão DS de acordo com a invenção.
[0038] Como ilustrado, um dispositivo de suspensão DS de acordo com a invenção, compreende ao menos uma mola RS, um amortecedor AS, um circuito inercial CI, um cilindro VS e meios de controle MC.
[0039] A mola RS e o amortecedor AS são montados em paralelo. Por exemplo, a mola RS é do tipo helicoidal.
[0040] O cilindro VS é montado em paralelo às mola RS e ao amortecedor AS, e compreende ao menos uma câmara CH acoplada ao circuito inercial CI. Se notará que o cilindro VS poderá abrigar a função assegurada pelo amortecedor AS no local e lugar desse último (AS).
[0041] O circuito inercial CI compreende uma primeira mangueira T1 que apresenta comprimento e seção predefinidos, e sendo próprio para produzir uma inércia fluídica sob o controle dos meios de controle MC, como se verá adiante, O fluído poderá, por exemplo, ser um óleo, como por exemplo aquele que é utilizado classicamente nos amortecedores.
[0042] Se notará que essa primeira mangueira T1 (e mais geralmente o circuito inercial CI) poderá ser acoplado seja em um reservatório de fluido RF dito externo, como sendo ilustrado não limitativamente nas Figuras 1 e 3, seja em um reservatório de fluido CH’ dito interno do modo que se agita de uma segunda câmara do cilindro VS, situado atrás da câmara H e na qual se transfere a haste que é solidária fixamente ao pistão e que serve então o reservatório de fluido, como é ilustrado não limitativamente nas Figuras 2 e 4. Em outros termos, na primeira alternativa o circuito inercial CI é montado entre a câmara CH e o reservatório de fluido externo RF, enquanto na segunda alternativa o circuito inercial CI é montado entra a câmara CG (do cilindro VS) e a segunda câmara (ou reservatório de fluido interno) CH’ desse cilindro (VS).
[0043] Se notará igualmente que essa primeira mangueira T1 poderá ser rígida ou flexível, por exemplo para melhor controlar o impacto das folgas da suspensão.
[0044] Os meios de controle MC são apropriados para controlar a inércia fluídica produzida pelo circuito inercial CI em função de ao menos uma informação representativa de um valor em curso de ao menos um parâmetro escolhido do veículo.
[0045] Cada parâmetro poderá ser escolhido entre ao menos a aceleração vertical (da carroceria) do veículo, a velocidade do veículo, as folgas da suspensão, o ângulo do volante do veículo, a velocidade da ação sobre o volante, o estado da estrada ou via na qual circula o veículo, a ação sobre o sistema de frenagem do veículo, a ação sobre a aceleração do veículo e um modo de condução escolhido pelo condutor do veículo (por exemplo conforto, esportivo ou econômico). De uma maneira geral se poderá utilizar ao menos um parâmetro representativo da dinâmica do veículo, do estado da estrada ou via ou de uma ação efetuada pelo condutor e tendo uma influência sobre o comportamento do veículo.
[0046] Cada informação utilizada poderá ser um valor no curso de um parâmetro ou o resultado de um cálculo efetuado em tempo real por meio de ao menos um algoritmo incluído.
[0047] Se dispõe assim de um dispositivo de suspensão DS no qual a inércia fluídica, que é trazida com efeito de alavanca funcionando em relação entre a seção do pistão do cilindro VS e a seção da primeira mangueira T1 (e de eventuais mangueiras seguintes) poderá assumir valores discretos face às diferentes mangueiras do circuito inercial CI. Esse efeito de alavanca permite criar inércias podendo atender várias centenas de quilogramas.
[0048] O referido dispositivo de suspensão DS garante as placas estáticas do veículo fazerem que a mola utilizada RS possa ser idêntica àquela que compreende um dispositivo de suspensão metálica conhecido pelo estado da arte.
[0049] De mais, ele permite uma regulagem pela inércia fluídica da frequência de filtragem de suspensão (por exemplo para atingir um valor igual à 1 Hz), e uma filtragem das excitações da rota similar àquela oferecida por uma suspensão hidráulica (tipicamente entre dois e três Hertz). Isto resulta no faro que a inércia fluídica em movimento se ajuste à massa trazida do veículo e portanto permitindo baixar a frequência de filtragem da suspensão ao valor solicitado (ou escolhido) se dimensionando corretamente o comprimento e a seção da primeira mangueira T1 e eventuais mangueiras seguintes (a inércia fluídica sendo proporcional ao comprimento da mangueira e inversamente proporcional à seção de passagem da mangueira). Por exemplo, o comprimento do conjunto das mangueiras (ao menos T1) poderá ser compreendido entre 10 cm e 1000 cm, e a seção de passagem das mangueiras (ao menos T1), poderá ser compreendida entre 1 mm2 e1000 mm2.
[0050] Por exemplo, e como ilustrado não limitativamente nas Figuras 1 à 4, a primeira mangueira T1 poderá compreender primeira e segunda extremidades que são acopladas respectivamente às entradas/saídas da câmara CH e do reservatório de fluido (externo) RF ou (interno) CH’. Nesse caso, os meios de controle MC compreendem primeiros meios de ação MA1 instalados entre as entradas/saídas da câmara CH e do reservatório de fluido (externo) RF ou (interno) CH’ a fim de controlar a conexão/desconexão da primeira mangueira T1. Por exemplo, o reservatório de fluido externo RF poderá ser colocado na pressão atmosférica.
[0051] Na presença de um reservatório de fluido externo RF a entrada /saída do circuito inercial CI se comunica com esse último (RF). Na presença de um reservatório de fluido interno (ou segunda câmara) CH’ do cilindro VS, que é situado atrás da câmara CH e na qual se transfere a haste que é solidária ao pistão.
[0052] Como evocado precedentemente, o circuito de inércia CI poderá compreender várias mangueiras Tj em séries. Essa opção é destinada a aumentar o número de valores diferentes da inércia fluídica que se possa obter.
[0053] Assim, no primeiro exemplo de realização ilustrado não limitativamente nas Figuras 1 e 2, o circuito inercial CI compreende em complemento da primeira mangueira T1 (j = 1) uma segunda mangueira T2 (j = 2) apresentando comprimento e seção predefinidos e, tendo uma primeira extremidade conectada à segunda extremidade da primeira mangueira T1 e uma segunda extremidade acoplada à entrada/saída do reservatório de fluido externo RF (Figura 1) ou interno CH’ (Figura 2). Nesse caso, os meios de controle MC compreendem igualmente segundos meios de ação MA2 instalados entre a primeira extremidade da segunda mangueira T2 e a entrada/saída do reservatório de fluido externo RF ou interno CH’ a fim de controlar a conexão/desconexão da segunda mangueira T2.
[0054] Os comprimento e seção da segunda mangueira T2 poderão ser idênticos à, ou diferentes daqueles da primeira mangueira T1. Isto oferece um grau de liberdade suplementar a fim de controlar tanto as inércia fluídica e as parte de carga viscosas nas mangueiras e portanto otimizar a resposta vibratória da suspensão.
[0055] No segundo exemplo de realização ilustrado não limitativamente nas Figuras 3 e 4, o circuito inercial C1 compreende em complementos das primeira T1 e segunda T2 mangueiras uma terceira mangueira T3 (j = 3) apresentando comprimento e seções predefinidos, e tendo uma primeira extremidade conectada à segunda extremidade da segunda mangueira T2 e uma segunda extremidade acoplada à entrada/saída do reservatório de fluido externo RF (Figura 3) ou interno CH’ (Figura 4). Nesse caso, os meios de controle MC compreendem igualmente terceiros meios de ação MA3 instalados entra a primeira extremidade da terceira mangueira T3 e a entrada/saída do reservatório de fluido externo RF ou interno CH’ a fim de controlar a conexão/desconexão da terceira mangueira.
[0056] Os comprimento e seção da terceira mangueira T3 poderão ser idênticos à, ou diferentes daqueles das primeira e segunda mangueiras T1 e T2. Isto oferece um outro grau de liberdade suplementar a fim de controlar tanto a inércia fluídica como as partes de carga viscosas nas mangueiras e portanto otimizando a resposta vibratória da suspensão.
[0057] O número N de valores de inércia fluídica disponíveis depende do número de mangueiras colocados em série e do número de meios de ação MAj associados a cada dessas mangueiras. Mais precisamente, na presença de N mangueiras e de N meios de ação MAj, se dispõe de N+1 valores inertes discretos disponíveis.
[0058] Se notará que os meios de ação MAj (aqui j = 1 à 3) poderão ser do tipo ativo ou passivo.
[0059] Quando os meios de ação MAj forem ativos, como ilustrado não limitativamente nas Figuras 1 e 2, os meios de controle MC são apropriados para controlar cada um dentre eles em função de uma norma de comando que se encontra em função de cada informação representativa do valor no curso de ao menos um parâmetro escolhido do veículo. Para tal, os meios de controle MC compreendem uma parte dedicada ao controle e carregada de determinar a cada instante com a norma de comando, para cada um dos meios de ação MAj, um comando. Essa parte dedicada é por exemplo implantada em um computador CA, como ilustrado não limitativamente nas Figuras 1 e 2. Mas ela poderá compreender seu próprio computador. Por consequência, essa parte dedicada poderá ser realizada seja sob a forma de modos lógicos (ou informáticos (ou ainda , software >>)) seja sob a forma de uma combinação de módulos lógicos e de circuitos eletrônicos (ou << hardware>>).
[0060] Por exemplo, os meios de ação MAj ativos poderão ser dispostos soba a forma de válvula solenoides (ou torneiras) com orifício de seção variável. Nesse caso, cada válvula solenoide poderá, por exemplo, ser do tipo tudo ou nada ou bem do tipo proporcional.
[0061] Quando os meios de ação MAj forem passivo, eles poderão, por exemplo, e como ilustrados não limitativamente nas Figuras 3 e 4, serem dispostos sob a forma de pares de válvulas limitadoras de pressão montadas em paralelo se acordo com os sentidos opostos para conter a pressão e ficar em um campo limitado de variação em torno de uma pressão de aferição. Em variante, os meios de ação MAj (passivos) poderão ser luzes que se abrem e se fecham em função das folgas da suspensão.
[0062] Se notará que a fim de melhorar a filtragem das pequenas amplitudes, o dispositivo de suspensão DS poderá, por exemplo, compreender em paralelo de seu circuito inercial CI uma membrana de dissociação própria para variar a taxa de fluxo no circuito inercial CI em função da amplitude de folga da suspensão. Mais precisamente, essa membrana de dissociação é destinada a bloquear o fluído (e portanto ativar a inércia fluídica) na presença de uma forte amplitude de deslocamento do pistão do cilindro VS, e deixar passar o fluído (e portanto desativar a inércia fluídica) na presença de uma frágil amplitude de deslocamento do pistão do cilindro VS. Por exemplo, essa membrana de dissociação ser alojada em um alojamento dedicado definido no pistão do cilindro VS e se comunicando através dos orifícios com a câmara CH desse último (VS) e com a parte traseira do cilindro VS na qual se transfere a haste que é solidária fixamente ao pistão. Essa membrana de dissociação poderá, poderá por exemplo, ser realizada em borracha, eventualmente sintética.
[0063] Em variantes, o dispositivo de suspensão DS, poderá por exemplo, igualmente compreender uma mola não linear montada em série com o cilindro VS e compreendendo uma primeira rigidez de frágil valor para impedir (ou filtrar) os efeitos de inércia fluídica na presença de pequenas amplitudes de folga da suspensão à altas frequências de excitação, tipicamente superiores à 8 Hz, e uma segunda espessura de forte valor para autorizar (ou excitar) os efeitos de inércia fluídica na presença de grandes amplitudes de folga da suspensão com baixas frequências de excitação, tipicamente inferiores à 3 Hz.
[0064] Se notará igualmente que a fim de melhorar o amortecimento do modo da carroceria na presença de pequenas excitações da estrada, meios de ação MAj poderão ser associados à um ajuste que é apropriado a induzir uma parte da carga escolhida. Em variante, se poderá utilizar um amortecedor AS não linear ou bem controlado.
[0065] Face à invenção, um dispositivo de suspensão metálica poderá agora oferecer performances de conforto vertical quase ao nível daqueles que são oferecidos pelos dispositivos de suspensão hidráulicas, por um custo suplementar baixo no caso da utilização de meios de ação passivos e um custo suplementar moderado no caso da utilização de meios de ação ativos e controlados.
Claims (7)
1. Dispositivo de suspensão (DS) para um eixo de veículo compreendendo rodas apropriadas a circular, o dispositivo (DS) compreendendo uma mola (RS) e um amortecedor (AS) conectados em paralelo, e compreendendo ainda: i) um circuito inercial (CI) compreendendo pelo menos uma primeira mangueira (T1) tendo comprimento e seção predefinidos, e capaz de produzir uma inércia fluídica de maneira controlada, ii) um cilindro (VS) montado em paralelo aos amortecedores (AS) e molas (RS) e compreendendo uma câmara (CH) acoplada à primeira mangueira (T1), e iii) meios de controle (MC) adaptados para controlar a inércia fluídica produzida pelo circuito inercial (CI) em função de pelo menos uma informação representativa de um valor em curso de pelo menos um parâmetro escolhido do veículo, a primeira mangueira (T1) compreendendo primeira e segunda extremidades acopladas respectivamente às entradas/saídas da câmara (CH) e de um reservatório de fluido (RF, CH’), os meios de controle (MC) compreendendo primeiros meios de ação (MA1) instalados entre as entradas/saídas da câmara (CH) e do reservatório de fluido (RF, CH’) a fim de controlar a conexão/desconexão da primeira mangueira (T1), o circuito inercial (CI) compreendendo uma segunda mangueira (T2) tendo comprimento e seção predefinidos, e tendo uma primeira extremidade conectada à segunda extremidade da primeira mangueira (T1) e uma segunda extremidade acoplada à entrada/saída do reservatório de fluido (RF, CH’), os meios de controle (MC) compreenderem igualmente segundos meios de ação (MA2) instalado entre a primeira extremidade da segunda mangueira (T2) e a entrada/saída do reservatório de fluido (RF, CH’) a fim de controlar a conexão/desconexão da segunda mangueira (T2), caracterizado pelo fato de que circuito inercial (CI) compreende uma terceira mangueira (T3) tendo comprimento e seção predefinidos e tendo uma primeira extremidade conectada à segunda extremidade da segunda mangueira (T2) e uma segunda extremidade acoplada à entrada/saída do reservatório de fluido (RF, CH’), os meios de controle (MC) compreendendo igualmente terceiros meios de ação (MA3) instalados entra a primeira extremidade da terceira mangueira (T3) e a entrada/saída do reservatório de fluido (RF, CH’) a fim de controlar a conexão/desconexão da terceira mangueira (T3).
2. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por cada parâmetro poder ser escolhido a partir de um grupo compreendendo uma aceleração vertical do veículo, uma velocidade do veículo, folgas da suspensão, um ângulo do volante do veículo, uma velocidade de ação sobre o volante do veículo, um estado de uma estrada ou via sobre a qual circula o veículo, uma ação sobre um sistema de frenagem do veículo, uma ação sobre uma aceleração do veículo e um modo de condução escolhido pelo condutor do veículo.
3. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por os meios de ação (MAj) serem do tipo ativo, e por os meios de controle (MC) serem apropriados para controlar cada um dos meios de ação (MAj) em função de uma norma de comando de função de cada informação representativa do valor no curso de pelo menos um parâmetro escolhido do veículo.
4. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por os meios de ação (MAj) serem dispostos na forma de válvulas solenoides com orifício de seção variável.
5. Dispositivo, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por os meios de ação (MAj) serem do tipo passivo.
6. Dispositivo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por compreender tanto em paralelo ao circuito inercial (CI) uma membrana de dissociação capaz de variar a taxa de fluxo no circuito inercial (CI) em função de uma amplitude de folga da suspensão, quanto uma mola não linear conectada em série com o cilindro (VS) e compreendendo um primeiro valor inferior de rigidez para impedir os efeitos da inércia fluídica na presença de pequenas amplitudes de folga da suspensão à altas frequências de excitação, e um segundo valor superior de rigidez para permitir os efeitos da inércia fluídica na presença de grandes amplitudes de folga da suspensão à baixas frequências de excitação.
7. Veículo compreendendo pelo menos um eixo (TV) compreendendo rodas apropriadas a circular, caracterizado por o eixo (TV) compreender dois dispositivos de suspensão (DS) conforme definidos em qualquer uma das reivindicações anteriores.
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