BR112018068388B1 - Vidraça isolante notadamente para câmara climática, porta e unidade climatizada - Google Patents

Vidraça isolante notadamente para câmara climática, porta e unidade climatizada Download PDF

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Abstract

Vidraça isolante (1) comportando, pelo menos, duas folhas de vidro (30, 31) espaçadas por, pelo menos, uma lâmina de ar ou de gás, pelo menos um espaçador disposto na periferia das folhas de vidro e mantendo espaçadas as duas folhas de vidro, pelo menos um espaçador (5) sendo de material plástico transparente e disposto sobre pelo menos um dos lados da vidraça, assim como uma primeira barreira de estanqueidade à água, formada por, pelo menos, uma junta estrutural (6) e cujo material é estanque à água, e uma segunda barreira de estanqueidade aos gases e ao vapor d'água, as duas barreiras de estanqueidade sendo de material transparente, e é caracterizada pelo fato de que o espaçador transparente (5) comporta sobre pelo menos uma de suas faces, ditas interna e externa, as faces interna e externa estando respectivamente em frente da e do lado oposto da lâmina de gás, um revestimento (54) que é fino e constitui a segunda barreira transparente de estanqueidade aos gases e ao vapor d'água, o revestimento e o espaçador formando um conjunto unitário.

Description

[0001] A invenção se refere a uma vidraça isolante destinada a uma porta de recinto climático, em particular refrigerado, comportando, pelo menos, duas folhas de vidro espaçadas por, pelo menos, uma lâmina de ar ou de gás com a ajuda de, pelo menos, um espaçador disposto na periferia das folhas de vidro, pelo menos um espaçador sendo de material plástico transparente e disposto sobre pelo menos um dos lados da vidraça.
[0002] A invenção será mais particularmente descrita com referência a uma aplicação de unidade/vitrine refrigerado, sem, todavia, ser limitada a ela. A vidraça da invenção pode ser utilizada em todas aplicações de construção, vidraça exterior, vidraça de interior, divisória, etc.
[0003] Um recinto climático é mais particularmente destinado a constituir uma unidade com frio positivo ou uma unidade com frio negativo em que são expostos produtos refrigerados ou respectivamente supergelados, como produtos alimentícios ou bebidas, ou quaisquer outros produtos necessitando uma conservação no frio, por exemplo, produtos farmacêuticos ou flores.
[0004] Se a comercialização dos produtos congelados é feita cada vez mais com a ajuda de unidades equipados com portas, ditas «frias», com vidraças isolantes transparentes, a comercialização dos produtos alimentícios frescos e ultrafrescos em autoatendimento se faz hoje em dia essencialmente por meio de unidades verticais abertas nos estabelecimentos comerciais. Dotados de uma cortina de ar refrigerado na face dianteira para isolar os gêneros alimentícios do ambiente quente do estabelecimento comercial e manter os mesmos à temperatura de conservação ótima, estas unidades são mais eficazes deste ponto de vista e oferecem um acesso direto aos produtos na ausência de barreira física, facilitando o ato de compra.
[0005] No entanto, a ausência de barreira física sobre estas unidades verticais a frio positivo acarreta uma troca térmica elevada entre o ambiente do estabelecimento comercial e o ambiente muito mais frio gerado no interior destas unidades, o que gera as seguintes consequências: - esta troca térmica deve ser compensada por uma produção de frio maior - fim de garantir as temperaturas ótimas para a conservação dos alimentos na unidade, o que aumenta de modo nefasto o consumo energético destas unidades; - o ambiente do estabelecimento comercial é consideravelmente resfriado localmente (fenômeno de corredor frio), o que conduz os consumidores a limitar sua passagem nestas áreas para as compras essenciais renunciando às compras por impulso. Este resfriamento local dos corredores envolvidos é tanto mais acentuado desde estes últimos anos que o reforço das regulações sanitárias conduziu a baixar ainda mais a temperatura de conservação dos alimentos; - o ar úmido do ambiente do estabelecimento comercial é drenado pela cortina de ar frio em face dianteira da unidade, o que conduz a uma saturação rápida do trocador de frio da unidade (chamada também evaporador) que se encontra preso em gelo, diminuindo, então, significativamente a eficácia da troca térmica. É, portanto, necessário proceder a sequências de descongelamentos frequentes do evaporador, tipicamente duas vezes por dia, o que acarreta um consumo energético aumentado.
[0006] Face a estes inconvenientes, os projetistas de unidades tentaram achar respostas, otimizando notadamente as cortinas de ar e reaquecendo seus corredores por cartuchos radiantes ou insuflantes a ar quente. Este progresso permanece, no entanto, limitado quanto ao conforto dos clientes e isto em detrimento do consumo energético. Com efeito, a energia calorífica produzida por estes sistemas de aquecimento que são gastadores de energia se encontra em parte nas unidades, o que conduz ao final a um consumo energético ainda mais elevado para refrigerar estas unidades.
[0007] A colocação de portas frias convencionais com unidades de fachada aberta permite responder eficazmente a estes inconvenientes. Estas soluções amplamente comprovadas em frio negativo para produtos congelados, custam, entretanto, a se desenvolver para o frio positivo. Essas portas possuem a desvantagem de colocar uma barreira física entre o consumidor e o produto em autoatendimento, podendo gerar consequências negativas potenciais sobre as vendas.
[0008] Além disso, estas portas são realizadas segundo um projeto próximo de janelas para a construção: uma vidraça dupla ou tripla é enquadrada sobre o conjunto de sua periferia por meio de um quadro feita de perfis, geralmente de alumínio anodizado por razões de estética, de resistência ao envelhecimento e de facilidade de fabricação. O quadro é geralmente colado diretamente sobre a periferia e sobre as faces externas da vidraça; ele participa da rigidez da estrutura e permite mascarar à vista os meios intercalares (espaçadores) dispostos na periferia da vidraça e separando as folhas de vidro. No entanto, tal quadro estrutural reduz de modo significativo a visão clara através da vidraça.
[0009] Foi então proposto, para melhorar a visão clara através das vidraças, fabricar vidraças isolantes com espaçadores transparentes pelo menos no nível de seus lados verticais, gerando ainda uma percepção visual de continuidade transparente de superfície sobre o conjunto das vidraças refrigerados justapostos umas às outras formando vitrine. Os espaçadores são fixados com adesivos tais como adesivos de acrílico, que realizam ainda uma função de estanqueidade à água, o adesivo estando em interface entre o espaçador e a face interna dos vidros da vidraça. Para perfazer a selagem, é às vezes adicionada uma junta suplementar transparente tal como a junta de silicone disposta do lado externo da lâmina de ar da vidraça, sobre o bordo do espaçador e entre as duas folhas de vidro.
[0010] A adição de uma segunda barreira de estanqueidade, em particular de silicone, completa a estanqueidade assegurando uma estanqueidade não somente à água, mas também uma estanqueidade aos gases e ao vapor de água. Com efeito, certos materiais plásticos de que é fabricado o espaçador transparente, não são perfeitamente estanques aos gases e ao vapor de água.
[0011] No entanto, esta junta adicional, ainda que transparente, gera um impacto visual negativo para o consumidor face à, e sobretudo coloca angularmente a, um recinto refrigerado com uma tal vidraça.
[0012] Portanto, a invenção tem por objetivo obter uma vidraça isolante para recinto climático que elimina os diferentes inconvenientes enunciados precedentemente, assegurando a estanqueidade à água, mas igualmente otimizando a estanqueidade aos gases e ao vapor d'água, enquanto obtém um campo de visão o mais arejado possível através da vidraça, a pessoa face a um recinto refrigerado de uma pluralidade de vidraças verticais justapostas lateralmente umas às outras devendo ter a impressão de uma superfície de vidro contínua sem presença de descontinuidades verticais.
[0013] De acordo com a invenção, a vidraça isolante destinada a uma porta de recinto climático, em particular refrigerado, comporta, pelo menos, duas folhas de vidro (paralelas e) espaçadas por, pelo menos, uma lâmina de ar ou de gás, pelo menos um espaçador disposto na periferia das folhas de vidro e mantendo espaçadas as duas folhas de vidro, pelo menos um espaçador sendo de material plástico transparente e disposto sobre pelo menos um dos lados da vidraça, assim como uma primeira barreira de estanqueidade à água, formada por, pelo menos, uma junta estrutural e cujo material é estanque à água (a junta estrutural possuindo a função de fixação estrutural do espaçador às folhas de vidro), e uma segunda barreira de estanqueidade aos gases e ao vapor d'água, as duas barreiras de estanqueidade sendo de material transparente, caracterizada pelo fato de que o espaçador transparente comporta sobre pelo menos uma de suas faces ditas interna e externa, as faces interna e externa estando respectivamente em frente e do lado oposto à lâmina de gás, um revestimento que é fino e constitui a segunda barreira transparente de estanqueidade aos gases e ao vapor d'água, o revestimento e o espaçador formando um conjunto unitário.
[0014] O termo «constitui» com relação ao revestimento e à sua estanqueidade não é aqui utilizado no sentido necessariamente de exclusividade, mas no sentido de «forma», « participa de», a segunda barreira de estanqueidade. Outros elementos formando a segunda barreira de estanqueidade podem ser combinados como descrito abaixo quanto a uma barreira suplementar de estanqueidade aos gases e ao vapor de água.
[0015] Entende-se por «fina», uma espessura de, no máximo, 500 μm. O revestimento fino transparente de estanqueidade aos gases e ao vapor d’água apresenta uma espessura preferivelmente compreendida entre 2 nm e 200 μm.
[0016] Entende-se por «conjunto unitário», o fato de que o espaçador e seu revestimento formam um conjunto unitário independente da vidraça antes de sua associação a este último, este conjunto sendo obtido durante a fabricação do espaçador ou logo antes de sua montagem com a vidraça. O espaçador compreende, portanto, já seu revestimento quando o espaçador é montado na vidraça. O revestimento faz parte integrante do espaçador. O espaçador integra assim a função de estanqueidade aos gases e ao vapor de água.
[0017] Em consequência, uma estanqueidade aos gases e ao vapor d’água é garantida com meios transparentes que por sua espessura extremamente fina, uma espessura quase imperceptível ou mesmo imperceptível a olho nu, não perturba a impressão visual transparente que se deve ter do conjunto da vidraça, em particular na junção de duas vidraças justapostas por seus lados verticais compreendendo os espaçadores transparentes.
[0018] O espaçador transparente destas vidraças sendo de material plástico, e a maioria dos materiais plásticos utilizados não sendo geralmente suficientemente homogênea de modo que eles são permeáveis ao vapor d’água e aos gases. Associando ao espaçador de material plástico, e isto de modo monobloco, o revestimento fino transparente e estanque aos gases e ao vapor d'água, o espaçador da invenção garante a função de estanqueidade aos gases e ao vapor d’água sem necessitar de cordões espessos de silicone como na técnica anterior que são adicionados sobre a face externa do espaçador entre as duas folhas de vidro.
[0019] O revestimento fino é um filme ligado sobre o espaçador ou uma camada fina depositada. Sua espessura, que não ultrapassa 500 μm, é sobretudo ligada ao tipo de material utilizado (camada fina ou filme) e a seu processo de fabricação.
[0020] No caso de uma camada fina depositada, esta última é depositada por quaisquer técnicas conhecidas, tais como por via magnetron, evaporação, ou ainda via líquida.
[0021] O revestimento fino transparente estanque aos gases e ao vapor d’água é a título de exemplo preferido de óxido de silício, ou óxido de alumínio ou ainda polissilazano.
[0022] O revestimento fino recobre a face interna e/ou externa, e ainda os cantos da face interna e/ou externa sobressaindo sobre as faces justapostas (faces ditas de fixação do espaçador) que são paralelas às folhas de vidro.
[0023] O revestimento fino recobre preferivelmente a face interna do espaçador, que está em frente da lâmina de ar, isto é, no interior da vidraça isolante.
[0024] Em variante, o revestimento fino recobre unicamente a face externa do espaçador.
[0025] O revestimento fino pode recobrir as duas faces interna e externa, ou ainda todas as faces do espaçador.
[0026] O espaçador transparente é de material plástico, tal como de SAN (estireno-acrilonitrila) ou de PETg (polietileno tereftalato glicolisado) ou de PMMA (polimetilmetacrilato), ou de policarbonato.
[0027] O espaçador é maciço ou oco. Sendo oco, ele melhora mais particularmente o desempenho de isolamento térmico da vidraça.
[0028] A estanqueidade à água é obtida graças à barreira feita pela junta estrutural que realiza a fixação do espaçador às folhas de vidro. Esta junta estrutural é disposta em interface entre cada substrato de vidro e a face em frente do espaçador. Ele é de um material transparente adesivo e estanque à água, como de acrílico ou silicone, reticulável ou não sob a ação de ultravioletas.
[0029] A junta estrutural não tem forçosamente necessidade de se estender sobre toda a espessura do espaçador. Entende-se por «espessura do espaçador», a dimensão que se estende paralelamente às folhas de vidro e em um plano horizontal em posição montada da vidraça.
[0030] Para perfazer a estanqueidade aos gases e ao vapor d'água, uma barreira suplementar de estanqueidade aos gases e ao vapor d’água e transparente além daquela integrada ao espaçador (via o revestimento) é adicionada entre o espaçador e cada folha de vidro.
[0031] Esta barreira suplementar é disposta em interface entre cada face de fixação do espaçador e cada folha de vidro, e/ou limitada em linha com a interface entre os cantos do espaçador e as folhas de vidro, e/ou disposta sobre a totalidade da largura separando as duas folhas de vidro do lado da face externa do espaçador.
[0032] Esta barreira suplementar de estanqueidade aos gases e ao vapor d’água é preferivelmente de butila.
[0033] Em interface a ou em linha com a interface entre as folhas de vidro e o espaçador, a barreira suplementar de estanqueidade aos gases e ao vapor d’água é com vantagem fina de largura equivalente à interface. Mesmo se o material da barreira suplementar é transparente, uma tal espessura tão pequena, combinada ao revestimento transparente de estanqueidade do espaçador, minimiza a presença de materiais suscetíveis de afetar o efeito de transparência procurado.
[0034] Além disso, a realização de base da invenção (revestimento solidário do espaçador na face interna e/ou externa) ou esta última com uma barreira suplementar em interface ou limitada em linha com a interface, permite dispor a face externa do espaçador de maneira coplanar ou quase coplanar com o bordo das folhas de vidro, maximizando a visão clara através da vidraça.
[0035] A espessura da barreira suplementar é equivalente àquela da junta estrutural, em particular de alguns micrometros a 2 mm.
[0036] Em interface entre as folhas de vidro e o espaçador, a barreira suplementar é posicionada sendo tem encostada de topo e alinhada com a junta estrutural.
[0037] Naturalmente, a barreira suplementar pode se estender sobre a totalidade da largura separando as duas folhas de vidro do lado da face externa do espaçador, à maneira de um meio de selagem transparente suplementar disposto entre as folhas de vidro e no lado oposto da lâmina de gás. Todavia, esta realização não será preferida porque afeta a percepção livre transparente da realização de base da invenção. Além disso, esta modalidade não permite dispor a face externa do espaçador de modo coplanar ao bordo das folhas de vidro; ora, o espaçador estando o menos possível em reentrância entre os substratos de vidro e sendo coplanar com o bordo dos substratos obtém um efeito de transparência maximizado.
[0038] De acordo com outra característica, a vidraça é uma vidraça dupla ou vidraça tripla.
[0039] De acordo com ainda outra característica, a vidraça é com vantagem equipada com um ou vários revestimento(s) baixo-emissivo(s) e/ou com uma camada anti-névoa ou anti-gelo, evitando assim meios de aquecimento comuns, o que possibilita uma economia de energia.
[0040] Enfim, a invenção é relativa, por um lado, a uma porta compreendendo uma vidraça de acordo com a invenção e, por outro lado, a um recinto climático, do tipo unidade refrigerada, comportando uma porta ou uma vidraça da invenção, ou uma pluralidade de vidraças da invenção justapostas umas às outras, os espaçadores transparentes sendo dispostos pelo menos sobre os lados encostados entre si das vidraças.
[0041] A presente invenção é agora descrita com a ajuda de exemplos unicamente ilustrativos e de nenhuma forma limitativos do alcance da invenção, e a partir das ilustrações em anexo, em que: - A figura 1 ilustra uma vista em perspectiva de uma fachada de uma unidade refrigerada integrando uma pluralidade de vidraças de acordo com a invenção; - A figura 2 é uma vista parcial esquemática em corte e de cima de uma vidraça da invenção; - As figuras 3a a 3d são vistas esquemáticas de variantes de posicionamento do revestimento fino de estanqueidade de um espaçador de acordo com a invenção, o espaçador podendo ser maciço ou oco.
[0042] As figuras não estão em escala para facilitar a sua leitura.
[0043] A unidade controlada por clima 1 ilustrado esquematicamente na figura 1 comporta uma pluralidade de portas 2 compreendendo, cada uma, uma vidraça isolante 3 de acordo com a invenção.
[0044] A unidade constitui, por exemplo, uma unidade refrigerada com frio positivo destinado a ser instalado ao longo de um corredor de estabelecimento comercial. Pode-se assim constituir, de acordo com a invenção, uma unidade com toda uma fileira de portas encostadas lateralmente umas nas outras verticalmente segundo sua beirada fina.
[0045] No caso de uma unidade/de uma vitrine com frio positivo, a estanqueidade sendo menos crítica que para uma unidade com frio negativo, a porta da invenção comportando a vidraça isolante da invenção não tem necessidade de compreender montantes verticais formando quadro e providos de juntas espessas na junção de duas portas/vidraças encostadas. A vidraça da invenção permite, assim, pela transparência de suas bordas verticais obter uma superfície transparente contínua quando as vidraças são justapostas por sua beirada fina.
[0046] Cada vidraça isolante comporta, pelo menos, duas folhas de vidro mantidas paralelamente espaçadas por um quadro cujas partes opostas verticais em posição montada da vidraça são transparentes.
[0047] A fachada das vidraças e, portanto, da unidade, é assim livre de qualquer quadro estrutural e apresenta um aspecto quase liso de parede de vidro. Ganha-se desta maneira em espaço de visão.
[0048] Somente será descrita abaixo a parte vertical transparente do quadro da vidraça e correspondente à invenção, as partes horizontais sendo geralmente formadas por meios comuns de intercalar e meios de estanqueidade que não são transparentes. Do mesmo modo, não serão descritos a porta que integra a vidraça, os meios de articulação, os perfis de suporte e de escamoteamento de meios de articulação, o tipo de manípulo.
[0049] A figura 2 ilustra uma vista de cima e parcial da vidraça isolante 3 mostrando a parte interior vertical transparente 4 do quadro. A vidraça isolante ilustrada é uma vidraça dupla com duas folhas de vidro. No caso de uma vidraça tripla com três folhas de vidro, a vidraça compreenderia duas partes transparente 4 da invenção.
[0050] A vidraça 3 comporta duas folhas de vidro 30 e 31 paralelas e espaçadas por meio de um elemento intercalar ou espaçador 5.
[0051] As folhas de vidro 30 e 31 são preferivelmente de vidro temperado. A espessura de cada uma das folhas de vidro fica compreendida entre 2 e 5 mm, e é preferivelmente de 3 ou 4 mm a fim de minimizar o peso global da vidraça e otimizar a transmissão luminosa.
[0052] As folhas de vidro são separadas entre elas pelo espaçador 5 para deixar entre elas um volume formando uma lâmina de gás 32.
[0053] A lâmina de gás 32 apresenta uma espessura de, pelo menos, 4 mm e é adaptada em função dos desempenhos desejadas do coeficiente de transferência térmica U, sem ser, todavia, superior a 16 mm, ou mesmo 20 mm.
[0054] A lâmina de gás é constituída de ar ou preferivelmente, para reforçar o nível de isolamento da vidraça, de um gás raro, escolhido dentre o argônio, o criptônio, o xenônio, ou de uma mistura destes diferentes gases, segundo uma taxa de preenchimento de, pelo menos, 85%. Para um coeficiente U ainda melhorado, será preferido um preenchimento com pelo menos 92% de criptônio ou de xenônio.
[0055] O espaçador 5 é preferivelmente de baixa condutividade térmica, apresentando um coeficiente de condutividade térmica de, no máximo, 1 W/m.K, preferivelmente inferior a 0,7 W/m.K, e mesmo inferior a 0,4 W/m.K.
[0056] O espaçador apresenta um corpo de material plástico transparente, do tipo estireno acrilonitrila (SAN) ou polipropileno por exemplo.
[0057] O espaçador 5 é de forma geral paralelepipédica e compreende quatro faces, uma face dita interna 50 em frente da lâmina de gás, uma face oposta externa 51 em frente do exterior da vidraça e duas faces ditas face de fixação 52 e 53 em frente das folhas de vidro respectivas 30 e 31. O espaçador pode apresentar notadamente no nível de sua face interna 50 um perfil em seções cortadas para os cantos (não ilustrado). O espaçador pode ser oco tal como ilustrado esquematicamente na figura 2.
[0058] O espaçador 5 se estende em comprimento, aqui de modo não representado, sobre todo seu comprimento de cada um dos lados pelo menos verticais da vidraça.
[0059] O espaçador apresenta uma largura, dimensão transversal às faces gerais das folhas de vidro, equivalente ao afastamento desejado das folhas de vidro.
[0060] O espaçador apresenta uma espessura, distância separando as faces interna 50 e externa 51 (entre o bordo da vidraça e a lâmina de gás ou de ar), que é equivalente à largura se o espaçador apresenta uma seção quadrada, ou que pode ser notadamente menor. Preferivelmente, o espaçador apresenta uma espessura compreendida entre 3 e 16 mm entre o vidro e a lâmina de gás.
[0061] O espaçador 5 é fixado por colagem via suas faces de fixação 52 e 53 contra as faces internas respectivas 30A e 31A das folhas de vidro 30 e 31, por meio de uma junta estrutural 6 que assegura ainda uma estanqueidade à água.
[0062] O material da junta estrutural 6 é transparente e estanque à água, por exemplo, de silicone ou acrílico.
[0063] A junta estrutural 6 é, por exemplo, uma fita adesiva dupla-face.
[0064] A espessura (dimensão que se estende entre o espaçador e as folhas de vidro) da junta estrutural 6 é compreendida entre alguns micrometros e 2 mm conforme a natureza do material quanto à sua aptidão à colagem notadamente.
[0065] A junta estrutural 6 se estende sobre o comprimento do espaçador de um lado da vidraça, e segundo uma largura limitada de cada face de fixação 52 e 53 do espaçador.
[0066] A junta estrutural 6 é posicionada com relação à figura 2, de modo a desembocar do lado exterior da vidraça.
[0067] Preferivelmente, o espaçador 5 por sua face externa 51 e cada junta estrutural 6 em interface com cada folha de vidro são coplanares com o bordo das folhas de vidro.
[0068] A vidraça comporta ainda uma barreira transparente e de estanqueidade aos gases e ao vapor de água.
[0069] De acordo com a invenção, a barreira de estanqueidade aos gases e ao vapor d’água é constituída de um revestimento fino 54 de um material estanque aos gases e ao vapor d’água solidário da face interna 50 e/ou externa 51 do dito espaçador.
[0070] Com relação à figura 2, o revestimento fino 54 é solidário da face interna 50 do espaçador 5.
[0071] Com relação à variante da figura 3a, o revestimento 54 pode recobrir uma das faces interna ou externa e os cantos do espaçador sobressaindo sobre as faces de fixação 52 e 53. A figura 3b ilustra a variante para a qual o revestimento 54 está simultaneamente sobre as faces interna 50 e externa 51.
[0072] A figura 3c corresponde à figura 3b, o revestimento 54 sobressaindo sobre as faces de fixação. A figura 3d ilustra uma variante para a qual o revestimento recobre todas as faces do espaçador.
[0073] Este revestimento é fino com preferivelmente uma espessura compreendida entre 2 nm e 200 μm.
[0074] O revestimento fino é um filme ligado sobre o espaçador ou uma camada fina depositada. Sua espessura é sobretudo ligada ao tipo de material utilizado e a seu processo de fabricação.
[0075] No caso de uma camada fina depositada, esta última é depositada por quaisquer técnicas, tais como por via magnetron, evaporação, ou ainda via líquida.
[0076] O revestimento fino transparente estanque aos gases e ao vapor d’água é, a título de exemplo preferido, de óxido de silício, ou óxido de alumínio ou ainda polissilazano.
[0077] Devido à espessura muito fina do revestimento 54, este último integrado ao espaçador, é imperceptível a olho nu, o que não perturba a impressão visual transparente que se deve ter do conjunto da vidraça, em particular na junção de duas vidraças justapostas por seus lados verticais compreendendo os espaçadores transparentes.
[0078] Além disso, a vidraça comporta, com vantagem, meios de estanqueidade suplementar 7 aos gases e ao vapor d'água, que são dispostos pelo menos em interface ou em linha com a interface entre cada folha de vidro 30 e 31 e as faces de fixação 52 e 53 do espaçador.
[0079] A figura 2 ilustra o exemplo preferido dos meios de estanqueidade 7 dispostos em interface entre cada folha de vidro 30 e 31 e as faces de fixação 52 e 53 do espaçador.
[0080] Os meios de estanqueidade 7 se estendem por um lado sobre o comprimento do espaçador e, por outro lado, segundo uma parte da largura do espaçador sendo encostados e alinhados com cada junta estrutural 6 de estanqueidade à água.
[0081] Os meios de estanqueidade suplementar 7 desembocam do lado interior da vidraça em frente da lâmina de gás 32, preferivelmente sem ultrapassar a face interna 50 do espaçador. Os meios de estanqueidade 7 são preferivelmente de butila.
[0082] Os meios de estanqueidade 7 apresentam uma espessura equivalente àquela da junta estrutural 6. Esta modalidade da figura 2 permite dispor o espaçador de maneira coplanar com o bordo das folhas de vidro. Em consequência, a parte transparente 4 do quadro assim criada assegura uma estanqueidade enquanto minimiza muito fortemente o impacto visual, nenhuma espessura de material de selagem estando, com efeito, presente transversalmente às folhas de vidro, entre as folhas de vidro e no nível do bordo da vidraça.
[0083] A função de estanqueidade aos gases e ao vapor d’água é garantida sobre toda a beirada fina da vidraça sem dificuldade visual graças, por um lado, ao revestimento 54 ultrafino transparente solidário do bordo do espaçador e à pequena espessura dos meios de estanqueidade suplementar 7 limitado à interface ou em linha com a interface entre o espaçador e as folhas de vidro.

Claims (14)

1. Vidraça isolante (1) comportando, pelo menos, duas folhas de vidro (30, 31) espaçadas por, pelo menos, uma lâmina de ar ou de gás, pelo menos um espaçador disposto na periferia das folhas de vidro e mantendo espaçadas as duas folhas de vidro, pelo menos um espaçador (5) sendo de material plástico transparente e disposto sobre pelo menos um dos lados da vidraça, assim como uma primeira barreira de estanqueidade à água, formada por, pelo menos, uma junta estrutural (6) e cujo material é estanque à água, e uma segunda barreira de estanqueidade aos gases e ao vapor d'água, as duas barreiras de estanqueidade sendo de material transparente, e é caracterizada pelo fato de que o espaçador transparente (5) comporta sobre pelo menos uma de suas faces, ditas interna e externa, as faces interna e externa estando respectivamente em frente da e do lado oposto da lâmina de gás, um revestimento (54) que é fino e constitui a segunda barreira transparente de estanqueidade aos gases e ao vapor d'água, o revestimento e o espaçador formando um conjunto unitário.
2. Vidraça de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o revestimento transparente fino (54) de estanqueidade aos gases e ao vapor d'água, possui uma espessura de, no máximo, 500 μm, preferivelmente compreendida entre 2 nm e 200 μm.
3. Vidraça de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que o revestimento fino (54) é um filme ligado sobre o espaçador ou uma camada fina depositada, notadamente depositada por via magnetron, evaporação, ou ainda via líquida.
4. Vidraça de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que o revestimento fino transparente (54) é de óxido de silício, ou óxido de alumínio ou ainda polissilazano.
5. Vidraça de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que o revestimento fino transparente (54) recobre a face interna e/ou externa, e ainda os cantos da face interna e/ou externa sobressaindo sobre as faces justapostas, faces ditas de fixação do espaçador que são paralelas às folhas de vidro, ou então ainda o revestimento fino transparente (54) recobre todas as faces do espaçador.
6. Vidraça de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que o espaçador transparente (5) é de material plástico do tipo SAN ou de PETg ou de PMMA, ou de policarbonato.
7. Vidraça de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que o espaçador transparente (5) é maciço ou oco.
8. Vidraça de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelo fato de que a junta estrutural (6) é disposta em interface entre cada folha de vidro e a face em frente do espaçador, e é de um material transparente adesivo e estanque à água, como de acrílico ou silicone, reticulável ou não sob a ação de ultravioletas.
9. Vidraça de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de que ela comporta uma barreira de estanqueidade suplementar (7) que é disposta em interface entre cada face de fixação do espaçador e cada folha de vidro, e/ou limitada em linha com a interface entre os cantos do espaçador e as folhas de vidro e/ou disposta sobre a totalidade da largura separando as duas folhas de vidro do lado da face externa do espaçador.
10. Vidraça de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de que ela comporta uma barreira de estanqueidade suplementar (7) que é disposta em interface entre cada face de fixação do espaçador e cada folha de vidro, sendo encostada e alinhada com a junta estrutural (6), a espessura da barreira suplementar sendo equivalente àquela da junta estrutural, em particular de alguns micrometros a 2 mm.
11. Vidraça de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizada pelo fato de que a vidraça é uma vidraça dupla ou vidraça tripla.
12. Vidraça de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pelo fato de que é equipada com um ou vários revestimentos baixo- emissivos e/ou com uma camada anti-névoa ou anti-gelo.
13. Porta (2) caracterizada pelo fato de que comporta uma vidraça (3) como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 12.
14. Unidade climatizada, caracterizado pelo fato de que comporta, pelo menos, uma porta como definida na reivindicação 13, ou uma pluralidade de vidraças como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 12, as vidraças sendo justapostos umas às outras, os espaçadores transparentes (5) sendo dispostos pelo menos sobre os lados encostados entre si das vidraças.
BR112018068388-4A 2016-03-18 2017-02-23 Vidraça isolante notadamente para câmara climática, porta e unidade climatizada BR112018068388B1 (pt)

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