BR112018013085B1 - Método para a produção de uma tábua de madeira artificial e tábua de madeira artificial - Google Patents

Método para a produção de uma tábua de madeira artificial e tábua de madeira artificial Download PDF

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Abstract

?MÉTODO PARA A PRODUÇÃO DE UMA PLACA DE MADEIRA ARTIFICIAL E PLACA DE MADEIRA ARTIFICIAL? A presente invenção está relacionada a um método para a produção de uma placa de madeira artificial. Mais especificamente, a presente invenção está relacionada a um método para a produção de uma placa de madeira altamente durável, de baixo custo, não prejudicial ao meio ambiente. Ademais, a presente invenção está relacionada a placas de madeira artificiais obtidas pelos métodos da presente invenção.

Description

[0001] A presente invenção refere-se a um método para a produção de tábua de madeira artificial. Além disso, a presente invenção refere-se a tábuas de madeira artificiais obteníveis pelos métodos da presente invenção.
[0002] Em geral, tábua de madeira artificial, também conhecida como painéis de aglomerado ou painéis de fibras são produtos de painel de engenharia fabricados de partículas de madeira, por exemplo, cavacos de madeira, aparas de serraria, pó de serra e fibras como cânhamo, kenaf, juta, palha de cereais. Essas partículas de madeira são tipicamente prensadas e ligadas juntas usando um aglutinante químico. Há vários tipos de tábua de madeira artificial, diferindo em densidade da tábua; painel de aglomerado (baixa densidade), painel de fibras de densidade média também conhecido como MDF e madeira compensada. Essas tábuas de madeira, particularmente MDF, são frequentemente usadas na indústria de construção e móveis.
[0003] O processo de fabricar a tábua de madeira consiste em ligar as fibras juntas com um aglutinante e prensar as mesmas no produto final. Primeiramente, a matéria prima a ser usada é moída em partículas ou fibras, seguido por secagem das partículas. A seguir, resina ou aglutinante é pulverizado sobre as partículas para obter uma mistura de partículas e o aglutinante. O aglutinante é usado para ligar ou “colar” as partículas juntas para produzir o produto final, a tábua de madeira. A seguir, a mistura é feita em uma folha, seguido por compressão da mistura entre 2.000 e 3.000 kPa e temperaturas entre 140 e 220°C. Esse processo fixa e endurece a cola (aglutinante) e liga as partículas/fibras do material. Finalmente, as tábuas são esfriadas e podem ser aparadas e lixadas e estão prontas para uso.
[0004] O aglutinante é tipicamente uma resina termorrígida ou de cura a quente feita de formaldeídos tóxicos. O tipo de aglutinante sendo usado desempenha um papel importante na determinação das características do produto final. Resinas baseadas em amino-formaldeído têm o melhor desempenho ao considerar custo e facilidade de uso. Resinas de formaldeído fenólico de ureia e resinas de melamina de ureia são usadas para oferecer resistência à umidade com melamina aumentada oferecendo resistência aperfeiçoada à tábua de madeira. Em geral, no processo de produzir as tábuas de madeira, as fibras são ligadas com resinas de formaldeído-ureia (UF) e fenol-formaldeído (PF) devido ao baixo custo e as propriedades físico-mecânicas eficazes que fornecem ao produto final. Por exemplo, resinas UF são dominantemente usadas na indústria de MDF devido ao seu baixo custo e características de cura rápida.
[0005] A desvantagem do uso de resinas UF e PF na produção de tábuas de madeira é que essas resinas não são eco favoráveis nem seguras de se usar devido aos efeitos para a saúde da exposição a emissões de formaldeído e os problemas em potencial associados à emissão de formaldeído. Resinas PF são mais duráveis e não emitem formaldeído, porém o uso de resinas PF vem com custos mais altos em comparação com resinas UF e resinas PF têm uma taxa de cura muito mais lenta do que as resinas UF. Adicionalmente, resinas à base de formaldeído derivaram de processos petroquímicos que não são sustentáveis. Uma desvantagem de tábuas de madeira atuais é que são muito propensas à expansão e descoloração devido à exposição à umidade. Tábuas de madeira não são, portanto, adequadas para construção em um ambiente úmido e são raramente usadas ao ar livre ou em lugares onde haja altos níveis de umidade.
[0006] A rápida urbanização está criando uma escassez de materiais de construção civil, convencionais, devido à disponibilidade limitada de recursos naturais. Por outro lado, a energia consumida para a produção de materiais de construção civil convencionais polui ar, água e terra. Para atender a demanda cada vez mais crescente por materiais de construção civil eficientes em energia há necessidade de adotar tecnologias “verdes” ambientalmente apropriadas, eficazes em termos de custo e redesenvolver técnicas tradicionais.
[0007] Considerando o acima, há necessidade na técnica de um método para a produção de tábua de madeira artificial favorável ao meio ambiente, de baixo custo e altamente durável. Esse método deve resultar, de preferência, em uma produção eficaz em termos de custo e não poluente, de tábuas de madeira artificiais de alta qualidade, sem o uso de aglutinantes químicos adicionais.
[0008] É um objetivo da presente invenção, entre outros objetivos, tratar da necessidade acima na técnica. O objetivo da presente invenção, entre outros objetivos, é atendido pela presente invenção como delineado nas reivindicações apensas.
[0009] Especificamente, o objetivo acima, entre outros objetivos é atendido, de acordo com um primeiro aspecto, pela presente invenção por um método para a produção de tábua de madeira artificial, em que o método compreende as seguintes etapas: a) moagem de material vegetal contendo lignina para obter uma mistura moída; b) condicionamento da mistura moída para obter um teor de umidade de equilíbrio entre 12% e 25%, de preferência entre 16% e 25%; c) homogeneização da mistura moída condicionada; d) prensagem a frio da mistura homogênea obtida na etapa c para obter uma tábua frágil; e) prensagem a quente da tábua frágil para atingir uma densidade entre 1,2 e 1,4 g/cm3 para obter uma tábua de madeira artificial.
[0010] A tábua de madeira artificial da presente invenção é produzida de material vegetal contendo lignina, que é considerada como sendo uma matéria prima “verde”. O teor de lignina desse material está naturalmente presente em altos níveis em materiais vegetais específicos. O agente de ligação usado no método da presente invenção é um produto todo natural sem adição de formaldeídos ou outros aglutinantes químicos não naturais.
[0011] Lignina é uma classe de polímeros orgânicos complexos e é um componente principal nos tecidos de suporte de algas e plantas vasculares. A lignina no material vegetal contendo lignina, quando aquecida em alta pressão, reticula em uma resina fenólica termorrígida. Isso permite a produção de painéis de aglomerado orgânicos, sem a adição de um aglutinante. As moléculas de fenol na porção de lignina do material vegetal têm ligações covalentes duplas suficientes e reatividade química associada para se comportar como uma resina termorrígida, permitindo que o material vegetal seja prensado a quente em tábua de madeira artificial de alta qualidade. As propriedades mecânicas da madeira artificial são controladas pelo grau de reticulação da lignina e densidade do material. O grau de densidade de reticulação depende da temperatura, pressão durante prensagem a quente e teor de umidade da mistura moída usada no processo de produção da tábua de madeira artificial. Um aumento no grau de reticulação levará a propriedades mecânicas aumentadas.
[0012] De acordo com uma modalidade preferida, a presente invenção refere-se ao método para a produção de tábua de madeira artificial, em que o material vegetal contendo lignina compreende partículas com um tamanho de partícula menor que 5 mm, preferivelmente menor que 2,5 mm, mais preferivelmente menor que 2 mm.
[0013] De acordo com outra modalidade preferida, a presente invenção refere-se ao método para a produção de tábua de madeira artificial, em que o material vegetal contendo lignina compreende medula da casca de coco. A casca de coco representa um bom material de refugo adequado para produzir tábuas de madeira. O teor de lignina da medula da casca de coco está naturalmente presente em altos níveis; o teor de lignina na medula varia de 40% a 50%, ao passo que na fibra de 30% a 35%. A medula da casca de coco é de baixo custo, à prova de traça, resistente a fungos e apodrecimento, retardadora de chamas e tem excelentes propriedades de isolamento de som e temperatura. A medula da casca de coco tem alto teor fenólico e de lignina e pode ser prensado a quente em tábua de madeira artificial, em que nenhum aglutinante artificial foi adicionado durante a produção. Os produtos químicos de ocorrência natural na medula da casca permitem que a mesma seja prensada a quente em uma tábua de madeira artificial sem aglutinante.
[0014] De acordo ainda com outra modalidade preferida, a presente invenção refere-se ao método para a produção de tábua de madeira artificial, em que o material vegetal contendo lignina compreende material vegetal nova com menos de 6 meses de idade. A lignina peculiar no material vegetal desempenha um papel importante na cura das tábuas de madeira artificiais. Matéria prima demasiadamente seca perde o comportamento de resina fenólica que fornece as propriedades termorrígidas às tábuas finais.
[0015] De acordo com uma modalidade preferida, a presente invenção refere-se ao método para a produção de tábua de madeira artificial, em que o material vegetal contendo lignina compreende um teor de umidade entre 12% e 25%, preferivelmente entre 16% e 25%. O teor de umidade tem vários efeitos durante a produção da tábua de madeira artificial. O processo de cura a ~12% de teor de umidade resultou em tábuas demasiadamente secas com mais material não curado do que as tábuas produzidas a ~16% de teor de umidade do material vegetal contendo lignina. Entretanto, teor de umidade demasiadamente alto causa formação de bolhas de vaporização de umidade rápida e limita a densidade que pode ser obtida durante prensagem a quente da tábua frágil. Isso é provavelmente devido ao deslocamento excessivo de partícula física pela água em excesso presente na tábua frágil. Por outro lado, teor de umidade demasiadamente baixo inibe fluxo viscoplástico das partículas durante prensagem a quente, limitando a densidade devido à falta de proximidade entre as moléculas de reação resultando em um grau mais baixo de reticulação. Um teor de umidade entre 16% e 25% no material vegetal contendo lignina mostrou a qualidade mais alta de tábua de madeira artificial em relação à densidade mais alta, o melhor módulo de flexão e resistência. O teor de umidade da matéria prima está diretamente relacionado ao timing escolhido e a espessura a ser produzida. O teor de umidade alto assegura condutividade mais alta e, portanto, encurta o tempo necessário para a amostra atingir a temperatura definida. Entretanto, umidade alta pode levar a explosões de vapor durante alívio de pressão e criar não homogeneidade que finalmente afeta as propriedades finais do material.
[0016] De acordo com outra modalidade preferida, a presente invenção refere-se ao método para a produção de tábua de madeira artificial, em que o teor de umidade de equilíbrio é ajustado pela adição de água à mistura moída para obter o teor de umidade de equilíbrio.
[0017] De acordo ainda com outra modalidade preferida, a presente invenção refere-se ao método para a produção de tábua de madeira artificial, em que a etapa e é seguida por condicionar a tábua de madeira artificial em pressão estática por pelo menos 24 horas para obter uma tábua de madeira artificial de forma estável. As tábuas de madeira são suscetíveis à deformação causada por absorção de água durante o recondicionamento. Portanto, as tábuas de madeira são mantidas sob uma massa estática usando uma carga estática no sentido horizontal diretamente após a prensagem a quente. Desse modo, as tábuas tornar-se-ão estáveis em forma.
[0018] De acordo com uma modalidade preferida, a presente invenção refere-se ao método para a produção de tábua de madeira artificial, em que na etapa d a mistura homogênea é prensada a frio para se obter uma tábua frágil com uma espessura de pelo menos 1:3, de preferência pelo menos 1:4, mais preferivelmente pelo menos 1:5, mais preferivelmente ainda pelo menos 1:6, quando comparado com a espessura do material antes da prensagem a frio. A mistura homogênea antes de ser prensada a frio tem uma densidade entre 0,1 - 0,25 g/cm3, preferivelmente ~0,2 g/cm3. Após prensagem a frio, a tábua frágil tem uma densidade entre 0,3 - 0,6 g/cm3, preferivelmente entre 0,35 - 0,45 g/cm3.
[0019] De acordo com a presente invenção referente ao método para a produção de tábua de madeira artificial, em que a etapa e é executada em total no máximo 1 a 4 minutos por 1 mm de espessura de camada da tábua frágil, preferivelmente 1 a 3 minutos por 1 mm de espessura de camada da tábua frágil, mais preferivelmente 1,5 a 2 minutos por 1 mm de espessura de camada da tábua frágil. O timing da etapa e afeta o equilíbrio entre uma matriz que está secando seu teor de água por evaporação, o tempo necessário para a reação ser concluída e o tempo de resfriamento para o material ser homogeneamente resfriado.
[0020] De acordo ainda com outra modalidade preferida, a presente invenção refere-se a um método em que a etapa e é executada a uma temperatura entre 140°C e 220°C, preferivelmente 150°C e 200°C, mais preferivelmente 160°C e 180°C. A temperatura é uma variável essencial em prensagem a quente para se obter o fluxo ótimo e reticulação química das partículas. A temperatura da tábua frágil deve exceder 140°C para que a reticulação ocorra; lignina reage (ou cura) acima de 140°C para ligar quimicamente com os compostos orgânicos que circundam a lignina. Entretanto, para minimizar o tempo na prensagem a quente e acelerar o processo, as temperaturas de 160°C a 180°C são preferidas. Usar uma temperatura mais alta que 220°C arriscará danificar o acabamento da tábua de madeira artificial devido à formação de bolhas ou carbonização. A temperatura também afeta a viscosidade da lignina, reduzindo a viscosidade, tornando possível para a mesma fluir através do meio poroso e ligar-se homogeneamente com as fibras.
[0021] De acordo com a presente invenção em relação ao método para a produção de tábua de madeira artificial, em que a etapa e é executada a uma pressão de 12.000 a 17.000 kPa, preferivelmente 13.000 a 16.000 kPa, mais preferivelmente 14.000 a 15.000 kPa. Essa pressão é necessária para manter as partículas da tábua frágil em proximidade suficiente para que as moléculas de fenol possam se ligar e serem “coladas” juntas. A pressão é o acionador principal para a lignina fluir e encher todas as cavidades, bem como colocar em contato estreito a lignina e a matriz. A última das duas facilita a criação de mais pontos de reticulação, portanto, a ligação e a resistência do material. A pressão mais ótima selecionada é o resultado de dois fenômenos que desempenham um papel importante: o primeiro é a alta viscosidade da lignina que tem de fluir através de canais muito estreitos da matriz aumentando a queda de pressão; o segundo é a distância curta entre lignina e fibras necessária para assegurar reação, e, portanto, resistência do produto final.
[0022] De acordo com outra modalidade preferida, a presente invenção refere-se ao método de acordo com a presente invenção, em que a mistura moída condicionado tida na etapa (b) é misturada com outros materiais semelhantes à madeira e/ou aditivos e/ou polímeros e/ou composições baseadas em cimento. Para se obter propriedades aperfeiçoadas do produto (como resistente à água, resistente a fogo, resistente a bolor, etc., ou um acabamento diferente como um aparelho de brilho ou fosco) e desenvolver um produto ainda mais sustentável, vários aditivos naturais e químicos podem ser adicionados à mistura moída, como glúten de trigo, proteína de soja, caseína de leite, óleo vegetal, ácido cítrico, furfural, cera, corantes, agentes umectantes e/ou agentes de liberação.
[0023] A presente invenção, de acordo com um segundo aspecto, refere-se a uma tábua de madeira artificial obtenível pelos métodos da presente invenção.
[0024] De acordo ainda com outra modalidade preferida da presente invenção, a tábua de madeira artificial tem uma resistência à flexão de pelo menos 46 N/mm2, preferivelmente pelo menos 47 N/mm2. A mistura de partículas obtidas da moagem de material vegetal contendo lignina tem fibras curtas incorporadas na mistura. Essas fibras afetam a resistência à flexão da tabua de madeira artificial. A rigidez de flexão é o melhor indicador da qualidade de processamento do material vegetal contendo lignina.
[0025] De acordo com a presente invenção, a tábua de madeira artificial tem um teor de umidade entre 12% e 25%, preferivelmente entre 16% e 25% e a tábua de madeira artificial de acordo com a presente invenção tem um inchaço de espessura de no máximo 13%, preferivelmente no máximo 12%, mais preferivelmente no máximo 10%, mais preferivelmente no máximo 9%, devido à absorção de umidade após imersão em uma solução aquosa por 24 horas de acordo com o Padrão Europeu EN 317. A tábua de madeira artificial tem uma alta resistência à absorção de água.
[0026] De acordo com outra modalidade preferida da presente invenção a tábua de madeira artificial tem uma resistência à ligação interna de pelo menos 1.8 N/mm2, preferivelmente pelo menos 2,2 N/mm2, mais preferivelmente pelo menos 2,5 N/mm2 e a tábua de madeira artificial compreende pelo menos 25% a 50% v/v de pó de fibra de coco.
[0027] Quando comparado com os Painéis de fibra de alta densidade (HDF), também chamados Madeiras Compensadas (HB), a tábua de madeira artificial da presente invenção tem características aperfeiçoadas. A tábua de madeira artificial da presente invenção em conformidade com o Padrão europeu EN622-2 e pertence à classe: “Hardboad for load bearing and humid conditions” (tipo HB.HLA1).
[0028] De acordo ainda com outra modalidade preferida da presente invenção a tábua de madeira artificial compreende uma composição compreendendo material vegetal contendo lignina misturada com outros materiais semelhantes à madeira, aditivos e/ou polímeros e/ou composições baseadas em cimento. Tábuas de madeira artificiais da presente invenção podem ser desenvolvidas com a adição de vários aditivos naturais e químicos, como glúten de trigo, proteína de soja, caseína de leite, óleo vegetal, ácido cítrico e/ou furfural para se obter propriedades melhores do produto e desenvolver um produto ainda mais sustentável. A tábua de madeira artificial da presente invenção pode compreender vários outros produtos químicos incluindo cera, corantes, agentes umectantes, agentes de liberação para obter um produto que é altamente resistente à água, à prova de fogo, à prova de insetos, etc.
[0029] A presente invenção será detalhada adicionalmente nos seguintes exemplos.
Exemplo 1. Moagem
[0030] Casca de coco fresco (menos de 6 meses de idade) foi importada da Indonésia. Essa foi armazenada em sacos de plástico em um cômodo condicionado a 95% de umidade relativa (RH) e 28°C para manter o frescor da casca. Posteriormente, cerca de 2 kg de casca de coco foram serrados em partes menores e moídos com FRITSCH modelo 15.302/694 em três etapas diferentes (sem peneira, peneira de 10 mm, peneira de 2 mm). O resultado final é uma mistura de fibra e pó peneirada a 2 mm.
Exemplo 2. Condicionamento e teor de umidade
[0031] A fibra de coco de coco moída foi condicionada em dois cômodos de clima diferente: RH 50% a 24°C e RH 65% a 20°C por um período entre 5 e 12 dias, dependendo do teor de umidade da fibra de coco moída. A seguir, o teor de umidade foi determinado pesando a amostra úmida, secando em forno a 130°C por pelo menos 18 horas e finalmente pesando a amostra seca seguindo a fórmula:
Figure img0001
[0032] Em que “mw” e “md” são respectivamente peso úmido e peso seco.
Exemplo 3. Produção de tábuas de madeira
[0033] O processo compreende as etapas: 1. Condicionamento de fibra de coco 2. Prensagem prévia 3. Prensagem a quente 4. Condicionamento em pressão estática 5. Aparamento 6. Condicionamento de tábua
1. Condicionamento de fibra de coco
[0034] Essa etapa é executada até que o teor de umidade de equilíbrio alvo (EMC) tenha sido atingido.
2. Prensagem prévia
[0035] Fibra de coco condicionada é carregada em um molde para atingir uma densidade final de 1,35 g/cm3. Após ter espalhado uniformemente a fibra de coco, o molde foi prensado com 150 Kg/cm2 por 1 minuto. Nesse caso, 69,8 g de fibra de coco são carregados em um molde de aço de 10x15 cm a 22.500 Kg por 1 minuto.
3. Prensagem a quente
[0036] O resultado da etapa de prensagem prévia é uma tábua frágil chamada “Prepack”. Os “Prepacks” produzidos foram colocados entre duas placas de alumínio com 1,6 mm de espessura e prensados a 170°C a 22.500 Kg (0,15 Tons/cm2) por 4 minutos, incluindo o tempo de aquecimento. A seguir, a amostra foi resfriada no interior da prensa até que uma temperatura interna de 50°C foi medida com um termopar.
4. Primeiro condicionamento sob pressão estática
[0037] As tábuas produzidas foram condicionadas em temperatura ambiente sob uma massa durante a noite.
5. Aparamento
[0038] Aparamento da amostra foi realizado após o primeiro condicionamento e antes da segunda etapa de condicionamento para eliminar o material não curado seco.
6. Segundo condicionamento
[0039] As amostras aparadas foram condicionadas a 65% RH e 20°C até que a massa não mudou mais de 0,01% de acordo com o Padrão europeu EN 310, por exemplo, para obter um produto de forma estável. As amostras foram colocadas em suportes com uma massa no topo das mesmas para manter a planura.
Exemplo 4. Determinar propriedades físico-mecânicas das tábuas de madeira artificiais
[0040] As amostras foram cortadas após terem atingido um peso estável em dois quadrados de 50x50 mm e uma tira de 2x8 mm. As amostras produzidas foram testadas de acordo com o Padrão europeu EM 622-2. Esse padrão inclui todos os testes necessários para comparar a tábua de madeira artificial com Painéis de fibras de alta densidade (HDF) também chamados Madeiras compensadas (HB). A lista dos testes específicos é fornecida abaixo. Tabela 1. Testes de acordo com padrões europeus executados na tábua de madeira artificial.
Figure img0002
Resultados
[0041] 11 amostras de tábua de madeira artificial foram testadas de acordo com Padrões europeus, como exposto acima. As amostras 1 a 5, 10 e 11 têm um teor de umidade de 16,4% e as amostras 6 a 9 têm um teor de umidade de 12%.
Densidade
[0042] Medições de densidade foram feitas de acordo com o padrão europeu EN 322 em duplicata nas amostras 1, 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11. Tabela 3. Medições de densidade de amostras de tábua de madeira artificial
Figure img0003
Resistência ao encurvamento e módulo de flexão
[0043] O teste de Resistência ao encurvamento e módulo de flexão foi feito em todas as amostras de acordo com o padrão europeu EN310. Tabela 4. Resistência ao encurvamento e módulo de flexão de amostras de tábua de madeira artificial.
Figure img0004
Teste de ligação interna e ligação interna após ebulição
[0044] O teste de ligação interna e ligação interna após ebulição foi realizado em amostras 1 a 4 de acordo com o Padrão Europeu EN319 e EN1087-1. Tabela 5. Teste de ligação interna e ligação interna após ebulição de amostras de tábua de madeira artificial.
Figure img0005
Inchaço em espessura após imersão em água por 24 h
[0045] Esse teste foi feito nas seguintes amostras de acordo com o Padrão europeu EN317. Tabela 6. Inchaço em espessura após imersão em medições de água.
Figure img0006

Claims (13)

1. Método para a produção de tábua de madeira artificial sem a adição de um aglutinante, o método caracterizado por compreender as seguintes etapas: a) moagem de material vegetal contendo lignina para obter uma mistura moída, em que a lignina contendo o material vegetal compreende medula da casca de coco; b) condicionamento da mistura moída para obter um teor de umidade de equilíbrio entre 12% e 25%, de preferência entre 16% e 25%; c) homogeneização da mistura moída condicionada; d) prensagem a frio da mistura homogênea obtida na etapa (c) para obter uma tábua frágil; e) prensagem a quente da tábua frágil para atingir uma densidade entre 1,2 e 1,4 g/cm3 para obter uma tábua de madeira artificial.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o material vegetal contendo lignina compreende partículas com um tamanho de partícula menor que 5 mm, preferivelmente menor que 2,5 mm, mais preferivelmente menor que 2 mm.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que o teor de umidade de equilíbrio é ajustado pela adição de água à mistura moída para obter o teor de umidade de equilíbrio.
4. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a etapa (e) é seguida por condicionar a tábua de madeira artificial em pressão estática por pelo menos 24 horas para obter uma tábua de madeira artificial de forma estável.
5. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que na etapa (d) a mistura homogênea é prensada a frio para se obter uma tábua frágil com uma espessura de pelo menos 1:3, preferivelmente pelo menos 1:4, mais preferivelmente pelo menos 1:5, mais preferivelmente pelo menos 1:6, quando comparado com a espessura do material antes de prensagem a frio.
6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a etapa (e) é executada no total em 1 a 4 minutos por 1 mm de espessura de camada da tábua frágil, preferivelmente 1 a 3 minutos por 1 mm de espessura de camada da tábua frágil, mais preferivelmente 1,5 a 2 minutos por 1 mm de espessura de camada da tábua frágil.
7. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a etapa (e) é executada em uma temperatura entre 140°C a 220°C, preferivelmente 150°C a 200°C, mais preferivelmente 160°C a 180°C e em que a etapa (e) é executada em uma pressão de 12.000 a 17.000 kPa, preferivelmente 13.000 a 16.000 kPa, mais preferivelmente 14.000 a 15.000 kPa.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que a mistura moída condicionada obtida na etapa (b) é misturada com outros materiais semelhantes à madeira e/ou aditivos e/ou polímeros e/ou composições à base de cimento.
9. Tábua de madeira artificial caracterizada por ser obtida pelo método conforme definido na reivindicação 1, em que a tábua de madeira artificial apresenta um teor de umidade entre 16 a 25% e compreende de 25 a 50% v/v de pó de fibra de coco.
10. Tábua de madeira artificial, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que a tábua de madeira artificial apresenta uma resistência ao encurvamento de pelo menos 46 N/mm2, preferivelmente pelo menos 47 N/mm2.
11. Tábua de madeira artificial, de acordo com a reivindicação 9 ou 10, caracterizada pelo fato de que a tábua de madeira artificial apresenta um inchaço de espessura de no máximo 13%, preferivelmente no máximo 12%, mais preferivelmente no máximo 10%, mais preferivelmente no máximo 9% devido à absorção de umidade após imersão em uma solução aquosa por 24 horas de acordo com o Padrão Europeu EN317.
12. Tábua de madeira artificial, de acordo com qualquer uma dentre as reivindicações 9 a 11, caracterizada pelo fato de que a tábua de madeira artificial apresenta uma resistência à ligação interna de pelo menos 1,8 N/mm2, preferivelmente pelo menos 2,2 N/mm2, mais preferivelmente pelo menos 2,5 N/mm2.
13. Tábua de madeira artificial, de acordo com qualquer uma dentre as reivindicações 9 a 12, caracterizada pelo fato de que a tábua de madeira artificial compreende uma composição compreendendo material vegetal contendo lignina, misturado com outros materiais semelhantes à madeira e/ou aditivos e/ou polímeros e/ou composições baseadas em cimento.
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