BR112016030452B1

BR112016030452B1 - Gume cortante de lâmina de barbear ou depilar e método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre o dito gume

Info

Publication number: BR112016030452B1
Application number: BR112016030452-7A
Authority: BR
Inventors: Ronald Richard Duff Jr.; John Joseph Nisby; Kenneth James Skrobis; Joseph Allan Depuydt
Original assignee: The Gillette Company
Priority date: 2014-07-01
Filing date: 2015-07-01
Publication date: 2022-05-10
Also published as: CA2953391A1; CN106457301B; EP3164226B1; MX2016017390A; PL3164226T3; RU2016148919A; RU2016148919A3; CN106457301A; AU2015284141A1; EP3164226A1; US10118304B2; JP6480478B2; JP2017528305A; ZA201700375B; US20160001456A1; WO2016004142A1; SG11201610386PA; BR112016030452A2

Abstract

GUME CORTANTE DE LÂMINA DE BARBEAR OU DEPILAR E MÉ TODO DE FORMAÇÃO DE UM REVESTIMENTO DE POLIFLUOROCARBONETO SOBRE O DITO GUME A presente invenção refere-se a gumes cortantes de lâmina de barbear ou depilar e a métodos para a produção de gumes exibindo longevidade aprimorada de desempenho de barbeamento ou depilação e forças de corte menores. Lâminas de barbear ou depilar convencionais têm forças de corte crescentes com o uso, devido ao desgaste e perda de adesão do revestimento externo. Os gumes de lâmina produzidos de acordo com o novo processo apresentam forças de corte significativamente menores, quando submetidos à simulação para barbeamento ou depilação de corte em feltro de lã, o que se correlaciona a barbeamentos ou depilações mais confortáveis inicialmente e durante a vida útil das lâminas. A presente invenção trata de gumes das lâminas de barbear ou depilar que têm um primeiro revestimento de polifluorocarboneto aderente com um primeiro solvente para remover parcialmente o revestimento de polifluorocarboneto, adiciona um segundo revestimento de polifluorocarboneto, aquece e trata o gume da lâmina com um segundo solvente proporcionando um gume de lâmina final que tem um revestimento de polifluorocarboneto fino, uniforme. Solventes preferenciais incluem perfluoroalcanos, perfluorocicloalcanos e compostos (...).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[0001]Esta invenção refere-se a um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar revestido com polifluorocarboneto aprimorado e seu novo método de fabricação. Especificamente, esta invenção refere-se a gumes cortantes de lâmina de barbear ou depilar que têm um revestimento de polifluorocarboneto fino, bem aderido e benefícios significativamente aprimorados no primeiro barbeamento ou depilação que são mantidos durante barbeamentos ou depilações subsequentes.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

[0002]Lâminas de barbear ou depilar não revestidas, apesar de seu corte afiado, não podem ser empregadas para fazer uma barba a seco sem excessivo desconforto e dor, e como uma questão prática, é necessário empregar com elas um agente amaciante de barba, como água e/ou um sabão ou creme para barbear ou depilar. Mesmo com o agente amaciante de barba, a dor e a irritação produzidas pelo barbeamento ou depilação com lâminas não revestidas se devem à excessiva força necessária para puxar o gume cortante da lâmina através dos pelos da barba, cuja força é transmitida aos nervos na pele adjacente aos folículos capilares a partir dos quais se estendem os pelos da barba, e, conforme é bem conhecido, a irritação produzida pelo puxar excessivo desses pelos pode continuar durante um período de tempo considerável após o processo de puxar ser interrompido. Para resolver essas desvantagens, foram desenvolvidos revestimentos de lâminas. No entanto, lâminas de barbear ou depilar convencionais geralmente têm forças de corte crescentes com o uso, devido ao desgaste e à perda de adesão do revestimento externo.

[0003]A patente US n° 3.071.856, concedida a Fischbein em 8 de janeiro de 1963, descreve lâminas revestidas com fluorocarboneto, particularmente lâminas revestidas com politetrafluoroetileno. As lâminas podem ser revestidas por meio da (1) colocação do gume da lâmina em posição próxima a um suprimento de fluorocarboneto e subsequente aquecimento da lâmina, (2) aspersão da lâmina com uma dispersão de fluorocarboneto, (3) imersão da lâmina em uma dispersão de fluorocarboneto ou (4) com o uso de eletroforese. A lâmina resultante foi depois aquecida para sinterizar o politetrafluoroetileno sobre o gume da lâmina.

[0004]A patente US n° 3.518.110, concedida a Fischbein em 30 de junho de 1970, apresenta um telômero de fluorocarboneto sólido melhorado para uso no revestimento de lâminas de barbear ou depilar de segurança. O polímero de fluorocarboneto funde-se entre 310°C e 332°C e a 350°C tem um índice de fluidez de 0,005 a cerca de cerca de 600 gramas por dez minutos. Acredita-se que os polímeros preferenciais têm pesos moleculares na faixa de cerca de 25.000 a cerca de 500.000 gramas/mol. Para melhores resultados, o polímero de fluorocarboneto sólido é decomposto em partículas na faixa de 0,1 a 1 mícron. A dispersão é eletrostaticamente borrifada sobre lâminas de aço inoxidável.

[0005]A patente US n° 3.658.742, concedida a Fish et al em 25 de abril de 1972, revela uma dispersão de politetrafluoroetileno (PTFE) aquoso contendo agente umectante da marca Triton X 100 que é borrifada eletrostaticamente sobre os gumes da lâmina. A dispersão aquosa é preparada trocando o solvente Freon na dispersão de PTFE da marca Vydax (PTFE + solvente Freon), distribuído pela E.I. DuPont, Wilmington, Del., por álcool isopropílico e, então, efetuando-se a troca de álcool isopropílico por água.

[0006]A patente US n° 5.263.256, concedida a Trankiem em 23 de novembro de 1993, apresenta um método aprimorado para formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante de lâmina de barbear ou depilar que compreende as etapas de submeter um polímero de fluorocarboneto, tendo um peso molecular de pelo menos cerca de 1.000.000 gramas/mol à radiação ionizante para reduzir o peso molecular médio de cerca de 700 para cerca de 700.000 gramas/mol; dispersar o polímero de fluorocarboneto irradiado em uma solução aquosa; revestir a dita borda cortante da lâmina de barbear ou depilar com a dispersão; e aquecer o revestimento obtido para fundir, parcialmente fundir ou sinterizar o polímero de fluorocarboneto.

[0007]A patente US n° 6.228.428 concedida a Trankiem em 8 de maio de 2001, apresenta um método de formar um revestimento de polifluorocarboneto sobre o gume cortante da lâmina de barbear ou depilar que compreende submeter um polímero de fluorocarboneto que tem um peso molecular de pelo menos 1.000.000 gramas/mol, na forma de pó seco, à irradiação ionizante para reduzir o peso molecular do polímero, formar uma dispersão do polímero irradiado em um líquido orgânico volátil, borrifar uma dispersão sobre o gume cortante da lâmina de barbear ou depilar e aquecer o revestimento obtido para sinterizar o polifluorocarboneto. O polifluorocarboneto é, de preferência, politetrafluoroetileno e a irradiação é realizada, de preferência, para obter um telômero que tem um peso molecular de cerca de 25.000 g/mol.

[0008]A patente US n° 5.985.459, concedida a Kwiecien et al em 16 de novembro de 1999, descreve um processo para tratar gumes cortantes de lâminas de barbear ou depilar revestidos com polifluorocarboneto com um solvente, o que produz um gume da lâmina que exibe forças de corte inicial menores, o que se correlaciona com um primeiro uso mais confortável em relação aos gumes cortantes de lâminas de barbear ou depilar convencionais que exibem altas forças de corte inicial.

[0009]Revestimentos de politetrafluoroetileno em gumes cortantes de lâminas de barbear ou depilar são claramente conhecidos na técnica. Além disso, parece que diversos sistemas de solventes têm sido propostos na literatura para politetrafluoroetileno.

[0010]No entanto, a técnica deixa de apreciar a importância de um revestimento fino de PTFE que é mantido durante o primeiro uso ou uso inicial, mas também durante a maior parte das operações posteriores. Além disso, a técnica não menciona a remoção seletiva de politetrafluoroetileno de gumes cortantes de lâminas de barbear ou depilar, seguida de revestimento adicional com politetrafluoroetileno.

[0011]É um objetivo da presente invenção fornecer um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar com um revestimento fino, bem aderido, que proporcione melhora significativa dos efeitos da força de corte, que sejam também sustentados com o uso, em comparação com a técnica anterior. Esta melhoria da força de corte traduz- se em um melhor primeiro barbeamento ou depilação e barbeamentos ou depilações subsequentes aprimorados.

[0012]É também um objetivo da presente invenção fornecer uma lâmina de barbear ou depilar que cause menos cortes, melhore o conforto, e/ou melhore a proximidade.

[0013]Além disso, é um objetivo da presente invenção fornecer um método para a produção dessas lâminas aprimoradas. O processo utiliza novas etapas de processamento.

[0014]Estes e outros objetivos se tornarão evidentes a partir da descrição apresentada a seguir.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[0015]A presente invenção fornece um método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto em um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar que inclui as etapas de (a) revestir um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar com uma primeira dispersão de polifluorocarboneto em um meio de dispersão; (b) aquecer o revestimento para aderir o polifluorocarboneto ao gume da lâmina; (c) tratar o gume cortante da lâmina de barbear ou depilar com um primeiro solvente para remover parcialmente o primeiro revestimento; (d) revestir o gume da lâmina com uma segunda dispersão de polifluorocarboneto em um meio de dispersão; e (e) aquecer o revestimento da etapa (d) para aderir o polifluorocarboneto ao gume da lâmina.

[0016]A presente invenção fornece um método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre o gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, que inclui adicionalmente a etapa de (f) tratar o gume da lâmina da etapa (e) com um segundo solvente para remover parcialmente o segundo revestimento da etapa (d).

[0017]A presente invenção fornece um método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, em que a temperatura crítica, ou ponto de ebulição do primeiro e do segundo solventes está acima da temperatura de dissolução para o primeiro e segundo polifluorocarbonetos no primeiro e segundo solventes, respectivamente, e em que a etapa de tratamento da lâmina (c) ou etapa (f) ocorre a uma temperatura de processamento abaixo do ponto de ebulição, ou temperatura crítica do primeiro e segundo solventes, respectivamente, e acima da temperatura de dissolução para o primeiro e segundo polifluorocarbonetos, respectivamente, nos primeiro e segundo solventes.

[0018]O primeiro e o segundo solventes são selecionados a partir do grupo que consiste de perfluoroalcanos, perfluorocicloalcanos, compostos perfluoroaromáticos e oligômeros dos mesmos.

[0019]O polifluorocarboneto é politetrafluoretileno que tem um peso molecular médio de cerca de 700 a cerca de 4.000.000 g/mol. O politetrafluoretileno, preferencialmente, tem um peso molecular médio de cerca de 22.000 a cerca de 200.000 g/mol.

[0020]A presente invenção prevê que o polifluorocarboneto da etapa (a) seja politetrafluoretileno tendo um peso molecular médio e distribuição do peso molecular, e que o polifluorocarboneto da etapa (d) seja politetrafluoroetileno, tendo um peso molecular médio e/ou a distribuição de peso molecular diferente do polifluorocarboneto da etapa (a).

[0021]A presente invenção fornece o politetrafluoroetileno da etapa (a) tendo um peso molecular médio de mais que cerca de 200.000 a cerca de 4.000.000 gramas/mol e o politetrafluoroetileno da etapa (d) com um peso molecular médio de cerca de 3.000 a cerca de 200.000 g/mol.

[0022]A presente invenção fornece o politetrafluoroetileno da etapa (a) tendo um peso molecular médio de cerca de 3.000 a cerca de 200.000 g/mol, e o politetrafluoroetileno da etapa (d) tendo um peso molecular médio de mais que cerca de 200.000 a cerca de 4.000.000 gramas/mol.

[0023]A presente invenção prevê que o polifluorocarboneto da etapa (a) seja politetrafluoroetileno, tendo um peso molecular médio e distribuição do peso molecular, e que o polifluorocarboneto da etapa (d) seja politetrafluoroetileno, tendo substancialmente o mesmo peso molecular médio e distribuição do peso molecular que o polifluorocarboneto da etapa (a).

[0024]A presente invenção prevê que o polifluorocarboneto da etapa (a) seja politetrafluoroetileno tendo um peso molecular médio de mais que cerca de 200.000 a cerca de 4.000.000 gramas/mol e o que polifluorocarboneto da etapa (d) seja politetrafluoroetileno, tendo um peso molecular médio de mais que cerca de 200.000 a cerca de 4.000.000 gramas/mol.

[0025]A presente invenção prevê que o polifluorocarboneto da etapa (a) seja politetrafluoroetileno tendo um peso molecular médio de cerca de 3.000 a cerca de 200.000 g/mol e que o polifluorocarboneto da etapa (d) seja politetrafluoroetileno, tendo um peso molecular médio de cerca de 3.000 a cerca de 200.000 g/mol.

[0026]A presente invenção prevê que o primeiro solvente da etapa (c) e o segundo solvente da etapa (f) sejam diferentes em composição, temperatura, e/ou método de aplicação.

[0027]A presente invenção prevê que o primeiro e/ou segundo solvente seja selecionado a partir do grupo consistindo em: dodecafluorocicloexano (C6 F12), octafluoronaftaleno (C10F8), perfluorotetracosano (n-C24F50), perfluoroperidrofenantreno (C14F24), isômeros de perfluoroperidrobenzilnaftaleno (C17F30), subprodutos oligoméricos com alto ponto de ebulição na produção de perfluoroperidrofenantreno (C14F24), perfluoropoliéteres, ou qualquer combinação dos mesmos.

[0028]A presente invenção prevê que o primeiro e/ou segundo solvente inclua perfluoroperidrofenantreno.

[0029]A presente invenção pode, ainda, incluir uma etapa de pós-tratamento (g) para remover o excesso de solvente.

[0030]A presente invenção prevê que a força de corte (f) obtida após a etapa (f) seja reduzida em cerca de 5 a cerca de 15 por cento em relação à força de corte obtida após a etapa (c).

[0031]A presente invenção estabelece que a força de corte obtida após a etapa (e) seja reduzida em cerca de 5 a cerca de 15 por cento em relação à força de corte obtida após a etapa (c) ao longo da vida útil da lâmina.

[0032]A presente invenção prevê que, após a etapa de aquecimento (b) e/ou etapa (e), uma espessura do revestimento de polifluorocarboneto seja maior do que 1,0 micrômetro.

[0033]A presente invenção fornece um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar produzido de acordo com o método descrito acima.

DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0034]A figura 1 é um diagrama de fluxo esquemático da presente invenção para tratar gumes cortantes da lâmina de barbear ou depilar.

[0035]A figura 1A é uma representação gráfica dos gumes cortantes da lâmina após cada etapa do diagrama de fluxo da figura 1 ser executada.

[0036]A figura 2 é um gráfico real da força necessária para que uma lâmina de barbear ou depilar corte feltro de lã em comparação com o número de iterações através do feltro de lã para lâminas produzidas com um processo da técnica anterior e para lâminas produzidas de acordo com a presente invenção.

[0037]A figura 3A é um gráfico de um processo da técnica anterior mostrando as forças de corte em feltro de lã N (lb) após 500 cortes em feltro de lã.

[0038]A figura 3B é um gráfico do processo da figura 1 mostrando as forças de corte em feltro de lã N (lb) após 500 cortes em feltro de lã.

[0039]As figuras 4A, 4B, 4C e 4D são fotomicrografias, cada uma com ampliação de aproximadamente 50X, de gumes da lâmina revestidos com polifluorocarboneto em várias etapas do processo de Figura 1.

[0040]As figuras 5A e 5B são fotomicrografias, cada uma com ampliação de aproximadamente 50X, de gumes da lâmina revestidos com polifluorocarboneto das figuras 4B e 4D que mostram gotas de óleo de silicone líquido.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA PRESENTE INVENÇÃO

[0041]Esta invenção refere-se a um novo processo para tratar gumes cortantes da lâmina de barbear ou depilar revestidos com polifluorocarboneto, particularmente gumes cortantes da lâmina de barbear ou depilar revestidos com politetrafluoretileno. Os gumes cortantes da lâmina para barbear ou depilar produzidos pelo novo processo podem ser dispostos em um cartucho do aparelho de barbear ou depilar fornecendo um barbeamento ou depilação com aprimoramento dos atributos de barbeamento ou depilação para um usuário.

[0042]A presente invenção refere-se a gumes cortantes de lâmina para barbear ou depilar que exibem um aprimoramento no primeiro corte (por exemplo, força de corte mais baixa) e em cortes subsequentes, o que se correlaciona a barbeamentos ou depilações melhores por toda a vida útil da lâmina e o método de produção desses gumes cortantes da lâmina para barbear ou depilar. Gumes cortantes da lâmina de barbear ou depilar da técnica anterior apresentam melhorias do corte inicial (ou primeiro barbeamento ou depilação). Entretanto, as lâminas de barbear ou depilar produzidas de acordo com o presente processo apresentam forças significativamente menores de corte inicial que são sustentadas e que se correlacionam a melhor desempenho de barbeamento ou depilação desde o início e durante a vida útil da lâmina. Lâminas aprimoradas, de acordo com a presente invenção, envolvem tratamento de gumes cortantes da lâmina de barbear ou depilar convencional tendo um revestimento aderente de polifluorocarboneto com um solvente para remover parcialmente o revestimento, em seguida, revestimento com polifluorocarboneto, sinterização e um tratamento adicional com um solvente. Solventes preferenciais incluem perfluoroalcanos, perfluorocicloalcanos, compostos perfluoroaromáticos e oligômeros dos mesmos tendo uma temperatura crítica ou ponto de ebulição acima da temperatura de dissolução para o polifluorocarboneto no solvente.

[0043]Todas as porcentagens e razões aqui descritas são em peso, exceto onde indicado em contrário.

[0044]Para uso na presente invenção, o termo "gume cortante da lâmina de barbear ou depilar" inclui o ponto de corte ou ponta de lâmina final e as facetas da lâmina. O gume da lâmina inteiro pode ser revestido do modo aqui descrito; entretanto, um revestimento envolvente do tipo aqui descrito não é considerado essencial para a presente invenção. As lâminas de navalha, de acordo com a presente invenção, incluem todos os tipos conhecidos na técnica. Por exemplo, lâminas de aço inoxidável são comumente utilizadas. Muitas outras lâminas de barbear ou depilar disponíveis comercialmente incluem, também, uma camada intermediária de cromo ou cromo/platina entre a lâmina de aço e o polímero. Outras camadas intermediárias podem também ser possíveis e são conhecidas na técnica. A camada intermediária de cromo é tipicamente borrifada em partículas sobre a superfície do gume da lâmina, antes do revestimento por polímero. Além disso, um processo similar pode ser usado para revestir a lâmina com outros materiais, por exemplo, mas não se limitando a, um revestimento de material de carbono tipo diamante (DLC) conforme descrito nas patentes US n°s 5.142.785 e 5.232.568, aqui incorporadas a título de referência, antes de um revestimento polimérico externo.

[0045]Diversos métodos têm sido propostos para o revestimento de gumes cortantes de lâminas de barbear ou depilar com polifluorocarbonetos.

[0046]Surpreendentemente, descobriu-se que, quando uma lâmina que é revestida com uma dispersão de polifluorocarboneto é subsequentemente aquecida e tratada com um solvente adequado, e "adelgaçada" efetivamente, e é então re-revestida e reaquecida, o gume da lâmina resultante tem uma superfície de corte otimizada que fornece melhores características de barbeamento ou depilação em relação à técnica anterior, durante a vida da lâmina. Dessa forma, a aplicação de um ou mais segundos revestimentos a um revestimento já adelgaçado, e então o aquecimento desse revestimento, fornece benefícios inesperados à lâmina em comparação com a técnica anterior, como conforto e redução da força de corte com o uso ao longo da vida útil da lâmina. Isso pode ser contrário à intuição, uma vez que, conforme é de conhecimento geral, a adição de um revestimento ou o fato de tornar um revestimento mais espesso no gume de uma lâmina pode resultar em indesejáveis forças de corte mais altas.

[0047]Ainda mais surpreendente, quando esse segundo revestimento foi subsequentemente tratado uma ou mais vezes com um segundo solvente adequado, o gume de lâmina resultante compreende uma superfície com características de barbeamento ou depilação adicionais aprimoradas em relação à técnica anterior, como força de corte de primeiro uso aprimorada, e manteve forças de corte menores na maior parte das operações subsequentes de barbeamento ou depilação durante a vida da lâmina. As forças de corte menores exibidas são inesperadas para aqueles versados na técnica, particularmente tendo em vista que a camada de polímero externa do gume da lâmina resultante parece ser similar àquela de uma lâmina da técnica anterior.

[0048]Desejavelmente, as etapas de processo da presente invenção são realizadas conforme mostrado na figura 1 em conjunção com a figura 1A. A figura 1A representa um vista em seção transversal de um exemplo de um gume da lâmina 12a conforme flui através do processo da figura 1.

[0049]O processo da presente invenção 10 é mostrado na figura 1 e começa com a introdução de uma lâmina na etapa 12 da figura 1 no processo de revestimento polimérico da lâmina. A lâmina tem um gume da lâmina 12a (figura 1A). O gume da lâmina 12a pode ter um ou mais revestimentos anteriores já depositados sobre ele. Por exemplo, em uma modalidade não-limitadora da presente invenção, a lâmina 12a, que é introduzida conforme mostrado na Figura 1a, tem um substrato 1, como aço inoxidável, uma camada intermediária 2, como nióbio, uma camada de revestimento rígido 3, como um revestimento de diamante ou tipo diamante, e uma camada de revestimento externo 4, como de cromo. Outros tipos e números de camadas também são contemplados na presente invenção. Ao final do processo das figuras 1 e 1A, um gume da lâmina final 18a na etapa 18 (ou etapa 19a) será formado com uma camada delgada e uniforme 8 conforme mostrado na figura 1A.

[0050]Um primeiro revestimento de polímero ou polifluorocarboneto na figura 1A é aplicado ao gume da lâmina na etapa 13 da figura 1, resultando em um primeiro gume da lâmina revestido com polifluorocarboneto, como mostrado pelo revestimento 5 na lâmina 13a na figura 1A. Conforme mostrado, o revestimento 5 não é uniforme. Em seguida, a lâmina é aquecida na etapa 14 para produzir uma lâmina 14a tendo um revestimento aquecido 5a (figura 1A) e, subsequentemente, tratada com solvente na etapa 15 da figura 1 para remover parte do polifluorocarboneto, mas deixando um fino revestimento de polifluorocarboneto uniforme, conforme mostrado pela lâmina 15a com revestimento tratado 6 na figura 1A.

[0051]A uniformidade do revestimento ou um revestimento "uniforme" como usado aqui, significa que o revestimento fornece uma cobertura substancialmente completa com profundidade geralmente consistente e/ou perfil uniforme.

[0052]A lâmina 15a é, então, revestida novamente na etapa 16 da figura 1 com um segundo material de polifluorocarboneto 7 formando o gume da lâmina 16a (figura 1A). Esse revestimento, o qual não é uniforme quando depositado, é reaquecido com um segundo aquecimento na etapa 17 da figura 1, produzindo um revestimento aquecido 7a sobre um gume da lâmina 17a (figura 1A) e, subsequentemente, opcionalmente, mas desejavelmente, pode ser tratado com solvente na etapa 18 para remover parcialmente o polifluorocarboneto deixando um revestimento fino e uniforme 8 sobre o gume da lâmina 18a.

[0053]A presente invenção contempla que as etapas 16, 17 e 18 da figura 1 podem ser realizadas uma ou mais vezes para se obter o desempenho desejado da lâmina. Opcionalmente, a lâmina tratada com solvente é finalmente submetida a uma etapa de pós-tratamento (mostrada na etapa 19 da figura 1) para remover qualquer excesso de solvente.

[0054]O processo da presente invenção resulta em um revestimento de polifluorocarboneto que geralmente pode se aproximar do nível molecular de espessura.

[0055]O processo da presente invenção pode omitir uma ou ambas as etapas 18 e 19 ou apenas a etapa 19, antes de prosseguir para uma lâmina final na etapa 19a, ao mesmo tempo em que mantém os benefícios característicos de longevidade para barbeamento ou depilação.

[0056]Cada uma dessas etapas ou fases do processo de presente invenção é adicionalmente descrita a seguir: Preparação de um gume da lâmina revestido com polifluorocarboneto

[0057]Gumes da lâmina revestidos com polifluorocarboneto, de acordo com a presente invenção, podem ser preparados por meio de qualquer processo conhecido na técnica. Preferencialmente, o gume da lâmina é revestido com uma dispersão de polifluorocarboneto. O gume da lâmina é revestido com uma dispersão e, em seguida, aquecido para eliminar o meio de dispersão e aquecer o polifluorocarboneto sobre o gume da lâmina. Estas etapas de processamento são descritas com mais detalhes conforme exposto a seguir:

A. Dispersão de Polifluorocarboneto

[0058]De acordo com a presente invenção, é preparada uma dispersão de um polímero de fluorocarboneto. Os polímeros de fluorocarboneto preferenciais (isto é, os materiais de partida) são aqueles que contêm uma cadeia de átomos de carbono que inclui uma preponderância de grupos --CF2 -- CF2, -- como polímeros de tetrafluoroetileno, incluindo copolímeros, como aqueles com uma proporção menor, por exemplo, até 5% em peso de hexafluoropropileno. Esses polímeros têm grupos terminais nas extremidades das cadeias de carbono que podem variar em natureza, dependendo, conforme bem conhecido, do método de produção do polímero. Dentre os grupos terminais comuns desses polímeros estão, --H, --COOH, --Cl, --CCl3, --CFClCF2Cl, - -CH2OH, --CH3 e similares. Os polímeros preferenciais da presente invenção têm pesos moleculares médios na faixa de cerca de 700 a cerca de 4.000.000 gramas/mol, e de preferência de cerca de 22.000 a cerca de 200.000 g/mol.

[0059]Um "peso molecular médio", como usado aqui, geralmente refere-se ao peso molecular numérico médio do polifluorocarboneto usado para produzir o revestimento. Ele é igual ao peso total de todas as moléculas do polímero em uma amostra representativa, dividido pelo número total de moléculas de polímero na amostra representativa. O termo "distribuição de peso molecular", como usado aqui, refere- se à distribuição de pesos moleculares que produz o peso molecular médio numérico de uma amostra representativa. Como um versado na técnica pode reconhecer, um peso molecular médio pode ser o mesmo entre dois materiais, mas suas respectivas distribuições de pesos moleculares podem ser bem diferentes.

[0060]O polímero de fluorocarboneto de máxima preferência (isto é, material de partida) é politetrafluoroetileno (PTFE).

[0061]A presente invenção contempla que o polifluorocarboneto da etapa de revestimento da figura 1 é o politetrafluoroetileno 13 (PTFE), que tem um peso molecular médio e/ou distribuição de peso molecular que é igual, substancialmente igual, ou dentro da mesma faixa geral que o do polifluorocarboneto da etapa de revestimento 16 da figura 1.

[0062]Por exemplo, o politetrafluoroetileno da etapa de revestimento 13 da figura 1 pode ter um peso molecular médio de mais que cerca de 200.000 a cerca de 4.000.000 gramas/mol e o politetrafluoroetileno da etapa de revestimento 16 da figura 1 pode, também, ter um peso molecular médio que é igual ou substancialmente igual àquele da etapa de revestimento 13 ou dentro da mesma faixa, por exemplo, de mais que cerca de 200.000 a cerca de 4.000.000 gramas/mol. Alternativamente, o politetrafluoroetileno da etapa de revestimento 13 da figura 1 pode ter um peso molecular médio de cerca de 3.000 a cerca de 200.000 g/mol e o politetrafluoroetileno da etapa de revestimento 16 da figura 1 pode, também, ter um peso molecular médio que é igual ou substancialmente igual àquele da etapa de revestimento 13 ou dentro da mesma faixa, por exemplo, de cerca de 3.000 a cerca de 200.000 g/mol.

[0063]Adicionalmente, o polifluorocarboneto da etapa de revestimento 13 da figura 1 pode ser um politetrafluoroetileno, tendo um peso molecular médio e/ou distribuição de peso molecular que é diferente daquele do polifluorocarboneto da etapa de revestimento 16 da figura 1.

[0064]Por exemplo, o politetrafluoroetileno da etapa de revestimento 13 da figura 1 pode ter um peso molecular médio de mais que cerca de 200.000 a cerca de 4.000.000 gramas/mol e o politetrafluoroetileno da etapa de revestimento 16 da figura 1 pode ter um peso molecular médio de cerca de 3.000 a cerca de 200.000 g/mol. Ou alternativamente, o politetrafluoroetileno da etapa de revestimento 13 da figura 1 pode ter um peso molecular médio de cerca de 3.000 a cerca de 200.000 g/mol e o politetrafluoroetileno da etapa de revestimento 16 da figura 1 pode ter um peso molecular médio de mais que cerca de 200.000 a cerca de 4.000.000 gramas/mol.

[0065]Em geral, o benefício de se ter uma primeira camada ou revestimento de PTFE que tem um primeiro peso molecular médio e um segundo revestimento ou camada separada de PTFE subsequentemente depositada na primeira camada ou revestimento tendo um segundo peso molecular médio semelhante ou diferente nos gumes de lâmina é a cobertura, uniformidade, e/ou adesão melhoradas resultantes que levam a um atrito total e/ou forças de corte menores que geralmente fornecem características de barbeamento ou depilação mais aprimoradas em um período de tempo mais longo.

[0066]Adicionalmente, a presente invenção contempla que o revestimento de polifluorocarboneto resultante após as etapas 14 e/ou 17 inclui politetrafluoroetileno com uma espessura resultante de menos que cerca de 0,5 micrômetro.

[0067]Em uma modalidade alternativa preferencial, a presente invenção contempla que o revestimento de polifluorocarboneto resultante após as etapas 14 e/ou 17 inclui politetrafluoroetileno com uma espessura resultante maior que cerca de 0,5 micrômetro, com mais preferência, próximo de ou maior que cerca de 1,0 micrômetro. Em particular, os gumes de lâmina do segundo revestimento de polifluorocarboneto aquecido, sendo significativamente mais espessos do que os gumes da lâmina revestidos com polifluorocarboneto da técnica anterior (por exemplo, patente US n° 5.985.459), possuem aplicações específicas onde o conforto da pele e/ou a redução da força de corte com o uso pode ser desejado.

[0068]Um segundo revestimento de PTFE mais espesso sobre um revestimento de PTFE bem aderido e tratado com solvente da presente invenção é vantajoso pelo fato de que o gume da lâmina resultante também pode fornecer conforto para a pele, pela redução da interação da lâmina sobre a pele e, ao mesmo tempo, manter o engate do gume da lâmina no pelo e capacidade de corte.

[0069]Conforme discutido abaixo, o segundo revestimento da presente invenção pode ser tratado com solvente na etapa 18, conforme mostrado na figura 1, acentuando ainda mais as características de barbeamento ou depilação, como redução da força de corte. Adicionalmente, a presente invenção contempla que o revestimento de polifluorocarboneto resultante após as etapas 15 e/ou 18 inclua politetrafluoroetileno com uma espessura resultante de menos que ou igual a cerca de 0,2 micrômetro.

[0070]Os polifluorocarbonetos comerciais preferenciais incluem materiais produzidos pela DuPont™ como pós e/ou dispersões de fluoroaditivos Zonyl® da Dupont™ (por exemplo, e.g., MP1100, MP1200, MP1600, e MPD1700) ou dispersões Dupont™ DryFilm®, como LW-2120 ou a série RA.

[0071]As dispersões de polifluorocarboneto, de acordo com a presente invenção, compreendem de 0,05% a 10%, em peso, de preferência, de 0,5% a 2%, em peso, de polifluorocarboneto disperso em um meio dispersante. A dispersão de polímero pode ser introduzida na corrente de fluxo, ou um polímero em pó pode ser misturado em um meio de dispersão e, então, homogeneizado antes de ser introduzido na corrente de fluxo.

[0072]Com o propósito de formar a dispersão a ser borrifada sobre os gumes cortantes, o polifluorocarboneto deve ter um tamanho de partícula muito pequeno, no nível de submícron.

[0073]O meio de dispersão é tipicamente selecionado do grupo consistindo de fluorocarbonetos (por exemplo, da marca Freon, disponível junto à Dupont), água, compostos orgânicos voláteis (por exemplo, álcool isopropílico), e CO2 supercrítico. É da máxima preferência, água.

[0074]Quando é usado um meio de dispersão aquoso, um agente umectante é muitas vezes necessário, especialmente quando o tamanho de partícula é grande. Em geral, esses agentes umectantes podem ser selecionados a partir de vários materiais ativos de superfície que estão disponíveis para uso em dispersões aquosas, poliméricas. Os agentes umectantes preferenciais para uso na presente invenção incluem alcoóis, como alcoóis alquilfenilpolialquileno éter Triton X100®, disponível comercialmente junto à Dow Corporation, embora muitos outros agentes viáveis sejam conhecidos na técnica. Geralmente, a quantidade de agente dispersante/umectante empregado pode ser variada. O agente dispersante/umectante é geralmente usado em quantidades na faixa de cerca de 2% a 20%, em peso, do polímero de fluorocarboneto, preferivelmente, pelo menos cerca de 10%, em peso, do polímero de fluorocarboneto.

B. Aplicar a dispersão

[0075]A dispersão pode ser aplicada ao gume cortante de qualquer maneira adequada para fornecer o revestimento mais uniforme possível, como por exemplo, mediante imersão ou por aspersão; nebulização é especialmente preferencial para o revestimento dos gumes cortantes, caso em que um campo eletrostático pode ser empregado em conjunto com o nebulizador, de modo a aumentar a eficiência de deposição. Para uma discussão mais detalhada sobre esta técnica de aspersão eletrostática, vide a patente US n° 3.713.873, de Fish, concedida em 30 de janeiro de 1973, aqui incorporada a título de referência. O pré-aquecimento da dispersão pode ser desejável a fim de facilitar a aspersão, o grau de pré-aquecimento dependendo da natureza da dispersão. O pré-aquecimento das lâminas em uma temperatura que se aproxima do ponto de ebulição, ou acima do ponto de ebulição do meio dispersante, pode também ser desejável. C. Aquecer o polifluorocarboneto sobre as lâminas

[0076]Em qualquer caso, as lâminas que contêm partículas poliméricas depositadas sobre seus gumes cortantes devem ser aquecidas a uma temperatura elevada para formar um revestimento aderente sobre o gume cortante e para eliminar o meio dispersante. O período de tempo durante o qual o aquecimento prossegue pode variar amplamente, desde alguns segundos até algumas horas, dependendo da identidade do polímero particular usado, da natureza do gume cortante, da rapidez com que a lâmina é levada até a temperatura desejada, da temperatura alcançada e da natureza da atmosfera na qual a lâmina é aquecida. É preferível que as lâminas sejam aquecidas em uma atmosfera de gás inerte como hélio, argônio, nitrogênio, etc., ou em uma atmosfera de gás redutor como hidrogênio, ou em misturas desses gases, ou em vácuo. O aquecimento deve ser suficiente para permitir que as partículas individuais do polímero, pelo menos, sinterizem.

[0077]De preferência, o aquecimento deve ser suficiente para permitir que o polímero se espalhe em um filme substancialmente contínuo, com espessura apropriada, e para fazer com que ele seja firmemente aderente ao material do gume da lâmina.

[0078]Dessa forma, o aquecimento do revestimento se destina a fazer com que o polímero adira à lâmina. A operação de aquecimento pode resultar em um revestimento sinterizado, parcialmente fundido ou fundido. O revestimento parcialmente fundido ou totalmente fundido é preferido, pois permite que o revestimento se espalhe e cubra a lâmina de maneira mais abrangente. Para discussão mais detalhada de fusão, fusão parcial e sinterização, vide Encyclopedia of McGraw-Hill Science and Technology, Volume 12, 5a. Edição, pág. 437 (1992), aqui incorporada por referência.

[0079]As condições de aquecimento, isto é, temperatura máxima, tempo, etc, obviamente devem ser ajustadas para evitar a decomposição substancial do polímero e/ou a têmpera em excesso do metal do gume cortante. De preferência, uma temperatura de processamento alvo para o politetrafluoroetileno da marca MP1100, produzido pela DuPont, é de cerca de 340°C (cerca de 650°F), e geralmente não deve exceder 402°C (750°F).

[0080]Conforme descrito na presente invenção, o processo da presente invenção requer duas etapas de aquecimento na figura 1, na etapa 14 e, então, na etapa 17. A segunda etapa de aquecimento 17 da figura 1 pode ocorrer, de preferência, após a ocorrência do seguinte: um primeiro revestimento de polifluorocarboneto na etapa 13, uma primeira etapa de aquecimento na etapa 14, uma primeira etapa de tratamento com solvente na etapa 15 e uma segunda etapa de revestimento de polifluorocarboneto na etapa 16.

[0081]A segunda etapa de aquecimento 17 da presente invenção ajuda na adesão suficiente do primeiro e/ou segundo revestimento de polifluorocarboneto (por exemplo, um polímero, como telômero de PTFE) à superfície do gume da lâmina, e, em particular, caso esteja presente, em qualquer "local ativo" sobre a superfície do gume da lâmina. Na presente invenção, locais ativos, em geral, referem-se às áreas na superfície do gume da lâmina em que um polifluorocarboneto pode ainda aderir. Estas áreas podem existir, em geral, sobre a superfície do gume da lâmina, devido ao fato de não terem sido adequadamente revestidas, ou terem sido cobertas depois da execução da primeira etapa de revestimento 13, ou porque resultaram ou foram expostas após a primeira etapa de aquecimento 14 e/ou etapa de tratamento com solvente 15 da presente invenção.

[0082]A presente invenção, conforme observado acima, contempla que o processo de tratamento do gume cortante da lâmina pode ser finalizado após o término da segunda etapa de aquecimento na etapa 17 da figura 1 (lâmina 17a da figura 1A). No entanto, de preferência, uma segunda etapa de tratamento com solvente 18 da figura 1 pode também ser desejavelmente realizada para produzir um gume cortante da lâmina final, conforme mostrado pelo gume da lâmina 18a da figura 1A.

Tratamento com Solvente

[0083]Uma característica principal da presente invenção envolve tratar com solvente as lâminas revestidas com polifluorocarboneto, como aquelas descritas acima, para essencialmente "adelgaçar" o revestimento de polifluorocarboneto. O tratamento com solvente remove parcialmente o revestimento de polifluorocarboneto que foi inicialmente depositado e aquecido sobre a superfície do gume da lâmina. A porção do revestimento de polifluorocarboneto que é removida pode ser geralmente chamada como sendo moléculas de polímero solúveis "não aderentes" do revestimento.

[0084]Um segundo tratamento com solvente (por exemplo, etapa 18 da figura 1) pode ser, de preferência, realizado depois que a segunda etapa de revestimento 16 e a segunda etapa de aquecimento 17 da figura 1 foram executadas. A lâmina resultante possui um revestimento fino, substancialmente uniforme, ao longo da superfície do gume cortante.

[0085]Deve-se observar que a presente invenção contempla que a primeira etapa de tratamento com solvente e a segunda etapa de tratamento com solvente podem utilizar solventes que são iguais ou, alternativamente, diferentes no que concerne à composição, temperatura, e/ou método de aplicação, de modo a otimizar ou personalizar os revestimentos da lâmina e as características da lâmina resultante.

[0086]Os solventes são geralmente selecionados com base em sua solubilidade do polifluorocarboneto, sendo um líquido a uma temperatura de dissolução, e/ou tendo baixa polaridade. Esses parâmetros são descritos na patente US n° 5.985.459, aqui incorporada por referência.

Pós-Tratamento

[0087]Após os gumes de lâmina terem sido tratados com solvente, conforme discutido acima, as lâminas podem ser adicionalmente tratadas para remover qualquer excesso de solvente. Isso pode ser feito mediante a imersão do gume da lâmina em uma solução de lavagem para o solvente. De preferência, a solução de lavagem deve ser facilmente separável do solvente.

[0088]O exemplo a seguir ilustra, em geral, a natureza da presente invenção, que melhora a qualidade do primeiro barbeamento ou depilação e barbeamento ou depilação subsequentes.

Exemplo de Preparação de Lâmina

[0089]Um lote de lâminas foi revestido por aspersão, aquecido, e tratado com solvente, então, re- revestido por aspersão, reaquecido, e novamente tratado com solvente do seguinte modo:

1. Um dispositivo que retém as lâminas foi colocado em um veículo.

[0090]O dispositivo de lâmina foi pré-aquecido até uma temperatura maior que cerca de 100,0°C (cerca de 212°F) e, então, borrifado com uma dispersão de PTFE em água a cerca de 1% (em peso). O dispositivo foi, então, passado através de um forno a uma temperatura maior que cerca de 340°C (cerca de 650°F) onde o revestimento de PTFE foi aquecido para assegurar adesão aos gumes de lâmina. Os gumes das lâminas foram então tratados com solvente a mais do que cerca de 260°C (cerca de 500°F) pelo menos por cerca de 1 minuto a uma pressão maior ou igual a cerca de 0,4 MPa (60 PSI) de perfluoroperidrofenantreno.

2. Amostras de lâminas foram coletadas.

[0091]Um lote de lâminas tratadas na etapa 1, foi revestido por aspersão, aquecido, e tratado por solvente sob as mesmas condições descritas acima, e amostras adicionais foram coletadas para fins de avaliação.

Determinação da Força de Corte

[0092]Para demonstrar a melhoria de seu primeiro barbeamento ou depilação e do barbeamento ou depilação subsequente da presente invenção, o que pode afetar a longevidade da lâmina, a força de corte de cada amostra de lâmina é determinada mediante a medição da força necessária para cortar feltro de lã montado em um elemento de corte em feltro de lã. Em geral, cada lâmina é passada primeiro através do elemento de corte em feltro de lã 5 vezes, a força desses cortes é registrada, e uma força de corte inicial é obtida. Cada lâmina é, então, passada 500 vezes pelo elemento de corte em feltro de lã, para simular barbeamento ou depilação, e as forças de corte são registradas. Após os 500 cortes em feltro de lã, é medida a força de três cortes adicionais e a média é calculada (média 3).

[0093]Um gráfico 20 da curva de força de corte real de um gume da lâmina da presente invenção é encontrado na figura 2. Como pode ser visto no gráfico da figura 2, em comparação com as lâminas de barbear ou depilar produzidas pelo processo da técnica anterior da patente US n° 5.985.459 mostrada na linha 22 no gráfico 20, os gumes das lâminas de barbear ou depilar que foram produzidos de acordo com o processo da presente invenção exibem forças de corte menores, tanto nos primeiros ou cortes iniciais quanto através dos cerca de 500 cortes, conforme mostrado na linha 24, demonstrando que as forças de corte menores são obtidas desde o início, e são mantidas por pelo menos 500 cortes em feltro de lã. O tipo de polifluorocarboneto utilizado em ambos os processos foi Dupont LW-2120. Foi calculada a média de três cortes iniciais e então, depois de cada incremento de 100 cortes, a média de 3 cortes foi calculada. Desse modo, uma representação precisa dos dados da força de corte é mostrada.

[0094]Em geral, a melhoria total obtida ou a diminuição de forças de corte da presente invenção em relação à técnica anterior é de cerca de 5 a cerca de 15 por cento.

[0095]Deve-se notar que a magnitude das forças de corte em um gráfico do tipo mostrado na Figura 2 pode variar devido a variações no próprio feltro de lã, geometria do gume da lâmina, revestimentos depositados no gume, etc, mas o diferencial entre a força de corte do processo da técnica anterior convencional e do processo da presente invenção, em geral, pode não ser afetado ou próximo do mesmo.

[0096]A figura 3A é um gráfico de simulação de barbear mostrando as forças de corte em feltro de lã N (lb) após 500 cortes (média de 3 cortes após 500 cortes marcados com média 3), do processo da técnica anterior da patente US n° 5.985.459, enquanto a figura 3B é um gráfico de simulação de barbear mostrando as forças de corte em feltro de lã N (lb) após 500 cortes (média de 3 cortes após 500 cortes marcados com média 3) em feltro de lã do processo da presente invenção da figura 1.

[0097]Como pode ser visto por comparação, a força de corte média para a figura 3A é de cerca de 8,23 N (cerca de 1,85 lb) com um desvio padrão de cerca de 0,13, enquanto a força de corte média para a figura 3B é desejavelmente menor a cerca de 7,21 N (cerca de 1,62 lb) com um desvio padrão que também é menor a cerca de 0,08. Observa-se que um aperfeiçoamento é demonstrado para todas as lâminas na figura 3B. Mais evidentemente, as forças de corte de faixa geralmente mais alta encontradas nas lâminas do gráfico na figura 3A são desejavelmente reduzidas nas lâminas do gráfico na figura 3B após a realização das etapas de processo da figura 1 e, em particular, etapas de processo 16 a 18.

[0098]A figura 4A representa uma fotomicrografia (ampliação de cerca de 50X) do revestimento de polifluorocarboneto resultante sobre um gume de lâmina formado depois da primeira etapa de aquecimento 14 da figura 1. A figura 4B representa uma fotomicrografia (ampliação de cerca de 50X) do revestimento de polifluorocarboneto resultante sobre um gume de lâmina formado depois da primeira etapa de tratamento com solvente 15 da figura 1.

[0099]A figura 4C representa uma fotomicrografia (ampliação de cerca de 50X) do revestimento de polifluorocarboneto resultante sobre um gume de lâmina formado após uma segunda etapa de aquecimento 17 da figura 1. A figura 4D representa uma fotomicrografia (ampliação de cerca de 50X) do revestimento de polifluorocarboneto resultante sobre o gume de lâmina formado após a segunda etapa de tratamento com solvente 18 da figura 1.

[0100]Sob microscopia, nenhum revestimento de PTFE visível é facilmente visto nas lâminas tratadas com solvente das figuras 4B e 4D, comparadas às figuras 4A e 4C, respectivamente, que incluem alguns cristalitos de PTFE.

[0101]As figuras 5A e 5B correspondem às figuras 4B e 4D (fotomicrografias após as etapas 15 e 18 da figura 1), respectivamente, cada uma com gotas de óleo de silicone líquido borrifado sobre os gumes de lâmina. A formação de gotículas de óleo geralmente circulares uniformes sobre os gumes de lâmina demonstra que a superfície de metal revestida, após o primeiro e o segundo tratamentos com solvente, retém um revestimento de PTFE adequado. Deve-se notar que o óleo de silicone se espalha, mas não forma gotas sobre os gumes de lâmina não revestidos. As forças de corte das lâminas nas figuras 4B e 4D são baixas, reforçando que cada tratamento com solvente remove, de maneira eficaz, o revestimento de PTFE não aderente, resultando em uma camada delgada de polifluorocarboneto.

[0102]Inesperadamente, como indicado acima, apesar da falta de uma diferença óbvia entre o revestimento após a primeira etapa de solvente da figura 4B, em comparação com o revestimento após a segunda etapa de solvente da figura 4D, as forças de corte das lâminas na figura 4D produzidas de acordo com a presente invenção são, em geral, significativamente mais baixas do que aquelas da figura 4B.

[0103]O processo da presente invenção pode ser ampliado para além dos revestimentos desejados nos aparelhos para barbear ou depilar da técnica, para outros dispositivos ou produtos que utilizam ou poderiam utilizar um revestimento de polifluorocarboneto. Por exemplo, são desejáveis revestimentos de baixo atrito e resistentes ao desgaste em ferramentas, como implementos de corte, incluindo lâminas, bisturis, serrotes, etc, bem como em partes mecânicas como superfícies de mancal, engrenagens, etc. Outras áreas de aplicação potencial incluem revestimentos antiaderentes e de liberação, bem como revestimentos resistentes à água.

[0104]As dimensões e os valores revelados na presente invenção não devem ser compreendidos como estando estritamente limitados aos valores numéricos exatos mencionados. Em vez disso, exceto onde especificado em contrário, cada uma dessas dimensões se destina a significar tanto o valor mencionado como uma faixa funcionalmente equivalente em torno desse valor. Por exemplo, uma dimensão revelada como "40 mm" se destina a significar "cerca de 40 mm".

[0105]Todo documento citado na presente invenção, incluindo qualquer referência remissiva, patente ou pedido relacionado, é aqui incorporado na íntegra, a título de referência, a menos que expressamente excluído ou, de outro modo, limitado. A menção a qualquer documento não é uma admissão de que constitui técnica anterior em relação a qualquer invenção apresentada ou reivindicada na presente invenção, nem de que por si só ou em qualquer combinação com qualquer outra referência ou referências, ensina, sugere ou descreve tal invenção. Além disso, se houver conflito entre qualquer significado ou definição de um termo mencionado neste documento e qualquer significado ou definição do mesmo termo em um documento incorporado por meio de referência, terá precedência o significado ou definição atribuído ao dito termo neste documento.

[0106]Embora tenham sido ilustradas e descritas modalidades específicas da presente invenção, será evidente para os versados na técnica que várias outras alterações e modificações podem ser feitas sem que se desvie do espírito e do escopo da invenção. Pretende-se, portanto, cobrir nas reivindicações anexas todas essas alterações e modificações que se enquadram no escopo da presente invenção.

Claims

1. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante de lâmina de barbear ou depilar caracterizado por compreender as etapas de: (a) revestir um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar com uma primeira dispersão de polifluorocarboneto em um meio de dispersão; (b) aquecer o revestimento para aderir o polifluorocarboneto ao dito gume da lâmina; (c) tratar o dito gume cortante da lâmina de barbear ou depilar com um primeiro solvente para remover parcialmente o dito primeiro revestimento; (d) revestir o dito gume da lâmina com uma segunda dispersão de polifluorocarboneto em um meio de dispersão; e (e) aquecer o revestimento da etapa (d) para aderir o segundo polifluorocarboneto ao dito gume da lâmina.

2. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre o gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender adicionalmente a etapa de: (f) tratar o gume da lâmina da etapa (e) com um segundo solvente para remover parcialmente o dito segundo revestimento da etapa (d).

3. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a temperatura crítica, ou ponto de ebulição dos ditos primeiro e segundo solventes é acima da temperatura de dissolução para os ditos primeiro e segundo polifluorocarbonetos nos ditos primeiro e segundo solventes, respectivamente, e sendo que a etapa (c) ou etapa (f) de tratamento da lâmina ocorre a uma temperatura de processamento abaixo do ponto de ebulição ou temperatura crítica do primeiro e segundo solventes, respectivamente, e acima da temperatura de dissolução para o dito primeiro e segundo polifluorocarbonetos, respectivamente, nos ditos primeiro e segundo solventes.

4. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o dito primeiro e o dito segundo solventes serem selecionados do grupo que consiste de perfluoroalcanos, perfluorocicloalcanos, compostos perfluoroaromáticos e oligômeros dos mesmos.

5. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o dito polifluorocarboneto é politetrafluoroetileno com um peso molecular médio de 700 a 4.000.000 gramas/mol.

6. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por o dito politetrafluoroetileno ter um peso molecular médio de 22.000 a 200.000 g/mol.

7. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o dito politetrafluorcarboneto da etapa (a) é politetrafluoroetileno com um peso molecular médio e distribuição do peso molecular, e sendo que o dito polifluorocarboneto da etapa (d) é politetrafluoroetileno com um peso molecular médio e/ou distribuição de pesos moleculares diferente do polifluorocarboneto da etapa (a).

8. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o politetrafluoroetileno da etapa (a) ter um peso molecular médio de mais que 200.000 a 4.000.000 gramas/mol e o politetrafluoroetileno da etapa (d) ter um peso molecular médio de 3.000 a 200.000 g/mol.

9. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o politetrafluoroetileno da etapa (a) ter um peso molecular médio de 3.000 a 200.000 g/mol e o politetrafluoroetileno da etapa (d) ter um peso molecular médio de 200.000 a 4.000.000 g/mol.

10. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o dito polifluorcarboneto da etapa (a) ser politetrafluoroetileno com um peso molecular médio e distribuição do peso molecular, e sendo que dito polifluorocarboneto da etapa (d) é politetrafluoroetileno com o mesmo peso molecular médio e/ou a distribuição de pesos moleculares que o polifluorocarboneto da etapa (a).

11. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o dito polifluorcarboneto da etapa (a) ser politetrafluoroetileno com um peso molecular médio de mais que 200.000 a 4.000.000 gramas/mol e em que o dito polifluorcarboneto da etapa (d) ser politetrafluoroetileno com um peso molecular médio de mais que 200.000 a 4.000.000 gramas/mol.

12. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o dito polifluorcarboneto da etapa (a) ser politetrafluoroetileno com um peso molecular médio de 3.000 a 200.000 gramas/mol e em que o dito polifluorcarboneto da etapa (d) ser politetrafluoroetileno com um peso molecular médio de 3.000 a 200.000 gramas/mol.

13. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o dito primeiro solvente da etapa (c) e o dito segundo solvente da etapa (f) diferem em composição, temperatura, e/ou método de aplicação.

14. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o dito primeiro e/ou segundo solvente ser selecionado do grupo consistindo em: dodecafluorocicloexano (C6F12), octafluoronaftaleno (C10F8), perfluorotetracosano (n-C24F50), perfluoroperidrofenantreno (C14F24), isômeros de perfluoroperidrobenzilnaftaleno (C17F30), subprodutos oligoméricos com alto ponto de ebulição na produção de perfluoroperidrofenantreno (C14F24) perfluoropolialquiléteres, ou qualquer combinação dos mesmos.

15. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por o dito primeiro e/ou segundo solvente compreender perfluoroperidrofenantreno.

16. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre o gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por compreender adicionalmente uma etapa de pós-tratamento (g) para remover o excesso de solvente.

17. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a força de corte obtida após a etapa (f) ser reduzida em 5 a 15% em relação à força de corte obtida após a etapa (c) para cortes iniciais e durante a vida da lâmina.

18. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a força de corte obtida após a etapa (e) ser reduzida em 5 a 15% em relação à força de corte obtida após a etapa (c) para cortes iniciais e durante a vida da lâmina.

19. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, caracterizado por após a dita etapa de aquecimento (b) e/ou etapa (e), uma espessura do revestimento de polifluorocarboneto ser maior que 1,0 micrômetro.

20. Método de formação de um revestimento de polifluorocarboneto sobre um gume cortante da lâmina de barbear ou depilar, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por as etapas (d), (e) e (f) serem executadas mais de uma vez.

21. Gume cortante de lâmina de barbear ou depilar caracterizado por ser produzido de acordo com o método definido na reivindicação 1.