BR112016026507B1 - Composição, método para desengordurar material celulósico e método para tratar têxteis - Google Patents

Composição, método para desengordurar material celulósico e método para tratar têxteis Download PDF

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Abstract

TRATAMENTO ENZIMÁTICO DE TÊXTEIS CELULÓSICOS. Um processo para o tratamento de material celulósico, por exemplo tecido ou fio de algodão tricotado ou urdido, compreende o tratamento do material celulósico com uma pectinase e um tensioativo.

Description

Referência a uma Listagem de Sequências
[0001] Este pedido contém uma Listagem de Sequências em suporte legível informaticamente, que é incorporada neste documento como referência.
Área da Invenção
[0002] A presente invenção se refere a métodos para a biopreparação de material celulósico, particularmente de têxteis, e mais particularmente de têxteis de algodão, usando pectinase em combinação com tensioativos.
Antecedentes da Invenção
[0003] Um aspecto importante da preparação de têxteis a partir de fibras celulósicas é a remoção de componentes não celulósicos encontrados na fibra nativa, bem como a remoção de impurezas tais como compostos adicionados à fibra como agentes de gomagem e lubrificantes, utilizados nas máquinas de processamento. A remoção de impurezas não celulósicas, denominada "desengorduramento", resulta idealmente em um tecido com uma molhabilidade elevada e uniforme que, consequentemente, pode ser branqueado e/ou tingido uniformemente.
[0004] Os processos de desengorduramento convencionais utilizam tipicamente um tratamento químico altamente alcalino, que resulta não apenas na remoção de impurezas, mas também no enfraquecimento do componente celulósico subjacente da fibra ou tecido. Foi efetuado o desengorduramento enzimático de têxteis usando sistemas enzimáticos que compreendem pectinases.
[0005] A patente EP943028 divulga um desengorduramento enzimático de tecidos de algodão em condições de pH alcalino. A patente EP1159479 divulga o método de desengorduramento de tecidos de algodão com uma enzima que tem atividade enzimática de pectato liase termoestável.
[0006] Há sempre necessidade na técnica de melhorar métodos de biodesengorduramento que possam ser levados a cabo de forma eficaz para remover impurezas não celulósicas, e que sejam também amigos do ambiente.
Resumo da Invenção
[0007] A presente invenção se refere a uma composição e a um método para tratar um têxtil.
[0008] Em um aspecto, é fornecida uma composição que compreende uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e/ou um tensioativo com a estrutura química B: estrutura química A: R-(CH2)m-Y- (CH2CH2O)n-H, em que R é selecionado do grupo que consiste em -H, -CH3, - CH2-CH3, -CH2-CH2-CH3, e -CH-(CH3)2; Y é selecionado do grupo que consiste em -CH2- e -CO-O-; 6 < m < 14 e 1 < n <18; estrutura química B: H3C-(CH2)f-C(SO3Na)H-(CH2)e-CH3, em que f + e =11-14.
[0009] Em um outro aspecto, a presente invenção fornece um método para o desengorduramento de têxteis tratando material celulósico com uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e/ou um tensioativo com a estrutura química B: estrutura química A: R-(CH2)m-Y- (CH2CH2O)n-H, em que R é selecionado do grupo que consiste em -H, -CH3, - CH2-CH3, -CH2-CH2-CH3, -CH2-(CH3)2; Y é selecionado do grupo que consiste em -CH2-, -CO-O-; 6 < m < 14 e 1 < n <18; estrutura química B: H3C-(CH2)f-C(SO3Na)H-(CH2)e-CH3, em que f + e =11-14.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0010] Tal como usado neste documento, as formas singulares "um", "uma", e "o/a" incluem referência a plurais, salvo se o contexto indicar claramente o contrário. Assim, por exemplo, referências a "uma pectinase" incluem o uso de uma ou mais pectinases. "Uma etapa" de um método designa pelo menos uma etapa, e pode representar uma, duas, três, quatro, cinco, ou mesmo mais etapas do método.
[0011] Os números EC podem ser utilizados para a classificação das enzimas. É feita referência às "Recommendations of the Nomenclature Committee of the International Union of Biochemistry and Molecular Biology, Academic Press Inc., 1992."
[0012] Tal como usado neste documento, o termo "sequencial" em referência a uma pluralidade de tratamentos enzimáticos de um têxtil, significa que se efetua um segundo tratamento enzimático específico depois de se efetuar um primeiro tratamento enzimático específico. Os tratamentos sequenciais podem ser separados por meio de etapas de lavagem intervenientes. Quando especificado, os tratamentos enzimáticos sequenciais podem ser efetuados "no mesmo banho", significando substancialmente no mesmo meio líquido sem a intervenção de etapas de lavagem. O tratamento sequencial de banho único pode incluir ajustes de pH, ajuste de temperatura, e/ou a adição de sais, ativadores, mediadores, e outros semelhantes, mas não deve incluir lavagens ou enxaguamentos.
[0013] Tal como usado neste documento, o termo "simultâneo" em referência a uma pluralidade de tratamentos enzimáticos de um têxtil, significa que se efetua um segundo tratamento enzimático específico ao mesmo tempo (isto é, se sobrepondo pelo menos parcialmente) que um primeiro tratamento enzimático específico. Os tratamentos enzimáticos simultâneos são necessariamente efetuados "no mesmo banho" sem a intervenção de etapas de lavagem.
Pectinases
[0014] O termo pectinase ou enzima pectolítica pretende incluir qualquer enzima pectinase definida de acordo com a técnica, onde as pectinases são um grupo de enzimas que catalisam a clivagem de ligações glicosídicas. Basicamente, existem três tipos de enzimas pectolíticas: pectinesterase, que apenas remove resíduos de metoxila da pectina, uma gama de enzimas de despolimerização, e protopectinase, que solubiliza a protopectina para formar pectina (Sakai et al., (1993) Advances in Applied Microbiology vol 39 págs. 213-294). Exemplos de pectinases ou enzimas pectolíticas úteis na invenção são a pectato liase (EC 4.2.2.2 e EC 4.2.2.9), poligalacturonase (EC 3.2.1.15 e EC 3.2.1.67), polimetilgalacturonase, pectina liase (EC 4.2.2.10), galactanases (EC 3.2.1.89), arabinanases (EC 3.2.1.99) e/ou pectina esterases (EC 3.1.1.11).
[0015] Enzimas pectinolíticas adequadas incluem as descritas em WO 99/27083, WO 99/27084, WO 00/55309, WO 02/092741 e WO08039353. Um exemplo de um produto de enzima pictinolítica comercialmente disponível, útil no método da presente invenção, é o PrimaGreen® EcoScour (disponível na Empresa DuPont, E.U.A.).
[0016] Preferencialmente, a pectinase utilizada na presente invenção é uma pectato liase. Pectato liases adequadas incluem as de origem bacteriana ou fúngica. São incluídos mutantes química ou geneticamente modificados. Em uma modalidade preferida, a pectato liase é derivada de uma cepa do gênero Bacillus, especialmente de uma cepa de Bacillus substilis, especialmente Bacillus subtilis DSM14218 divulgada na SEQ ID N° 2 ou uma sua variante divulgada no Exemplo 6 de WO 02/092741 (aqui incorporada como referência) ou uma variante divulgada em WO 03/095638 (aqui incorporada como referência). Alternativamente, a pectato liase é derivada de uma cepa de Bacillus licheniformis, especialmente as pectato liases divulgadas como SEQ ID N° 8 em WO 99/27083 ou suas variantes como descrito em WO 02/06442.
[0017] Essa pectinase, especialmente a pectato liase útil na prática da presente invenção pode ser identificada usando, p. ex., técnicas de rastreio de alta capacidade tais como o procedimento de rastreio da placa de ágar descrito no Exemplo 1 abaixo.
[0018] Para os objetivos da presente invenção, a atividade de pectinase ou enzima pectolítica (especialmente a atividade de pectato liase) é a atividade determinada medindo o aumento na absorvância a 235 nm de uma solução a 0,1% p/v de poligalacturonato de sódio em tampão de glicina 0,1M a pH 10. A atividade enzimática é tipicamente expressa como x μmol/min, isto é, a quantidade de enzima que catalisa a formação de x μmole de produto/min.
[0019] Uma pectinase ou enzima pectolítica é uma enzima que apresenta atividade enzimática máxima em condições neutras, por exemplo, um pH de cerca de 6,0 a cerca de 8,0, preferencialmente de cerca de 6,5 a cerca de 7,5, mais preferencialmente de cerca de 7,0.
[0020] Exemplos não limitativos de pectinases cuja utilização é englobada na presente invenção incluem polipeptídeos que compreendem ou consistem na sequência do peptídeo maduro da SEQ ID N° 1 e polipeptídeos que compreendem ou consistem em sequências de aminoácidos que possuem pelo menos cerca de 60% de identidade, preferencialmente pelo menos cerca de 70% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 80% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 90% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 95% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 96% de identidade,mais preferencialmente pelo menos cerca de 97% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 98% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 99% de identidade, e mais preferencialmente 100% de identidade com a SEQ ID N° 1.
[0021] Em uma modalidade preferida, a pectinase do método e da composição da invenção compreende ou consiste em uma sequência de aminoácidos com uma substituição, deleção, e/ou inserção de um ou mais (ou vários) aminoácidos do polipeptídeo maduro de SEQ ID N° 1. A pectinase da SEQ ID N° 1 é uma pectato liase de Bacillus licheniformis. O polipeptídeo maduro da SEQ ID N° 1 corresponde aos aminoácidos 28-341.
[0022] Para propósitos da presente invenção, a identidade de sequências entre duas sequências de aminoácidos é determinada usando o algoritmo de Needleman-Wunsch (Needleman e Wunsch, 1970, J. Mol. Biol. 48: 443-453) como implementado no programa Needle do pacote EMBOSS (EMBOSS: The European Molecular Biology Open Software Suite, Rice et al., 2000, Trends Genet. 16: 276-277), preferencialmente a versão 5.0.0 ou posterior. Os parâmetros usados são penalidade de intervalo aberto de 10, penalidade de extensão de intervalo de 0,5, e a matriz de substituição EBLOSUM62 (versão EMBOSS de BLOSUM62). O resultado de Needle marcado "identidade mais longa" (obtido usando a opção -nobrief) é usado como a porcentagem de identidade e é calculado como se segue: (Resíduos Idênticos x 100)/(Comprimento do Alinhamento - Número Total de Lacunas no Alinhamento)
[0023] Para os propósitos da presente invenção, a identidade de sequências entre duas sequências de desoxirribonucleotídeos é determinada usando o algoritmo de Needleman-Wunsch (Needleman e Wunsch, 1970, supra) como implementado no programa Needle do pacote EMBOSS (EMBOSS: The European Molecular Biology Open Software Suite, Rice et al., 2000, supra), preferencialmente versão 5.0.0 ou posterior. Os parâmetros usados são penalidade de intervalo aberto de 10, penalidade de extensão de intervalo de 0,5, e a matriz de substituição EDNAFULL (versão EMBOSS de NCBI NUC4.4). O resultado de Needle marcado "identidade mais longa" (obtido usando a opção -nobrief) é usado como a porcentagem de identidade e é calculado como se segue: (Desoxirribonucleotídeos Idênticos x 100)/(Comprimento do Alinhamento - Número Total de Lacunas no Alinhamento).
[0024] Na presente invenção, a sequência polipeptídica da pectato liase pode ser uma variante compreendendo uma substituição, deleção, e/ou inserção de um ou mais (ou vários) aminoácidos do polipeptídeo de SEQ ID N° 1, ou uma sua sequência homóloga. De preferência, as alterações de aminoácidos (isto é, substituição, deleção, e/ou inserção de um ou mais (ou vários) aminoácidos) são de uma natureza secundária, isto é, substituições de aminoácidos conservadores ou inserções que não afetam significativamente a dobragem e/ou atividade da proteína; pequenas deleções, normalmente de um a cerca de 30 aminoácidos; pequenas extensões do grupo amino ou carboxila terminal, como um resíduo de metionina no grupo amino terminal; um pequeno peptídeo ligante de cerca de 20-25 resíduos; ou uma pequena extensão que facilita a purificação, alterando a carga real ou outra função, tal como um trato de poli-histidina, um epítopo antigênico ou um domínio de ligação.
[0025] Exemplos de substituições conservativas se encontram dentro do grupo dos aminoácidos básicos (arginina, lisina e histidina), aminoácidos ácidos (ácido glutâmico e ácido aspártico), aminoácidos polares (glutamina e asparagina), aminoácidos hidrofóbicos (leucina, isoleucina e valina), aminoácidos aromáticos (fenilalanina, triptofano e tirosina), e pequenos aminoácidos (glicina, alanina, serina, treonina e metionina). As substituições de aminoácidos que não alteram geralmente a atividade específica são conhecidas na técnica e são descritas, por exemplo, por H. Neurath e R.L. Hill, 1979, Em, The Proteins, Academic Press, Nova Iorque. As trocas que ocorrem mais comumente são Ala/Ser, Val/Ile, Asp/Glu, Thr/Ser, Ala/Gly, Ala/Thr, Ser/Asn, Ala/Val, Ser/Gly, Tyr/Phe, Ala/Pro, Lys/Arg, Asp/Asn, Leu/Ile, Leu/Val, Ala/Glu, e Asp/Gly.
[0026] Os aminoácidos essenciais em um polipeptídeo genitor podem ser identificados de acordo com procedimentos conhecidos na técnica, tais como mutagênese sítio-dirigida ou a mutagênese de rastreio da alanina (Cunningham e Wells, 1989, Science 244: 1081-1085). Na última técnica, mutações de alanina simples são introduzidas em cada resíduo da molécula, e as moléculas mutantes resultantes são testadas quanto à atividade de endoglicanase para se identificarem resíduos de aminoácidos que são críticos para a atividade da molécula. Ver também, Hilton et al., 1996, J. Biol. Chem. 271: 4699-4708. O local ativo da enzima ou outra interação biológica podem ser também determinados por análise física da estrutura, tal como determinados por técnicas tais como ressonância magnética nuclear, cristalografia, difração de elétrons, ou marcação por fotoafinidade, em conjunto com mutação de aminoácidos de local de contato putativo. Ver, por exemplo, de Vos et al., 1992, Science 255: 306-312; Smith et al., 1992, J. Mol. Biol. 224: 899-904; Wlodaver et al., 1992, FEBS Lett. 309: 59-64. As identidades de aminoácidos essenciais podem ser também inferidas a partir da análise de identidades com polipeptídeos que estão relacionados com o polipeptídeo genitor.
[0027] Podem ser feitas e testadas substituições, deleções, e/ou inserções simples ou múltiplas de aminoácidos usando métodos conhecidos de mutagênese, recombinação, e/ou embaralhamento, seguidos de um procedimento de rastreio relevante, tal como os divulgados por Reidhaar-Olson e Sauer, 1988, Science 241: 53-57; Bowie e Sauer, 1989, Proc. Natl. Acad. Sci. USA 86: 2152-2156; WO 95/17413; ou WO 95/22625. Outros métodos que podem ser usados incluem PCR propensa a erros, exibição de fagos (p.ex., Lowman et al., 1991, Biochemistry 30: 10832-10837; Patente U.S. N° 5,223,409; WO 92/06204), e mutagênese direcionada para região (Derbyshire et al., 1986, Gene 46: 145; Ner et al., 1988, DNA 7: 127).
[0028] Podem ser combinados métodos de mutagênese/embaralhamento com métodos de rastreio automatizados, de elevada capacidade, para detetar a atividade de polipeptídeos mutagenizados, clonados, expressos por células hospedeiras (Ness et al., 1999, Nature Biotechnology 17: 893-896). Moléculas de DNA mutagenizadas que codificam polipeptídeos ativos podem ser recuperadas das células hospedeiras e rapidamente sequenciadas usando métodos-padrão na técnica. Estes métodos permitem a determinação rápida da importância de resíduos de aminoácidos individuais em um polipeptídeo.
[0029] Preferencialmente, o número total de substituições, deleções e/ou inserções de aminoácidos do polipeptídeo de SEQ ID N° 1 é não mais do que 10, p.ex., 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9.
[0030] O polipeptídeo pode ser um polipeptídeo híbrido no qual uma porção de um polipeptídeo está fundida ao N terminal ou ao C terminal de uma porção de outro polipeptídeo.
[0031] O polipeptídeo pode ser um polipeptídeo fundido ou um polipeptídeo de fusão clivável, ao qual outro polipeptídeo está fundido no N terminal ou C terminal do polipeptídeo da presente invenção. Um polipeptídeo fundido é produzido por fusão de um polinucleotídeo que codifica outro polipeptídeo com um polinucleotídeo da presente invenção. São conhecidas na arte técnicas para produção de polipeptídeos de fusão, e incluem a ligação das sequências codificantes que codificam os polipeptídeos de forma a que fiquem em grelha e a expressão do polipeptídeo fundido esteja sob controle do(s) mesmo(s) promotor(es) e terminador. As proteínas de fusão podem ser também construídas usando tecnologia de inteína na qual são criadas fusões pós-tradução (Cooper et al., 1993, EMBO J. 12: 2575-2583; Dawson et al., 1994, Science 266: 776-779).
[0032] Um polipeptídeo de fusão pode compreender adicionalmente um local de clivagem entre os dois polipeptídeos. Após secreção da proteína de fusão, o local é clivado liberando os dois polipeptídeos. Exemplos de locais de clivagem incluem os, mas não estão limitados aos, locais divulgados em Martin et al., 2003, J. Ind. Microbiol. Biotechnol. 3: 568-576; Svetina et al., 2000, J. Biotechnol. 76: 245-251; Rasmussen-Wilson et al., 1997, Appl. Environ. Microbiol. 63: 3488-3493; Ward et al., 1995, Biotechnology 13: 498-503; e Contreras et al., 1991, Biotechnology 9: 378-381; Eaton et al., 1986, Biochemistry 25: 505-512; Collins-Racie et al., 1995, Biotechnology 13: 982-987; Carter et al., 1989, Proteins: Structure, Function, and Genetics 6: 240-248; e Stevens, 2003, Drug Discovery World 4: 35-48.
Tensioativos
[0033] A composição e o método da presente invenção compreendem uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e/ou um tensioativo com a estrutura química B: estrutura química A: R-(CH2)m-Y- (CH2CH2O)n—H, em que R é selecionado do grupo que consiste em -H, -CH3, - CH2-CH3, -CH2-CH2-CH3, -CH2-(CH3)2; Y é selecionado do grupo que consiste em -CH2-, -CO-O-; 6 < m < 14 e 1 < n <18; estrutura química B: H3C-(CH2)f-C(SO3Na)H-(CH2)e-CH3, em que f + e =11-14.
[0034] Em uma outra modalidade, a composição ou método da presente invenção compreende ainda outros tensioativos selecionados de tensioativos não iônicos e/ou aniônicos e/ou catiônicos e/ou anfolíticos e/ou zwitteriônicos e/ou semipolares.
[0035] Em uma outra modalidade, a composição ou método da presente invenção compreende ainda SAP (Sulfossuccinato sódico de dioctila).
[0036] Sistemas preferidos a serem utilizados de acordo com a presente invenção compreendem como tensioativo um ou mais dos tensioativos não iônicos e/ou aniônicos descritos no presente documento.
[0037] Os condensados de óxido de polibutileno, polipropileno, e polietileno de alquilfenóis são úteis para uso como tensioativo não iônico dos sistemas de tensioativos da presente invenção, sendo preferidos os condensados de óxido de polietileno. Os produtos da condensação de álcoois alifáticos primários e secundários com cerca de 1 a cerca de 25 moles de óxido de etileno são adequados para uso como tensioativo não iônico dos sistemas de tensioativos não iônicos da presente invenção. Também úteis como tensioativos não iônicos dos sistemas de tensioativos da presente invenção são os alquilpolissacarídeos divulgados em US 4,565,647. Os produtos da condensação de óxido de etileno com uma base hidrofóbica formada pela condensação de óxido de propileno com propilenoglicol são também apropriados para uso como sistemas de tensioativos não iônicos adicionais da presente invenção. Também adequados para uso como tensioativo não iônico do sistema de tensioativos não iônicos da presente invenção, são os produtos da condensação do óxido de etileno com o produto resultante da reação do óxido de propileno com etilenodiamina.
[0038] Tensioativos aniônicos altamente preferidos incluem tensioativos de sulfatos alquilalcoxilados e os ésteres de fosfato análogos. Tensioativos aniônicos adequados a serem usados são os tensioativos de sulfonatos de alquilésteres, incluindo ésteres lineares de ácidos carboxílicos C8-C20 (isto é, ácidos graxos) que são sulfonados com SO3 gasoso de acordo com o "The Journal of the American Oil Chemists Society", 52 (1975), págs. 323-329. Outros tensioativos aniônicos úteis para finalidades de limpeza de têxteis podem também ser incluídos nas composições aquosas da presente invenção. As composições aquosas da presente invenção também podem conter tensioativos catiônicos, anfolíticos, zwitteriônicos, e semipolares, bem como os tensioativos não iônicos e/ou aniônicos diferentes dos já aqui descritos.
[0039] Em algumas modalidades da invenção, a composição para fabricação têxtil compreende ainda outros componentes, incluindo sem limitação enzimas adicionais, bem como agentes de branqueamento, agentes antiespuma, sistemas construtores, e semelhantes, que melhoram o processo de desengorduramento e/ou proporcionam efeitos superiores relacionados, p.ex., com o branqueamento, força, resistência à formação de borbotos, absorção de água, e tingibilidade.
Têxtil
[0040] Tal como aqui utilizado, o termo "têxtil" se refere a fibras, fios, tecidos (por exemplo, urdidos, não urdidos ou malhas), e vestuário. O termo engloba têxteis feitos a partir de materiais naturais, sintéticos (p.ex., fabricados), e várias misturas de materiais naturais e sintéticos. Os têxteis podem ser fibras não processadas ou processadas, fios, tecidos urdidos ou tricotados, tecidos não urdidos, e vestuário, e podem ser fabricados usando uma variedade de materiais, alguns dos quais são referidos no presente documento.
[0041] O processo da invenção é mais beneficamente aplicado a um têxtil contendo celulose, incluindo tecidos tais como algodão, viscose, rayon, rami, linho, Tencel, ou suas misturas, ou misturas de quaisquer destas fibras, ou misturas de quaisquer destas fibras com fibras sintéticas tais como misturas de algodão e spandex (stretch-denim).
[0042] Preferencialmente, o têxtil da presente invenção é feito de celulose pura ou é feito de misturas de fibras de celulose e quaisquer outros materiais convencionalmente utilizados para fabricar têxteis tais como poli(etilenotereftalato), lã, e seda.
[0043] Em uma modalidade preferida, o têxtil contendo celulose é uma combinação de têxteis compreendendo mais de 30% (p/p) de celulose, em particular mais de 35%, mais de 50%, mais de 65%, mais de 90%, ou mais de 95% de celulose. Em uma modalidade preferida ainda, o processo da invenção é aplicado a têxteis que consistem essencialmente em celulose, isto é, um têxtil de celulose pura, tal como um têxtil de algodão puro. Em particular, o tecido é um tecido não tingido.
Enzimas Adicionais
[0044] Considerar-se-á que uma ou mais celulases, amilases, lipase, mananase, xilanase, protease, oxidase, catalase, cutinase ou outras enzimas mencionadas no presente documento, podem ser utilizadas como enzimas adicionais nas presentes composições e métodos. Para além disso, qualquer número de enzimas adicionais (ou sistemas de enzimas) pode ser combinado com as presentes composições e métodos sem anular o espírito da divulgação.
Proteases
[0045] Em uma modalidade preferida, são usadas proteases na presente invenção. Proteases adequadas incluem as de origem animal, vegetal ou microbiana. A origem microbiana é preferida. São incluídos mutantes quimicamente modificados ou com manipulação proteica. A protease pode, por exemplo, ser uma metaloprotease (EC 3.4.17 ou EC 3.4.24) ou uma serina protease (EC 3.4.21), preferencialmente uma protease microbiana alcalina ou uma protease do tipo tripsina. Exemplos de proteases são as subtilisinas (EC 3.4.21.62), especialmente as derivadas de Bacillus, p.ex., subtilisina Novo, subtilisina Carlsberg, subtilisina 309, subtilisina 147 e subtilisina 168 (descritas em WO 89/06279). Exemplos de proteases tipo tripsina são tripsina (p.ex., de origem suína ou bovina) e a protease de Fusarium descrita em WO 89/06270 e WO 94/25583.
[0046] As enzimas proteases preferidas, comercialmente disponíveis, inclem a Alcalase®, Savinase®, Primase®,Duralase®, Esperase®, e Kannase® (Novozymes A/S), Maxatase®, Maxacal®, Maxapem®, Properase®, Purafect®, Purafect OxP®, FN2™, e FN3™ (disponíveis na Danisco A/S).
Lipases
[0047] Em outras modalidades da presente invenção, são usadas lipases na presente invenção. Lipases adequadas incluem aquelas de origem bacteriana ou fúngica. Os mutantes modificados química ou geneticamente dessas lipases estão incluídos nesta conexão. A lipase pode por exemplo ser triacilglicerol lipase (EC3.1.1.3), fosfolipase A2 (EC 3.1.1.4), Lisofosfolipase (EC 3.1.1.5), Monoglicerídeo lipase (EC 3.1.1.23), galactolipase (EC 3.1.1.26), fosfolipase A1 (EC 3.1.1.32), Lipoproteína lipase (EC 3.1.1.34). Exemplos de lipases úteis incluem uma lipase de Humicola lanuginosa, p.ex., como descrito em EP 258 068 e EP 305 216; uma lipase de Rhizomucor miehei, p.ex., como descrito em EP 238 023 ou de H. insolens como descrito em WO 96/13580; uma lipase de Candida, tal como uma lipase de C. antarctica, p.ex., a lipase A ou B de C. antarctica descrita em EP 214 761; uma lipase de Pseudomonas, tal como uma das descritas em EP 721 981 (p.ex., uma lipase obtenível a partir de uma cepa SD705 de Pseudomonas sp. com número de acesso ao depósito FERM BP- 4772), em PCT/JP96/00426, em PCT/JP96/00454 (p.ex., uma lipase de P. solanacearum), em EP 571 982 ou em WO 95/14783 (p.ex., uma lipase de P. mendocina), uma lipase de P. alcaligenes ou P. pseudoalcaligenes, p.ex., como descrito em EP 218 272, uma lipase de P. cepacia, p.ex., como descrito em EP 331 376, uma lipase de P. stutzeri, p.ex., como divulgado em GB 1,372,034, ou uma lipase de P. fluorescens; uma lipase de Bacillus, p.ex., uma lipase de B. subtilis (Dartois et al. (1993) Biochemica et Biophysica Acta 1131:253-260), uma lipase de B. stearothermophilus (JP 64/744992) e uma lipase de B. pumilus (WO 91/16422).
[0048] Lipases adequadas disponíveis comercialmente incluem a Lipex®, Lipolase® e Lipolase Ultra®, Lipolex ®, Lipoclean ® (disponíveis na Novozymes A/S), Ml Lipase™ e Lipomax™ (disponíveis na Danisco A/S) e a Lipase P "Amano" (disponível na Amano Pharmaceutical Co. Ltd.).
Amilases
[0049] Em outras modalidades, são usadas amilases na presente invenção. As amilases compreendem p.ex., alfa- amilases (EC 3.2.1.1), beta-amilases (EC 3.2.1.2) e/ou glicoamilases (EC 3.2.1.3) de origem bacteriana ou fúngica. Os mutantes modificados química ou geneticamente dessas amilases estão incluídos nesta conexão. As alfa-amilases são preferidas em relação à presente invenção. Alfa-amilases relevantes incluem, por exemplo, α-amilases obteníveis de espécies de Bacillus, em particular uma cepa especial de B. licheniformis, descrita mais em detalhe em GB 1296839.
[0050] Outros exemplos de amilases úteis são as alfa- amilases derivadas de Bacillus sp. strains NCIB 12289, NCIB 12512, NCIB 12513 and DSM 9375; the alpha-amylases shown in SEQ ID NO 1 and 2 of WO 95/26397 (hereby incorporated by reference); t, a alfa-amilase AA560 derivada de Bacillus sp. DSM 12649 divulgada como SEQ ID N° 2 em WO 00/60060 (aqui incorporada como referência) e as variantes da alfa-amilase AA560, incluindo a variante AA560 divulgada nos Exemplos 7 e 8 (aqui incorporada como referência).
[0051] Amilases relevantes comercialmente disponíveis incluem a Natalase®, Stainzyme®, Duramyl®, Termamyl®, Termamyl™ Ultra, Fungamyl® e BAN® (todas disponíveis na Novozymes A/S, Bagsvaerd, Dinamarca), e a Rapidase® e a Maxamyl® P (disponíveis na DSM, Holanda) e a Purastar®, Purastar OxAm e PoweraseTM (disponíveis na Danisco A/S).
[0052] Outras amilases úteis são as CGTases (ciclodextrina glicanotransferases, EC 2.4.1.19), p.ex.,as obteníveis a partir das espécies de Bacillus, Thermoanaerobactor ou Thermoanaerobacterium.
Hemicelulases
[0053] Em outras modalidades, são usadas hemicelulases na presente invenção. Hemiceluloses são o grupo mais complexo de polissacarídeos não amiláceos na parede celular da planta. Consistem em polímeros de xilose, arabinose, galactose, manose e/ou glicose que são frequentemente altamente ramificados e conectados a outras estruturas da parede celular. As hemicelulases da presente invenção incluem, por conseguinte, enzimas com atividade xilanolítica, atividade arabinolítica, atividade galactolítica e/ou atividade manolítica. As hemicelulases da presente invenção podem por exemplo ser selecionadas de xilanases (EC 3.2.1.8, EC 3.2.1.32, e EC 3.2.1.136), xiloglicanases (EC 3.2.1.4 e EC 3.2.1.151), arabinofuranosidases (EC 3.2.1.55), acetilxilano esterases (EC EC 3.1.1.72), glicuronidases (EC 3.2.1.31, EC 3.2.1.56, 3.2.1.128 e 3.2.1.139), glicanohidrolase (EC 3.2.1.11, EC 3.2.1.83 e EC 3.2.1.73), ácido ferúlico esterases (EC 3.1.1.73), ácido cumárico esterases (EC 3.1.1.73), mananases (EC 3.2.1.25; EC 3.2.1.78 e EC 3.2.1.101), arabinosidase (EC 3.2.1.88), arabinanases (EC 3.2.1.99), galactanases (EC 3.2.1.89, EC 3.2.1.23 e 3.2.1.164) e liquenases (EC 3.2.1.73). Porém, esta não é para ser considerada uma lista exaustiva.
[0054] A mananase é uma hemicelulase preferida em relação à presente invenção. As mananases hidrolisam os biopolímeros constituídos por galactomananos. Os mordentes contendo manano compreendem frequentemente goma de guar e goma de alfarroba, que são amplamente utilizadas como estabilizadores em alimentos e produtos cosméticos. Mananases adequadas incluem as de origem bacteriana ou fúngica. São incluídos mutantes química ou geneticamente modificados. Em uma modalidade preferida, a mananase é derivada de uma cepa do gênero Bacillus, especialmente Bacillus sp. I633 divulgada nas posições 31-330 da SEQ ID N° 2 ou na SEQ ID N° 5 de WO 99/64619 (aqui incorporada como referência) ou Bacillus agaradhaerens, por exemplo da cepa do tipo DSM 8721. Uma mananase adequada disponível comercialmente é a Mannaway®, produzida pela Novozymes A/S Dinamarca ou a PurabriteTM, produzida pela Dupont EUA.
[0055] A xilanase é uma hemicelulase preferida em relação à presente invenção. Uma xilanase adequada comercialmente disponível é a Pulpzyme® HC (disponível na Novozymes A/S).
Celulases
[0056] A composição e o método da presente invenção podem ainda incluir a celulase definida na presente invenção. No presente contexto, o termo "celulase" ou "enzima celulolítica" se refere a uma enzima que catalisa a degradação de celulose em glicose, celobiose, triose e outros celo-oligossacarídeos, enzima essa que se entende incluir uma proteína madura ou uma sua forma precursora ou um seu fragmento funcional, p.ex., um módulo cataliticamente ativo, que essencialmente tem a atividade da enzima de comprimento total. Para além disso, o termo enzima "celulolítica" pretende incluir homólogos ou análogos da referida enzima. Celulases adequadas incluem as de origem animal, vegetal ou microbiana. A origem microbiana é preferida. A enzima celulolítica pode ser um componente que ocorre em um sistema de celulases produzidas por um dado micro-organismo, compreendendo principalmente um tal sistema de celulases vários componentes diferentes de enzimas celulase, incluindo os normalmente identificados, p.ex., como celobiohidrolases, endoglicanases, e beta-glicosidases.Em uma modalidade preferida, a celulase é uma endoglicanase.
[0057] Exemplos de produtos de enzimas celulase comercialmente disponíveis úteis no método da presente invenção são: Cellusoft CR0, Cellusoft L®, Novoprime A 378® (todos disponíveis na Novozymes A/S, Dinamarca); Indiage , Primafast (ambos da empresa Dupont, E.U.A.); Ecostone (da Alko, Finlândia); Rocksoft (da CPN, E.U.A.), e Sanko Bio (da Meiji/Rakuto Kasei Ltd., Japão).
Processo de fabricação de Têxteis
[0058] O processamento de um tecido, tal como de um material celulósico, em um material pronto para a fabricação de vestuário envolve várias etapas: fiação da fibra transformando-a em fio; construção do tecido urdido ou tricotado a partir do fio; e processos de preparação posteriores, operações de tingimento/impressão e acabamento. Os processos de preparação são necessários para remoção de impurezas naturais e induzidas pelo homem das fibras e para melhoria da sua aparência estética e processabilidade antes por exemplo do tingimento/impressão e acabamento. Processos comuns de preparação compreendem a desengomagem (para artigos urdidos), desengorduramento, e branqueamento, que produzem um tecido adequado para tingimento ou acabamento.
[0059] O tecido urdido é construído por tecelagem de fios "de preenchimento" ou "de trama" entre fios de urdidura esticados na direção longitudinal no tear. Os fios de urdidura têm que ser engomados antes da tecelagem para os lubrificar e proteger da abrasão na inserção a alta velocidade dos fios de preenchimento durante a tecelagem. Os agentes engomantes comuns são amidos (ou derivados de amidos e amidos modificados), poli(vinil álcool), carboximetilcelulose (isto é, CMC) onde os amidos são dominantes. A parafina, aglutinantes acrílicos e uma variedade de lubrificantes são frequentemente incluídos na mistura engomante. O fio de preenchimento pode ser urdido através dos fios de urdidura de maneira "um por cima - um por baixo" (tecelagem simples) ou "um por cima - dois por baixo" (tecido entrançado) ou qualquer outra miríade de permutações. Geralmente, os vestidos, camisas, calças, panos para lençóis, toalhas, cortinados, etc. são produzidos a partir de tecidos urdidos. Depois do tecido ser fabricado, tem que se remover novamente a goma do tecido (isto é, desengomagem).
[0060] A confecção de malhas é a formação de um tecido juntando laçadas de fios interligadas. Em oposição à tecelagem, que é construída a partir de dois tipos de fios e tem muitas "pontas", o tecido tricotado é produzido a partir de um único fio contínuo. Tal como com a tecelagem, existem muitos modos diferentes de enlaçar os fios, e as propriedades finais dos tecidos dependem tanto do fio como do tipo de malha. A roupa interior, blusas, meias, camisas de esporte, camisolas, etc. são derivadas de tecidos tricotados.
Desengomagem
[0061] A desengomagem é a degradação e/ou remoção de compostos engomantes dos fios de urdidura em um tecido urdido. O amido é normalmente removido por meio de um procedimento de desengomagem enzimática. Para além disso, a desengomagem oxidativa e a desengomagem química com ácidos ou bases são por vezes utilizadas.
[0062] Em algumas modalidades, a enzima de desengomagem é uma enzima amilolítica, tal como uma alfa-amilase, uma beta- amilase, uma mananase, uma glicoamilase, ou uma combinação das mesmas.
[0063] Alfa e beta-amilases adequadas incluem as de origem bacterina ou fúngica, bem como mutantes e variantes química ou geneticamente modificados de tais amilases. Alfa-amilases adequadas incluem alfa-amilases obteníveis de espécies de Bacillus. Amilases comerciais adequadas incluem mas não estão limitadas a OPTISIZE® NEXT, OPTISIZE® FLEX e OPTISIZE® COOL (todas na empresa Dupont EUA), e DURAMYL™, ERMAMYL™, FUNGAMYL™ TERMAMYL™, AQUAZYME™ e BAN™ (todas disponíveis na Novozymes A/S, Bagsvaerd, Dinamarca).
[0064] Outras enzimas amilolíticas adequadas incluem as CGTases (ciclodextrina glicanotransferases, EC 2.4.1.19), p.ex., as obtidas de espécies de Bacillus, Thermoanaerobactor ou Thermoanaero-bacterium.
Desengorduramento
[0065] O desengorduramento é utilizado para remover impurezas das fibras, para expandir as fibras e remover fragmentos do revestimento da semente. É uma das etapas mais críticas. Os objetivos principais do desengorduramento são a) limpar uniformemente o tecido, b) suavizar as partículas e outros resíduos, c) melhorar a absorção dos tecidos, d) saponificar e solubilizar gorduras, óleos, e ceras, e e) minimizar o algodão imaturo. O desengorduramento com hidróxido de sódio cerca da temperatura de ebulição é o tratamento aceite para 100% do algodão, enquanto que o hidróxido de cálcio e o carbonato de sódio são utilizados menos frequentemente. As fibras sintéticas são desengorduradas em condições muito mais suaves. Os tensioativos e agentes quelantes são essenciais para o desengorduramento alcalino. Introduziu-se o desengorduramento enzimático, em que celulase, hemicelulase, pectinase, lipase, e a protease são todas relatadas como tendo efeitos de desengorduramento.
Branqueamento
[0066] O branqueamento é a destruição da cor pigmentada e/ou de impurezas coloridas, bem como a remoção de fragmentos de revestimento das sementes. O branqueamento é efetuado utilizando química oxidativa ou redutora. Os agentes oxidantes podem ser adicionalmente sudivididos em aqueles que empregam ou geram: a) hipoclorito (OCl-), b) dióxido de cloro (ClO2), c) permanganato (MnO4-), d) ozônio, e espécies de hidroperóxido(OOH- e/ou OOH). . Os agentes redutores são tipicamente o dióxido de enxofre, sais de hidrossulfito, etc. Foi relatado o branqueamento enzimático usando glicose oxidase ou peroxidase (por exemplo, ver WO 2013/040991). Tradicionalmente, o peróxido de hidrogênio é utilizado neste processo.
Impressão e tingimento
[0067] A impressão e o tingimento de têxteis é efetuado aplicando corantes ao têxtil por meio de qualquer método apropriado para ligar a matéria corante às fibras nos têxteis. O tingimento de têxteis pode ser efetuado por exemplo por passagem do tecido através de uma solução concentrada de corante, seguida de armazenamento do tecido úmido em um compartimento apertado com vapor, para dar tempo para a difusão e reação do corante com o substrato de tecido antes do enxaguamento do corante que não reagiu. Alternativamente, o corante pode ser fixado por posterior vaporização do têxtil antes do enxaguamento. Os corantes incluem corantes sintéticos e naturais. Os corantes típicos são os que possuem grupos funcionais aniônicos (p.ex. corantes ácidos, corantes diretos, corantes mordentes e corantes reativos), grupos catiônicos (p.ex. corantes básicos), os que requerem reação química antes de serem aplicados (p.ex. corantes de cuba, corantes de enxofre e corantes azoicos), corantes dispersos e corantes solventes.
[0068] O excesso de matéria corante solúvel não ligado às fibras tem que ser removido após o tingimento para assegurar a firmeza dos têxteis tingidos e para prevenir a transferência indesejada de corante durante a lavagem dos têxteis pelo consumidor. Em geral, é necessária uma grande quantidade de água para completar a remoção do excesso de corante. Em um processo convencional, o têxtil impresso ou tingido é primeiro enxaguado com água fria, depois lavado a alta temperatura com a adição de um aditivo adequado para reduzir a contaminação das cores, como a poli(vinilpirrolidona) (PVP).
[0069] Um processo enzimático para a remoção do excesso de corante do tecido tingido com um licor de enxaguamento compreendendo pelo menos uma peroxidase, um agente oxidante e pelo menos um mediador, tal como um licor compreendendo uma peroxidase, peroxidase de hidrogênio e um mediador do tipo 1- hidroxi-benzotriazol é divulgado na patente WO99/34054.
Biopolimento
[0070] Como utilizado no presente documento, os termos "biopolimento", "remoção de borbotos" e "antiformação de borbotos" são indistintos.
[0071] A maior parte dos tecidos de algodão e dos tecidos de misturas de algodão tem o problema de ser bastante duro e rígido ao toque sem a aplicação de componentes de acabamento. A superfície do tecido também não é macia porque sobressaem dela pequenas microfibrilas difusas. Para além disso, após um período de uso relativamente curto, aparecem borbotos à superfície do tecido, conferindo-lhe assim um aspecto desagradável, desgastado.
[0072] O biopolimento é um método para tratar tecidos celulósicos durante a sua fabricação com enzimas tais como celulases, o que melhora a qualidade do tecido no respeitante à "formação reduzida de borbotos". Os efeitos mais importantes do biopolimento podem ser caracterizados por menos pêlos e borbotos, aumento do lustre/brilho, melhoria do toque do tecido, aumento da suavidade duradoura e/ou melhoria da absorção de água. O biopolimento tem usualmente lugar no processamento a úmido da fabricação de tecidos ou vestuário tricotados e urdidos. O processamento a úmido compreende etapas tais como, p.ex., a desengomagem, desengorduramento, branqueamento, lavagem, tingimento/impressão e acabamento. O biopolimento pode ser realizado como uma etapa separada após qualquer uma das etapas de molhagem ou em combinação com qualquer uma dessa etapas de molhagem.
Composição para Tratamento Têxtil
[0073] A presente invenção se refere ainda a uma composição para tratamento têxtil que compreende uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e/ou um tensioativo com a estrutura química B.
[0074] Na presente invenção, a proporção entre pectinase e tensioativo com a estrutura A e/ou a estrutura química B se encontra no intervalo de cerca de 1:1000 a cerca de 1:500, preferencialmente no intervalo de cerca de 1:300 a cerca de 1:500 (p/p).
[0075] A composição têxtil pode ser adaptada para usos específicos, tais como desengorduramento, o que pode proporcionar pelo menos um dos benefícios têxteis tais como aumento da remoção da pectina, aumento da molhabilidade, e aumento do valor de desengomagem, tal como determinado pelo ensaio TEGEWA.
[0076] A composição têxtil pode ainda incluir uma ou mais das enzimas selecionadas do grupo que consiste em celulase, amilase, lipase, mananase, xilanase, protease, oxidase, catalase e cutinase.
[0077] A composição têxtil compreende tipicamente ingredientes convencionais incluindo sem limitação outras enzimas, bem como tensioativos, estabilizantes, agentes molhantes, agentes dispersantes, agentes antiespuma, lubrificantes, sistemas construtores, e similares, ou uma sua mistura.
[0078] A composição têxtil pode estar em qualquer forma, tal como um sólido, líquido, pasta, gel ou qualquer sua combinação. Preferencialmente, a composição está na forma de um líquido.
Método da Invenção
[0079] Na presente invenção, é fornecido um método para o tratamento de têxteis com uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e/ou um tensioativo com a estrutura química B.
[0080] Uma razão de licor/têxtil adequada a ser usada no presente método pode estar na gama de cerca de 20:1 a cerca de 2:1, preferencialmente na gama de cerca de 18:1 a cerca de 4.5: 1, mais preferencialmente na gama de 15:1 a 4:1 (volume/peso, mL/g), mais preferencialmente na gama de 10:1 a 4:1.
[0081] O tempo de reação se encontra usualmente na gama de cerca de 5 minutos a cerca de 2 horas. Preferencialmente, o tempo reacional está compreendido no intervalo de cerca de 10 minutos a cerca de 60 minutos, mais preferencialmente o tempo reacional está compreendido no intervalo de cerca de 15 minutos a cerca de 60 minutos, ainda mais preferencialmente dentro de 15 a 30 minutos.
[0082] O processo da presente invenção é levado a cabo a um pH de cerca de 5 a cerca de 10, preferencialmente a um pH de cerca de 5,5 a cerca de 10, mais preferencialmente a um pH de cerca de 6 a cerca de 8, ainda mais preferencialmente a um pH de cerca de 7.
[0083] Em algumas modalidades, o processo da presente invenção é conduzido na gama de temperaturas de 20-90°C, preferencialmente 30-80°C, mais preferencialmente 40-70 °C, mais preferencialmente 50-60 °C.
[0084] A dosagem de enzima depende muito do tempo de reação da enzima e da atividade da enzima, isto é, um tempo reacional enzimático relativamente curto ou uma atividade enzimática baixa necessitam de uma dosagem de enzima relativamente aumentada, e vice-versa. Em geral, a dosagem de enzima pode ser estipulada de acordo com o tempo reacional disponível.
[0085] Em uma modalidade particular, a dosagem da pectinase varia de cerca de 0,005 miligramas (mg) de proteína enzimática a cerca de 200 mg de proteína enzimática (de cada enzima) por grama de têxtil, preferencialmente 0,008 mg de proteína enzimática a 100 mg de proteína enzimática por grama de têxtil, mais preferencialmente 0,01 mg de proteína enzimática a 50 mg de proteína enzimática por grama de têxtil, mais preferencialmente 0,01 mg de proteína enzimática a 1 mg de proteína enzimática por grama de têxtil. Novamente, estes valores se referem à quantidade de cada enzima.
[0086] Em uma modalidade, a dosagem das enzimas adicionais, se existirem, varia de cerca de 0,005 miligramas (mg) de proteína enzimática a cerca de 200 mg de proteína enzimática (de cada enzima) por grama de têxtil, preferencialmente 0,008 mg de proteína enzimática a 100 mg de proteína enzimática por grama de têxtil, mais preferencialmente 0,01 mg de proteína enzimática a 50 mg de proteína enzimática por grama de têxtil, mais preferencialmente 0,01 mg de proteína enzimática a 1 mg de proteína enzimática por grama de têxtil. Novamente, estes valores se referem à quantidade de cada enzima.
[0087] De acordo com a invenção, um tensioativo com a estrutura química A e/ou um tensioativo com a estrutura química B podem estar presentes em uma concentração no intervalo de 0,01 mM a 100 mM, preferencialmente no intervalo de 0,1 mM a 50 mM, mais preferencialmente no intervalo de 0,5 mM a 20 mM, e ainda mais preferencialmente no intervalo de 1 mM a 10 mM.
[0088] No processo da invenção, a pectinase pode ser aplicada isoladamente ou em conjunto com uma enzima adicional. O termo "uma enzima adicional" significa pelo menos uma enzima adicional, p.ex., uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez ou mesmo mais enzimas adicionais.
[0089] O termo "aplicado em conjunto com" (ou "usado em conjunto com") significa que a enzima adicional pode ser aplicada no mesmo, ou em outra, etapa do processo da invenção. A outra etapa do processo pode estar a montante ou a jusante no processo de fabricação têxtil, em comparação com a etapa em que o têxtil é tratado com uma pectinase.
[0090] Em modalidades particulares, a enzima adicional é uma enzima que tem celulase, amilase, lipase, mananase, xilanase, protease, oxidase, catalase, cutinase ou outra enzima referida. Em uma modalidade preferida, a enzima adicional é uma celulase.
[0091] Em algumas modalidades, o método para tratar têxteis compreende (a) a desengomagem do têxtil; (b) desengorduramento do têxtil com uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e/ou um tensioativo com a estrutura química B. Em algumas modalidades, entre a etapa (a) e a etapa (b), há uma etapa de lavagem. Em algumas modalidades, a etapa (a) e a etapa (b) são efetuadas em um único banho sem a intervenção de etapas de lavagem. Em algumas modalidades, a etapa (a) e a etapa (b) são efetuadas sequencial ou simultaneamente no mesmo banho. Em algumas modalidades, a etapa (a) e a etapa (b) são efetuadas sequencialmente em um único banho, em que a etapa (a) é efetuada antes da etapa (b).
[0092] A invenção é adicionalmente definida pelos seguintes parágrafos:
[0093] [1]. Uma composição que compreende uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e/ou um tensioativo com a estrutura química B: estrutura química A: R-(CH2)m-Y- (CH2CH2θ)n—H, em que R é selecionado do grupo que consiste em -H, -CH3, — CH2-CH3, -CH2-CH2-CH3, e -CH-(CH3)2; Y é selecionado do grupo que consiste em -CH2- e -CO-O-; 6 < m < 14 e 1 < n <18; estrutura química B: H3C-(CH2)f-C(SO3Na)H-(CH2)e-CH3, em que f + e =11-14.
[0094] [2]. A composição do parágrafo 1, em que a composição compreende uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A.
[0095] [3]. A composição do parágrafo 2, em que a composição que compreende uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e um tensioativo com a estrutura química B.
[0096] [4]. A composição de qualquer dos parágrafos 1-3, em que R é -CH-(CH3)2 eY é -CH2-.
[0097] [5]. A composição de qualquer dos parágrafos 1-3, em que R é -CH3 e Y é -CO-O-.
[0098] [6]. A composição de qualquer um dos parágrafos 1-5, em que m é 9.
[0099] [7]. A composição de qualquer um dos parágrafos 1-6, em que n é 5, 6, 8, 10 ou 12.
[0100] [8]. A composição de qualquer um dos parágrafos 1-7, que compreende ainda um tensioativo SAP.
[0101] [9]. A composição de qualquer dos parágrafos 1-8, em que a pectinase é uma pectato liase, preferencialmente uma pectato liase neutra, ou preferencialmente a pectinase compreende ou consiste em sequências de aminoácidos que possuem pelo menos cerca de 60% de identidade, preferencialmente pelo menos cerca de 70% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 80% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 90% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 95% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 96% de identidade,mais preferencialmente pelo menos cerca de 97% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 98% de identidade, mais preferencialmente pelo menos cerca de 99% de identidade, e mais preferencialmente 100% de identidade com a SEQ ID N° 1.
[0102] [10]. A composição de qualquer dos parágrafos 1-9, em que a composição compreende ainda uma celulase.
[0103] [11]. A composição de qualquer dos parágrafos 1-10, em que a composição compreende ainda amilase.
[0104] [12]. A composição de qualquer dos parágrafos 1-11, em que composição compreende ainda uma ou mais enzimas selecionadas do grupo que consiste em lipase, mananase, xilanase, protease, oxidase, catalase e cutinase.
[0105] [13]. Um método para desengordurar material celulósico, que compreende o tratamento do material celulósico com uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e/ou um tensioativo com a estrutura química B: estrutura química A: R-(CH2)m-Y- (CH2CH2O)n—H, em que R é selecionado do grupo que consiste em -H, -CH3, - CH2-CH3, -CH2-CH2-CH3, e -CH-(CH3)2; Y é selecionado do grupo que consiste em -CH2- e -CO-O-; 6 < m < 14 e 1 < n <18; estrutura química B: H3C-(CH2)f-C(SO3Na)H-(CH2)e-CH3, em que f + e =11-14.
[0106] [14]. O método do parágrafo 13, que compreende o tratamento do material celulósico com uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A.
[0107] [15]. O método do parágrafo 14, que compreende o tratamento do material celulósico com uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e um tensioativo com a estrutura química B.
[0108] [16]. O método de qualquer dos parágrafos 13-15, em que R é -CH-(CHs)2 e Y é -CH2-.
[0109] [17]. O método de qualquer dos parágrafos 13-15, em que R é -CH3 e Y é -CO-O-.
[0110] [18]. A composição de qualquer dos parágrafos 13-17, em que m é 9.
[0111] [19]. A composição de qualquer um dos parágrafos 13-18, em que n é 5, 6, 8, 10 ou 12.
[0112] [20]. O método de qualquer dos parágrafos 13-19, que compreende ainda o tratamento do material celulósico com um tensioativo SAP.
[0113] [21]. O método de qualquer dos parágrafos 13-20, em que a pectinase é uma pectato liase, preferencialmente uma pectato liase neutra.
[0114] [22]. O método de qualquer dos parágrafos 13-21, que compreende ainda o tratamento do material celulósico com uma celulase.
[0115] [23]. O método de qualquer dos parágrafos 13-22, que compreende ainda o tratamento do material celulósico com uma amilase.
[0116] [24] O método de qualquer dos parágrafos 13-23, que compreende ainda o tratamento do material celulósico com uma ou mais enzimas selecionadas do grupo que consiste em lipase, mananase, xilanase, protease, oxidase, catalase e cutinase.
[0117] [25]. O método de qualquer dos parágrafos 13-24, em que o material celulósico é um têxtil, preferencialmente o material celulósico é fibra, fios, tecidos, vestuário; mais preferencialmente, o material celulósico consiste em tecidos incluindo urdidos, não urdidos, ou malhas.
[0118] [26]. Um método para tratar têxteis, que compreende (a) a desengomagem do têxtil com uma amilase; (b) o desengorduramento do têxtil com uma pectinase e um tensioativo com a estrutura química A e/ou um tensioativo com a estrutura química B.
[0119] [27]. O método do parágrafo 26, em que existe uma etapa de lavagem entre a etapa (a) e (b).
[0120] [28]. O método do parágrafo 26, em que a etapa (a) e a etapa (b) são efetuadas em um único banho sem a intervenção de etapas de lavagem.
[0121] [29]. O método do parágrafo 26, em que a etapa (a) e a etapa (b) são efetuadas sequencial ou simultaneamente no mesmo banho.
[0122] [30]. O método de qualquer dos parágrafos 26-29, em que celulase é ainda adicionada antes, durante ou depois da etapa (a) ou da etapa (b).
[0123] A presente invenção é adicionalmente descrita pelos seguintes exemplos que não devem ser considerados como limitantes do escopo da invenção.
EXEMPLOS Materiais & Métodos Enzimas:
[0124] Pectinase-A: peptídeo maduro de uma pectato liase de Bacillus licheniformis com a SEQ ID N° 1 (descrito em US 6187580)
[0125] Celulase-C: uma celulase de Thielavia terrestis com a SEQ ID N° 2 (descrita em WO98/12307)
[0126] Aquazyme SD-L: um produto de amilase comercialmente disponível na Novozymes A/S.
Agentes químicos:
[0127] Leophen FR-M: um tensioativo comercialmente disponível na empresa BASF.
[0128] Kieralon® de Lavagem F-OLB Conc (abreviado como F- OLB): um tensioativo comercialmente disponível na empresa BASF.
[0129] Prestogen® PL: estabilizador de H2O2, comercialmente disponível na empresa BASF.
[0130] SAP (Sulfossuccinato sódico de dioctila): um tensioativo aniônico comercialmente disponível na Jiangsu Haian Petrochemical Plant, China.
[0131] SAS60 (Sulfonato de Alcano Secundário): um tensioativo aniônico comercialmente disponível na empresa BASF.
[0132] X-NF: um tensioativo comercialmente disponível na empresa de produtos químicos Zhanfeng.
[0133] FMFD: um tensioativo comercialmente disponível na empresa de produtos químicos Zhanfeng. Tensioativos: Tabela 1
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Tabela 2
Figure img0002
Determinação da Molhabilidade
[0134] O tempo de molhagem (para tecidos urdidos e de malha): o valor de tempo de molhabilidade menor corresponde a uma melhor molhabilidade.
[0135] 1) Preparar as amostras de teste de tamanho adequado de 70 mm x 70 mm. Evitar locais enrugados ou dobrados no tecido. Após recepção, manusear o tecido o menos possível e não dobrar drasticamente, engomar ou tratar de qualquer forma. Salvo acordo em contrário (p.ex. se não houver tecido suficiente) tomar três amostras de teste de diferentes locais do tecido para o representarem tanto quanto possível.
[0136] 2) Encher a pipeta com água desmineralizada.
[0137] 3) Colocar a amostra de teste em uma posição horizontal sobre o copo.
[0138] 4) Deixar cair 100 μL de água da pipeta para cima da amostra de teste e acionar o cronômetro neste instante.
[0139] 5) Quando o reflexo difuso do líquido desaparece e o líquido já não é visível acima da superfície do tecido, parar o relógio e anotar o tempo no caderno de laboratório.
[0140] Tem que se ter o cuidado de não mover a amostra de teste durante este tempo.
[0141] Este teste deve ser levado a cabo pelo menos 3 vezes em diferentes áreas (e possivelmente também diferentes amostras de teste). No entanto, é preciso assegurar que nenhuma área de teste tem um centro mais próximo que 25 mm do de qualquer área anteriormente testada.
[0142] Valor da absorção por capilaridade (para tecidos urdidos): um valor de absorção maior corresponde a uma melhor molhabilidade.
[0143] 1) Encher o copo até cerca de metade (pelo menos 5 cm acima do fundo do copo).
[0144] 2) Colocar o topo da amostra (ou fio) no centro da garra do termômetro, de tal forma que a linha esteja no fundo da garra.
[0145] 3) Ajustar a garra até que a superfície da solução de tingimento esteja ao nível da linha no fundo do tecido (ou fio). Iniciar o temporizador logo que a amostra esteja no lugar.
[0146] 4) Medir a altura a que a solução de tingimento subiu por capilaridade acima da superfície da solução de tingimento após 30 minutos e registrar a altura.
[0147] 5) Repetir o teste 2 vezes para cada tratamento em cada direção, conforme a oferta de tecido o permitir.
[0148] 6) Calcular a média dos resultados de absorção por capilaridade para amostras do mesmo tratamento.
[0149] 7) Registrar todos os resultados dos testes no caderno de laboratório.
[0150] Tempo de molhagem (para o fio): uma determinada quantidade de fio foi colocada em um copo de água. O tempo que o fio levou a se depositar foi registrado como o tempo de molhagem. Determinação de TEGEWA (Para tecidos urdidos) Metodologia da classificação TEGEWA para testar a taxa de desengomagem de um tecido; um valor de TEGEWA superior corresponde a uma taxa de desengomagem superior.
1) Preparação da solução de iodo
[0151] Dis solver 10g de iodeto de potássio em 100 mL de água, adicionar 0,65g de iodo e agitar até à dissolução completa, encher com água até aos 800 mL e depois com etanol até 1 litro.
2) Preparação de amostras
[0152] Cortar o tecido com um cortador. Para cada tecido, são necessárias duas amostras.
3) Procedimento para o teste
[0153] Colocar a amostra de tecido 1 minuto dentro da solução de iodo, enxaguar 20 segundos com água fria, tocar com papel de filtro (isento de amido) e comparar imediatamente com a escala violeta.
4) Fazer um registro sobre o resultado de acordo com o plano de estudos, e testar as outras amostras de acordo com a etapa 3. Determinação da Brancura
[0154] A brancura das amostras branqueadas foi medida com um espectrofotômetro datacolor SF450X.
Conteúdo de Proteínas
[0155] A proteína enzimática em um produto enzimático pode ser medido com um Kit De Ensaio de Proteínas BCATM (número de produto 23225, comercialmente disponível na Thermo Fisher Scientific Inc.) de acordo com o manual do produto.
Exemplo 1: Determinação da Atividade da Pectinase
[0156] Os métodos que se seguem são utilizados para caracterizar a atividade enzimática da pectinase.
1. Ensaio da Pectinase:
[0157] Para este ensaio, se prepara uma solução de poligalacturonato de sódio a 0,1% (Sigma P-1879) em tampão de glicina 0,1 M, pH 10. Pré-incuba-se 4 mL desta solução durante 5 minutos a 40oC. De seguida, se adiciona 250 μL da enzima (ou diluição da enzima), após o que a reação é misturada durante 10 segundos em um misturador à velocidade máxima e incubada durante 20 minutos a 40oC ou a uma outra temperatura, após o que se mede a absorvância a 235 nm usando uma cuveta de 0,5 mL com um percurso ótico de 1 cm em um espectrofotômetro de arranjo de díodos HP em um suporte para cuvetas com controle de temperatura e com medição contínua da absorvância a 235 nm. Usou-se um aumento linear durante pelo menos 200 segundos para o estado estacionário, para o cálculo da velocidade.
[0158] Para o cálculo da velocidade catalítica, um aumento de 5,2 A235 por minuto corresponde à formação de 1 μmol de produto insaturado (Nasuna et al., J. Biol. Chem. 241:5298-5306, 1966; e Bartling et al., Microbiology, 141:873-881, 1995).
2. Ensaio do Ágar:
[0159] A atividade da pectato liase pode ser determinada aplicando uma solução de teste a orifícios de 4 mm perfurados em placas de ágar (tal como, por exemplo, ágar LB), contendo poligalacturonato de sódio a 0,7% p/v (Sigma P 1879). As placas são então incubadas durante 6 horas a uma determinada temperatura (tal como, p.ex., 75oC). As placas são então embebidas em (i) CaCl2 1M durante 0,5 horas ou (ii) 1% de brometo de alquiltrimetilamônio misto (MTAB, Sigma M-7635) durante 1 hora. Ambos estes procedimentos provocam a precipitação de poligalacturonato no ágar. A atividade da pectato liase pode ser detectada pelo aparecimento de zonas claras em um fundo de poligalacturonato precipitado. A sensibilidade do ensaio é calibrada usando diluições de uma preparação-padrão de pectato liase.
[0160] A pectato liase-A usada nos Exemplos da presente invenção mostrou zonas claras no ensaio de ágar acima, o que significa que tem atividade de pectato liase.
Exemplo 2: Biodesengorduramento em tecido tricotado usando diferentes tensioativos
[0161] Tecido tricotado: Cortou-se tecidos tricotados 36S (S representa a contagem de fios que tecem o tecido tricotado, representando a contagem superior uma melhor qualidade do tecido) em pedaços de 25 cm x 25 cm e se pesou. Razão do licor: 10:1
Processo de biodesengorduramento:
[0162] Adicionou-se 90 mL de H2O a 200 mL de tubo Lab-O- Mat e se adicionou os tensioativos e as enzimas de acordo com a tabela 3, com base no cálculo dos pesos reais do tecido, para prefazer um volume total em torno de 100mL, o que originaria uma razão líquido para tecido de 10:1 (v/p, mL/g). De seguida, o tecido preparado foi colocado no líquido reacional e misturado. Quando se terminou a etapa acima, todos os tubos foram fixados ao Lab-O-Mat e se estabeleceu o procedimento a 55oC durante 15 minutos e depois a 80oC durante 10 minutos. Uma vez terminado o procedimento acima, todos os tubos foram removidos e cada amostra foi enxaguada a 50oC deixando correr água durante 30 segundos. Em particular, cada amostra foi enxaguada separadamente. Todas as amostras foram secas a 105oC durante 30 minutos e depois se determinou o tempo de molhagem como descrito acima.
[0163] A Tabela 3 mostra que os tensioativos heterogêneos de éter IPE1305, IPE1306, IPE1308 e IPE1312 podem fornecer uma boa molhabilidade e o tempo de molhagem é inferior a 3 segundos. No que diz respeito ao produto comercial Leophen FR-M, que é habitualmente utilizado no mercado para a fabricação de têxteis, o tempo de molhagem é superior a 3 segundos. O DGM, TGM, HGM e SAS também dão origem a uma molhabilidade muito boa, e o seu tempo de molhagem é também melhor do que o do produto comercial Leophen FR-M. Para além disso, o IPE1312 combinado com SAS60 também pode fornecer uma molhabilidade muito boa. Tabela 3 (pH: 7,0)
Figure img0003
Figure img0004
Exemplo 3: Biodesengorduramento em tecido tricotado com pectinase e tensioativos
[0164] Cortou-se tecidos tricotados em pedaços de 25 cm x 25 cm e se pesou. Razão do licor: 10:1 Processo de biodesengorduramento: como no exemplo 2.
[0165] Para identificar a relação entre pectinase e tensioativos, comparamos o tempo de molhagem usando Pectinase-A ou tensioativos. Da Tabela 4 se pode concluir que quando se usa apenas o tratamento com Pectinase-A ou apenas tratamento com tensioativo, ambos os tempos de molhagem são superiores a 20 segundos. Por conseguinte, tanto a pectinase como o tensioativo são necessários para o processo de biodesengorduramento. Tabela 4:
Figure img0005
Figure img0006
Exemplo 4: A celulase aumenta o desempenho da molhabilidade em tecidos tricotados
[0166] Cortou-se tecidos tricotados em pedaços de 25 cm x 25 cm e se pesou. Razão do licor: 10:1 Processo de biodesengorduramento: como no exemplo 2. Tabela 5 (pH: 7,0)
Figure img0007
[0167] Neste estudo, testamos o efeito da celulase no biodesengorduramento. O resultado acima mostra que se se adicionar celulase no processo de biodesengorduramento conjuntamente com pectinase e tensioativo, a molhabilidade pode ser muito melhorada. Assim, se conclui que as celulases têm um efeito impulsionador na melhoria da molhabilidade.
Exemplo 5: Biodesengorduramento no fio em cone com pectinase/celulase e tensioativos Fio: Fio em cone penteado 32s/2. Razão do licor: 7:1 Processo de biodesengorduramento:
[0168] Adicionou-se tensioativo a 0,8 g/L e pectinase a 2,54 mg de proteína/L de pectinase e 1,35 mg de proteína/L de celulase a uma máquina de Tingimento de amostras Gofront Cone. Os fios foram tratados 15 minutos a 55°C, depois a 80°C durante 10 minutos, e depois os fios foram enxaguados usando água fria e secados. Os fios ficaram então prontos para o tingimento.
[0169] Para comparação, se conduziu um método convencional para o desengorduramento de fios, em que os fios foram incubados com X-NF a 1,5 g/L e FMFD a 1,5 g/L durante 30 minutos a 100°C, e depois tratados com enxaguamento a quente e enxaguamento a frio. Da Tabela 6, se pode ver que a(s) absorção/absorções após biodesengorduramento com Pectinase-A, Celulase C e tensioativo são melhores que após desengorduramento pelo processo convencional. Tabela 6 (pH: 7,4-7,6)
Figure img0008
Figure img0009
Exemplo 6: Desengomagem e desengorduramento combinados utilizando o processo de SAP e IPE1312 em tecidos urdidos
[0170] Tecido urdido em bruto 100% de algodão: 20x16/128x60, o que significa que a contagem da urdidura e trama é de 20 e 16, e que a densidade da urdidura e trama é de 128 e 60 (a contagem maior corresponde a uma qualidade superior do tecido). O tecido urdido em bruto veio do Grupo Hebei Ningfang, China.
[0171] Retenção úmida (WPU): A retenção úmida é dada em porcentagem de solução de preenchimento, e é normalmente expressa como porcentagem por peso do tecido seco não tratado. Processo em tecidos urdidos:
[0172] O tecido urdido bruto utilizado neste estudo é 20x16/128x60 e 100% de algodão. Em primeiro lugar, se preparou 50 mL de solução de preenchimento compreendendo pectinase, amilase, celulase e tensioativos de cada amostra tal como na Tabela 7 abaixo, se colocou depois um pedaço de tecido urdido de cerca de 15 g (25 cm x 25 cm) no copo com a solução de preenchimento e se impregnou. A retenção úmida (WPU) foi de 70%. De seguida, todas as amostras foram armazenadas à temperatura ambiente durante a noite (16~20 horas). Cerca de 16 a 20 horas mais tarde, todas as amostras foram enxaguadas sequencialmente em cinco banhos de lavagem. A temperatura dos cinco banhos de lavagem era de 95oC. Depois da desengomagem e desengorduramento, todas as amostras foram branqueadas pelo método convencional, excepto que se duplicou a dosagem de H2O2 de 5g/L para 10 g/L. A receita foi descrita na Tabela 8. Todas as amostras foram colocadas na solução de branqueamento (WPU:30%) e depois vaporizadas durante 30 minutos em uma caixa de distribuição de vapor. Após branqueamento, todas as amostras foram enxaguadas novamente usando quatro banhos de lavagem com a água à temperatura de 95oC. De modo a remover completamente o tensioativo, as amostras foram tratadas por lavagem à mão a 50oC por 10 vezes e enxaguadas em um Wascator (Electrolux, Suiça) duas vezes. O procedimento de enxaguamento no Wascator foi realizado a 50oC, com 10L de água desionizada durante 5 minutos, e seguido de 30oC, 10L de água desionizada durante 5 minutos. O tecido foi seco a 105oC durante 30 minutos. Tabela 7 (pH: 7,0):
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Tabela 8: Receita para o branqueamento
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[0173] O estudo mostra que 80% de IPE1312 com 20% de SAP origina valores de absorção por capilaridade, brancura CIE, e TEGEWA satisfatórios, que satisfazem as expectativas da usina. Entretanto, comparando com Kieralon® de Lavagem F-OLB Conc, a molhabilidade de 80% de IPE1312 e 20% de SAP é muito melhor. Exemplo 7: Desengomagem e biodesengorduramento combinados Processo: o mesmo do processo no Exemplo 6. Tabela 9 (pH: 7,0)
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[0174] O resultado acima mostra que a amilase apenas fornece o valor de absorção por capilaridade de 3,7 cm e o tempo de molhagem é superior a 1 segundo. Se a pectinase for adicionada a uma solução de pré-tratamento, o valor de absorção por capilaridade melhora significativamente. Tal como no estudo do tecido tricotado (Exemplo 4), a celulase também poderia aumentar a molhabilidade em tecidos urdidos.
[0175] A invenção descrita e reivindicada neste documento não é para ser limitada no escopo pelos aspectos específicos aqui divulgados, uma vez que estes aspectos se pretendem como ilustrações de vários aspectos da invenção. É pretendido que quaisquer aspectos equivalentes estejam dentro do escopo desta invenção. De fato, várias modificações da invenção para além das aqui mostradas e descritas se tornarão evidentes para os peritos na técnica a partir da descrição acima mencionada. Tais modificações se destinam também a estar dentro do escopo das reivindicações anexas. Em caso de conflito, a presente divulgação, incluindo definições, imperará.

Claims (12)

1. Composição caracterizada por compreender uma pectinase e um tensoativo com a estrutura química A: estrutura química A: R- (CH2)m-Y- (CH2CH2O) n-H, em que Y é -CH2- e R é -CH-(CH3)2; 6 < m < 14 e 1 < n <18.
2. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por m ser 9.
3. Composição, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por n ser 5, 6, 8, 10 ou 12.
4. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1- 3, caracterizada por a pectinase ser uma pectato liase, preferencialmente uma pectato liase neutra, ou preferencialmente a pectinase consistir na sequência de aminoácidos da SEQ ID N° 1.
5. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-4, caracterizada por a composição compreender adicionalmente uma celulase.
6. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-5, caracterizada por a composição compreender adicionalmente uma ou mais enzimas selecionadas do grupo que consiste em amilase, lipase, mananase, xilanase, protease, oxidase, catalase e cutinase.
7. Método para purgar material celulósico, caracterizado por compreender o tratamento do material celulósico com uma pectinase e um tensoativo com a estrutura química A, estrutura química A: R-(CH2)m-Y-(CH2CH2O)n-H, em que Y é -CH2- e R é -CH-(CH3)2; 6 < m < 14 e 1 < n <18.
8. Método, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a pectinase ser uma pectato liase, preferencialmente uma pectato liase neutra.
9. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7-8, caracterizado por compreender adicionalmente o tratamento do material celulósico com uma ou mais enzimas selecionadas do grupo que consiste em celulase, amilase, lipase, mananase, xilanase, protease, oxidase, catalase e cutinase.
10. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7-9, caracterizado por o material celulósico ser um têxtil, preferencialmente o material celulósico é fibra, fios, tecidos, vestuário; mais preferencialmente, o material celulósico é tecido incluindo urdidos, não urdidos, ou malhas.
11. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7-10, caracterizado por compreender: (a) a desengomagem do têxtil com uma amilase; (b) a purga do têxtil com uma pectinase e um tensoativo com a estrutura química A conforme definida na reivindicação 1.
12. Método, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por celulase ser adicionalmente adicionada antes, durante ou depois da etapa (a) ou da etapa (b).
BR112016026507-6A 2014-05-15 2015-05-15 Composição, método para desengordurar material celulósico e método para tratar têxteis BR112016026507B1 (pt)

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