BR112016004570B1 - Conjunto de conexão vedada - Google Patents

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Abstract

CONJUNTO DE CONEXÃO VEDADA. A presente invenção refere-se a um dispositivo de conexão vedado entre dois espaços fechados que compreendem um dispositivo de manutenção antes da conexão. O conjunto compreende um primeiro espaço fechado e um dispositivo de conexão para a conexão vedada entre o primeiro espaço fechado e um segundo espaço fechado, o dito dispositivo de conexão é montado em uma parede do primeiro espaço fechado e compreende: primeiro meio (A) para prender o primeiro e segundo flanges (18, 26) entre si, segundo meio (B) para prender a segunda porta (28) e a primeira porta (22) de maneira vedada, meio para desprender a segunda porta (28) do segundo flange (26), terceiro meio (C) para liberar a primeira porta (22) em relação ao primeiro flange (18), quarto meio (D) para abrir uma passagem entre o primeiro e o segundo espaços fechados, e meio para controlar o primeiro (A), segundo (B), terceiro (C) e quarto (D) meios que permite a conexão vedada entre os dois espaços fechados sem rotação do primeiro e/ou segundo espaços fechados, sendo que o dito dispositivo compreende também um dispositivo para manter o segundo espaço fechado em relação ao primeiro espaço fechado de maneira que a segunda porta (28) seja mantida voltada para a (...).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção refere-se a um dispositivo de conexão vedado entre dois espaços fechados que compreendem um dispositivo de manutenção antes da conexão.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] Em alguns setores industriais, dentre os quais pode-se mencionar os setores nucleares, médicos, farmacêuticos e agroalimentícios, é exigido ou desejável que se realizem determinadas tarefas em uma atmosfera confinada, tanto para proteger a equipe, por exemplo, de radioatividade, toxicidade, etc. ou, ao contrário, para poder realizar essas tarefas em uma atmosfera asséptica livre de poeira ou, por fim, para ambos simultaneamente.
[003] A transferência de um dispositivo ou produto de um espaço fechado para outro, sem que em algum momento a vedação desses espaços em relação ao exterior seja rompida, origina um problema que é delicado de superar. Esse problema pode ser resolvido por um dispositivo de conexão de porta dupla.
[004] Tal dispositivo de porta dupla dotado de um controle de múltipla segurança é, por exemplo, conhecido no documento FR 2 695 343. Cada espaço é fechado por uma porta montada em um flange. Cada porta é presa ao seu flange por uma conexão baioneta e os dois flanges estão destinados a serem presos entre si por uma conexão baioneta.
[005] No caso em que um dentre os espaços fechados é formado por um recipiente e o outro espaço por uma caixa de luvas, a transferência é realizada da seguinte maneira. O flange do recipiente compreende, em sua periferia externa, abas destinadas a cooperar com uma marca do flange da caixa de luvas. O flange do recipiente é introduzido no flange da caixa de luvas, o recipiente é orientado de maneira que as abas correspondam à marca. Uma primeira rotação do recipiente, de acordo com o eixo geométrico da porta do mesmo, possibilita prender o flange do recipiente ao flange da caixa de luvas através da conexão baioneta. Por meio de uma segunda rotação do recipiente, de acordo com o mesmo eixo geométrico e em continuidade com a primeira rotação, a porta do recipiente é pivotada em relação ao recipiente, o que fornece tanto uma preensão através de outra conexão baioneta com a porta da caixa de luvas quanto um desprendimento da nova unidade formadas pelas duas portas lado a lado em relação aos flanges da porta e caixa de luvas. Um controle de manuseio localizado na caixa de luvas possibilita destravar um mecanismo de segurança e liberar a passagem entre os dois espaços. No caso de uma atmosfera asséptica, uma vez que as superfícies externas das duas portas estão em contato entre si de maneira vedada, as mesmas não podem contaminar o interior dos espaços.
[006] Esse dispositivo é satisfatório. No entanto, por um lado, o mesmo exige um movimento de rotação do recipiente para prender o flange do recipiente no flange da caixa de luvas ou da célula. Por outro lado, exige um movimento de rotação para prender a porta da caixa de luvas e a porta do recipiente. Esses movimentos de rotação podem ser realizados manualmente. Isso pode ser problemático para determinados recipientes devido ao peso/complexidade dos mesmos assim como ao torque a ser exercido para realizar a rotação. Ademais, a rotação do recipiente, que causa uma inclinação do conteúdo, impede a transferência de determinados componentes do tipo de frasco aberto ou componentes que são sensíveis a impactos.
[007] Uma variante à instalação em rotação do recipiente é a instalação em rotação do flange de célula. No entanto, essa variante tem a desvantagem de exigir um sistema que possibilita bloquear o recipiente durante a rotação do flange de célula e que é muitas vezes muito complicado.
[008] Foram propostos dispositivos de conexão que não exigem a rotação do recipiente. Tal dispositivo de conexão é descrito, por exemplo, no documento FR2978362. Nesse dispositivo, o recipiente é mantido antes da conexão no invólucro através de magnetização entre a porta do recipiente e a porta do invólucro. A fixação do recipiente em posição contra a parede periférica do invólucro é controlada por um anel funcional anular disposto no invólucro.
[009] A manutenção anterior através de magnetização pode não oferecer segurança suficiente, em particular no caso de um recipiente com uma grande massa. Além disso, tal dispositivo de manutenção exige o alinhamento dos meios de magnetização entre a porta do invólucro e a cobertura do recipiente, o que pode ser relativamente trabalhoso quando o recipiente é volumoso e/ou tem uma grande massa, ainda mais quando esses meios de magnetização podem não ser visíveis pelo operador quando o recipiente é colocado mais próximo do invólucro. Além disso, ímãs não resistem de maneira satisfatória a agentes de descontaminação, o que exige a realização de tratamentos específicos que são difíceis de qualificar em termos de farmacopeia. Adicionalmente, a presença de campos magnéticos pode gerar, e até mesmo prender partículas durante a transferência de componentes e, portanto, acentuar o risco de contaminação.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
[010] Consequentemente, é um propósito da presente invenção oferecer um dispositivo de conexão vedado entre dois espaços fechados, sendo que o dispositivo de conexão evita uma rotação de um dentre os espaços fechados um em relação ao outro e compreende um dispositivo para manter os dois espaços fechados um em relação ao outro de uso simples para o operador, sendo que esse dispositivo fornecer uma manutenção antes de uma conexão.
[011] O propósito da presente invenção é alcançado por um dispositivo de conexão vedado entre um primeiro e segundo espaços fechados, sendo que cada espaço fechado compreende uma abertura delimitada por um flange e fechada por uma porta sem rotação de um dentre os espaços fechados, que compreende um dispositivo para manter o flange de um dentre os espaços fechados no outro espaço fechado, sendo que o dispositivo é do tipo com encaixe por pressão disposto em um dentre os invólucros, em que o outro invólucro compreende pelo menos dois elementos projetantes que cooperam com o dispositivo de manutenção.
[012] O dispositivo de manutenção fornece uma manutenção mecânica segura entre os dois espaços fechados.
[013] Vantajosamente, o dispositivo está disposto em um dentre os espaços fechados de maneira que seja visível pelo operador durante a aproximação dos dois espaços fechados.
[014] Muito vantajosamente, o dispositivo de manutenção através de encaixe por pressão coopera com os meios para prender os dois flanges, de maneira que o dispositivo tenha uma configuração que, quando os dois espaços fechados são mantidos, autoriza a ativação dos meios de conexão. Com tal, o dispositivo de manutenção fornece uma detecção da presença dos dois espaços fechados. Então, o nível da segurança de atuação do dispositivo para conexão ainda aumenta.
[015] Os meios de conexão compreendem, por exemplo, meios para preensão os dois flanges e um anel de controle montado no exterior do primeiro espaço fechado ao redor do flange, sendo que o anel de controle controla os meios para preensão das duas portas e para destravar a porta do segundo espaço, meio para liberar a outra porta e a abertura das duas portas, o que permite a comunicação vedada dos dois espaços. Os meios para preensão os dois flanges e o anel de controle são móveis em rotação em relação aos espaços fechados e, através da rotação dos mesmos, proporcionam todas as etapas exigidas para obter uma conexão vedada e sem pivotar um dentre os espaços fechados.
[016] Vantajosamente, os meios para preensão dos dois flanges são formados por um anel de preensão que é concêntrico ao anel de controle.
[017] Muito vantajosamente, os meios para atuação o anel de controle e/ou os meios para atuar os meios para preensão os dois flanges estão localizados no exterior dos espaços fechados. Portanto, esses meios de atuação são acessíveis.
[018] Muito vantajosamente, é o mesmo meio para atuar que atua o anel de controle e o anel de preensão.
[019] O dispositivo de conexão pode compreender, mais preferencialmente, meio para travar as duas portas entre si quando as últimas estiverem em uma posição separada dos flanges.
[020] Uma matéria da presente invenção é, então, um dispositivo para a conexão vedada entre um primeiro e segundo espaços fechados, sendo que o primeiro espaço fechado compreende um primeiro flange e uma primeira porta que fecha, de maneira vedada, uma abertura delimitada pelo primeiro flange e o segundo espaço fechado compreende um segundo flange e uma segunda porta que fecha, de maneira vedada, uma segunda abertura delimitada pelo segundo flange, sendo que o dito dispositivo de conexão é montado em uma parede do primeiro espaço fechado e compreende primeiro meio para preensão do primeiro e segundo flanges entre si, segundo meio para preensão da segunda porta e a primeira porta de maneira vedada, meio para desprender a segunda porta do segundo flange, terceiro meio para liberar a primeira porta em relação ao primeiro flange, quarto meios para operar uma passagem entre o primeiro e segundo espaços fechados e meio para controle do primeiro, segundo, terceiro e quarto meio, o que permite a conexão vedada entre os dois espaços fechados sem a rotação do primeiro e/ou segundo espaços fechados, sendo que o dito dispositivo compreende também um dispositivo para manter o segundo espaço fechado em relação ao primeiro espaço fechado de maneira que a segunda porta seja mantida voltada para a primeira porta antes da preensão pelo primeiro meio de preensão, sendo que o dito dispositivo de manutenção é um dispositivo de manutenção mecânico através de encaixe por pressão e que é disposto no primeiro espaço fechado, em que o segundo espaço fechado compreende meios que cooperam com o dito dispositivo de manutenção.
[021] De preferência, o dispositivo de manutenção compreende pelo menos dois meios de manutenção através de encaixe por pressão. Os meios dispostos no segundo espaço fechado e que cooperam com o dispositivo de manutenção podem ser formados por pelo menos duas porções que se projetam radialmente a partir do segundo flange.
[022] O dispositivo para manutenção pode compreender pelo menos um meio para a manutenção axial através de encaixe por pressão e um meio para a manutenção axial passiva ou pelo menos dois dispositivos para a manutenção axial através de encaixe por pressão. Os meios dispostos no segundo espaço fechado e que cooperam com o dispositivo de manutenção podem ser formados por pelo menos duas porções que se projetam radialmente, sendo que uma porção projetante coopera com os meios para a manutenção axial através de encaixe por pressão e uma porção projetante coopera com os meios para a manutenção axial passiva.
[023] Em uma realização, o meio para a conexão passiva pode compreender uma base dotada de um sulco orientado radialmente em direção a um centro do primeiro flange e configurado para receber uma dentre as porções projetantes e que formam um batente de separação para a dita porção projetante.
[024] Em uma realização, os meios para a manutenção axial através de encaixe por pressão compreendem uma base, uma haste de conexão atuadora montada articulada em rotação sobre a base, uma haste de conexão de travamento montada articulada em rotação sobre a base e meio para bloquear a dita haste de conexão de travamento em posição travada.
[025] A haste de conexão atuadora pode compreender uma primeira extremidade e uma segunda extremidade e a haste de conexão de travamento compreende uma primeira extremidade e uma segunda extremidade, sendo que a haste de conexão atuadora e a haste de conexão de travamento estão em contato através da primeira extremidade das mesmas, e as segundas extremidades da haste de conexão atuadora e da haste de conexão de travamento são configuradas de modo a estarem dispostas a jusante e a montante, respectivamente, de uma porção projetante do segundo flange em uma direção de aproximação do segundo espaço fechado e do primeiro espaço fechado, quando o segundo espaço fechado é mantido pelo dispositivo de manutenção.
[026] O dispositivo de conexão pode compreender um meio de retorno elástico para recuperar a posição da haste de conexão de travamento na posição não mantida.
[027] De acordo com uma característica adicional, o dispositivo de conexão pode compreender meios para ativar os meios para bloqueio a fim de liberar a haste de conexão de travamento.
[028] Por exemplo, os meios para bloqueio compreendem um dedo montado sobre a base e com o qual uma extremidade coopera com a haste de conexão de travamento de maneira que forme um batente para a haste de conexão de travamento quando o segundo espaço fechado está no lugar no dispositivo de manutenção.
[029] De acordo com uma característica adicional, a segunda porta pode ser presa no segundo flange através de uma conexão baioneta, e em que o meio para controle pode compreender: - um anel de controle que pode ser colocado em rotação em torno de um eixo geométrico longitudinal, sendo que a rotação do dito anel de controle atua o pelo menos segundo, terceiro e quarto meios, - um primeiro dispositivo de atuação do dito anel de controle, - um segundo dispositivo de atuação dos primeiros meios para preensão.
[030] O primeiro dispositivo de atuação e o segundo dispositivo de atuação estão dispostos, de preferência, no exterior do primeiro espaço fechado.
[031] Vantajosamente, o anel de controle está disposto no exterior do primeiro espaço e cerca o primeiro flange.
[032] Em um exemplo vantajoso, o segundo, terceiro e quatro meios estão dispostos na periferia do primeiro flange ao redor do anel de controle.
[033] Por exemplo, os primeiros meios compreendem um anel de preensão montado móvel em rotação em relação ao primeiro flange em torno do eixo geométrico longitudinal e compreende meios de conexão baioneta a fim de imobilizar o segundo flange em relação ao primeiro flange.
[034] Muito vantajosamente, o dispositivo de manutenção está disposto em relação ao anel de preensão, de maneira que impeça a rotação do anel de preensão quando o segundo flange não é mantido pelo dispositivo de manutenção. Por exemplo, pelo menos um meio para manutenção está disposto a jusante do anel de preensão na direção da instalação no lugar do segundo flange no anel de preensão, e o anel de preensão compreende pelo menos uma marca, sendo que a segunda extremidade da haste de conexão de travamento penetra na marca quando o segundo flange não é mantido pelo dispositivo de manutenção e forma um batente que impede que o anel de preensão gire.
[035] Os segundos meios podem compreender, por exemplo, uma placa de preensão montada móvel em rotação sobre uma superfície exterior da primeira porta em torno do eixo geométrico longitudinal e pode ser presa a uma superfície exterior da segunda porta através de uma conexão baioneta. Vantajosamente, uma primeira porção do deslocamento em rotação da placa de preensão prende a primeira porta e a segunda porta e uma segunda porção do deslocamento em rotação da placa de travamento destrava a segunda porta em relação ao segundo flange.
[036] O dispositivo pode compreender vantajosamente o meio para travar a primeira porta e a segunda porta entre si quando as mesmas são separadas do primeiro e segunda flanges.
[037] A primeira porta pode ser articulada em relação ao primeiro flange ao redor de uma dobradiça com um eixo geométrico ortogonal ao eixo geométrico longitudinal, sendo que o quarto meio pode compreender pelo menos um pinhão que se entrelaça com outra engrenagem dentada de atuação do anel de controle, sendo que dito pinhão é acoplado à dita dobradiça, em que o deslocamento em rotação do anel de controle causa uma rotação da primeira porta ao redor da dobradiça.
[038] Muito vantajosamente, a atuação do segundo, terceiro e quarto meios visando uma conexão vedada entre os dois espaços fechados é obtida por uma rotação unidirecional do anel de controle.
[039] O anel de controle pode compreender um dente de engrenagem de acionamento que coopera com um pinhão do segundo meio de atuação.
[040] O primeiro dispositivo de atuação pode também, vantajosamente, formar o segundo dispositivo de atuação.Os primeiros e/ou segundos meios de atuação podem ser motorizados.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[041] A presente invenção deverá ser mais bem entendida com o uso da descrição a seguir e dos desenhos anexos, em que: a Figura 1 é uma vista parcial em perspectiva de um exemplo de realização de um dispositivo de conexão entre uma célula e um recipiente, sendo que o recipiente é mostrado como uma linha pontilhada; a Figura 2 é uma vista em perspectiva do dispositivo para a conexão vedada visualizada do exterior da célula; a Figura 3 é uma vista detalhada em perspectiva dos meios para preensão axial através de encaixe por pressão do flange de recipiente e do flange de célula do dispositivo para a conexão vedada; a Figura 4A é uma vista em perspectiva dos meios para preensão axial através de encaixe por pressão da Figura 3; a Figura 4B é uma vista superior dos meios para preensão da Figura 4A; a Figura 4C é uma vista em corte transversal da Figura 4B de acordo com o plano I-I; a Figura 4D é uma vista superior dos meios para preensão da Figura 4A, com o recipiente no lugar; a Figura 4E é uma vista em corte transversal da Figura 4D, de acordo com o plano II-II; a Figura 5 é uma vista frontal do flange de célula e da porta de célula e do dispositivo para a conexão vedada de acordo com a invenção, em que o anel de controle e os meios para atuação são omitidos; a Figura 6 é uma vista em perspectiva do dispositivo para a conexão vedada visualizada do interior da célula, em que determinados elementos são mostrados com transparência; a Figura 7 é uma vista em perspectiva do dispositivo para a conexão vedada visualizada do interior da célula, em que determinados elementos são mostrados com transparência de acordo com um ponto de vista diferente da Figura 6, em uma posição destravada da porta de célula e da porta de recipiente; a Figura 8 é uma vista semelhante àquela da Figura 7, em que o dispositivo para a conexão vedada é mostrado em uma posição travada da porta de célula e da porta de recipiente; a Figura 9 é uma vista em corte transversal do meio para travamento entre as portas ao longo do plano em um estado destravado; a Figura 10 é uma a vista em perspectiva do dispositivo para a conexão vedada visualizada do interior da célula, em que determinados elementos são mostrados com transparência, de acordo com um ponto de vista diferente daquele da Figura 6, em uma posição destravada da porta de célula em relação ao flange de célula; a Figura 11 é uma vista em perspectiva em uma posição aberta do dispositivo de conexão, em que a cobertura de recipiente é omitida; a Figura 12 é uma vista longitudinal em corte transversal que mostra diagramaticamente a conexão de um recipiente em uma célula por meio de um dispositivo vedado de conexão de porta dupla; a Figura 13A é uma vista em perspectiva isométrica com um corte transversal parcial de uma cobertura do dispositivo de conexão mostrado sozinho; a Figura 13B é uma vista em corte transversal de acordo com o plano III-III da Figura 13A; a Figura 14A é uma vista superior de outra realização dos meios para preensão axial através de encaixe por pressão, a Figura 14B é uma vista em perspectiva do meio de preensão da Figura 14A; a Figura 14C é uma vista frontal do meio de preensão da Figura 14A em um estado destravado; a Figura 14D é uma vista em corte transversal de acordo com o plano IV-IV da Figura 14C; a Figura 14E é uma vista frontal do meio de preensão da Figura 14A com o recipiente no lugar, porém que não é mostrado; e a Figura 14F é uma vista em corte transversal de acordo com o plano VIV da Figura 14E.
DESCRIÇÃO DE REALIZAÇÕES DA INVENÇÃO
[042] Os termos "a montante" e "a jusante" são considerados na direção onde o recipiente vai ser disposto no dispositivo de conexão.
[043] Em uma realização mostrada nas Figuras, os dois espaços fechados que vão ser conectados com o uso de um dispositivo vedado de conexão de porta dupla dotado do mecanismo de atuação em conformidade com a invenção, correspondem respectivamente a uma célula de confinamento 10 e a um recipiente 12. No entanto, entende-se que a invenção também se aplica ao caso em que um dentre os espaços fechados é, por exemplo, para uma caixa de luvas e o outro é para um recipiente ou duas caixas de luvas.
[044] A Figura 12 mostra diagramaticamente a célula 10 e o recipiente 12 em um estado conectado e em um estado desconectado.
[045] A célula 10 é delimitada por uma parede 14 da qual apenas uma porção pode ser vista na Figura 12. Convencionalmente, a mesma é dotada de meios para manipulação remota, tais como dispositivos de manuseio remoto e/ou luvas (não mostrado) presas na parede 14. O recipiente 12 é delimitado também por uma parede 16, conforme mostrado, em particular na Figura 12.
[046] A célula compreende um flange de célula 18 montado de maneira vedada em uma parede 14 da célula e que compreende uma abertura 20 que é fechada de maneira vedada por uma porta removível 22, denominada de porta de célula ou porta.
[047] O recipiente compreende um reservatório 24 e um flange de recipiente 26 que é fechado de maneira vedada por uma porta removível 28. Para propósitos de esclarecimento, a porta de recipiente 28 deve ser indicada como "cobertura de recipiente" ou "cobertura" a fim de ser distinguida claramente da porta de célula. O reservatório 24, o flange de recipiente 26 e a cobertura 28 delimitam um espaço vedado. A cobertura 28 é presa ao flange de recipiente por uma conexão baioneta 29.
[048] O dispositivo para a conexão vedada compreende um flange de célula 18, o flange de recipiente 26, a porta de célula 22 e a cobertura de recipiente 28. A porta de célula 22 é articulada no flange de célula 18 por uma dobradiça 30 com o eixo geométrico Y ortogonal ao eixo geométrico longitudinal X.
[049] A direção axial corresponde ao eixo geométrico do flange de célula 18 e da porta 22, assim como ao eixo do flange de recipiente 26 e da cobertura 28, quando a última está presa à célula. A direção axial é representada pelo eixo geométrico X que é o eixo geométrico do dispositivo de conexão.
[050] O dispositivo de conexão vedado de acordo com a invenção compreende meios que permitem uma conexão vedada sem rotação do recipiente e um dispositivo de manutenção através de encaixe por pressão antes da conexão. Na descrição a seguir, será descrito um exemplo de realização particular dos meios que permitem uma conexão vedada sem a rotação do recipiente. No entanto, deve-se entender que um dispositivo de conexão vedado que compreende um dispositivo para manutenção através de encaixe por pressão e outros meios que permitem uma conexão vedada sem a rotação do recipiente, por exemplo, tais como aqueles descritos no documento FR 2 978 362, não estão fora do escopo da presente invenção.
[051] As Figuras 1 a 11 mostram, detalhadamente, uma realização de um dispositivo para a conexão vedada de acordo com a invenção. O dispositivo de conexão é montado na parede da célula ao redor da abertura 20. O dispositivo de conexão é móvel em relação à parede da célula 14.
[052] O dispositivo de conexão compreende primeiros meios A para prender o flange de recipiente 26 no flange de célula 18.
[053] No exemplo mostrado, o flange de recipiente 26 compreende quatro abas 32 dispostas a 90° uma da outra que se projetam radialmente em direção ao exterior do flange de recipiente 26. O flange de recipiente 26 pode compreender duas abas, três abas ou mais que quatro abas, adicionalmente, a disposição angular não é restritiva.
[054] Os primeiros meios A compreendem um anel de preensão 100 montado coaxial ao flange de célula 18 na superfície exterior do último e pode pivotar em relação ao mesmo em torno do eixo geométrico longitudinal X.
[055] No exemplo mostrado, o anel de preensão 100 compreende quatro marcas 102, cada uma, destinada receber uma aba 32 do flange de recipiente 26. A rotação do anel de preensão 100 na direção em sentido anti- horário fornece uma preensão através da conexão baioneta entre o flange de recipiente 26 e o anel de preensão 100 e, portanto, entre o flange de recipiente 26 e o flange de célula 18. As marcas 102 têm uma primeira porção que se estende axialmente 102.1 que permite a inserção e a remoção das abas 32 de acordo com uma direção axial e uma segunda porção 102.2 que se estende lateralmente em relação à porção axial em uma zona a jusante. A segunda porção 102.2 recebe as abas 32 quando o anel de preensão 100 tiver pivotado, o que fornece uma manutenção axial das abas 32 e, portanto, do flange de recipiente 28 em relação ao flange de célula 18.
[056] No exemplo mostrado, o anel de preensão 100 é montado móvel em relação ao flange de célula 18 por meio de quatro roletes 106. Entende-se que o número de roletes não é restritivo.
[057] Vantajosamente, os sensores são fornecidos a fim de saber os vários estados do sistema: porta fechada, porta aberta, porta abrindo ou fechando, etc., por exemplo, detectando-se o deslocamento e/ou a posição do anel de preensão, mais particularmente, em uma realização motorizada e em uma realização em que o operador não está em uma posição para identificar visualmente em qual estado o sistema está.
[058] O mecanismo de controle compreende um dispositivo de atuação 108 do anel de preensão 100 em rotação em torno do eixo geométrico longitudinal X.
[059] O dispositivo de atuação 108 está disposto vantajosamente no exterior da célula de maneira que possa ser ativada pelo operador a partir do lado externo. No exemplo mostrado, esse dispositivo de atuação 108 compreende uma manivela 110. Qualquer outro dispositivo de atuação mecânico pode ser considerado. De acordo com uma variante, o mesmo pode ser fornecido para motorizar a atuação do anel de preensão 100. Os meios motorizados também podem estar localizados no interior da célula.
[060] O anel de preensão 100 compreende uma engrenagem dentada radialmente externo 112 que é engatado por um pinhão 114 do dispositivo de atuação 108. O dispositivo de atuação é simples e resistente. Outros meios para transmitir o movimento entre os meios de atuação e o anel de preensão podem ser fornecidos.
[061] O dispositivo para a conexão vedada também compreende um dispositivo para a manutenção axial do recipiente contra a parede da célula. Esse sistema para manutenção é um dispositivo de encaixe por pressão 34 destinado para manter axialmente o flange de recipiente 26 em relação ao flange de célula 18 (Figura 5) e é mostrado detalhadamente nas Figuras 4A a 4E.
[062] Esse dispositivo, indicado a seguir como dispositivo de encaixe por pressão, está destinado a ser implantado antes da preensão dos dois flanges 18, 26 pelo anel de preensão 100. Por exemplo, o dispositivo fornece a manutenção mecânica do recipiente na parede 14 da célula. Esse dispositivo de encaixe por pressão é particularmente vantajoso quando o recipiente está destinado de modo a ser posicionado horizontalmente, por exemplo, para a transferência. Esse dispositivo de encaixe por pressão, então, torna a montagem do recipiente na célula mais fácil para o operador uma vez que o mesmo não mais tem de manter, por exemplo, o recipiente na extremidade de seu braço até que o flange de recipiente 26 seja preso ao flange de célula 18 pelo anel de preensão 100.
[063] Adicionalmente, o mesmo fornece uma manutenção muito segura, em oposição aos meios de manutenção por magnetização, não há risco de separação extemporânea do recipiente e do invólucro.
[064] No exemplo mostrado, o dispositivo de encaixe por pressão compreende dois meios de encaixe por pressão em duas abas 32 do flange de recipiente 26, que são dinamicamente opostas. Os dois meios de encaixe por pressão, também indicado pela referência 34, estão localizados de maneira diametralmente oposta no flange de célula 18.
[065] O dispositivo de manutenção tem um modelo simples e resistente e é fácil de usar. A etapa de manutenção é realizada rapidamente sem exigir esforço substancial. A aproximação do recipiente ao dispositivo de conexão é suficiente a fim de acionar as duas abas nos meios para manutenção e obter uma manutenção do recipiente contra o invólucro em uma posição pronta para conexão.
[066] Nas Figuras 3, 4A a 4E, uma realização não restrita de um dentre os dois dispositivos de encaixe por pressão 34 pode ser vista mais detalhadamente.
[067] Uma vez que os meios de encaixe por pressão são semelhantes, apenas um dentre os dois meios será descrito. O meio de encaixe por pressão 34 compreende uma base 36 fixada ao flange de célula 18 na periferia da abertura 20, uma haste de conexão atuadora 38 articulada em rotação na base 36 em torno de um eixo geométrico Y1 perpendicular à direção axial à direção diametral do flange de célula 18.
[068] Os meios de encaixe por pressão 34 também compreendem uma haste de conexão de travamento 40 articulada em rotação na base 36 em torno de um eixo geométrico Y2 paralelo ao eixo geométrico Y1 e um meio de retorno 42 para fazer com que a haste de conexão de travamento 40 volte para uma posição destravada. O meio de retorno 42 é fixado à base e à haste de conexão de travamento 40. A haste de conexão atuadora 38 e a haste de conexão de travamento 40 estão em contato por uma dentre suas extremidades 38.1, 40.1 respectivamente, de maneira que um pivotamento da haste de conexão atuadora 38 na direção em sentido horário cause uma rotação da haste de conexão de travamento 40 na direção em sentido horário. As extremidades 38.2, 40.2 das hastes de conexão estão localizadas no lado da abertura 20.
[069] O meio de encaixe por pressão 34' também compreende meios de travamento a fim de bloquear a haste de conexão de travamento 40 em um estado travado. Os meios de travamento compreendem um dedo 44 articulado em rotação na base 36 em torno de um eixo geométrico perpendicular aos eixos geométricos Y1 e Y2 de maneira que uma extremidade do dedo 44 possa se aproximar e se afastar da haste de conexão de travamento 40. Um meio de retorno elástico, tal como uma mola (não visível) empurra o dedo 44 na direção da haste de conexão. De acordo com uma variante, o dedo 44 pode ser formado a partir de lâmina que é deformada elasticamente em flexão e que integra o meio de retorno elástico.
[070] A operação dos meios de encaixe por pressão ocorre conforme a seguir e é mostrada nas Figuras 4D e 4E. Uma aba 32 do flange de recipiente 28 é colocada mais próxima de acordo com a direção da seta F em direção aos meios de encaixe por pressão, até que apoie, por meio de uma primeira superfície transversa, na haste de conexão atuadora 38. Sob o esforço aplicado pela aba 32 em direção à célula 14, a haste de conexão atuadora 38 pivota ao redor em torno de seu eixo geométrico Y1 na direção em sentido horário, o que causa a rotação na direção em sentido horário da haste de conexão de travamento 40 em torno do eixo geométrico Y2 da mesma. Em seguida, a haste de conexão de travamento 40, se apoia, pela sua outra extremidade 40.2, em uma segunda superfície transversa 32.2 da aba 32 oposta à primeira superfície transversal 32.1. Em seguida, a aba 32 é mantida axialmente contra o flange de célula 18. Ademais, o pivotamento da haste de conexão de travamento 40 na direção em sentido horário ocorre de modo que o dedo 44, passe sobre a extremidade 40.2 da haste de conexão de travamento 40, travando a mesma ao se apoiar na aba 32. O dedo 44 é pivotado de maneira que separe a extremidade 40.2 da haste de conexão de travamento 40 a fim de liberar a última. Essa liberação ocorre quando se deseja desprender o recipiente do flange de célula. O pivotamento do dedo 44 pode ser obtido por meios de um atuador (não mostrado) ou uma leve rotação do recipiente.
[071] Outra realização muito vantajosa de um dispositivo de encaixe por pressão 34' pode ser vista nas Figuras 14A a 14F, em que esse dispositivo difere do dispositivo 34 pelo fato de que usa um came de travamento. O número de partes em movimento é reduzido, a confiabilidade do dispositivo é, então, aumentada e a fabricação é mais fácil.
[072] O dispositivo de encaixe por pressão 34' compreende uma base 36' fixada ao flange de célula 18 na periferia da abertura 20, um came de travamento 40' articulado em rotação na base 36 em torno de um eixo geométrico Y2' perpendicular à direção axial e à direção diametral do flange de célula 18, e um meio de retorno 42 que faz com que o came de travamento 40' volte para uma posição destravada. O meio de retorno 42 é fixado à base e ao came de travamento 40.
[073] O came de travamento 40' compreende, na face do mesmo que está orientada em direção ao eixo geométrico longitudinal do dispositivo, uma área a jusante 40.1' na direção de inserção do flange no dispositivo de encaixe por pressão que forma uma área de atuação e uma área a montante 40.1 que forma um apoio.
[074] A área de atuação 40.1' forma uma superfície de came que se projeta em direção ao interior do dispositivo em uma posição destravada, de maneira que, quando o flange de recipiente é colocado mais próximo em direção ao dispositivo de encaixe por pressão, uma dentre as abas 32 se apoia na superfície de came 40.1', o que resulta na rotação da mesma, a área de apoio 40.1' fica, então, voltada para a face traseira da aba, mais preferencialmente, se apoia na face traseira da aba, o que impede a retirada da aba.
[075] O dispositivo de encaixe por pressão 34' compreende também um meio para travamento a fim de bloquear o came de travamento 40" em um estado travado. Os meios de travamento compreendem um dedo 44 articulado em rotação na base 36 em torno de um eixo geométrico perpendicular ao eixo geométrico Y2 de maneira que uma extremidade do dedo 44 possa se aproximar e se afastar da haste de conexão de travamento 40. Um meio de retorno elástico, tal como uma mola (não visível) empurra o dedo 44' na direção da haste de conexão. De acordo com uma variante, o dedo 44' pode ser formado a partir de lâmina que é deformada elasticamente em flexão e que integra o meio de retorno elástico.
[076] A operação do dispositivo de encaixe por pressão ocorre conforme a seguir e é mostrada nas Figuras 14C a 14F.
[077] Uma aba 32 do flange de recipiente 28 é colocada mais próxima de acordo com a direção da seta F em direção ao dispositivo de encaixe por pressão, até que apoie, por meio de uma primeira superfície transversa, na superfície de came 40,1'. Sob o esforço aplicado pela aba 32 em direção à célula 14, o came de travamento 40' pivota em torno de seu eixo geométrico Y2' na direção em sentido horário. A área de contiguidade 40.2' se apoia na face traseira da aba 32. Em seguida, a aba 32 é mantida axialmente contra o flange de célula 18. Ademais, o pivotamento do came de travamento 40' na direção em sentido horário ocorre de modo que o dedo 44' passe sobre a área de apoio 40.2', travando a mesma ao se apoiar na aba 32. A fim de liberar o came de travamento 40', o dedo 44 é separado da área de apoio. Essa liberação ocorre quando se deseja desprender o recipiente do flange de célula. O pivotamento do dedo 44 pode ser obtido por meios de um atuador (não mostrado) ou através de uma leve rotação do recipiente.
[078] No exemplo mostrado, dois meios para manutenção através do encaixe por pressão são fornecidos.
[079] Em uma variante vantajosa, um único meio para a manutenção através de encaixe por pressão pode ser fornecido e, no lugar dos segundos meios de encaixe por pressão, uma base que compreende um sulco no formato de um arco de círculo que se abre radialmente em direção ao eixo geométrico longitudinal X com capacidade para alojar uma aba 32 e para manter a mesma axialmente. Uma aba é, então, engatada no sulco, o que fornece a manutenção axial do mesmo, em seguida, a outra aba 32 é engatada nos meios de encaixe por pressão 34.
[080] Mais preferencialmente, no caso de uma parede de célula vertical, o dispositivo para a manutenção através de encaixe por pressão está localizado na zona inferior do flange de célula e a base dotada de sulco está localizada na zona superior do flange de célula.
[081] De acordo com uma variante, um dispositivo de encaixe por pressão com mais de dois meios para a manutenção através de encaixe por pressão pode ser considerado.
[082] De maneira particularmente vantajosa, os meios de encaixe por pressão cooperam com o anel de preensão 100.
[083] Conforme mostrado nas Figuras 1 e 3, os meios de encaixe por pressão estão localizados a jusante de duas marcas do anel de preensão 100 que são radialmente opostas, na direção de inserção das abas 32 no anel de preensão 100.
[084] Como tal, após as abas 32 terem sido introduzidas nas marcas 102, as mesmas engatam as hastes de conexão de atuação 38, o que causa a inclinação das hastes de conexão de travamento, mantendo as abas axialmente.
[085] Na ausência do flange de recipiente, a extremidade 40.2 da haste de conexão de travamento 40 está localizada na zona superior da primeira porção 102.1 da janela 102 quando não há recipiente no lugar e penetra em um entalhe 102.3 feito na primeira porção 102. Desse modo, as hastes de conexão de travamento 40 também fornecem um travamento em rotação do anel de preensão 100 na ausência de um recipiente. Como tal, qualquer manipulação do anel 100 na ausência do recipiente é evitada. A segurança de atuação do dispositivo de conexão é, então, fornecida adicionalmente.
[086] Nessa realização particularmente vantajosa, o flange de recipiente 26 é mantido axialmente pelo dispositivo de encaixe por pressão 34 e, em seguida, o flange de célula 18 e o flange de recipiente 26 são presos pelo anel de preensão 100.
[087] Devido à manutenção mecânica obtida pelo dispositivo de encaixe por pressão que é segura ao longo do tempo, a etapa de preensão pode ser adiada, isto é não seguir imediatamente à etapa de manutenção. Durante a desconexão também, após o desprendimento dos dois espaços fechados, a etapa de remoção por meio de desencaixe pode ser adiada, por exemplo, caso verificações sejam exigidas.
[088] O dispositivo de encaixe por pressão de manutenção é muito vantajoso, particularmente, quando a célula parede está em um plano vertical ou inclinado, como tal, quando o recipiente é mantido pelo meio 34, o operador pode atuar facilmente os primeiros meios A.
[089] De acordo com a variante, o dispositivo de manutenção através de encaixe por pressão pode compreender duas pernas, em que cada uma tem substancialmente o formato de um gancho, opostas diametralmente, montadas em rotação no flange do invólucro de maneira que separem uma da outra em relação ao eixo geométrico longitudinal e sejam retomadas elasticamente em direção ao eixo geométrico longitudinal. As pernas compreendem, por exemplo, uma rampa que coopera com as abas 32, de maneira, que quando as abas são colocadas mais próximas do flange de invólucro, as pernas se separem radialmente para fora e, além de um determinado percurso das abas 32, sejam retomadas em direção ao eixo geométrico longitudinal e formem, assim, um apoio axial para as abas. Os meios para, então, separar as pernas podem ser fornecidos.
[090] O dispositivo para a conexão vedada também compreende segundos meios B destinados a prender a cobertura de recipiente 28 e a porta de célula 22 e a destravar a cobertura.
[091] O dispositivo de conexão também compreende um terceiro meio C a fim de liberar a porta de célula do flange de célula e quarto meio D para liberar a passagem entre o interior do recipiente e o interior da célula.
[092] O dispositivo para a conexão vedada tem, vantajosamente, um sistema de atuação comum do segundo e terceiro meios.
[093] O sistema de atuação comum é formado por um anel de controle 48 montado em rotação no flange de célula 18 ao redor da direção axial e disposto no exterior da célula no exemplo mostrado. No exemplo mostrado, o anel de controle 48 é uma engrenagem em forma de anel cujos dentes são orientados radialmente para fora do anel de controle 48. O sistema de atuação comum compreende um dispositivo de atuação destinado a girar o anel de controle 48 em torno do eixo geométrico longitudinal X. Muito vantajosamente, o dispositivo de atuação é formado pelo dispositivo 108 para atuar o anel de preensão 100, o que possibilita simplificar a estrutura e reduzir o preço de custo do mesmo. De acordo com uma variante, um dispositivo de atuação separado pode ser fornecido.
[094] A Figura 2 mostra a engrenagem em anel 48. A última é montada a montante do anel de preensão 100 na direção em que o recipiente é exposto e tem um diâmetro interior que é maior que o diâmetro exterior do anel de preensão 100 a fim de permitir a penetração do flange de recipiente 28 no anel de preensão 100.
[095] A Figura 6 mostra o dispositivo de conexão a partir do interior da célula, em que a cobertura de proteção é mostrada com transparência.
[096] Pode ser visualizado o anel de preensão 100 cuja engrenagem dentada 112 é engatada pelo pinhão 114 e a coroa 48 é engatada por um pinhão 52 coaxial ao pinhão 114.
[097] O anel de controle 48 compreende um dente de acionamento 48.1 que se entrelaça com o pinhão 52 que proporciona a colocação do mesmo em rotação e engrenagens dentadas destinados a atuar os vários meios do dispositivo de conexão. No exemplo mostrado, a engrenagem dentada 48.1 se estende sobre apenas uma porção da periferia do anel de controle 48, o ângulo no qual o dente de acionamento se estende é determinado a fim de permitir a atuação dos vários meios B, C, D. De acordo com a variante, um dente de acionamento pode cobrir toda a periferia do anel de controle 100.
[098] O anel de controle 48 é mantido de maneira vantajosamente axial e radial por roletes 54 que permitem a rotação da engrenagem em forma de anel 48 ao redor da direção axial ao mesmo tempo em que também ainda limita o atrito.
[099] Os segundos B, terceiros C e quartos D meios estão dispostos na periferia da engrenagem em forma de anel 48 e são atuados sucessivamente através da rotação do anel.
[0100] Os segundos meios B para prender a porta de célula 22 e a cobertura do recipiente 28 compreendem uma placa de preensão entre as portas indicada como 80.
[0101] A placa de preensão entre as portas 80 é montada em rotação na porta de célula 22. O travamento da porta de célula 22 e da cobertura de recipiente 28 é obtido por uma conexão baioneta. No exemplo mostrado, a placa de preensão 80 compreende quatro abas 82 que se projetam radialmente para fora e a cobertura 28 compreende uma marca oca dotada de quatro entalhes que se estendem radialmente externos a fim de receber as abas da placa de preensão 80 e um sulco periférico que conecta os entalhes. Uma rotação relativa da placa de preensão 80 e da cobertura 26 encobre, pelo menos parcialmente, as abas da placa de preensão 80 que formam um apoio axial para as abas 82 e uma preensão axial da placa de preensão e da cobertura.
[0102] A placa de preensão 80 é girada pela atuação do anel de controle 48. No exemplo mostrado, os segundos meios B compreendem um pinhão de dentes retos 62 engatado por uma primeira engrenagem dentada de atuação 48.2 do anel de controle 48, um pinhão de chanfro 64 preso em rotação com o pinhão 62. No exemplo mostrado, os mesmos são localizados nas duas extremidades do mesmo eixo geométrico. O pinhão de chanfro 64 se entrelaça com um pinhão de chanfro 65 que forma a entrada de uma corrente de engrenagens, em que as engrenagens são indicadas como 66, 68, 70, 72, 74, 76, 77. O pinhão 77 se entrelaça com uma engrenagem dentada ou com uma cremalheira 78 presa em rotação com a placa de preensão entre as portas 80, conforme pode ser visto na Figura 6.
[0103] A unidade formada pelo pinhão 62, 64 e pela corrente de engrenagens possibilita a redução do torque de rotação do cabo e facilita a manipulação pelo operador.
[0104] Nas Figuras 13A e 13B é mostrada somente a corrente de engrenagens que permite a rotação da placa de preensão 80. A corrente de engrenagens está localizada em uma cobertura 81 que também é mostrada nas Figuras 6 a 8 e 10, o que garante a passagem vedada da corrente de engrenagens entre o exterior e o interior da célula. A cobertura compreende três partes 81.1, 81.2, 81.3 que são ligadas entre si de maneira vedada por meios de vedações 69.
[0105] No exemplo mostrado, as partes 81.1 e 81.3, chamadas de bloco, são idênticas. A parte 81.2 que está localizada entre as partes 81.1 e 81.3 é chamada de "braço".
[0106] A ligações entre o bloco 81.1 e o braço 81.2 e entre o bloco 81.2 e 81.3 permitem a abertura da porta 22. A rotação é garantida pelos mancais de rolete, porém um mancal pode ser usado em vez de mancais de rolete.
[0107] A corrente de engrenagens está localizada no bloco 81.1, sendo que a corrente de engrenagens controla a placa de preensão 80. O meio de abertura D está localizado no bloco 81.3.
[0108] No exemplo mostrado, o bloco 81.1 compreende uma manga 81.11 que cerca o eixo geométrico que conecta as engrenagens 62 e 64.
[0109] O bloco 81.3 também compreende uma manga 81.31 (Figura 13B).
[0110] O braço 81.2 cerca o eixo geométrico que conecta as engrenagens 76 e 77. As mangas 81.11 e 81.21 passam através do flange de célula e através da porta respectivamente de maneira vedada; vedações estáticas são montadas entre as mangas 81.11, 81.31 e o flange de célula e entre a manga 81.21 e a porta 22.
[0111] De acordo com uma variante e no caso específico de um dispositivo que tem um pequeno diâmetro para o qual a resistência é reduzida, a cobertura pode ter apenas um bloco e um braço, sendo que o meio de abertura D é combinado com o meio de preensão B. Nesse caso, o bloco pode ser feito em uma peça com o flange de célula. Assim, nenhuma vedação é exigida para realizar a vedação entre o bloco e o flange.
[0112] A corrente de engrenagens compreende dois eixos geométricos maiores 67, 73 entre as engrenagens 65 e 66 e entre as engrenagens 72 e 74 respectivamente. De acordo com a variante, esses eixos geométricos e as engrenagens podem ser substituídas por rodas dentadas de corrente ou por polias com um sistema de correia ou um sistema de corrente.
[0113] Uma primeira fase da rotação da placa de preensão entre as portas 80 fornece o travamento axial da porta 22 e da cobertura 28 e uma segunda fase de rotação da placa de preensão 80 aciona em rotação à cobertura 28 em relação ao flange de recipiente 26 e fornece um destravamento da cobertura 28 em relação ao flange de recipiente 26.
[0114] De maneira particularmente vantajosa, o mecanismo compreende meios 118 para travamento que impedem que porta de célula 22 e da cobertura 28 se desprendam quando a passagem entre o interior do recipiente e o interior da célula está aberta, isto é, quando a unidade de porta e de cobertura está em uma posição desprendida da célula e dos flanges de recipiente.
[0115] O meio 118 pode ser visto na Figura 7 e como um corte transversal na Figura 9.
[0116] Os meios de travamento 118 estão dispostos entre a superfície a montante da porta de célula e a superfície a jusante da placa 80.
[0117] Os meios de travamento 118 compreendem um dedo 120 que se projetam radialmente da placa 80 em uma zona entre duas abas da placa 80. O dedo 120 pode ser retraído axialmente no interior da placa. Um meio elástico 122, por exemplo, uma mola helicoidal no exemplo mostrado, recupera a posição do dedo para fora da placa 80 a montante. O dedo pode ser visto na Figura 2.
[0118] Os meios de travamento compreendem um suporte de rolete 124 que contém o dedo 120, que está disposto entre a porta 22 e a placa 80 e um rolete 126 que pode rolar em torno de um eixo geométrico perpendicular ao eixo geométrico longitudinal X. Os meios de travamento 118 também podem compreender uma armação 128 fixada à placa 80 que contém um eixo geométrico 130 paralelo ao eixo geométrico longitudinal X no qual é montado e pode deslizar o suporte de rolete 124. A mola 122 é montada em compressão entre o suporte de rolete 124 e a armação 128 ao redor do eixo geométrico 130.
[0119] Os meios de travamento 118 também compreendem um came 132 formado por uma rampa fixada na superfície a montante da porta de célula, sendo que o came 132 tem o formato de um arco de círculo centralizado no eixo geométrico longitudinal X. Os meios de travamento também compreendem batentes 134 localizados a partir das extremidades da rampa 132. No exemplo mostrado, os batentes 134 são formados por hastes paralelas ao eixo geométrico longitudinal e fixadas à porta de célula.
[0120] A operação dos meios de travamento 118 ocorre conforme o seguinte.
[0121] Durante a instalação no lugar do flange de recipiente 26 no anel de preensão 100, as abas da cobertura de recipiente 28 são colocadas entre as abas 82 da placa de preensão 80, dentre as quais uma entra em contato com o dedo 120 e, devido ao deslocamento axial do recipiente, empurra o dedo 120 que penetra na placa 80 contra a força de recuperação da mola 122. O rolete 126 é liberado do came 132 e de um dentre os batentes 134.
[0122] Outra colocação em rotação da engrenagem em anel 48 causa uma rotação da placa, o rolete 126 também é acionado em rotação e rola no came 132 até que o rolete 126 seja posicionado na parte inferior do came 132 (Figura 8).
[0123] O dedo, então, pivotou o suficiente para não mais estar voltado para a aba 82 da placa 80. No entanto, devido à força de recuperação da mola 122, o dedo é empurrado para trás em direção ao exterior do disco e forma um batente em rotação para a aba que é, em seguida, bloqueada entre o dedo 120 e um dentre os batentes 134.
[0124] O terceiro meio C para manter a porta da célula fechada contra o flange de célula 18 pode ser visto, por exemplo, na Figura 8 em uma posição fechada e na Figura 10 em posição aberta.
[0125] A porta 22 é travada em posição fechada no flange de célula 18 por meio de um came de travamento 84 que é fixado à superfície interior da porta de célula 22 e do rolete de travamento 86. O rolete de travamento 86 é montado móvel em rotação no flange de célula 18 em torno de um eixo geométrico paralelo à direção axial X entre uma posição travada em que o rolete de travamento 86 está em contato com o came de travamento 84 e trava a porta em uma posição fechada contra o flange de célula 18 e uma posição destravada, em que o rolete de travamento 86 é separado do came de travamento e permite um desengate da porta de célula do flange de célula 18.
[0126] O rolete de travamento 86 está contido em um retentor de rolete do qual uma extremidade axial compreende um rolete de atuação 88 que coopera com uma superfície de came radial 48.3 da roda dentada 48.
[0127] De acordo com uma variante, pode ser fornecido o retentor de rolete de travamento que compreende um pinhão que se entrelaça com uma engrenagem dentada da roda dentada.
[0128] Vantajosamente, em posição travada, o came de travamento 84 coopera com meios de segurança montados na superfície interior da porta a fim de detectar a posição travada do came 84. O terceiro meio D para abrir a porta 22 e a cobertura 28 e, como tal, para permitir a transferência vedada entre o recipiente e a célula pode ser visto nas Figuras 7 e 11.
[0129] O meio de abertura D gira a porta de célula 22 e a cobertura 28 presas entre si pela placa de preensão 80 ao redor da dobradiça 30. No exemplo mostrado, os meios D compreendem um primeiro pinhão com dentes retos 90 que se entrelaça com uma segunda engrenagem dentada 48.4 da engrenagem em anel 48, um pinhão de chanfro 92 preso em rotação com o pinhão 90. No exemplo mostrado, os mesmos são localizados nas duas extremidades do mesmo eixo geométrico. O pinhão de chanfro 92 se entrelaça com um pinhão de chanfro 94 coaxial ao eixo geométrico da dobradiça 30 e se prende em rotação com o último. Como tal, a engrenagem em anel 48, através do acionamento do pinhão 90, causa uma rotação do pinhão de chanfro 94 que aciona a porta de célula 22 em rotação ao redor da dobradiça 30 da mesma e permite a transferência entre o interior do recipiente e o interior da célula.
[0130] As vedações são fornecidas entre a cobertura e o flange de recipiente, entre a porta de célula e o flange de célula e entre as faces exteriores da porta de célula e da cobertura, de maneira que forneça um contato vedado entre a porta 22 e a cobertura 28 e forneça um confinamento dessas superfícies que estão em contato com o ambiente exterior quando as mesmas não estão em contato.
[0131] A engrenagem em anel 48 é compreendida de diversos setores angulares de atuação, sendo que cada um controla meios separados. De acordo com o ângulo de rotação da coroa, um pinhão é engatado pela engrenagem em anel que aciona os meios determinados. Os meios não são atuados simultaneamente, porém, sucessivamente e em uma ordem fornecida pela disposição dos dentes angulares em uma determinada direção de rotação. No exemplo mostrado, as engrenagens dentadas de atuação são dispostas em planos separados perpendiculares ao eixo geométrico longitudinal X, que são separados do plano que contém o acionamento dos dentes de engrenagem.
[0132] Um ciclo para se colocar em comunicação o interior espaço do recipiente e o da célula devido ao dispositivo de conexão de acordo com a invenção será agora descrito, considerando uma parede de célula vertical.
[0133] O flange de recipiente 26, onde está disposta a cobertura 28, é introduzido no anel de preensão 100, sendo que as abas 32 do flange de recipiente 26 penetram nas marcas 104. Uma dentre as abas acionam o dedo 120. Adicionalmente, duas abas 32 diametralmente opostas entram em contato com as hastes de conexão de atuação 38, fazem com que as mesmas pivotem na direção em sentido horário e causa o pivotamento das hastes de conexão de travamento 40. O dedo 42 bloqueia as hastes de conexão de travamento 40 em posição. O flange de recipiente 26 é, então, mantido contra a parede 14 da célula. O operador pode soltar o recipiente.
[0134] Em seguida, o operador vira a manivela 108 na direção em sentido horário, que coloca em rotação o anel de preensão 100 na direção em sentido anti-horário, que é livre para virar, em seguida, as hastes de conexão de travamento 40 se inclinaram, sendo que as extremidades 40.2 das mesmas são liberadas dos entalhes 102.3. O anel de preensão 100 gira, as abas 32 são, em seguida, mantidas por uma conexão baioneta devido ao anel de preensão 100. O flange de recipiente 26 é, então, preso ao flange de célula 18.
[0135] Em seguida, o operador vira novamente a manivela 108 na direção em sentido horário, que gira a engrenagem em forma de anel 48 na direção em sentido anti-horário, o setor dentado 48.2 se entrelaça com o pinhão 52, o que causa a rotação da placa de preensão 80. A placa 80, então, fornece a preensão da porta de célula 22 e da cobertura de recipiente 28. Simultaneamente, o rolete 126 rola na rampa 132 até que a posição inferior da mesma e o dedo 120 sejam empurrados de volta em direção ao exterior da placa 80 (Figura 10), uma dentre as abas da cobertura 28 é, então, bloqueada entre um batente 134 e o dedo 120. Nenhuma rotação da cobertura 28 em relação à porta é possível na ausência de manipulação da placa de travamento.
[0136] O operador vira novamente a manivela 108 em uma direção em sentido horário, a engrenagem dentada 48.2 se afasta do pinhão 62 e o trajeto de came radial encontra o rolete de atuação 88, que causando um pivotamento do retentor de rolete e uma separação do rolete de travamento 86 do came de travamento 84. A porta 22 é, então, liberada do flange de célula 18.
[0137] O operador vira novamente a manivela 108 na direção em sentido horário, a engrenagem dentada 48.4 se entrelaça com o pinhão, o que causa a rotação da porta 22 e da cobertura 28 ao redor da dobradiça 30.
[0138] A passagem entre o interior da célula e o interior do recipiente é, então, aberta conforme mostrada na Figura 11 (a cobertura 26 não é mostrada).
[0139] Nessa posição, a cobertura não pode ser separada da porta devido à presença do dedo 120. Conforme explicado acima, o movimento de uma aba da cobertura 28 é limitado pelo dedo 120 e por um batente 134. Portanto, a cobertura 26 não pode pivotar o suficiente em relação à porta 22 a fim de separar as mesmas. A retração do dedo 120 é possível através apenas da rotação da placa de preensão 80 na direção oposta, ainda que essa rotação na direção oposta seja possível apenas após o fechamento do acesso entre os dois espaços. Consequentemente, a separação da cobertura e da cobertura é impedida quando a passagem entre a célula e o recipiente está aberta. Como tal, não há risco de poluição do interior de um dentre os espaços pelas superfícies exteriores da célula e do recipiente.
[0140] O fechamento da passagem e a separação do recipiente da célula é realizado de acordo com as etapas acima na ordem contrária. Para isso, o operador pivota a manivela 108 em uma direção em sentido anti-horário, o que causa: - a colocação de volta no lugar da porta 22 e da cobertura 28 no flange 18, 26 respectivo das mesmas, - em seguida, o retorno à posição do rolete de travamento 86 no came de travamento 84, - a rotação na direção em sentido horário da placa 80 que trava a cobertura 28 no flange de recipiente 26 e o desprendimento da porta 22 e da cobertura 26, - simultaneamente, o dedo 120 penetra na placa 80 devido ao came 132, - em seguida, o anel de preensão 100 pivota na direção em sentido horário, liberando as abas 32 do flange de recipiente 22, - por fim, os dispositivos de encaixe por pressão 34 são desativados de maneira que liberem as hastes de conexão de travamento 40. O recipiente pode, então, ser removido do anel de preensão.
[0141] O dispositivo de conexão de acordo com a realização particular descrita permite a conexão entre um recipiente e uma célula, sem rotação do recipiente, o que simplifica as operações para o operador e permite a manipulação de objetos frágeis contidos no recipiente.
[0142] O dispositivo de conexão pode oferecer maior facilidade para limpeza uma vez que pode não compreender elemento algum no interior da célula. Todo o mecanismo está localizado no exterior da célula.
[0143] O controle exterior oferece melhor manuseio para o operador.
[0144] O dispositivo de conexão, de acordo com a realização particular descrita adicionalmente, possibilita aprimorar as taxas de fechamento/abertura por dia, o que permite um ganho em produtividade, em que todas as etapas de transferência são realizadas pela manipulação da manivela externa ou pela ativação do motor.
[0145] Ademais, o mesmo tem a manutenção e o reparo facilitados devido à sua simples estrutura, ainda mais quando seus meios para atuação estão localizados no exterior da célula. Ademais, a disposição dos meios para atuação no exterior permite uma motorização do dispositivo de maneira muito simples.
[0146] Através da disposição dos meios para atuação no exterior da célula, a última não mais está em contato com o agente de esterilização, o que reduz os riscos de danos e mau funcionamento.
[0147] Além disso, a segurança é aprimorada, uma vez que no caso de atuação pelo exterior, não é mais exigido o acesso ao interior da célula por meio de luvas montadas de maneira vedada através de uma parede da célula a fim de atuar o mecanismo, ou para manutenção.
[0148] De acordo com uma variante, pode-se considerar que o anel de preensão 100 é girado por meio da engrenagem em anel 48, a engrenagem em anel seria, então, o único membro de controle para todas as etapas.

Claims (31)

1. CONJUNTO DE CONEXÃO VEDADA que compreende um primeiro espaço fechado e um dispositivo de conexão para a conexão vedada entre o primeiro espaço fechado e um segundo espaço fechado, sendo que o primeiro espaço fechado compreende um primeiro flange (18) e uma primeira porta (22) que fecha, de maneira vedada, uma abertura delimitada pelo primeiro flange (18), e o segundo espaço fechado compreende um segundo flange (26) e uma segunda porta (28) que fecha uma abertura, de maneira vedada, uma segunda abertura delimitada pelo segundo flange (26), caracterizado pelo dispositivo de conexão ser montado em uma parede do primeiro espaço fechado e compreender: - primeiro meio (A) para prender o primeiro e segundo flanges (18, 26) entre si, - segundo meio (B) para prender a segunda porta (28) e a primeira porta (22) de maneira vedada, - meio para desprender a segunda porta (28) do segundo flange (26), - terceiro meio (C) para liberar a primeira porta (22) em relação ao primeiro flange (18), - quarto meio (D) para abrir uma passagem entre o primeiro e o segundo espaços fechados, e - meio para controlar o primeiro (A), segundo (B), terceiro (C) e quarto (D) meios que permite a conexão vedada entre os dois espaços fechados sem rotação do primeiro e/ou segundo espaços fechados, sendo que o dispositivo compreende, também, um dispositivo para manter o segundo espaço fechado em relação ao primeiro espaço fechado de maneira que a segunda porta (28) seja mantida voltada para a primeira porta (22) antes da preensão pelos primeiros meios para preensão, sendo que o dispositivo de manutenção é um dispositivo de manutenção mecânico através de encaixe por pressão (34) e que é portado pelo primeiro espaço fechado, sendo que o segundo espaço fechado compreende meios que cooperam com o dispositivo de manutenção.
2. CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo dispositivo para a manutenção compreender pelo menos dois meios para a manutenção através do encaixe por pressão (34).
3. CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelos meios dispostos no segundo espaço fechado e que cooperam com o dispositivo de manutenção serem formados por pelo menos duas porções (32) que se projetam radialmente a partir do segundo flange (26).
4. CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo dispositivo para manutenção compreender pelo menos um meio para a manutenção axial através de encaixe por pressão (34) e um meio para a manutenção axial passiva ou pelo menos dois dispositivos para a manutenção axial através de encaixe por pressão (34).
5. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelos meios portados pelo segundo espaço fechado e que cooperam com o dispositivo de manutenção serem formados por pelo menos duas porções que se projetam radialmente (32), sendo que uma porção projetante coopera com os meios para a manutenção axial através de encaixe por pressão (34) e uma porção projetante coopera com os meios para a manutenção axial passiva.
6. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 5, caracterizado pelo meio para a conexão passiva compreender uma base (36) dotada de um sulco orientado radialmente em direção a um centro do primeiro flange (18) e configurado para receber uma dentre as porções projetantes e forma um batente de separação para a porção projetante.
7. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 6, caracterizado pelos meios para a manutenção axial através de encaixe por pressão (34) compreenderem uma base, uma haste de conexão atuadora (38) montada articulada em rotação sobre a base, uma haste de conexão de travamento (40) montada articulada em rotação sobre a base e meio para bloquear (42) a haste de conexão de travamento (40) em posição travada.
8. CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pela haste de conexão atuadora compreender uma primeira extremidade (38.1) e uma segunda extremidade (38.2) e a haste de conexão de travamento compreende uma primeira extremidade (40.1) e uma segunda extremidade (40.2), sendo que a haste de conexão atuadora (38) e a haste de conexão de travamento estão em contato através da primeira extremidade (38.1, 40.1) das mesmas, e as segundas extremidades (38.2, 40.2) da haste de conexão atuadora (38) e da haste de conexão de travamento são configuradas de modo a estarem dispostas a jusante e a montante, respectivamente, de uma porção projetante do segundo flange (26) em uma direção de aproximação do segundo espaço fechado e do primeiro espaço fechado, quando o segundo espaço fechado é mantido pelo dispositivo de manutenção.
9. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 8, caracterizado por compreender meio de retorno elástico para recuperar a haste de conexão de travamento (40) em posição não mantida.
10. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 9, caracterizado por compreender meios para ativar meios de bloqueio a fim de liberar a haste de conexão de travamento (40).
11. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 10, caracterizado pelosmeios para bloqueio compreenderem um dedo (44) montado sobre a base (36) e com o qual uma extremidade coopera com a haste de conexão de travamento (40) de maneira que forme um batente para a haste de conexão de travamento (40) quando o segundo espaço fechado está no lugar no dispositivo de manutenção.
12. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 6, caracterizado pelos meios para a manutenção axial através de um encaixe por pressão (34') compreenderem uma base, um came de travamento (40') montado articulado em rotação sobre a base e os meios para bloqueio (42') o came de travamento (40) em posição travada.
13. CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo came de travamento (40’) compreender uma superfície de came (40.1’) e uma área de travamento, localizada a jusante e a montante, respectivamente, de uma porção projetante do segundo flange (26) em uma direção de aproximação do segundo espaço fechado e o primeiro espaço fechado, quando o segundo espaço fechado é mantido pelo dispositivo de manutenção.
14. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 13, caracterizado por compreender meio de retorno elástico para recuperar o came de travamento (40’) em posição não mantida.
15. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 14, caracterizado por compreender meios para ativar meios de bloqueio a fim de liberar o came de travamento (40).
16. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 15, caracterizado pelos meios para bloqueio compreenderem um dedo (44") montado sobre a base (36) e do qual uma extremidade coopera com o came de travamento (40') de maneira que forme um batente para o came de travamento (40') quando o segundo espaço fechado está no lugar na no dispositivo de manutenção.
17. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 16, caracterizado pelasegunda porta (28) estar presa ao segundo flange (26) por uma conexão baioneta, e em que os meios de controle compreendem: - um anel de controle (48) que pode ser colocado em rotação em torno de um eixo geométrico longitudinal (X), sendo que a rotação do anel de controle (48) atua pelo menos o segundo (B), terceiro (C) e quarto (D) meios, - um primeiro dispositivo de atuação do anel de controle (48), e - um segundo dispositivo de atuação dos primeiros meios para preensão.
18. CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo primeiro dispositivo de atuação e o segundo dispositivo de atuação estarem dispostos no exterior do primeiro espaço fechado.
19. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 18, caracterizado pelo anel de controle (48) estar disposto no exterior do espaço e circunda o primeiro flange (18).
20. CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelo segundo (B), terceiro (C) e quarto (D) meios estarem dispostos na periferia do primeiro flange (18) ao redor do anel de controle (48).
21. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 20, caracterizado pelo primeiro meio (A) compreender um anel de preensão (100) montado móvel em rotação em relação ao primeiro flange (18) em torno do eixo geométrico longitudinal (X) e compreende meios para uma conexão baioneta (29) a fim de imobilizar o segundo flange (26) em relação ao primeiro flange (18).
22. CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo dispositivo de manutenção estar disposto em relação ao anel de preensão (100), de maneira que impeça a rotação do anel de preensão (100) quando o segundo flange não é mantido pelo dispositivo de manutenção.
23. CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por pelo menos um meio de manutenção estar disposto a jusante do anel de preensão (100) na direção onde se instala o segundo flange no anel de preensão (100), e o anel de preensão (100) compreende pelo menos uma marca (102), sendo que a segunda extremidade da haste de conexão de travamento (40) penetra na marca (102)quando o segundo flange não é mantido pelo dispositivo de manutenção e forma um batente que impede que o anel de preensão (100) gire.
24. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 23, caracterizado pelo segundo meio (B) compreender uma placa de preensão (80) montada móvel em rotação sobre uma superfície exterior da primeira porta (22) em torno do eixo geométrico longitudinal (X) e pode ser presa a uma superfície exterior da segunda porta (28) através de uma conexão baioneta (29).
25. CONJUNTO, de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por uma primeira porção do deslocamento em rotação da placa de preensão (80) prender a primeira porta (22) e a segunda porta (18) e uma segunda porção do deslocamento em rotação da placa de travamento (80) destrava a segunda porta (28) em relação ao segundo flange (26).
26. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 25, caracterizado por compreender meio para travar (118) a primeira porta (22) e a segunda porta (28) entre si quando as mesmas são separadas do primeiro (18) e segundo (26) flanges.
27. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 26, caracterizado pela primeira porta (18) ser articulada em relação ao primeiro flange em torno de uma dobradiça (30) com o eixo geométrico (Y) ortogonal ao eixo geométrico longitudinal (X) e em que os quatro meios (D) compreendem pelo menos um pinhão (114) que se entrelaça com uma engrenagem dentada de atuação (48.4) do anel de controle (48), sendo que o pinhão (114) está acoplado à dobradiça (30), o deslocamento em rotação do anel de controle (48) causando uma rotação da primeira porta (18) ao redor da dobradiça (30).
28. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 27, caracterizado pela atuação do segundo (B), terceiro (C) e quarto (D) meios visando uma conexão vedada entre os dois espaços fechados ser obtida por uma rotação unidirecional do anel de controle (48).
29. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 28, caracterizado pelo anel de controle (48) compreender um acionamento dentado de engrenagem (48.1) que coopera com um pinhão (114) dos segundos meios para atuação (108).
30. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 20, caracterizado pelo primeiro dispositivo de atuação também formar o segundo dispositivo de atuação.
31. CONJUNTO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 20, caracterizado pelo primeiro e/ou segundo meios de atuação serem motorizados.
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