BR112016002276B1

BR112016002276B1 - grupo de ancoragem para um aparelho imobilizador externo

Info

Publication number: BR112016002276B1
Application number: BR112016002276A
Authority: BR
Inventors: Ottoboni Andrea; Venturini Daniele; Zandona Enrico; Coati Michele
Original assignee: Orthofix Srl
Priority date: 2013-07-31
Filing date: 2014-07-10
Publication date: 2020-01-28
Also published as: WO2015014441A1; AU2014298953B2; JP6403772B2; EP3027129A1; EP3027130A1; JP2016527967A; CN105407821A; JP2016527966A; ES2683150T3; CA2918542A1; WO2015014440A1; ES2675368T3; US20160157891A1; BR112016002277B8; US20160157892A1; IL243800A0; WO2015014441A8; BR112016002276B8; IL243800B; CN105473084B

Abstract

um grupo de ancoragem (20) para um fixador externo (1), compreendendo: um corpo de conexão (11) projetado para ser acoplado a uma barra (2) de um fixador externo (1), o referido o corpo de conexão (11) sendo atravessado por um plano médio (m); um primeiro dispositivo de bloqueio (10) para bloquear primeiros pinos unicorticais e ligados ao corpo de conexão (11), o referido primeiro dispositivo de bloqueio (10) compreendendo pelo menos um assento; e um segundo dispositivo de bloqueio (10) bloqueando os segundos pinos unicorticais e também ligado ao corpo de conexão (11), o referido segundo dispositivo de bloqueio (10) compreendendo pelo menos um assento auxiliar, o qual não está alinhado com o pelo menos um assento do primeiro dispositivo (10) de bloqueio, os ditos primeiro e segundo dispositivos de bloqueio (10) se estendem a partir de lados diferentes do referido plano médio (m), em que o corpo de conexão (11) tem, pelo menos, dois assentos de fixação (110a, 110b) para cada primeiro e o segundo dispositivos de bloqueio (10), de modo a permitir pelo menos duas configurações de montagem alternativas de cada um dos lados em relação ao plano médio (m) do corpo de conexão (11).

Description

Campo da Invenção [0001] A presente invenção é aplicável no campo de cirurgia ortopédica e se refere em particular a um grupo de ancoragem para um fixador externo, mais especificamente adequado para fixação de pinos unicorticais.

[0002] A invenção também se refere a um fixador externo compreendendo o referido grupo de ancoragem. Antecedentes da Invenção [0003] Os fixadores externos são amplamente utilizados para o tratamento de fraturas ósseas ou para unir em conjunto dois ou mais fragmentos ósseos. Os fixadores conhecidos compreendem parafusos ósseos que são inseridos nos ossos e utilização de dispositivos externos, tais como grampos de fixação, barras de fixação, anéis, etc., que permitem a criação de uma estrutura rígida capaz de manter juntos os fragmentos ósseos na posição desejada até que esteja completamente curado.

[0004] Estes fixadores externos têm a vantagem de garantir a estabilidade e resistência devido, entre outras coisas, à utilização de parafusos ósseos que penetram nos ossos, a uma profundidade suficiente; em particular, estes

2/20 parafusos passam através do osso cortical em dois pontos de modo a proporcionar um aperto resistente à flexão.

[0005] No entanto, o uso de parafusos de bi corticais pode ser excessivamente invasivo para doentes em estado crítico, por exemplo, que têm fraturas múltiplas, juntamente com, em alguns casos, feridas e/ ou contusões extensas. Em particular o tempo dedicado à verificação da ponta que emerge a partir do segundo córtex pode ser crítico.

[0006] Além disso, com referência particular para a redução de fraturas em ossos longos, os parafusos bi corticais acima mencionados passam através da cavidade medular, o que torna impossível inserir simultaneamente um prego intramedular, que é particularmente adequado para o tratamento de certos tipos de trauma.

[0007] Além disso, o implante cirúrgico de um fixador definitivo do tipo acima mencionado requer tempo e instalações adequadas e nem sempre é compatível com as circunstâncias imprevistas em que é necessária uma intervenção rápida; por exemplo, é relativamente difícil realizar o implante de um tal fixador externo no contexto de hospitalar ou em qualquer caso em condições ambientais em que a esterilidade não é garantida e quando a fratura deve ser tratada como uma questão de emergência.

3/20 [0008] A fim de satisfazer estas necessidades específicas, fixadores externos da natureza provisória têm sido desenvolvidos, que, além de ter uma estrutura que é geralmente fina e mais leve, usa parafusos unicorticais ou pinos unicorticais para a fixação ao osso, ou seja, que foram concebidos para serem aparafusados superficialmente de modo a que se encontram ligados a apenas uma única cortical óssea.

[0009] O pino unicortical representa, sem dúvida, um sistema de fixação menos invasivo do que parafusos ósseos convencionais; além disso, devido à sua penetração limitada, o pino não atinge a cavidade medular do osso, evitando, assim, o risco de infecções indesejadas.

[0010] Por outro lado, no entanto, devido à sua estabilidade limitada - principalmente devido ao fato de que ele passa através de apenas uma cortical, o que significa que a resistência à flexão é limitada - este tipo de parafuso não é amplamente usado em aplicações de fixação externa.

[0011] É, pelo contrário, desejável ser capaz de usar um fixador externo, que tem as vantagens de estabilidade e resistência típicas de sistemas de fixação provisórios, e combiná-las com as vantagens da facilidade de aplicação, leveza e capacidade de invasão limitada que são por sua vez típicos dos sistemas que usam pinos unicorticais.

4/20 [0012] O problema técnico que forma a base da presente invenção é, portanto, conceber um grupo de ancoragem a ser associado com fixadores externos, o qual é capaz de criar uma estrutura suficientemente rígida para que possa suportar as cargas externas que agem sobre ele, de modo a permitir a formação de fixadores externos que são extremamente flexíveis, mas que, ao mesmo tempo têm o grau de rigidez estrutural que distingue tipicamente os sistemas de fixação externa.

[0013] O dispositivo deve ter um desempenho ideal, sob tração e compressão, da ponta no córtex do osso e deve eliminar, tanto quanto possível, as tensões de flexão que atuam na haste do parafuso único.

Sumario da invenção [0014] O problema técnico acima mencionado é resolvido por um grupo de ancoragem para um fixador externo de acordo com a reivindicação 1.

[0015] O problema técnico também é resolvido por um fixador externo que compreende o grupo de ancoragem, de acordo com o que está estabelecido na reivindicação 14.

[0016] Devido às suas características formam a grupo de ancoragem descrito acima pode ser vantajosamente utilizado em fixadores externos que assegura a estabilidade excepcional, apesar do uso de pinos unicorticais únicos. De

5/20 fato, o grupo de ancoragem faz com que seja possível obter uma estrutura reticular fechada que fornece uma estabilidade à flexão e à torção desejada.

[0017] Outras características e vantagens tornam-se mais claras a partir da descrição detalhada fornecida abaixo de uma preferida, mas não exclusiva, concretização da presente invenção, com referência às figuras em anexo fornecidas a título de exemplo não limitativo.

Breve Descrição dos Desenhos [0018] As figuras 1 a 4 mostram diferentes vistas em perspectiva de um fixador externo, de acordo com a presente invenção está relacionada com o osso longo de um paciente, em que os dispositivos de bloqueio dos grupos de ancoragem distal e proximal são montados em diferentes configurações;

[0019] A figura 5 mostra uma vista frontal de um grupo de ancoragem de acordo com a presente invenção associado com o osso de um paciente;

[0020] A figura 6 mostra uma vista em perspectiva do grupo de ancoragem da figura 5;

[0021] As figuras 7 e 8 mostram duas vistas em perspectiva do grupo de ancoragem de acordo com a presente invenção, em que a montagem dos dispositivos de bloqueio em duas configurações diferentes é mostrada;

6/20 [0022] A figura 9 mostra uma vista em perspectiva de um corpo de conexão do grupo de ancoragem de acordo com a presente invenção;

[0023] A figura 10 mostra uma vista frontal do corpo de conexão da figura 9;

[0024] A figura 11 mostra uma outra vista em perspectiva do corpo de conexão da figura 9;

[0025] A figura 12 mostra uma vista em perspectiva do grampo de bloqueio do grupo de ancoragem de acordo com a presente invenção;

[0026] A figura 13 mostra uma vista em perspectiva do corpo principal de um dispositivo de bloqueio de acordo com a presente invenção;

[0027] A figura 14 mostra uma outra vista em perspectiva do corpo principal da figura 13;

[0028] A figura 15 mostra uma vista em perspectiva do corpo de pressão do dispositivo de travamento da figura 13;

[0029] A figura 16 mostra uma vista em perspectiva do meio de bloqueio do dispositivo de bloqueio;

[0030] A figura 17 mostra uma vista em perspectiva de uma parte de formação de esfera deformável do meio de bloqueio mostrado na figura 16;

7/20 [0031] A figura 18 mostra uma vista em perspectiva de um grampo de barra/ pino que pode ser associado com a barra de ligação do fixador externo de acordo com a presente invenção.

Descrição Detalhada [0032] Com referência às figuras anexas, e em particular às figuras 1 a 4, o número de referência 1 indica em geral um fixador externo de acordo com a presente invenção, concebido em especial para ser unido a um osso longo de um paciente, utilizando apenas os pinos ou parafusos unicorticais 100.

[0033] O fixador externo compreende, em particular, uma barra 2, conhecida per se, que é fixada ao osso por meio de dois grupos de ancoragem 20, respectivamente dispostos em uma posição distal e posição proximal.

[0034] Cada um dos grupos de ancoragem 20 compreende dois dispositivos de bloqueio 10, cada um dos quais se destina a travar em posição dois pinos unicorticais 100, que são implantados no osso do paciente. Os dois dispositivos de bloqueio 10 prolongam-se lateralmente, em forma de asas, a partir de um corpo de conexão central 11 do grupo de ancoragem, que também suporta um grampo de bloqueio 3 concebido para segurar a barra do fixador externo 1.

8/20 [0035] Numa concretização preferida, mostrada nos desenhos atuais, os dispositivos de bloqueio 10 são feitos como elementos modulares que podem ser montados separadamente sobre o corpo de conexão 11; no entanto, é possível conceber concretizações alternativas em que todo o grupo de ancoragem 20 é formado como uma peça única, mantendo a forma particularmente vantajosa e as características funcionais descritas abaixo.

[0036] O dispositivo de bloqueio 10 único tem um corpo principal em forma substancialmente L, isto é, um braço de bloqueio do pino 101 e uma base de ligação 102, que em conjunto formam um cotovelo. O ângulo a entre a direção de extensão do braço de X e a direção de extensão da base Y, mostrado na figura 13, é de preferência um ângulo que é substancialmente maior do que um ângulo reto, ou seja, entre 120 ° e 150 °. Pode-se notar que o braço de bloqueio de pino 101 e a base 102 de ligação se estendem ao longo de um mesmo plano de orientação Pi do dispositivo de bloqueio 10.

[0037] O braço de bloqueio de pino 101 tem nas suas duas extremidades opostas, dois assentos 101a, 101b, que são concebidos para bloquear um número correspondente de pinos unicorticais 100. Esta ação de bloqueio é executada por meios de bloqueio 103 descrito abaixo.

9/20 [0038] Os meios de bloqueio 103 compreendem, em particular, duas esferas deformáveis 103a, 103b, uma das quais é mostrada separadamente na figura 17, que são fornecidas com um canal de inserção diametral 1031 que define o assento real 101a, 101b para os pinos unicorticais 100. As esferas deformáveis têm uma pluralidade de incisões que atravessam a esfera de forma plana que passa através do canal de inserção 1031; as incisões conduzem alternadamente a uma ou a outra das duas aberturas opostas do canal de inserção 1031. Por causa das incisões a esfera fica deformada, quando é comprimida ao longo do eixo do canal de inserção, para que o canal de inserção 1031 seja constringido localmente, por qual o pino unicortical 100 alojado nele será bloqueado.

[0039] As esferas deformáveis acima referidas 103a, 103b estão alojadas entre uma impressão alongada 101c, formada ao longo da superfície superior do braço de bloqueio do pino 101, e uma placa de pressão 103c conformada para contrariar a impressão oposta 101c. Em particular, tanto a placa de pressão 103c e a impressão 101c tem furos de passagem lisos 1011 em suas extremidades; as duas esferas deformáveis 103 estão bloqueadas entre dois furos de passagem lisos 1011 situados em frente um ao outro. O canal de inserção 1031 das esferas 103 é acessível através de furos

10/20 de passagem lisos 1011, de modo a permitir a introdução do pino unicortical 100.

[0040] A placa de pressão 103c está ligada à impressão via meios de aperto 103d que, em particular, têm a forma de um parafuso. A haste do parafuso é inserida num furo de passagem central 1010a da placa de pressão e, em seguida, para um furo central oposto 1010b formado na parte inferior da impressão 101c, na parte externa da qual se engata com uma porca. O meio de configuração resiliente 103e também é disposto entre a placa de pressão 103c e a impressão 101c, os quais são formados, em particular, por duas molas helicoidais que são compactados entre os dois elementos e retidos dentro depressões 1012 opostamente dispostas da impressão 101c e a placa de pressão 103c.

[0041] As molas, dispostas numa posição intermediária entre as esferas deformáveis 103 e o parafuso, opõem-se à ação de aperto deste último, permitindo assim que as esferas deformáveis 103 sejam deformadas e os pinos

unicorticais	100	sejam bloqueados dentro	delas.
[0042]	Ao	conduzir o parafuso	103d, a	placa	de
pressão 103c	comprime simultaneamente	ambas as esferas
deformáveis	103a	, 103b bloqueando em	posição	os pinos
unicorticais	100	inseridos nos respectivos	canais	de

inserção 1031.

11/20 [0043] Deve-se notar que, quando a placa de pressão não é apertada, as esferas deformáveis 103 podem rodar dentro do seu assento, de tal modo que o cirurgião pode modificar conforme necessário a orientação dos pinos unicorticais 100 inseridos. O aperto da cabeça do parafuso 103d elimina esse grau de liberdade de rotação.

[0044] As esferas deformáveis 103 tem, em uma das aberturas do canal de inserção 1031, uma borda cilíndrica elevada 1032 que, uma vez inserida no interior do furo de passagem liso 1011, limita o movimento de rotação do elemento, ao mesmo tempo permitindo sempre o acesso ao canal de inserção 1031.

[0045] Numa concretização preferida, as esferas deformáveis 103 permitem que a direção dos pinos unicorticais 100 seja variada em relação ao eixo perpendicular ao plano de orientação P1 de cerca de 20°.

[0046] A base de ligação 102 tem na sua extremidade livre um ponto de fixação 102a adequado para conexão com o corpo de conexão 11.

[0047] Além disso, o corpo de conexão 11 tem, em ambos os lados, dois assentos de aperto alternativos 110a, 110b para a ligação do ponto de fixação 102a.

[0048] O ponto de fixação 102a do dispositivo de bloqueio 10 apresenta uma porção alargada através do qual um

12/20 furo de fixação 102c passa e, no lado oposto da porção alargada, uma projeção 102b que se projeta; por outro lado, os assentos de fixação 110a, 110b apresentam uma depressão ou rebaixo 110c em forma de encaixe para coincidir com a projeção 102b, e um furo de fixação 110d formado no fundo do rebaixo 110c.

[0049] Quando a projeção 102b está corretamente inserida no rebaixo 110C de um dos assentos de fixação 110a, 110b, os dois furos de fixação 102c, l10d estão alinhados de modo que um elemento de ligação com rosca 104 que corrige o dispositivo de bloqueio 10 ao corpo de conexão 11 pode passar por eles.

[0050] O corpo de conexão 11 tem uma estrutura que é substancialmente simétrica em relação ao seu plano mediano M. O referido corpo de conexão 11 tem uma porção de cúspide 111 na parte frontal com superfícies inclinadas opostas que são simétricas em relação ao referido plano mediano M, e na parte de trás uma porção de dobradiça 112, que será descrita abaixo.

[0051] Ambas as superfícies inclinadas da parte de cúspide 111 tem uma seção superior com uma inclinação maior que a horizontal e uma seção inferior, com uma inclinação menor. O primeiro assento de fixação 110a é formado sobre a primeira seção e o segundo assento de fixação 110b é formado

13/20 sobre a segunda seção. Assim, dependendo se o dispositivo de bloqueio 10 está ligado ao primeiro assento de fixação 110a ou ao segundo assento de fixação 110b, podem ser obtidas duas inclinações diferentes do plano de orientação P1 com relação ao plano mediano M. Por conseguinte, também a inclinação do plano de orientação P2 preferencial dos pinos unicorticais 100 é modificada, ou seja, o plano em que os pinos decaem, tomando a devida consideração aos ajustes realizados por meio das esferas deformáveis 103a, 103b.

[0052] A inclinação conferida aos assentos de fixação 110a, 110b na presente invenção é tal que, associando tanto dispositivos de bloqueio 10 com o respectivo primeiro assento 110a, um ângulo entre os dois planos de orientação P1 é criado que é menor do que um ângulo reto; por outro lado, associando os dispositivos de bloqueio 10 com o segundo assento 110b, um ângulo entre os dois planos de orientação P1 é obtido que é maior do que um ângulo reto. A primeira configuração é particularmente adequada para os ossos de tamanho pequeno (por exemplo ideal para a montagem da tíbia), enquanto que a segunda configuração é adequada para os membros de tamanho grande (por exemplo, apropriado para a montagem do fêmur).

[0053] A porção da dobradiça 112 do corpo de conexão 11 permite que a articulação, em torno de um eixo de rotação

14/20 n perpendicular ao plano mediano M, de um grampo de bloqueio 3 .

[0054] A porção de dobradiça 112 define em particular um assento cilíndrico 1120 destinado a definir interiormente uma dobradiça de articulação 33 do grampo de bloqueio 3. Um elemento roscado, com uma haste que define o pino 33a da dobradiça 33 e uma cabeça que atua como uma tampa para o assento cilíndrico 1120, é, de fato, aparafusado lateralmente no assento cilíndrico 1120. Uma haste 30 do grampo de bloqueio 3, que compreende uma extremidade de ilhó 30a que abraça o pino 33a mencionado acima, também é inserido, através de uma ranhura superior 1121, no interior do assento cilíndrico 1120.

[0055] Do lado de fora do assento cilíndrico, a haste 30 passa através de, em sucessão, um elemento intermediário 34, móvel de modo deslizante ao longo de uma superfície cilíndrica exterior da porção de dobradiça 112, e duas garras 32 concebidas para segurar de uma maneira conhecida a barra 2 do fixador externo. Um acoplamento estriado IM é formado entre a garra inferior 32 e o elemento intermediário 34 que assegura a restrição de rotação quando as duas partes são fixadas uma contra a outra. A extremidade livre da haste 30 é roscada e uma porca de bloqueio 31 é rosqueada sobre ele.

15/20 [0056] Quando o grupo acima mencionado não é apertado, ajustes, tanto em torno do eixo de rotação r da dobradiça e em todo do eixo r2 da haste 30 são possíveis. O aperto da porca de bloqueio 31 faz com que todo o grupo seja pressionado junto e executa a função tripla de bloqueio da barra 2 entre as garras da peça de aperto 3 e bloqueando os dois eixos de rotação acima referidos. Em particular, o eixo de rotação r1 é bloqueado pelo atrito entre o elemento intermediário 34 e a superfície cilíndrica exterior da porção de dobradiça 112, e o eixo de rotação r2 é bloqueado pela ação de bloqueio do acoplamento estriado IM.

[0057] Tendo descrito individualmente os elementos individuais que compõem os grupos de ancoragem 20 do fixador externo 1, são descritas as diferentes possibilidades de montá-los, a fim de obter diferentes configurações do referido fixador.

[0058] Em primeiro lugar, salienta-se que os dispositivos de bloqueio 10 de acordo com a presente invenção podem ser construídos em duas configurações que são uma imagem espelhada uma da outra, a saber uma configuração orientada para a direita da base de ligação 102 e uma configuração orientada para a esquerda da base de ligação

102.

16/20 [0059] O fixador externo 1, que por natureza é modular, compreende tanto os dispositivos de bloqueio 10 do lado direito quanto do lado esquerdo que podem ser utilizados alternativamente pelo cirurgião em campo, dependendo dos requisitos operacionais reais.

[0060] Assim, dependendo dos dispositivos de bloqueio escolhidos, cada grupo de ancoragem 20 pode ser montado em três diferentes configurações: a configuração U, em que os dois dispositivos de bloqueio 10 estão ambos orientados na mesma direção, longe do grampo de bloqueio 3 do grupo de ancoragem 20; uma configuração M, em que os dois dispositivos de bloqueio 10 estão ambos orientados na direção do grampo de bloqueio 3 do grupo de ancoragem 20; e uma configuração S, em que os dispositivos de bloqueio 10 estão orientados em direções opostas.

[0061] Com referência às figuras em anexo: a figura 1 mostra um fixador externo 1, em que ambos os grupos de ancoragem 20 tem uma configuração U; na figura 2, ambos os grupos de ancoragem 20 tem uma configuração S; nas figuras 3 e 4, o grupo de montagem proximal 20 tem uma configuração U e o grupo distal tem uma configuração M, isto é, numa posição em que os braços de bloqueio de pino 101 apontam numa direção distal e direção proximal, respectivamente.

17/20 [0062] As várias configurações descritas acima podem ser utilizadas, alternativamente, pelo cirurgião, dependendo dos requisitos específicos de funcionamento e a morfologia do osso fraturado. Em particular, com a configuração S dois pinos unicorticais 100 podem ser dispostos na vizinhança do local da fratura, aumentando assim a estabilidade. É um fato conhecido que o espaçamento relativo dos parafusos melhora a estabilidade de um fixador externo 1.

[0063] No caso onde é necessária uma estabilidade adicional, mais pinos unicorticais 100 podem ser adicionados, sendo fixados diretamente à barra 2 por meio de uma ou mais barras / grampos de pino 4 do tipo conhecido na técnica.

[0064] Um método, para a aplicação de um fixador externo 1 de acordo com a presente é descrito a seguir, o referido método compreendendo as seguintes etapas:

preparar o primeiro grupo de ancoragem 20, por exemplo, o grupo de ancoragem distal do tipo descrito acima, onde necessário montá-lo na configuração mais apropriada para a intervenção de acordo com os modos descritos acima;

inserir os pinos unicorticais 100 em pelo menos três dos assentos 101a, 101b (mas de preferência em todos os quatro) dos dois dispositivos de bloqueio de pino 101 do grupo de ancoragem 20;

18/20 fixar os pinos unicorticais 100 ao osso longo do paciente, girando-os através de um instrumento especial, utilizando os assentos 101a, 101b como guias de perfuração;

bloquear os referidos pinos de bloqueio unicorticais 100 no interior dos assentos 101a, 101b usando o meios de bloqueio especial 103 descrito acima.

[0065] Deve-se notar que, antes de fixar os pinos unicorticais 100 ao osso, que pode ser orientado pela rotação da esfera deformável 103a, 103b na qual eles são inseridos e, em seguida, bloqueando-os em posição pelo aperto de meio de bloqueio 103 mencionado acima.

[0066] Em particular, deve ser notado como os pinos unicorticais tem uma ponta autorroscante de modo que é suficiente para rodá-los por meio de uma leve pressão, associando a sua cabeça com um dispositivo de perfuração, a fim de criar o furo de fixação no osso do paciente, pelo qual o referido furo só pode penetrar o primeiro córtex.

[0067] As etapas descritas acima podem, então, ser repetidas de modo a fixar um segundo grupo de ancoragem 20, por exemplo, o grupo de ancoragem proximal; após o que, efetuando os ajustes ao longo dos eixos r1 e r2 dos grampos de bloqueio 3 dos dois grupos de ancoragem 20, eles são alinhados e ligados à barra 2.

19/20 [0068] Como mencionado anteriormente, a fim de melhorar a estabilidade do fixador externo, mais pinos unicorticais 100, de preferência em número de dois, podem ser utilizados, associando-os diretamente à barra 2 por meio de barra/ grampo de pino 4.

[0069] Deve-se notar que, durante a montagem dos grupos de ancoragem, devido à forma em forma de L do dispositivo de bloqueio 10, o acesso de raios-X ao local do osso envolvido na intervenção não é obstruído pela estrutura dos grupos de ancoragem, de modo que as várias partes que compõem o grupo não têm necessariamente de ser feitas de material radiotransparente.

[0070] Deve também ser notado que a forma nãoinvasiva do grupo de ancoragem 20, em particular na sua configuração U, com a abertura voltada para a extremidade do osso, permite um fácil acesso de um instrumento para a fresagem do osso longo do paciente e, subsequentemente,

inserindo uma	haste intramedular, mesmo	quando	o grupo	de
ancoragem está	posicionado no ponto em	que é	inserida	a
extremidade do	prego.
[0071]	Obviamente, uma pessoa versada na	técnica,	de

modo a satisfazer quaisquer exigências específicas que surgem, podem fazer numerosas modificações e variações nos dispositivos descritos acima, as quais são, no entanto,

20/20 contidas no escopo da proteção da invenção, tal como definido pelas reivindicações a seguir.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Grupo de ancoragem (20) para um fixador externo (1) que compreende:

um corpo de conexão (11) projetado para ser acoplado a uma barra (2) de um fixador externo (1), o referido corpo de conexão (11) sendo atravessado por um plano mediano (M); um primeiro dispositivo de bloqueio (10) para bloquear os primeiros pinos unicorticais e ligado ao corpo de conexão (11), o referido primeiro dispositivo de bloqueio (10) compreendendo pelo menos um assento; e um segundo dispositivo de bloqueio (10) bloqueia os segundo pinos unicorticais e também ligado ao corpo de conexão (11), o referido segundo dispositivo de bloqueio (10) compreendendo pelo menos um assento auxiliar, o qual não está alinhado com o, pelo menos um assento do primeiro dispositivo de bloqueio (10), o referido primeiro e segundo dispositivos de bloqueio (10) estendem-se de um lado diferente do referido plano médio (M), caracterizado pelo fato de que o corpo de conexão (11) tem pelo menos dois assentos de fixação (1 10a, 1 10b) de cada um do primeiro e segundo dispositivos de bloqueio (10), de modo a permitir pelo menos duas configurações de montagem alternativas de cada um dos lados em relação ao plano médio (M) do corpo de conexão (11).

Petição 870190103135, de 14/10/2019, pág. 9/18
2/5

2. Grupo de ancoragem (20), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a montagem de um dos dispositivos de bloqueio (10) em cada um dos assentos de fixação (110a, 110b) do mesmo lado do corpo de conexão (11) define duas inclinações diferentes do dispositivo de bloqueio (10) em relação ao plano médio (M) do corpo de conexão (11).
3. Grupo de ancoragem (20), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que os referidos assentos de fixação (1 10a, 110b) do corpo de conexão (11) compreendem um respectivo furo (l10D) destinado a ser atravessado por um elemento de conexão com rosca (104) e uma respectiva depressão (110c) destina-se a permitir o fácil acoplamento de uma projeção (102b) dos dispositivos de bloqueio (10).
4. Grupo de ancoragem (20), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o referido corpo de conexão (11) tem uma porção de cúspide (111) com inclinação oposta, as superfícies simétricas em relação ao plano mediano (M), os ditos assentos de fixação (110a, 1 10b) serem formados simetricamente nas superfícies inclinadas opostas da referida porção de cúspide (111).
5. Grupo de ancoragem (20), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que os

Petição 870190103135, de 14/10/2019, pág. 10/18

3/5 referidos dispositivos de bloqueio (10) têm duas configurações alternativas para destros e duas alternativas para canhotos que são uma imagem de espelho uma da outra, permitindo a formação de uma pluralidade de configurações alternativas do grupo de ancoragem (20).
6. Grupo de ancoragem (20), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que pelo menos um do dispositivo de bloqueio (10) é formado como uma só peça com o corpo de conexão (1 1).
7. Grupo de ancoragem (20) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que pelo menos um do dispositivo de bloqueio (10) está ligado removivelmente com pelo menos um assento de fixação (110a, 110b) do corpo de conexão (11).
8. Grupo de ancoragem (20), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que o primeiro e o segundo dispositivos de bloqueio (10) compreendem um respectivo braço de encaixe do pino (101)

fornecido com os assentos (101a, 101b), adaptados para o bloqueio dos pinos unicorticais (100) . 9. Grupo de ancoragem (20), de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que os dois

dispositivos de bloqueio (10) têm os seus respectivos braços de bloqueio do pino (101) orientados em direções opostas.

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10. Grupo de ancoragem (20), de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que os dois dispositivos de bloqueio (10) têm os seus respectivos braços de bloqueio do pino (101), ambos orientados na direção de um grampo de bloqueio (3) associado com o corpo de conexão (
11)

e projetado para ser acoplado com uma barra (2) de um fixador externo (1). 11. Grupo de ancoragem (20) , de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que os dois

dispositivos de bloqueio (10) têm os seus respectivos braços de bloqueio do pino (101) orientados tanto em oposição à posição de uma braçadeira de fixação (3) associada com o corpo de conexão (1 1) e projetados para serem acoplados com uma barra (2) de um fixador externo (1).
12. Grupo de ancoragem (20), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente um grampo de bloqueio (3) projetado para bloquear uma barra (2) de um fixador externo (1) em posição, o referido grampo de bloqueio (3) sendo acoplado por meio de uma charneira de articulação (33) para o corpo de conexão (11).
13. Grupo de ancoragem (20), de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que o referido grampo de bloqueio (3) compreende uma haste roscada (30) e

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5/5 uma porca de bloqueio (31) que permitem bloqueio de duas articulações de aperto (32) da braçadeira, a referida haste roscada (30) compreendendo uma extremidade do ilhó (30) que abraça um pino (33a) da referida charneira de articulação (33), de modo a permitir o bloqueio da charneira de articulação (33), simultaneamente com a fixação das articulações de aperto (32).
14. Aparelho imobilizador externo (1) para a fixação de ossos longos caracterizado pelo fato de que compreende um grupo de ancoragem distal e proximal de um grupo de ancoragem ligados por uma barra (2), pelo menos um do grupo de ancoragem distal e proximal do grupo de ancoragem sendo um grupo de ancoragem (20) conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 13.