BR112015024738B1

BR112015024738B1 - Conjunto de seringa

Info

Publication number: BR112015024738B1
Application number: BR112015024738-5A
Authority: BR
Inventors: Ian Anderson; Matt Ekman; Robert Glover; Rachel Koppelman
Original assignee: Consort Medical Plc
Priority date: 2013-03-26
Filing date: 2014-03-26
Publication date: 2021-11-30
Also published as: CN107469198A; CA2907753A1; NZ713181A; GB201405428D0; EP2978476A1; US11185637B2; CR20150581A; DOP2015000250A; GB201305489D0; GEP201706798B; GB2514891B; CU24242B1; ES2670979T3; BR112015024738A2; AU2014242674A1; KR20150138238A; US20220054762A1; GB2514891A; TR201807136T4; CN107469198B

Abstract

conjunto de seringa um conjunto de seringa compreendendo um cilindro para conter um ou mais medicamentos, o corpo cilíndrico tendo uma saída frontal para permitir a expulsão do dito um ou mais medicamentos a partir do dito corpo cilíndrico através da dita saída, e um primeiro batente disposto no corpo cilíndrico e móvel axialmente no seu interior e que define um primeiro volume no corpo cilíndrico axialmente para frente do primeiro batente e um segundo volume no corpo cilíndrico axialmente para trás do primeiro batente. o primeiro batente tem uma válvula bidirecional que é móvel entre uma configuração de vedação e uma configuração aberta para colocar seletivamente o primeiro volume em comunicação fluida com o segundo volume. a válvula bidirecional é móvel a partir da configuração de vedação para a configuração aberta pelo aumento da pressão do fluido em um ou outro dos primeiro e segundo volumes. o conjunto de seringa compreende adicionalmente um segundo batente colocado no corpo cilíndrico axialmente à frente do primeiro batente e axialmente móvel no seu interior, o segundo batente proporciona uma vedação estanque aos fluidos em uma extremidade posterior do segundo volume. o conjunto de seringa compreende ainda uma primeira haste do êmbolo ligada ao primeiro recipiente e que se prolonga axialmente para trás através do segundo batente, o segundo batente de modo estanque, acoplando com o primeiro êmbolo, mas permitindo deslizamento axial da primeira haste do êmbolo através dos mesmos. o primeiro êmbolo é movido axialmente de modo a mover axialmente o primeiro batente e pressurizar quer o primeiro volume e o segundo volume fazendo com que a válvula bidirecional possa se mover para a configuração aberta e ligada fluidicamente o primeiro volume e segundo volume.

Description

[001] Esta invenção se refere a um conjunto de seringa, e mais particularmente, a um conjunto de seringa de mistura equipado com uma válvula apropriada para misturar dois ou mais medicamentos antes da entrega.

ANTECEDENTES

[002] Já é conhecido que fornecer uma seringa tendo duas ou mais câmaras, contendo medicamentos diferentes que são separados no interior da seringa. Tais dispositivos podem ser utilizados para misturar os dois ou mais medicamentos pouco antes da entrega, o que pode ser necessário se os dois ou mais medicamentos são instáveis durante longos períodos de tempo quando em um estado misturado (por exemplo, no armazenamento). Seringas de mistura, muitas vezes incluem um mecanismo para colocar as duas ou mais câmaras de medicamento em comunicação fluídica uma com a outra em um momento desejado.

[003] Um exemplo de um injetor de duas câmaras é descrito no documento WO97/09839-A (STI International Limited). O injetor inclui duas câmaras que estão separadas por um elemento de parede flexível. Uma frente de uma das câmaras contém um ingrediente seco e uma parte posterior de uma das câmaras contém um ingrediente líquido. O elemento de parede flexível tem uma forma tal que, quando ele é movido axialmente para trás no interior do dispositivo, o seu movimento através do líquido na câmara posterior faz com que o elemento de parede flexível possa fletir ligeiramente. Esta flexão permite que o ingrediente líquido possa desviar ou escapar para o entorno da periferia externa do elemento de parede flexível e para dentro da câmara dianteira que contém o ingrediente seco.

[004] Em pelo menos uma modalidade, é um objeto da presente invenção proporcionar um conjunto alternativo de seringa que permite a mistura de dois ou mais ingredientes, em que, de preferência, pelo menos um dos ingredientes é de uma natureza viscosa.

[005] BREVE SUMÁRIO DA INVENÇÃO

[006] De acordo com um primeiro aspecto da presente invenção é proporcionado um conjunto de seringa que compreende:

[007] um corpo cilíndrico para conter um ou mais medicamentos, o corpo cilíndrico tendo uma saída frontal para permitir a expulsão do dito um ou mais medicamentos a partir do dito corpo cilíndrico através da dita saída;

[008] um primeiro batente disposto no corpo cilíndrico e móvel axialmente no seu interior e que define um primeiro volume no corpo cilíndrico axialmente para frente do primeiro batente e um segundo volume no corpo cilíndrico axialmente para trás do primeiro batente, o primeiro batente tendo uma válvula de dois sentidos que é movível entre uma configuração de vedação e uma configuração aberta para colocar seletivamente o primeiro volume em comunicação fluida com o segundo volume, a válvula bidirecional que é móvel a partir da configuração de vedação para a configuração aberta pelo aumento da pressão do fluido em um ou outro dos primeiro e segundo volumes;

[009] um segundo batente disposto no corpo cilíndrico axialmente à frente do primeiro batente e axialmente móvel no seu interior, o segundo batente proporciona uma vedação estanque aos fluidos em uma extremidade posterior do segundo volume; e

[010] uma primeira haste do êmbolo ligada ao primeiro recipiente e que se prolonga axialmente para trás através da segunda batente, o segundo batente de modo estanque, acoplando com o primeiro êmbolo, mas permitindo o deslizamento axial do primeiro êmbolo através dos mesmos;

[011] em que a primeira haste do êmbolo é movida axialmente de modo a se mover axialmente o primeiro batente e pressurizar quer o primeiro volume e segundo volume fazendo com que a válvula bidirecional possa se mover para a configuração aberta e ligar fluidicamente o primeiro volume e segundo volume.

[012] O conjunto de seringa do primeiro aspecto da presente invenção permite a comunicação fluídica entre a primeira e a segunda câmaras, em resposta a um aumento na pressão em qualquer uma das primeira e segunda câmaras. A válvula bidirecional é normalmente em uma configuração de vedação (fechada) quando nenhuma força ou forças de pressão insuficientes atuam sobre ele. Mediante um aumento da pressão do fluido em um ou outro do primeiro e do segundo volumes, a válvula bidirecional é móvel a partir da configuração de vedação para a configuração aberta. Na prática, isto significa que o primeiro batente pode ser movido axialmente para frente e axialmente para trás sucessivamente, por translação axial da primeira haste do êmbolo, a fim de abrir a válvula bidirecional e misturar eficazmente os medicamentos inicialmente armazenados no primeiro e segundo volumes. Esta disposição é particularmente adequada para a mistura eficiente e eficaz de dois medicamentos, onde um ou ambos dos dois medicamentos é/são particularmente viscoso(s). As disposições da arte anterior conhecida não permitem a comunicação fluídica entre dois compartimentos adjacentes, em resposta a um aumento na pressão em qualquer câmara. Como resultado, as conhecidas disposições da arte anterior não permitem os movimentos sucessivos para frente e para trás do batente para facilitar a mistura eficaz dos ingredientes contidos nas duas câmaras.

[013] Em uma modalidade preferível, o conjunto de seringa compreende ainda um grampo de trânsito amovível que está configurado para impedir o movimento axial do primeiro êmbolo.

[014] A primeira haste do êmbolo pode incluir um ou mais encaixes arredondados para os dedos para facilitar a manipulação da primeira haste do êmbolo.

[015] O conjunto de seringa pode compreender ainda uma segunda haste do êmbolo ligada ao segundo batente, em que o movimento axial da segunda haste do êmbolo faz com que o movimento axial do segundo batente. Opcionalmente, a seringa compreende ainda um conjunto de mecanismo de engate para engatar a primeira haste do êmbolo com a segunda haste de embolo em uma posição predeterminada da primeira haste do êmbolo em relação à segunda haste do êmbolo. O mecanismo de engate pode incluir elementos de engate ligados à primeira haste do êmbolo, sendo os elementos de engate disposto para engatar com a segunda haste do êmbolo quando o primeiro êmbolo está em uma posição axial pré-determinada e/ou a posição de rotação em relação à segunda haste do êmbolo. Os elementos de engate podem ser projetados radialmente para dentro a partir de uma manga ligada à primeira haste do êmbolo e em torno do segundo êmbolo. Os elementos de engate podem ser dispostos para engatar com uma extremidade posterior da segunda haste do êmbolo encostando-se à dita extremidade posterior da dita segunda haste do êmbolo.

[016] O conjunto de seringa pode compreender ainda um mecanismo de bloqueio para limitar o movimento axial do segundo êmbolo. O movimento axial da segunda haste do êmbolo só é permitido quando a segunda haste do êmbolo se encontra em uma posição de rotação predeterminada. O mecanismo de bloqueio pode compreender um colar axial e o movimento do segundo êmbolo é permitido quando a segunda haste do êmbolo se encontra em uma posição de rotação predeterminada em relação ao colar e o batente axial entre o colar e a segunda haste do êmbolo impede o movimento axial relativo em posições rotacionais diferentes da posição de rotação predeterminada.

[017] A válvula de dois sentidos pode compreender um vedante elástico que se deforma sob uma predeterminada pressão do fluido, em que o vedante elástico pode incluir uma pluralidade de abas flexíveis. O vedante elástico pode se estender ao longo de um arco em torno do primeiro batente, em que a amplitude angular do arco é inferior a 360°.

[018] O primeiro batente pode incluir a vedação elástica e inclui ainda um vedante permanente sobre uma circunferência externa do primeiro batente que está espaçado axialmente do vedante elástico, e um canal de derivação proporcionando uma passagem de fluidos a partir de entre o vedante elástico e a vedação permanente em torno da vedação permanente.

[019] A vedação estanque a fluidos proporcionada pela segunda batente pode ser uma vedação estéril e/ou uma vedação microbiológica.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[020] Concretizações da invenção são descritas adicionalmente a seguir com referência aos desenhos anexos, nos quais:

[021] As Figuras 1A a 1D são vistas em corte transversal de um conjunto de seringa de acordo com uma modalidade da presente invenção, onde a Figura 1A mostra o conjunto da seringa antes de seu uso, as Figuras 1B e 1 C mostram o conjunto da seringa durante a mistura, e a Figura 1D mostra o conjunto da seringa durante a entrega;

[022] As Figuras de 2a a 2e são vistas em corte transversal de um conjunto de seringa de acordo com uma modalidade alternativa da presente invenção, onde a Figura 2A mostra o conjunto de seringa, antes do uso, As Figuras 2B e 2C mostram o conjunto da seringa durante a mistura, a Figura 2D mostra o conjunto de seringa após a mistura e antes da entrega, e a Figura 2E mostra o conjunto de seringa durante a entrega;

[023] A Figura 3 mostra uma vista posterior do conjunto de seringa mostrado na Figura 2A;

[024] A Figura 4 mostra uma vista posterior do conjunto de seringa mostrado na Figura 2D;

[025] A Figura 5 mostra uma vista em corte transversal de um mecanismo para limitar o movimento axial da segunda haste do êmbolo de acordo com uma modalidade da presente invenção;

[026] A Figura 6 mostra uma vista em corte transversal detalhada do mecanismo da Figura 5 tomada ao longo da seção C-C da Figura 5;

[027] A Figura 7 mostra uma vista detalhada do primeiro batente dos conjuntos de seringa das Figuras 1A a 1D e as Figuras 2A a 2E;

[028] A Figura 8 mostra um exemplo de um primeiro batente alternativo para uso com um conjunto de seringa de acordo com uma modalidade da presente invenção;

[029] A Figura 9 mostra uma vista de um primeiro batente alternativo de acordo com uma modalidade da presente invenção; e

[030] A Figura 10 mostra uma vista em corte transversal detalhada do primeiro batente da Figura 9, tomada ao longo da seção D - D na figura 9.

DESCRIÇÃO DETALHADA

[031] As figuras 1A a 1D são vistas em corte transversal de um conjunto de seringa 10, de acordo com uma modalidade da presente invenção. A Figura 1A mostra o conjunto de seringa 10, antes do uso. O conjunto de seringa 10 inclui um corpo cilíndrico 12 para conter medicamentos e tem uma saída frontal 12a para permitir a expulsão do medicamento. Na modalidade mostrada nas Figuras 1A a 1D, a saída frontal 12a está provida de uma agulha 13 para penetrar um local de injeção e entregar o medicamento a partir do corpo cilíndrico 12 da mesma. O corpo cilíndrico 12 tem uma extremidade posterior aberta 12b e um flange que se estende radialmente 12c que pode facilitar o manuseamento manual do conjunto de seringa 10. O conjunto de seringa 10 geralmente se estende ao longo de uma dimensão axial que será referenciada a seguir para auxiliar a descrição do conjunto de seringa 10 e seus componentes. Em particular, em uma direção frontal axial 100a aponta para o longo do comprimento do conjunto de seringa 10 para a extremidade da frente onde medicamento irá ser expulso (isto é, em direção ao local de injeção), enquanto que uma direção posterior axial100b aponta para a direção oposta, tal como indicado na figura 1A. Todas as referências para frente e para trás se destinam a dizer axialmente para frente e axialmente para trás, respectivamente, salvo indicação em contrário.

[032] Um primeiro batente 14 está disposto no corpo cilíndrico 12 e é axialmente movível no seu interior. O primeiro batente 14 define um primeiro volume 16 no corpo cilíndrico 12, que está axialmente à frente do primeiro batente 14, e define um segundo volume 18 no corpo cilíndrico 12, que está axialmente à trás do primeiro batente 14. Os primeiro e segundo volumes 16, 18 são, cada um adequado para conter medicamentos fluidos que podem ser diferentes um do outro.

[033] Um segundo batente 20 está disposto no corpo cilíndrico 12 axialmente à frente do primeiro batente 14 e define o limite axialmente à frente do segundo volume 18 (parte da frente do corpo cilíndrico 12 que define o limite axialmente à frente do primeiro volume 16). Tal como o primeiro batente 14, o segundo batente 20 é movido axialmente no interior do corpo cilíndrico 12. O segundo batente 20 proporciona uma vedação estanque aos fluidos na parte posterior do segundo volume 18 de tal modo que nenhum líquido a partir do segundo volume 18 pode sair da extremidade posterior aberta 12b do corpo cilíndrico 12.

[034] O primeiro batente 14 tem uma primeira haste do êmbolo 22 ligada ao mesmo, que se estende axialmente para trás através do segundo batente 20. O segundo batente 20 engata de modo vedado a primeira haste do êmbolo de modo a vedar a parte posterior do segundo volume 18, mas permite deslizamento axial do primeiro êmbolo 22, através da haste do segundo batente 20. Consequentemente, a segundo batente 20 veda em torno de uma coroa circular entre a parte externa da primeira haste do êmbolo 22 e a superfície interior do corpo cilíndrico 12. A primeira haste do êmbolo 22 inclui um encaixe arredondado para os dedos 22a para facilitar a manipulação da primeira haste do êmbolo 22. O movimento axial da primeira haste do êmbolo 22 resulta em movimento axial do primeiro batente 14 no interior do corpo cilíndrico 12. Em concretizações alternativas, pode não haver encaixe arredondado para os dedos 22a fornecido, ou uma formação alternativa que facilita o manuseamento da primeira haste do êmbolo 22.

[035] Na modalidade mostrada nas Figuras 1A a 1D, o segundo batente 20 é fornecido com uma segunda haste do êmbolo 24 que se estende axialmente para trás a partir do segundo batente 20 radialmente para fora da primeira haste do êmbolo axial 22. O movimento da segunda haste do êmbolo 24 resulta em movimento axial do segundo batente 20, no interior do corpo cilíndrico 12. A primeira haste do êmbolo 22 é axialmente mais longa do que a segunda haste do êmbolo 24, de tal modo que pelo menos a extremidade posterior da haste do primeiro êmbolo (que inclui o encaixe arredondado para os dedos 22a) está sempre exposta à frente da segunda haste do êmbolo 24, independentemente das posições relativas da primeira haste do êmbolo 24 e da segunda haste do êmbolo 22.

[036] O primeiro batente 14 inclui uma porção válvula bidirecional14a que é móvel entre uma configuração de vedação e uma configuração aberta. Na configuração de vedação, o primeiro volume 16 é fluidicamente selado do segundo volume 18, ao passo que na configuração aberta, o primeiro volume 16 está ligada de modo fluídico ao segundo volume 18. A porção de válvula bidirecional14a é móvel a partir da configuração de vedação da configuração aberta por um aumento na pressão, quer axialmente para frente ou axialmente para trás do primeiro batente 14. Quando colocado no corpo cilíndrico 12, como mostrado na Figura 1A, o primeiro volume 16 está axialmente à frente do primeiro batente 16 e o segundo volume 18 está axialmente atrás do primeiro batente 14 de modo que um aumento da pressão em qualquer um dos primeiro volume 16 ou do segundo volume 18 pode causar o movimento da porção de válvula bidirecional14a a partir da configuração de vedação para a configuração aberta. Fundamentalmente, a porção de válvula bidirecional14a é móvel a partir da configuração de vedação para a configuração aberta por um aumento na pressão tanto axialmente para frente como axialmente para trás de tal forma que, se o fluido está presente no primeiro volume 16 e segundo volume18, o movimento axial do primeiro batente 14 quer na direção axialmente para frente ou axialmente para trás irá causar um aumento da pressão do fluido em um dos primeiros e segundo volumes 16, 18 (dependendo da direção de circulação), o que irá subsequentemente causar a abertura porção da válvula bidirecional 14a e ligar fluidamente os primeiro e segundo volumes 16, 18. A porção de válvula bidirecional14a irá retornar para a configuração de vedação quando as forças axialmente para frente e axialmente à frente que agem sobre ela se equalizarem (por exemplo, se o primeiro batente 14 está estacionário no corpo cilíndrico 12 durante um período de tempo).

[037] O funcionamento do conjunto de seringa 10 irá agora ser descrito com referência às Figuras 1B e 1D. Para iniciar a mistura dos medicamentos contidos nos primeiro e segundo volumes 16,18, o primeiro batente 14 é movido axialmente para frente e axialmente para trás no corpo cilíndrico 12, sucessivamente, enquanto que o segundo batente 20 permanece estacionário no interior do corpo cilíndrico 12. Para fazer isso, a primeira haste do êmbolo 22 é movida axialmente para frente e axialmente para trás em relação ao corpo cilíndrico 12 enquanto que a segunda haste do êmbolo 24 não se move em relação ao o corpo cilíndrico 12.

[038] A Figura 1B mostra o primeiro batente 14 e a primeira haste do êmbolo 22 movidos axialmente para trás em comparação com a configuração mostrada na Figura 1A. Ao ser movida da configuração mostrada na Figura 1B, o fluido no segundo volume 18 tem um aumento da pressão a um ponto em que o aumento faz com que a porção da válvula bidirecional 14a possa se mover para a configuração aberta e fluida ligando o segundo volume 18 com o primeiro volume 16. Devido à pressão mais elevada no segundo volume 18, o fluido no segundo volume 18 passa através da porção aberta da válvula bidirecional14a para o primeiro volume 16. Este fluxo de fluido permite o movimento axial à frente do primeiro batente 14, resultando na redução do segundo volume 18 e o aumento do primeiro volume 16. Uma vez que foi permitida a entrada de todo o fluido de um volume comum (por exemplo, o primeiro volume de 16), o primeiro batente 14 pode ser movido axialmente para frente mais uma vez, pela translação da primeira haste do êmbolo 22 incentivando a mistura dos fluidos previamente separados, como mostrado na Figura 1C. Com efeito, o primeiro batente 14 pode ser movido axialmente para frente e, sucessivamente, axialmente para trás no interior do corpo cilíndrico 12 para incentivar a mistura completa dos dois fluidos. Tal mistura homogênea pode ser necessária quando um ou ambos fluidos é/são particularmente viscoso ou imiscível. Na ausência desta agitação, os dois fluidos podem permanecer não misturados apesar de não permanecerem no mesmo volume 16,18. No entanto, em certas concretizações, um único movimento à frente do primeiro batente 14 pode ser suficiente para misturar adequadamente de tal forma que sucessivos e subsequentes movimentos para frente e para trás não sejam necessários. Deve ser notado que para certos fármacos, a agitação do fármaco causada por sucessivos movimentos para frente e para trás podem ser prejudiciais e assim devem preferencialmente, ser limitados.

[039] Uma vez que os dois fluidos tenham sido completamente misturados, o primeiro batente 14 é movido axialmente para trás (puxando a primeira haste do êmbolo 22 axialmente para trás) para se encontrar com o segundo batente 20, reduzindo assim o segundo volume 18 para, substancialmente, zero, de modo que substancialmente todo o líquido misturado permanece no (agora maior) primeiro volume 16. Para distribuir o fluido misturado do primeiro volume, o segundo batente 20 é movido axialmente para frente (ao mover a segunda haste do êmbolo 24 axialmente para frente). Esta ação faz com que ambos o primeiro batente 14 e o segundo batente 20 sejam movidos axialmente para frente no interior do corpo cilíndrico 12 e pressurizem o fluido fazendo com que o fluido misturado possa sair do corpo cilíndrico 12 através da saída frontal 12a e pela agulha 13.

[040] Um conjunto de seringa alternativa 10’, de acordo com uma modalidade da presente invenção é mostrado nas Figuras 2A a 2E. O conjunto de seringa 10’ das Figuras de 2a a 2e partilha muitas características comuns com o conjunto de seringa acima descritos em relação às Figuras 1A a 1D. As características novas ou modificadas nas Figuras 2A a 2E são denotadas por um em umeral novo ou com marcação de referência (‘). O conjunto de seringa 10’ das Figuras 2A a 2E opera para misturar dois fluidos nos primeiro e segundo volumes 16, 18, assim como faz o conjunto de seringa das Figuras 1A a 1D.

[041] O conjunto de seringa 10’ mostrado nas Figuras 2A a 2E tem um flange que se prolonga radialmente 12c’ que é maior do que a do conjunto de seringa 10 das Figuras 1A a 1D. Qualquer modalidade 10, 10’ pode incluir um flange de qualquer tamanho que se prolonga radialmente, no entanto. Um flange maior que se estende radialmente 12c pode facilitar mais a fácil manipulação do conjunto de seringa 10, 10’.

[042] O conjunto de seringa 10’ inclui um grampo de trânsito removível 15 (que pode estar presente em qualquer modalidade de acordo com a presente invenção, incluindo a modalidade 10 acima descrita) que, quando montado sobre o conjunto de seringa 10’ impede o movimento axial da primeira haste do êmbolo 22 de modo a evitar a mistura acidental entre o primeiro e segundo volumes 16, 18, por exemplo, quando o conjunto de seringa está sendo transportado e manuseado antes do uso. O grampo de trânsito 15 pode ser qualquer mecanismo de encosto ou de aperto removível que impeça o movimento axial da primeira haste do êmbolo 22, em relação ao cilindro 12. O grampo de trânsito 15 pode adicionalmente impedir o movimento axial da segunda haste do êmbolo 24, pelo encosto ou aperto. Em concretizações alternativas, uma parte de uma embalagem externa ou outro componente pode se encostar interferir ou aderir a primeira haste do êmbolo 22 e/ou a segunda haste do êmbolo 24 de modo a evitar o respectivo movimento axial do mesmo antes do uso. Quando se pretende usar o conjunto 10’ para administrar o medicamento, a embalagem externa (ou outro componente) pode ser removida de modo a permitir o movimento axial da primeira haste do êmbolo 22 e/ou a segunda haste do êmbolo 24.

[043] A primeira haste do êmbolo 22 inclui um (duplo) encaixe arredondado para os dedos 22a’para facilitar a manipulação da primeira haste do êmbolo 22. Na modalidade mostrada nas Figuras 2A a 2E, a primeira haste do êmbolo 22 pode rodar em torno de um eixo longitudinal do conjunto de seringa 10’ (isto é, um eixo central do conjunto de seringa 10’ que é paralelo às direções axiais 100a, 100b) relativamente à segunda haste do êmbolo 24 e ao cilindro 12. A Figura 3 mostra uma vista posterior da linha A-A na Figura 2A em que o conjunto de seringa 10’ se encontra em uma primeira configuração. Como mostrado na Figura 3, o encaixe arredondado para os dedos 22a’ está orientado perpendicularmente ao flange 12c’ do corpo cilíndrico 12.

[044] A fim de iniciar a mistura no conjunto de seringa 10’, o grampo de trânsito 15 tem de ser primeiramente removido (na modalidade específica apresentada na Figura 2A). Uma vez removido, a primeira haste do êmbolo 22 pode ser movida axialmente para frente e para trás para misturar os fluidos nos primeiro e segundo volumes 16,18 (através da porção aberta da válvula bidirecional 14a). A Figura 2B mostra o conjunto de seringa 10’ durante a fase de mistura com o primeiro batente 14 em uma extremidade dianteira do corpo cilíndrico. Na Figura 2B, pode ser observado que a primeira haste do êmbolo 22 inclui um mecanismo de acoplamento que compreende uma manga 23 que se prolonga axialmente para frente a partir do encaixe arredondado para os dedos 22a’. A manga 23 é de um diâmetro que é maior do que o diâmetro da segunda haste do êmbolo 24 de modo a envolver a segunda haste do êmbolo 24. A manga 23 tem um conjunto de elementos de engate posterior 23a que se projetam radialmente para dentro e para se encostar em uma extremidade posterior da segunda haste do êmbolo 24 para limitar a posição mais avançada da primeira haste do êmbolo 22 em relação à segunda haste do êmbolo 24. A propósito, na modalidade mostrada na Figura 2B, o primeiro batente 14 também está na sua posição mais avançada no corpo cilíndrico 12 quando aos elementos de engate posterior 23a confinam a segunda haste do êmbolo 24. Portanto, a parte dianteira do corpo cilíndrico 12 pode limitar a posição mais avançada axialmente da primeira haste do êmbolo 22 em lugar de, ou em adição aos elementos de engate posterior 23a.

[045] Quando os fluidos no primeiro volume 16 e segundo volume 18 estiverem totalmente misturados, a primeira haste do êmbolo 22 é movida axialmente para trás para mover o primeiro batente 14 axialmente para trás até que o primeiro batente 14 encontrar com o segundo batente 20, reduzindo o segundo volume 18 para substancialmente zero e forçando todos os fluidos misturados dentro do (agora alargado) primeiro volume 16. A Figura 2C mostra o conjunto de seringa 10 com o primeiro batente 14 retirado axialmente para trás de modo que ele se encontra em contato com o segundo batente 20.

[046] Ao contrário da segunda haste do êmbolo 24 da modalidade descrita acima em relação às Figuras 1A a 1D, a segunda haste do êmbolo 24 da modalidade das Figuras 2A a 2E não tem um flange (24a). Consequentemente, a fim de mover a segunda haste do êmbolo 24 axialmente para frente para fornecer uma dose de medicamento (misturado), a primeira haste do êmbolo 22 deve engatar com a segunda haste do êmbolo 24. A fim de permitir o acoplamento necessário, o encaixe arredondado para os dedos 22a’ da primeira haste do êmbolo 22, é girado em torno do eixo longitudinal por 90° de modo a ser alinhada com o flange 12c’ do corpo cilíndrico 12. Ao fazer isso, os membros de engate da parte dianteira 23b são trazidos para alinhamento com a extremidade posterior da segunda haste do êmbolo 24 de tal modo que o movimento axial para frente da primeira haste do êmbolo 22 em relação à segunda haste do êmbolo 24 não é permitido devido ao ponto de contato entre os elementos de engate frontais 23b e à extremidade posterior da segunda haste do êmbolo 24. Antes do alinhamento acima descrito, os membros de engate da parte dianteira 23b são capazes de andar axialmente ao longo ranhuras ou canais na segunda haste do êmbolo 24. Assim, o movimento axial para frente da primeira haste do êmbolo 22 também causa o movimento axial para frente da segunda haste do êmbolo 24, e faz com que o conteúdo do primeiro volume 16 seja pressurizado, resultando na expulsão do conteúdo através da agulha 13. A Figura 2E mostra o conjunto de seringa 10’ no final da entrega, quando todo o conteúdo do corpo cilíndrico 12 foi dispensado.

[047] Embora as mangas 23 e os elementos de engate dianteiro e traseiro 23b, 23a representem uma modalidade exemplar de um meio de acoplamento adequados para engatar seletivamente a primeira haste do êmbolo 22, com a segunda haste do êmbolo 24, qualquer outro mecanismo adequado pode ser empregado dentro do escopo da presente invenção. Mecanismos usando meios de encosto ou aperto são particularmente adequados, e os mecanismos que necessitam de rotação para engatar/desengatar a primeira e a segunda haste do êmbolo 22,24 são particularmente preferíveis, dado que reduzem o risco de engate acidental e fornecem um indicador claro para o usuário se a primeira e segunda hastes de êmbolo 22, 24 estão engrenadas ou não. Com efeito, uma rotação de 90° é uma escolha preferida. Embora a modalidade acima descrita requeira uma volta de 90°, da primeira haste do êmbolo 22, para que esta possa interagir com a segunda haste do êmbolo 24, outros ângulos podem ser utilizados em concretizações alternativas de acordo com a presente invenção. Em concretizações preferidas, a primeira haste do êmbolo 22 estará em uma posição axial pré-determinada relativamente à segunda haste do êmbolo 24, antes que uma tal rotação seja permitida.

[048] A Figura 5 se refere a uma característica adicional que pode estar presente em qualquer modalidade para limitar o movimento axial indesejado da segunda haste do êmbolo 24. Nas concretizações preferidas, que faz parte do conjunto de seringa 10’ descrito acima em relação às Figuras 2A a 2E. Como mostrado na Figura 5, um colar 30 permanece à frente do flange 12c do corpo de seringa 12 e circunda uma segunda haste do êmbolo modificada 24’e uma primeira haste do êmbolo modificada 22’. A Figura 6 mostra uma vista em corte através da seção C-C da Figura 5 na qual pode ser visto que o colar 30 é geralmente circular e tem uma primeira borda interna 30b e segunda borda interna 30a que em conjunto, definem uma abertura central. Cada uma das primeira e segunda bordas internas 30b, tem um perfil circular onde a circunferência imaginária do perfil da segunda borda interna 30a é maior em diâmetro do que a circunferência imaginária do perfil da primeira bordas interna 30b. O resultado é que a segunda bordas interna 30a proporciona porções de corte em uma outra forma de abertura circular definida pela primeira borda interna 30b. Na modalidade mostrada na Figura 6, há duas porções cortadas, em que cada parte do corte se estende ao longo de um arco, e cada porção recortada é espaçada angularmente a partir da outra parte recortada. Em concretizações alternativas, outras disposições angulares podem ser possíveis.

[049] Por outro lado, a segunda haste do êmbolo 24’tem duas partes recortadas cada uma definida por uma parede interior 24b’. As paredes internas 24b têm um perfil geralmente circular e o círculo imaginário do perfil das paredes internas 24b tem um diâmetro menor do que uma parede externa 24c’da segunda haste do êmbolo 24’. Na modalidade mostrada na Figura 6, cada parede interna tem uma extensão angular e cada parede interna 24b ‘está espaçada angularmente a partir da outra parede interna 24b’. Este arranjo angular corresponde ao arranjo angular da colar 30 descrita acima. Em concretizações alternativas, outras disposições angulares da colar 30 e da segunda haste do êmbolo 24’ podem ser possíveis. Na seção transversal, as partes recortadas da segunda haste do êmbolo 24’ definem abas que se estendem radialmente entre elas.

[050] O colar 30 proporciona um mecanismo de bloqueio que permite apenas o movimento axial da segunda haste do êmbolo 24’em certas configurações angulares da segunda haste do êmbolo 24’ em relação ao colar 30. Em particular, o movimento axial da segunda haste do êmbolo 24’ é permitido se as paredes externas 24c’ estão alinhadas axialmente com as porções cortadas do colar definido pela segunda borda interna 30a.

[051] Em uma modalidade particularmente preferível, a primeira haste do êmbolo 22’ é inicialmente axialmente movível independentemente da segunda haste do êmbolo 24’, de modo que a mistura acima descrita podem ser alcançada. A segunda haste do êmbolo 24’ está por sua vez contida axialmente pelo colar 30 devido a um desalinhamento axial da parede externa 24c’ da segunda haste do êmbolo 24’ com as porções cortadas do colar definidas pela segunda bordas internas 30a. Após a mistura estar completa, a primeira haste do êmbolo 22’ pode ser rodada em torno do seu eixo longitudinal, de modo a bloquear axialmente a primeira haste do êmbolo 22’ para a segunda haste do êmbolo 24’. Isto pode, por exemplo, ser alcançado pela manga 23 e os membros de engate 23a, 23b descritos acima. A rotação adicional da primeira haste do êmbolo 22’ em relação à segunda haste do êmbolo 24’ em torno do eixo longitudinal pode causar um acoplamento rotacional entre a primeira haste do êmbolo 22’ e a segunda haste do êmbolo 24’. Isto pode ser conseguido, por exemplo, por uma interface estriada entre a primeira haste do êmbolo 22’ e a segunda haste do êmbolo 24’, ou outro mecanismo dependente de ângulo ou formação entre a primeira haste do êmbolo 22’ e a segunda haste do êmbolo 24’. Devido ao acoplamento rotacional entre a primeira haste do êmbolo 22’ e a segunda haste do êmbolo 24’, a continuação da rotação da primeira haste do êmbolo 22’ sobre os resultados eixo longitudinal em rotação da segunda haste do êmbolo 24’ fazendo com que o exterior paredes 24c’ da segunda haste do êmbolo 24’ possa ser movida a um alinhamento axial com as porções cortadas externas do colar 30 definido pela segunda borda interna 30a. Nesta posição, o movimento axial da segunda haste do êmbolo 24’ é possível de tal modo que o movimento axial da primeira haste do êmbolo 22’ promove o movimento axial da segunda haste do êmbolo 24’.

[052] Em uma modalidade preferível, uma rotação de 45° da primeira haste do êmbolo 22’ em torno do eixo longitudinal, é necessária para bloquear axialmente a primeira haste do êmbolo 22’ para a segunda haste do êmbolo 24’, e mais 45° de rotação da primeira haste do êmbolo 22’ em torno do eixo longitudinal são necessários para girar a segunda haste do êmbolo 24’ (o qual é então rotativamente engatado com a primeira haste do êmbolo 22’) para uma posição rotacional, em que o alinhamento axial em relação com a colar 30 permite o movimento axial da segunda haste do êmbolo 24’. No entanto, em concretizações alternativas, quaisquer outros ângulos adequados podem definir os acoplamentos axial e rotacional entre a primeira haste do êmbolo 22’ e a segunda haste do êmbolo 24’.

[053] Em uma modalidade, o conjunto pode ser fornecido com uma configuração em que nem a primeira haste do êmbolo e a segunda haste do êmbolo podem ser movidas axialmente no cilindro. Uma primeira rotação (por exemplo, da primeira haste do êmbolo em relação à segunda haste do êmbolo) pode mover o conjunto em uma configuração em que a primeira haste do êmbolo pode ser movida axialmente em relação à segunda haste do êmbolo, de modo a permitir a mistura. Uma segunda rotação (por exemplo, da primeira haste do êmbolo) que, pode ou não ser no mesmo sentido, pode bloquear axialmente a primeira haste do êmbolo ao segundo êmbolo. Uma terceira rotação (por exemplo, uma rotação coletiva da primeira haste do êmbolo e a segunda haste do êmbolo) pode desbloquear a segunda haste do êmbolo, de modo a permitir que a segunda haste do êmbolo (e, portanto, primeira haste do êmbolo) possa ser movida axialmente e administrar uma dose de medicamento.

[054] Em qualquer modalidade de acordo com a presente invenção, o conjunto de seringa 10, 10’ pode ou não incluir uma agulha 13. Por exemplo, pode ser proporcionado outro tipo de aplicador (ou nenhum aplicador como um todo) para facilitar a passagem de medicamento misturado no local da injeção ou de entrega. O conjunto de seringa da presente invenção pode, por exemplo, ser um dispositivo de administração de medicamento para a entrega de uma dose de medicamento misturado por via nasal, ocular, ótica ou outra a um paciente e não está limitado a tipo seringa de agulha. Um aplicador, por exemplo, uma agulha 13, pode ser fixada ao conjunto de seringa 10, 10’ de tal modo que os medicamentos podem ser misturados como um sistema fechado, após o qual o aplicador pode ser conectado ao conjunto de seringa 10, 10’ para administrar o medicamento misturado no local da injeção. Alternativamente, um sistema fechado pode ser alcançado durante a mistura pela agulha 13 ou outro aplicador que seja bloqueado, coberto ou vedado de outra forma. Por exemplo, a agulha 13 pode ser inicialmente fixada em um carregador de agulha e permanecer assim durante a mistura dos dois ingredientes. Então, uma vez que os ingredientes forem misturados a um nível satisfatório, o carregador de agulha (ou outro meios de bloqueio, cobertura ou vedação) poderá ser removido para permitir que os ingredientes misturados possam ser dispensados.

[055] Uma vista detalhada do primeiro batente 14 é mostrada na Figura 7. O primeiro batente 1 inclui uma tomada virada para trás 14b para receber e acoplar com a primeira haste do êmbolo 22. Este pode ser um encaixe roscado ou simplesmente um recesso nos quais a primeira haste do êmbolo 22 pode ser afixada no primeiro batente (por exemplo, adesivo ou fricção). Com efeito, o primeiro batente 14 pode acompanhar a primeira haste do êmbolo 22 por um encaixe por fricção ou um ajuste de aperto (por exemplo, uma articulação de esfera e encaixe). É importante que o encaixe entre o primeiro batente 14 e a primeira haste do êmbolo 22 proporciona uma ação positiva entre os mesmos em ambas as direções axiais anterior e posterior para garantir que o primeiro batente 14 permanece fixo à primeira haste do êmbolo 22 durante o uso (isto é, misturando) dentro o corpo cilíndrico 12. Em um exemplo, o primeiro batente 14 só pode engatar livremente na primeira haste do êmbolo 22, quando montado no exterior do corpo cilíndrico 12, e o atrito do corpo cilíndrico 12 que atua sobre o primeiro batente 14 pode ser utilizado para estabelecer um ajuste seguro entre o primeiro batente 14 e a primeira haste do êmbolo 22, quando o primeiro batente 14 (e primeira haste do êmbolo 22’ é inserido no corpo cilíndrico 12. A porção da válvula bidirecional 14a compreende uma pluralidade de abas flexíveis, que correm ao longo de um lado do primeiro batente 14 e criam uma vedação elástico com a superfície interna do corpo cilíndrico 12. A deformação das abas 14a sob pressão suficiente do fluido, de modo a permitir a passagem de fluidos entre as aces frontal e posterior do primeiro batente 14. O vedante elástico 14a pode correr ao longo de um lado do primeiro batente 14 (como mostrado na Figura 7) (e têm uma extensão angular inferior a 360°) ou pode contornar todo o primeiro batente 14 (ou seja têm uma extensão angular de 360°), desde que seja suficientemente rígido para impedir a abertura acidental, mas suficientemente flexível para abrir quando necessário. Em concretizações alternativas, o vedante elástico 14a pode ser formado através do corpo do primeiro batente 14 de modo que os vedantes elásticos 14a vedem contra si mesmos na configuração de vedação, ao invés de vedarem contra o corpo cilíndrico 12.

[056] A Figura 9 mostra uma outra vista do primeiro batente 14 e a Figura 10 mostra uma vista detalhada da secção D-D na Figura 9. A partir da Figura 9, pode ser visto que as abas flexíveis 14a se prolongam ao longo de um arco de ângulo θ do primeiro batente circular 14. A magnitude do θ terá um efeito sobre a taxa e eficiência da mistura. Por exemplo, um θ pequeno (ou de outra forma, uma porção da válvula bidirecional 14a pequena) vai, por conservação da massa, causar um fluxo rápido de fluido, em resposta ao deslocamento axial do primeiro batente 14, para dentro do volume 16,18 contendo o fluido. A otimização deste fluxo irá otimizar a mistura dos ingredientes e minimizar tanto a força como o tempo necessário para atingir a mistura desejada.

[057] Uma modalidade alternativa de um primeiro batente 14’ de acordo com a presente invenção é mostrada na Figura 8. O primeiro batente 14’ inclui uma tomada virada para trás 14b para receber e acoplar com a primeira haste do êmbolo 22. Uma vez mais, este pode ser um encaixe roscado ou simplesmente um recesso no qual a primeira haste do êmbolo 22 pode ser afixada ao primeiro batente 14 (por exemplo, por meio de cola ou atrito), ou qualquer outro meio de junção adequado para ligar a primeira haste do êmbolo 22, como discutido acima. A porção da válvula bidirecional 14a’ é fornecida por uma pluralidade de abas flexíveis que contornam uma seção axial do primeiro batente 14’. Além disso, o primeiro batente 14’ inclui um vedante permanente 14c’ que contorna o primeiro batente 14’e é espaçado axialmente das abas flexíveis 14a’. O vedante permanente 14c ‘está configurado para vedar contra o interior do corpo cilíndrico 12 e não se deformar o suficiente para criar um trajeto de fluido através da vedação. O primeiro batente 14’ inclui, adicionalmente, um canal de desvio 14d’ que passa a partir de uma superfície lateral externa do primeiro batente 14’ axialmente entre as abas 14a’ e o vedante permanente 14c’ a uma superfície frontal do primeiro batente 14’, assim contornando o vedante permanente 14d’.O fluido pode viajar ao longo do canal de desvio 14d’ tal que as abas 14a’ podem encontrar a pressão do fluido de ambos os lados (dianteiro e traseiro) e deformar colocando a válvula bidirecional 14a’ na configuração aberta. Em concretizações alternativas, as abas 14a’ podem não se estender em torno de toda a circunferência do primeiro batente 14’. Em tais concretizações, uma vedação permanente adicional compõe o restante da circunferência. Alternativamente, a modalidade mostrada na Figura 8 pode ser invertida de tal modo que o vedante permanente 14c’ é axialmente para trás do vedante elástico 14a’. Em qualquer caso, o canal de desvio 14d’ deve contornar o vedante permanente 14c’. Ao desviar do vedante permanente 14c’, o canal 14d’ apresenta uma direção de fluxo radial que proporciona um controle mais fácil da velocidade de fluxo do fluido sendo escoado.

[058] Em qualquer modalidade, qualquer válvula bidirecional adequada pode ser empregada, desde que ela seja móvel a partir de uma configuração de vedação para uma configuração aberta mediante um aumento da pressão do fluido a partir de ambos os lados. Em qualquer modalidade, a válvula bidirecional pode ser fornecida com um buraco ou outras formações (por exemplo, um bocal) que está configurado para provocar a turbulência no fluido que passa através da válvula bidirecional. Uma tal disposição pode melhorar a mistura dos ingredientes.

[059] Embora os conjuntos de seringa 10, 10’ têm sido descritos como incluindo dois ingredientes fluidos, o conjunto de seringa 10, 10’ pode incluir um ingrediente seco (por exemplo, um pó ou ingrediente liofilizado) e um ingrediente molhado, o fluido de acordo com certas concretizações da invenção. Em concretizações em que um ingrediente seco está presente, o primeiro batente 14 deve ser movido em primeiro lugar (isto é, se desloca axialmente para reduzir o volume) o volume 16, 18 contendo o ingrediente fluido, de modo a fazer com que o primeiro batente 14 avance para a configuração aberta e permita a mistura dos ingredientes secos e molhados. Uma vez que ambos os volumem 16, 18 contêm líquido, o primeiro batente 14 pode ser movido em qualquer direção axial para trás ou para frente, como descrito acima. A agitação proporcionada pelo movimento do primeiro batente 14 pode resultar em uma emulsão, uma solução ou uma suspensão, por exemplo, dependendo das propriedades dos ingredientes/medicamentos inicialmente separados. Antes do uso, e durante a montagem do conjunto de seringa 10, 10’, os ingredientes podem ser introduzidos no corpo cilíndrico 12 de ambos os lados do primeiro batente 14 (por exemplo, através da saída 12a frontal e da extremidade posterior aberta 12b, respectivamente) de modo a evitar contaminação cruzada.

[060] Em certas concretizações, o conjunto pode ser proporcionado de tal modo que apenas o segundo volume 18 contém medicamento e o primeiro volume 16 pode estar vazio ou ter um volume substancialmente zero (na prática, no entanto, é provável que algum pequeno espaço de volume permaneça entre o primeiro batente 14 e a saída frontal do corpo cilíndrico). Em concretizações alternativas, o conjunto pode ser fornecido de modo a que apenas o primeiro volume 16 contenha medicamento e o segundo volume 18 pode estar vazio ou ter substancialmente zero de volume (mais uma vez, na prática, é provável que algum pequeno espaço volume permaneça entre o primeiro batente 14 e o segundo batente 20).

[061] Ao longo da descrição e das reivindicações desta especificação, as palavras "compreende" e "contém" e as variações deles significam "incluindo, mas não se limitando a", e que não se destinam a (e não) excluem outros radicais, aditivos, componentes, inteiros ou passos. Ao longo da descrição e das reivindicações desta especificação, o singular abrange o plural a menos que o contexto exija de outra forma. Em particular, quando o artigo indefinido é usado, a especificação deve ser entendida como contemplando a pluralidade, bem como a singularidade, a menos que o contexto exija de outra forma.

[062] As características, números inteiros, características, compostos, radicais químicos ou grupos descritos em conjunto com um aspecto particular, modalidade ou exemplo da invenção devem ser entendidos como sendo aplicáveis a qualquer outro aspecto, modalidade ou exemplo aqui descrito, a menos que incompatível com este. Todas as características descritas nesta especificação (incluindo quaisquer reivindicações anexas, resumo e desenhos), e/ou todos os passos de qualquer método ou processo assim divulgado, podem ser combinados em qualquer combinação, exceto combinações onde pelo menos algumas de tais características e/ou etapas são mutuamente exclusivas. A invenção não está restrita a quaisquer detalhes das concretizações anteriores. A invenção se estende a qualquer nova característica, ou qualquer combinação nova das características descritas neste relatório descritivo (incluindo quaisquer reivindicações anexas, resumo e desenhos), ou a qualquer nova etapa, ou qualquer combinação nova das etapas de qualquer método ou processo assim divulgado.

[063] A atenção do leitor é direcionada para todos os papéis e documentos que forem depositados simultaneamente com ou anteriores a este relatório descritivo em relação a este pedido e que estão abertos à inspeção pública com este relatório descritivo, e os conteúdos de todos esses papéis e documentos são aqui incorporados por referência.

Claims

1. CONJUNTO DE SERINGA (10) que compreende: um corpo cilíndrico (12) para conter um ou mais medicamentos, o corpo cilíndrico (12) tendo uma saída frontal (12a) para permitir a expulsão do dito um ou mais medicamentos a partir do dito corpo cilíndrico (12) através da dita saída (12a); um primeiro batente (14) disposto no corpo cilíndrico (12) e móvel axialmente no seu interior e que define um primeiro volume (16) no corpo cilíndrico (12) axialmente para frente do primeiro batente (14) e um segundo volume (18) no corpo cilíndrico (12) axialmente para trás do primeiro batente (14); um segundo batente (20) disposto no corpo cilíndrico (12) axialmente à frente do primeiro batente (14) e axialmente móvel no seu interior, o segundo batente (20) proporciona uma vedação estanque aos fluidos em uma extremidade posterior do segundo volume (18); uma primeira haste de êmbolo (22) ligada ao primeiro batente (14) e que se prolonga axialmente para trás através do segundo batente (20), o segundo batente (20) de modo estanque, acoplando com a primeira haste de êmbolo (22), mas permitindo o deslizamento axial da primeira haste de êmbolo (22) através das mesmas; e uma segunda haste de êmbolo (24) ligada ao segundo batente (20), de modo a mover axialmente o segundo batente (20) quando a segunda haste de êmbolo (24) é movida axialmente; caracterizado pelo primeiro batente (14) ter uma válvula bidirecional que é movível entre uma configuração de vedação e uma configuração aberta para colocar seletivamente o primeiro volume (16) em comunicação fluida com o segundo volume (18), a válvula bidirecional que é móvel a partir da configuração de vedação para a configuração aberta pelo aumento da pressão do fluido em um ou outro dos primeiro e segundo volumes (16, 18); e em que a primeira haste de êmbolo (22) é movida axialmente de modo a mover axialmente o primeiro batente (14) e pressurizar quer o primeiro volume (16) e o segundo volume (18) fazendo com que a válvula bidirecional possa ser movida para a configuração aberta e fluidicamente ligada ao primeiro volume (16) e segundo volume (18).

2. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender adicionalmente um grampo de trânsito amovível (15) que está configurado para impedir o movimento axial da primeira haste de êmbolo (22).

3. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pela primeira haste de êmbolo (22) incluir um ou mais encaixes arredondados para os dedos (22a’) para facilitar a manipulação da primeira haste de êmbolo (22).

4. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender ainda um mecanismo de engate para engatar a primeira haste de êmbolo (22) com a segunda haste de êmbolo (24) em uma posição predeterminada da primeira da haste de êmbolo (22) em relação à segunda haste de êmbolo (24).

5. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo mecanismo de engate incluir elementos de engate (23a, 23b) ligados à primeira haste de êmbolo (22), os elementos de engate (23a, 23b) dispostos de modo a engatar com a segunda haste de êmbolo (24) quando a primeira haste de êmbolo (22) está em uma posição axial pré-determinada e/ou a posição rotacional em relação à segunda haste de êmbolo (24).

6. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelos elementos de engate (23a, 23b) serem projetados radialmente para dentro a partir de uma manga (23) ligada à primeira haste de êmbolo (22) e em torno da segunda haste de êmbolo (24).

7. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 ou 6, caracterizado pelos ditos elementos de engate (23a, 23b) estarem dispostos de modo a envolverem com uma extremidade posterior da segunda haste de êmbolo (24) encostando a dita extremidade posterior da dita segunda haste de êmbolo (24).

8. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender ainda um mecanismo de bloqueio para limitar o movimento axial da segunda haste de êmbolo (24).

9. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo movimento axial da segunda haste de êmbolo (24) ser permitido quando a segunda haste de êmbolo (24) se encontra em uma predeterminada posição de rotação.

10. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo mecanismo de bloqueio compreender um colar (30) e o movimento axial da segunda haste de êmbolo (24) ser permitido quando a segunda haste de êmbolo (24) se encontra em uma posição de rotação predeterminada em relação ao colar (30) e encosto axial entre o colar (30) e a segunda haste de êmbolo (24) prevenindo o movimento axial relativo em posições de rotação outras que a posição de rotação predeterminada.

11. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pela válvula bidirecional compreender um vedante elástico que se deforma sob uma predeterminada pressão de fluido.

12. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo vedante elástico incluir uma pluralidade de abas flexíveis.

13. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 ou 12, caracterizado pelo vedante elástico se estender ao longo de um arco em torno do primeiro batente (14), em que a amplitude angular do arco é inferior a 360°.

14. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações 11, 12 ou 13, caracterizado pelo primeiro batente (14’) incluir o vedante elástico e incluir ainda um vedante permanente (14c’) sobre uma circunferência externa do primeiro batente (14) que está axialmente espaçado do vedante elástico, e um canal de desvio (14d’) proporciona uma passagem de fluidos entre o vedante elástico e o vedante permanente (14c’) em torno do vedante permanente (14c’).

15. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pela vedação estanque aos fluidos fornecida pelo segundo batente (20) SER uma vedação estéril.

16. CONJUNTO DE SERINGA (10), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pela vedação estanque aos fluidos fornecida pelo segundo batente (20) ser uma vedação microbiológica.