BR112014020621A2

BR112014020621A2 - dispositivo de dispensação para dispensar um produto líquido

Info

Publication number: BR112014020621A2
Application number: BR112014020621-0A
Authority: BR
Inventors: Keld Krogh Nielsen
Original assignee: Mezurware Llc
Priority date: 2012-02-22
Filing date: 2013-02-21
Publication date: 2020-10-27
Also published as: EP2817236A1; CN104395198B; US20160207664A1; WO2013126553A1; JP6046751B2; JP2015508047A; DK177528B1; CA2865039C; CN104395198A; US9499305B2; US8657159B2; US20130214005A1; CA2865039A1

Abstract

  DISPOSITIVO DE DISPENSAÇÃO PARA DISPENSAR UM PRODUTO LÍQUIDO. A presente invenção refere-se a um dispositivo de dispensação (1) que inclui um uma primeira câmara (4) que é longitudinalmente móvel em uma segunda câmara (5) e tem uma superfície externa que entra em contato vedante com uma superfície interna da segunda câmara (5). Uma válvula intermediária (3) é posicionada entre uma parte interior da primeira câmara (4) e uma parte interior da segunda câmara (5). A válvula intermediária (3) inclui uma placa de assento de válvula (7) que tem pelo menos uma abertura (8) e uma placa de chapeleta de válvula (9) que tem pelo menos uma aba (10) para cobrir pelo menos uma abertura (8) na placa de assento de válvula (7). A pelo menos uma aba (10) se move até uma posição aberta que permite que o produto líquido flua a partir do espaço interior da primeira câmara (4) até o espaço interior da segunda câmara (5) quando a primeira câmara (4) for movida em uma primeira direção longitudinal e se move até uma posição fechada que limita o fluxo do produto líquido quando a primeira câmara for movida em uma segunda direção longitudinal oposta.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "DISPO- SITIVO DE DISPENSAÇÃO PARA DISPENSAR UM PRODUTO LÍ- QUIDO".

REFERÊNCIA CRUZADA AO PEDIDO RELACIONADO

[001] Este pedido de patente reivindica prioridade ao pedido de patente dinamarquesa número PA 2012 00143, depositado em 22 de fevereiro de 2012, e ao Pedido de patente U.S. No. 13/609.873, depo- sitado em 11 de setembro de 2012. A totalidade destes pedidos é in- corporada no presente documento a título de referência em sua totali- dade.

CAMPO DA INVENÇÃO

[002] A presente invenção refere-se a um dispositivo de dispen- sação para dispensar um produto líquido, tais como, materiais de lim- peza, detergentes, amaciantes, sabonete líquido, xampu, medicamen- to, produtos alimentícios líquidos, tais como, xarope, marmelada em polpa, molho de chocolate, ketchup, diferentes tipos de coberturas, molhos, etc., a partir de um recipiente que contém o produto líquido. Mais particularmente, a presente invenção refere-se a um dispensador de líquido que é capaz de distribuir doses consistentemente precisas de produto líquido, de impedir de maneira eficiente que o produto lí- quido seja despejado diretamente fora do recipiente e de impedir que uma parte da dose requerida de produto líquido permaneça na câmara de medição após dispensar o líquido.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[003] O documento nº WO 2009/076959 A1 descreve um disposi- tivo de dispensação para dispensar doses de meio líquido. O dispositi- vo de dispensação compreende uma primeira câmara e uma segunda câmara divididas umas das outras por uma parede intermediária dis- posta em uma parte interior do dispositivo de dispensação. Uma pas- sagem de entrada estabelece uma conexão fluida entre a primeira câ-

mara e uma parte interior de um recipiente que contém o produto líqui- do, e uma passagem de saída permite que o produto líquido seja dis- pensado a partir da segunda câmara. Uma passagem intermediária é definida em uma posição de uma borda da parede intermediária que permite, desse modo, que uma dose de produto líquido passe a partir da primeira câmara para a segunda câmara. A parede intermediária compreende uma porção que é inclinada ou curvada em uma direção em direção à primeira câmara. Desse modo, a primeira câmara define uma região em formato de cavidade ou cuba que captura o produto líquido quando o dispositivo de dispensação for orientado em uma de- terminada direção durante um movimento de dispensação. Isso impe- de que o produto líquido passe diretamente através do dispositivo de dispensação.

[004] Uma desvantagem do dispositivo de dispensação do docu- mento WO 2009/076959 consiste no fato de que líquido pegajoso e viscoso flui lentamente para fora do dispensador, e que, especialmente na última parte do processo de dosagem, tal fluxo lento pode levar o usuário a interromper a dosagem antes que a câmara de dosagem es- teja vazia e, desse modo, resulte em erros nas doses que são dispen- sadas por meio do dispositivo de dispensação.

SUMÁRIO DAS MODALIDADES DA INVENÇÃO

[005] Um objetivo das modalidades da invenção consiste em pro- porcionar um dispositivo de dispensação para dispensar produto líqui- do que seja capaz de dispensar doses de produto líquido pegajoso e viscoso de uma maneira mais precisa que os dispositivos de dispen- sação da técnica anterior.

[006] Um objetivo adicional das modalidades da invenção consis- te em proporcionar um dispositivo de dispensação para dispensar pro- duto líquido que seja capaz de impedir que o produto líquido seja dire- tamente dispensado através do dispensador sem ser medido.

[007] Algumas modalidades da presente invenção proporcionam um dispositivo de dispensação para dispensar um produto líquido a partir de um recipiente contendo o dito produto. O dispositivo de dis- pensação inclui uma primeira câmara e uma segunda câmara. A pri- meira câmara é móvel de maneira longitudinalmente deslizante na se- gunda câmara e tem uma superfície externa que entra em contato ve- dante com uma superfície interna da segunda câmara. Uma passagem de entrada inclui pelo menos uma abertura de entrada que estabelece uma conexão fluida entre a primeira câmara e uma parte interior do recipiente. Uma passagem de saída é adaptada para distribuir o pro- duto líquido que é dispensado pelo dispositivo de dispensação. A pas- sagem de saída é conectada de maneira fluida à segunda câmara. Uma válvula intermediária é posicionada entre uma parte interior da primeira câmara e uma parte interior da segunda câmara. A válvula intermediária inclui uma placa de assento de válvula que tem pelo me- nos uma abertura e uma placa de chapeleta de válvula que tem pelo menos uma chapeleta para cobrir pelo menos uma abertura na placa de assento de válvula. Pelo menos uma chapeleta se move até uma posição aberta que permite que o produto líquido flua a partir do espa- ço interior da primeira câmara até o espaço interior da segunda câma- ra quando a primeira câmara for movida em relação à segunda câmara em uma primeira direção longitudinal e se move até uma posição fe- chada que limita o fluxo do produto líquido a partir do espaço interior da segunda câmara até o espaço interior da primeira câmara quando a primeira câmara for movida em relação à segunda câmara em uma segunda direção longitudinal oposta para dispensar o produto líquido a partir da segunda câmara através da passagem de saída.

[008] De acordo com um primeiro aspecto, a invenção proporcio- na um dispositivo de dispensação para dispensar um produto líquido a partir de um recipiente contendo o dito produto, o dispositivo de dis-

pensação que compreende: uma primeira câmara e uma segunda câmara, uma passagem de entrada que compreende pelo menos uma abertura de entrada e que estabelece uma conexão fluida entre a primeira câmara e uma parte interior de um recipiente que tem o dis- positivo de dispensação montado nesse, uma passagem de saída adaptada para distribuir o produto líquido que é dispensado por meio do dispositivo de dispensação, sendo que a dita passagem de saída é conectada de maneira fluida à segunda câmara, uma válvula intermediária que divide uma parte interior do dispositivo de dispensação na primeira câmara e na segunda câmara, a válvula intermediária que compreende uma placa de assento de vál- vula dotada de pelo menos uma abertura e uma placa de chapeleta de válvula dotada de pelo menos uma chapeleta para cobrir pelo menos uma abertura na placa de assento de válvula, sendo que a dita válvula intermediária é disposta na primeira câmara, sendo que a válvula in- termediária e a primeira câmara são dotadas de uma dimensão exter- na que é menor que a dimensão interna da segunda câmara e sendo que a dita válvula intermediária e a primeira câmara são móveis na segunda câmara como um pistão.

[009] O dispositivo de dispensação, de acordo as com modalida- des da invenção, é adaptado para dispensar produtos líquidos, tais como, materiais de limpeza, detergentes, amaciantes, sabonete líqui- do, xampu, medicamento, produtos alimentícios líquidos, tais como, xarope, marmelada em polpa, molho de chocolate, ketchup, diferentes tipos de coberturas, molhos, ou qualquer outro tipo adequado de pro- duto líquido que se deseje dispensar a partir de um recipiente conten- do o produto. O dispositivo de dispensação, de acordo com as modali- dades da invenção, é adicionalmente capaz de dispensar uma dose medida do produto líquido. E, ainda dispensar adicionalmente uma do- se medida variável do produto líquido. Isso será adicionalmente expli- cado abaixo.

[0010] A passagem de entrada estabelece uma conexão fluida en- tre a primeira câmara e uma parte interior de um recipiente que tem o dispositivo de dispensação montado nesse. Desse modo, quando o dispositivo de dispensação for montado em um recipiente, permite-se que o produto líquido passe a partir do interior do recipiente para a primeira câmara e, desse modo, para o dispositivo de dispensação, através da passagem de entrada. Consequentemente, quando o pro- duto líquido for dispensado a partir do recipiente por meio do dispositi- vo de dispensação, o produto líquido a partir do recipiente entre pri- meiro no dispositivo de dispensação ao entrar na primeira câmara.

[0011] A primeira câmara e o recipiente podem ser uma parte inte- grada, e a primeira câmara e o recipiente, nessa modalidade, podem ter o mesmo diâmetro e a primeira câmara, então, será igual ao recipi- ente e não terá entrada direta entre a primeira câmara e o recipiente, à medida que o interior do recipiente e da primeira câmara é, então, uma e a mesma câmara.

[0012] A passagem de saída é conectada de maneira fluida à se- gunda câmara, e é adaptada para distribuir o produto líquido que é dispensado por meio do dispositivo de dispensação. Consequente- mente, quando o produto líquido for dispensado por meio do dispositi- vo de dispensação, esse sai do dispositivo de dispensação a partir da segunda câmara e através da passagem de saída.

[0013] A válvula intermediária que divide uma parte interior do dis- positivo de dispensação na primeira câmara e a segunda câmara compreende uma placa de assento de válvula dotada de pelo menos uma abertura e uma placa de chapeleta de válvula dotada de pelo me- nos uma chapeleta para cobrir pelo menos uma abertura na placa de assento de válvula. Consequentemente, o produto líquido que entrou na primeira câmara a partir do recipiente ou, onde o recipiente e a pri- meira câmara forem iguais, o líquido direto a partir do recipiente é permitido a passar apenas para a segunda câmara através da válvula intermediária. Subsequentemente, o produto líquido pode ser distribuí- do a partir da segunda câmara através da passagem de saída. Em suma, o produto líquido que é dispensado por meio do dispositivo de dispensação segue uma trajetória de fluido a partir do recipiente, atra- vés de uma passagem de entrada até a primeira câmara, em uma mo- dalidade, a primeira câmara e o recipiente são uma e a mesma câma- ra, a partir da primeira câmara ou recipiente através da válvula inter- mediária até a segunda câmara e para fora do dispositivo de dispen- sação através da passagem de saída. O líquido é permitido a passar para válvula intermediária através de pelo menos uma abertura na pla- ca de assento de válvula quando pelo menos uma chapeleta para co- brir a abertura for suspensa ou para longe a partir da abertura na placa de assento de válvula.

[0014] A válvula intermediária pode ser disposta na extremidade da primeira câmara. Consequentemente, a válvula intermediária pode atuar como uma parede de extremidade para a primeira câmara.

[0015] A primeira câmara que é integrada à válvula intermediária tem uma dimensão externa que é menor que a dimensão interna da segunda câmara e a dita válvula intermediária e a primeira câmara são móveis na segunda câmara como um pistão.

[0016] O efeito de pistão da primeira câmara que é integrada à válvula intermediária assegura que todo o líquido medido na segunda câmara passe para fora da segunda câmara e para fora do dispositivo de dispensação através da passagem de saída. Portanto, o dispositivo de dispensação permite que uma dose mais precisa seja dispensada. Além disso, a precisão da dose dispensada é muito segura no sentido de que se pode confiar que a dose dispensada seja a mesma toda vez que o dispositivo de dispensação for operado.

[0017] O dispositivo de dispensação das modalidades da presente invenção pode ser operado da seguinte maneira. O dispositivo de dis- pensação é montado em uma abertura de um recipiente que contém o produto líquido a ser dispensado por meio do dispositivo de dispensa- ção. De maneira vantajosa, o dispositivo de dispensação pode formar uma parte integral do recipiente, de modo que o volume do recipiente e o volume da primeira câmara sejam um e o mesmo volume.

[0018] Quando for desejado dispensar uma dose de produto líqui- do a partir do recipiente, a primeira câmara que é integrada à válvula intermediária, a seguir, também, chamada de pistão, é extraída da se- gunda câmara até o volume da segunda câmara corresponder à dose desejada do produto líquido. A válvula intermediária é aberta e o líqui- do passa para a segunda câmara. Quando a dose desejada tiver pas- sado para a segunda câmara, a válvula intermediária é fechada e o pistão é criado e pressionado até a segunda câmara e o líquido a partir da segunda câmara passa para fora do dispositivo de dispensação a- través da passagem de saída. O pistão assegura que a segunda câ- mara seja esvaziada e uma dose precisa seja dispensada.

[0019] Quando o pistão assegurar que a segunda câmara está va- zia, o pistão estará pronto para ser extraído da segunda câmara e uma nova dose pode ser medida e dispensada.

[0020] A válvula intermediária pode ter um formato convexo que aponta em direção à segunda câmara. De acordo com essa modalida- de, tanto a placa de assento de válvula, como a placa de chapeleta de válvula pode ter um formato convexo.

[0021] A válvula intermediária pode ser posicionada de tal modo que a placa de assento de válvula fique em contato com a primeira câmara e a placa de chapeleta de válvula aponte em direção à segun-

da câmara.

[0022] Uma ou mais aberturas na placa de assento de válvula po- dem ser posicionadas de tal modo que um fluxo contínuo de líquido possa fluir a partir da primeira câmara até a segunda câmara quando a chapeleta de válvula não cobrir a abertura. Em uma modalidade, mais de uma abertura pode ser colocada em um círculo na periferia da pla- ca de assento de válvula. As aberturas na placa de assento de válvula podem ter um diâmetro que seja mais largo na periferia e as aberturas podem ter um formato de um triangulo, uma gota, ou similar.

[0023] A placa de chapeleta de válvula pode compreender mais de uma aba, a quantidade de abas pode ser equivalente à quantidade de aberturas na placa de assento de válvula. Em uma modalidade, uma aba cobre mais de uma abertura. Uma aba pode cobrir duas aberturas. As abas podem ser conectadas na periferia da placa de chapeleta de válvula.

[0024] A placa de chapeleta de válvula pode compreender uma abertura no centro da placa de chapeleta e as abas podem ser forma- das por uma pluralidade de cortes em formato de T. A placa de chape- leta de válvula pode ser produzida a partir de um material plástico fle- xível, por exemplo, borracha de silicone.

[0025] A válvula intermediária é fechada quando a primeira câma- ra for pressionada até a segunda câmara; devido às forças do líquido na segunda câmara, as abas são pressionadas para cima contra a placa de assento de válvula. O formato e as dimensões das aberturas na placa de assento de válvula e as abas equivalentes na placa de chapeleta de válvula são escolhidos para assegurar que a válvula in- termediária seja fechada quando a primeira câmara for pressionada até a segunda câmara. Por outro lado, a válvula intermediária é di- mensionada com uma placa de chapeleta de válvula onde as abas se abrem quando a primeira câmara for extraída da segunda câmara.

[0026] A primeira câmara é dotada de um mecanismo que impede que a primeira câmara seja completamente extraída da segunda câ- mara, quando a primeira câmara for extraída da segunda câmara. De acordo com uma modalidade, o mecanismo é dotado de protuberân- cias na parte externa da primeira câmara e na parte interna da segun- da câmara. Quando a primeira câmara for afastada da segunda câma- ra, as duas protuberâncias irão atingir uma à outra antes que a primei- ra câmara seja completamente extraída da primeira câmara impedin- do, desse modo, que a primeira câmara seja separada da segunda câmara.

[0027] A passagem de saída adaptada para distribuir o produto líquido a partir do recipiente pode ser dotada de um elemento de fe- chamento impedindo, desse modo, que o líquido flua para fora do reci- piente de maneira não intencional. O elemento de fechamento pode ser na forma de uma tampa. Em uma modalidade, o elemento de fe- chamento é uma válvula ou uma membrana que se abre quando a pressão a partir do líquido dentro da segunda câmara até a câmara de dosagem, se eleva acima de um determinado nível.

[0028] Um exemplo de tal material pode ser um polímero, tal co- mo, silicone.

[0029] Uma dose variável de líquido pode ser dispensada a partir do recipiente. A dose depende de quão longe a primeira câmara com a válvula intermediária na extremidade é afastada do fundo da segunda câmara. Quanto mais afastada, mais alta a dose de líquido que flui até a segunda câmara e que se encontra pronta para dispensar quando a primeira câmara for pressionada até a segunda câmara.

[0030] A primeira câmara ou a segunda câmara pode ser dotada de uma indicação que mostra o volume da segunda câmara e da dose a ser dispensada. A indicação pode ser o uso de câmaras transparen- tes. Outro modo consiste em dotar o recipiente ou a primeira câmara com marcas visíveis, de modo que o usuário possa interromper a do- sagem quando a borda da segunda câmara alcançara marca.

[0031] Na superfície externa, a primeira câmara pode ser dotada de uma ou mais reentrâncias que se estendem substancialmente na direção longitudinal da primeira câmara, e na extremidade que aponta em direção à primeira câmara, a segunda câmara é dotada de lingue- tas, as linguetas que têm na parte interna uma borda que se projeta para fora que desliza na reentrância na superfície externa da primeira câmara, quando uma lingueta pressionar contra a primeira câmara a partir de fora. As reentrâncias podem ter comprimentos diferentes na direção longitudinal. Através das reentrâncias com comprimentos dife- rentes na direção longitudinal é possível dosar doses diferentes a par- tir do recipiente, dependendo de quais linguetas são pressionadas contra as reentrâncias correspondentes. Cada reentrância pode ter um parceiro com o mesmo comprimento disposto substancialmente no lu- gar oposto. Aqui, proporciona-se um dispositivo de dispensação onde o usuário pode pressionar o dedo polegar e o indicador contra duas linguetas dispostas substancialmente no lugar oposto e, desse modo, dispensar a dose reivindicada.

[0032] O dispositivo de dispensação pode ter o formato de um ci- lindro. A segunda câmara, além disso, pode ter um formato que faz com que o recipiente com o dispositivo de dispensação possa perma- necer em uma superfície plana.

[0033] Em algumas modalidades, o movimento relativo entre a primeira câmara e a segunda câmara compreende o movimento desli- zante da segunda câmara ao longo da primeira câmara. Em outras modalidades, o movimento relativo entre a primeira câmara e a segun- da câmara compreende o movimento rotacional através da segunda câmara em relação à primeira câmara.

[0034] A presente invenção refere-se adicionalmente a um recipi-

ente para conter um produto líquido, o recipiente que tem um dispositi- vo de dispensação, de acordo com o primeiro aspecto da invenção, montado no mesmo. O dispositivo de dispensação pode ser uma parte separada que é montada sobre o recipiente, ou esse pode formar uma parte integral do recipiente.

[0035] De acordo com uma modalidade da invenção, a primeira câmara pode ser uma parte integrada do volume de recipiente. De a- cordo com uma modalidade adicional, a passagem de entrada que es- tabelece uma conexão fluida entre a primeira câmara e uma parte inte- rior de um recipiente que tem o dispositivo dispensador montado no mesmo pode não ser bem definida, à medida que a primeira câmara e o recipiente são uma e a mesma câmara. Isso o torna um produto fa- cilmente moldado por injeção contribuindo, desse modo, para um reci- piente de dosagem relativamente pouco dispendioso.

[0036] O recipiente pode ser dotado de uma ou mais ventilações na extremidade oposta à primeira câmara. A ventilação pode ser posi- cionada em uma placa de fundo do recipiente que impede, desse mo- do, que o recipiente se rompa, quebre e assegura a dosagem correta.

[0037] Em uma modalidade, as ventilações podem ser cobertas por uma membrana; a membrana que impede que o recipiente vaze. À membrana também pode impedir que o líquido penetre no recipiente. Desse modo, a contaminação do produto a ser dispensado pode ser evitada. Um material de membrana pode ser um material, no qual a natureza dos microporos permite o fluxo de ar e iguale a pressão sem permitir que o líquido passe. Um exemplo de tal material é o politetra- fluoretileno expandido (ePTFE).

[0038] Em algumas modalidades, a primeira câmara é conectável de maneira liberável ao recipiente. Por exemplo, a primeira câmara pode ser rosqueada sobre o recipiente, que pode ser uma garrafa exis- tente ou outro recipiente que seja adaptado à primeira e à segunda câmara.

[0039] De acordo com um segundo aspecto, a invenção propor- ciona um método para fabricar um dispositivo de dispensação, de a- cordo com o primeiro aspecto da invenção, o método que compreende a etapa de moldar por injeção pelo menos uma parte do dispositivo de dispensação.

[0040] Deve-se notar que uma pessoa versada na técnica pode reconhecer prontamente que qualquer recurso descrito em combina- ção com o primeiro aspecto da invenção também pode ser combinado com o segundo aspecto da invenção, e vice versa.

[0041] O método pode compreender as etapas de: moldar por injeção a primeira câmara, o recipiente e a placa de assento de válvula como um componente, moldar por injeção a segunda câmara, e conectar a placa de chapeleta de válvula à placa de assen- to de válvula, e colocar a primeira câmara montada e a placa de as- sento de válvula com a placa de chapeleta de válvula conectada den- tro da segunda câmara.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

[0042] A invenção será descrita agora em detalhes adicionais com referência aos desenhos em anexo, em que

[0043] A Figura 1 é uma vista em perspectiva de um dispositivo de dispensação, de acordo com uma modalidade da invenção.

[0044] As Figuras 2 a 5 são vistas diferentes da primeira câmara e da placa de assento de válvula da modalidade descrita na Figura1.

[0045] As Figuras 6 a 9 são vistas diferentes da placa de chapele- ta de válvula da modalidade descrita na Figura 1.

[0046] As Figuras 10 a 13 são vistas diferentes da segunda câma- ra da modalidade descrita na Figura 1.

[0047] A Figura 14 é uma vista em perspectiva de um desenho de montagem, de acordo com uma modalidade da invenção.

[0048] A Figura 15 é uma vista em perspectiva de um desenho de montagem, de acordo com uma segunda modalidade da invenção.

[0049] As Figuras16 a 19 são vistas diferentes de um recipiente conectado à primeira câmara e à placa de assento de válvula da mo- dalidade descrita na Figura 15.

[0050] As Figuras 20 a 23 são vistas diferentes da placa de chape- leta de válvula da modalidade descrita na Figura 15.

[0051] As Figuras 24 a 27 são vistas diferentes da segunda câma- ra da modalidade descrita na Figura 15.

[0052] A Figura 28 é uma vista em perspectiva de uma placa de fundo com ventilações para o recipiente da modalidade descrita na Fi- gura 15.

[0053] A Figura 29 é uma vista de corte em perspectiva explodida de um dispositivo de dispensação, de acordo com modalidades adicio- nais da invenção.

[0054] A Figura 30 é uma vista em perspectiva explodida do dis- positivo de dispensação da Figura 29.

[0055] A Figura 31 é uma vista de corte em perspectiva do disposi- tivo de dispensação da Figura 29 com a segunda câmara em uma po- sição neutra.

[0056] A Figura 32 é uma vista de corte em perspectiva do disposi- tivo de dispensação da Figura 29 com a segunda câmara posicionada para receber uma dose medida de líquido.

[0057] A Figura 33 é uma vista em perspectiva explodida de um dispositivo de dispensação, de acordo com modalidades adicionais da invenção.

[0058] A Figura 34 é uma vista em perspectiva explodida da pri- meira câmara do dispositivo de dispensação da Figura 33.

[0059] A Figura 35 é uma vista em perspectiva do dispositivo de dispensação da Figura 35.

DESCRIÇÃO DETALHADA DOS DESENHOS

[0060] A presente invenção será mais totalmente descrita posteri- ormente no presente documento com referência aos desenhos em a- nexo, em que as modalidades ilustrativas da invenção são mostradas. Nos desenhos, os tamanhos relativos das regiões ou recursos podem ser exagerados por uma questão de clareza. Entretanto, essa inven- ção pode ser incorporada de muitas formas diferentes e não deve ser construída limitada às modalidades estabelecidas no presente docu- mento; de preferência, essas modalidades são proporcionadas, de modo que essa descrição seja total e completa, e transmita totalmente o escopo da invenção para aqueles versados na técnica.

[0061] Deve-se entender que, embora os termos primeiro, segun- do, etc., possam ser usados no presente documento para descrever diversos elementos, componentes, regiões, camadas e/ou seções, es- ses elementos, componentes, regiões, camadas e/ou seções não de- vem se limitados por esses termos. Esses termos são usados apenas para distinguir um elemento, componente, região, camada ou seção de outra região, camada ou seção. Desse modo, um primeiro elemento, componente, região, camada ou seção discutido abaixo pode ser chamado de um segundo elemento, componente, região, camada ou seção sem se afastar dos ensinamentos da presente invenção. Os números similares se referem aos elementos similares ao longo da descrição.

[0062] Os termos espacialmente relativos, tais como, "embaixo", "abaixo", "inferior", "acima", "superior", e similares, podem ser usados no presente documento para facilitar a descrição para descrever uma relação do elemento ou recurso com outro elemento ou recurso, con- forme ilustrado nas Figuras. Deve entender-se que os termos espaci- almente relativos se destinam a abranger diferentes orientações do dispositivo em uso ou operação, além da orientação mostrada nas Fi- guras. Por exemplo, se o dispositivo nas Figuras for virado, os elemen- tos descritos como "abaixo" ou "embaixo" de outros elementos ou re- cursos podem, então, ser orientados "acima" dos outros elementos ou recursos. Desse modo, o termo exemplificativo "abaixo" pode abran- gem tanto a orientação acima como abaixo. O dispositivo pode ser ori- entado de outro modo (girado 90º ou em outras orientações) e os des- critores espacialmente relativos usados no presente documento con- sequentemente interpretados.

[0063] Conforme usado no presente documento, as formas singu- lares "um", "uma", "o" e "a" se destinam a incluir também as formas plurais, exceto onde expressamente estabelecido de outro modo. Deve entender-se adicionalmente que, os termos "inclui", "compreende", "que inclui" e/ou "que compreende", quando usados nesse relatório descritivo, especificam a presença de recursos, números inteiros, eta- pas, operações, elementos, e/ou componentes estabelecidos, porém, não excluem a presença ou adição de um ou mais outros recursos, números inteiros, etapas, operações, elementos, componentes e/ou grupos desses. Deve entender-se que quando um elemento for referi- do como "conectado" ou "acoplado" a outro elemento, esse pode ser diretamente conectado ou acoplado a outro elemento ou elementos intervenientes podem estar presentes. Conforme usado no presente documento, o termo "e/ou" inclui qualquer uma e todas as combina- ções de um ou mais dos itens listados associados.

[0064] Exceto onde definido de outro modo, todos os termos (in- cluindo os termos técnicos e científicos) usados no presente documen- to têm o mesmo sentido comumente entendido por um elemento ver- sado na técnica a qual esta invenção pertence. Deve entender-se adi- cionalmente que os termos, tais como, aqueles definidos nos dicioná- rios comumente usados, devem ser interpretados com um significado que seja coerente com seu significado no contexto desse relatório descritivo e a técnica relevante não deve ser interpretada em um sen- tido idealizado ou excessivamente formal, exceto onde expressamente assim definido no presente documento.

[0065] A Figura 1 é uma vista em perspectiva de um desenho de montagem do dispositivo de dispensação

[0066] A válvula intermediária 3 é disposta entre a primeira câmara 4 e a segunda câmara 5. A segunda câmara 5 é conectada de maneira fluida a uma passagem de saída 6 adaptada para distribuir o líquido que é dispensado pelo dispositivo de dispensação.

[0067] A primeira câmara 4 é conectada de maneira fluida à pas- sagem de entrada 2. Quando o dispositivo de dispensação for monta- do em um recipiente contendo o produto líquido, a passagem de en- trada 2, além disso, é conectada de maneira fluida ao interior do reci- piente. Desse modo, permite-se que o produto líquido a partir do reci- piente entre na primeira câmara 4 através da passagem de entrada 2.

[0068] A válvula intermediária compreende uma placa de assento de válvula 7 dotada de aberturas 8. Uma placa de chapeleta de válvula 9 é descrita acima da placa de assento de válvula 7. A placa de chape- leta de válvula é dotada de abas 10 para cobrir as aberturas 8 na placa de assento de válvula 7. Quando as abas 10 forem elevadas, a válvula intermediária 3 permite que o líquido flua a partir da primeira câmara 4 através das aberturas 8 na placa de assento de válvula 7 e até a se- gunda câmara 5 durante a dispensação do produto líquido.

[0069] Durante o armazenamento, isto é, quando uma dose de produto líquido não estiver sendo dispensada pelo dispensador, uma tampa não visível pode ser rosqueada sobre a rosca do segundo reci- piente e a abertura, desse modo, pode ser fechada. A tampa pode ter uma superfície plana e o dispensador geralmente é orientado de tal modo que a passagem de saída 6 seja voltada para baixo.

[0070] Quando se deseja dispensar uma dose do produto líquido, a quantidade de dosagem desejada do líquido flui até a segunda câ- mara 5, a câmara de medição. A primeira câmara 4 que é integrada à válvula intermediária 3 é extraída da segunda câmara 5. Quando a primeira câmara 4 for afastada na direção da segunda câmara, a vál- vula intermediária irá abrir automaticamente as abas na válvula inter- mediária e o líquido irá passar para a segunda câmara 5. Após carre- gar a segunda câmara 5 com a dose desejada, a primeira câmara e a válvula intermediária são pressionadas na direção voltada para a se- gunda câmara 5, de modo que a dose desejada seja dispensada a partir do recipiente. Ao pressionar a primeira câmara 4 e a válvula in- termediária 3 na direção voltada para a segunda câmara 5, as abas 10 serão automaticamente pressionadas contra a placa de assento de válvula e, desse modo, fecham a válvula.

[0071] As Figuras 2 a 5 são vistas diferentes da primeira câmara 4 integrada a uma placa de assento de válvula 7 da modalidade descrita na Figura 1. A Figura 2 é a placa de assento de válvula 7 descrita a partir da segunda câmara 5, a câmara de dosagem. A Figura 3 é uma vista do lado do recipiente, a Figura 4 é uma vista lateral e a Figura 5 é uma vista em perspectiva. A placa de assento de válvula 7 é descrita com doze aberturas 8.

[0072] As Figuras 6 a 9 são vistas diferentes da placa de chapele- ta de válvula 9 da modalidade descrita na Figura 1. A Figura 6 é uma vista a partir da segunda câmara 5, a Figura 7 a partir do lado do reci- piente, a Figura 8 é uma vista lateral e a Figura 9 é uma vista em perspectiva do lado do recipiente. A placa de chapeleta 9 é descrita com seis abas para cobrir as doze aberturas 8 na placa de assento de válvula.

[0073] As Figuras 10 a 13 são vistas diferentes da segunda câma- ra 5. A Figura 10 a partir da parte interna, a Figura 11 a partir de fora,

a Figura 12 a partir da lateral e a Figura 13 é uma vista em perspectiva da modalidade descrita na Figura 1.

[0074] A Figura 14 é uma vista em perspectiva de um desenho de montagem, de acordo com uma modalidade da invenção. A segunda câmara 105 é descrita com uma passagem de saída 106, um elemento de válvula 114 é descrito para ser inserido na passagem de saída 106, sendo que a placa de chapeleta de válvula 109 e a placa de assento de válvula 108 são integradas à primeira câmara 104 no recipiente.

[0075] A Figura 15 é uma vista em perspectiva de um desenho de montagem, de acordo com uma segunda modalidade da invenção. À segunda câmara 205 é descrita com uma passagem de saída 206, um elemento de válvula 204 é descrito para ser inserido na passagem de saída 206, sendo que a placa de chapeleta de válvula 209 e a placa de assento de válvula 208 são integradas à primeira câmara 204 no reci- piente.

[0076] As Figuras16 a 19 são vistas diferentes de um recipiente conectado à primeira câmara 204 e à placa de assento de válvula 208 da modalidade descrita na Figura 15. A Figura 16 é uma vista lateral, a Figura 17 é uma vista em perspectiva. A Figura 18 é uma vista a partir da segunda câmara e a Figura 19 a partir da parte interna. O recipien- te é descrito com três recessos 215 que se estendem na direção longi- tudinal do recipiente. As reentrâncias têm comprimentos diferentes e, desse modo, podem dotar o dispositivo de dispensação com a possibi- lidade de dispensar três doses diferentes.

[0077] As Figuras 20 a 23 são vistas diferentes da placa de chape- leta de válvula da modalidade descrita na Figura 15.

[0078] As Figuras 24 a 27 são vistas diferentes da segunda câma- ra 208 da modalidade descrita na Figura 15.

[0079] A Figura 28 é uma vista em perspectiva de uma placa de fundo com ventilações 218 para o recipiente da modalidade descrita na Figura 15.

[0080] O dispositivo de dispensação, de acordo com as modalida- des da invenção descrita nas Figuras 15 a 28 pode medir e dispensar uma dose ao mover de maneira longitudinalmente deslizante a primei- ra câmara 204 para dentro da segunda câmara 205. As abas 210 na placa de chapeleta 209 que cobre as aberturas 208 na placa de assen- to de válvula 207 se movem para longe das aberturas na placa de as- sento de válvula 207 e o liquido flui a partir da primeira câmara 204 até a segunda câmara 205. As abas 210 são separadas por uma plurali- dade de cortes em formato de T 212 que têm entre esses uma primei- ra perna que se estende a partir da abertura 211 até a periferia da pla- ca de chapeleta de válvula 209 e uma segunda perna cruzada, que se estende ao redor de um segmento da periferia da placa de chapeleta de válvula 209. Uma dose variável selecionada de líquido pode ser dispensada a partir do recipiente. A dose depende de quão longe a primeira câmara 204 é puxada para fora da segunda câmara 205 para carregar a segunda câmara 205. Uma protuberância 219 na parte ex- terna da primeira câmara 204 assegura que a primeira câmara 204 e a segunda câmara 205 limitem a separação da mesma.

[0081] Na superfície externa dessa, a primeira câmara 204 é dota- da de reentrâncias 215 que se estendem substancialmente na direção longitudinal da primeira câmara 204. A segunda câmara 205 é dotada de linguetas 216. As linguetas 216 têm na parte interna dessas uma borda que se projeta para fora 217 que desliza na reentrância 215 na superfície externa da primeira câmara 204 quando as linguetas 216 pressionam contra a primeira câmara 204 a partir de fora. As reentrân- cias 215 têm comprimentos diferentes na direção longitudinal. Através de reentrâncias 215 com comprimentos diferentes na direção longitu- dinal pode-se facilitar a dosagem diferente de doses selecionadas a partir do recipiente, dependendo de quais linguetas 216 são pressio-

nadas contra as reentrâncias correspondentes 215. Cada reentrância pode ter um parceiro com o mesmo comprimento disposto substanci- almente no lado oposto da primeira câmara 204. Como tal, um disposi- tivo de dispensação pode ser proporcionado onde o usuário pode pressionar o dedo polegar e o indicador contras duas linguetas 216 dispostas substancialmente em lado opostos e, desse modo, dispen- sar a dose reivindicada. Quando a dose desejada for medida na se- gunda câmara 205, o dispensador está pronto para dispensar a dose medida pressionando-se de maneira deslizante a primeira câmara 204 na segunda câmara 205 na direção longitudinal oposta que é usada para carregar a segunda câmara 205.

[0082] A dose irá fluir para fora da passagem de saída 206 na se- gunda câmara 205. A passagem de saída ilustrada 206 inclui um ele- mento de fechamento 213, mostrado como uma válvula 214 na Figura

15. A válvula 214 abre quando a pressão a partir do líquido dentro da segunda câmara 205 se eleva acima de um nível determinado.

[0083] Uma ventilação 218 colocada no recipiente oposto à primei- ra câmara 204 assegura que não exista vácuo no recipiente e, desse modo, assegura a dosagem correta.

[0084] Referindo-se agora às Figuras 29 a 32, outra modalidade de um dispositivo de dispensação, amplamente designado como 300, é descrita a esse respeito. O dispositivo de dispensação 300 inclui a primeira e a segunda câmaras 304, 305, uma placa de assento de vál- vula 307 com aberturas 308 (integradas à primeira câmara 304), e uma placa de chapeleta de válvula 309 com abas 310 e uma abertura 311 como no caso das modalidades das Figuras 1 a 28. As diferenças no dispositivo de dispensação 300 nas modalidades anteriormente descritas serão descritas abaixo.

[0085] Conforme mostrado nas Figuras 29 a 32, a primeira câmara 304 inclui roscas 322 em sua extremidade inferior. Essas roscas 322 permitem que a primeira câmara e, portanto, todo o dispositivo de dis- pensação, seja rosqueado sobre uma garrafa separada 320. Essa con- figuração permite que o dispositivo de dispensação 300 seja adaptado a uma garrafa existente do tamanho apropriado e/ou substitua e fun- cione como uma tampa de uma garrafa existente que possa propor- cionar uma dose medida de um líquido contido na garrafa.

[0086] A primeira câmara 304 inclui adicionalmente dois furos 328, cada um dos quais recebe uma respectiva válvula 330 e uma nervura circular 336 próxima a sua extremidade de válvula. A nervura 336 en- gata e é fixada ao aro 340 da placa de chapeleta de válvula 309.

[0087] A primeira câmara 304 também inclui dois guias de rotação 324 em sua superfície externa. Os guias de rotação 324 são inclinados para engatar uma respectiva rosca 334 na superfície interna de uma manga de came 332 que envolve a extremidade rosqueada da primei- ra câmara 304. Como pode ser visto na Figura 29, cada uma das ros- cas 334 descreve uma hélice parcial dentro da manga de came 332. À manga de came 332 também tem uma crista 336 em sua superfície externa que entra em contato com a superfície interna da segunda câmara 305.

[0088] Na modalidade ilustrada, uma tampa 350 é conectada à segunda câmara 305 e cobre a passagem de saída 306 dessa. A tam- pa 350 pode ser de muitas configurações diferentes que podem ser bem reconhecidas por aqueles versados nessa técnica e não precisa ser descrita em detalhes no presente documento.

[0089] Em operação, o dispositivo de dispensação 300 começa em uma posição de não dispensação mostrada na Figura 31. Nessa posi- ção, a placa de assento de válvula 307 e a placa de chapeleta de vál- vula 209 são adjacentes à extremidade de dispensação da segunda câmara 305. A crista 336 da manga de came 332 entra em contato com a superfície interna da segunda câmara 305 próxima à sua ex-

tremidade aberta. As roscas 334 da manga de came 332 engatam os guias de rotação 324 da primeira câmara 304 em suas extremidades mais distantes da garrafa 320.

[0090] Para dispensar uma dose medida de líquido, a segunda câmara 305, a manga de came 332 e a tampa 350 são giradas em re- lação à primeira câmara 304 à garrafa 320. Tal rotação, controlada pe- la interação entre as roscas 334 da manga de came 332 e os guias de rotação 324 da primeira câmara 304, conduz a segunda câmara 305, a manga de came 332 e a tampa 305 longitudinalmente para longe da primeira câmara 304 e da garrafa 320 (Figura 32). O movimento longi- tudinal relativo desvia as abas 310 da placa de chapeleta de válvula 309 para longe dos furos 308 na placa de assento de válvula 307 pro- porcionando, desse modo, aberturas para o líquido fluir a partir da pri- meira câmara 304 até a segunda câmara 305 da maneira descrita a- cima em relação às modalidades das Figuras 1 a 28. Uma vez que a segunda câmara 305 é carregada com líquido, as abas 310 se recupe- ram até suas posições originais que cobrem os furos 308; a tampa 350 pode, então, ser removida da segunda câmara 305 e a dose medida de líquido dispensada a partir da segunda câmara 305 através da pas- sagem de saída 306.

[0091] Deve entender-se que o dispositivo de dispensação 300 pode ser usado como uma tampa ou cobertura para uma garrafa exis- tente; o dispositivo 300 pode ser simplesmente rosqueado sobre as roscas da garrafa 320 como uma substituição para uma cobertura e- xistente para proporcionar uma dose medida do líquido de interesse.

[0092] Embora não mostrado, em algumas modalidades, a segun- da câmara 305 pode incluir marcações ou outros indícios em sua su- perfície visível para indicar a quantidade de líquido que é dispensada. Por exemplo, se a dose medida total de líquido for 1 copo e requerer uma rotação de 180 graus da segunda câmara 305, um quarto de volta da segunda câmara 305 pode ser marcado com um indício de medição de % copo, um 1/8 de volta pode ser marcado com um indício de me- dição de 74 de copo, etc. Em algumas modalidades, podem existir de- tentores, entalhes, ou similares, nas roscas 334 da manga de came 332 que engatam os guias 324 da primeira câmara 304 para "travar" temporariamente a manga de came 332 em uma rotação desejada pa- ra uma dose medida particular que é inferior à dose medida total.

[0093] Uma modalidade adicional de um dispositivo de dispensa- ção, amplamente designado como 400, é ilustrada nas Figuras 33 a

35. O dispositivo 400 inclui uma primeira câmara 404 e uma segunda câmara 405 e é dimensionado para ser capaz de ser manipulado por um operador com uma mão, semelhante a uma caneta "clicável". Com essa finalidade, a primeira câmara 404 inclui uma projeção 420 em sua parede externa que se encaixa em uma fenda estreita 422 na ex- tremidade superior da segunda câmara 405. Uma cobertura 430 se encaixa sobre a extremidade superior da primeira câmara 404, e uma tampa articulada 440 é conectada e se encaixa sobre a extremidade de dispensação da segunda câmara 405. A primeira câmara 404 inclui uma placa de assento de válvula (não mostrada) e uma placa de cha- peleta de válvula 409 com a configuração geral descrita acima. A pri- meira câmara 404 também inclui uma cobertura interna 425 e uma válvula 426 (Figura 35) incorporada na mesma para facilitar o carre- gamento do líquido na primeira câmara 404.

[0094] Quando o líquido for carregado na primeira câmara 404, a projeção 420 se situa em direção à extremidade de dispensação da fenda 422. Uma vez que o líquido está presente na primeira câmara, a projeção 420 pode ser pressionada em direção à extremidade superior da fenda 422 (tipicamente com o dedo polegar do usuário), cuja ação extrai o líquido da segunda câmara 405 devido à ação das abas da placa de chapeleta de válvula na maneira descrita acima. Quando a projeção 420 (e, por sua vez, a primeira câmara 404) interrompe o deslizamento em relação à segunda câmara 405, as abas se fecham, e a dose medida prescrita de líquido é presente na segunda câmara

405. Nesse ponto, a projeção 420 pode ser pressionada em direção à sua posição original na fenda 422 (de novo, tipicamente com o dedo polegar do usuário) dispensando, desse modo, o líquido da segunda câmara 405 através de uma saída 410.

[0095] Uma vantagem potencial do dispositivo 400 é o seu tama- nho; esse é tipicamente dimensionado para dispensar doses medidas muito pequenas de líquido. Por exemplo, a primeira câmara pode con- ter de 10 a 250 ml de líquido, e ser capaz de proporcionar doses me- didas em quantidades tão pequenas quanto 0,25 ml. Tal dispensação pode ser realizada bem rápida e facilmente apenas através da manipu- lação da projeção 420 com um dedo polegar.

[0096] Também, conforme descrito acima em relação ao dispositi- vo 300, indícios podem ser incluídos na segunda câmara 405 próximos à fenda 422 que indica quão distante a projeção 420 deve ser movida para dispensar uma dose medida de líquido que seja menor que a quantidade total; de maneira alternativa, a segunda câmara 405 pode ter uma "janela" transparente com marcações que indicam a quantida- de de líquido na segunda câmara 405.

[0097] Embora algumas modalidades exemplificativas dessa in- venção tenham sido descritas, aqueles versados na técnica irão Avali- ar prontamente que muitas modificações são possíveis nas modalida- des exemplificativas sem se afastar materialmente dos novos ensina- mentos e vantagens dessa invenção. Consequentemente, todas tais modificações destinam-se a ser incluídas dentro do escopo dessa in- venção. Portanto, deve-se entender que os argumentos anteriormente mencionados são ilustrativos da presente invenção e não devem ser construídos de maneira limitada às modalidades específicas descritas,

e as modificações nas modalidades descritas, assim como, em outras modalidades, destinam-se a ser incluídas dentro do escopo da inven- ção.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Dispositivo de dispensação para dispensar um produto líquido a partir de um recipiente contendo o dito produto, sendo que o dispositivo de dispensação é caracterizado pelo fato de que compre- ende: uma primeira câmara e uma segunda câmara, sendo que a primeira câmara é móvel de maneira longitudinalmente deslizante na segunda câmara e tem uma superfície externa que entra em contato vedante com uma superfície interna da segunda câmara; uma passagem de entrada que inclui pelo menos uma aber- tura de entrada que estabelece uma conexão fluida entre a primeira câmara e uma parte interior do recipiente; uma passagem de saída adaptada para distribuir o produto líquido que é dispensado pelo dispositivo de dispensação, sendo que a dita passagem de saída é conectada de maneira fluida à segunda câ- mara; uma válvula intermediária posicionada entre uma parte inte- rior da primeira câmara e uma parte interior da segunda câmara, a vál- vula intermediária que inclui uma placa de assento de válvula que tem pelo menos uma abertura e uma placa de chapeleta de válvula que tem pelo menos uma chapeleta para cobrir a pelo menos uma abertura na placa de assento de válvula, em que a dita pelo menos uma chape- leta se move até uma posição aberta que permite que o produto líquido flua a partir do espaço interior da primeira câmara até o espaço interior da segunda câmara quando a primeira câmara for movida em relação à segunda câmara em uma primeira direção longitudinal e se move até uma posição fechada que limita o fluxo do produto líquido a partir do espaço interior da segunda câmara até o espaço interior da primeira câmara quando a primeira câmara for movida em relação à segunda câmara em uma segunda direção longitudinal oposta para dispensar o produto líquido a partir da segunda câmara através da passagem de saída.

2. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindica- ção 1, caracterizado pelo fato de que a válvula intermediária tem um formato convexo que aponta em direção à segunda câmara.

3. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindica- ção 1, caracterizado pelo fato de que a placa de assento de válvula fica encostada na primeira câmara e a placa de chapeleta de válvula é posicionada entre a placa de assento de válvula e o espaço interior da segunda câmara.

4. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindica- ção 1, caracterizado pelo fato de que a placa de assento de válvula inclui uma pluralidade de aberturas posicionadas em um círculo em uma periferia da placa de assento de válvula.

5. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindica- ção 4, caracterizado pelo fato de que as aberturas têm diâmetros que são mais largos na periferia.

6. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindica- ção 5, caracterizado pelo fato de que as aberturas têm o formato de um triângulo ou de uma gota.

7. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindica- ção 4, caracterizado pelo fato de que a placa de chapeleta de válvula compreende mais de uma aba, e as abas são conectadas de maneira articulada em uma periferia da placa de chapeleta de válvula e a peri- feria da placa de chapeleta de válvula é mantida em contato com a pe- riferia da placa de assento de válvula quando a primeira câmara for longitudinalmente movida.

8. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindica- ção 7, caracterizado pelo fato de que a placa de chapeleta de válvula inclui uma abertura em um centro da placa de chapeleta posicionada ao longo de um centro da placa de assento de válvula que não tem aberturas e a pluralidade de abas é separada por uma pluralidade de cortes em formato de T entre essas que tem uma primeira perna que se estende a partir da abertura até a periferia da placa de chapeleta de válvula e uma segunda perna cruzada que se estende ao redor de um segmento da periferia da placa de chapeleta de válvula.

9. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindica- ção 1, caracterizado pelo fato de que a placa de chapeleta de válvula é produzida a partir de um material plástico flexível.

10. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindi- cação 1, caracterizado pelo fato de que a passagem de saída é dotada de um membro de fechamento.

11. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindi- cação 10, caracterizado pelo fato de que o membro de fechamento é uma válvula.

12. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindi- cação 1, caracterizado pelo fato de que a primeira câmara e/ou a se- gunda câmara inclui uma indicação que mostra um volume da segun- da câmara dependendo de quão longe a primeira câmara é movida até a segunda câmara.

13. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindi- cação 12, caracterizado pelo fato de que a primeira câmara e a se- gunda câmara são transparentes.

14. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindi- cação 13, caracterizado pelo fato de que uma superfície externa da primeira câmara inclui uma ou mais reentrâncias que se estendem de maneira substancialmente longitudinal e a segunda câmara, em um ponto final dessa próximo à primeira câmara, inclui linguetas, as lin- guetas que têm em uma parte interna dessas uma borda que se proje- ta para fora, a borda que se projeta para fora desliza em pelo menos uma das reentrâncias na superfície externa da primeira câmara quan- do as linguetas pressionam contra a primeira câmara a partir de fora.

15. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindi- cação 14, caracterizado pelo fato de que as reentrâncias têm compri- mentos longitudinais diferentes, selecionados para corresponder a di- ferentes volumes do produto líquido a ser dispensado.

16. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindi- cação 15, caracterizado pelo fato de que cada reentrância tem uma reentrância parceira com um mesmo comprimento disposto substanci- almente em um lado oposto da primeira câmara.

17. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindi- cação 1, caracterizado pelo fato de que a primeira câmara e a segun- da câmara são cilíndricas.

18. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindi- cação 1, caracterizado pelo fato de que o movimento relativo entre a primeira câmara e a segunda câmara compreende um movimento des- lizante.

19. Dispositivo de dispensação, de acordo com a reivindi- cação 1, caracterizado pelo fato de que o movimento relativo entre a primeira câmara e a segunda câmara compreende um movimento ro- tacional.

20. Recipiente para conter um produto líquido, sendo que o recipiente é caracterizado pelo fato de que inclui o dispositivo de dis- pensação, conforme definido na reivindicação 1, montado nesse e in- clui adicionalmente a parte interior do recipiente.

21. Recipiente, de acordo com a reivindicação 20, caracte- rizado pelo fato de que a primeira câmara é uma parte integrada do recipiente.

22. Recipiente, de acordo com a reivindicação 21, caracte- rizado pelo fato de que o recipiente compreende adicionalmente pelo menos uma ventilação em uma extremidade do recipiente oposta à primeira câmara.

23. Recipiente, de acordo com a reivindicação 20, caracte- rizado pelo fato de que a primeira câmara é conectável de maneira |i- berável ao recipiente.

24. Recipiente, de acordo com a reivindicação 23, caracte- rizado pelo fato de que a primeira câmara é rosqueada sobre o recipi- ente.

Sé C

SABINA /